DISCIPLINA: ENGENHARIA ECONÕMICA - Turma: 7º Engenharia Civil Prof.ª.: T. Cristina Silva Alves - 2º Semestre /2015 - Data: Novembro/2015 ALUNO(A): ________________________________________ Mat. _______ SEPS Avenida W5 SUL – EQS 708/907 – Lote B - Brasília - DF – CEP: 70.390-070 Telef.: 3442-6000 - E-mail: [email protected]GERANDO RIQUEZA 3. VALOR ECONÔMICO AGREGADO - EVA (Economic Value Added) O Valor Econômico Agregado - EVA é considerado por muitos como a melhor metodologia para avaliação de negócios, servindo para identificar o quanto foi efetivamente criado de valor para os acionistas, durante um determinado período de tempo (mês, trimestre, semestre, ano, etc.). Na linguagem popular financeira, criar valor a uma empresa significa "deixar o acionista mais rico" e fica-se mais rico quando se compra um ativo que depois de um tempo valerá mais do que o capital investido na sua compra . Esta abreviação (EVA) é uma medida periódica desenvolvida por Joel Stern e G. Bennett Stewart III e registrada pela empresa em consultoria americana Stern Stewart & Co - Economic Value Added (Valor Econômico Adicionado). O EVA é utilizado para determinar objetivos, em análises de resultados passados, elaboração de orçamentos, avaliação de projetos e políticas de remuneração variável, avaliar o desempenho financeiro, estabelecer esquemas de remuneração e incentivo, comunicar o desempenho aos investidores e avaliar projetos de investimento e empresas, entre outros usos, pois consiste na tomada de decisões estratégicas e operacionais, com base no resultado do cálculo de dedução dos encargos de capital (lucro operacional) após o imposto de renda - resultados operacionais líquidos, deduzindo (menos) o custo de todo o capital empregado pela empresa na operação (capital próprio mais o capital de terceiros). Abaixo segue o que o EVA expressa Indicador de desempenho financeiro baseado no valor Indicador de lucro económico ou rendimento residual Indicador que reflecte o valor absoluto de valor accionista criado ou destruído durante um ano e não um indicador relativo como os usuais (ROE, ROA, etc..) Medida para estabelecer esquemas de remuneração e incentivo Medida para comunicar o desempenho financeiro aos gestores Ferramenta da Gestão Orientada para a Criação de Valor, ferramenta comportamental Ferramenta mais eficiente do que a taxa de retorno tradicional (ROI) para fins de controle interno Método de avaliação de empresas/projectos semelhante ao método do VAL Marca registada da Stern Stewart & Co., que implementou o conceito em mais de 300 grandes empresas no mundo Principal determinante das cotações Principal determinante do MVA Melhor indicador de desempenho conhecido. Para que os acionistas continuem interessados em investir no negócio da empresa, é importante que a empresa opere com EVA sempre positivo já que este significa que a empresa gerou rentabilidade superior ao custo dos capitais investidos - criou valor. E, se o EVA for constantemente igual a zero ou negativo, a empresa não cobriu o custo dos capitais investidos destruindo o seu valor e provocando diversas reações entre os acionistas, dentre estas, as mais prejudiciais à empresa são: venda do controle; troca da administração; venda de ações ou encerramento das atividades.
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3. VALOR ECONÔMICO AGREGADO - EVA (Economic Value Added)
O Valor Econômico Agregado - EVA é considerado por muitos como a melhor
metodologia para avaliação de negócios, servindo para identificar o quanto foi efetivamente
criado de valor para os acionistas, durante um determinado período de tempo (mês, trimestre,
semestre, ano, etc.).
Na linguagem popular financeira, criar valor a uma empresa significa "deixar o acionista
mais rico" e fica-se mais rico quando se compra um ativo que depois de um tempo valerá mais
do que o capital investido na sua compra .
Esta abreviação (EVA) é uma medida periódica desenvolvida por Joel Stern e G. Bennett
Stewart III e registrada pela empresa em consultoria americana Stern Stewart & Co - Economic
Value Added (Valor Econômico Adicionado).
O EVA é utilizado para determinar objetivos, em análises de resultados passados,
elaboração de orçamentos, avaliação de projetos e políticas de remuneração variável, avaliar o
desempenho financeiro, estabelecer esquemas de remuneração e incentivo, comunicar o
desempenho aos investidores e avaliar projetos de investimento e empresas, entre outros usos,
pois consiste na tomada de decisões estratégicas e operacionais, com base no resultado do
cálculo de dedução dos encargos de capital (lucro operacional) após o imposto de renda -
resultados operacionais líquidos, deduzindo (menos) o custo de todo o capital empregado pela
empresa na operação (capital próprio mais o capital de terceiros).
Abaixo segue o que o EVA expressa
Indicador de desempenho financeiro baseado no valor
Indicador de lucro económico ou rendimento residual
Indicador que reflecte o valor absoluto de valor accionista criado ou destruído durante um ano e não um indicador relativo como os usuais (ROE, ROA, etc..)
Medida para estabelecer esquemas de remuneração e incentivo
Medida para comunicar o desempenho financeiro aos gestores
Ferramenta da Gestão Orientada para a Criação de Valor, ferramenta comportamental
Ferramenta mais eficiente do que a taxa de retorno tradicional (ROI) para fins de controle interno
Método de avaliação de empresas/projectos semelhante ao método do VAL
Marca registada da Stern Stewart & Co., que implementou o conceito em mais de 300 grandes empresas no mundo
Principal determinante das cotações
Principal determinante do MVA
Melhor indicador de desempenho conhecido.
Para que os acionistas continuem interessados em investir no negócio da empresa, é
importante que a empresa opere com EVA sempre positivo já que este significa que a empresa
gerou rentabilidade superior ao custo dos capitais investidos - criou valor. E, se o EVA for
constantemente igual a zero ou negativo, a empresa não cobriu o custo dos capitais investidos
destruindo o seu valor e provocando diversas reações entre os acionistas, dentre estas, as mais
prejudiciais à empresa são: venda do controle; troca da administração; venda de ações ou
Os juros variam com o saldo devedor; à medida que este vai decrescendo, os juros
também vão ficando menores.
Alguns financiamentos incluem um prazo de carência, durante o qual não há devolução
do principal emprestado. Duas situações podem ocorrer:
durante o prazo de carência ocorre o pagamento de juros; e
durante o prazo de carência não há necessidade de pagamento de juros, que são
capitalizados (somados ao saldo devedor, passam a também render juros).
E para o melhor investimento e retorno do capital investido, qual é o melhor sistema de
amortização? A resposta depende de uma série de fatores e da forma com que estes pesam na
análise: velocidade de recuperação do capital, valor das prestações/parcelas, quantia de juros
pagos, risco envolvido na transação, etc. Cada situação apresenta particularidades que devem
ser cuidadosamente estudadas. Além disto, há que se considerar que o ponto de vista do credor
nem sempre coincide com o ponto de vista do devedor.
E qual o sistema que mais cobra juros? Para responder a esta pergunta, deve-se calcular
o valor presente dos juros pagos em cada sistema e assim analisa-los.
As principais modalidades de amortização de dívidas - sistemas de amortização são:
sistema francês ou tabela price (TP1);
sistema de amortização constante (SAC);
sistema de amortização misto (SAM);
sistema de amortização crescente (SACRE);
sistema americano;
pagamento único com juros postecipados2;
pagamento único com juros antecipados;
sistema de amortizações variáveis.
3.11. Motivos para o Dispêndio de Capital - Investimento
1 - Aquisição de Ativos: é motivado pela ampliação da capacidade de produção ou
diversificação da linha de produtos oferecidos pela empresa.
2 - Substituição de Ativos/modernização: são projetos para reconstrução, para reparos
necessários ou inclusão de uma nova máquina, ou ainda, novas instalações. Aqui o
conceito de modernização de equipamentos e instalações também é denominado de
"revamping".
3 - Outras Finalidades: são os dispêndios relativos a propaganda, pesquisa e
desenvolvimento, serviços de consultoria, aquisição de softwares, desenvolvimento de
novos produtos, etc. Mesmo que resultem em dispêndios de capital, não resultam em
aquisição ou transformação de ativos tangíveis, pois estes dispêndios tem por
finalidade, de uma forma ou de outra, em benefícios futuros para a empresa e, portanto,
devem ser tratados como investimento.
1 - Tabela Price (TP) - também chamado de sistema francês de amortização, é um método usado em amortização de empréstimo cuja principal característica é apresentar prestações (ou parcelas) iguais - valor fixo das prestações.
2 - Postecipados; em Economia (adjetivo) - designativo do juro pago no fim do respectivo período de contagem;
e, Matemática - série de pagamentos (ou recebimentos) que se inicia em um período após a data zero;
São aquelas que possuem a mesma função e são concorrentes entre si. A aceitação de
uma alternativa exclui automaticamente a possibilidade de aceitação das outras alternativas
concorrentes.
EXEMPLO: uma empresa deseja comprar computadores para informatizar o processo de desenvolvimento de novos produtos. Ela possui 3(três) propostas de 3(três) fabricantes. Após a escolha de um dos fabricantes, considerando a melhor e mais vantajosa proposta para o fornecimento dos equipamentos, a empresa irá excluir as outras alternativas concorrentes.
3.12.2. Alternativas Dependentes
São as alternativas que dependem entre si, de forma tal, que não poderão ser analisadas
isoladamente. São complementares.
EXEMPLO: na implantação de rede de transmissão energética uma hidrelétrica não poderá ser analisada sem a linha de transmissão, ou vice-versa, pois serão interligadas pela malha de distribuição de energia.
3.12.3. Alternativas Independentes.
São as alternativas que se distinguem entre si, de modo que, a aceitação de uma delas
não eliminará a aceitação das outras.
EXEMPLO: uma empresa possui um capital disponível e está cogitando investir R$ 1 milhão para rentabilidade e geração de valor. Aos gestores foram apresentadas 3(três) alternativas de investimento:
investir na compra de novos equipamentos - modernização;
fazer propaganda institucional da empresa e do produto principal - "carro chefe";
construir um novo refeitório para os empregados.
A escolha de uma das alternativas não impedirá que a empresa implemente também as
outras alternativas, simultaneamente ou em períodos posteriores.
Cabe salientar que, se uma empresa possui recursos limitados para investimento, é
bastante simples tomar decisões. Todas as alternativas independentes que forneçam retornos
maiores do que o valor mínimo estabelecido - maior que o custo do capital, que a despesa,
poderão ser aceitas.
Entretanto, é prudente que a empresa repense a utilização dos recursos quando dispõe
de uma quantia limitada para investir, pois os projetos terão que disputar essa quantia entre si e,
a essa disputa pelos recursos escassos denominamos de Racionamento do Capital.
3.13. Decisao sobre Investimento - Tipos
Para tomada de decisão sobre investimento em projetos apresentados e aprovados são
necessários analisar alguns pontos antecipadamente e enquadra-los em 2(dois) tipos de decisão
1 - Aceitar/Rejeitar: a decisão aceitar/rejeitar é também utilizada na avaliação de projetos
mutuamente excludentes. Exige simplesmente a aplicação de critérios de avaliação e
a comparação do retorno calculado com um padrão mínimo aceitável pela empresa.
2- Classificação de Ativos: para este tipo as alternativas são avaliadas segundo um
critério predeterminado, como exemplo temos o VPL (Valor Presente Líquido) que, se a
alternativa para análise for esta, o VPL deverá ser considerado o mais alto para
classificação, ou seja, o maior estará em primeiro lugar e as demais classificadas
sucessivamente decrescentes. É importante destacar que a classificação é útil para
avaliar alternativas quando a empresa está contingenciada por limitações de recursos
ou sob racionamento de capital.
3.14. Desenvolvimento de Dados para Análise de Investimento
É necessário determinar as entradas e saídas de caixa, exclusivamente produzidos pelo
projeto, para se seja possível avaliar os projetos de ivestimentos. Para esta análise utiliza-se o
Fluxo de Caixa em vez de valores contábeis. O projeto de investimento deve observar aspectos
importantes antes de iniciar a coleta dos dados para eleaboração do seu fluxo de caixa:
3.14.1. Custos Incrementais
Os custos incrementais são exclusivamente relacionados ao projeto de investimento,
assim os fluxos de caixa de um projeto só devem retratar as alterações produzidas pelo próprio
investimento do projeto. Isto significa, que todo e qualquer desembolso que ocorrem na
empresa, independente da realização do investimento, não podem ser alocados a esse
investimento (no fluxo de caixa ou em qualquer outro registro deste), pois eles existem com ou
sem a realização do investimento.
EXEMPLO: uma fábrica de automóveis vai lançar um novo modelo de carro com investimento de R$ 500 milhões, apenas as desembolsos diretos de produção: matéria prima, energia e mão de obra adicionais para este lançamento, é que deverão constar na análise de investimento. Os demais gastos já existentes na empresa e que são dependentes da existência ou não do novo investimento (novo modelo), não deverão ou poderão constar no estudo - análise de investimento.
3.14.2. Custos Afundados ("Sunk Costs")
São os custos que ocorrem no presente, e exclusivamente relacionados ao projeto de
investimento. Nos fluxos de caixa não poderão conter registros de desembolsos realizados
anteriormente a implantação do projeto, ou seja, realizados no passado e que sejam
irrecuperáveis.
EXEMPLO: uma empresa produtora de bens duráveis desembolsou R$ 10 milhões em um estudo de mercado para conhecer melhor o seu público (consumidor/cliente). Após a coleta de informações, elaborou um estudo de viabilidade para o lançamento de novos produtos. Nesse caso, o estudo de viabilidade para novos produtos não pode registrar o desembolso com o estudo já realizado, pois os R$ 10 milhões é irrecuperável.
3.14.3. Efeitos Colaterais ("canibalismo")
Os fluxos de caixa de um projeto só podem conter entradas de caixa que sejam
realmente incrementais. Isso significa que, o investimento realizado deverá trazer para a
empresa recursos novos e não desviar os recursos que já estavam destinados para a empresa
independente da realização ou não, do investimento.
EXEMPLO: uma empresa produtora de refrigerantes está estudando o lançamento de uma nova bebida. Pelas análises de mercado realizadas, identificou que 60% da receita gerada pelo novo produto será proveniente dos consumidores dos seus produtos atuais - outros produtos. Ficou claro para a empresa que se ela lançar o novo produto, irá perder receita dos produtos já existentes e ganhar apenas 40% de novos consumidores. No estudo de viabilidade deverá constar os efeitos negativos com a perda de venda dos produtos existentes e o ganho de receita com os clientes adicionais.
3.15. Orçamento de Investimento
A atividade de execução de um orçamento de investimento deve envolver equipes
interdisciplinares, conforme o projeto a ser desenvolvido: administradores, engenheiros da área
a ser executada e economistas. Este grupo pesquisa, delineia, especifica e orça o projeto de
investimento a partir de fontes disponíveis de dados.
3.15.1. Componentes de um Orçamento de Investimento
O orçamento do investimento compõe-se de:
1 - Custo básico: corresponde principalmente ao valor de aquisição do equipamento, ou
instalações, novas edificações, etc.
2 - Custo de Instalação: são os custo as adicionais necessários para fazer com que o
bem adquirido ou o serviço contratado funcione.
EXEMPLO: gastos com transporte, montagem, gastos com parada de produção, assistência técnica, etc.
3 - Despesas Pré-Operacionais: são as despesas com testes e "star-up", englobando
matérias primas para testes, energia, treinamento de pessoal, etc. No investimento
este componente é relevante nos casos de implantação de grandes instalações ou nos
projetos com tecnologia mais sofisticada.
3.15.2. Tipos de Orçamento de Investimento
Os tipos dependerão de sua finalidade, pois serão enquadrados em 3 tipos a seguir:
1 - Orçamento Preliminar: é o orçamento feito previamente, ou seja, na fase inicial do
estudo de um projeto, como base para verificação de sua potencialidade. Geralmente
são obtidos pela correlação com os projetos similares já realizados. A margem de erro
varia na faixa de 20% a 40%.
2 - Orçamento para Estudo de Viabilidade: Este tipo engloba os casos em que as
informações disponíveis permitem desenvolver orçamentos com precisão aceitável para
a execução de estudos de viabilidade. Os dados gerais do projeto são definidos, tais
como: capacidade da instalação, especificação dos equipamentos principais, layout
preliminar, etc. A margem de erro varia na faixa de 10% a 20%.
3 - Orçamento Detalhado: Este orçamento é feito após o desdobramento do projeto em
subunidades, e o consequente desenvolvimento do projeto detalhado de cada
subunidade. Serve como base para realizar o acompanhamento e seu controle, quando
da implementação do projeto. A margem de erro aceitável, não pode ser superior a
Com o orçamento de investimento já desenvolvido, deverá ser montado o seu cronograma de desembolso que corresponderá a distribuição escalonada dos valores de custo do investimento, nos seus respectivos períodos de realização.
Essa distribuição será feita tendo como base uma programação, que poderá ser representada por um diagrama de barras ou um Diagrama de Precedência - Método do Diagrama de Precedência - (em inglês PDM Precedence Diagramming Method)3.
Para elaborar o Cronograma de Desembolso, é essencial que seja definida a
periodicidade das execuções de atividades (semanal, mensal, trimestral, semestral, etc.) e as
condições de pagamento dos principais itens do orçamento.
Caso a empresa não conheça, com precisão, as datas dos desembolsos é possível
estabelecer uma curva teórica de desembolso, que corresponderá em média ao que ocorrerá na
prática. Esta curva teórica tem o perfil de uma parábola invertida cuja área totaliza 100% do
desembolso de cada atividade que compõe a obra ou projeto.
4. Métodos ou Critérios determinísticos de Análise de Investimentos
4.1. Taxa Mínima de Atratividade - TMA
A taxa mínima de atratividade (TMA) sinônimo de Custo Médio Ponderado de Capital,
nada mais é que a menor taxa que um investidor aceita como rentabilidade para um
investimento. É a taxa a partir da qual o investidor considera que está tendo ganhos financeiros
(Casarotto; Kopitke, 1994). Sua determinação deve considerar duas situações:
1. A Taxa Mínima de Atratividade (TMA) deve remunerar adequadamente os capitais
(próprios e de terceiros) investidos:
2. A Taxa Mínima de Atratividade (TMA) deve expressar a remuneração de um
investimento alternativo, de baixo risco para o investidor.
A taxa mínima de atratividade (TMA) a ser adotada é a maior das encontradas nas duas
situações acima mencionadas. Assim sendo, verifica-se que a TMA depende da situação
econômica e financeira do investidor. Cada investidor, ou empresa, tem sua própria TMA.
Somente pode-se somar ou comparar quantias de dinheiro que estejam referidas a um
mesmo período de tempo. Para movimentar quantias de dinheiro no tempo, utiliza-se uma taxa
de juros denominada de taxa de desconto (normalmente, deve-se comparar valores atuais com
valores futuros, devendo-se, pois “descontar” estes últimos valores).
3 Diagrama de Precedência representa graficamente, todas as atividades do projeto, com suas respectivas
dependências: entre o início ou término de uma atividade e o início ou término de outra atividade. Reflete o relacionamento lógico que deverão ser executadas. Exemplo: se a atividade A precede a atividade B, então B não pode ser iniciada antes que A esteja concluída.
Numa análise de investimento, a taxa de desconto a ser utilizada pelo investidor é a sua
TMA. Por isso, um investimento pode ser atrativo para um investidor A e não ser atrativo para
um investidor B, por exemplo.
EXEMPLO: Uma empresa está avaliando a possibilidade de diversificar seus negócios. Para tal, dispõe de 35% do capital necessário, devendo financiar os 65% restantes, a um custo de 12% a.a. (o dinheiro emprestado somente poderá ser aplicado neste projeto). Os acionistas exigem uma remuneração de 15% a.a. do capital investido na empresa. Caso a empresa desista deste negócio, ela pode aplicar seu dinheiro em papéis do governo, a um rendimento de 12,8% a.a. Qual a TMA que a empresa deve adotar na análise deste investimento?
Solução: Custo do dinheiro:
Remuneração do investimento alternativo: 12,8% a.a. (aplicação de papéis do governo).
Assim, para a análise de viabilidade econômica deste empreendimento deve ser adotada uma
taxa mínima de 13,05% a.a
4.2. Valor Presente Líquido - VPL ou NPV
O método do Valor Presente Líquido (VPL), também conhecido pela terminologia
"método do valor atual", caracteriza-se, essencialmente, por transferência de todas as variações
de caixa desejadas para o momento presente, descontadas a TMA - taxa mínima de
atratividade. Assim o VPL é um fluxo de caixa obtido pela soma de todos os valores do fluxo de
caixa, trazidos para a data presente. Ou seja, desconta-se os valores futuros para a data
presente e soma-se estes valores descontados com o valor que o fluxo de caixa apresenta na
data inicial. Como taxa de desconto, utiliza-se a Taxa Mínima de Atratividade (TMA) do
investidor. É o valor presente das entradas de caixa deduzido do valor presente das saídas de
caixa.
Este método consiste em trazer, ou descontar para a data mais antiga do Fluxo de Caixa,
também chamado de data zero, todos os valores esperados, entradas (recebimentos) e saídas
de caixa (desembolsos) constantes no Fluxo de Caixa, descontados à taxa de juros
considerada. A data zero foi escolhida arbitrariamente, podendo escolher qualquer outra data.
Neste método de análise, o Fluxo de Caixa é descontado a uma taxa especifica,
conhecida por Taxa de Desconto, Custo de Oportunidade, Custo de Capital ou, Taxa Mínima de
Atratividade (TMA).
EXEMPLO: Em um Fluxo de Caixa de R$ 1.000,00, uma taxa de desconto de 10%a.m. a um prazo de 6(seis) meses, teremos:
ANALISANDO: a melhor opção é o investimento B, pois terá taxa de retorno igual a R$ 16.274,25
4.2.2 Projetos com Vidas Diferentes
Com projetos diferentes, 2(duas) situações são possíveis: os projetos podem ser
repetidos quando sua vida acabar, ou não podem ser repetidos. Cada caso tem um
procedimento de análise que será exposto a seguir.
4.2.3 Projetos com repetição
Se 2(dois) projetos tem vidas diferentes, usa-se na análise como horizonte de
planejamento, o mínimo múltiplo comum da duração dos mesmos.
EXEMPLO: Calcular, pelo VPL, qual das alternativas abaixo para a compra de um equipamento, é mais econômica, supondo que haja repetição. A TMA do investidor é de 12% a.a.
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: O cálculo da TIR é feito por tentativa e erro, e por este motivo o seu cálculo só é prática viável com a utilização/auxílio de planilhas eletrônicas ou calculadoras financeiras.
Fontes: Prof. Dr. Eng. Dipl. Wirt. Ing. Andreas Dittmar Weise; Profª. Gizelle Coelho; Prof.ºEdson de Oliveira Pamplona e Prof.º José Arnaldo Barra Montevechi
REFERÊNCIAS: CASAROTTO Filho, Nelson. Análise de investimentos: matemática financeira, engenharia
econômica, tomada de decisão, estratégia empresarial. 9a ed., São Paulo: Atlas, 2000. COELHO, Silvio T. Matemática Financeira e Análise de Investimento. São Paulo: Cia Ed.
Nacional.. COPELAND, T.; KOLLER, T.; MURRIN, J. Avaliação de empresas. 2. ed. São Paulo: Makron
Books, 2000. COSTA JR., N. C. A.; MENEZES, E. A.; ASRILHANT, B. Avaliação econômica de projetos: a
abordagem do CAPM. Versão mais recente do capítulo publicado nos Anais do XVIII Encontro Nacional da ANPAD, v. 5, p. 8-16, 1994.
HIRSCHFELD, Henrique. Engenharia Econômica e Análise de Custos: Aplicações Práticas para Economistas, Engenheiros, Analistas de Investimentos e Administradores. 7a edição,São Paulo; 2000.
MARTINS, E. Avaliação de empresas: da mensuração contábil à econômica. Temática contábil e Balanços. Boletim IOB - TC/Bal, n. 39, p. 1-8, 2000
RAPPAPORT. A.. Gerando valor para o Acionista. São Paulo: Atlas, 2001. Sites: