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Geografia do Tocantins Por Thais Pacievitch  O estado do Tocantins está situado na região Norte do Brasil. É o mais novo dos 26 estados do país. Seus limites são os seguintes: Goiás (Sul! Piauí ("este! #aran$ão (Nordeste! Ba$ia (Sudeste! Pará (Noroeste e #ato Grosso (Sudoeste. % e&tensão territorial do estado de 'oantins ) de 2**.62+,- m/, divididos em 01- muniípios. % apital do estado ) Palmas. O relevo do 'oantins ) predominantemente ormado por planíies, em3ora se4am enontradas planaltos e depress5es, prinipalmente na região sul do estado, om poua variaão de altitude. % maior parte do estado não ultrapassa a altitude de 7++ metros, em relaão ao nível do mar. O ponto mais elevado do estado tem 018+ metros de altitude, e ia na Serra das 'raíras. % vegetaão predominante no estado ) o 9errado (o3re -+ do territ;rio, u4as prinipais araterístias são os grandes ar3ustos e as árvores esparsas, de gal$os retoridos e raí<es proundas. O restante do territ;rio ) onstituído pela loresta de transião ama<=nia, ao norte do estado. Nas margens dos >ios %raguaia e 'oantins são enontradas pe?uenos tre$os de #ata %tl@ntia. #ais da metade do territ;rio ) onsiderado área de preservaão, om desta?ue para a Al$a do Bananal (maior il$a luvial do mundo e para o Par?ue estadual do 9antão, no ?ual os eossistemas do 9errado, o Pantaneiro e o %ma<=nio se enontram. O lima no estado ) tropial . % temperatura m)dia ) de 129 no período de sea (de a3ril a setem3ro e de 269 no período de $uvas(de outu3ro a maro. Na
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Geografia Do Tocantins

Oct 18, 2015

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Geografia do Tocantins

PorThais PacievitchOestado do Tocantins est situado na regio Norte doBrasil. o mais novo dos 26 estados do pas. Seus limites so os seguintes: Gois (Sul); Piau (Leste); Maranho (Nordeste); Bahia (Sudeste); Par (Noroeste) e Mato Grosso (Sudoeste). A extenso territorial do estado de Tocantins de 277.620,9 km, divididos em 139 municpios. A capital do estado Palmas.

O relevo do Tocantins predominantemente formado por plancies, embora sejam encontradas planaltos e depresses, principalmente na regio sul do estado, com pouca variao de altitude. A maior parte do estado no ultrapassa a altitude de 500 metros, em relao ao nvel do mar. O ponto mais elevado do estado tem 1340 metros de altitude, e fica na Serra das Traras.

Avegetaopredominante no estado oCerrado(cobre 90% do territrio), cujas principais caractersticas so os grandes arbustos e as rvores esparsas, de galhos retorcidos e razes profundas. O restante do territrio constitudo pela floresta de transio amaznica, ao norte do estado. Nas margens dos Rios Araguaia e Tocantins so encontradas pequenos trechos deMata Atlntica. Mais da metade do territrio considerado rea de preservao, com destaque para a Ilha do Bananal (maior ilha fluvial do mundo) e para o Parque estadual do Canto, no qual os ecossistemas do Cerrado, o Pantaneiro e o Amaznico seencontram.

O clima no estado tropical. A temperatura mdia de 32C no perodo de seca (de abril a setembro) e de 26C no perodo dechuvas(de outubro a maro). Na regio norte do estado as temperaturas mdias so cerca de 3C mais altas do que na regio sul.

O Tocantins um dos estados de maior potencial hdrico do pas. Seus principais rios so o Araguaia e o Tocantins. A Ilha do Bananal fica no Rio Araguaia. Outros importantes rios da regio so: rio do Sono, rio das Balsas e rio Paran.

As principais cidades do estado, alm da capital Palmas, So: Araguana, Gurupi, Porto Nacional, Paraso do Tocantins, Araguatins, Colinas do Tocantins, Miracema do Tocantins, Tocantinpolis e Guara.

Referncias:Ilustrao: http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/mapas/to_mapa.htm

Estado de TocantinsSitua-se no sudoeste da regio norte do pas, limitado ao norte com o Maranho, a leste com o Maranho, Piau e Bahia, ao sul com o Gois, e a oeste com Mato Grosso e Par. Antes parte do estado de Gois, foi criado na promulgao da ltima Constituio brasileira, em 5 de outubro de 1988 e ocupa rea de 278.420,7 km2. O relevo formado por depresses na maior parte do territrio, sendo que na parte sul e nordeste encontram-se reas de planaltos, com grande ocorrncia de eroses, enquanto na parte central predominam extensas e belas plancies. As maiores altitudes localizam-se a leste e ao sul, onde se encontram as Serras do Estrondo, Lajeado, do Carmo e do Paraso, com altitude mdia entre 360 e 600 metros.A bacia hidrogrfica abrange, aproximadamente, dois teros da rea da bacia do rio Tocantins e um tero do rio Araguaia, alm de vrias sub-bacias importantes, fazendo do Tocantins um dos Estados mais ricos do Brasil em recursos hdricos. Os rios Araguaia, Tocantins, do Sono, das Balsas e Paran so os mais importantes do Estado. No rio Araguaia encontra-se a Ilha do Bananal, a maior ilha fluvial do Brasil.O clima do Estado de Tocantins tropical, com temperaturas mdias anuais de 26C nos meses de chuva: outubro a maro, e 32C na estao seca: abril a setembro. O volume de precipitao mdia de 1.800mm/ano nas regies norte e leste do Estado, e de 1.000mm/ano na sua regio sul.Embora pertena formalmente regio norte, o Estado de Tocantins encontra-se na zona de transio geogrfica entre o cerrado e a Floresta Amaznica. Essa caracterstica fica evidente na fauna e flora locais, onde se misturam animais e plantas das duas regies.A populao do Estado de Tocantins de 1.049.823 habitantes, distribudos em 123 municpios, com densidade demogrfica de 3,30 habitantes por km2. Entre as cidades mais populosas do Estado encontram-se Araguana, Gurupi e Palmas a capital. A faixa etria de 0 a 14 anos representa 41,7%, entre 15 e 59 anos corresponde 52,7% e acima de 60 anos representam 5,6% do total da populao. As mulheres representam 48,8% e os homens 51,2%.O ndice de mortalidade no Estado de 2,7 por mil habitantes e a taxa de mortalidade infantil de 31,6 bitos por cada grupo de mil habitantes nascidos vivos.

Economia- As principais atividades econmicas baseiam-se na produo agrcola, com destaque para a produo de arroz, milho, soja, mandioca e cana-de-acar. A criao pecuria tambm significativa, bovinos, sunos, eqinos e bubalinos. Outras atividades significativas so as indstrias de processamento de alimentos, a construo civil, mveis e madeireiras. Possui ainda jazidas de estanho, calcrio, dolomita, gipsita e ouro.

O extremo norte de Gois foi desbravado por missionrios catlicos chefiados por Frei Cristovo de Lisboa, que em 1625 percorreram a rea do rio Tocantins, fundando ali uma Misso religiosa. Nos dois sculos que se seguiram, a corrente de migrao vinda do norte e nordeste continuou a ocupar parte da regio. Pelo sul, vieram os bandeirantes, chefiados por Bartolomeu Bueno, que percorreram toda a regio que hoje corresponde aos Estados de Gois e Tocantins, ao longo do sculo XVIII. Na regio existiam duas culturas diferentes: de um lado, a dos sulistas, originrios de So Paulo, e, do outro, os nortistas, de origem nordestina.As dificuldades de acesso regio sul do Estado, por parte dos habitantes do norte, os levaram a estabelecer vnculos comerciais mais fortes com os Estados do Maranho e Par, sedimentando cada vez mais as diferenas e criando o anseio separatista. Em setembro de l821, houve um movimento que proclamou em Cavalcante, e posteriormente em Natividade, um governo autnomo da regio norte do Estado. Cinqenta e dois anos depois, foi proposta a criao da Provncia de Boa Vista do Tocantins, projeto no aceito pela maioria dos parlamentares do Imprio. No ano de l956, o juiz de Direito da Comarca de Porto Nacional elaborou e divulgou um "MANIFESTO NAO", assinado por numerosos nortenses, deflagrando um movimento nessa Comarca, que revigorava a idia da criao de um novo Estado.Em l972, foi apresentada pelo Presidente da Comisso da Amaznia, da Cmara dos Deputados, o Projeto de Rediviso da Amaznia Legal, do qual constava a criao do Estado de Tocantins, aprovada em 27 de julho de l988, pela Comisso de Sistematizao e pelo Plenrio da Assemblia Nacional Constituinte. Seu primeiro Governador, Jos Wilson Siqueira Campos, tomou posse em 1 de janeiro de 1989, na cidade de Miracema do Tocantins, escolhida como capital provisria do novo Estado, at que a cidade de Palmas, a atual capital, fosse construda.

Palmas- Capital do Estado de Tocantins desde janeiro de 1990, a cidade de Palmas ocupa rea de 2.745 km2, a uma altitude de 260 metros, na regio central do Estado. Sua construo foi iniciada no dia 20 de maio de 1989. A populao residente em sua rea metropolitana totaliza 85.901 habitantes, sendo 55,5% de homens e 44,4% de mulheres.Entre as principais atraes tursticas de Palmas encontram-se as belas e tranqilas praias fluviais, com destaque para a Praia da Graciosa, a 10 km do centro da cidade, dotada de infra-estrutura necessria comodidade dos freqentadores. A Reserva Ecolgica da Serra do Lajeado, distante l8 km do centro da cidade, tem 1.500 km2 de rea e se caracteriza por traos ambientais da caatinga, do cerrado e da floresta tropical mida. Possui diversas cachoeiras que formam piscinas apropriadas para a prtica da natao, destacando-se a do Roncador e a do Brejo da Lagoa, ambas com 70 metros de altura.A sua arquitetura, em estilo contemporneo, assemelha-se de Braslia, tendo como exemplo o Palcio Araguaia, sede do governo e carto de visitas da cidade. Embora pouco explorado, o setor de restaurantes, bares e casas noturnas oferece opes razoveis ao turista.

Ilha do Bananal- A maior ilha fluvial do Brasil foi descoberta em julho de 1773 por um sertanista, Jos Pinto Fonseca, que andava pelas terras de Gois procura de ndios para escravizar. O primeiro nome da ilha foi Santana, passando mais tarde a denominar-se Bananal, em razo da existncia de extensos bananais em seu territrio.Reserva ambiental desde 1959, a ilha formada pelos rios Araguaia e Javas, possuindo rea de mais de dois milhes de hectares. Est subdividida em duas partes: ao norte, o Parque Nacional do Araguaia, com quase a totalidade da rea da ilha, abrangendo tambm parte dos municpios de Pium, Lagoa da Confuso e Formoso do Araguaia. Sua sede administrativa fica na localidade de Macaba, margem direita do Rio Araguaia. O Parque Indgena do Araguaia, criado em 1971, possui 1.600 hectares, onde vivem ndios das tribos Javas e Carajs. Sua flora tpica do cerrado e da floresta Amaznica. Na ilha so ainda encontradas onas-pintadas, antas, capivaras, lobos, veados, ariranhas, gavies-reais, guias-pescadoras e araras-azuis, entre outras espcies ameaadas de extino.

Araguana- Cidade que se desenvolveu a partir da construo da rodovia Belm-Braslia na dcada de 70, destaca-se como grande criadora de gado bovino, sendo por isso conhecida como "a Capital do Boi Gordo ". a cidade com maior populao no Estado e em seu municpio encontra-se em vias de implantao, uma Zona de Processamento de Exportao (ZPE), localizada a 384 km da capital, Palmas.

Xambio- Situada no extremo norte do Estado, a 502 km da cidade de Palmas, a cidade est localizada na regio conhecida como "Bico-do-Papagaio". Xambio, que em tupi-guarani quer dizer "pssaro veloz", uma pacata cidade da beira do Rio Araguaia, com grandes extenses de praias e diversas ilhas fluviais ao longo do rio, como a ilha do Palet e ilha do Campo.

Natividade- Situada 218 km ao sul da capital do estado, numa regio descoberta em 1728, foi a sede provisria da Comarca do Norte de Gois, no perodo de 1809 a 1815. Ainda no sculo XIX, foi o bero das primeiras manifestaes para a separao da regio norte do Estado de Gois. Tombada em 1984 pelo Patrimnio Histrico Nacional, a cidade conserva, em antigos casares e ruas estreitas, a sua arquitetura colonial de influncia portuguesa e francesa. O Centro Histrico de Natividade considerado o mais importante e bem conservado acervo arquitetnico do Estado de Tocantins.

Indgenas- Existe uma populao de aproximadamente 5 mil ndios no Estado de Tocantins, distribudos entre sete grupos, que ocupam rea de 2.171.028 hectares. Desse total, 630.948 hectares j foram demarcados pela Fundao Nacional do ndio - FUNAI.Cerca de 74% das terras indgenas, que correspondem aproximadamente a 1.795.080 hectares, incluem apenas duas reas que ainda esto em processo de demarcao, embora j estejam ocupadas pelos Javas e Boto Velhos.O grupo indgena mais numeroso o dos Krahs, que ocupa rea de 302.533 hectares j demarcada pela FUNAI, nos municpios de Goiatins e Itacaj. Os Xerentes representam o segundo grupo em tamanho. Ocupam rea tambm j demarcada pela FUNAI, de 167.542 hectares, no municpio de Tocantns.http://www.vestibular1.com.br/revisoes/geografia/estados/tocantins.htmHISTRIA E GEOGRAFIA DO TOCANTINS(CONCURSOS E VESTIBULARES)

HISTRIA DO TOCANTINSPROFESSOR: ALESSANDRO GORGULHO1) DESBRAVAMENTO E POVOAMENTO DA REGIOA partir das Grandes Navegaes, iniciadas no sculo XV, comea a constituio de imprios coloniais na Amrica.Os portugueses, pioneiros no processo das navegaes, acabaram por garantir para seus domnios parte das novas terras descobertas atravs da assinatura, em 1494, do Tratado de Tordesilhas, onde dividiu com a Espanha no apenas as terras americanas, mas todo o mundo a ser ainda descoberto.O tipo de colonizao aqui implantado atendia aos interesses mercantilistas da poca, ou seja, cabia colnia ser fornecedora de riquezas para sua metrpole atravs da explorao dos recursos naturais coloniais, tais como madeiras, especiarias, ouro e pedras preciosas, alm de ser uma rea de comrcio restrito (Pacto Colonial).Alm da explorao econmica, cabe ressaltar a questo da catequese. A explorao se dava em nome do lucro e de Deus.Foram os franceses quem descobriram o rio Tocantins ao encontrarem sua foz, explorando-o entre os anos de 1610 e 1613. Caminho natural em direo ao interior do Brasil, o rio Tocantins nasce no Planalto Central e corta a regio no sentido Sul-Norte. A catequese dos nativos foi deixada a cargo do padre capuchinho frances Yves d'Evreus. Na rea hoje compreendida pelos estados do Maranho, Par, Tocantins e Amazonas e com a ajuda dos ndios Tupinambs tiveram a pretenso de colonizar a Amaznia: foi a chamadaFrana Equinocial. Nessa poca no havia nem a vila de Belm, nem as capitanias do Maranho e Par. Eles subiram o Rio Tocantins pela foz, foram aprendendo a lngua e os hbitos dos indgenas da regio e fundaram feitorias no Baixo e Mdio Tocantins e Alto Araguaia.S mais de quinze anos depois dos franceses foi que os portugueses iniciaram a colonizao da regio pela "decidida ao dos jesutas".Eram as chamadasdescidas, movimentos de penetrao do interior realizados pelos jesutas e includos, por alguns autores, no contexto domovimento bandeirante. E ainda no sculo XVII os padres da Companhia de Jesus fundaram as aldeias missionrias daPalma(atual Paran) e doDuro(atual Dianpolis).Impossibilitado de penetrar no territrio pela vigncia do Tratado de Tordesilhas, Portugal contratou secretamente expedies particulares, asBandeiras. Os bandeirantes eram mercenrios que, saindo da Capitania de So Paulo, iam em busca de riquezas, seja na forma de ndios para a escravizao, seja na forma de ouro ou no pagamento por servios prestados.A primeira bandeira que se dirigiu para a regio estava sob o comando de Antnio Macedo e Domingos Lus Grau; ela partiu de So Paulo em1590e aps trs anos, provavelmente, chegou aos sertes de Gois, no leste do Tocantins.Foi o bandeirante vicentino (sado da vila de So Vicente) Antnio Rodrigues Arzo o primeiro a encontrar ouro em quantidade emMinas Gerais, no atual municpio de Cataguases, em 1693; mais tarde, em 1718, encontrou-se ouro emCuiab,de forma que Gois, geograficamente situado entre as duas capitanias, passou a ser considerado uma rea que tambm guardava o precioso metal em seu subsolo.Partindo dessa idia o bandeiranteBartolomeu Bueno da Silva, chamado de Anhanguera (diabo que pe fogo na gua]) conseguiu licena do rei de Portugal para explorar a regio. Da vem o povoamento da regio de Gois.Anhanguera no foi o primeiro a chegar regio, mas sim seu primeiro povoador, j que os bandeirantes e jesutas no se fixaram na regio.Anhanguera no foi o primeiro bandeirante a colocar fogo na gua. Acredita-se que tal ardil era comum entre os bandeirantes, e que o primeiro a fazer isso foi Francisco Pires Ribeiro.A bandeira comandada por Bartolomeu Bueno da Silva Filho (filho do primeiro Anhanguera) saiu de So Paulo em 3 de julho de 1722, seguindo a rota que j era conhecida at o Rio Grande. As dificuldades climticas e vegetacionais do cerrado fizeram muitos dos bandeirantes morrerem de fome, alm de obrigar os sobreviventes a comerem macacos, cachorros e at alguns dos prprios cavalos. Aps vrias mortes, seja por causa da fome, doenas ou ataques de ndios hostis, finalmenteAnhanguera encontrou ouro nas cabeceiras do rio Vermelho, na regio da atual cidade de Gois. Estavam descobertas asMinas dos Goyazes. Com a descoberta de ouro, a regio logo tornou-se foco de grandes deslocamentos populacionais. Bartolomeu Bueno da Silva foi declarado Superintendente das Minas de Gois, ligada a So Paulo na forma de uma Intendncia. A capital era a Vila de SantAna, mais tarde chamada de Vila Boa e, depois, Cidade de Goys. Vila Boa tinha uma densidade irregular e instvel Cabia ao Intendente manter a ordem legal e instaurar a os tributos. No seculo XVII toda a regio que o atual Estado do Tocantins era hbitada por ndios.Apenas trs zonas povoaram-se com certa regularidade, sendo elas: Centro-sul, que era composta por Sta. Cruz, Sta. Luzia (Luzinia), Meia Ponte (Pirenpolis), Jaragu, Vila Boa e Arraias, Pirenpolis chegou a disputar a categoria de Sede do Governo, dada sua importncia como centro de comunicaes;A segunda zona era na regio de Tocantins, composta por Alto do Tocantins ou Maranho, Traras, gua Quente, So Jos (Niquelndia), Santa Rita, Muqum, etc. Enfimmais ao norte a capitania atingia uma extensa zona entre o Tocantins e os chapades limitando-se com a Bahia. Arraias, So Flix, Cavalcante, Natividade, So Jos do Duro (Dianpolis), e Porto Real (Porto Nacional) o arraial mais setentrional.1730 e 1740 foram dcadas importantes ocorrendo as descobertas de ouro no lado norte de Gois, formando os primeiros arraiais no territrio do hoje estado do Tocantins(Natividade e Almas - 1734, Arraias e Chapada - 1736, Porto Real e Pontal - 1738). Em 1740, Conceio, Carmo, Taboca e, mais tarde, Prncipe, este ltimo em 1770. Alguns como: Prncipe, Taboca e Pontal foram extintos. Outros resistiram ao fim da minerao e no sculo XIX tornaram-se vilas e mais tarde cidades.Norte de GoisO Norte de Gois foi visto de trs formas distintas ao longo de sua evoluo histrica. Esta regio (norte de Gois) deu origem ao atual Estado do Tocantins. Segundo a historiadora Parente (1999), esta regio foi interpretada sob trs verses.Inicialmente, norte de Gois foi denominativo atribudo somente localizao geogrfica dentro da regio das Minas dos Goyazes na poca dos descobrimentos aurferos no sculo XVIII. Com referncia ao aspecto geogrfico, essa denominao perdurou por mais de dois sculos, at a diviso do Estado de Gois, quando a regio norte passa a ser o Estado do Tocantins.Num segundo momento, com a descoberta de grandes minas na regio, o norte de Gois passou a ser conhecido como uma das reas que mais produziam ouro na capitania. Esta constatao despertou o temor ao contrabando que acabou fomentando um arrocho fiscal maior que nas outras reas mineradoras.Por ltimo, o norte de Gois passou a ser visto, aps a queda da minerao, como sinnimo de atraso econmico e involuo social, gerador de um quadro de pobreza para a maior parte da populao.Essa regio foi palco primeiramente de uma fase pica vivida pelos seus exploradores, que em quinze anos abriam caminhos e estradas, vasculharam rios e montanhas, desviam correntes, desmatam regies inteiras, rechaaram os ndios, exploram, habitam e povoam uma rea imensa.... (PALACIM, Luis,1979, p.30)Descoberto o ouro, a regio passa, de acordo com a poltica mercantilista do sculo XVIII, a ser incorporada ao Brasil. O perodo aurfero foi brilhante, mas breve. E a decadncia, quase sem transio, sujeitou a regio a um estado de abandono.Foi na economia de subsistncia que a populao encontrou mecanismos de resistncia para se integrar economicamente ao mercado nacional. Essa integrao, embora lenta, foi se concretizando baseada na produo agropecuria, que predomina at hoje e constitui a base econmica do Estado do Tocantins (PARENTE, Temis Gomes, 1999, p.96)2) Economia do ouroEm julho de 1722 a bandeira do Anhanguera (filho) saiu de So Paulo. Em 1725 volta com a notcia da descoberta de crregos aurferos. A partir desse momento, Gois entra na histria como asMinas dos Goyazes. Dentro da diviso do trabalho no imprio portugus, este o ttulo de existncia e de identidade de Gois durante quase um sculo.Um grande contingente populacional deslocou-se para a regio do Aras, como a princpio se chamou essa parte do Brasil, que diziam possuir montanhas de ouro, lagos encantados e os martrios de Nosso Senhor de Jesus Cristo gravados nas pedras das montanhas. Era um novo Eldorado de histrias romanescas e contos fabulosos (ALENCASTRE, Jos Martins Pereira, 1979, p. 45).Diante dessas expectativas reinou, nos primeiros tempos, a anarquia, pois era a minerao alvo de todos os desejos. O proprietrio, o industrialista, o aventureiro, todos convergiam seus esforos e seus capitais para a minerao (ALENCASTRE, Jos Martins Pereira, 1979, p. 18).Inicialmente, as minas de Gois eram jurisdicionadas capitania de So Paulo na condio de intendncia, com a capital em Vila Boa e sob a administrao de Bueno, a quem foi atribudo o cargo de superintendente das minas com o objetivo de representar e manter a ordem legal e instaurar o arcabouo tributrio. (PALACIM, Lus, 1979, p. 33)3) Formao dos arraiaisH ouro e gua. Isto basta. Depois da fundao solene do primeiro arraial de Gois, o arraial de Sant'Anna, esse foi o critrio para o surgimento dos demais arraiais. Para as margens dos rios ou riachos aurferos deslocaram-se populaes da metrpole e de todas as partes da colnia, formando proporo em que se descobria ouro, um novo arraial (...) que podia progredir ou ser abandonado, dependendo da quantidade de riquezas existentes. (PARENTE, Temis Gomes, 1999, p.58)Nas dcadas de 1730 e 1740 ocorreram as descobertas aurferas no norte de Gois e, por causa delas, a formao dos primeiros arraiais no territrio onde hoje se situa o Estado do Tocantins. Natividade e Almas (1734), Arraias e Chapada (1736), Pontal e Porto Real (1738). Nos anos 40 surgiram Conceio, Carmo e Taboca, e mais tarde Prncipe (1770). Alguns foram extintos, como Pontal, Taboca e Prncipe. Os outros resistiram decadncia da minerao e no sculo XIX se transformaram em vilas e posteriormente em cidades.O grande fluxo de pessoas de todas as partes e de todos os tipos permitiu que a composio social da populao dos arraiais de ouro se tornasse bastante heterognea. Trabalhar, enriquecer e regressar ao lugar de origem eram os objetivos dos que se dirigiam para as minas. Em sua maioria eram homens brancos, solteiros ou desacompanhados da famlia, que contriburam para a mistura de raas com ndias e negras escravas. No final do sculo XVIII, os mestios j eram grande parte da populao que posteriormente foram absorvidos no comrcio e no servio militar.A populao branca era composta de mineiros e de pessoas pobres que no tinham nenhuma ocupao e eram tratados, nos documentos oficiais, como vadios.Ser mineiro significava ser dono de lavras e escravos. Era o ideal de todos os habitantes das minas, um ttulo de honra e praticamente acessvel a quase todos os brancos. O escravo podia ser comprado a crdito, sua posse dava o direito de requerer uma data - um lote no terreno de minerao - e o ouro era de fcil explorao, do tipo aluvional, acumulado no fundo e nas margens dos rios.Todos, uns com mais e outros com menos aes, participavam da bolsa do ouro. Grandes comerciantes e contratadores que residiam em Lisboa ou Rio de Janeiro mantinham aqui seus administradores. Escravos, mulatos e forros tambm praticavam a faiscagem - procura de fascas de ouro em terras j anteriormente lavradas. Alguns, pela prpria legislao, tinham muito mais vantagens.O negro teve uma importncia fundamental nas regies mineiras. Alm de ser a mo-de-obra bsica em todas as atividades, da extrao do ouro ao carregamento nos portos, era tambm uma mercadoria de grande valor. Primeiro, a quantidade de negros cativos foi condio determinante para se conseguir concesses de lavras e, portanto, para um branco se tornar mineiro. Depois, com a instituio dacapitao(imposto cobrado em ouro sobre cada escravo empregado na lavra) no lugar do quinto, o escravo tornou-se referncia de valor para o pagamento do imposto. Neste, era a quantidade de escravos matriculados que determinava o quanto o mineiro iria pagar em ouro para a Coroa. Mas a situao do negro era desoladora. Os maus tratos e a dureza do trabalho nas minas resultavam em constantes fugas.4) O controle das minasDesde quando ficou conhecida a riqueza aurfera das Minas de Goyazes, o governo portugus tomou uma srie de medidas para garantir para si o maior proveito da explorao das lavras.Foi proibida a abertura de novas estradas em direo s minas. Os rios foram trancados navegao. As indstrias proibidas ou limitadas. A lavoura e a criao inviabilizadas por pesados tributos: braos no podiam ser desviados da minerao. O comrcio foi fiscalizado. E o fisco, insacivel na arrecadao.S havia uma indstria livre: a minerao, mas esta mesma sujeita capitao e censo, venalidade dos empregados de registros e contagens, falsificao na prpria casa de fundio, ao quinto (...), ao confisco por qualquer ligeira desconfiana de contrabando (ALENCASTRE, Jos Martins Pereira, 1979, p. 18). poca do descobrimento das Minas dos Goyazes vigorava o mtodo de quintamento nas casas de fundio. A das minas de Gois era em So Paulo. Era para l que deveriam se dirigir os mineiros para quintar seu ouro. Recebiam de volta, depois de descontado o quinto, o ouro fundido e selado com selo real.O ouro em p podia ser usado como moeda no territrio das minas, mas se sasse da capitania, tinha que ser declarado ao passar pelo registro e depois quintado, o que praticamente ficava como obrigao dos comerciantes. Estes, vendendo todas as coisas a crdito, prazo e preos altssimos acabavam ficando com o ouro dos mineiros e eram os que, na realidade, canalizavam o ouro das minas para o exterior e deviam, por conseguinte, pagar o quinto correspondente.O mtodo da casa de fundio para a cobrana do quinto seria ideal se no fosse um problema que tomava de sobressalto o governo portugus: o contrabando do ouro, que oferecia alta rentabilidade.O grande contrabando era dos comerciantes que controlavam o comrcio desde os portos, praticado (...) por meio da conivncia dos guardas dos registros, ou de subornos de soldados, que custodiavam o comboio dos quintos reais. Contra si o governo tinha as dilatadas fronteiras, o escasso policiamento, o costume inveterado e a inflexibilidade das leis econmicas. (PALACIM, 1979, p. 49). A seu favor tinha o poder poltico, jurdico e econmico sobre toda a colnia. Assim, decreta como primeira medida, em se tratando das minas, o isolamento destas.A partir de 1730 foram proibidas todas as outras vias de acesso a Gois ficando um nico caminho, o iniciado pelas bandeiras paulistas que ligavam as minas com as regies do Sul, So Paulo e Rio de Janeiro. Com isso, ficava interditado o acesso pelas picadas vindas do Nordeste - Bahia e Piau. Foi proibida a navegao fluvial pelo Tocantins, afastando a regio de outras capitanias - Gro-Par e Maranho. proporo que crescia a importncia das minas surgiram atritos com os governadores das capitanias do Maranho e Par, quando do descobrimento das minas de Natividade e So Flix e dos boatos de suas grandes riquezas (...). Os governadores tomaram para si a incumbncia de nomear autoridades para os ditos arraiais e outras minas que pudessem surgir, a fim de tomarem posse e cobrarem os quintos de ouro ali existentes (PARENTE , 1999, p. 59). O resultado foi o afastamento dessa interferncia seguido da proibio, atravs de bandos, da entrada das populaes das capitanias limtrofes na regio e a sada dos que estavam dentro sem autorizao judicial.5) Decadncia da produoA produo do ouro goiano teve o seu apogeu nos primeiros dez anos de estabelecimento das minas, entre 1726 e 1735. Foi nesse perodo que o ouro de aluvio aflorava por toda a regio, resultando numa produtividade absurda. Quando se iniciou a cobrana do imposto de capitao em todas as regies mineiras, a produo comeou a cair, possivelmente mascarada pelo incremento do contrabando na regio, impossvel de se medir.De 1752 a 1778, a arrecadao chegou a um nvel mais alto por ser o perodo da volta da cobrana do quinto nas casas de fundio. Mas a produtividade continuou decrescendo. O motivo dessa contradio era a prpria extenso das reas mineiras, que compensavam e excediam a reduo de produtividade.A distncia das minas do norte, os custos para levar o ouro e o risco de ataques indgenas aos mineiros justificaram a criao de uma casa de fundio em So Flix em 1754. Mas, j em 1797, foi transferida para Cavalcante, por no arrecadar o suficiente para cobrir as despesas de sua manuteno (PARENTE, 1999, p. 51).A Coroa Portuguesa mandou investigar as razes da diminuio da arrecadao da Casa de Fundio de So Flix. Foram tomadas algumas providncias como a instalao de umregistroentre Santa Maria (Taguatinga) e Vila do Duro (Dianpolis). Outra tentativa para reverter o quadro da arrecadao foi organizar bandeiras para tentar novos descobrimentos. Tem-se notcia do itinerrio de apenas duas. Uma dirigiu-se rumo ao Pontal (regio de Porto Real), pela margem esquerda do Tocantins e entrou em conflito com os Xerente, resultando na morte de seu comandante.A outra saiu de Traras (nas proximidades de Niquelndia (GO)) para as margens do rio Araguaia em busca dos Martrios, serra onde se acreditava existir imensas riquezas aurferas. Mas a expedio s chegou at a ilha do Bananal onde sofreu ataques dos Xavante e Java, dali retornando.No perodo de 1779 a 1822, ocorreu a queda brusca da arrecadao do quinto com o fim das descobertas do ouro de aluvio, predominando a faiscagem nas minas antigas. Quase sem transio, chegou a sbita decadncia.6) A crise econmicaO declnio da minerao foi irreversvel e arrastou consigo os outros setores a uma runa parcial: diminuio da importao e do comrcio externo, menor arrecadao de impostos, diminuio da mo-de-obra pelo estancamento na importao de escravos, estreitamento do comrcio interno, com tendncia formao de zonas de economia fechada e um consumo dirigido pura subsistncia, esvaziamento dos centros de populao, ruralizao, empobrecimento e isolamento cultural (PALACIN, 1979, p. 133). Toda a capitania entrou em crise e nada foi feito para a sua revitalizao. Endividados com os comerciantes, os mineiros estavam descapitalizados.O desejo pelo lucro fcil, tanto das autoridades administrativas metropolitanas quanto dos mineiros e comerciantes, no admitiu perseveranas. O local onde no se encontrava mais ouro era abandonado. Os arraiais de ouro, que surgiam e desapareciam no Tocantins, contriburam apenas para o expansionismo geogrfico. Cada vez se adentrava mais o interior em busca do ouro de aluvio, cada vez mais escasso..No norte da capitania a crise foi mais profunda. Isolada tanto propositadamente quanto geograficamente, essa regio sempre sofreu medidas que frearam o seu desenvolvimento. A proibio da navegao fluvial pelos rios Tocantins e Araguaia eliminou a maneira mais fcil e econmica de a regio atingir outros mercados consumidores das capitanias do norte da colnia. O caminho aberto que ligava Cuiab a Gois no contribuiu em quase nada para interligar o comrcio da regio com outros centros abastecedores, visto que o mercado interno estava voltado ao litoral nordestino. Esse isolamento, junto com o fato de no se incentivar a produo agro-pecuria nas regies mineiras, tornava abusivo o preo de gneros de consumo e favorecia a especulao. A carncia de transportes, a falta de estradas e o risco freqente de ataques indgenas dificultavam o comrcio.Alm destas dificuldades, o contrabando e a cobrana de pesados tributos contriburam para drenagem do ouro para fora da regio. Dos impostos, somente o quinto era remetido para Lisboa. Todos os outros (entradas, dzimos, contagens etc.) eram destinados manuteno da colnia e da prpria capitania.Inviabilizadas as alternativas de desenvolvimento econmico devido falta de acumulao de capital e ao atrofiamento do mercado interno aps o fim do ciclo da minerao, a populao se volta para a economia de subsistncia.Nas ltimas dcadas do sculo XVIII e incio do sculo XIX, toda a capitania estava mergulhada numa situao de crise, o que levou os governantes goianos a voltarem suas atenes para as atividades econmicas que antes sofreram proibies, objetivando soerguer a regio da crise em que mergulhara.7) Subsistncia da populao e a integrao econmicaNasegunda dcada do sculo XIX, com o fim da minerao, os aglomerados urbanos estacionaram ou desapareceram e grande parte da populao abandonou a regio. Os que permaneceram foram para zona rural e dedicaram-se criao de gado e agricultura, produzindo apenas algum excedente para aquisio de gneros essenciais (PALACIN, 1989, p. 46).Toda a capitania entrou num processo de estagnao econmica. No norte, o quadro de abandono, despovoamento, pobreza e misria foi descrito por muitos viajantes e autoridades que passaram pela regio nas primeiras dcadas do sculo XIX.Saint-Hilaire, na divisa norte/sul da capitania, revelou: " exceo de uma casinha que me pareceu abandonada, no encontrei durante todo o dia nenhuma propriedade, nenhum viajante, no vi o menor trato de terra cultivada, nem mesmo um nico boi".Johann Emanuel Pohl, anos depois, passando pelo povoado de Santa Rita constatou: " um lugar muito pequeno, em visvel decadncia (...). Por no haver negros, por falta de braos, as lavras de ouro esto inteiramente descuradas e abandonadas".O desembargadorTheotnio Segurado, que mais tarde se tornaria ouvidor da Comarca do Norte, em relatrio de 1806, deu conta das penrias em que vivia a regio em funo tanto do abandono como da falta de meios para contrapor esse quadro: "A capitania nada exportava; o seu comrcio externo era absolutamente passivo: os gneros da Europa, vindos em bestas do Rio ou Bahia pelo espao de 300 lguas, chegavam carssimos; os negociantes vendiam tudo fiado: da a falta de pagamentos, da as execues, da a total runa da Capitania".Diante dessa situao, a Coroa Portuguesa tomou conscincia de que s atravs do povoamento, da agricultura, da pecuria e do comrcio com outras regies que a capitania poderia retomar o fluxo comercial de antes. Como sada para a crise voltaram-se as atenes para as possibilidades de ligao comercial com o litoral, atravs da capitania do Par, pela navegao dos rios Tocantins e Araguaia (CAVALCANTE, 1999, p.39).As picadas, os caminhos e a navegao pelos rios Tocantins e Araguaia, todos interditados na poca da minerao para conter o contrabando, foram liberados desde 1782. Como efeito imediato o norte comeou a se relacionar com o Par, ainda que de forma precria e inexpressiva.Nas primeiras dcadas do sculo XIX, o desembargador Theotnio Segurado j apontava a navegao dos rios Tocantins e Araguaia como uma alternativa para o desenvolvimento da regio atravs do estmulo produo para um comrcio mais vantajoso tanto no norte como em toda a Capitania, diferente do tradicionalmente realizado com a Bahia, Minas Gerais e So Paulo. Com esse fim props a formao de companhias de comrcio, o estmulo agricultura, o povoamento das margens desses rios oferecendo iseno por dez anos do pagamento de dzimos aos que ali se estabelecessem, e, aos comerciantes, concesso de privilgios na exportao para o Par (CAVALCANTE, 1999).Com estas propostas chamou a ateno das autoridades governamentais para a importncia do comrcio de Gois com o Par, atravs dos rios Araguaia e Tocantins. Foi ele prprio realizador de viagens para o Par incentivando a navegao do Tocantins. Destacou-se como um grande defensor dos interesses da regio quando foi ouvidor da Comarca do norte. A criao dessa comarca visava promover o povoamento no extremo norte para fomentar o comrcio e a navegao dos rios Araguaia e Tocantins.8) Criao da Comarca do Norte - 1809Para facilitar a administrao, a aplicao da justia e, principalmente, incentivar o povoamento e o desenvolvimento da navegao dos rios Tocantins e Araguaia,o Alvar de 18 de maro de 1809 dividiu a Capitania de Gois em duas comarcas (regies): a Comarca do Sul e a Comarca do Norte. Esta recebeu o nome deComarca de So Joo das Duas Barras, assim como chamaria a vila que, na confluncia do Araguaia no Tocantins se mandaria criar com este mesmo nome para ser sua sede. Para nela servir foi nomeado o desembargadorJoaquim Theotnio Seguradocomo seu ouvidor.A nova comarca compreendia os julgados de Porto Real, Natividade, Conceio, Arraias, So Flix, Cavalcante, Traras e Flores. O arraial do Carmo, que j tinha sido cabea de julgado, perde essa condio, que foi transferida para Porto Real, ponto que comeava a prosperar com a navegao do Tocantins. Enquanto no se fundava a vila de So Joo das Duas Barras, Natividade seria a sede da ouvidoria. A funo primeira de Theotnio Segurado era designar o local onde deveria ser fundada essa vila.Alegando a distncia e a descentralizao em relao aos julgados mais povoados, o ouvidor e o povo do norte solicitaram a D. Joo autorizao para a construo da sede da comarca em outro local. No lugar escolhido por Segurado, oalvar de 25 de janeiro de 1814autorizava a construo da sede na confluncia dos rios Palma e Paran, avila de Palma, hoje a cidade de Paran.A vila de So Joo das Duas Barras recebeu o ttulo de vila, mas nunca chegou a ser construda. Theotnio Segurado, administrador da Comarca do Norte, muito trabalhou para o desenvolvimento da navegao do Tocantins e o incremento do comrcio com o Par. Assumiu posio de liderana como grande defensor dos interesses regionais e, to logo se mostrou oportuno, no hesitou em reivindicar legalmente a autonomia poltico-administrativa da regio.O 18 de maro foi, oficialmente, considerado o Dia da Autonomia pela lei 960 de 17 de maro de 1998, por ser a data da criao da Comarca do Norte, estabelecida como marco inicial da luta pela emancipao do Estado.9) Movimento Separatista do Norte de Gois - 1821 a 1824A Revoluo do Porto no ano de 1820, em Portugal, exigindo a recolonizao do Brasil, mobilizou na colnia, especificamente no litoral, a elite intelectualizada em prol da emancipao do pas. Em Gois, essas idias liberais refletiram na tentativa de derrubar a prpria personificao da dominao portuguesa: o capito-general Manoel Sampaio.Houve uma primeira investida nesse sentido em1821, sob a liderana do capito Felipe Antnio Cardoso e do Padre Luiz Bartolomeu Marques. Coube ao primeiro mobilizar os quartis e ao segundo conclamar o povo e lideranas para a preparao de um golpe que iria depor Sampaio. Contudo, houve uma denncia sobre o golpe e, em seguida, foi ordenada a priso dos principais lderes rebeldes. O Padre Marques conseguiu fugir e novamente articulou contra o capito-general. Sampaio imps sua autoridade e os rebeldes foram expulsos da capital Vila Boa. Alguns vieram para o norte, como o capito Cardoso, que teve ordem para se retirar para o distrito de Arraias, e o Padre Jos Cardoso de Mendona, enviado para a aldeia de Formiga e Duro.Mas os acontecimentos que ocorreram na capital no ficaram isolados. A idia da nomeao de um governo provisrio, depois de fracassada na capital, foi aclamada no norte onde j havia anseios separatistas. O desejo do padre Luiz Bartolomeu Marques no era outro seno a independncia do Brasil. E a deposio de Sampaio seria apenas o primeiro passo.Para este fim contavam com o vigrio de Cavalcante, Francisco Joaquim Coelho de Matos, que cedeu a direo das coisas ao desembargador Joaquim Theotnio Segurado.No dia 14 de setembro, um ms aps a frustrada tentativa de deposio de Sampaio, instalou-se o governo independencista do norte, com capital provisria em Cavalcante. O ouvidor da Comarca do Norte, Theotnio Segurado, presidiu e estabeleceu essa junta provisria at janeiro de 1822. No dia seguinte, o governo provisrio da Comarca da Palma fez circular uma proclamao em que declarou-se separado do governo.( ALENCASTRE, 1979). As justificativas para a separao do norte em relao ao centro-sul de Gois eram, para Segurado, de natureza econmica, poltica, administrativa e geogrfica.A instalao de um governo independente - no necessariamente em relao Coroa Portuguesa, mas sim ao governo do capito-general da Comarca do Sul - parecia ser o nico objetivo de Theotnio Segurado. A sua posio no-independencista provocou a insatisfao de alguns dos seus correligionrios polticos e a retirada de apoio causa separatista. Em outubro de 1821, transfere a capital para Arraias provocando oposio e animosidade dos representantes de Cavalcante. Com o seu afastamento em janeiro de 1822, quando partiu para Lisboa como deputado representante de Gois na Corte, agravou a crise interna.A partir dessa data uma srie de atritos parecem denunciar que a junta havia ficado acfala. Na ausncia de Segurado, nenhuma liderana capaz de impor-se com a autoridade representativa da maioria dos arraiais conseguiu se firmar. Pelo contrrio, os interesses particulares dos lderes de Cavalcante, Palmas, Arraias e Natividade se sobrepuseram causa separatista regional (CAVALCANTE, 1999, p.64).10) Trajetria de luta pela criao do TocantinsNo final do sculo XIX e no decorrer do sculo XX, a idia de se criar o Tocantins, estado ou territrio, esteve inserida no contexto das discusses apresentadas em torno da rediviso territorial do pas, no plano nacional. Mas,a concretizao desta idia s veio com a Constituio de 1988 que criou o Estado do Tocantins pelo desmembramento do estado de Gois.Ainda no Imprio, duas tentativas: a defesa de Visconde de Taunay, na condio de deputado pela Provncia de Gois, propondo a separao do norte goiano para a criao da Provncia da Boa Vista do Tocantins, com a vila capital em Boa Vista (Tocantinpolis), em 1863; e, de modo mais concreto, em 1889, com o projeto de Fausto de Souza para a rediviso do Imprio em 40 provncias, constando a do Tocantins na regio que compreendia o norte goiano.Nas primeiras dcadas da Repblica o discurso separatista sobreviveu na imprensa regional, principalmente de Porto Nacional - maior centro econmico e poltico da poca - em peridicos como "Folha do Norte" e "Norte de Gois". A partir da dcada de 1930 que o discurso retorna esfera nacional.Aps a criao pela Constituio de 1937 dos territrios do Amap, Rio Branco, Guapor - atual Rondnia - Itaguau e Ponta Por (extintos pela Constituio de 1946), houve tambm quem defendesse a criao do territrio do Tocantins.11) A criao do Estado do Tocantins - 1988O ano era 1987. As lideranas souberam aproveitar o momento oportuno para mobilizar a populao em torno de um projeto de existncia quase secular e pelo qual lutaram muitas geraes: a autonomia poltica do norte goiano, j batizado Tocantins.A Conorte apresentou Assemblia Constituinte uma emenda popular com cerca de 80 mil assinaturas como reforo proposta de criao do Estado. Foi criada a Unio Tocantinense, organizao supra-partidria com o objetivo de conscientizao poltica em toda a regio norte para lutar pelo Tocantins tambm atravs de emenda popular. Com objetivo similar, nasceu o Comit Pr-Criao do Estado do Tocantins, que conquistou importantes adeses para a causa separatista. "O povo nortense quer o Estado do Tocantins. E o povo o juiz supremo. No h como contest-lo", reconhecia o governador de Gois na poca, Henrique Santilo (SILVA, 1999, p. 237)Em junho, o deputado Siqueira Campos, relator da Subcomisso dos Estados da Assemblia Nacional Constituinte, redige e entrega ao presidente da Assemblia, o deputado Ulisses Guimares, a fuso de emendas criando o Estado do Tocantins que foi votada e aprovada no mesmo dia.Pelo artigo 13 do Ato das Disposies Constitucionais Transitrias da Constituio, em 05 de outubro de 1988, nascia o Estado do Tocantins.A eleio dos primeiros representantes tocantinenses foi realizada em 15 de novembro de 1988, pelo Tribunal Regional Eleitoral de Gois, junto com as eleies dos prefeitos municipais. Alm do governador e seu vice, foram escolhidos os senadores e deputados federais e estaduais.A cidade de Miracema do Norte, localizada na regio central do novo Estado, foi escolhida como capital provisria. No dia 1 de janeiro de 1989 foi instalado o Estado do Tocantins e empossados o governador, Jos Wilson Siqueira Campos; seu vice, Darci Martins Coelho; os senadores Moiss Abro Neto, Carlos Patrocnio e Antnio Luiz Maya; juntamente com oito deputados federais e 24 deputados estaduais.Ato contnuo, o governador assinou decretos criando as Secretarias de Estado e viabilizando o funcionamento dos poderes Legislativo e Judicirio e dos Tribunais de Justia e de Contas. Foram nomeados o primeiro secretariado e os primeiros desembargadores. Tambm foi assinado decreto mudando o nome das cidades do novo Estado que tinham a identificao "do Norte" e passaram para "do Tocantins". Foram alterados, por exemplo, os nomes de Miracema do Norte, Paraso do Norte e Aurora do Norte para Miracema do Tocantins, Paraso do Tocantins e Aurora do Tocantins.No dia 5 de outubro de 1989, foi promulgada a primeira Constituio do Estado, feita nos moldes da Constituio Federal. Foram criados mais 44 municpios alm dos 79 j existentes. Atualmente, o Estado possui 139 municpios.Foi construda, no centro geogrfico do Estado, numa rea de 1.024 Km2 desmembrada do municpio de Porto Nacional, a cidade de Palmas, para ser a sede do governo estadual. Em 1 de janeiro de 1990, foi instalada a capital.BibliografiaBARROS, Otvio. Breve Histria do Tocantins, 1 edio, FIETO, Araguana, 1996BARROS, Otvio. Tocantins, Conhecendo e Fazendo Histria, 1 edio, SECOM, Palmas, 1998.PALACIN, Lus, MORAES, Maria Augusta Santanna. Histria de Gois (1722-1972) 5 ed. Goinia: Ed. Da UCG, 1989.O Sculo do Ouro em Gois. 3 ed. Goinia: Oriente, Braslia: INL, 1979.CAVALCANTE, Maria do Esprito Santo Rosa. Tocantins: O Movimento Separatista do Norte de Gois, 1821-1988 - So Paulo: A Garibaldi, Editora da UCG, 1999.SILVA, Francisco Ayres da. Caminhos de Ouhra - 2 ED. Porto Nacional: Prefeitura Municipal, 1999.PARENTE, Temis Gomes- Fundamentos Histricos do Estado do Tocantins Goinia: ED. da UFG, 1999.ALENCASTRE, Jos Martins Pereira de. Anais da Provncia de Gois. Goinia: SUDECO/Governo de Gois, 1979.PROVAS DOS VESTIBULARESDA UFT2006QUESTO 13Durante, aproximadamente, quatro sculos, no alvorecer da Era Crist, o Imprio Romano dominou a maior parte da bacia do Mediterrneo, governando povos e sociedades os mais diversos. No final do sculo V, a hegemonia romana chegou ao fim e as estruturas de dominao erigidas por esse Imprio foram destrudas. Entretanto, comprovando sua solidez, parte do legado romano persistiu durante sculos e ainda se faz presente em sociedades contemporneas.Considerando-se essas informaes, INCORRETOafirmar queA) as instituies, idias, crenas e valores da sociedade romana se desenvolveram sob forte influncia da cultura grega, principalmente no campo da filosofia, da arte e da religio.B) a vigorosa economia do Imprio, que abarcava todo o mundo conhecido ento, tinha como pilares centrais o trabalho assalariado e a pequena propriedade fundiria.C) o Estado romano perseguiu os cristos nos primeiros anos, mas, no perodo de decadncia do Imprio, o Cristianismo se tornou a religio predileta da elite poltica romana.D) os romanos procuraram impor sua cultura nas regies sob controle do Imprio, porm, devido a razes pragmticas, toleraram alguns costumes dos povos dominados.QUESTO 14A longa crise da economia e da sociedade europias durante os sculos XIV e XV marcou as dificuldades e os limites do modo de produo feudal no ltimo perodo da Idade Mdia. Qual foi o resultado poltico final das convulses continentais dessa poca? No curso do sculo XVI, o Estado absolutista emergiu no Ocidente. (ANDERSON, Perry.Linhagens do EstadoAbsolutista.So Paulo: Brasiliense, 1985. p. 16).Considerando-se as informaes desse trecho, INCORRETOafirmar queA) as fronteiras dos Estados absolutistas foram definidas a partir de critrios de nacionalidade refletidos na composio dos exrcitos monrquicos, que s incorporavam membros da respectiva nao.B) o contexto do Absolutismo favoreceu um notvel desenvolvimento da burocracia estatal e data desse perodo o estabelecimento de corpos diplomticos regulares.C) os Estados absolutistas baseavam sua ao econmica nas idias mercantilistas, que defendiam o estmulo s exportaes de mercadorias.D) os monarcas no possuam poder ilimitado, j que se esperava deles respeito a alguns costumes e tradies, alm, sobretudo, da observncia dos mandamentos religiosos.QUESTO 15Considerando-se a Inconfidncia Mineira (1789), CORRETOafirmar que esse movimento:A) foi liderado, principalmente, por representantes da elite social e econmica da regio das Minas.B) foi reprimido com rigor pelas autoridades coloniais, que executaram todos os lderes do movimento.C) propunha a abolio imediata da escravatura, simultaneamente ao processo de independncia.D) tinha por objetivo principal a diversificao da atividade econmica, visando a atender aos anseios de uma classe mdia emergente.QUESTO 16No decorrer do sculo XIX, ocorreu um fenmeno social e poltico da maior importncia: a afirmao da classe trabalhadora como grupo social organizado em defesa de seus interesses, lutando contra o patronato e o Estado.Considerando-se esse contexto, CORRETOafirmar queA) a Igreja, para no perder sua hegemonia, organizou, na primeira metade do sculo XIX, sindicatos de trabalhadores fundados na doutrina social catlica.B) diferentes projetos poltico-ideolgicos surgiram para tentar conduzir os trabalhadores na luta pela conquista do poder, a exemplo do owenismo e do positivismo.C) o Cartismo, uma das iniciativas polticas da classe trabalhadora de maior repercusso no perodo, tinha como meta principal o estabelecimento de uma Associao Internacional Operria.D) os sindicatos e os partidos operrios, instituies criadas nesse perodo, tiveram papel central nas aes polticas dos trabalhadores no sculo XX.QUESTO 17Considerando-se as mudanas ocorridas no Brasil aps a Revoluo de 1930, CORRETOafirmar que o novo regime deu origem a uma nova realidadeA)econmica, marcada pela expanso da indstria de bens de consumo financiada por investimentos estrangeiros.B)poltica, com o paulatino estabelecimento de um aparato estatal cada vez mais intervencionista e centralizador.C)polticaeeconmica, com a instituio de eleies diretas para Presidente da Repblica, que abriram caminho para a afirmao da poltica do caf-com-leite..D)social, marcada por fortes movimentos grevistas em todo o Pas e pela ascenso, pela primeira vez, da classe operria ao poder.QUESTO 18 foroso reconhecer que o fim dos imprios coloniais dos sculos XIX e XX no resultou de uma deciso metropolitana ou do desejo de abdicao do poder, e sim da capacidade de revolta que inerente ao oprimido. Da, a impropriedade do termo .descolonizao., que reflete a viso eurocntrica da Histria. A liberalizao do sistema colonial, sobretudo na dcada 1950-1960, resultou muito mais de uma necessidade ou de uma imposio, do que propriamente de uma escolha unilateral por parte do poder metropolitano mais ou menos democrtico, mais ou menos esclarecido ou mais ou menos bondoso. (LINHARES, Maria Yedda.A luta contra a Metrpole (sia efrica). So Paulo: Brasiliense, 1986, p.109. (Coleo Tudo Histria).A partir da leitura desse trecho, CORRETOafirmar queA) a criao da Liga das Naes, em 1945, deu origem a novos parmetros nas relaes internacionais, uma vez que ela reconhecia a legitimidade dos movimentos de descolonizao.B) a emancipao dos povos colonizados foi impulsionada pela emergncia dos EUA e da URSS como superpotncias, aps a II Guerra Mundial, processo paralelo ao enfraquecimento das metrpoles coloniais.C) o retrocesso no desenvolvimento da cincia e da tcnica no perodo entre as duas Guerras Mundiais provocou um grande abalo na ideologia da superioridade branca.D) os movimentos de libertao na sia e na frica, na sua maioria, assumiram um carter de transio poltica pacfica, tendo-se em vista que eles se apropriaram das ideologias dos colonizadores2007QUESTO 17O feudalismo, formao social cujas origens remontam crise do Imprio Romano e que teve um longo processo de gestao e consolidao, viveu sua fase de apogeu entre os sculos XI e XIII.INCORRETOafirmar que essa fase de apogeu se caracterizouA) pela criao de foras militares numerosas, controladas pelos monarcas.B) por uma intensa ruralizao, aliada fragmentao do poder central.C) por uma intrincada rede de relaes de dependncia pessoal.D) por uma sociedade de ordens, com estratos sociais rigidamente definidos.QUESTO 18No incio da Era Moderna, o processo de crise que gerou a chamada Reforma envolveu no apenas f mas tambm disputas polticas.Considerando-se esse contexto, CORRETOafirmar queA) a Igreja Catlica reagiu Reforma convocando o Conclio de Trento, cujas medidas visaram a impedir o crescimento do protestantismo.B) as religies protestantes no aceitavam inovaes nos ritos sagrados entre outras, a realizao de missas em outras lnguas que no o latim.C) Martinho Lutero, em seus ataques ao Papado, discordava principalmente do processo violento de catequese dos aborgines americanos.D) uma das iniciativas do Vaticano para aplacar as crticas dos protestantes consistiu em tornar mais branda a ao do Tribunal do Santo Ofcio.QUESTO 19Considerando-se as conseqncias da descoberta de metais preciosos no interior do Brasil, no perodo colonial, INCORRETOafirmar que:A) a Derrama consistia na cobrana dos impostos atrasados quando no eram preenchidas as cotas anuais, estabelecidas pelas autoridades portuguesas.B) a escassez de alimentos, nos primeiros anos de ocupao da regio mineira, se deveu ao rpido crescimento populacional.C) a minerao determinou uma ocupao do territrio marcadamente rural, o que impediu a formao de cidades importantes.D) o excesso de rigor fiscal da Coroa portuguesa, no decorrer do sculo XVIII, provocou vrias revoltas como as de 1720 e 1789.QUESTO 20A Guerra da Cisplatina (1825-1828) marcou a poltica externa brasileira no momento inicial do Perodo Imperial.Considerando-se esse conflito, INCORRETOafirmar que a Cisplatina:A) correspondia ao territrio da Banda Oriental, atual Uruguai, e havia sido incorporada ao Imprio portugus anteriormente independncia do Brasil.B) era alvo do interesse de portugueses, brasileiros e argentinos, em razo de seu importante papel comercial e estratgico na regio platina.C) se tornou, ao final da Guerra, parte integrante da Confederao das Provncias Unidas do Rio da Prata, juntamente com a Argentina.D) tinha a pecuria como principal atividade econmica, alm de manter importante atividade mercantil na cidade porturia de Montevidu.QUESTO 21Entre as primeiras dcadas do sculo XIX e meados do sculo XX, entraram no Brasil cerca de cinco milhes de imigrantes europeus e asiticos.Considerando-se essa informao, CORRETOafirmar que, nesse perodo, os imigrantes:A) foram, com freqncia, segregados em bairros ou pequenas cidades, o que obstaculizou seu processo de integrao sociedade brasileira.B) foram impedidos de se dedicar ao comrcio e indstria, em razo do controle dessas atividades pelos empresrios nacionais.C) participaram ativamente das mais diversas atividades produtivas, num perodo de crescimento da insero do Brasil na economia mundial.D) se espalharam pelo territrio brasileiro de maneira relativamente uniforme, contribuindo para a ocupao das reas menos povoadas do Pas.QUESTO 22O nacional-socialismo, ou nazismo, fundamentou-se em uma doutrina cuidadosamente veiculada pelo regime dirigido por Adolf Hitler, utilizando-se de tcnicas sofisticadas de propaganda poltica.Considerando-se os fundamentos ideolgicos do nacional-socialismo, INCORRETOafirmar que esse regime defendia:A) a desigualdade entre as raas, a pureza dos arianos e o anti-semitismo.B) a preponderncia dos interesses coletivos e nacionais sobre os direitos individuais.C) o nacionalismo, o expansionismo e a unidade do povo alemo.D) o respeito ordem legal republicana herdada da dcada de 1920.QUESTO 23Em 1ode outubro de 1949, de um palanque colocado em cima do Porto da Paz Celestial outrora a entrada principal para o palcio imperial dos Ming e dos Qing , Mao Zedong anunciou formalmente a fundao da Repblica Popular da China. (SPENCE, Jonathan.Em busca da China moderna.So Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 487).Considerando-se o processo revolucionrio chins, CORRETOafirmar queA) a vitria dos comunistas na guerra civil chinesa foi favorecida pela Guerra da Coria, que imobilizou recursos e tropas norte-americanas.B) o programa de governo de Mao se baseava em verses revisionistas do socialismo, que abriram caminho entrada do capital internacional.C) os comunistas chineses chegaram ao poder graas adoo rigorosa da estratgia revolucionria usada pelos bolcheviques na Rssia, em 1917.D) os nacionalistas, aps a derrota na guerra civil, seguiram para a ilha de Taiwan, onde criaram um Estado autnomo e rival da China comunista.QUESTO 24Entre 1964 e 1984, o Brasil viveu sob um regime militar, que implantou polticas baseadas em dois eixos, interdependentes e complementares: represso e modernizao.Considerando-se esse perodo da histria brasileira, INCORRETOafirmar queA) a principal lei de exceo da ditadura foi o AI-5, editado em 1968, aps a ecloso de uma onda de protestos polticos.B) o aparato repressivo, montado pelo regime militar para anular a oposio, teve como pilares centrais o SNI e o sistema DOI-CODI.C) os militares, aps um momento inicial de ajuste recessivo da economia, lanaram o Pas numa fase eufrica de crescimento acelerado.D) os militares, embora tenham derrubado o Governo Goulart e implantado novas diretrizes, mantiveram a poltica externa independente2008QUESTO 17A organizao dos Estados Nacionais, entre os sculos XV e XVIII, foi desencadeada por diversos acontecimentos importantes, que fizeram parte do contexto histrico europeu na transio do sistema feudal para uma sociedade de ordem burguesa.Com base nessa informao INCORRETO afirmar que:(A) a organizao dos Estados Nacionais na Europa se deu de forma homognea e com o apoio dos camponeses.(B) a organizao dos Estados Nacionais na Europa no se deu de forma homognea.(C) os Estados Nacionais foram consolidados com o objetivo de proporcionar a estabilidade poltica e administrativa necessrias ao desenvolvimento das idias burguesas de expanso e crescimento comercial.(D) a centralizao do poder nas mos do monarca foi essencial concretizao dos ideais da burguesia.QUESTO 18Considerando-se a retomada do discurso autonomista do Tocantins por lideranas que encaminharam os projetos e as possibilidades de definir o estatuto jurdico/poltico do Norte deGois, a partir da dcada de 1980 (CAVALCANTE, Maria do Esprito Santo.O Discursoautonomista do Tocantins.Goinia: Ed. da UCG, 2003, p. 109 - 112). INCORRETO afirmar que:(A) foi a poltica adotada pelo Governo Federal para a liberao de grandes investimentos aos pequenos produtores rurais do norte de Gois.(B) foi motivada pela criao do Estado de Mato Grosso do Sul, em 1977.(C) foi a instalao do Projeto Carajs, do Governo Federal, com rea de influncia at o Paralelo 8 da Amaznia goiana.(D) foi a criao da CONORTE, que tinha como objetivo a conscientizao da populao norte goiana sobre suas necessidades e potencial poltico-econmico.QUESTO 19Afirmou-se com freqncia que o mercador medieval foi importunado em sua atividade profissional e rebaixado em seu meio social devido atitude da Igreja a seu respeito. Condenado por ela no prprio exerccio de sua profisso, teria sido uma espcie de pria da sociedade medieval dominada pela influncia crist (LE GOFF, Jacques.Mercadores e Banqueiros daIdade Mdia.So Paulo: Martins Fontes, 1991, p. 71).Considerando-se as informaes desse texto, CORRETO afirmar que uma das aes condenadas pela Igreja era:(A) o celibato(B) a usura(C) a ordem mendicante(D) a investiduraQUESTO 20No incio da dcada de 1620, foi criado o Estado do Maranho, separado do Estado do Brasil, com jurisdio sobre o atual Maranho, mas abrangendo todo o vale amaznico (WEHLING, Arno.Formao do Brasil Colonial. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1994, p. 135).Vrios motivos determinaram essa deciso do governo metropolitano EXCETO:(A) a facilidade de navegao entre a Europa e o litoral norte e, a quase impossibilidade de faz-lo, com as condies tcnicas da poca a partir da Bahia.(B) a continuada presena de holandeses e ingleses, que chegaram a construir fortes em pontos ribeirinhos do rio Amazonas.(C) a facilidade de transporte martimo das minas de Potos ligando as jazidas aurferas de Minas Gerais.(D) a esperana de encontrar uma sada fluvial para as minas de prata de Potos.QUESTO 21No ano de 1840, coroava-se D. Pedro II, imperador do Brasil. Tinha incio o II Reinado, assentado no sistema parlamentarista, na economia agroexportadora e na mo de obra escrava. Todavia, o parlamentarismo forma de governo que se caracteriza pela independncia dos poderes, com ligeira superioridade do poder legislativo, exercido pelo Parlamento apresentava algumas distores no caso brasileiro:I. O Poder Legislativo, responsvel pela elaborao de leis, compunha-se do Senado e da Cmara dos Deputados, que se reuniam na Assemblia Geral. Como pr-requisito, o candidato precisava ser brasileiro nato, catlico, e possuir renda mnima de quatrocentos mil ris por ano. Para o senado exigia-se a renda de oitocentos mil ris.II. Pela Constituio do pas, em 1824, cabia ao imperador exercer o Poder Moderador, que centralizava na sua figura praticamente todas as decises. Desta forma, as demais instncias de poder o Legislativo, o Executivo e o Judicirio acabavam tambm por depender das inclinaes do Imperador, uma vez que lhe cabia a ltima palavra nas resolues do governo.III. Com a reforma constitucional de 1881, foi abolida a renda mnima anual, como pr-requisito, para candidaturas no Senado e na Cmara dos Deputados.IV. Esse arranjo ampliava a possibilidade da representao popular da sociedade como um todo, no mbito do poder central, mesmo que esses cargos eletivos fossem pleiteados pelos membros com renda elevada e com mandato vitalcio para Senadores.Assinale a alternativa CORRETA:(A) II e III(B) II e IV(C) I e II(D) I e IVQUESTO 22A era do populismo situou-se historicamente entre 1930 e meados dos anos 50 e, em alguns casos, at o final dos anos 60. No Brasil, o representante mximo desse fenmeno foi Getlio Vargas, que dominou a cena poltica de 1930 a 1954. Derrubado em 1945, aps 15 anos de presidncia, oito anos dos quais de ditadura, elegeu-se novamente presidente e governou de 1951 at sua morte.Sobre o populismo INCORRETO afirmar:(A) que corresponde uma conjuntura que presenciou a crise dos sistemas agro-exportadores e, por conseqncia, do esquema de dominao oligrquico em vigor.(B) que aparece como sistema de transio que se esforava para integrar as classes populares na ordem social e poltica por meio de uma ao do Estado.(C) corresponde a um estilo de governo paternalista e, ao mesmo tempo autoritrio, em que o clientelismo das massas se mostrou fundamental para a manuteno deste tipo de Estado.(D) que props reformas estruturais de interesse coletivo e efetuou-as na prtica.QUESTO 23No preciso mais escolher ser pr-Israel ou pr-Palestina, preciso ser pr-paz.(Escritor israelense Ams Oz defende imaginao contra o fanatismo.Folha de S. Paulo, 24/05/2004).Considerando a criao do Estado da Palestina, INCORRETO afirmar:(A) a recusa rabe partilha da Palestina, imposta pela ONU, gerou uma declarao de guerra contra o Estado de Israel, por alguns pases da Liga rabe, em 15 de maio de 1948. Esse conflito que terminou em janeiro de 1949, envolveu Israel, Egito, Iraque, Jordnia, Lbano,Sria e a Arbia Saudita.(B) a Guerra dos Seis Dias (1967) foi conseqncia da atuao da OLP (Organizao para Libertao da Palestina), da permanncia das tropas da ONU na regio e do bloqueio do golfo da caba que prejudicava interesses israelenses. O Egito, a Sria e a Jordnia foram atacados e os judeus dominaram toda a Pennsula do Sinai, a Cisjordnia e as colinas de Golan, na Sria.(C) no sculo XIX, surgiu na Europa um movimento poltico e religioso que ficou conhecido comoAl fatahque visava o restabelecimento na Palestina, de um Estado judaico. Sediado em Viena, esse movimento ganhou poder e influncia com a atuao de Theodor Hertzl (1860-1904), um jornalista austraco que defendia a formao de uma nao judaica num territrio unificado.(D) em 1993, Yitzhak Rabin, primeiro ministro de Israel, e Yasser Arafat, lder da OLP, firmam em Washington, um acordo prevendo a criao de uma Autoridade Nacional Palestina, com autonomia administrativa e policial, em alguns pontos do territrio palestino. Prev-se tambm a progressiva retirada das foras israelenses de Gaza e da Cisjordnia.QUESTO 24Fonte: Belmonte.Caricatura dos tempos.So Paulo:Melhoramentos, 1982. p.109.A charge ilustra a bipolaridade mundial entre a Unio Sovitica e os Estados Unidos, representada tambm no seguinte texto: Nenhum sculo foi mais histrico do que o sculo passado [sculo XX ], no sentido de que nenhum comportou mudanas e transformaes to radicais, em diferentes sentidos, do movimento histrico, num espao relativamente to curto de tempo. Basta dizer que uma parte da humanidade rompeu com o capitalismo, inaugurando uma poca de polarizao capitalismo/socialismo; posteriormente, uma parte dessa parte resolveu voltar ao capitalismo. (Sader, Emir.A vingana da histria. So Paulo: Boitempo Editorial, 2003.)I. Os Estados Unidos e a Unio Sovitica lideravam respectivamente os dois blocos mais poderosos: capitalista e socialista;II. A Guerra Fria mostrou a descontinuidade das disputas imperialistas e das polticas salvacionistas das grandes potncias;III. O mundo dividido em dois grandes blocos conseguia resolver seus graves problemas de injustia social;IV. Os Estados Unidos e a Unio Sovitica exerciam forte controle sobre as outras naes, explorando questes ideolgicas que, na maioria das vezes, mascaravam interesses por reas militar e economicamente estratgicas.Considerando as alternativas assinale a CORRETA:(A) I e II(B) I e IV(C) II e III(D) II e IV2009QUESTO 17A construo da rodovia Belm-Braslia (BR-153), na dcada de 1950, apresentou implicaes nos processos de urbanizao e modernizao do antigo norte de Gois, atual Estado do Tocantins. (Adaptado de GIRALDIN, Odair (org).A (trans)formao histrica do Tocantins. 2. ed., Goinia: Editora da UFG, 2004, p. 315).Dentre essas implicaes CORRETO afirmar que:(A) houve um processo de urbanizao equilibrado em todo o norte de Gois (atual Estado do Tocantins).(B) no houve impactos provocados com a abertura da rodovia, particularmente no aspecto da especulao das terras, dada a perspectiva da sua desvalorizao.(C) houve uma concentrao da populao das novas reas ocupadas pela construo da BR-153, notadamente em ncleos urbanos s margens do Rio Tocantins.(D) a populao urbana, distante da BR-153, no acompanhou o processo de modernizao e desenvolvimento, ento desencadeado pela construo da rodovia.QUESTO 18O negro era cativo para que sua fora de trabalho o fosse. Como conseqncia, o elemento predominante na existncia do negro era o trabalho (PINSKI, Jaime.Aescravido no Brasil.So Paulo: Contexto, 2006, p. 47).Em relao ao trabalho escravo no Brasil, INCORRETO afirmar que:(A) os escravos no eram donos de suas ferramentas, mas usavam aquelas cedidas pelos seus proprietrios.(B) os escravos, no Brasil, eram mantidos num regime de trabalho assalariado, frequentemente de sol a sol, na poca da colheita. A subservincia e a deferncia eram essenciais para a sua sobrevivncia.(C) os escravos faziam todo o tipo de servio. Eram vaqueiros, remeiros, mineiros, e lavradores; eram artfices, marceneiros, ferreiros, pedreiros e oleiros; eram domsticos e pajens, guarda-costas, capangas e capites do mato; feitores e at carrascos.(D) o trabalho comeava antes do sol nascer, quando todos se apresentavam ao administrador da propriedade. Aps uma breve orao, iniciava-se o labor dirio que constava geralmente da produo ou beneficiamento de bens de consumo.QUESTO 19O massacre de Canudos foi revelador da enorme distncia entre as intenes do novo governo republicano e a realidade em que vivia a imensa maioria dos brasileiros. Canudos, uma pequena vila no interior da Bahia, tornara-se o refgio de um pregador carismtico, Antnio Conselheiro. Circulando desde a dcada de 1870 pelo serto do Nordeste, rezando, pregando e dirigindo mutires para consertar igrejas e cemitrios, atraiu uma multido de fiisque, em 1893, se assentou no vilarejo, que logo tornou-se cidade, batizada de Belo Monte. Em pouco mais de dois anos, cerca de 20 mil desafortunados de todo o tipo passaram a viver no local, cultivando terras comunitrias e aguardando a nova vida anunciada pelo Conselheiro. (CALDEIRA, Jorge. [et al.]Histria do Brasil. So Paulo: Companhia das Letras, 1997. p. 240).A partir do texto INCORRETO afirmar:(A) Canudos foi a expresso de que o regime republicano brasileiro, em seu incio, no foi compreendido pela maioria da populao brasileira.(B) Os seguidores de Antnio Conselheiro, amparando-se em questes que remetem ao campo religioso, constituram uma teia de sociabilidade no interior nordestino.(C) A questo religiosa serviu para apontar o descompasso entre a cultura sertaneja e o pensamento das elites que conduziam o nascente regime republicano de governo.(D) Poucos foram os sertanejos a aderirem s pregaes de Antnio Conselheiro, justamente porque suas idias eram a favor do governo republicano.QUESTO 20No inicio do seu povoamento, no perodo colonial, o antigo norte de Gois (atual estado do Tocantins), com o ouro de aluvio aflorando em quase toda a regio, o norte goiano logo passou a ser conhecido como uma das reas que mais produziam esse minrio na capitania; da a preocupao do governo central com o contrabando, fomentando um arrocho fiscal maior que nas outras reas mineiras. Mas, a partir do declnio da minerao, o norte goiano passou a ser visto pela historiografia como sinnimo de atraso econmico e involuo social, gerador de um quadro de pobreza para a maior parte da populao. (Adaptado de PARENTE, Temis Gomes.Fundamentos Histricos do Estado doTocantins.Goinia: Editora da UFG, 2007, p. 23-24).Considerando-se as informaes deste texto, CORRETO afirmar:(A) A regio do antigo norte de Gois, apesar de ter produzido muito ouro, no acumulou capital impossibilitando, portanto o desenvolvimento da mesma.(B) A regio no sofreu medidas fiscais por parte da metrpole, comparando com outras regies mineiras.(C) A regio, aps o perodo do apogeu das minas, foi considerada uma regio exportadora de bens de consumo para as outras capitanias.(D) A regio sofreu um processo de desenvolvimento social, ocasionada pela exportao de produto agrcola.QUESTO 21(...) no se pode sequer aceitar uma tese tola ou doutrinria segundo a qual o esprito do capitalismo (sempre no sentido provisrio que aqui usamos) somente teria surgido como conseqncia de determinadas influncias da Reforma, ou que, o Capitalismo, como sistema econmico, seria um produto da Reforma. J o fato de algumas formas importantes do sistema comercial capitalista serem notoriamente anteriores Reforma, seria o bastante para sustar essa argumentao (WEBER, Max.Atica protestante e o esprito do capitalismo.7 ed. So Paulo: Pioneira, 1992, p. 61).Considere as afirmaes abaixo:I O surgimento do capitalismo no deve estar atrelado Reforma Protestante;II A Reforma protestante est na origem do sistema capitalista;III No se deve procurar o esprito do capitalismo na Reforma Protestante, ocorrida no sculo XVI, pois mudanas econmicas so anteriores a ela.IV Sem a Reforma Protestante, o capitalismo no se projetaria como um moderno sistema de produo, j que o capitalismo condenava o lucro a base desse sistema.A partir da afirmao de Weber, marque a alternativa CORRETA:(A) I e IV;(B) III e IV;(C) I e III;(D) II e III.QUESTO 22Afirma Maurice Crouzet que os contemporneos de Pricles ter-se-iam escandalizado diante da revoluo do gnero de vida e dos costumes da burguesia, que escandalizou tambm, em sua prpria poca, homens que, sem serem moralistas profissionais, responsabilizaram-na por uma das desgraas da Grcia: o despovoamento. (Adaptado de CROUZET, Maurice. Histria Geral da Civilizao Brasileira: o Oriente e a Grcia Antiga.O homem no Oriente Prximo. Vol. 2, Rio de Janeiro: 1993, p. 334).Considerando o despovoamento como uma das causas do declnio da Grcia Clssica, INCORRETO afirmar:(A) Segundo o pensador Polbio, que viveu no sculo II a. C. a causa do mal em questo, o despovoamento, motivado pela oligantropia (falta de homens).(B) De acordo com o pensador Polbio, observou-se em toda a Grcia, uma ausncia de crianas e uma homofobia que torna as cidades desertas e improdutivas.(C) Por vaidade, amor ao dinheiro e covardia, segundo Polbio, os homens no querem mais casar e se casam, querem criar seus filhos, no mximo educar um ou dois, entre todos, a fim de deix-los ricos.(D) A Grcia foi o ponto de partida, em direo ao Oriente conquistado e administrado por soberanos gregos, enquadrado e explorado por gregos, de uma emigrao considervel, que a privou de elementos jovens.QUESTO 23Em 1921, a Rssia conhece a mais terrvel fome da sua Histria:(...) h vrios meses, 9/10 da populao no come mais po. Primeiro, misturaram o que restava de farinha com todo tipo de ervas, depois comeram as ervas puras e depois, quando no restava mais nada, cozinharam e engoliram argila. (...) A cada dia, at a colheita, aumentar o mbito das provncias e distritos onde no subsiste absolutamente mais nada que um ser humano possa comer (PASCAL, Pierre, Meu estado da alma. Meu dirio da Rssia, tomo III, 1922-1926.LAge dHomme, Lausanne, 1982. apud. SALOMONI, Antonella. Lnin e a Revoluo Russa. So Paulo: tica, 1997, p. 133).Sobre a crise do regime sovitico INCORRETO afirmar:(A) Diante da degradao da economia agrcola, devastada pelo conflito blico, Lnin impe o abandono do comunismo de guerra e a passagem para a fase de desenvolvimento da chamada Nova Poltica Econmica (NEP).(B) Na primavera de 1921, enquanto a degradao da produo agrcola, devastada pela guerra, e as magras colheitas repercutiam de forma drstica na economia da Rssia, em contrapartida, assiste-se a recuperao de seu parque industrial e sistema de transporte e prosperidade na zona rural.(C) Na cpula do partido comunista havia a conscincia de uma contra-revoluo camponesa; os dirigentes procuram tirar lies do episdio de Kronstadt e inquietam-se com o esgotamento dos operrios. Ocorrendo um recuo econmico, que significou, acima de tudo, abandonar o comunismo de guerra.(D) No mesmo momento em que o general Tukatchevski marcha sobre Kronstadt, abre-se em Moscou o Dcimo Congresso do Partido Comunista. Apelando para o fim do estado de urgncia, Lnin impe a passagem para a Nova Poltica Econmica (NEP).QUESTO 24A primeira guerra quente do mundo ps Guerra Fria comeou pouco antes das 3 horas da madrugada de quinta feira no Golfo Prsico. Uma guerra ps-moderna, como nunca se viu antes fora das telas do cinema e dos monitores de videogame. Uma guerra com nome de filme - Tempestade no Deserto -, assistida ao vivo pela televiso e destinada a dobrar um ditador de opereta, mas sanguinrio. (Fonte: Reportagem publicada na revistaVejaem 16 de janeiro de 1991. Disponvel em: ) Sobre a guerra do Golfo Prsico INCORRETO afirmar:(A) Em julho de 1990, Saddam Hussein acusou o Kuwait pela elevao nos preos de petrleo, vendendo menos do que a cota estabelecida pela Opep. O Kuwait reivindicou indenizaes e territrios Iraquianos. O Iraque negou-se a ceder. Em represlia, tropas Kuwaitianas invadiram o pas.(B) Em janeiro de 1991, os Estados Unidos, agindo em nome das Naes Unidas, comandaram um fulminante ataque areo e de msseis contra o Iraque, na chamada operaoTempestade no Deserto.(C) Em 1993, o Iraque sofreu novos ataques dos Estados Unidos, depois que Saddam Hussein impediu a entrada de inspetores da ONU no pas.(D) Em 1998, o Iraque deixou de colaborar com a comisso da ONU e, em dezembro do mesmo ano, em outra operao militar conhecida comoRaposa doDeserto. Msseis norte-americanos causaram morte e destruio entre a populao iraquiana.2010QUESTO 17A criana quando nascia era examinada pelos ancios. Se fosse fraca ou apresentasse algum defeito fsico era lanada para a morte do alto do monte Taigeto. Caso fosse aprovada no exame ficava com a me at os sete anos, quando era entregue ao Estado para receber uma educao cvica. Aos 17 anos os rapazes passavam por um ritual de iniciao chamado deKriptiapara demonstrar suas habilidades. Espalhavam-se pelos campos munidos de punhais, e teriam que degolar a maior quantidade de escravos possveis. Os aprovados recebiam um lote de terra. Aos trinta anos, o soldado tornava-se cidado e aos 60 tomava parte do Conselho de Ancios. ARRUDA, J. Jobson de A; PILETTI, Nelson.Toda a Histria. So Paulo: tica, 1999, p. 46.A transcrio acima refere-se aos cidados que habitavam:(A) Creta.(B) Roma.(C) Chipre.(D) Babilnia.(E) Esparta.QUESTO 18Finalmente, esse medo social que ardia permanentemente em fogo lento constituiu uma das mais poderosas foras motrizes do controle social que todos os membros da classe superior exerciam sobre si mesmos e sobre outros membros do crculo em que viviam. Expressava-se na intensa vigilncia com que observavam e poliam tudo o que os distinguia das pessoas de categoria mais baixa; no apenas nos sinais externos destatus, mas tambm na fala, nos gestos, nas distraes e maneiras. A presso constantemente exercida a partir de baixo e o medo que induzia em cima foram, em uma palavra, algumas das mais fortes foras propulsoras embora no as nicas do refinamento especificamente civilizado que distinguiu os membros dessa classe superior das outras e, finalmente, para eles se tornou como que uma segunda natureza.ELIAS, Norbet. O processo civilizador: formao do Estado e Civilizao, vol. 2. Trad. Ruy Jungmann. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1993, p.251O texto acima faz referncia s mudanas sociais em curso na passagem do perodo medieval para o moderno, envolvendo a nobreza, a burguesia e o campesinato. Com base nas consideraes do autor CORRETO afirmar que:(A) as guerras e o monoplio foram os nicos elementos que marcaram o domnio das classes superiores em relao s demais.(B) durante o perodo moderno, a ascenso econmica seria quesito nico para garantir a aceitabilidade da burguesia pela nobreza.(C) a civilidade demonstrada nos gestos, na fala, nas maneiras e nas distraes era um indicador das diferenas entre as camadas superiores e as demais.(D) a vigilncia de uma classe sobre as outras se restringia s aes comerciais e de segurana.(E) para a classe superior, no sculo XVI, no havia necessidade de controlar as falas e os gestos de seus membros. O que deveria ser controlado eram as falas e os gestos da burguesia e do campesinato.QUESTO 19O desembarque dos negros dava-se assim que o navio chegava a um dos portos de destino no Nordeste, Norte ou no Rio de Janeiro, reas de grande demanda de escravos nos sculos XVI e XVII. Mais tarde, teriam outros destinos mais ao sul, mais para o interior porm, de incio, ficavam nas zonas litorneas.PINSKY, Jaime.A escravido no Brasil. So Paulo: Contexto, 2006, pp. 41,42Considerando-se as informaes do texto acima, INCORRETO afirmar que:(A) o trfico se desenvolvia por importao direta pelos proprietrios de terras ou por meio de algum que financiava e organizava a importao.(B) o demanda de escravos nas chamadas Minas Gerais no provocou alteraes significativas no trfico, uma vez que apenas deslocou o eixo da presena dessa mo-de-obra e diminuiu a quantidade de navios encarregados do trfico.(C) a venda de escravos ocorria no prprio porto de desembarque, por meio de negociaes diretas ou pela realizao de leiles.(D) a presena de intermedirios os chamados tratantes s se afirmou com o desenvolvimento da atividade aurfera em Minas Gerais.(E) esses comerciantes fariam o papel de ponte, a intermediao entre traficante que chega at o litoral e o futuro proprietrio dos escravos.QUESTO 20A partir de 1835, insatisfaes em diferentes segmentos sociais nas provncias desencadearam as rebelies regenciais. Grande parte das tenses era resultante de desigualdades sociais, crise econmico-financeira e descontentamentos polticos. Sobre as rebelies regenciais INCORRETO afirmar que:(A) no Maranho, a revolta conhecida como Balaiada comeou em 1838, quando o escravo Raimundo Gomes, que prestava servios para um fazendeiro liberal, foi hostilizado por autoridades conservadoras da Vila do Manga; durante a fuga ele atacou a cadeia e evadiu-se para o serto. Incentivados pela ao de Raimundo Gomes, bandos de escravos e sertanejos passaram a atacar fazendas da regio, tomaram a cidade de Caxias, instituram o governo provisrio, que exigiu a extino da escravido.(B) a insatisfao das elites gachas atingiu o auge quando o presidente da provncia, Antonio Rodrigues Braga, nomeado pela Regncia, fixou um imposto sobre as propriedades rurais. Como consequncia, em setembro de 1835, o coronel farroupilha Bento Gonalves e seus homens ocuparam Porto Alegre e depuseram Braga. No ano seguinte, proclamaram a Repblica Rio-Grandense, com sede na cidade de Piratini.(C) em novembro de 1837, na Bahia, tropas do forte de So Pedro e de outras unidades, contando com apoio de oficiais e soldados do exrcito, sob a liderana de Sabino, sublevaram-se contra o despotismo do poder central. Os rebeldes formaram um grupo autnomo, anunciando a separao da Bahia, at que o prncipe D. Pedro II completasse a maioridade.(D) em 1835, africanos e afro-brasileiros de religio muulmana se levantaram em armas na Bahia contra a escravido e contra o predomnio da religio catlica no Brasil. O movimento dos Males acabou sufocado sob violenta represso, sendo condenados a pena de morte 5 lderes negros.(E) No ano de 1835 teve incio a Cabanagem. Rebeldes ocuparam a cidade de Belm, em protesto ao governador Bernardo Lobo de Sousa, em razo de ter prendido, em 1834, lderes oponentes ao seu governo. Lobo de Sousa foi executado. O poder passou para asmos dos Cabanos, grupo formado na maioria por trabalhadores rurais. Felix Antonio Malcher, um dos principais lderes foi deposto por Antonio Vinagre e Eduardo Angelim, que defendiam o rompimento da provncia com o Poder Central.QUESTO 21Os ndios nada ganharam com o amor e as providncias de Sua Majestade, nem com o amor dos ministros do Senhor. (...) A razo que depois de haver feito (...)mitase sofrido nos obrajes, arrendados como escravos, ou que por ficar sumamente desamparados dos Corregedores ou porque seus pais so pobres pelas obrigaes dospueblos(...).Trecho da defesa de Tupac Amaru no Tribunal de Cuzco apud. AQUINO, Rubens Leo de et., al. Histria das Sociedades Americanas. Rio de Janeiro: Ao livro tcnico, 1990, p. 139Sobre o processo de emancipao poltica das colnias hispano-americana CORRETO afirmar que:(A) o movimento de independncia ocorreu em torno de determinados lderes. Do ponto de vista ideolgico, as classes dominantes coloniais convergiam. Isto equivale dizer que tanto os venezuelanos Simon Bolvar, Francisco de Miranda, quanto o argentino Jos de San Martin eram republicanos radicais.(B) um autntico movimento popular e campons verificou-se no Peru liderado por Tupac Amaru, descendente dos antigos chefes incas, considerado precursor dos movimentos de libertao colonial.(C) pode-se considerar o movimento de independncia na Amrica Espanhola como resultado de uma Revoluo Burguesa, pois na maioria das colnias ele assumiu um carter predominantemente burgus e urbano. Apenas em algumas reas na regio (como no Prata) o movimento teve carter aristocrtico e rural.(D) o elemento indgena, que formava o numeroso campesinato, ora lutou ao lado dos insurgentes (como no Mxico), ora apoiou os espanhis (como no Chile). A insurreio das colnias espanholas, de carter anti-metropolitano significou, sobretudo, o fim da explorao dos povos indgenas.(E) em 1780, reunidos ndios e mestios, a ao revolucionria estendeu-se pelas regies do Vice-Reinado do Peru. Entretanto, o movimento viu-se derrotado porque no contou com a participao doscriollos. No ano de 1871, Tupac Amaru foi eleito representante dos indgenas noConselho de Regncias.QUESTO 22As formas de resistncia podem ser elementares e espontneas, como a reao dos dinamarqueses que acabavam de tomar seu chope e iam embora do bar assim que entrava um oficial alemo. Entre os exemplos mais elaborados contam-se a recusa dos religiosos e professores noruegueses de se alistarem, ou as manifestaes espontneas de Praga, em 28 de outubro, data da independncia, pelos estudantes secundrios. Tambm importante foi a constituio, na Polnia, de uma sociedade paralela, subterrnea, que passa a educar os jovens desde que os alemes suprimiram as caractersticas nacionais do pas para poder germaniz-lo.FERRO, Marc. Histria da Segunda Guerra Mundial. So Paulo: tica, 1995, p. 126Com base no texto, considere as afirmaes abaixo:I. A resistncia, forma de luta contra o domnio alemo durante a Segunda Guerra Mundial, ocorreu tanto no cotidiano dos envolvidos quanto nas organizaes civis e militares armadas.II. A resistncia, ao exclusiva da Primeira Guerra Mundial, ocorria tanto no cotidiano dos civis quanto nas aes armadas planejadas.III. Alm da conjugao de foras militares de americanos, ingleses e russos, os focos de resistncia civil foram importantes para o enfraquecimento do exrcito alemo durante a Segunda Guerra Mundial.IV. Os lderes dos pases consideradosaliadoscondenaram as resistncias dos civis dinamarqueses, noruegueses e poloneses, ainda que essas manifestaes fossem consideradas importantes para a derrocada do nazismo.V. A resistncia espontnea entrou para a Histria como uma das mais eficazes formas de luta contra o nazismo.Assinale a alternativa contendo apenas as afirmaes CORRETAS em relao ao texto de Marc Ferro:(A) I, II, III, e IV.(B) I, IV e V.(C) II, III, IV e V(D) I, III e V.(E) I, II e V.QUESTO 23A charge ilustra as manobras polticas utilizadas por Getlio Vargas para se manter no poder. Na frase,Estou garantido pelas duas fortes correntes....h uma clara referncia ligao com as foras armadas e as oligarquias. Vargas usou essas distintas correntes, que o acompanhava desde a revoluo de 1930, para continuar no poder at meados de 1940.Sobre a Repblica Brasileira da era Vargas, leia atentamente as afirmativas abaixo:I. No Brasil de Vargas, a economia de guerra viria afetar profunda e especialmente os operrios industriais. Soldados, afinal somos todos, a servio do Brasil, proclamou Vargas no comcio do 10 de maio de 1942.A estratgia de militarizao psicolgica converteu toda uma classe de trabalhadores em soldados da Ptria.II. Dentre os estudiosos do Estado Novo h quem discuta, entre suas caractersticas bem acentuadas, o carter democrtico e descentralizador, e o cunho empreendedor do Estado no que se refere ao impulso industrializante.III. Os supostos benefcios ofertados pelo Estado criavam a iluso de que, cooperando, os trabalhadores teriam finalmente atendidas as suas antigas aspiraes de bem-estar social. A carteira profissional, instituda em maro de 1932, atravs da lei 21.175, era agora trunfo dos operrios, insistentemente lembrada pelos idelogos do Estado Novo.IV. Em 1937, enquanto o regime preparava nos seus pores o Plano Cohen, a Igreja lanava uma Carta Pastoral aos catlicos do pas, toda ela centrada na luta contra o comunismo, abrindo legitimidade moral para o golpe.Assinale a sequncia CORRETA:(A) F, V, F, F(B) V, F, F, V(C) V, F, V, V(D) V, F, F, F(E) F, V, V, FQUESTO 24Considerando (...) o contexto poltico nacional cuja nfase era o desenvolvimento, tambm estimulado pelo governo do estado de Gois (gesto Mauro Borges), os estudantes e os universitrios do Estado sustentaram a campanha separatista em favor da criao do Estado do Tocantins.(Adaptado de SANTOS, Jocylia Santana.O sonho de uma gerao. O movimento estudantil: Gois e Tocantins. Goinia: Editora da UCG, 2007, pp:.41- 65)A partir do texto, considere as afirmaes abaixo:I. Em 04 de julho de 1960, foi registrado no 2 Cartrio de Registro de Documentos de Goinia o Estatuto de Criao da Casa do Estudante do Norte Goiano(...) que tinha como objetivo inicial criar condies de moradia para estudantes do norte de Gois que migravam para Goinia para cursar os 2 e 3 graus.II. O lema da Cenog,Tudo pela Redeno do Norte Goiano, retratava o ideal daqueles que se reuniam para reivindicar melhorias para a regio norte de Gois.III. O movimento cenoguiano criou diversas seccionais em vrias cidades da regio tocantina, como Pedro Afonso, Porto Nacional, Tocantnia, Miracema, Tocantinpolis e Gurupi. A fora das seccionais era muito grande. Em suas seccionais eram debatidos os problemas da regio e as possveis solues.IV. O aparentemente contraditrio dsticoDividir para Progrediranimava as campanhas da entidade estudantil a favor da emancipao. O movimento seria incrementado na efervescncia dos primrdios de 1964, a partir de manifestaes como comcios de Porto Nacional e Pium, realizados em maro, em que se ressaltava a necessidade do desmembramento do Estado como estratgia para o desenvolvimento da regio.Assinale a alternativa CORRETA:(A) Apenas I e III esto corretas.(B) Apenas II e I esto corretas.(C) Apenas III e IV esto corretas.(D) Apenas IV e II esto corretas.(E) Todas as afirmativas esto corretas2011[...] o domnio da f uno, mas h um triplo estatuto na Ordem. A lei humana impe duas condies: o nobre e o servo no esto submetidos ao mesmo regime. Os guerreiros so protetores das igrejas. Eles defendem os poderosos e os fracos [...]. Os servos por sua vez tm outra condio. Esta raa de infelizes no tem nada sem sofrimento. Quem poderia reconstituir o esforo dos servos, o curso de sua vida e seus numerosos trabalhos? Fornecer a todos alimento e vestimenta: eis a funo do servo. Nenhum homem livre pode viver sem ele. [...] A casa de Deus que parece una portanto tripla: uns rezam,outros combatem e outros trabalham.

LAON, Adalberon de Apud FRANCO JUNIOR, Hilrio. O feudalismo. So Paulo: Brasiliense, 1983, p. 34.Nesse texto, o bispo Adalberon de Laon, por volta do sculo IX, descreve a integrao entre Igreja e poder feudal. Em relao ao poder da Igreja no perodo medieval INCORRETO afirmar que:(A) Com a ruralizao da economia, que se estendeu por toda a Alta Idade Mdia, a Igreja, antes concentrada nas cidades, foi obrigada a se deslocar para o campo, e os bispos e abades se tornaram verdadeiros senhores feudais.(B) O domnio da leitura e da escrita era privilgio quase exclusivo dos bispos, padres, abades e monges. Os membros do clero eram, por isso, as pessoas mais habilitadas para ocupar cargos pblicos, exercendo as funes de notrios, secretrios, chanceleres.(C) A Igreja constituiu seu prprio Estado na pennsula Itlica, quando Pepino, o Breve, doou ao papado o patrimnio de So Pedro, formado por terras tomadas aos lombardos. Desta forma, o pontfice, que passou a exercer funes de verdadeiro monarca, teve seu poder temporal aumentado de forma considervel.(D) Seu raio de ao limitava-se vida espiritual. Ao longo dos sculos, a Igreja no acumulou riquezas e nem terras, contudo, possua vassalos e servos adquiridos graas a doaes feitas pelos fiis que desejavam, por seu intermdio, serem libertados da condenao divina.(E) Para manter a soberania espiritual, a Igreja decretou guerra sem trguas contra os hereges, considerados todos aqueles que interpr