Top Banner
OTIMIZAÇÃO DE LOCALIZAÇÃO DE TURBINAS HIDRO CINÉTICAS Vitor Emanuel Lourenço Projeto de Graduação apresentado ao Curso de Engenharia Naval e Oceânica da Escola Politécnica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Engenheiro. Orientador: Raad Yahya Qassim Rio de Janeiro Setembro de 2017
61

GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

Feb 15, 2019

Download

Documents

doannga
Welcome message from author
This document is posted to help you gain knowledge. Please leave a comment to let me know what you think about it! Share it to your friends and learn new things together.
Transcript
Page 1: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

OTIMIZAÇÃO DE LOCALIZAÇÃO DE TURBINAS HIDRO CINÉTICAS

Vitor Emanuel Lourenço

Projeto de Graduação apresentado ao Curso de Engenharia Naval e Oceânica da Escola Politécnica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Engenheiro. Orientador: Raad Yahya Qassim

Rio de Janeiro

Setembro de 2017

Page 2: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

OTIMIZAÇÃO DE LOCALIZAÇÃO DE TURBINAS HIDRO CINÉTICAS

Vitor Emanuel Lourenço PROJETO DE GRADUAÇÃO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO CURSO DE ENGENHARIA NAVAL E OCEÂNICA DA ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE ENGENHEIRO NAVAL E OCEÂNICO Autor:

_________________________________________________

Vitor Emanuel Lourenço

Orientador:

_________________________________________________

Prof. Raad Yahya Qassim, Ph. D. Examinador:

_________________________________________________

Prof. Luiz Antônio Vaz Pinto, Ph. D. Examinador:

_________________________________________________

Teodosio das Neves Milisse Nzualo, D. Sc.

RIO DE JANEIRO – RJ, BRASIL

SETEMBRO de 2017

Page 3: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

iii

Lourenço, Vitor Emanuel

Otimização de Localização de Turbinas Hidro

Cinéticas/ Vitor Emanuel Lourenço. – Rio de Janeiro:

UFRJ/ Escola Politécnica, 2017.

X, 51p.: il.; 29,7 cm.

Orientador: Raad Yahya Qassim

Projeto de Graduação – UFRJ/ Escola Politécnica/

Curso de Engenharia Naval e Oceânica, 2017.

Referências Bibliográficas: p. 38

1. Otimização 2. Turbinas Hidrocinéticas. 3.

Energia Renovável.

I. Raad Yahya Qassim. II. Universidade Federal do Rio de

Janeiro, Escola Politécnica, Curso de Engenharia Naval e

Oceânica. III. Otimização de Localização de Turbinas

Hidro Cinéticas

Page 4: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

iv

DEDICATÓRIA Dedico esse trabalho aos meus pais e minhas irmãs.

Page 5: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

v

AGRADECIMENTO

Agradeço primeiramente à minha família e amigos que me apoiaram até esse

momento em todas as formas possíveis.

Agradeço também ao Professor Qassim, sempre muito solícito e dedicado, sem o

qual esse projeto não teria tomado forma. Agradeço também aos membros da

banca, Professor Vaz e Doutor Nzualo por se prestarem a avaliar esse trabalho.

Agradeço à secretária acadêmica Simone Morandini que faz muito por todo o corpo

discente, com sua disponibilidade e competência.

Por fim, agradeço à Escola Politécnica, instituições públicas e ao povo brasileiro que

tornaram possível a minha formação.

Page 6: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

vi

Resumo do Projeto de Graduação apresentado á Escola Politécnica/ UFRJ como

parte dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Naval e

Oceânico.

Otimização de Localização de Turbinas Hidro Cinéticas

Vitor Emanuel Lourenço

Setembro/2017

Orientador: Raad Yahya Qassim

Curso: Engenharia Naval e Oceânica

O presente trabalho é centrado em desenvolver um modelo matemático para a

otimização do posicionamento de turbinas hidrocinéticas no canal de saída de usinas

hidroelétricas. O trabalho foi desenvolvido a partir da metodologia descrita nos

tópicos a seguir, segundo os fundamentos da física explorados ao longo do curso e

em estudos separados.

A utilização de turbinas hidrocinéticas é uma idéia antiga que nos últimos anos vem

sendo alvo de inovação. Com o aumento da demanda energética no Brasil e no

mundo, fontes alternativas de energia se tornam cada vez mais populares, não

somente pela possibilidade de geração de energia limpa, como também pela

capacidade de independência da rede associada a esse tipo de geração de energia.

Ao final do trabalho, são mostrados os resultados do modelo matemático, as

conclusões que podem ser feitas com as devidas ressalvas necessárias e uma sessão

de autocrítica e sugestões de melhoria feitas pelo autor.

Palavras-Chave: otimização, turbinas hidrocinéticas, energia renovável

Page 7: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

vii

Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment

of the requirements for the degree of Engineer.

Optimization of Hydrokinetic Turbine Placement

Vitor Emanuel Lourenço

September/2017

Advisor: Raad Yahya Qassim

Course: Marine and Ocean Engineering

The present work is centered on the development of a mathematical model for the

optimization of hydrokinetic turbine placement along the outwards channel of

hydroelectric power plants. This work was developed from the methodology

describe in the following topics, under the fundamentals of physics explored

throughout the course and in separate studies.

The use of hydrokinetic turbines is an old idea that in the past years has been the

target of innovation. With the increased power demand in Brazil and around the

world, alternative sources of energy are becoming more popular every day, not only

due to the possibility of the generation of clean energy, but also for the capacity of

independence from the grid associated with this type of power generation.

At the end of this work the results from the mathematical model and the conclusion

that can be made with the appropriate caveats are shown, along with a topic for self-

criticism and improvement suggestions made by the author.

Key-words: optimization, hydrokinetic turbine, renewable energy

Page 8: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

viii

Sumário

1 - Introdução ....................................................................................................................... 1

1.1 Tema ....................................................................................................................... 1

1.3 Justificativa ............................................................................................................ 1

1.3 Objetivo ................................................................................................................. 2

1.4 Delimitação ............................................................................................................ 2

1.5 Descrição ............................................................................................................... 2

2 - Metodologia .................................................................................................................... 3

3 – Execução da metodologia ............................................................................................ 4

3.1 Turbinas Hidrocinéticas ....................................................................................... 4

3.2 Geometria do Canal ............................................................................................. 7

3.3 A física do problema ............................................................................................ 8

3.3.1 Hipóteses sobre o escoamento ....................................................................... 8

3.3.2 Altura crítica ...................................................................................................... 8

3.3.3 Conservação da massa .................................................................................... 11

3.3.4 Perda de energia devido ao atrito do fluido com as paredes do canal ..... 12

3.3.5 Perda de energia devido ao posicionamento da turbina ............................ 14

3.3.6 Conservação da energia .................................................................................. 16

3.3.7 Potência extraída ............................................................................................. 17

3.4 Modelo Matemático ........................................................................................... 17

3.4.1. Modelo Matemático para canal de Largura Infinita ................................... 19

3.4.1.1 Comentários Adicionais – Canal de Largura Infinita ................................... 20

3.4.1.2 Notação – Canal de Largura Infinita ....................................................... 21

3.4.1.3 Modelo Lingo – Canal de Largura Infinita (Instruções do Modelo Matemático) .................................................................................................................... 22

3.4.2 Modelo Matemático para canal de Largura Finita ...................................... 24

3.4.2.1 Comentários Adicionais – Canal de Largura Finita ...................................... 25

3.4.2.2 Notação – Canal de Largura Finita ................................................................. 26

3.4.2.3 Modelo Lingo – Canal de Largura Finita (Instruções do modelo matemático) .................................................................................................................... 27

3.6 Resultados ............................................................................................................ 29

3.6.1. Canal de Largura Infinita .................................................................................... 29

3.6.2. Canal de Largura Finita ...................................................................................... 29

4 – Análise dos Resultados ............................................................................................... 30

5 – Discussões .................................................................................................................... 36

6 - Conclusões .................................................................................................................... 37

Page 9: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

ix

Bibliografia .......................................................................................................................... 38

Anexos ................................................................................................................................. 39

Canal de largura Infinita – Output completo do Lingo............................................ 39

Canal de largura Finita – Output completo do Lingo .............................................. 45

Apêndice ............................................................................................................................. 51

Page 10: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

x

Lista de Figuras Figura 1- Tipos de Turbina ................................................................................................. 5

Figura 2- Turbina de Roda d'água no Congo ................................................................... 6

Figura 3- Geometria do Canal ............................................................................................ 7

Figura 4-Relação Energia Específica vs Profundidade do Canal .................................. 9

Figura 5 - Ressalto Hidráulico .......................................................................................... 10

Figura 6 - Perfil de Alturas - Canal Infinito ................................................................... 32

Figura 7- Perfil de Velocidades - Canal infinito ............................................................. 32

Figura 8- Perfil de Alturas - Canal Finito ....................................................................... 34

Figura 9- Perfil de Velocidades - Canal Finito ............................................................... 34

Lista de Tabelas

Tabela 1- Tabela de Coeficientes de Manning ............................................................... 12

Tabela 2 – Constantes do modelo matemático .............................................................. 18

Tabela 3-Distribuição de alturas e velocidades ao longo do canal infinito ................ 31

Tabela 4- Distribuição de alturas e velocidades ao longo do canal finito .................. 33

Page 11: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

1

1 - Introdução

1.1 Tema

A geração de energia elétrica através da transformação da energia cinética

disponível em corpos d’água representa aproximadamente noventa por cento [1] do

total da energia gerada no Brasil. Desses noventa por cento, quase sua totalidade é

gerada em usinas hidroelétricas que fazem o uso de barragens e reservatórios.

Existem ainda outras formas de extração de energia dos corpos d’água, como a

energia maré motriz e também a energia extraída através da instalação de turbinas

hidrocinéticas ao longo de canais, que é o objeto de estudo desse trabalho.

A instalação de turbinas hidrocinéticas pode ser feita em qualquer canal

desde que não haja nenhum impedimento ambiental, entretanto a capacidade de

extração de energia pela turbina dependerá do seu posicionamento, da geometria do

canal e do escoamento. Este trabalho apresenta um modelo matemático de

otimização no posicionamento de turbinas hidrocinéticas para um canal de

geometria e vazão constantes. Dentre as áreas de conhecimento associadas a esse

estudo, a grande área de mecânica dos fluidos é a de maior foco, mais

especificamente nos tópicos de escoamento em canais abertos e turbo máquinas.

1.3 Justificativa

O aumento acentuado da população brasileira ao longo dos séculos XX e

XXI trouxe um desafio para o país, a capacidade de suprir a demanda energética de

uma população em crescimento requer forte investimento na criação de novas

instalações de geração de energia ou na ampliação daquelas já existentes. Entretanto,

diversas restrições são impostas a esses projetos, sejam elas ambientais, sociais ou

econômicas. Isso fez com que a procura por fontes alternativas de geração de

energia também aumentasse [2].

Uma dessas alternativas é a instalação de turbinas hidrocinéticas em canais,

de forma a aproveitar a energia cinética do escoamento em corpos d água onde não

Page 12: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

2

é possível, recomendado ou desejável a instalação de uma usina hidroelétrica que faz

uso de barragens. Um possível local a ser explorado é no próprio canal de saída de

usinas hidroelétricas e é nessa situação em que esse trabalho está focado.

1.3 Objetivo

O objetivo deste trabalho é desenvolver um modelo matemático capaz de

prever a posição ótima de instalação de uma turbina hidrocinética em um canal de

geometria simplificada. É importante ressaltar que uma solução trivial não invalida o

modelo, ou seja, o posicionamento da turbina na primeira ou na última seção

discretizada no modelo é um resultado válido.

1.4 Delimitação

Esse trabalho tem cunho estritamente acadêmico. Os resultados aqui obtidos

não devem ser entendidos como prova definitiva ou suficientemente conclusiva da

efetividade do método. Entretanto, toda e qualquer análise posterior ou

contribuição é encorajada a fim de construir um modelo mais robusto e que

represente fielmente uma gama de possibilidades, possivelmente justificando a

construção de um modelo em escala

1.5 Descrição

No capítulo 2 será abordada a metodologia utilizada e os motivos pelos quais

a ordem das atividades foi estabelecida. No capítulo 3 os tópicos apresentados na

metodologia serão expandidos e as atividades relacionadas a eles executadas,

mostrando o trabalho que foi feito ao longo do processo. No capítulo 4 é feita a

análise dos resultados obtidos através da execução da metodologia. O capítulo 5 está

reservado para uma discussão sobre o que poderia ser modificado no presente

trabalho em um estudo futuro, seguido das conclusões apresentadas sobre os

resultados e discussão no capítulo 6.

Page 13: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

3

2 - Metodologia

Com o objetivo de desenvolver um modelo matemático simplificado para

analisar a possibilidade da otimização no posicionamento de turbinas hidrocinéticas

ao longo de canais abertos, foi desenvolvida uma metodologia para a execução do

trabalho de forma a clarificar e explicitar os pontos relevantes das áreas de

conhecimento associadas e a definir o caminho a ser seguido ao longo do trabalho.

Primeiramente, é preciso conhecimento do funcionamento das turbinas

hidrocinéticas e uma vez que o trabalho visa à produção de um modelo matemático,

é também necessário o conhecimento das equações associadas. Além disso, é

preciso estabelecer de que maneira o escoamento em canais abertos será modelado.

Os canais abertos se diferenciam do objeto de estudo tradicional no curso de

Engenharia Naval e Oceânica, esse sendo o de escoamento em tubulação fechada.

Essa diferença vem do fato de que tanto o raio hidráulico e o nível d’água nos canais

abertos são não constantes. Além disso, outras diferenças podem vir a ser

consideradas como a perda de vazão pela porosidade do solo do canal ou por

evaporação.

Em seguida é feita a consolidação da física do problema. Todas as equações

que regem o problema e o embasamento teórico, com suas respectivas

simplificações, são explicitadas. Além disso, são consideradas no trabalho duas

situações. Uma para um canal de largura finita e outra para largura infinita. A grande

diferença entre ambos os casos reside no cálculo do raio hidráulico do canal, que

influencia no cálculo das perdas devido ao atrito com as paredes do canal e no efeito

de arrasto da turbina, onde ambos serão diferentes em cada caso.

Como o problema não apresenta solução analítica, será feita uma

discretização do canal em seções no código computacional de otimização

desenvolvido. Os possíveis posicionamentos de turbina serão aqueles no ponto

central entre quaisquer duas seções de discretização consecutivas.

Page 14: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

4

O software de otimização escolhido foi o LINGO17, é importante ressaltar

que a licença do programa é do tipo acadêmica e a reprodução dos resultados

obtidos através desse software não está autorizada para fins comerciais.

De forma a buscar um resultado não trivial na solução de otimização, a

geometria da turbina será sistematicamente alterada e o código desenvolvido

executado a fim de analisar os resultados. Apenas os resultados mais relevantes

serão mostrados no corpo do relatório, os resultados menos relevantes estarão

resumidos no apêndice.

3 – Execução da metodologia

3.1 Turbinas Hidrocinéticas

Tradicionalmente na geração de energia hidroelétrica no Brasil são utilizadas

turbinas de elevada altura de carga que fazem uso de barragens na sua operação.

Essas barragens criam um reservatório de água artificial que em conjunto com um

sistema de controle do escoamento, direciona a água para as turbinas instaladas na

usina de geração de energia. As turbinas hidrocinéticas se tratam de uma opção

alternativa ao modelo tradicional, operando com baixas alturas de carga sem a

necessidade da construção de barragens. Essas turbinas fazem uso das características

de escoamento que existem naturalmente em um dado corpo d’água e podem

apresentar diferentes configurações (figura 1).

As turbinas hidrocinéticas podem extrair energia dos movimentos de maré,

correntes oceânicas ou do fluxo natural dos rios. Todas essas opções estão sendo

estudadas e já possuem aplicações práticas em diversas localidades, uma vez que a

minimização do impacto ambiental decorrente de obras de engenharia é uma grande

preocupação nos dias de hoje e esse tipo de aplicação não implica na destruição total

de um habitat que aconteceria caso fosse construída uma barragem. Além disso, as

turbinas hidrocinéticas podem ser utilizadas em localidades onde sequer seria viável

Page 15: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

5

a construção de barragens. A extração de energia pelo movimento das marés ou

correntes oceânicas é um exemplo claro, o mesmo é válido para riachos onde a

instalação dessas turbinas também é uma possibilidade. A aplicação dessa tecnologia

em riachos pode vir a ter um impacto benéfico considerável uma vez que grande

parte da economia brasileira é baseada na produção agrícola e a possibilidade de

tornar fazendas e comunidades agrícolas energeticamente independentes da rede

pode ser de grande interesse para os produtores nacionais.

Figura 1- Tipos de Turbina

Fonte: [3]

No projeto apresentado está sendo considerada ainda outra opção. A

instalação de turbinas hidrocinéticas nos canais de saída de usinas hidroelétricas

tradicionais, que também pode ser aplicado em comunidades isoladas. O tipo de

turbina usado como inspiração foi uma turbina instalada no Congo (figura [2]), do

tipo roda d’água flutuante, com 2m de diâmetro e 2m de comprimento [4].

Page 16: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

6

Figura 2- Turbina de Roda d'água no Congo

Fonte: [4]

O princípio de funcionamento é bastante simples, a água empurra as pás da

turbina que movimenta um eixo e então a energia mecânica do eixo é transformada

em energia elétrica. Esse tipo de tecnologia seria de fácil aplicação no Brasil.

Page 17: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

7

3.2 Geometria do Canal

Foi decidido que para fins de simplificar o processo de otimização, a

geometria do canal mais adequada seria uniforme e retangular. Canais reais

apresentam geometrias que podem ser bastante complicadas, a modelagem do canal

em si não se trataria de uma grande dificuldade mas o escoamento poderia

apresentar diversas particularidades.

Para o canal finito, foi considerado um trecho de 1000m de comprimento do

canal com uma largura de 100m (figura [3]). A altura do nível d’água não possui

fortes restrições, apenas uma restrição de nível máximo na primeira seção. Como o

trabalho está sendo elaborado para a instalação de uma turbina hidrocinética no

canal de saída de uma usina hidroelétrica, o nível d’água na primeira seção, que é a

mais próxima da usina, deve ser suficientemente baixo para não prejudicar a

operacionabilidade da mesma.

Figura 3- Geometria do Canal

Para o canal infinito, o mesmo trecho de 1000m está sendo considerado, mas

a largura agora deixa de ter o valor de 100m e passa a ser infinita.A profundidade do

canal é variável. Além disso, ambos os canais finito e infinito não possuem

declividade.

Page 18: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

8

3.3 A física do problema

Nesta sessão, procura-se explicar os fenômenos físicos identificados que

regem o problema de modelação, suas equações associadas e os princípios

relacionados. Além disso, quando relevante, serão explicados os motivos que

levaram a algumas decisões de modelagem do problema, com as devidas referências

que suportam essas decisões.

3.3.1 Hipóteses sobre o escoamento

As hipóteses feitas nesse trabalho são de escoamento unidirecional,

permanente, laminar e incompressível. Além disso, assume-se que o aquecimento do

escoamento devido à exposição da superfície ao sol ou a qualquer outra fonte de

calor é desprezível e que a vazão é constante e não há nenhuma perda de massa por

evaporação, porosidade do solo, extração ou qualquer outro mecanismo.

3.3.2 Altura crítica

A equação de Bernoulli declara que a energia específica é constante, segundo

a equação abaixo.

( ) ( )

( )

( ) ( )

Onde E(y) é a energia específica em (m)

P(y) é a pressão em (N/m^2)

U(y) é a velocidade em (m/s)

z(y) é a elevação em (m)

z0 é a elevação do leito devido à inclinação do canal em (m)

Entretanto, essa equação só é constante quando assumimos que não existem perdas

por atrito. No caso sendo estudado, o canal não possui inclinação então z0 = 0.

Page 19: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

9

Além disso, estamos assumindo um perfil de velocidade uniforme para o

escoamento sobre um canal sem declividade retangular. Feitas essas considerações, é

demonstrado em [5] que a energia específica, que não é constante, é dada por:

( )

Onde d é a profundidade do canal em uma dada seção em (m)

Q é a vazão volumétrica em (m^3/s)

g é a aceleração da gravidade em (m/s^2)

B é a largura do canal em (m)

[5] demonstra ainda que para um mesmo valor de energia específica pode

haver zero, uma ou duas possibilidades de profundidade do canal (figura 4). O que

leva a conclusão de que para uma vazão volumétrica constante, existe um valor

mínimo de energia específica, que depende da profundidade do canal na seção onde

a energia específica está sendo avaliada.

No ponto de energia específica mínima, o escoamento se torna o que é

chamado no estudo de canais abertos de escoamento crítico, e a profundidade

associada a esse ponto é chamada de profundidade crítica.

Figura 4-Relação Energia Específica vs Profundidade do Canal

Fonte: [5]

Page 20: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

10

Da figura 4, percebem-se duas tendências. Quando a profundidade do canal

é maior que a profundidade crítica, um aumento da energia específica leva a um

aumento da profundidade, esse caso é chamado escoamento subcrítico. E para uma

profundidade menor que a profundidade crítica, um aumento da energia específica

leva a uma diminuição da profundidade, esse caso é chamado de escoamento

supercrítico (figura 5).

Figura 5 - Ressalto Hidráulico

Fonte:[6]

Na ocorrência de uma transição do escoamento ao longo do canal, de

supercrítico para subcrítico ou vice-versa, ocorre o fenômeno do ressalto hidráulico,

caracterizado por uma brusca mudança de profundidade do canal. Esse fenômeno

não é desejado nas análises referentes a esse trabalho. Em grande parte pelo

desconhecimento da influência do ressalto hidráulico na validade das hipóteses

sobre o escoamento apresentadas. Por esse motivo, uma restrição de escoamento

subcrítico foi adicionada ao modelo. Para canais retangulares, a profundidade crítica

é dada pela equação 3.

( ) ( ( )

)

( )

Onde dc é a profundidade crítica em (m)

q(i) é a vazão volumétrica por unidade de largura em (m^2/s)

g é a aceleração da gravidade em (m/s^2)

Page 21: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

11

E a restrição adicionada é dada pela equação 4.

( ) ( ) ( )

3.3.3 Conservação da massa

O canal aberto considerado nesse estudo possui apenas uma região de

entrada do escoamento e uma região de saída, não estão sendo consideradas perdas

de vazão devido à porosidade do solo, à evaporação ou a qualquer mecanismo de

extração. Além disso, o fluido do escoamento (água de rio) está sendo considerado

como incompressível. Dadas essas considerações, pela conservação da massa, a

vazão do escoamento através de cada seção de discretização do modelo é constante.

Para o canal finito, pode-se escrever:

( ) ( ) ( )

Onde Q(i) é a vazão na seção de índice i

Para o canal infinito, pode-se escrever

( ) ( ) ( )

Onde q(i) é a vazão por unidade de largura na seção de índice i

Page 22: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

12

3.3.4 Perda de energia devido ao atrito do fluido com as paredes do

canal

Das diferentes maneiras de computar essas perdas, a equação de Manning é

uma das mais simples. Nesse método, a perda de altura de carga por unidade de

comprimento de canal é calculada a partir da vazão, raio hidráulico, área transversal

e a coeficiente de Manning de uma dada seção do canal, pela equação 7.

( ) ( )

( ) ( ) ( )

Onde S(i) é a perda de altura de carga por unidade de comprimento

Q(i) é a vazão na seção de índice i

R(i) é o raio hidráulico

A(i) é a área molhada do canal transversal ao escoamento

n é o coeficiente de Manning, esse coeficiente pode assumir uma faixa de

valores para cada tipo de material que contém o escoamento.

Tabela 1- Tabela de Coeficientes de Manning

Fonte:[7]

1. Canais escavados ou dragados

a. Terra, reto e uniforme

1. limpo, recentemente completo 0.016 0.018 0.020

2. limpo, após intemperismo 0.018 0.022 0.025

3. cascalho, seção uniforme, limpo 0.022 0.025 0.030

4. com grama baixa, poucas ervas daninhas 0.022 0.027 0.033

O valor do coeficiente de Manning utilizado no trabalho foi escolhido

através dos dados fornecidos em [7] ilustrados na Tabela 1 para canais escavados ou

dragados de leito de cascalho limpo. Existem ainda outras maneiras de se calcular

essa perda, como através da equação de Darcy-Wesbach, mas nos ateremos aqui à

equação de Manning.

Page 23: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

13

Para o cálculo das perdas por atrito entre duas seções, existem algumas

possibilidades. Em geral, procura-se um valor de perda por unidade de

comprimento médio entre as duas seções, esse valor pode ser obtido por média

aritmética, média geométrica ou até mesmo média harmônica. Alguns softwares

como o HEC-RAS do corpo de engenheiros dos Estados Unidos fazem uso dos

três métodos. Foi demonstrado por Laurenson [8] que os resultados obtidos através

dos métodos supracitados eram consistentemente diferentes e que o resultado mais

consistente é, em geral, obtido através da formulação por média aritmética.Por essa

razão, foi utilizada no modelo matemático a formulação do cálculo por média

aritmética:

( ) ( ) ( )

( )

Onde, Sm(i) é a perda média de altura de carga por unidade de comprimento

devido ao atrito com as paredes do canal entre as seções de índice i e i+1.

E S(i) é a perda de altura de carga por unidade de comprimento calculada na

seção de índice i.

Por fim o cálculo das perdas devido ao atrito com as paredes do canal utilizado no

modelo matemático fica definido pela equação 9.

( ) ( ) ( )

Onde HLF(i) é a perda de altura de carga por atrito com as paredes do canal

entre as seções de índice i e i+1 em (m).

Δx é a distância entre as seções de índice i e i+1 em (m)

Sm(i) é a perda de carga média por unidade de comprimento devido ao atrito

com as paredes do canal.

É importante notar que para um canal de largura infinita, a vazão seria

também infinita. Nesse caso, a equação é manipulada em termos de largura do canal

e vazão por unidade de largura, resultando na equação 10.

Page 24: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

14

( ) ( )

( ) ( )

3.3.5 Perda de energia devido ao posicionamento da turbina

Considerando o escoamento como uniaxial incidindo sobre uma turbina fixa,

o cálculo da perda de energia do escoamento para a turbina foi calculado de maneira

simplificada.

Tomando como base a equação 11 da força de arrasto, explorada nos cursos

ministrados ao longo do curso de Engenharia Naval e Oceânica da UFRJ.

( )

Onde D é a força de arrasto em (N)

Cd é o coeficiente de arrasto

ρ é a massa específica do fluido em (kg/m^3)

At é a área da turbina em (m^2)

U é a velocidade do escoamento em (m/s)

Foi multiplicada a velocidade do escoamento à força de arrasto de forma a se obter

uma equação de potência, e desse resultado foi dividido a vazão mássica e a

aceleração da gravidade, de forma a calcular o termo de altura de carga referente às

perdas de energia devido ao posicionamento da turbina, como demonstrado na

referência [9], sendo assim:

( )

( ) ( )

Page 25: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

15

( ) ( )

Onde HLT é o termo de altura de carga referente às perdas de energia

devido ao posicionamento da turbina em (m).

g é a aceleração da gravidade em (m/s^2).

e dm/dt é a vazão mássica em (kg/s).

Foi tomada a decisão de posicionar a turbina entre duas seções de

discretização do modelo, para o cálculo da velocidade no escoamento foi feita a

seguinte simplificação:

( ( ) ( )) ( )

Essa decisão foi tomada para evitar que a turbina fosse colocada diretamente

sobre uma seção, onde os efeitos de perda de altura de carga se tornam mais difíceis

de computar uma vez que há influência da turbina no escoamento tanto a vante

quanto a ré da turbina.

Sendo assim, o cálculo das perdas devido à instalação da turbina entre duas

seções pode ser calculado pela equação 16.

( ) ( ( ( ) ( )))

( ) ( )

Onde, HLT(i) é a perda de altura de carga entre as seções de índice i e i+1

em (m)

Além disso, essas perdas devem ser aplicadas somente nas regiões onde está

instalada uma turbina. Por conta disso, uma variável de decisão W(i) foi

implementada. Caso esteja instalada uma turbina entre as seções de índice i e i+1 , a

Page 26: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

16

variável W(i) assume valor 1. Caso contrário, a variável W(i) assume valor 0. Assim

chegando à equação final utilizada para a computação da perda de altura de carga

devido à instalação da turbina.

( ) ( ( ( ) ( )))

( ) ( ) ( )

A equação (16) é difere da equação (17) apenas da variável utilizada para o

processo de otimização do modelo. Percebe-se ainda, que para um canal de largura

infinita, o termo HLT é desprezível pois A(i), a área molhada transversal ao

escoamento, é dominante e HLT tende a zero.

3.3.6 Conservação da energia

Pela conservação da energia, para o volume de controle delimitado aos lados

pelas paredes do canal, abaixo pelo leito e acima pela superfície livre, podemos

escrever:

( ) ( )

( )

( )

( ) ( ) ( )

Onde, H(i) é o nível d’água na seção i em (m)

U(i) é a velocidade do escoamento na seção i em (m/s)

HLF(i) é o termo de perda de altura de carga devido ao atrito com as paredes

do canal entre as seções de índice i e i+1 em (m)

HLT(i) é o termo de perda de altura de carga devido à instalação de uma

turbina hidrocinética entre as seções de índice i e i+1 em (m)

Page 27: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

17

E a equação desenvolvida toma a forma:

( ) ( )

( )

( )

( )

( ( ( ) ( )))

( ) ( ) ( )

Ou ainda, no caso de um canal infinito

( ) ( )

( )

( )

( ) ( )

3.3.7 Potência extraída

O cálculo da potência extraída pela turbina é feito através da equação

( )

Onde, P é a potência extraída em Watts.

Cp é o coeficiente de potência da turbina.

ρ é a massa específica do fluido em kg/m^3.

U é a velocidade do fluido em m/s.

3.4 Modelo Matemático

Os dois modelos gerados estão dispostos em diferentes tópicos abaixo. Os

modelos estão escritos em linguagem matemática, seguidos de comentários

adicionais para justificar em texto a adição daquela equação ao modelo e em seguida

estão descritos os significados físicos de cada variável e de cada constante utilizada

no modelo. Além disso, algumas outras considerações foram feitas para a elaboração

de ambos os modelos matemáticos.

Page 28: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

18

Os diâmetros da turbina escolhidos para as análises foram de D={1,2,3,4}m

e a largura fixa Lt = 4m. Os modelos matemáticos abaixo e os resultados no corpo

do relatório fazem referência ao valor de D = 4m, os outros resultados estão no

apêndice.

A turbina foi considerada como tipo roda d’água sendo sua área At

simplificada por D/2*4, onde 4 é o comprimento e D o diâmetro máximo. Está

sendo considerado que metade da turbina fica acima da água e metade da turbina

fica abaixo.

Coeficiente de segurança da turbina Ct=1.5, aplicado à metade do diâmetro

da turbina, de forma a garantir que as pás da turbina não entrem em contato com o

solo. Ou ainda, H(i) > Ct*D/2*W(i).

O canal foi discretizado em 21 seções, separadas de Δx =50m entre si,

iniciada da seção X(1)=0 até a seção X(21)=1000m

Tabela 2 – Constantes do modelo matemático

Constante Valor Unidade

D 4 m

Lt 4 m

g 9,8 m/s^2

π 3,14

Q(i) 500 m^3/s

q(i) 5 m^2/s

Ct 1,5

Δx 50 m

Cp 0,5

Cd 1,0

ρ 1000 kg/m^3

Page 29: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

19

3.4.1. Modelo Matemático para canal de Largura Infinita

Maximizar P = 1/2*Cp* ρ *At*((U(i)+U(i+1))/2)^3*W(i)) ; i I {1} Sujeito a:

H(i) + (U(i)^2)/2g = H(i+1) + (U(i+1)^2)/2g + Δx(i)*Sm(i) ; i I {2}

At = D/2*4 {3}

H1max ≥ H(1) {4}

H(i) ≥ Ct*D/2*W(i) ; i I {5}

H(i) > (qi^2/g)^(1/3) ; i I {6}

H(i),U(i) ≥ 0 ; i I {7}

U(i)*H(i) = q(i) ; i I {8}

R(i) = H(i) {9}

S(i) = qi^2*n^2/(H(i)^(10/3)) ; i I {10}

Sm(i) = (S(i)+S(i+1))/2 ; i I {11}

W(i) {0,1} ; i I {12}

∑ W(i) = nST ; i I = 1 {13]

Page 30: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

20

3.4.1.1 Comentários Adicionais – Canal de Largura Infinita

{1} Não carrega nenhuma restrição, seu objetivo é indicar à ferramenta matemática

de otimização a variável a ser otimizada

{2} Equação de Bernoulli de engenharia com a presença de termos de perda de

carga

{3} Mero cálculo da área da seção transversal de uma unidade de turbina

{4} Restrição que garante que o nível do canal na seção 1 não ultrapasse o limite

estabelecido

{5} Restrição que garante a imersão total da turbina no fluido do escoamento

{6} Restrição que impõe a consideração apenas de casos em que o escoamento é

subcrítico

{7} Restrição que impõe os valores de nível do canal e velocidade do escoamento

como positivos

{8} Conservação da massa

{9} Relaciona o raio hidráulico com a geometria do canal

{10}Relaciona a perda de carga por atrito com o perfil do escoamento através do

equacionamento de perda de altura de carga por unidade de comprimento pelo

coeficiente de Manning

{11}Relaciona a perda de carga por atrito entre duas seções com o valor médio de

perda de altura de carga por unidade de comprimento

{12} Estabelece W como variável de decisão na colocação de turbina

{13} Garante que o número de seções onde há turbina seja igual ao estipulado

Page 31: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

21

3.4.1.2 Notação – Canal de Largura Infinita

P Função objetiva – Energia gerada

i Índice da seção do canal

g Aceleração da gravidade

n Coeficiente de Manning

D Diâmetro da turbine

qi Vazão volumétrica por unidade de largura

B Largura do canal

H1Max Nível máximo permitido na seção 1

H(i) Nível do canal na seção i

U(i) Velocidade do escoamento na seção i

S(i) Perda de altura de carga por unidade de comprimento na seção i

Sm(i) Perda média de altura de carga por unidade de comprimento entre as

seções i e i+1

At Área da seção transversal da turbina

Ct Coeficiente de imersão da turbina

W(i) Variável binária, 1 se houver turbina na seção i, 0 se não houver

ρ Massa específica do fluido

Cp Coeficiente de potência da turbina

Cd Coeficiente de atrito da turbina

nST Número de seções com turbina

nT Número de turbinas por seção

R(i) Raio hidráulico na seção i

Page 32: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

22

3.4.1.3 Modelo Lingo – Canal de Largura Infinita (Instruções do Modelo

Matemático)

!---------------------------- Dados gerais -----------------------------;

DATA:

g = 9.81; !Gravidade;

ρ = 1000; !Densidade da água;

n = 0.025; !Coeficiente de Manning;

H1max = 12; !Altura máxima;

Qi = 5; !Vazão volumétrica por unidade de

comprimento;

L = 1000; !Comprimento do canal;

nS = 21; !Número de seções;

Cp = 0.5; !Definição do coeficiente de potência;

Cd = 1; !Definição do coeficiente de atrito;

Ct = 1.5; !Coeficiente de segurança da altura da

turbina;

D = 4;

ENDDATA

!-----------------------------------------------------------------------------;

SETS:

Flow/1..nS/: x,H,U,S,SM,Q,W;

ENDSETS

Max = @Sum(Flow(i)| i #LT# nS: 1/2*Cp* ρ *At*((U(i)+U(i+1))/2)^3*W(i));

At = D/2*4;

dx = L/(nS-1);

H(1)<=H1max;

@For(Flow(i) :

@Bin(W(i));

x(i)=(i-1)*dx;

Q(i)=Qi;

S(i)=Q(i)^2*n^2/(H(i)^(10/3));

Page 33: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

23

U(i)*H(i)=Q(i);

H(i)>(Q(i)^2/g)^(1/3);

H(i)>=Ct*(D/2)*W(i);

H(i)>=0;

U(i)>=0;

);

@For(Flow(i) | i #LT# nS:

SM(i)=(S(i)+S(i+1))/2;

H(i)+U(i)^2/(2*g) = H(i+1) + U(i+1)^2/(2*g) +dx*SM(i);

);

@Sum(Flow(i):W(i))=1;

W(nS)=0;

END

Page 34: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

24

3.4.2 Modelo Matemático para canal de Largura Finita

Maximizar P = 1/2*Cp* ρ *At*((U(i)+U(i+1))/2)^3*W(i)) ; i I {1}

Sujeito a:

H(i) + (U(i)^2)/2g = H(i+1) + (U(i+1)^2)/2g + Δx(i)*Sm(i) +

0.5*Cd*At/(B*H(i))*((U(i)+U(i+1))/2)^2/g*W(i); ; i I {2}

At = D/2*4 {3}

H1max ≥ H(1) {4}

H(i) ≥ Ct*D*W(i) ; i I {5}

H(i) > ((Q^2)/(g*B^2))^(1/3) ; i I {6}

H(i),U(i) ≥ 0 ; i I {7}

U(i)*H(i)*B(i) = Q(i) ; i I {8}

R(i) = H(i)*B/(2*H(i)+B) {9}

S(i) = (Q^2)*(n^2)/( ((R(i)^(4/3))*H(i)*B)^2 ) ; i I {10}

Sm(i) = (S(i)+S(i+1))/2 ; i I {11}

W(i) {0,1} ; i I {12}

∑ W(i) = nST ; i I = 1 {13]

Page 35: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

25

3.4.2.1 Comentários Adicionais – Canal de Largura Finita

{1} Não carrega nenhuma restrição, seu objetivo é indicar à ferramenta matemática

de otimização a variável a ser otimizada

{2} Equação de Bernoulli de engenharia com a presença de termos de perda de

carga

{3} Mero cálculo da área da seção transversal de uma unidade de turbina

{4} Restrição que garante que o nível do canal na seção 1 não ultrapasse o limite

estabelecido

{5} Restrição que garante a imersão total da turbina no fluido do escoamento

{6} Restrição que impõe a consideração apenas de casos em que o escoamento é

subcrítico

{7} Restrição que impõe os valores de nível do canal e velocidade do escoamento

como positivos

{8} Conservação da massa

{9} Relaciona o raio hidráulico com a geometria do canal

{10} Relaciona a perda de carga por atrito com o perfil do escoamento através do

equacionamento de perda de altura de carga por unidade de comprimento pelo

coeficiente de Manning

{11} Relaciona a perda de carga por atrito entre duas seções com o valor médio de

perda de altura de carga por unidade de comprimento

{12} Estabelece W como variável de decisão na colocação de turbina

{13} Garante que o número de seções onde há turbina seja igual ao estipulado

Page 36: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

26

3.4.2.2 Notação – Canal de Largura Finita

P Função objetiva – Energia gerada

i Índice da seção do canal

g Aceleração da gravidade

n Coeficiente de Manning

D Diâmetro da turbine

Q Vazão volumétrica

B Largura do canal

H1Max Nível máximo permitido na seção 1

H(i) Nível do canal na seção i

U(i) Velocidade do escoamento na seção i

S(i) Perda de altura de carga por unidade de comprimento na seção i

Sm(i) Perda média de altura de carga por unidade de comprimento entre as

seções i e i+1

At Área da seção transversal da turbina

Ct Coeficiente de imersão da turbina

W(i) Variável binária, 1 se houver turbina na seção i, 0 se não houver

ρ Massa específica do fluido

Cp Coeficiente de potência da turbina

Cd Coeficiente de atrito da turbina

nST Número de seções com turbina

nT Número de turbinas por seção

R(i) Raio hidráulico na seção i

Page 37: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

27

3.4.2.3 Modelo Lingo – Canal de Largura Finita (Instruções do

modelo matemático)

!---------------------------- Dados gerais -----------------------------;

DATA:

g = 9.81; !Gravidade;

ρ = 1000; !Densidade da água;

n = 0.025; !Coeficiente de Manning;

H1max = 12; !Altura máxima;

Qi = 5; !Vazão volumétrica por unidade de

comprimento;

L = 1000; !Comprimento do canal;

nS = 21; !Número de seções;

Cp = 0.5; !Definição do coeficiente de potência;

Cd = 1; !Definição do coeficiente de atrito;

Ct = 1.5; !Coeficiente de segurança da altura da

turbina;

D = 4;

Q=500;

B=100;

nST=1;

ENDDATA

!-----------------------------------------------------------------------------;

SETS:

Flow/1..nS/: x,H,U,S,SM,W,R;

ENDSETS

Max = @Sum(Flow(i)| i #LT# nS: 1/2*Cp* ρ *At*((U(i)+U(i+1))/2)^3*W(i));

At = D/2*4;

dx = L/(nS-1);

H(1)<=H1max;

@For(Flow(i) :

@Bin(W(i));

x(i)=(i-1)*dx;

Page 38: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

28

S(i)=Q^2*n^2/(R(i)^(4/3)*(H(i)*B)^2);

U(i)*H(i)*B=Q;

H(i)>(Q^2/(B^2*g))^(1/3);

H(i)>=Ct*(D/2)*W(i);

H(i)>=0;

U(i)>=0;

R(i)=H(i)*B/(2*H(i)+B);

);

@For(Flow(i) | i #LT# nS:

SM(i)=(S(i)+S(i+1))/2;

H(i)+U(i)^2/(2*g) = H(i+1) + U(i+1)^2/(2*g)

+dx*SM(i)+0.5*Cd*At/(B*H(i))*((U(i)+U(i+1))/2)^2/(g)*W(i);

);

@Sum(Flow(i):W(i))=nST;

W(nS)=0;

END

Page 39: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

29

3.6 Resultados

Nessa sessão estão os resultados resumidos do processo de otimização realizado no LINGO17 utilizando o modelo desenvolvido. Os resultados completos estão disponíveis em anexo.

3.6.1. Canal de Largura Infinita

Solução ótima global encontrada

Valor objetivo: . 9364.426

Fronteira do valor objetivo:. 9364.426

Inviabilidade: .. 0.000000

Passos estendidos do solucionador: 39

Total de iterações do solucionador: 48619

Tempo de análise:....... 11.83

Classe do Modelo: Programação Não Linear Inteira Mista

W( 20) 1.000000

X( 20) 950.0000

Posição da turbina: 975m da ré (ultima posição possível)

3.6.2. Canal de Largura Finita

Solução ótima global encontrada

Valor objetivo: . 9393.465

Fronteira do valor objetivo:. 9393.465

Inviabilidade: .. 0.6012726E-08

Passos estendidos do solucionador: 39

Total de iterações do solucionador: 180340

Tempo de análise:....... 31.65

Classe do Modelo: Programação Não Linear Inteira Mista

W( 18) 1.000000 X( 18) 850.0000

Posição da turbina: 875m da ré

Page 40: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

30

4 – Análise dos Resultados O resultado esperado seria de que a turbina fosse colocada na posição mais a

frente do escoamento pois dadas as hipóteses feitas para o escoamento, à tendência

é que a velocidade cresça ao longo do comprimento do canal e portanto quão maior

a velocidade maior a potência gerada. Isso foi de fato o que aconteceu em vários dos

testes realizados, os resultados resumidos desses testes foram adicionados ao

apêndice. Esses resultados não são necessariamente desencorajadores uma vez que o

modelo se mostra coerente.

Entretanto, com o intuito de investigar a possibilidade de uma solução não

trivial, o diâmetro da turbina foi alterado sistematicamente a fim de verificar a

resposta do modelo, e para uma turbina de roda d’água de 4 metros de

comprimento e 4 metros de diâmetro máximo uma solução não trivial ocorreu.

No caso do canal infinito, a solução continua sendo a solução trivial em que

a turbina é colocada na posição mais a frente do escoamento mas no caso finito a

turbina foi colocada entre as seções X(18) e X(19), ou seja 100 metros a ré da

posição mais a frente. É importante lembrar que o posicionamento da turbina é

feito no processo de otimização através da variável de decisão W(i), e se W(i) =1

isso quer dizer que a turbina se encontra no meio entre as seções X(i) e X(i+1). No

caso finito, para a turbina de geometria descrita acima, a variável W(18)=1 foi a que

levou à maior potência gerada. É importante que a potência gerada nesse caso é

ainda, mesmo que ligeiramente, maior do que a potência gerada no caso infinito. A

potência é dada em Watts e tem a magnitude do valor indicado pelo resultado do

programa como em valor objetivo. 9364 Watts no canal infinito contra 9393 Watts

no canal finito.

Duas tabelas foram montadas, mostrando a distribuição de altura e de

velocidade nas seções, tanto para o canal finito quanto para o canal infinito. E os

gráficos extraídos dessas tabelas foram plotados.

Page 41: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

31

Tabela 3-Distribuição de alturas e velocidades ao longo do canal infinito

Infinito

i X(m) H(m) U(m/s) W

1 0 3,342 1,495 0

2 50 3,327 1,502 0

3 100 3,312 1,509 0

4 150 3,296 1,516 0

5 200 3,280 1,524 0

6 250 3,264 1,531 0

7 300 3,248 1,539 0

8 350 3,231 1,547 0

9 400 3,212 1,555 0

10 450 3,196 1,564 0

11 500 3,178 1,572 0

12 550 3,160 1,581 0

13 600 3,142 1,591 0

14 650 3,123 1,600 0

15 700 3,104 1,610 0

16 750 3,084 1,621 0

17 800 3,063 1,631 0

18 850 3,041 1,643 0

19 900 3,021 1,654 0

20 950 3,000 1,666 1

21 1000 2,977 1,679 0

Page 42: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

32

Figura 6 - Perfil de Alturas - Canal Infinito

Figura 7- Perfil de Velocidades - Canal infinito

2,950

3,000

3,050

3,100

3,150

3,200

3,250

3,300

3,350

3,400

0 200 400 600 800 1000

H (m)

X (m)

Perfil de Alturas - Canal Infinito

Perfil de Alturas - CanalInfinito

1,450

1,500

1,550

1,600

1,650

1,700

0 200 400 600 800 1000

U (m/s)

X (m)

Perfil de Velocidades - Canal Infinito

Perfil de Velocidades -Canal Infinito

Page 43: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

33

Tabela 4- Distribuição de alturas e velocidades ao longo do canal finito

Finito

i X(m) H(m) U(m/s) W

1 0 3,334 1,499 0

2 50 3,317 1,506 0

3 100 3,301 1,514 0

4 150 3,283 1,522 0

5 200 3,266 1,530 0

6 250 3,248 1,539 0

7 300 3,230 1,547 0

8 350 3,211 1,556 0

9 400 3,192 1,566 0

10 450 3,172 1,575 0

11 500 3,153 1,585 0

12 550 3,132 1,596 0

13 600 3,112 1,606 0

14 650 3,090 1,617 0

15 700 3,068 1,629 0

16 750 3,046 1,641 0

17 800 3,023 1,653 0

18 850 3,000 1,666 1

19 900 2,971 1,682 0

20 950 2,946 1,697 0

21 1000 2,920 1,712 0

Page 44: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

34

Figura 8- Perfil de Alturas - Canal Finito

Figura 9- Perfil de Velocidades - Canal Finito

2,8502,9002,9503,0003,0503,1003,1503,2003,2503,3003,3503,400

0 200 400 600 800 1000

H (m)

X (m)

Perfil de Alturas - Canal Finito

Perfil de Alturas - CanalFinito

1,450

1,500

1,550

1,600

1,650

1,700

1,750

0 200 400 600 800 1000

U (m/s)

X (m)

Perfil de Velocidades - Canal Finito

Perfil de Velocidades -Canal Finito

Page 45: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

35

Percebe-se que em ambos os casos existe algo em comum. A turbina está

posicionada na seção cuja altura é igual a 3. Isso se deve ao fato da restrição de

operacionabilidade da turbina introduzida no modelo, uma vez que a turbina deve

estar ao menos acima do leito para operar corretamente.

Esses resultados mostram a natureza do problema de otimização, existe um

conflito de interesses envolvido no problema. Enquanto um escoamento raso para a

mesma vazão levaria a uma velocidade maior, esse escoamento não necessariamente

atende aos requisitos de operacionabilidade impostos. Em contrapartida, um

escoamento de elevada lâmina d’água, para a mesma vazão, não teria velocidade

suficiente para gerar o valor ótimo de potência.

Em algum momento, uma solução de compromisso acaba sendo a ótima,

isso depende tanto das características do escoamento, da geometria do canal e da

geometria da turbina. Ou seja, no caso do canal finito mostrado no corpo do

relatório, um aumento do nível d’água, para a mesma vazão permitiria que a turbina

fosse posicionada na última sessão possível, mas isso levaria a uma diminuição da

velocidade que levaria a um resultado não ótimo.

É preciso dizer que os resultados de potência em Watts obtidos fazem

sentido de um ponto de vista de otimização mas os valores de coeficiente de

potência da turbina, coeficiente de arrasto da turbina, largura da turbina e diâmetro

da turbina não refletem uma turbina real. Entretanto, esses valores podem ser

facilmente introduzidos no modelo uma vez conhecidos, sem prejuízo aos

resultados aqui obtidos.

Page 46: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

36

5 – Discussões Talvez a questão de maior relevância a ser resolvida em primeiro lugar, num

trabalho subseqüente, seria a de utilização de coeficientes Cd e Cp reais para uma

turbina real testada empiricamente. Além disso, uma apuração da potência extraída

do escoamento pela turbina com maior exatidão também traria grande benefício ao

modelo.

Uma vez que essas questões fossem sanadas, outras considerações poderiam

ser eliminadas em trabalhos futuros. Uma delas é a de vazão constante em toda a

região do canal. A existência de sumidouros, ou mesmo da própria chuva incidente

na região teria forte influência nos resultados. Uma análise de potência média gerada

anualmente poderia ser feita para levar em conta também efeitos sazonais no

escoamento.

Além disso, outras turbinas poderiam ser consideradas, de mais interesse

seriam as turbinas mais eficientes como turbinas axiais por exemplo. A capacidade

do modelo de prever a energia gerada já é por si só uma característica interessante

para alavancar estudos aprofundados de viabilidade econômica. Outra questão a ser

analisada, seria a consideração da possibilidade de cavitação. A aplicação dessa

análise não seria muito complicada, tanto utilizando o diagrama de Burril quanto os

dados oferecidos pelo fabricante levariam a uma segurança na adoção dessa

alternativa de geração de energia em uma situação real.

A barreira final na evolução desse projeto, seria o desenvolvimento de um

modelo de otimização que leve em conta todos os fatores já mencionados e ainda

permitisse a colocação de fileiras de turbina, como uma fazenda e turbinas

hidrocinéticas, levando em consideração o efeito de esteira de cada uma delas e as

características do escoamento modeladas com programas de dinâmica dos fluidos

computacional.

Page 47: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

37

6 - Conclusões O modelo matemático desenvolvido e implementado em código

computacional LINGO é capaz de prever posição ótima de uma única turbina

instalada e a potência gerada associada em um canal retangular com condições de

escoamento idealizadas.

Os resultados para as constantes utilizadas no modelo foram de

aproximadamente 9,4kW tanto no caso infinito quanto no caso finito. Sendo que no

caso finito a posição ótima da turbina está à 875m da primeira seção do canal, e no

caso infinito está à 975m. Isso mostra que para geometrias semelhantes de canal, o

posicionamento da turbina para otimização da potência gerada não acontece

necessariamente na mesma seção, e ainda mais importante que isso, mostra que o

posicionamento ótimo não acontece necessariamente na seção onde a velocidade do

escoamento é maior. Isso mostra que existe um problema de otimização no

posicionamento de turbinas e que esse problema pode ser solucionado através do

modelo desenvolvido. O modelo permite ainda que sejam modificados os dados

geométricos do canal e da turbina, assim como seus respectivos parâmetros

associados, para a obtenção da solução ótima em diferentes condições.

Os resultados, ainda que baseados em hipóteses simples, levantam interesse

no tema de otimização na geração de energia limpa e renovável. Em uma época

onde a preocupação com o meio ambiente é finalmente compreendida como uma

necessidade, todo tipo de atividade que vise preservar o avanço humano com a

minimização do impacto ambiental é relevante. A pesquisa realizada acerca dos

tópicos relacionados contribui para a grande área de mecânica dos fluidos e também

para a formação do autor como engenheiro, rendendo bons frutos acadêmicos.

Page 48: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

38

Bibliografia

[1] http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/fontes-energia-brasil.htm

Acessado em: 12 de setembro de 2017

[2] Kamal A.R.Ismail¹, Tiago P. Batalha (2015) “A comparative study on river

hydrokinetic turbines blade profiles”, IJERA , vol5

[3] Nicholas D.Laws,BrendenP.Epps (2015), “Hydrokinetic energy conversion:

Technology, research, and outlook”, ELSEVIER

[4] Martin Anyi (2013), “Water Current Energy for Remote Community:Design and

Testing of a Clog-free Horizontal Axis Hydrokinetic Turbine System”, University

of South Australia

[5] Hubert Chanson (2004), Hydraulics of Open Channel Flow, Second-Edition,

Butterworth-Heinemann

[6] https://ecourses.ou.edu/cgi-

bin/ebook.cgi?doc=&topic=fl&chap_sec=10.3&page=theory Acessado em: 12 de

setembro de 2017

[7]http://www.fsl.orst.edu/geowater/FX3/help/8_Hydraulic_Reference/Mannings

_n_Tables.htm Acessado em: 12 de setembro de 2017

[8] Laurenson E. M. (1986) Friction Slope Averaging in Backwater

Calculations, J. Hydraul. Eng., 112

[9] Maria Kartezhnikova, Thomas M. Ravens (2013), Hydraulic impacts of

hydrokinetic devices, ELSEVIER

[10] Frank M. White (2006) , Fluid Mechanics, Sixth Edition

Page 49: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

39

Anexos

Canal de largura Infinita – Output completo do Lingo

Global optimal solution found.

Objective value: 9364.426

Objective bound: 9364.426

Infeasibilities: 0.000000

Extended solver steps: 39

Total solver iterations: 48619

Elapsed runtime seconds: 11.83

Model Class: MINLP

Total variables: 104

Nonlinear variables: 62

Integer variables: 20

Total constraints: 169

Nonlinear constraints: 63

Total nonzeros: 410

Nonlinear nonzeros: 144

Variable Value

Reduced Cost

G 9.810000

0.000000

RO 1000.000

0.000000

N 0.2500000E-01

0.000000

H1MAX 12.00000

0.000000

QI 5.000000

0.000000

L 1000.000

0.000000

NS 21.00000

0.000000

CP 0.5000000

0.000000

CD 1.000000

0.000000

CT 1.500000

0.000000

D 4.000000

0.000000

AT 8.000000

0.000000

DX 50.00000

0.000000

X( 1) 0.000000

0.000000

X( 2) 50.00000

0.000000

Page 50: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

40

X( 3) 100.0000

0.000000

X( 4) 150.0000

0.000000

X( 5) 200.0000

0.000000

X( 6) 250.0000

0.000000

X( 7) 300.0000

0.000000

X( 8) 350.0000

0.000000

X( 9) 400.0000

0.000000

X( 10) 450.0000

0.000000

X( 11) 500.0000

0.000000

X( 12) 550.0000

0.000000

X( 13) 600.0000

0.000000

X( 14) 650.0000

0.000000

X( 15) 700.0000

0.000000

X( 16) 750.0000

0.000000

X( 17) 800.0000

0.000000

X( 18) 850.0000

0.000000

X( 19) 900.0000

0.000000

X( 20) 950.0000

0.000000

X( 21) 1000.000

0.000000

H( 1) 3.342848

0.000000

H( 2) 3.327714

0.000000

H( 3) 3.312332

0.000000

H( 4) 3.296691

0.000000

H( 5) 3.280781

0.000000

H( 6) 3.264592

0.000000

H( 7) 3.248110

0.000000

H( 8) 3.231324

0.000000

H( 9) 3.214219

0.000000

H( 10) 3.196782

0.000000

H( 11) 3.178998

0.000000

Page 51: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

41

H( 12) 3.160848

0.000000

H( 13) 3.142315

0.000000

H( 14) 3.123380

0.000000

H( 15) 3.104022

0.000000

H( 16) 3.084217

0.000000

H( 17) 3.063941

0.000000

H( 18) 3.043167

0.000000

H( 19) 3.021864

0.000000

H( 20) 3.000000

0.000000

H( 21) 2.977539

0.000000

U( 1) 1.495731

0.000000

U( 2) 1.502533

0.000000

U( 3) 1.509510

0.000000

U( 4) 1.516672

0.000000

U( 5) 1.524027

0.000000

U( 6) 1.531585

0.000000

U( 7) 1.539357

0.000000

U( 8) 1.547354

0.000000

U( 9) 1.555588

0.000000

U( 10) 1.564073

0.000000

U( 11) 1.572823

0.000000

U( 12) 1.581854

0.000000

U( 13) 1.591183

0.000000

U( 14) 1.600830

0.000000

U( 15) 1.610813

0.000000

U( 16) 1.621157

0.000000

U( 17) 1.631885

0.000000

U( 18) 1.643025

0.000000

U( 19) 1.654608

0.000000

U( 20) 1.666667

0.000000

Page 52: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

42

U( 21) 1.679239

0.000000

S( 1) 0.2797466E-03

0.000000

S( 2) 0.2840098E-03

0.000000

S( 3) 0.2884300E-03

0.000000

S( 4) 0.2930167E-03

0.000000

S( 5) 0.2977801E-03

0.000000

S( 6) 0.3027312E-03

0.000000

S( 7) 0.3078820E-03

0.000000

S( 8) 0.3132458E-03

0.000000

S( 9) 0.3188367E-03

0.000000

S( 10) 0.3246707E-03

0.000000

S( 11) 0.3307649E-03

0.000000

S( 12) 0.3371383E-03

0.000000

S( 13) 0.3438118E-03

0.000000

S( 14) 0.3508087E-03

0.000000

S( 15) 0.3581547E-03

0.000000

S( 16) 0.3658784E-03

0.000000

S( 17) 0.3740117E-03

0.000000

S( 18) 0.3825905E-03

0.000000

S( 19) 0.3916550E-03

0.000000

S( 20) 0.4012507E-03

0.000000

S( 21) 0.4114293E-03

0.000000

SM( 1) 0.2818782E-03

0.000000

SM( 2) 0.2862199E-03

0.000000

SM( 3) 0.2907234E-03

0.000000

SM( 4) 0.2953984E-03

0.000000

SM( 5) 0.3002556E-03

0.000000

SM( 6) 0.3053066E-03

0.000000

SM( 7) 0.3105639E-03

0.000000

SM( 8) 0.3160412E-03

0.000000

Page 53: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

43

SM( 9) 0.3217537E-03

0.000000

SM( 10) 0.3277178E-03

0.000000

SM( 11) 0.3339516E-03

0.000000

SM( 12) 0.3404751E-03

0.000000

SM( 13) 0.3473103E-03

0.000000

SM( 14) 0.3544817E-03

0.000000

SM( 15) 0.3620165E-03

0.000000

SM( 16) 0.3699450E-03

0.000000

SM( 17) 0.3783011E-03

0.000000

SM( 18) 0.3871227E-03

0.000000

SM( 19) 0.3964529E-03

0.000000

SM( 20) 0.4063400E-03

0.000000

SM( 21) 0.000000

0.000000

Q( 1) 5.000000

0.000000

Q( 2) 5.000000

0.000000

Q( 3) 5.000000

0.000000

Q( 4) 5.000000

0.000000

Q( 5) 5.000000

0.000000

Q( 6) 5.000000

0.000000

Q( 7) 5.000000

0.000000

Q( 8) 5.000000

0.000000

Q( 9) 5.000000

0.000000

Q( 10) 5.000000

0.000000

Q( 11) 5.000000

0.000000

Q( 12) 5.000000

0.000000

Q( 13) 5.000000

0.000000

Q( 14) 5.000000

0.000000

Q( 15) 5.000000

0.000000

Q( 16) 5.000000

0.000000

Q( 17) 5.000000

0.000000

Page 54: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

44

Q( 18) 5.000000

0.000000

Q( 19) 5.000000

0.000000

Q( 20) 5.000000

0.000000

Q( 21) 5.000000

0.000000

W( 1) 0.000000

2420.861

W( 2) 0.000000

2327.527

W( 3) 0.000000

2230.866

W( 4) 0.000000

2130.682

W( 5) 0.000000

2026.761

W( 6) 0.000000

1918.874

W( 7) 0.000000

1806.769

W( 8) 0.000000

1690.174

W( 9) 0.000000

1568.790

W( 10) 0.000000

1442.290

W( 11) 0.000000

1310.316

W( 12) 0.000000

1172.473

W( 13) 0.000000

1028.327

W( 14) 0.000000

877.3955

W( 15) 0.000000

719.1465

W( 16) 0.000000

552.9862

W( 17) 0.000000

378.2519

W( 18) 0.000000

194.2013

W( 19) 0.000000

0.000000

W( 20) 1.000000

28389.64

W( 21) 0.000000

0.000000

Page 55: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

45

Canal de largura Finita – Output completo do Lingo

Global optimal solution found.

Objective value: 9393.465

Objective bound: 9393.465

Infeasibilities: 0.6012726E-08

Extended solver steps: 39

Total solver iterations: 180340

Elapsed runtime seconds: 31.65

Model Class: MINLP

Total variables: 125

Nonlinear variables: 83

Integer variables: 20

Total constraints: 190

Nonlinear constraints: 84

Total nonzeros: 493

Nonlinear nonzeros: 226

Variable Value

Reduced Cost

G 9.810000

0.000000

RO 1000.000

0.000000

N 0.2500000E-01

0.000000

H1MAX 12.00000

0.000000

QI 5.000000

0.000000

L 1000.000

0.000000

NS 21.00000

0.000000

CP 0.5000000

0.000000

CD 1.000000

0.000000

CT 1.500000

0.000000

D 4.000000

0.000000

Q 500.0000

0.000000

B 100.0000

0.000000

NST 1.000000

0.000000

AT 8.000000

0.000000

DX 50.00000

0.000000

X( 1) 0.000000

0.000000

Page 56: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

46

X( 2) 50.00000

0.000000

X( 3) 100.0000

0.000000

X( 4) 150.0000

0.000000

X( 5) 200.0000

0.000000

X( 6) 250.0000

0.000000

X( 7) 300.0000

0.000000

X( 8) 350.0000

0.000000

X( 9) 400.0000

0.000000

X( 10) 450.0000

0.000000

X( 11) 500.0000

0.000000

X( 12) 550.0000

0.000000

X( 13) 600.0000

0.000000

X( 14) 650.0000

0.000000

X( 15) 700.0000

0.000000

X( 16) 750.0000

0.000000

X( 17) 800.0000

0.000000

X( 18) 850.0000

0.000000

X( 19) 900.0000

0.000000

X( 20) 950.0000

0.000000

X( 21) 1000.000

0.000000

H( 1) 3.334642

0.000000

H( 2) 3.317993

0.000000

H( 3) 3.301048

0.000000

H( 4) 3.283795

0.000000

H( 5) 3.266221

0.000000

H( 6) 3.248310

0.000000

H( 7) 3.230047

0.000000

H( 8) 3.211416

0.000000

H( 9) 3.192398

0.000000

H( 10) 3.172974

0.000000

Page 57: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

47

H( 11) 3.153123

0.000000

H( 12) 3.132822

0.000000

H( 13) 3.112047

0.000000

H( 14) 3.090769

0.000000

H( 15) 3.068959

0.000000

H( 16) 3.046586

0.000000

H( 17) 3.023613

0.000000

H( 18) 3.000000

0.000000

H( 19) 2.971425

0.000000

H( 20) 2.946266

0.000000

H( 21) 2.920309

0.000000

U( 1) 1.499411

0.000000

U( 2) 1.506935

0.000000

U( 3) 1.514670

0.000000

U( 4) 1.522628

0.000000

U( 5) 1.530821

0.000000

U( 6) 1.539262

0.000000

U( 7) 1.547965

0.000000

U( 8) 1.556946

0.000000

U( 9) 1.566221

0.000000

U( 10) 1.575808

0.000000

U( 11) 1.585729

0.000000

U( 12) 1.596005

0.000000

U( 13) 1.606660

0.000000

U( 14) 1.617720

0.000000

U( 15) 1.629217

0.000000

U( 16) 1.641181

0.000000

U( 17) 1.653651

0.000000

U( 18) 1.666667

0.000000

U( 19) 1.682694

0.000000

Page 58: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

48

U( 20) 1.697064

0.000000

U( 21) 1.712147

0.000000

S( 1) 0.3074033E-03

0.000000

S( 2) 0.3124450E-03

0.000000

S( 3) 0.3176885E-03

0.000000

S( 4) 0.3231468E-03

0.000000

S( 5) 0.3288345E-03

0.000000

S( 6) 0.3347672E-03

0.000000

S( 7) 0.3409622E-03

0.000000

S( 8) 0.3474384E-03

0.000000

S( 9) 0.3542168E-03

0.000000

S( 10) 0.3613206E-03

0.000000

S( 11) 0.3687753E-03

0.000000

S( 12) 0.3766095E-03

0.000000

S( 13) 0.3848550E-03

0.000000

S( 14) 0.3935473E-03

0.000000

S( 15) 0.4027266E-03

0.000000

S( 16) 0.4124378E-03

0.000000

S( 17) 0.4227321E-03

0.000000

S( 18) 0.4336676E-03

0.000000

S( 19) 0.4474036E-03

0.000000

S( 20) 0.4599749E-03

0.000000

S( 21) 0.4734350E-03

0.000000

SM( 1) 0.3099241E-03

0.000000

SM( 2) 0.3150667E-03

0.000000

SM( 3) 0.3204177E-03

0.000000

SM( 4) 0.3259907E-03

0.000000

SM( 5) 0.3318008E-03

0.000000

SM( 6) 0.3378647E-03

0.000000

SM( 7) 0.3442003E-03

0.000000

Page 59: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

49

SM( 8) 0.3508276E-03

0.000000

SM( 9) 0.3577687E-03

0.000000

SM( 10) 0.3650479E-03

0.000000

SM( 11) 0.3726924E-03

0.000000

SM( 12) 0.3807322E-03

0.000000

SM( 13) 0.3892012E-03

0.000000

SM( 14) 0.3981370E-03

0.000000

SM( 15) 0.4075822E-03

0.000000

SM( 16) 0.4175850E-03

0.000000

SM( 17) 0.4281999E-03

0.000000

SM( 18) 0.4405356E-03

0.000000

SM( 19) 0.4536893E-03

0.000000

SM( 20) 0.4667050E-03

0.000000

SM( 21) 0.000000

0.000000

W( 1) 0.000000

3113.167

W( 2) 0.000000

3009.206

W( 3) 0.000000

2901.185

W( 4) 0.000000

2788.844

W( 5) 0.000000

2671.896

W( 6) 0.000000

2550.027

W( 7) 0.000000

2422.894

W( 8) 0.000000

2290.121

W( 9) 0.000000

2151.291

W( 10) 0.000000

2005.944

W( 11) 0.000000

1853.572

W( 12) 0.000000

1693.607

W( 13) 0.000000

1525.417

W( 14) 0.000000

1348.295

W( 15) 0.000000

1161.446

W( 16) 0.000000

963.9745

Page 60: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

50

W( 17) 0.000000

754.8637

W( 18) 1.000000

29300.89

W( 19) 0.000000

254.5355

W( 20) 0.000000

0.000000

W( 21) 0.000000

0.000000

R( 1) 3.126150

0.000000

R( 2) 3.111513

0.000000

R( 3) 3.096607

0.000000

R( 4) 3.081420

0.000000

R( 5) 3.065940

0.000000

R( 6) 3.050153

0.000000

R( 7) 3.034045

0.000000

R( 8) 3.017601

0.000000

R( 9) 3.000803

0.000000

R( 10) 2.983635

0.000000

R( 11) 2.966075

0.000000

R( 12) 2.948105

0.000000

R( 13) 2.929699

0.000000

R( 14) 2.910834

0.000000

R( 15) 2.891483

0.000000

R( 16) 2.871614

0.000000

R( 17) 2.851195

0.000000

R( 18) 2.830189

0.000000

R( 19) 2.804744

0.000000

R( 20) 2.782317

0.000000

R( 21) 2.759157

0.000000

Page 61: GERENCIAMENTO DE TEXTURAS PARA APLICAÇÕES DE ...monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10021585.pdf · Vitor Emanuel Lourenço ... Agradeço à secretária acadêmica Simone

51

Apêndice Resumo dos resultados para canal de largura finita D=1m Global optimal solution found.

Objective value: 15674.53

Objective bound: 15674.53

Infeasibilities: 0.000000

Extended solver steps: 39

Total solver iterations: 211830

Elapsed runtime seconds: 19.62

Model Class: MINLP

W( 20) 1.000000 -

7227.009

(Solução Trivial)

Resumo dos resultados para canal de largura finita D=2m Global optimal solution found.

Objective value: 31194.38

Objective bound: 31194.38

Infeasibilities: 0.000000

Extended solver steps: 39

Total solver iterations: 215186

Elapsed runtime seconds: 20.18

Model Class: MINLP

W( 20) 1.000000 -

14316.42

(Solução Trivial)

Resumo dos resultados para canal de largura finita D=3m Global optimal solution found.

Objective value: 17473.67

Objective bound: 17473.67

Infeasibilities: 0.2570175E-07

Extended solver steps: 41

Total solver iterations: 197616

Elapsed runtime seconds: 25.81

Model Class: MINLP

W( 19) 1.000000

60721.1014316.42

(Solução NÃO Trivial)