GEOLOGIA DA REGIAO DO CARIANGO (ANGOLA)Neste trabalho e apresentada a geologia da regiiio de Cariango, correspon dente a area de 11 664 km2• Foram definidos onze conjuntos litol6gicos,

GEOLOGIA DA REGIAO DO CARIANGO (ANGOLA)

POR

A. T. S. rFeI'lI"eka da Siilv:a(*) & N. A1m.1e:ida Fernandes(*)

RESUMO

Neste trabalho e apresentada a geologia da regiiio de Cariango, correspon­dente a area de 11 664 km2• Foram definidos onze conjuntos litol6gicos, gerados de entre os tempos limpopo-Iiberianos (2700 ± 200 M. a.) e cenoz6icos: 1) grupo de Quitubia; 2) grupo de Mussende-Haco; 3) supergrupo do Oendolongo; 4) rochas gnaissico-migmatiticas ebumeanas; 5) tonaliros do Pombuige; 6) rochas grani­t6ides, geralmente biotiticas e de textura porfiritica; 7) rochas graniticas e afins; 8) doleritos; 9) supergrupo do Congo Ocidental; 10) quimberlitos; 11) lateritos e sedimentos recentes. Asrochas precambricas foram afectadas, tanto plastica como rigidamente, originando sobretudo dobras monoclinais e sinclinais e falharnentos de direcc;oes predorninantes SE-NW. Foram assinaladas falhas tensionais meso­z6icas, de direcC;1io NE-SW, contemporaneas das intrusoes quirnberliticas. Quanto aos recursos minerais destaca-se a presenc;a de ferro, diarnante, ouro e monazite.

ABSTRACT

This paper represents the geological investigations of the Cariango region, in an area of about 11 664 km2• The authors recognized eleven litological units generated since the limpopo-liberian (2700+200 m. y.) till cenozoic times; I} Quitubia group; 2) Mussende-Haco group; 3) Oendolongo supergroup; 4) ebutnean migmatitic-gneissic rocks; 5) Pombuige tonalites; 6) porphiritic ,granitoid rocks generaly biotitic; 7) granites and simllars; 8) diabases; 9) West Congolian supergroup; 10) kirnberlites; 11) laterite and recent sediments. The precambrian rocks have undergone plastic and rigid deformations, originating prin­dpaly monoclinal and sinclinal folds and faults with predominant SE-NW direc­,tion. Northeast striking tensional faults of mesozoic ages have been concomitant with the kimberlitic intrusions. The minerals of economic interest are iron, dia­

,mond, gold and monazite.

(*) Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPR]'.!). Supe­rintendencia de Sao Paulo (Brasil).

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INTRODUCAO

Sao apresentados, neste tr:albaMro, os estudos geo16gicos rea'lizados lem area de 11 664 km2

, corr·espondente it folba SU!l.C 33/1P (Oariango), na escala 1/250000, limitada peios para­lelos 100 OD'S e 110 OD'S ,e pelos meridiano,s 150 OO'EG e 160

OO'EG (Fig. 1). A J1egiao em ·causa pertenoe ao distrito de Guanza SuI e faz

parte dos ooncelhos do Libolo (Calulo), lMussende e QuibaJa. As vias de .comunka~iio mais importantes queseTVem a

regiao do Cariango sao constitufdas por imlmeras estradas de terra ibatida I~picadas) e pela estr.ada as:£altada Luanda-Huambo (Nova Lisboa), a qUail passa por Catofe.

,os aut6ctones per.tencem ,aDs grupos etntoos do's Libo1os e -dos Quibal'as.

A 'eoonomia agrfco[a local baseia~se nas culturas de milno, mandioca, c,afie,aJgOidiio, ,arroz, sizal ·e albacmd e na cria~iio de gado.

Dos tr:abalhos geo16gicos anteriolres, l"ed',erente'S it cegiao do Cariango Ie vizinhan~as, dtam-se, :em ipl1imeiro lugar, os de MOUTA & O'DONNELL (1933) ,e de MOUTA (1954) que incluiJram .as rochas gnaissioo-mig.matfticas no Complexo de Bas·e ,e os metas­sedimentos jUlI1to do Haoo no siis,tema do OeiJ1ldol~ongO'. MONTE:­NEGRO DE ANDRADE (1954) estudou petro'lO'gicamente 0' granito da Quiibala, enquanto SOARES DE CARVALHO :(1961) dedicou ·espe­oial .aten~ao ao estudo dos SQ;los lateritizados presentes na pene­pl:anfde da Il'egiao de Catofe. Recentemente SILVA (1977 ·e 1978) [ezconsidera~6es aoer:ca das orogene'ses detectadas na regiao do Cariango ,e sobre a defini~iio, no 'e·spa~ e no tempo, das rlOchas ido 'SUJpeTglflU.po do Oenodo10ngo, enqruanto SILVA &

KAWASIDTA (em imPT'essao) 'efectuaram os 'e;studQls de determi­na~6es mdiometr'ioas de idades das prinoipais fo~ma~6es oarto­grad':adais. Contiguament,e it. regiao em 'apg:-ego, preoisamenli·e a no['te e a oeste, foram elahorados as estudos :geo~6gkQ;s das 'l"eg,ioes de Pungo-AlI1!dongo, MlIDenga-nall,a, Caichibo e Qu[hala pellos ge61Q1gos da Longy·ear Comp'any (1955), SILVA (1972) e MOREmA et al (1973), respecti'V!amente.

As ida des radiornHricas Rb/Sr citadas no texto, caJculadas

, I

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ou reea'1culadas, referem-se a Ulna 'constante de desintegra~ao para 0 rubiidio (A Rb87) ~gual a 1,42.10-J.l.ooos-1 'e a uma razao ini­dal 8~Sr/ 86Sr = 0,705 ± 0,002 no caso das :idades convencio­nais Rb/Sr. As idades isot6picas K/ Ar, igua'lmente cita:das, referem-se as seguintes constantes utili~adas para 0 4°K: 'A(3 = = 4,962.10-1°.ooos-1 ; 'A K total = 0,581.10-10.anos-1; %atom. de "OK 'em K total = 0,0l167.

ASPEOTOS GEOMORF.oLOGICOS

Na' .regiao ,eartografada fOTam identificadas duas superii­de,s de apIan,a~ao, das quais pr,edomina a peneplanicie de alti­tude ,entre oerca de 1000 ,e 1200 metros. A outr:a Ipeneplanicie osdla entre cerca de 1500 e 1700 metro'S; ocoroe no e~tremo . sudes.te ,e ·em algumas lestruturas r,eliquias preservadas, como as das ,sierras do Bango, da Banga e de Gueige . .0 decliive geral da dtenagem obseIWa-s·e para noroes.te ·e norte.

" 'iDentro da 'peneplanicie de menor altitude, designada zona de ;transi~ao de MONTEmo MARQUES (1966) :au a peneplanicie II de' JESSEN (1936), arfloram as mais diversas iforma~6es, desde metaibasic,as a granit6ides 'e metassedimentaI1es de idades lim­popo-'l,iheriana, ,eburnreana e 'pan-africana. Nela persistem nume­rosos or,e[,evos quese des'envolvem mais 'e~ressivamente na r:egiaooe~uJdoesil:e, onde sao observadas as ailtit'U'des de 1799,51 e'1829,61 metros IIlOS quartzitos da,s serras de Gueige e do Lus­Bongo, respect:ivamente, e ainda de 1845,76 ,e 2000,04 met!l'o:s nos' por:firos' granit6ides da leleva~ao da Qui'la1a e da serra da Banga, res.pectivamente. Na regiao de Ca-1ofe sao rfrequentes os montes Hhas do rtipo '«Pao de A~(ican>, O's quais I'iepresentam imponrentes mono1itos de gran,ito da Quibala;

A peneplanicie de maim altitude, que ,corresponde ao pla­nalto antigo de MONTEmo MARQUES (op. cit.) ou perieplanide IV de JESSEN (ap. cit)} ,exvbe uma supe:i:'lficie monotona. geralmente lateJ1irtiz·adJa. PreidomLnam, nesta swperfid'e, as forma~6es meta­basicas,gr:anulitkas re gnais.sioo-migmatiticas aimpopo-libe­l'ianas.

Em vlrtude da le1-evada pluviosidade da regiao do Cariango oc,orrem :inlimeras linhas de agua, as qua,is pertencem as bacias

3

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!hidrogcaficas dos riO's ·Longa~ nast::endo no ,sudeste,' ,e Cuanza; que passa forada ,area e:studada, a 'leste; nOIideste' e norte. AqueJe segue Tum:o SE-NW, ,enquanto 0 rio Gango, urn do'S inruo­res afluentes do lfioCuanza, atr.aV'essa 'a r,egiiio leste do Cariango segundo '0 Isentido 5ul-norte.

GEOLOGIA GERAL E :ESTRATIGRAFIA. CONSIDERACOES iPRELIMINARES

As diiV,er,S'as unidades Uto16gicas lidentificadas na regiao do Oariango distribuem-se [)elas faixas dobradas Oela-Cariango' e CQngo Odden1lal, de idades 'eburneana (2000 + 200 M.a.) e pan­africana (650 + 200 IM.a.), respecti:pamente, e pelos nudeos antigos de suposta idade limpopo-liberiana (2700 + 200 M.a).

As roch:as gnaLssico-miginatiticas Umpopo-liberianas e ebur­neanas 'sao os termos Hto16gicos de maior lexpressao na area em estudo. Seguem~se-!lhes as :rochas granftkas, tonaliticas, ectinit,j,cas ,e metavulcanicas ,eiburneanas.

As formagoes meta:basicas e ,granuliticas limpo·po-'liherianas e as rochas ;ectinfticas pan-.africanas assinalam·se ainda bem :representadas nos extremos sudeste Ie nordeste daarea estu­dada, respeotiVtamente.

Ossedimento5 'coJuviais, eluv,iais e aluviais afloram e~es­sivamente nalgumas 'l"egi5es, ,associando-.se em geraloom as oobenuras latedticas.

,Finalmente as !l"ocihas ,do~eriticas e quim'berlfticas consti­tuem intrusoes pontuais.

Apesar da defdnigao estratigrMica de reg.ioes poUorogeni­cas ,sel1" le~tremamente d~ficu'1tada pela 'soibreposigao dos.fen6-menos metamfu1ficos 'e metassomaticps. em consequencia dOB estudos re·a1izados na regiao do Cariango, foi-nos possive! apre­seIlltar a coluna estratigrafica ·e 0 mapa geol6gico, con forme expostos IIlO Quadm 'I e IFigu!l"a 1, respectivamente.

Periodo

Quatema­rio

Terciario

Jurassico­-Cretacico

Preciim­brico

QUADRO 1-Coluna estratignifica da regiao do Cariango

Epoca

Superior

Medio

Inferior

Supergrupo

Congo Oci­dental

Grupo

Xisto-Gre­soso

Sub-grupo/ /Forma9ao

M'pioca

Caracteristicas Iitol6gicas

Aluvioes em gera! e sedimen" tos coluviais e eluviais_

Lateritos

Quimberlitos

Xistos, metarenitos e metar­coses

1-----1----- -----1----------,

OendoJongo Quibala

Mussende­-Haco

Quitub'a

Serra da Banga

Serra do Bango

Quissongo

Cariango

Utende

Doleritos

Rochas graniticas e afins (granitos, quartzomonzoni­tos, adamelitos, granodiori­tos, pegmatitos, quartzo e brechas siliciosas)_

Rochas granit6ides, geral­mente biotiticas e de textura porfiritica.

Tonalitos do Pombuige

Rochas gnaissico-migmati­ticas (gnaisses ocelados, em­brechitos facoidais, migma­titos e gnabses migmatiticos).

P6rfiros granit6ides recrista­Iizados e rochas metavulcii­nicas. -----------, Metacong!omerados, metare­nitos e quartzitos conglome­raticos,

Itabiritos

Quartzitos e metarenitos

Metassiltitos, metagrauva­ques e metaconglomerados basais.

Rochas gna1ss;co-migmati­ticas (gnaisses magnetiticos e hematiticos, ortogn isses paragnaisses e migmatltos policiclicos) e Xistos e quart­zitos subordinados.

Enderbitos, granulitos, gra­nulitos charnoq uiticos, gnais­ses charnoquincos, quinzigi­tus, gnaisses e migmatitos

I indiferenciados e rochas me­tabasicas.

fALl!. '~OV.V(L _________________________ _

' •• '~SOS'D.O( JCO" "(IIGUL"O S<I'·VUT'C.L_~_ .......... ~'*"'U'ULIIOt."'[40"l70·~- .....,.."

(AN .. OU v.tIlTiCAU __________________ -+-

I"CL!"'.~';:O OIS C ...... O .. _____________ ...... '? 008:·:::;~:·1 +OU + OCORRENCIAS MINERAlS:

Ferro -.-@ Ouro --@

Diomanres --@

Monazite --@

Fig. 1 - Mapa geol6gico da regiao de Cariango.

;Yl.

QUATERNARIO

TERCIARIO

JURAsSICO - CRETACICO

/

LEGENDA ESTRATIGRAFICA

SEDIMENTOS ALUVIAISJ ELUVIAIS E COWVIAIS

LATERlTOS

OUIMBERLrros

33

a k.<.) T, 15:i¥l K ~

PREcAMffiEco [ SUPERGRUPO [ GRUPO XISTO - [SUBGRUPO M' PIOKA SUPERIOR CONGO OCIOENTAL - GRESCSC

DOLERITOS

?g VlIMd V [ll]

PREcAMBRICO MtOIO

PRECAMBRICO INFERIOR

SUPERGRUPO

OENDOLONGO GRUPO

QUIBALA

QUARTZO

GRANllO OA QUIMBINDA

GRANITO DO QU!TEMO

GRANITO DA CELA

GRANITO DA QUIBALA

GRANITO REGIONAL

ROCHAS GRANITOIOES, GERALMENlE 810TIT1CAS E DE

TEXlURA PORFIRiTlCA

TONALITOS .DO POMBUIGE

GNA1SSES OCELAOOs

MIGMAT(TOS E GNAISSES MIGMATiT,COS

MIGMATIlOS DE PAL:.EOSSOMA SiLTICO-GRAUVACOIDE DOMINANTE

I:::;· :::: ::: ,=ORMAIYAO QUISSONGO

R:lRMACAO CARIANGO

FORMACAO UTENDE

• . [ll] Yo D Y. Ixxl Yo 1+++1 y, [E] y, 1+++1

·Y8, IillD lCll Xx

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GNA1SSES MAGNETITICOS E HEMAT{TICOS A! ~

xtslOS E QUARTZITOS X,+Q. ~

[

ENDERBrroS'GRANVUTOS'GRANUUlOS CHA"NOQUrTICOS,GNAISSES A' ~ GRUPO CHMNOOufT1COS,KINZIGllOS,GNAJSSES E MIGMATITOS INDIFERENCIAOOS I ~

QUITdSIA

ROCHAS METABASICAS E ENtERSIT1CAS 8{3 [!!!]

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rPRECAMBRlOO INFERIOR

GRUPO DE QUITUBIA

Rochas metabcisicas e enderbfticas - As rochas 'em :l'efe­re-ncla afloram dentrode uma .faixa 'Orientada segundo SE-NW, onde ,eonstituem as mancha·s de Qui'balagange, Mandoa:la-Can­ganga, Lu!hueo,. Soambanda e Namba. Soment'e 'as :rOochas de Qui­halagange ficaram mais pr.eseI"Vadas da .anfiboI1ti~a!;ao, gra­nulitiza!;ao e migmatiza!;ao. PI'Iedominam os metagabros que, ao micTOsc6pio, T,evelam ser ·oonSitituidos por andesina, labrado­rite, aug'it'e, hiperst'ena, minerais opacos, anfibo[a, 'S'eTidte e taloo. A anf~bol'a e pro'VaV'e'lmente a homeblenda, que e for­mada ,pOll" UIl"alitiza!;ao na fruse hidroterma1.

As ,r;oeihas metahasicas pa'ssam gradualmente as romas gnaissico-migmatloticas eneaixantes, estas remoibilizruram aqueIas na zona periferica, quer durante os ,tempos !limpopo-liberianos quer 'durant'e 0 rejuvenescimento, r.emigmat,iza!;ao e retrometa­morfismo ,ebUJ'[}leanos. Torna-se assim muitoO rdiffcil a delimita­~ao precis a .das mesmas.

A lest'e do Oar1an:go, na mancha de Soambanda, predomi­nam os ortomfiboOHtos aos quais se 'associam ,enderbH:lOs, meta­gabl"os e migmatitosindilrerenciadamente . .os primeiros termos Htologicos 'I'Iervelamser constituidos, em .Iiimina de'lgada, por tl"emoHte-ruct.inolite, laibradorite, qUiartzo e minerais oOpa:eos. o quart~o laprese:nta-'se na f.oiI1rna de Lentes, serrdo que e post'e­rior a genese da iI1Oeha. Quanto aos ender-bitos r·ev'elam-se c,ons­tituiidos pOor mdesina, a:ntipe1'l1lilt'e, di6psoido, mperSitena, hor­n'~blenda, s,erie'ite e apatite.

A .g:nais,siidrude da:s I"O'cha:s em :epigrr.afe, quando mais ,afec­tadas pelo metamoi1f.ismo, inclusiv:e retrogrado, Ie pe'la migma­tiza!;ao, ooorre odentada para N600W a E-W oOU N700E 'a E-W.

Ape&al" das dete~na!;6es ·radiometricas Kj Ar, das rochas metabasoicas, Ifornecerem as idades ,aparentes de 1615 -l- 25 e 1574 ± 102 M.a., na pLagioclase e na tI"oeha tota.!, ;respecttva­mente (SILVA & KAWASHITA, op. cit.), idades rnais joo'Vens que a :do resfriamento eburneano, e Ibem evidente que sua genese se relaciona, noO minima, com os tempos pre-orogeruoos limpopo-

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-liberianos r(~2900 M.a). P,eI,a sua [lellagao com as !l"ochas do cra­tao do Cassai (DELHAL& LEDENT, 1971; DELHAL et aI., 1976), bem como doutros oratc)'es aiiTicanos, algumas das mehas meta­basicas ·e endeIlbitkas podem rVer tido origem .em tempos sham­waianos (3500-3000 IM.a.) (SILVA, op. cit.).

Rochas de facies granulfticas e associadas - No extI"emo sudeste da regiao do tCariango obsewa-se ·exvensa mancha onde se assodam ~Ite,madamente enderbitos, granulitos, granulitos chamoquitic,os, gnaisses 'Oharnoquiticos, qU'in~1gitos, gnaiss'e!s e migmatliitos, estes lllt:imos de modo subordmado e inldif,erenciado.

Estas rochas passam gmdua:lmente as desccitas antel'iO'r­ment·e. Sao int.erpenetradas pel.as rochas gnaissico-migmatiticas JimpopO'.,J.,iherianas, regra gera1 rejuv'ell'eSicidas e parcialmente remigmatizadas e lietI"omeItamoflfizadas durante O'S tempo·s ebur­neanos. Foram, 'assim, :afectadas no flanco oes-ISudo:este pe:la designada I~r:ente de migmatizagao etbumeana.

Sao TOchas mesocraticas 'e de granUlla!l"ldrude fina a media. Mostram-.se, regra geral, fo~headas e mais ;raramente oompactas.

No extremo noroes,te da mancha QiS granulitos oharnoquiti­cos .ali pI1esentes, de colOlnagao OIDza azulada, evidenciam-se folheados segundo N70oE, oom mergulho subvertical. Para sudeste estas rQichas passam aos ender!hitos e rochas met aba­sicas da !regiao de Soambanda.

Os gna.isses oharnoquitioos reVielam, ao micro:sc6p~o, tex­tura muito ·semelhante it granulirtica, sendo constituidos por fieldspato, quartzo,hiperstena, biotite, minerais opacO's, seridte e caolinite. Bo.rem os graniUJitos l'eVlel;am a presenga de ifeldspato pQitassioo, quaJrtzo, microcaina, pJagiodase, mine'flals opaoos, gra­nada, !biotite, moscovite, sericite, apatl.te, epidoto e mais ;rara­ment.e ,silimanite (?).

Os qUlinzigitos predominam entI'1e 0 v. g. Quituhia 'e 0 rio. Gango, bern ,comO. a sUdieste desta regiao. Exibem frequente­mente est.ruturas dobradas e estromatioas (MEHNERT, 1968). Associam-se a rochas metabasicas e a migmatitos Ihete~ogeneos com gnari.s.sidade segundo N300 E e mergulho sub-lVemoal. Em Jilmina delgada os qu'inzigitos mostJram-:se 'oonstituLdQiS POT felds­pato, quartzD, granada, hiperstenae minerais opaoos.

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A 'Oeste do v. g. QUJitubia afloram migmatitO's 'estromatfti­cos depaJeossoma lenderbitico leX!pressivlO ,concol'dante com a estrutura~ao gnaissica segundo N30oW,60oSW.

A rocha total de oito amo'stras de granulitO's, gnaisses char­noq'llitictOs, quinzigitos, gnais,ses e migmatitols, este's(iiltimos petl"­t1encem..t,es ao grupo de Mus'sende-H3!co a s'eguitl" deslcdto fO!rnece­ram, 4>elo metodo isocr6nioo RbjSr, a idade aparente de 2347 =+= 84 M.a. com Ro = 0,7047 ± 0,0016 (SILVA & KAwASmTA, op. cit.). Este va:ltOr baiX!o .ev1dem..c1ia 0 grau de hettea-ogeneidade de rochas nao cogeneticas e 0 rejuv,enescimento provocado nas rochas de idademfnima Jimpopo-.libedana pel0 metamoJ1fismo reg,ional e r,emigmatiza~ao parcial eburneanos.

GRUPO DE MUSSENDE-HACO

Xisrtos e qUl1JntzitOis - ESlbas [,lOems aip'elI13!s ,se 'oibste'wam em pequenas manchas a noroeste e oeste do Raoo (lMussouigee v. g. Muoumbi) e na tregiao do d'O Fuique. Sao as unico's t'este­munhos metass·edimentares de idatde limpopo-ltb1edana 'preser­v,ados no se10 de paragnai,sses e migmatitos com os quais apre­sentam .total concordanoia est·ruturaJl.

.os quartzitos de Muss'Ouige, de astpecto saca;r6ide, ,apI1e­sentam atitude de aoamamento ejou fo!lheado segundo N35°E, 70~NW, comum ,aos parr"agnai:sses ,000caixantes .

.os micax,istOis laJiil'O['antels n'O v. g. Muc:umibi passam gil'iadual­mente laos pwagnaisses !I1'egro,-esrverde.atdo·s ,encaixantes. Exiibem colora~ao vanav·el de esv,erdeada a arv'ermelhada.

Relat.irvamente laos micaxisto.s mosqueados de Fuique, de colora~ao ac,astaooada,. nao foram ohse,rv:ados o.s contactos com as rochas granuiiticas e migmatiticas .subjacent'es, por ·excessiiVla altera~ao e des.tliUi~ao eros iva.

Rochas gnciissico-migmatfticas - As tJ.;ochas gna'lssico-mi­gmatfticas 1impopo-libeo:-ia:nas, Teactiv;adas nos tempos ebur­neanos, constituem a 'a'Ssocia~ao . tlito16gico..!estrutma:l mais expressiva Ida area estudada. A'S r'Ochas a1flortam em ,toda a regiao es-nO!rdes.te, as vezes 'capeadas, ;com discordancia angu­lar, pelas rMhas ectiniticas dos supergrupos d'O Oendolongo ·e

j-.

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do Congo Ocidental. No limite oes-sudoeste parssam gradual­mente as Tochas gnaissico-migmatfUoas ebu:r:neanas atraves da cita,da frente odemigmatiza~ao.

Dos tipos litologicos predominantes dtam-se ortognaisses, paragna.risses e migmatitosque se associ am de modo indif,er'en­ciado.

As ·roohas gnaissicas com bandeamento per:feito possuem o quartZio quase sempree:stirado. Oerto's exemp}ares e'viden­dam porfiroblastos estirados de quartzo com extin~iio ondu­lante, odispondo-se de maneilia orientada a ,semellian!;a da tex­tura granulitica. E ifrequente, ao mioroscopio, evidenciarem ori­gem sedimentar. Nos gnaisses alasqufticO's a presen!;a de mine­rais iferromagnesianos e insigniJfioante.

Entre Quienha e a serra do Bango e a sul-sudeste do Haeo aflorammaciQo'S ortognaisiSi:cos domaticos, de natureza alas­quiitk.a, cujo fOllheado e ob'Servado para N300W, vertIca1.

A NNE da Quienha, a culminar a eIe'Va~ao do v. g. Quiungo, na extJensiio de 'cerca de S'ete quilometro'S, afloram gnaisses mine­ralizados por magnetite e hematite. As faixa'S niiomineraHza­das (gnaisses biotitico-moscovitieos) revelam, ao mieroscoplO, a p:l'eisen~a de tie1ldspato potassico, plagiool'ase, qUlarrtzo, biotite, se-ricite 'e moscQlvite.

Quanto aos migmatitos ~azemos especial referenoia aos migmatitos heterogeneos do tipo basieo, muito frequentes a es-sude'Ste do Haoo. Exibem f.requent,ementle lestruturas es:tro­matitkas e dobradas (MEHNERT, op. cit.). Dos .di'Ve~sois pa'leos­somas detecta:dos (enderhitkos, granuliticos, eoUniticos e merta­bastcns) parec'em predominar o.s ortoanfibolftioos 'e par:anfibo­liticos. Ao microscopio os primei:ros ,siioconstituido.s POl' hor­nebllenda, plagioclase, auglite Ie :apatite.

A gnaissiidade ou folheado Idas roohas gnaissico-migmati­tica'S Hmpopo.-liberianas, regra gelial com reinddencia de migma­tiza~iio, pTledomina segundo NlOo-300E Ie pJ'oximo de E-W; com mergU';nos entre 90° e 40° ,embora variaveis em senti do. Com certa frequencia observam-se fOilheados s'egundo NIOo-30"W, em espedal nas regi5es da Quienhae' do Haeo, que julgamos reorienta~5es devidas aOs eifeitos da sbbreposi!;iiO orogehiCa eburneana.

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A ;presen~a de diversos maci~os gnaissicos corresponde a estrut'lllr'as d'6mi'C,ag de gnarsS'es mantades muito oomui!l'S em regi5es peliorogenicas crntonizadas, em geral, durante 0 Pre­cambrico mooio e superior.

A !biotite de urn gnaisse migmatitico e a hornblenda do pa:loossoma de urn migmatito furneoeram, pelo metedo K/ Ar, as idades aparentes de 1806 + 51 e 1997 +37 M.a., respecti­vamente, demonstrando-nos que lOS efeitos tenno-tectonicos eburneanos foram os iiltimos a serem detectados na regiao em estudo (SILVA & KAWASHITA, op. cit.).

PRECAiMBR:ICO MEDIO

SUPERGRUPO DO OENDOLONGO

Grupo da Quibala. Formac;a.o de Utende - Esta unidade e consHtuida par metassiJItitos e metagrauvaques, geralmente de granulac;ao fina e c()Ilo:rac;a:o tOin2lenta, que se associam ,indife­rendadamente nas ,regioes noroeste (sindinorio da Tamiba) e sul-sudoeste (Utende) da area 'estudada, os quais prosseguem para as regioes contiguas.

o acamamento destas rochas e raI1a1lllente observado devido ao alto gI1au de Tecristalizac;ao que geralment,e apresentam, e ate da migmatizac;ao nalguns casos, ou de fenomenos erosivos.

Alguns dos metagr;auvaques -aflorantes na reg,iao da Tamba revelam, ,ao microscopie, nitMa estrutura sedimenta[", onde 00

metamorfismo regional foi incipiente. Porem, na regiao de Utende, evidenciam textura granular devida a eleva da re'crista­lizac;ao de 'sedimentos guuvac6tdes. Sao rochas essencialmente constitufdas po[" quartzo, £eldspatos, mo'scovite, sericit'e, mine­'l"ais das argHas e minerais opacos.

Admitimos que 'Os dtados m etas sedimentos , na regiao em causa, Ico:rI'le8iponda:m a niveis ihalsais do super:g:rupo do Oendo­longo, visto que a sU'1 de Utende continua:m, de mode gradual, para a regiao contfgUia da Cela, a metacongl'Omer:ados conside­rados !basais. Estes, de matriz igualment'e grauvac6ide, apresen­tam ca'lhaus e bloCDS de granite gnrussico de dimensoes ate 50 'em. Este granite fieou, desde modo, preservado da rehomo­genei2lac;ae isot6pica 'eburneana. POr' tal razao forneceu a idade

,-

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convencional pelo Rb/Sr. em rocha total, de 2651 -+- 78 M.a, conforme se previa (SILVA, 1977; SILVA & KAWASIDTA, op. cit.). Tal granito gnaissico mostra textura tporiiritica, em Iamina del­gada, enquanto a matriz apresenta textura granohlastica xeno­morfica. Alem do'S por.firos de microciina, e patente a presen~a de quartzo, plagiodase, minarais opacos, mascov1te, sericite e biotite.

FormagCio do Cariango - Os quartzitos e metareni:tos COI!l:S­

tituintes desta fO'l'ma~ao saa as rachas da sequencia do Oendo­Ilongo, mais expressivas na l'egiiio do Cadango. EsUio ~esentes em todas as grandes ,estruturas lectiniticas (sinclinais e mono­c1inais) ainda preser:vadas da erosao. Evidenciam imponentes m:evus em Irela~iio ao substrata gmmtoide subjaoente. Os prin­cipa'is afloramentos observam-se na serra de Gueige, fazenda Quihuba, Tamba, Calomhe, Oahezo, Quiassache, Mandoala, Tumba Pequeno, Catueza, Cam:bondo, srer.r.as do Lussongo e da Banga, Lussamba, Couz·e, Cassuco-Mosse e Umbir-Cassamha.

Suas rorchasexibem grranulaTidaJde [,rna e media e c'Olor.a~ao de'S de :branca la avermelhada devido a oxidos de ferro. Seu aca­mamento observa-se geralmente entre N200E e N500W 'oom mer­gulhos iem regra ·elevados.

Os niveis basais do flanco oest,e da sierra de Gueige, junto do Cariango, !apr,esentam-se migmatizadas e feldspatizados. Conti­guamente, a sudes:te do Cariango, quartzitos altemantes com nfveis metal'eniticos e quartziticos xistentos e mic,aceos passam gr.adualmente aos migmatitos subjacentes atr:aves de rochas hibridas mostrando elevado numero de porfiroblastos de gra­nada almandina.

As rochas quartzitica'S e metareniticas mtercalam, as vezes, lenticulas de xi-stos com sericite. moscovite e biotite ·eviden~ ciando clivagem de crenu1a~ao, ,oonforme se observa na regiao do Cambondo.

As roohas metareniticas-quartziticas de Umbir-Cassamba mostram intenso dobramento, {;,onsequencia do metamorfismo dinamo-termal e da migmatiza~ao ,ebumeanos. Alias, os niveis basais da s.equencia 'ectinftica aqui presente, constitufdos por metagrauvaques e metassiltitas, ocorrem migmatizados.

-Bm lamina de1g.ada .os quartzitosevidenoiam textufla muito onenltada ou ,entiio gr:anular X!enomoflfica., R.Jevelam como, oons­tituintes mineralogicos .0 qu:artZ.o, mosc.ovite, mmerais das argi­las,n'itilo e mine["ais opacos.

No ex,t,l'emo noroesteda regiao cartograJi,ada ~faZ'eil1da Qui­buma-Tamba) os q'Ular:tzitos, metassiltitos ,e metagrauvaques a1fJorantes constituem ,smc1in6rio que se prol'Onga :na direc!;ao do Calulo. A norte do Quissongo, na regHio de Pingano, O'S ge6-logos daLongyeax Company E. J. (op. cit.) dnc:lUlimm 'tais rOlChas ectinitic'aS no sistema de Pingano.

Formac;ao do Quissongo - Esta run~da:de er,epreseillltaida pelos itabdritos aiflor:antes em pequenas manchas alinhadas segundo a diJ!1eq;ao NW-SE, ,entre 0 Quissongo e 0 v. g. nundo~ Capeiam mc:has granitic:as e/ou migmatftioas,em ger,alna tran­sigao pa:r:a roc:has· policiclicas limpopo-liberianas.

Os itaibiritO's ,apres,entam estrutura dobrada e textur.a gnais­sica lao micl'osc6pio. Minerais opac.os, iprincipalmente hematite, constituem faixas alternantes, comoutr.as contoodo quartzo. anfibola.'e apatit,e, ·c;o,nforme se oosel'Va n.o Quissongo.

Estas rochas ter-se-iam gerado lpor diagenese e m'etamor­,{ismo regional, actuantes nas deplI'less6es. matrinhas, preenchi­das pOT materiais sHiciosos efeTruginosos, oriundosdte. rochas ibasicas limpopo-liberianas, ricas de ferro. Tai:s mchas ocorr.e­riam na marg,em oontinental da citada bacia. ,eburneana, em cursode :apla:nagao e lateritizagao, das quais ainda ,ficaram pre­ser:v:ados, a leste, infuneros testemunhos metabasicos e ender­biticos.

Formac;ao da. serra do Bango - Os metaconglomerados. quartzitos e metarenitos conglomeratic,ose liaro'S quartzitos que constituem esta iformagao, afloram nos sinc1inais da ,serra do Bango 'e do Haoeo (v. g. Mana I). Estas estruturas s,indinais passaro, para sudeste, a monoclinais, igualmentJe metaconglo­mer:aticos,cujo mergu1ho do acamamento ocorre para nordeste. no primeiro caso, e para sudoeste, no segundo. 0 ,eixo das cita­das dobras, par~lelo ,ao lacamam'ento, orienta~se paiI1a N300W aproximadamente.

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Predominam. metaconglomerados, :emgemJav,ermeIhados, cujaespessura minima se sup6e ser de 400 m.Estlas roohasrupre­sentam ,ciastos e blows de quaTltzo, quartzito, itabiritb, meta­grauvaque e x:isto, dmentJados por matriz siliciosa,constitufda pTi!ncipa'Iment'e por quart:w, minerais opacos, mo'scowtie, ,s'ericite e apatite.

Na zona centra:! do sinc:Iina1 da serra do Bango os metacon­golomerados :passam; grruduaImente a metaTefliitos e quartzitos cOIlJglomera'ti'oos .e, por ifim, a quarltzdtos e merbarenitolS'. Estes· ultimos aplt'esentam-se bastante lruminados deviodo aprovavel tectonizagao.

A ,sudestedo Raco Os metaconglomerados"alf pr,e:sentes, assentam, emdisoor:dancia ,angular, sobTJe as -rochas gnaLssic:as limpopo-liberianas.

FormagCio da serra da Banga - As Irooha,s pertenc:ente,s a esta fOlffila~ao(p6I'1firosgrandt6i!des ;I'Ielcristal.izaodos, Tochas meta­vulcaniclas em geral acidas :e localmente metassedimentos) cons­tituem ,aJ.guns ,aJfloramentos na regiao oes-sudoeste, tais como .caho16a, Qui.la;la; Qukun:da, Utende, Catuto e s:er:ra da Banga; nesta ultima situa-se a maiar altitude da :r:egiao:

Como tipos 'lito16gicos .priedominantes MentiJf.ica:ram~se p6:r~ fims gr,aniiticos; granodioriticos, daciticos e tate ,dio:ritico'S, bern como IV,UrMirosdacitdcos :e riodaciticos (metrudadtos e metario­dacitos). AMm das d1ferenciag6es magmaticas, durante·, a genese tamhem :se pmC'essaI'lam difer,enciagaes . par, granitizagao; as !wchas Ignanit6i,des ai:nda 'conse'I1V,am paTdafunente:a textura pomritica. IEsta,sultimas rochas,sao; as Vlezes, inseparavets dos tipos 11ttologic;os O'rigina~s. '

Os portfiros granit6ides sao intrusivos no.s -metagrauvaques <La lI'Iegiao de Dotende, :entre outros 1,acais, ,enquanto metrudacitos alternam ,com metagrauvaques nos locais mais elelVados da siena cia Banga.

Petrograficamenteos iporifi.ro:s granit:&oos:rev,e'J.a.m a presenQa de ortociase, microc:1ina pel'ltitioa, quaI't~o, biotite, moscovitre, minerais opacos e ,sericite. OCOI'ITerrl mirmequites e os :p6:r:firos .sao de microdina per,Utica. Relativamenteaos pOrifixos dadtkos .apresentam-se inequigranulares com textura por.fi:ritica, oude a matriz qurur.tzo-felrdspatri:ca fina eng'loba fienocristais de 'oligoclase

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e hiperstena. Os constituintes minera16gicos sao, alem daqueles minerais, lfeldspatQ !potassicQ, ibi'otite, quar:t~o, minerais QpaCQS, augite e. apatite. 0 caraclter metam611ficQ e evidenciado por 'l1eoristaiiza~aQ poueo pl"onunc'iada. da matrliz. Em g,eral, a rocha ainda guarda 'caracteres de rocha vu:lcanic:a. Finalmente 'Os p6r1firos tonalitk'Os reve'lam-se oonstitutdos por oUgodaS'e, quootzo, f,eldspato potasskQ, biotite, ihiperstena e augite.

Es,ta sequencia de mchas pomiriticas e metavulcanicas, loca1mente associadas a metasS'edimentQs, sao cQntemponlneas e ,semelhantes as das ,regioes de tCaluquembe e do Sencli, Qnde f.orneoeram i:S6cTonas de r;e.fier:enda, peIo metodo Rb/Sr, em mona :tota~, computadas em 2333 ,e 217 M.a. (To.RQUATo. et al., 1979).

ROCHAS GNAISSICO-MIGMATITICAS

Estas Tochas oonstituem a unidade eburneana me'lhor T,epre~ sentada Ilia .r:egiao oes-sudoeste do Cariango. Afiloram funda­mentalmente segundo larga falixa orientada NW -SE, cQntigua, as :rochas gnaissico-migmatiticas limpopo-:liber-ianas. Foram aqui oxiginadas pOl" V'erdadeira .frente de migmatiza~ao ,ehurneana, que :se lhessobrep6s.

Entre os dilferentJes tipos litoJ6gko.s de'stacamo.s 'Os migma­titD'S heterogeneog ,e homogeneos. Destes, citamos como mais frequentes, gnaisses migmatiticos,anatexitos, gnaisses ,facoi­dais e 'embrechito.s facoidais.

DOls m~gmatitos heterogene'Os 'referimos, espe'Cialmente, os que laJf'loram ,em. Utende e junto do Cariango., onde sao obS'erva­das frequentes estruturas do. tipo «;f.lecky» QU estkto.liticas, door,ada,s e ptigmaticas '~MEHNERT, op. cit.). 0 paleossoma pre­dqminante nestes. migmatito.s e constituidQ por metagrauva­,ques, metassiltitos ,e metarenitos d'eldspaticos e arc6sicos. A genese destes migmatito.s rel:aciona-se c,om a granitiza~ao e a migmatjza~ao dlliS sequelIlicilliS' basa'is do sUlPergmpo do Oendo­longo (SILVA, op. cit.). A porr~ao migmatizada deste,s migmati­tos r.evela, ao miCl'o.SCopio, gmnul}a'l"idade groSiseira e t'e'X!tura por­firohlastica, enquanto a matriz e gmnoblastica xenom6rfica. Nero dos poriirobfastos demicroclina ,estao presentes quartzo,

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'rn0 s'covite, plagioclase,· sericite; mineraisdaS argilas; tninerais opacos ,e epidO'to.

Os citados milgmatitos de paleossomaectinitico pfledomi­nante, passam gradualment'e a migmatitos g,ranitoides' homoge­neos, bern como a granitos de anatexia .

. Osmigmatftos granitoides e gnai,sses migmatitic.os fazem tninsi~ao' graduala:os granitO's sincineniaticos· lebwne'anos. A gnaissidade ou folheado ocorre geralmente 'segundo N20o-40oW, subvertical. -

A citada flTiente de migmatiza~ao ,eburneana patente entre as Tlegioes do Quissongo re do Jungue patren::te,ia as ffirais rdivelrsas estruturas. Entre Muanga e Jungue, prerCisamente a es-nordeste do Gungo, fDram assinaladDs paleossomas metabasicos, endeI!bi­ticos e quinzigfticoslimpopo-liberrianos, 0' que prova tal TlemobiH­za~ao nos !t,empos ebwmeanos. Na- mesma r-eg,iao, entre Qutros, siro iflTle1queintes -'Os . gnails'ses faleoddial~s; e'Viidendamdo esibrutura {<,augen», a altemar loealment1e com embrechitos r.acoidais, embora inseparaV'eis dos rest antes migmatitos, visto rarfeldspa­tiza~ao ocorrer muito disseminada.

Os citadDs gnais,ses ocrelados ou facDidais ,apI1esentam, ao microscoprio, textura poX!fil'ob'lasticra. Nalguns casO'S a maJtriz 'l'eeristalizada evidenda odgem igne:a. Sao ,constitufdos por o1ri~ gocloas'e, feldspato PlQlta;s.sieo, quartzo, biotit'e, micmclina, seri­cite, mineraris o;pacos, moscovite e lepridoto. Os Iporfiroiblas1tos sao tanto de oligoclase como de feldsrpatD potassico, 'Os quais pos­suem If.orma irregular. Na matriz oeor,rem mil'ffilequites e inc1u­s6e'SQlVo~des de qua,rtzo no feIdspato potassico e na microclina.

Na regiao ,dO' Jungue- (nascentes do rio Longa) a rocha total do neoSsoma que penetra e envolve a pQir~aO gnais:sica facoidal dos migmatitos 1Dc:aiS e corresponde;nte ibiotite fomeceram as idades aparentes de 2440 + 92 e 1631 +54 M.ra., pe[os metodos RrblSr e K/Ar, ,re.spectivamente (SILVA & KAWASHITA, op. cit.). Apesar da primeim id,ade ser conv'en-cional prova-nos que e pre­-eburneana, lenqUianto 0' segundo valor se rl'efere it idade do res­frJamento e correspondente soerguimento ~hi c.adeia: monta­nhosa ~bUll".ne'ama.

A rfeldspatiz:a~ao poriirdblastica rpres.ente nas ['ochas giulls­sico-migmatfticas foi 'cont'empOTanea da metassomartos,e que

gerou a pori'irablastese f.eldspatica potassicados g:I'looitos .da QuibClila, Ce,La e Quitemo.

TONALITOS DO POMBUIGE

Siio r.o.chasde granutagao grosseica e colora gao ·avdnhada que apres,entam disjungaa' 'esferoidat. Afloram em duas manchas no. lextremo sul"'lsudae'ste da regHlo do Cariango, precisamente junto do rio Pam'buige e em Utende.

, As ToChas ,em. refer~ncia ocorrem Icantiguame'l1te ao.s p6r­firos granit6ides ,e metadacitDs da base sudeste da serra da Banga ,e 1unto .de metagrauv·aques e meltassiItitas em Utende. Junto do. rio Pombuige ifazem transigao, para1es-sudeste, as l10chas ~anit6ides ger(i[mente hiatfticas e de textura porfirftica ainda: parciaJrnente Ipresewada.

Estes talllClilitos !l1erv:elam, em lamina delgada, te~tur:a equi­granula,r hipidiom6rlica. Os 'coll'stituillltes mirllera16gicos sao. ande­sina, ~eldspato· pota:ssico; biotite, quCllrtza, augite, ihornehlenda, hiperstena,epidoto e zircao . .0 :fe1dsparto potassico apres'enta-se com teDres apl"Oximadamente iguais aD da biotite e 0 quartzo aparecle em pequenas quantidades, de forma interstidal. A augite e ,abundante e da o['igem a homhlenda V'erde; A andesina, nal­guns ICa:SOS, aparece zonada. Dos. acess6rios" 0. zircao incluso na biotite e radioactiv~, poispro'V'ocou 0 ,apareoimento de aureolas Illa biotite • .os 'efeitos cataclasticos nestas rocihaslsaoifreq'U!entes.

As rochasem epfgrafe ter-se-iam originado como consequ~n­cia do magmatismo slinorogenico ,eburneano. ,Tal fado, alias, ,corllfirmado pelas dete-rminagoes r.adiometrica's KjAr na biotite elllo.f.e1dspato que fornecer,a:m as idades aparentes de 1919± 27 e 2117± 26 M.a., [lespe:cti'Vamente (SILVA & KAWASHITA, op. cit.).

ROCHAS GRANIT6IDES, GERALMENTE BIOTITICAS E DE TEXTURA PORFIRITICA

E~tes ti:pos lito16gi:cos aflor-am em var.ias mancihas na regiao sul-sudoeste dQ Cariango, na influenda dos ip6rfJros granit6ides e das rochas metavulcfuricas e metassedimentaresali muito fre­quentes.'

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ISao TOIchas meslQtClI'atrcas, em gera:l biotfticas, de granulari­dade merna e de tertur:a pOTfiritica aroda par:ci:almenrte pr.ese.r­valda. A sua oompOlsligaa I()lsdla enwe quartzodioTfti'c'a e gr.a:nftica.

Estas rochas originaram-se par granitizagaa das rochas gra­nitoides parifiriticas, vu1canicas ,e sediment'ares pre-oTagemcas eburneanas, e ainda par endamo.disma na proX'imidade das enc,aiX'antels, quer do supe'rgrupa dO' Oendol-ongo quer da,s wani­tos e migmaititolS sin'cmem,aticos ebu:rneam:os, a que passam gra­dualmente.

No s'eio destas mchas granitoides ainda ocaI1fem pontual­mente p6r.firos gl1aniticas e tona'liticos, entre ouiras tipas, linse­paraveis a 'ese ala utilizada. Regra geral as porgoes superiar.es das principais elevagoe.s ainda exibem poriiros granitoides que resistiram it IgralIlitizagao.

ROCHAS GRANtTICAS E AFINS

Granito regional- Sab esta odesignagao incluem-'se todas as rachas graniticas e ate adamelfticas, gr,anodiariticas e quartza­monzal11iticas, geralmente equWgJfanulares e biotfticas, sincinema­ticas 'e'burneanas, aflorantes principalmente nas regioes do Quis­songo, Tumba-Golungo, Quienha, Umbal11da, Mussanguila, Bango­-Coma,serra Ida Qu:~ba,la, iUbamba e Gungo.

ISao Il'Ochas de grl~l'Ilu1laridade media e alcinzentada'S, emibaTa tipos te.ucocratioos mascavf.ticos ocorram 1110S pontos mais eie­vados da Sierra da Quibala. Aqui os termos graniticas fazem ,transigao a porfiros graniticos e granodiotrfticos inseparaveis, aroda preservados da gI1anitizagao elbumeana.

o granito regional originau-se por 'granitizagao e anatexia, isto e, por verdadeira palingenese, durante os tempos sincine­maticos eburneanO's, a pa'mir das rochas granit6ides par.firiticas, metaVll'lcfulicase metassedifu:nentar:els da sequencia dO' Oenda­ilol11go I.e Idas (rocha'S IPTleexistJentelS dO' suibSlt~aJto sabre 0 qual se sablflepos a omgtOO:ese ebumeana (2000 -+- 200 M.a.).

Localmente, este granito e gnaiss6ide, como 'sucede junta do Quissongo, ande 0 folheada e NlO°E. A suI dO's qUJartzitas da Tamba, bem oamo 'l'lialS inlediag5es dos· porl~as granito1des da,s serras ,cIa Quilala e da Banga 'e, ainda, dos mlc'leos metabasicos

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-situadas la naroeste da Quienha, evidencia endamorfdsmio;: com passagem ate1rmos g:ranodtaTfticos Ie tonaliticos. Mastra com­portamento intrusivo nas' ifochas gnMssirio~mig'matitic.as. lim­·pa!po~l!iiheria!ni.s e·ebum,e,anas·e·nasralchas do supe:rg1rupo dbOen­dalongo; ·enq'Ulanto e intriIdida pelos granitps da Quiba'la, Cela, Quitemoe QUimhinda,:a:os quais, natguns'iocars; faz t-ransi!;ao ,atraves de'.migm~titos.

o granito.em :reiferencia, aflorantena .Quieniha,l"evela,.ao mic'fasc6pio, textUI1a granablastioa xenam6f!fka. Os minera:is constituintes'saa mkrodiria, quartza, 'oligoclase", biatite,'lnine­:nais opa'cos, :sell"iCite, epidoto, hornebllenda, titanite,. clornte,apa­Ute e mas.co~ite. rpoI'le'rn,na I1egHia de Mussangu:i!J.a; patent·eia ;Ca'l'aot,ell" taT:di-dnematiclO, r:ev:ela comi>osi~aa adamellftica·e t'ex­'tura gmnu1:ar porfiritica. E canstituido pormk:roclina; oligo­clase, rquartzo, biotite, seriai.te, moscovite, 'ep-idato, apatite e zil"c8:o; as p6r.f.iros sao hem TQl"mados em~I1ea~!;ao. a :rp;atriz que ·e xenam6rfioa e de granula!;ao !fina, na qua:l se pade natar Xiecris­taHza~o hem dJesenvolvida; haill!diaios que le'Viam 'a: considemr ,a,rocha preex,istente de natureza sedimentar ou gnaissica.

Na .regiiia . da 'leJeva!;iio Uhamloo, no exbremo lsudaeste' da .fu1ea 'cartografiada, 10 gromito regional ali preSlente possue CaT8:cteil" ana.1Jexitbico. iE,. pois, granito migmatiltico dotado de f,requentes .eSitruturas nebu1iticas.

Duas rochas tatais deste gr.anito, atfIlora:nt.e'S na Qutehha e !Ilo'Bimbe (suJ-sudeste da .regiao dOl Cariango),coincidem Icom a reCita isoor6nioa' Rb /S.r 'Pa:ra DS igl'an'Ltos sincinematicos dOl Qui­pungo, oujaiJdadeobtida lim ode 2236 -+- 44 M.a. (TORQUATO eft at, <>p. cit.; :SILVA & KAWASHlTA,Op. cit.) .

. Granito- da Quibala- Este gI'lanito,as;sim design ado pela ,primeira Nez 1pa[" MONTENEGRO DE ANDRADE (1954),.que 0 estudau '1ibponto de rvista petra:logico, 'adilor:a lIloex,t.r:emo s.udoelslte da .3ir:ea, ~m;.especiaJ: nas Tleg,ioesde CartOf,e,Cahezo, Gunda-Ma!lomibe .e Quissala ~l;imbuende~' .

,Trata-se ode . g:raniW' ,oo··anateXJia. e' metassomatico~ de com­pOiItamento intrusivo IliaS ['all"ma!;oes lanteriormente descri.tas. :Possui textU!1a po·rfiroblastica ecdlora!;iio aoinzentada. Os ipor-

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firQlbla,stos adnzootados e arredondados sao em regra de microclina.

IEst,e g'ranito te:r-<se-la origJnado de mchas granfticas (gra­nita !l"egional), gmlis:sko"'IDdgmatitioas :e ,ate metassedimentares eporiirftkas Ida sequencia do Oendolongo conforme se obs1erva a oes-noroeste do Cariango, por :reillobi1iza~ao.,e posterior micro­cliniza~ao porfil"obhi'stica,gel"lalmente tar-ilia (SILVA, op. cit.). BitS iporque no seio dele eXLstem testemunhos daqueles tipos Htof6gicos adnda ~e:ser.V:ados da total :I'ehomogeneiza~ao. Por outro 11ado a idade IconViencional Rb/Sr 1(1768 + 117 M.a.) con­finnada pel0 metodo KI Arnaibiotite (1710 + 12 M.a.), con­forme :a oibHda em rochas Iseme'lhantesexistentles na regHio da Chicomba (SILVA et. al., 1975; TORQUATO et al., op.cit.), Irevela jldade terminaU tda omgene:se ebUlI'neana. Tall facto paT'eee oonfir­mar a microc1iniza~ao tardia nestas II"Oohas granftjca,s porfiro­b}cl!stILCias qru:e in'iJeT'pl1etamos 'como s,indnemancas 'ebumeanas ~SILVA, op. cit.).

o granito da Quibala con:stitui, na reg,iao de Gatoife, impo­nentes mon61itos do tipo «Pao de Agucar». Entre a Quihala e Catoljie Ie intrusiviQ nos porfirros granitoiJdes, aos quais passa por rochas meno;s acidas.

lAD microsc6pio, teste g.ranito rev:e~a ser ,constJtuidD POl' fieldspato poMssico, quartzo, oligoclase, biotite, titanite, mine­rais opacos, se!l"icite, lepidotoe apatit'e. A. ,extin~ao fOI'ltemente ondulante do quaI'ltzo, 0 intenso fmcturamento Ie a pr,esenga de epidoto lin:dicam ter a ro:cha softido grandec'Omp[['Iessao. Junto do Tio Gat'blf.e, dev.id'O a t'ectoni2la~ao, 0 g.I'lanito daQuibala deu irugar. a· gnais:se millonitko .potfimda,stico.

Granito da Ceia - Este ·'granito tfoi a;penascartogmfado em tr~s manchas a 'Oeste do Cariango Ie do.Gungo. Embora eviden­de oaractere,s distinto's dos do granito da: Quibala mostta, con­tudo, a mesma 'ev'Olu~aD genetica.Na IOOgiao aa OeJa, 'Onde e mllito expressivo,e..Jhe intrusivo (PAIXAO, info pes., 1974), alrem de ,ser menos porfdrobhistico 'e mais esbranquigado. Os porfio. rorb1astos de f.eldspato potcl!SS~CO, lem gemlorientaidos, sao l1eotan­gularesem VJez de arI"edondados ,como naquele. E igua:lmente gran'ivo palingenetico, anatetico 'e metarssomatico.

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Em lamina de.1g,ada revela a presen!;a de microclina, qurutzo, oligoclase, biotite, moscovite, minerais opacos, sericite, clorite e zircao. Os porfiroblastos de microcHna apresentam inclus6es ov6ides de quartzo e lreldspato, os quais em seus hordos 5e evi­denciam bern Ireor.i,stalizados em forma de mosaicOts.

A. rocha tOital dest·e granito, aflorante a ,cerca de dez qui:lo­metros a sul da ddade da Cela. fOi1neceu a idadec.onvenoion.al Rib/Sr de 1926 -+- 62 M.la. (SILVA & KAWASHI'i'A, op. cit.), conftr­mando :0 acima exposto para 0 caso do granito da Quiba1a.

Granito do Quitemo - Este ttipo de gr.anito, igualmente por­.firoiblast:ico, embora de colora!;ao avermelhada,alfloTa nas regi6es do Quitemo e da Quienha. Nesta regiao, em sua pOi"!;ao su1, ;ailit·ernacom 0 granito da Quiha1a, do qual e insepanivel em varios :J.ocais.

Na 'Citada regiao da Quienha 0 granito em referencia ·apre­senta 'Oo!lol'ia!;ao .ainzenta eSiverde'ada rtendente a aver:melhada devddo a ter ·remobiHzadoI'ochas insatUJradas e ate metabaskas de idade Buposta 1impopo~lliJberiana, de que mostra ,ainda fre­quen1Jes :testemunhos. E tambem ,intrusivo na,s roc:ha:s gnru!ssico­-migmatfticas limpQlPo-Hberianas e eburneanas.

Este granito, alflomnte na Iiegiao do Quitemo, e constrtuido por microdina, quartzo, hiOitite, oligoclase, minerais otpaoQls, tita­nite, epidoto, sericite, moscovi1Je, apatite e zircao. Looa:lmente apresenta >textura granoblastka ~enom6trfica. A microcHna apresenta sempre mi~·equite, enquanto na ibiotite sao notadas incJusoes de zixtcao radioactivo. o.s cristais de biotite encurva­dOB ,e lao pr.es·ell!;a de epidoto revelam que a Tooha sofreued"eitos oatac1asticos.

A. Tocha tota:J. eoorresipoilldente biotite de·ste granito, pro­veniente da i"egiao do Quitemo, forneceram ·as idades apar:entes de 1904 -+- 146 Ie 1744 -+- 28 M.a., pelos metodos Rb/Sr e K/Ar, r:espec.t:ivamente (SILVA & KAWASffiTA, op. cit.). So,fIieu a mesma evO'lu!;iio genetica que os gra'llitos da Quiba!la eda 0e1a, ante­riormente desor.itos. A idade K/.AT oonfimlia a Made oQlThvlencio­nal Rb/S:r Ie c.ornprova 0 momenta ,em que 5e prooessou 0 soer~

guimento Ie correspondente fiesfdamento '(~bumeanos da cadeia montanhosa.

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Granito da Quimbinda - Este granito leuoocratico e iequi­gr:anular, de t,end~ncia aplitica, aflora em algumas manchas na regiao da Quimibinda, alinhadas segundo zona de roaqueza mien­tada para N400W.

Trata-se de granito tar.di-dnematico eburneano, de natureza quart~o.,fie1dspatica, conf.orme se verifica peIa sua idade conven­donal RbjSr (1868 +57 M.a.), em Il'Ocha tot'at, aIm ada segundo recta isocronica .computada em 1880 M.a. (SILVA & KAWASHITA, op. cit.). Junto das rachas encaixantes, nas quais .a granitoem I1eferenoia e intrusivo. observa-se ceIj:a contamina~ao de mine-11ais ferro-magnesianos. Ao microscopio revela textura grano­blastka xenomorfica,em certos loc:ai:s, com tendencia ap,1H;ica. E constitufdo por microclina, quartzo, oLigoC'lase, biotite, mine­raisopaoos, mosc.ovite .e c1orite. Observam-se mirmequite'S na micro dina 'e na oligocla.se, evidendando que se traNl de gr:anito metassomatko.

Pegmatito8, quartzo e brechas siliciosas - ALguns diques e veios pegmatiticos com moscovite {oram identificados, embora sejam irrepresentaveis a escala do mapa e sem interesse eco­n6mico. Apesrur de gemlmente ,intrusivos nas rochas granitoi­des, oOrlvem salientar os pegmatitos preSientes na regiao de Utende, ,intrusivos nos migmatitos hetel'ogeneos de paU:eo'S'soma grauvacoidee siltoso prredominante. Aqui, a moscovite [levelou a &daJdJe KjAr de 1610 + 38 M.a. (SILVA & KAwASmTA, op. cit.).

Diques quartzosos fmam identificados nas regioes de Lateia e de Calunga,enwe outTa'S, onde eVlidenc:iam orienta~ao N200E e N-S, respecltivamente. Sao intrusivOts nas rocha's gnatissko­-migmatiticas, qll'er limpopo-1i'berianas quell" ,eburneanaiS.

As brechas siliciosas, de idade desconhedda, ao contra'rio dO's diques pegmatiticO's -e quartzosos que sao p6s-dnematicos eburneanos, foram assinalados nO' extremo noroeste da reg-iao. Gontam metag!'laUlVaque!S 'e metaslsHtitO's!dO' ISIUIPelI1glrupo do Oendo­iongO', segundo orienta~ao proxima de N60oW. Sao I'O'chas ban­dadas com to'nalidades altiemadamente a'VIermeilhaidas e eslbran­quigadas, muito ricas de qualrtzo e hematite.

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iPRECAMBRlCO SUPERIOR

DOLERITOS

Estas Tochas forram apenas identificadas 'emdique a sudoeste do Gungo, intrusivo no grarritJo da eeta, segundo a odenta!;ao N600W.

Sao il1ol:mas mellanOlCl'clIticas, ,em reg'fla de granuJal'jidade m.e­.d!iJa, que ,an miicroscOp.10 mQistJram textlum OIfitJlca. Sao 'oonstituiidas por laibradorite, :t'flemoHte-actinolite, augite, hiperstooa, minerais -opaoos, mine[lali!s das aTlgi1as, IseT-ilCite Ie lapaltit1e. A 'f,ochasolfireu ,ef'e·~tols .catalciastiools, pouis ,evidielI1cia ,fraJctur:amento e oocu'lWa­ID'enito das pllrugU!odases, bletm 'oomo ,encurvamooto e €x,oo!;ao .ondulante das a!!1IfibolllaJS.

<Embo~a a pLagiodase destes 'dQiJeritos tiveisse forneddo idade K/ AT an6ma'La, extremamenteelevada (SILVA & KA WAsmTA, -op. cit.), oremos que a genese s!e relaciona oom ados doleritos da l1egiao de Qui.ll'engues, gerados ha 06I"Ca de 1200 M.la. (SILVA ..et aI., 1973).

SUPERGRUPO DO CONGO OCIDENTAL

Grupo Xisto-Gr€soso. Subgrupo de M'pioca - As rochas metassedimentares pan-1amcanas, que constituem a sequencia superior do 'subg,rupo de M'pioca, afloram 'em e,ooensa mancha no ;extremo nordeste da we:aesltudada. Capeiam, 'em d,iscordan­-cia angul'ar·e lerosiva, as rochas gnaissico-migmatitica:s limpopo--Uberianas.

Sao rroc:has acastanhadas, de gl'anula!;ao fina a media, ,rara­menteconglomeratioa. Apresentam lacamamento quase sU'b~hori­-z-ontail., sedimenta!;ao cruzada 'e ·esta'iuturas ,em mes'a. 0 aoama­mento ocorre orienta do !Segundo N200-600W com mergulhos .suaVies de ate 5° para nordeste.

tAJrem de pr:edominaT'em metaJfeni1Jos e metaJrcolses perrsis­tern nOis nfv.eis inierio[les :ristO's quartzko.s finos de coJom!;ao de «ho[lfa de v.iniho)}, ·em geral mUlitJo ifraCit:Uflaidos.

lAo microsc6pio os metar.enitos (melta'l'coses) sao constituf­,dos por quartzo, reldspatos, caI'lbonato:s e minerais opacos.

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ESlta seqU'enci:a ectinfttca evidenda meitam'Ol;fi'Smo regional da facies dos xistos verdes e dnexistencia de dntercala~oes meta­basic as, de migmati~a~ao e de intrusoes granfticas. Por outro lado, '0 substrato Umpopo-.J.i:beriano subjacente ,evktencia nao ter sido afiectado termo~tecltonicamente durante a OTogenese pan­-africana. Tal facto parece provar que esta sequencia pan-alfd­cana Iter-se-ia depositado em condi~oes de paraplataforma.

Estas mchas que eO['fesipo:ndem ao nfv,el Pg do subgrupo de M'pioca (STANTON et aZ., 1963) sao paralelizadas ,com as rochas do designado sistema do Pungo Andongo dos ge61ogos da Lon­gyealf CompaillY (op. cit.), pres1en'te na ["egiao 'c,ontfgua, a noroe,ste d'O extremo nordeste da r-egiao do Oariango.

JURASSICO-iCRETACICO

QUIMBERLITOS

Estas mcnas br.ech6ides, de natureza ultrabasica, foram ape­na:s ddentificadas em sels ohamines nas reg.ioes da Quimbinda (rio Lusa) e do Gungo, embma devam pet1sistir im1meras intru­soes quimbei"litioas por detec.taT.

Sa'O rochas muito met'eorizaveis cuja presen~ae mascarada pelos dep6s'iliiosa:luviais e le1luviai,s capeantes.

A ieste do Cariango 0 do Lusa, afluente do rio Long,a, atra­vessa la maior 'ohamine quimberlftica diamantffera, de !forma elips6ide, com cerca de urn iquil6metro segundo '0 'eixo maior.

Estas brecha,s quimberlfticas cinzento-esvevdeada:s, muito friaveis, ,contem 'c:lastos das rochas gnaissico-migmatfticas, meta­basicas e gmnuHtj,cas enca'bmntes e ainda arg.Has (f!logopite), Bmeno-mtllo, ti.lmenirte, magnetite, di6psido, piropo, olivma e dia:mante.

A genese deste ma:gmatismo ultrabasko explosivo, de ,carac­ver anorogenioo, te~ia8!c.ompanhado, no espago.e no iDempo, 0

plutonismo e vukanismo basMtko olivfnico, aolerftico e ultra­bas'ioo-ia1c,alJino, lsegundo laiga faixa ipToQongando-se de Mo~a­medes it Lunda.

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De acordo com BARDET (1956 e 1964) Ie MONFORTE (1958 e 1970) as intrusoes quimberHticas relacionam-se 'Com tect6nica de ;falhamenta profundo atingindo .0 manto peridotitioo. Ocor­rer-am !em a-egioes 'cmtoni21adas ha pelo memos 1800-1700 M.a. ~CLIFFORID & GABS, 1970; 'sILVA, op. dt.). De's,dJe a l'Ie~ia!o do Cariang.o as d.o !Andulo 'e de Serpa Pint.o (Menongue) as intru­soes quimberliticas originaram-se segundo zona de lfraqueza entlIie Idua's ol'1Ogeneses muito antigas, Umpopo-Hberiana e ebur­neana, 'CoTI'ies,pondenao aimportanbe geossutura po[keactiva:da (SILVA, op. cit.).

'ffiROIARIO

LATERITOS

,Estes ,tipos lit.of6gkos correspondem a expressivas coura!;as lateritiJca:s muito :f.requent,eg rna ,r:egiao da Tamba, a suI do v. g. Quitllbia, expostas :sobr>e a ;pemepla:nfcie de maim- altitude. E 'a superlficie de ap1ana!;a!0 mai,s ·antiga Ida TegHio do Cariang.o.

Estas rochas masuam aspecto 'conglomenitioo 'e ferrugd­noso, tornando 0 solo .impermeavel e impr6prio para 0 des em­vol'Vimento Ifl.or>est,al, ,oonforme se ver:ifica a altitudes superiores a 1600 metros, ,entre as nascemrtes do'S rios Moirige, Lomga, Fui­que ede todas as prirncJ,pais Linhas de agua.

QUATERNARIO

SEDIMENTOS ALUVIAIS, ELUVIAIS E COLUVIAIS

Os sedimentos aluviais sao muiio Jrequentes naar:eaestu­dada, ,em ,especial na zona de influ~ncia dos rios Longa e seus afluentes Lonhe, Pomblrlge, Nhia e Catofe, os quais produziram 'largas planfciesaluvdais p.or oiOde oorrem ,em mea:ndros diJVa­gantes.

Os sedimentos 'a:lu'Via:is ifazem trams'i!;ao aos sedimentos elu­v:~ai:s, tendo 'sido 'cartogr,afados de modo indiferenciado a oeste

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a 'teste do Caniango. o.s sedimentos a!luviais ;sao, ,em J.'1egra, c;onstituidos po'r areiasfeldslpatkas cimenJtadas pOor argtlas ricas de ferro 'e matJeria orgarr:dca; passam a coura~as lateriltic::;ts.

Entre Quiba:la e Catofe, no extremo sudoeste· da ar.ea em apre!;;o, SOARES DE CARVALHO (l961) dedIcou-se ao estud.o dos solos laterHizados I.ocais.

No sope dos principais 'relevos, tais como as serras do Bango, de Gueige 'e da Banga, entre outros, as rochas granitoi­des subjac.entes sao fossilizadas por import antes depositos de vertente (sedimentos coluviais ou ta,losos).

EVOLU(:AO GEOTECT6NICA

As rochas metabasicas e ,enderibiticas da regiao do Cariango sao os tipos litolog.icos que supomOos mais antigos. Algumas des­tas rochas ter-se-iam oldginado em tempos preJlimpopo-liberia­nos, hacerca de 3700 :a 3000 M.a., embora parcial ou totaImente «charnoquitizadas}} hacerca de 2800 M.a. (DELHAL & LEDENT, op. cit.; DELHAL et al., op. cit.). Alem dO's enderbltos origina­ram-se concomitantemente granulitos, granulitos charn.oquiti­cos, gnaisses charnoquitic.os e quinzigitos.

Preoodendo a cit ada «charnoquitiza!;;ao)} teria oc.oxrido, nO's tempos pre-lo['ogenic.os :limpopo-Hberrianos (3000 - 2900 M.a.), sedimenta!;;ao pelitioa, ps,amftica e quimd:ca lacompanhada de plutonismo Ie 'Vulcanismo ultr:a:basico-basico em extensa bacia de suposta orienta!;;a.o NNE-SSW.

Durante .0 metamorfismo r;egionall limp.op.o-liberiano origi­naram-se, aIm da's dtadas rochas granuliticas, quartzitos e xis­tos algo preservadO's da c.oncomitante migmatiza!;;ao e graniti­za!;;ao. Estas proporcionaram a genese das rochas gnaissico­-migmatiticas e de intrusoes granfticas que actuaImenteconsti­tuem estruturas domaticas gnaissicas devido it Siobreposi!;;ao oro­genica eburneana que as reactivou e gnaissific.ou. Os citados metassedimentos podem ser .os Unicos testemunhos de antigO's cinturoes de rOochas verdes arcaic.as.

Na fase pos-dnemavica Umpopo...lldheriana (2600-2500 M.a.) te!l"'~atm tQtcolITi'Ci!o mtrusOes gman.fti:ca:sl, ,rujos t.elstemunho:s frca-

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ram preservados da rehomog.eneiza~ao isot6pica 'eburneana nos metaconglome'I'ados basais do supe,I'grupo do Oendo[onlgo. A ddade conv'encioncM Rb/SI', em 'I'Ocha total, dos clastos granf­ticos fomeoeu 0 valOT de 2651 -+- 78 M.a. (Sn..vA & KAwASmTA, op. cit.).

Nas roc:has granuliticas e metabasicas e observav:el a gnais­sidade segundo E-W aproximaidamente. Porem, as rochas gnaiJSsico~migmatfticas Umpo,po-libecianas eN'idendam gnaissi­dade segundo NI0°-40°'£, 'com mergulhos de sentido variav:eJl entre 90° ,e 40°. Contudo, quando 0 rejuvenescimento e a remigmati­za~ao ,eburn:eanos :se .fixeram sentir mais intensamente tal folhefrdo ocorre .segundo NI00-300W.

A segu~ ao 'Soell"guimento e oom-:espondent'e ,resrriamento das roCihfrs Umpopo-Uberianas prooes'sou~se a 'Cil"atoniza~ao delas, ficando a regiao a faZ'er .parte do cratao do Oassru.

Pos:terio:rmente, ja no Precamibrico medio& ,entre cerca de 2350 e 2250 M.a., amJt,eri!o'I'lInente it omgoo!eJse eburn'eana (2000 -+- 200 M.a.), process'Ou-se na :r,egiao subsid&lda e magma­tismo. Odginou~se, as'siro, sedimenta~ao siltico-grauV:frc6ide e arenftico-oonglomenltica, acompanhada de plutonismo ,e vulca­D1ismo acido e ,intermedio (p6mros gr.aonit6irdes e metadfrcitos).

Ao inverterem-se os :fen6menos subsidentes des:envolveu-se intenso metamorfismo regional dur:ante a fa:se sincinematica eburneana. ;Oeste modo ,se originaram metagrauvaques, metas­siltitos, metaconglomerados basais, alguns xistos, metaoonglo­mer:ados supel"iores, metarenitos 'e qua'rtzitos conglomera:ticos. quartzitos, metarenito!s, itabiritos e rochfrs gmnit6ides lporfirf­ticas e metavukflnicas do supergrupo do OendoIoil1go, bem como migmatiza~ao, g:rfrllitiza~ao e expressivas int'rusoes groanfticas. Nestas condi~o!es a migmat>iza~ao, granitiza~ao e re1lrometamor­fismo :soibre:puseTfrffi-ISle as rochas limpopo-l1berianas na regiao oes-sudoest+e.

A espessuf'a da sequencia do Oendolongo, na r.egiao do Oarian.go, :devera sel' Ida ordem de mil met:rlO's.

as metassedimentos ebumeaoos constituem esitr.uturas sin­clinais nas ~egioes da fazenda Qu:i:buha - Tamha, S'erra do Bango e v. g. Mana I (Haco), entre outros locais. Nestas duas ultimas regi6es as citadas rochas assentam em discordancia angular sobre

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as rochas gnaissico-migmatfticaJs 1J:m.popo.<J.ilberianas argo 'l'eju­venescidas. As resrtantes manchas mostram estruturas qU<lse sempre monoolinais, com orienta~ao do acamamento vadando entre N200E e N500W e com merguilihos, r,egra-get:al, elelVados no sentido leste.

A m'igmatiza~ao e gr-anitiza~ao ,ebuTtneanaJs originaram as rochas gnaissico-migmatfticaJs, granit6ides em geral poriiiriticas e ogranito ·regio!1!aJl (2236 +- 44 M.a.) a partir da l"'emobiliza~ao de rooha's, tanto eburneanas como preexistentes.

Magma:tismo plut6nic:o sinorogenioo ebrumeano foi I1espon­sa¥eil pe'la genese dos tonaJlitos biotftioo-pirox.enico'S das ll"egioes de UJtende 'e do rio Pombuige, na pelo men os 2100 M.a. (SILVA & KAwASmTA, op. cit.).

Desde 0 periodo sincinematico ate aos tempas p6s-cinema­ticos ebumeanos processau-iSe a microc1iniza~iio pomirob'lastica, em geral tardia, sobl"'epando-se as referidas r:ochas gr:anit6ides. Odgina:r-a'm-se .assim gnaisses oce,l:adas, emhrechi!tos fa:coidaLs e os granitos da Quiba:la, Ce'la e Quit·emo (SILVA, op. Cit.).

A gnaisstda:de ou TarrheaJdo dais mcha:s gnaissica-migmalti­ticals eburneana:s ocorre segundo SE-NW.

Dwrante OIS t·empos 1t·ar.dicinematiJoos eburneanos t'er-se-i:a originado a inltrusao do gr.anito leucocratico da Quimhinda (cerca de 1880 M.a.).

Antes do .soerguimento e correspondente resd'dam'ento da cadeia montanhosa eburneana ocorreu a fase hidrotermal p6s­-cinematica, responsaV'el peIa genese de V'eios e dLques pegma­tfticos ,e quartzosos.

A f.aixa de dobiram:entas ebumea:nos, pre:sente desde ° Dando ao Hua:mbo {Nova ,Usbaa), c,om passagem pela [1egiaa oes-su­doeste do Ca'riango, desigm'imos ·faixa dohrada de Cela-Carianga (SILVA & KAWASHITA, op. cit.).

ApOs a orogeneSie eburne,ana a regiiio 'em estudo cmtonizou de novo, v.indo a d'azer .parte do Cl1atao de IAngoIa-Oassai (Congo).

Durante '0 Pr>ecambrico superior, ha cel'ca de 1200 M.a. (SILVA et al., ap. cit.), a regiao do Cariango tfai afectada par magmatismo ibasko, de caract'er anorogenico, (('!esponsave[ pela intrusao do dique do~eritico do Gungo, de orj;enta~ao s,egundo N60oW.

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Antes defindar 0 Precambrico superior, hata!l.vez ceroa de 800 m.ta., a regiao nordeste da area! estudada v.o1tou a substdir nos tempos pre-orogenicos pan-africanos. Porem, os efeit.os tJerm.o""tec;t6nico:s no ,complexo baS'al de idade Hmpopo-UberJ.ana, bem comoebw.nea:na, nao .1'orram detectadO's. No extremo not­oeste da regiao do Cariango, correspondente ao Nan'co oes­-sudo1este Ido cintUJ."ao dobrado' do Gongo Oddental, apenas se depositaram metaremto:s 'e metar:ooses com ·algumas intercala­~oes ibasais dexistos quartzOS.oS. 0 acamamento sub-horizontal orienta-se para N200-600W, com mergulho'S 'suaves de ate 5° e, excepdonalmente, 10° para nordeste.

:As dtadas rochas ectinftioas pan-africanas, supostrus pos­suirem maJis de duzentos metros de espeSSU'l'la, !bedam siJdo suave­mente metamorrd'.izadas ent,re 'oer:ca de 750 e 600 M.'a .. Consti­tuem 'a sequencia supel1iOlr Ida subgrupo de M'tpioca (nivel Pg), pertencente ao grupoXiJsto-GresQlso (sUipergrupo do Congo Oci­dental), :pa'l1alelizado com as rochas do sist'ema do Pungo Andoogo (Longyear Company, op. cit.), alflorantes a norte do extremo nordeste da [legiao do Cariango.

TerminacLa a .oll'logenese pan-african a '(650 -+- 200 M.a.), ap6s soerguimento e oOornesponidente resfi'i'amento de SUlaJS rochas, ja nos ·t;empols .c.ambro-lordovfcioos, a regiao do GaJriango oratonlizou de novo e definitivamente. Foi ;apen'aJs 'Suilme!btda a fenomenos €Ipi.rogenicos e eI'Q,siirvos ate ao QuaJtemario. POI'em, entr·e 0 Juras­sica Isuperior e .0 Cretacico, magmatismo ultrabasico, de c:aracter anorogenico, If.oi responsavel pela .genese das brechas quimber­ifticas diamantff·ems Ipl'Iesentes nas regioes dla Quimbinda (rio Lusa) e do Gungo (:rio Lonhe) segundo importante geossutura supos'ba Il1eaJctivaocLa desde 'Os tempos limpopo-Hbelf'i.ano:s.

Durante ° Terciario originaram-se extensas coberturas late­ritdca:s, las quais ['epr:es1entam '0 nivel pI'eservado da suip'erficie de aplana~ao mais antiga.

o.s sistemas 'de falhaJment.o e de fr:a'Cll:uramento supostos os maisan1ligose igualmente os mais ifrequente:s na regUio estu­dada ·Orientam-se segundo NW -SE. Outras dil'ec~oes de .fr:aqueza segundo N-S e E-Waproximadamente estao tambem pr:esentes. Finalmente .os ifalhamentos de dil1ec~ao NE-SW sao ·supostos os

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mais modern os, de presumive! idade jurassica· a cretacica e de caracter tensiorurl.

RECURS OS MINERAlS

Mineralizagoes em ferro oforam detectadas em gnaisses magnetiticos e hematiticos no v. g. Quiungo (nor.deste da Quienha) ,e na :regiao de Mandoala, em itabiritos ou jaspilitos no Quiss.ong,o, Ca:ssal:a, Caciionguir, Carrligungo e v. g. Dundo e em quartzitos ferruginosos na serra do Lussongo. A1gumas rochas mine;raliZ'a'das do v. g. Quiungo rforneceram .0 teor de cerca de 50% em 0 3 Fe2 •

tDiamantes ocorrem nas a:luvioes de di'Versos rios (Gungo, F,uique, iMoirige, Longa, Lonhe e Lusa), que drenam a penepla­nicie de maior !a'ltitude, e prinoipalmente nas chamines quimher­litica'S prospectadas pe1a companhia mineira CONDIAMA nas regi5es do Gungo Ie da Quimbinda (rio Lusa).

Ouro foi detect ado em pequena Jinha de agua que atra­vessa metagr:auvaques e metassHtitos a norte das ele'Vagoes quar1zitica:s da Tamba.

M.onazite foi encontraida a sude'ste do Quissongo, na's alu­vioes do rio Futi, afluente do rio Buiza.

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