130 anos de Metodismo No segundo domingo de setembro, dia 11, será celebrado culto matutino de ação de graças pelos 130 anos da Catedral e do Colégio Piracicabano. Na oca- sião, o Bispo Paulo Ayres proferirá o sermão de abertura das festividades dessa data tão importante no calendário metodista de Piracicaba. Estarão presentes autoridades do Colégio e da Igreja. A programação contempla também culto de ação de graças, no dia 18 de setembro, quando haverá a recepção de novos membros da Catedral. O Revmo. Bispo Adonias Pereira do Lago, da 5ª. Região Eclesiástica, se fará presente nesse domingo e será o pregador nos cultos matutino e vespertino. CONCÍLIO DA UNIDADE, DA JUSTIÇA, DO PERDÃO E DA PAZ O 19º. Concílio Geral da Igreja Metodista, realizado na Igreja da Asa Sul, em Brasília (DF), nos dias 9 a 17 de julho deste ano, pode ser chamado de “concílio da unidade, da justiça, do perdão e da paz”. Disseram os delegados vetera- nos, que dentre os vários conclaves dessa natureza, já realizados, esse foi, indubitavelmente, um dos mais abençoados. LEIA REPORTAGEM ESPECIAL NAS PAG. 4 E 5. Bispos e Bispa eleitos para o próximo quinquênio. Ano 19 Julho – Agosto / 2011 nº 164
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130 anos de MetodismoNo segundo domingo de setembro, dia 11, será
celebrado culto matutino de ação de graças pelos 130 anos da Catedral e do Colégio Piracicabano. Na oca-sião, o Bispo Paulo Ayres proferirá o sermão de abertura das festividades dessa data tão importante no calendário metodista de Piracicaba. Estarão presentes autoridades do Colégio e da Igreja.
A programação contempla também culto de ação de graças, no dia 18 de setembro, quando haverá a recepção de novos membros da Catedral.
O Revmo. Bispo Adonias Pereira do Lago, da 5ª. Região Eclesiástica, se fará presente nesse domingo e será o pregador nos cultos matutino e vespertino.
CONCÍLIO DA UNIDADE, DA JUSTIÇA, DO PERDÃO E DA PAZO 19º. Concílio Geral da Igreja Metodista, realizado na Igreja da Asa Sul, em Brasília (DF), nos dias 9 a 17 de julho
deste ano, pode ser chamado de “concílio da unidade, da justiça, do perdão e da paz”. Disseram os delegados vetera-nos, que dentre os vários conclaves dessa natureza, já realizados, esse foi, indubitavelmente, um dos mais abençoados. leia reportagem especial nas pag. 4 e 5.
Bispos e Bispa eleitos para o próximo quinquênio.
Ano 19 Julho – Agosto / 2011 nº 164
Presidente:Vera Baggio Alvim
Vices:Inayá T. Veiga Ometto
Priscila Barroso SegabinazziSecretária de ata:
Clóris AlessiSec. Correpondentes:
Wilma Baggio Câmara da SilvaTesoureira:
Sílvia Novaes RolimAgente da Voz Missionária:
Cinira Cirillo Cesar
ExpedienteGAIVOTA é o órgão oficial da Sociedade de Mulheres da Catedral Metodista de Piracicaba.
Redatora:Vera Baggio AlvimCorpo Editorial:Clóris AlessiDarlene Barbosa SchützerInayá OmettoWilma Baggio Câmara da SilvaSecretária:Wilma Baggio Câmara da [email protected]ção e Impressão:Printfit Soluções - www.printfit.com.brDiagramação: Genival CardosoFotos:Rev. Paulo Dias NogueiraDistribuição:Sílvia Novaes RolimJornalista Responsável:Gustavo Jacques Dias Alvim - MTb 19.492/SP
Diretoria da SMM
Silvia, Vera, Inayá, Clóris, Wilma e Darlene Barbosa Schützer
Corpo Editorial
Wilma, Silvia, Zenaide, Inayá, Maria José, Mirce, Clóris, Cinira e Vera
Almoço de confraternização: alegria e banquete
Para comemorar o encerramento do mês da família, o Minis-tério da Ação Docente e o Ministério da Escola Dominical promo-veram, no domingo dia 29 de maio, concorrido almoço.
Cada família trouxe um prato, no estilo já tradicional, conheci-do por “almoço da travessinha”, que resultou numa mesa com enor-me variedade das mais variadas iguarias. Parecia um banquete! Como sobremesa, pudim, manjar branco, pavê e o saboroso cafezinho. O almoço transcorreu em clima de confraternização e alegria.
Num segundo momento, para arrumar a cozinha e o salão, houve mobilização geral de todos e participação alegre, em meio a muita conversa e descontração.
Foram momentos deliciosos, com o gosto de “quero mais”, que culminaram com manifestação dos presentes, todos pedindo a realização de outros eventos desse tipo em breve.
“Oh! Quão bom e agradável é que os irmãos vivam em união.” Sl. 133:1
Inayá Ometto
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“O teu Deus onde está?”“As minhas lágrimas têm sido o meu alimento dia e noite,
enquanto me dizem continuamente: o teu Deus onde está?”(Salmos 42.3)
No seu momento de dor, angústia, sofrimento, o salmista coloca seu anseio pela presença de Deus. Ele afirma que sua alma está angustiada e as suas lágrimas têm sido seu alimento. Diante das lutas, perdas, sofri-mentos e tempestades da vida, temos um alimento es-pecial: nossas lágrimas.
Existem momentos que são impossíveis serem vividos sem lágrimas. Tanto na alegria como na di-versidade. Assim, as lágrimas tem um valor terapêu-tico, propor-cionam alívio e libertação e pode até mes-mo gerar cura. Sabemos que as pessoas que não conseguem cho-rar sofrem muito mais e ficam amargu-radas porque as lágrimas têm um papel libertador. Porém, quando as lágrimas se tornam o alimento, elas enfraquecem, drenam as energias e deixam um gosto amargo na boca, e, por este motivo, entendo muito bem quando o salmista afirma que suas lágrimas têm sido seu ali-mento.
Pergunto, além da perda, doença, sofrimentos, provações e privações, em que ocasiões as minhas lágri-mas têm sido o meu alimento?
1. Ao ver o preconceito, o desamor, a indiferença imperando nas pessoas;
2. Ao ver os interesses pessoais e preconceitos se sobrepondo à solidariedade e convivência;
3. Ao perceber a intolerância e olhares desconfia-dos na direção daqueles que pensam diferente;
4. Ao ver a traição e o orgulho dominando ao in-vés da verdade e humildade;
5. Ao sentir o abandono no meio da dor e sofri-mentos da vida.
Lembro-me de Jó que ficou sozinho à entrada da cidade, em meio às suas perdas, sofrimento e
dor. Não é exatamente o que aconte-ce conosco? Ficamos sozinhos na
estrada da vida em meio às nossas angústias. Tenta-
mos engolir as lágrimas e uma dor lancinante preenche o nosso pei-to; então, pergunto, como salmista: Até quando, Senhor?
Neste mo-mento de dor e abandono, ouço a
voz do Senhor dizen-do para que eu tenha
bom ânimo. Recordo-me do apóstolo João, num
momento de solidão, dor e lágrimas, marcado pelo exílio na
ilha de Patmos, quando ouve a voz do Senhor, dizendo que haverá um dia em que
“Deus enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá” (Ap. 21.5) – enquanto este dia não chega, Deus me dá força, consolo, segura-me pela mão e leva-me para um lugar de descanso.
Portanto, minhas lágrimas podem ser meu alimento hoje, mas eu posso afirmar como o salmista: “Por que es-tás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a Ele meu auxílio e Deus meu” (Salmo 42.5). Quando Deus está co-nosco, podemos até chorar, mas a alegria vem pela manhã, com a renovação da presença e das misericórdias do Senhor.
Pastora Amélia Tavares é redatora da Voz Missionária
GAIVOTA • Julho/Agosto • 2011 3
CONCÍLIO DA UNIDADE, DA JUSTIÇA, DO PERDÃO E DA PAZ
O 19º. Concílio Geral da Igreja Metodista, rea-lizado na Igreja da Asa Sul, em Brasília (DF), nos dias 9 a 17 de julho deste ano, pode ser
chamado de “concílio da unidade, da justiça, do perdão e da paz”. Disseram os delegados veteranos, que dentre os vá-rios conclaves dessa natureza, já realizados, esse foi, indubi-tavelmente, um dos mais abençoados. Alegre, participativo, fraterno, a presença do Espírito Santo foi sentida durante todo o tempo. Os conciliares cantaram com entusiasmo, oraram com fervor, buscaram o entendimento e o consenso. Não se percebeu o sentimento de perda ou ganho, mas teve-se a preocupação de priorizar a missão da Igreja, que nas pa-lavras do Bispo Raul Garcia, da Igreja Metodista do México, pregador convidado, é “la visión de Diós”.
Havia uma grande expectativa e certa apreensão quanto ao andamento do Concílio, por causa dos assuntos que es-tavam na agenda, Felizmente, as plenárias foram realizadas, surpreendentemente, em clima de muito respeito e entendi-mento. Os semblantes sorridentes, os abraços em profusão, os hinos cantados ardorosamente, as inúmeras aprovações praticamente unânimes, os aplausos espontâneos, as expres-sões de gratidão, os pedidos de perdão e as orações constan-tes comprovam o sentimento de satisfação dos delegados.
O culto de abertura, realizado no dia 9, às 17 horas, no templo, foi iniciado com o Hino Nacional. O sermão, sobre o novo nascimento (João 3:1 a 12), bastante inspira-dor, foi pregado pelo bispo João Carlos Lopes, presidente do Colégio Episcopal. Estava presente o excelente coral mascu-lino da Igreja da Asa Sul. Logo após, foi aberta a primeira plenária para a organização do Concílio. Estavam presentes os oito bispos ativos e 160 delegados, cuja maior parte por-tava o seu notebook, sem dúvida, uma novidade em tempo de avanços tecnológicos.
No transcorrer do conclave, nos cultos e devocionais matutinos, as mensagens foram entregues pelo bispo Isaías Garcia, bispo Adriel de Souza Maia, bispa Marisa de Freitas Ferreira e pastora Joana D’Arc Meireles.
O templo (cujas instalações são grandes e muito boas, ar condicionado e excelente som) fica em amplo terreno. Diante dele há um gramado (onde se pratica o futebol), no qual foi armada uma tenda para permitir que os cultos e ses-sões plenárias fossem assistidos por meio de um telão, pois o templo não comportava todos conciliares e mais os visitan-tes. Diga-se, de passagem, a organização do Concílio esteve impecável.
Aposentadoria - O bispo Adriel de Souza Maia, bispo da 3ª. Região Eclesiástica (presidiu também a 4ª RE e a RE-MNE), depois de 30 anos ou seis mandatos no episcopado, anunciou sua intenção de se aposentar, no término do seu mandato, no final do ano corrente. O plenário do Concílio concedeu-lhe o título de bispo emérito, a ser outorgado pela Ordem do Mérito Metodista.
Homenagem a Aldo Fagundes - Num dos cultos no-turnos, o Dr. Aldo Fagundes, consagrado metodista, mem-bro da Igreja da Asa Sul, ex-deputado federal, ex-presidente do Superior Tribunal Militar, recebeu significativa homena-gem da Sociedade Bíblica Brasileira, pelo fato de ter sido iniciativa dele, durante o seu mandato como presidente des-sa entidade, a montagem de uma gráfica para produção de Bíblias, que, neste ano, atingiu a expressiva tiragem de 100 milhões de exemplares.
Secretaria do Concílio – O pastor Paulo Dias Noguei-ra, além de suplente de delegado clérigo da 5ªRE, ocupou a secretaria do Concílio Geral, registrando em ata, com zelo e competência, tudo o que aconteceu naqueles dias.
Delegados – Foram três os delegados de igrejas de Pi-racicaba: Achile Alesina Jr., Davi Ferreira Barros e Gustavo Jacques Dias Alvim. Este último foi eleito presidente da Co-missão de Legislação.
Comemoração dos 40 anos do ministério feminino na Igreja Metodista – A data foi lembrada em culto especial, rememorando-se a história dessa conquista. O programa,
Bispos e Bispa eleitos(a) para os próximos cinco anos.
40 anos de Ministério Feminino.
4 GAIVOTA • Julho/Agosto • 2011
CONCÍLIO DA UNIDADE, DA JUSTIÇA, DO PERDÃO E DA PAZelaborado e conduzido por pastoras, teve a participação da primeira e única bispa da Igreja Metodista no Brasil, Marisa de Freitas Ferreira, como pregadora.
Eleição dos bispos – Eram 906 presbíteros em con-dições de serem eleitos. Momento tenso e sempre esperado, no dia 12, foram reeleitos cinco dos oito bispos em primeiro escrutínio (isso porque o bispo Adriel de Souza Maia pedira sua aposentadoria), a saber: Paulo Tarso de Oliveira Lock-mann, João Carlos Lopes, Adonias Pereira do Lago, Marisa de Freitas Ferreira e Roberto Alves de Souza. Luiz Vergílio Batista da Rosa foi reeleito no segundo escrutínio e Adolfo Evaristo de Souza só conseguiu o mesmo no quarto escrutí-nio. Nos três escrutínios seguintes, ninguém atingiu a maio-ria absoluta, não havendo, portanto, eleição, o que só veio a ocorrer na oitava votação. Para a última vaga, foi eleito o presbítero José Carlos Peres (pastor da Igreja em Tucuruvi, em São Paulo). A plenária para as eleições, que começou às 9 horas, só foi encerrada no final da tarde, sem interrupção para refeição, durando cerca de sete horas e meia. Quando alguém conseguia o número mínimo de votos exigidos, para-lisava-se a sessão para fotos, abraços, choros, risos e cânticos.
Nova Mesa do Colégio Episcopal e designação dos bispos – A Mesa ficou assim constituída: presidente – Ado-nias Pereira do Lago (5ª RE); vice-presidente – João Car-los Lopes (6ª RE); secretária – Marisa de Freitas Ferreira (RMNE). Os demais receberam as seguintes designações: Luiz Vergílio Batista da Rosa (2ªRE); Paulo Tarso de Oliveira Lockmann (1ªRE); José Carlos Peres (3ªRE); Roberto Alves de Souza (4ªRE) e Adolfo Evaristo de Souza (REMA).
Plano Nacional Missionário – Para atender o que esta-belecem os Cânones da Igreja Metodista, a Cogeam apresen-tou um desafiador Plano Nacional Missionário. Com pontos polêmicos, foi bastante debatido. Antes de ser votado, as delegações foram ouvidas sob suas lideranças, acertos foram feitos, prazos ajustados e acabou sendo, finalmente, aprova-do por unanimidade. A aprovação deste Plano inovador foi
o ponto alto e mais importante do Concílio e considerado por muitos um marco na vida da Igreja, crendo que ele pro-piciará todas as condições para o seu almejado crescimento.
Propostas – Havia mais de 110 propostas para serem apreciadas. Destacarei apenas algumas, consideradas mais importantes para a vida da Igreja: novos critérios para esta-belecer o número de delegados aos Concílios Geral e Regio-nais; novas regras para eleição de bispos, envolvendo instân-cias inferiores da Igreja; novo modelo de gestão para a Área Geral; ênfase no discipulado e na Escola Dominical; medidas para propiciar nova divisão territorial da Igreja, dentre mui-tas outras.
Autorização para emancipação – A festa foi grande, ao som da boa música nordestina, quando o plenário apro-vou, por unanimidade, a proposta de autonomia da REM-NE - Região Missionária do Nordeste. Será um processo de 10 anos, mas já a partir do próximo Concílio Geral, em 2016, a REMNE se propõe a desonerar a área nacional em 100% no tocante ao seu custeio.
Relatórios – Foram lidos os do Colégio Episcopal (este documento informou que há aproximadamente mil igrejas metodistas, com cerca de 214.000 membros); Coordenação Geral de Ação Missionária (Cogeam), Tesouraria (relato cla-ro e didático) e Comissão Geral de Constituição e Justiça (destacando-se a interpretação de que pastor inativo pode ser votado para cargos nos concílios distritais e regionais), todos aprovados por unanimidade.
Internet - Com os modernos meios de comunicação, as notícias logo chegavam a todo o país, pelo site da Área Geral, sendo que grande parte do Concílio foi transmitida ao vivo. Se você quiser saber mais, acesse o site: www.me-todista.org.br
RepoRtagem especial de Gustavo Jacques Dias Alvim
Livingstone dos Santos, Gustavo Alvim, Luiz Roberto Saparolli,Mara Aparecida de Freitas, Débora Blunk Silveira e Renato de Oliveira
Bispo Adonias Pereira do Lago será o novo presidente do Colégio Episcopal.
GAIVOTA • Julho/Agosto • 2011 5
Pais: aprendendo aspectos para cultivarem e outros para se precaverem
Rev. Luiz Carlos Ramos
Na Bíblia, como na vida real, encontra-mos vários tipos de pais. Alguns nos deixam enternecidos, outros, enfureci-dos. Há os que são amorosos, respon-sáveis, honestos, íntegros, dignos... E
há os cruéis, inconsequentes, desprezíveis...Por ocasião do Dia dos Pais, dediquemo-nos a refletir
sobre alguns exemplos, escolhidos de entre as páginas sagra-das, procurando aprender que aspectos da paternidade pode-mos cultivar, e de quais devemos nos precaver.
Provavelmente, um dos primeiros exemplos que nos vem à mente, é aquele que ficou conhecido como o pai da fé, Abrão ou Abraão. Pai que deveria ser bênção para todas as famílias da terra, não sabia muito bem como sê-lo na sua própria casa. Tentou, a princípio, dar uma mãozinha para a fé, pegar um atalho. Tratou de começar sua descendência tendo um filho com a escrava Hagar. Este se chamou Ismael (Deus ouviu), e após uma intriga envolvendo ciúme, revan-che e vingança, Abraão acabou por abandoná-lo para morrer no deserto. Que angústias não sofreu esse senhor? Que dores piores que as de parto não terá sentido até que aprendesse a lançar-se, com fé, nas promessas de Deus, e gerar um filho que receberia o nome de Sorriso (Isaque)! É de fato admirá-vel que esse beduíno da terra de Ur tenha sido condecorado pela posteridade com o título de Pai da Fé...
Sem sombra de dúvida, o pai mais tolo e estúpido de todas as Escrituras é um tal Jefté. Esse se meteu numas brigas (por aí só já dá pra ter noção da figura). No meio de uma luta, fez um acordo patético com Javé: “Se, com efeito, me entregares os filhos de Amom nas minhas mãos, quem pri-meiro da porta da minha casa me sair ao encontro, voltando eu vitorioso dos filhos de Amom, esse será do SENHOR, e eu o oferecerei em holocausto” (Jz 11.30-31). O dito cujo conseguiu vencer os tais amonitas. Dá pra adivinhar o que aconteceu? “Vindo, pois, Jefté a Mispa, a sua casa, saiu-lhe a filha ao seu encontro, com adufes e com danças; e era ela filha única; não tinha ele outro filho nem filha” (v. 34). Desgraça completa... filha única sacrificada. Sempre me perguntei: Por que a Bíblia preservou tamanho disparate... e concluo que o fez pra que nunca, jamais, pai algum torne a cometer tama-nha insanidade.
Outro importante pai da Bíblia ficou conhecido como sendo o homem segundo o coração de Deus (cf. At 13.22). Davi, esse era o seu nome, gerou um filho, fruto de adul-tério seguido de assassinato do marido da amante. Quis o destino que essa criança adoecesse irremediavelmente ainda
pequenina. O amor do pai Davi pelo filho, não obstante, era tamanho, que ele chorou, jejuou, e se penitenciou dolo-rida e desconsoldada-mente. Uma vez in-formado da morte do filho, Davi nunca mais seria o mesmo.
Nos evangelhos, um pai especial é o de Jesus. José não era pai de Jesus em sentido es-trito. Sua noiva engravi-dara, antes do casamen-to. Muitos, no seu caso, teriam abandonado mulher e filho. José, no entanto, preferiu enfrentar as más línguas e os preconceitos sociais. Casou-se com Maria, adotou o menino, ensinou-lhe sua profissão. Jesus, o nosso Senhor e Salvador, teve a graça de ter um pai adotivo que o acolheu, educou e amou.
Além de pais reais, de carne e osso, há também figuras paternas imaginárias que se imortalizaram no Novo Testa-mento. Nenhum deles se compara ao pai do filho pródigo. Livros e livros se escreveram sobre ele. Amoroso, gracioso, tolerante, amigo, acolhedor, perdoador, sempre de olho na estrada, esperando a volta do filho perdido; sempre disposto a deixar a festa de lado para consolar e aconselhar o outro irmão tão rancoroso. Dizem que esse é o pai mais parecido com mãe de toda a literatura universal.
Há também um pai tétrico, funesto, lutífero, astroso, assombroso, aterrador, sinistro... Este ficou conhecido como o Pai da Mentira. E ao que se pode ver, ele tem muitos filhos esparramados pela face da aterra. Está lá no evangelho de João (8.44): “Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, por-que é mentiroso e pai da mentira.” Todo aquele, toda aquela, em quem não há verdade, torna-se filho do diabo, o mais cruel dos pais.
Felizmente, a Bíblia nos apresenta outro Pai, este, sim, perfeitíssimo. Quem melhor no-lo apresenta é Jesus, na oração que até hoje chamamos de “Pai Nosso”. A oração
6 GAIVOTA • Julho/Agosto • 2011
Pais: aprendendo aspectos para cultivarem e outros para se precaverem
Rev. Luiz Carlos Ramos
começa com a expressão “Pai nosso que estás nos céus”. O fato de Jesus se dirigir a Deus como Pai já é de certa forma bastante revolucionária – ao menos pela ousa-dia em empregar esse termo de intimidade para um Deus que ami-úde provocava temor e assombro.
Chamar Deus de Pai, mesmo em nossos dias, é temerário, por-que pode ser que nos ve-nha à mente a imagem do nosso pai terreno, com as suas falhas, com
os seus defeitos, com suas limitações. Talvez por essa razão Jesus agregue outras duas informações complementares a essa designação: esse Pai é nosso, e está nos céus. É um pai pleno de ternura. Trata-se de um pai diferente dos demais: muito parecido com o da parábola do Filho Pródigo, que é, a rigor, mais mãe do que pai.
E esse pai é nosso. Tanto Karl Barth quanto João Wes-ley afirmam que o pronome, nosso, é determinante: que essa oração só pode ser pronunciada se nela houver um Pai e se houver um Nosso. O nosso aparece muitas vezes na Oração do Senhor – Wesley tem a paciência de contar, e nos informa que o referencial nós ou nos aparece sete vezes em apenas três versículos. A oração é, portanto, enfaticamente comunitária. Uma oração que pensa a coletividade. O Pai não é somente meu, mas é nosso. Portanto, não chego diante de Deus so-mente com os meus próprios sentimentos, somente com a minha fé individual e privada, mas oro conjuntamente com toda a comunidade de fé. Segundo Karl Barth, toda huma-nidade está presente na Oração do Pai Nosso. Ainda que os ateus (órfãos?), ou que se dizem ateus, suponham viver sem Deus, na concepção cristã não é possível haver um Deus sem o ser humano. Portanto, até mesmo aqueles que não crêem, aqueles que não têm Deus, estão representados na Oração do Pai Nosso.
O Dia dos Pais, como dito no início desta reflexão, é ocasião privilegiada para refletirmos sobre a paternidade se-gundo o ideal de Deus.
Nós, pais, podemos, ainda hoje, ser pais de fé, e ge-rar filhos-sorriso; podemos ser pais pacíficos e pacificadores, que dançam e brincam com suas filhas, em lugar de per-dermos tempo com guerras insanas e brigas tolas; podemos ser pais segundo o coração de Deus, amadurecendo sempre, não obstante os revezes da vida; podemos ser pais que, em plena cumplicidade com a mulher que amamos, adotem até as crianças geradas nas condições mais suspeitas e inusitadas; podemos ser maternos pais amorosos, prontos a receber de volta o filho perdido, prontos a aconselhar e a consolar o filho abatido; podemos ser pais da verdade, gerando filhos e filhas que amam a verdade, que praticam a verdade, que promovem a verdade...
Enfim, podemos almejar o ideal do Pai perfeitíssimo, aquEle que compensa toda a limitação dos pais terrenos, aquEle que está nos céus, que é Pai de todos, e que é também o Pai dos pais.
Oremos:Senhor,
rendemos-te graças pela vida dos nossos pais,porque nos possibilitaram nascer para a vida na terra;
rendemos-te graças também pela vida dos nossos pais na fé,porque nos possibilitaram nascer para a vida eterna.
Neste Dia dos Pais,abençoa aos que estão próximos,dá forças aos que estão distantes,
e conforta aquele cujo pai está ausente.Abençoa igualmente a nós, filhos e filhas, para
que nossos gestos honrem a sua memória,que nossos passos sigam-lhe o exemplo,
que nossas palavras transmitam a sua sabedoria.E se porventura esse amor paterno nos faltar,
dá-nos a consciência de que temos um Pai celestial,que nos ama, que nos ajuda, que nos compreende.
E tu, que és Pai onipotente, onipresente e onisciente,compenses as limitações dos pais terrenos
e complete o seu amor.Bendito sejas,Pai bondoso,
Pai dos pobres,Pai de todos,
Pai nosso que estás nos céus…
GAIVOTA • Julho/Agosto • 2011 7
CAMPANHA DOS TALENTOS FOI EXCEPCIONALO encerramento da Campa-
nha dos Talentos se deu no dia 25 de junho, numa tarde deliciosa de inverno, inserida na reunião mensal dedicada, naquele sába-do, à entrega do resultado dos trabalhos realizados pelas mu-lheres da SMM. Inicialmente, o Grupo Musical da SMM entoou duas músicas, seguida da leitura do Salmo 46, intitulado “Deus é o nosso refúgio e fortaleza”.
Com a palavra da Inayá, iniciou-se a série de testemunhos relaciona-dos com os trabalhos desenvolvidos durante a campanha, começando pelo animado grupo liderado pela Zenaide P. Rebeque e sua equipe de cozinha, que exercitaram seus dons, oferecendo por três meses, nas reuniões de oração, às terças-feiras, pães, roscas, bolos e doces variados, muito disputados pelas freqüentadoras. A arrecadação bastante expressiva se somam às outras ofertas, que redundarão em
benefício dos trabalhos sociais da SMM e da Igreja. Outros testemunhos ouvidos foram os das irmãs Ione Zitto, artista dos crochês, Ana Teresa Fernandes e Jandyra Minussi, cujos produtos foram comprados pelas de-mais mulheres presentes. Praticamente nada sobrou. Aliás, comprar também é talento.
Uma oração lida por Inayá Ometto, de autoria da talentosa sócia Ivone Ta-vernard, encantou a todos. Concluindo o programa, Ana Teresa Fernandes en-cerrou a sua fala, que teve inicio há três meses sobre “A importância das mãos”. E, finalmente, cantando a canção “Que
dirás ao Senhor do teu talento”, as mulheres fizeram a entrega do que haviam conseguido com seus talen-tos, colocando num envelope a quantia arrecadada. A reunião foi encerrada com a bênção do Rev. Paulo Dias Nogueira, seguido da comemoração dos aniver-sariantes dos meses de maio e junho.
Clóris Alessi
Inayá dirigindo a reunião.
Entregando os talentos. Ana Tereza continua a reunião. Pastor Paulo agradecendo os talentos.
Equipe da cozinha. Aniversariantes dos meses de maio e junho.
8 GAIVOTA • Julho/Agosto • 2011
NO CULTO “O MOMENTO DA FAMÍLIA”
O Ministério da Liturgia, no culto ves-pertino dedicado especialmente à família, realizado no dia 29 de maio, inseriu, pela pri-meira vez, o quadro “Momento da Família”. Foram momentos muito ricos e abençoados. Nessa ocasião, homenageou-se, com muita alegria, a família Beissmann, cujos avós, Ivo-nete e Adolfo, são membros antigos e par-ticipantes em todas as atividades da Igreja e muito queridos por todos. Essa foi a família convidada para iniciar essa novidade durante o culto, e programado para aparecer uma vez por mês nos cultos vespertinos.
A família estava completa no altar, com a presença dos três filhos, nora e genros, e netos. Foi uma presença alegre e abençoada. Uma das netas, Júlia, contou, com muito desembaraço, a história dos avós. Apresentou, em seguida, todos os personagens dessa linda história.
O Rev. Paulo Dias Nogueira teve a oportunidade de di-rigir-se aos Beissmann e cumprimentá-los pela presença e o
testemunho de uma família unida pelo amor de Deus. Entregou o certificado de parti-cipação no quadro “Momento da Família”. No envelope entregue à Família estavam o certificado, o programa de culto e o texto so-bre a história dos Beissmann.
O pastor Paulo fez também inspirada reflexão, baseada no Salmo 127:1, e condu-ziu toda a homenagem bela e edificante à família.
Belíssimo texto, retratando o cuidado e a responsabilidade de toda a família em ge-ral, foi lido pelo casal Vera e Gustavo Alvim.
O Coral esteve presente e entoou ins-inspiradores hinos, sob a regência de Sonia Carmela
Falci Dechen. Foi um culto muito alegre e contagiante.Outras famílias também terão a oportunidade de serem
homenageadas com momentos dessa natureza.
Ester Siqueira Bezerra e Clóris Alessi
Júlia contando a história da família
Família Beissmann
Família no altar. Casal Beissmann recebendo o diploma.
GAIVOTA • Julho/Agosto • 2011 9
LAR BETEL: MOLETONS PARA TODOSVisitamos na quinta-feira, dia 9 de junho, o Lar Betel.
Dia chuvoso e muito frio.E para nossa surpresa e satisfação, foi uma tarde muito
alegre e abençoada.O salão ficou cheio dos nossos queridos velhinhos..O Pastor Paulo Dias Nogueira conduziu a reunião com
muito amor e carinho, envolvendo a todos presentes com cânticos contagiantes. Impressionante como cantavam e participavam. Destacou e enfatizou para todos a presença de Jesus em nossas vidas, que nos ajuda e está conosco nos momentos mais tristes e salientou a figura de Paulo, que so-freu muito mas que recebeu a graça de Deus, que o ajudou, e também ajuda a todos nós. Conduziu também a leitura do salmo 23, do Senhor como pastor, levando todos a partici-
parem da leitura, repetindo os versos de confiança em Deus. Continuando, falou do carinho e amor que as pessoas tem pelo Lar Betel e, em especial da Sociedade de Mulheres da Igreja Metodista Central. Falou do presente que cada um ia ganhar e vestiu um dos moletons como modelo. Orou pedindo as bênçãos de Deus sobre o Lar Betel e todos os acolhidos.
Após, o grupo de mulheres presentes, passou a entregar os moletons, que eram personalizados, para cada um deles. A participação e alegria de todos deixou-nos encantadas.
Sentimos que vale a pena ajudar o próximo e engrande-cer o nome do Senhor!
Ester Siqueira Bezerra
A alegria de ganhar os moletons
Alguns presentes. Pastor Paulo vestindo o moletom.
Entregando moletom personalizado. Agradecendo os moletons.
10 GAIVOTA • Julho/Agosto • 2011
Umas e OutrasInayá Ometto
A Amanda, filhinha do casal Alexandre e Fabíola, nas-ceu para enfeitar o jardim de netos dos irmãos Bilac e Noemi, que já contava com seis cravos (homens) e uma rosa (mu-lher); agora são duas rosas. Eufórica, Noemi testemunhou a alegria de poder ver sua descendência prosperar. Que Deus cubra de bênçãos a Amanda, os pais, os avós e os bisavós.
Chegou, também, a Cecília, com 3.495 k e 48 cm, filha de Murilo e Amanda, e netinha da sócia Rosa Capucim e seu marido João Alfredo. É uma linda menina que trouxe muita ale-gria para todos os familiares. Que Deus os abençoe ricamente.
A Classe dos Juvenis, juntamente com seus professores (a Zezé e o Ilkias), participou ativamente do culto matutino do do-mingo 19 de junho. Com cartazes muito interessantes e atrativos contaram o aprendizado realizado em classe. Parabéns a todos.
O 4º Encontro Nacional de Mulheres à Distância será no dia 22 de agosto. O tema será “Mulheres Metodis-tas nos Caminhos da Missão”. Os preletores serão: Bispa Mariza Coutinho de Freitas, Rev. Nicanor Lopes e Re-vda. Rosângela Soares de Oliveira – pastora missionária na América Latina. Os encontros têm sido uma bênção. Guarde a data. Venha desfrutar desse privilégio.
Na 5ª feira, dia 30 de junho, a sócia Rinalva Cassiano Silva lançou o livro “.Gestão do Ensi-no Superior” - Temas Atuais” de sua autoria, na Livraria Nobel, no Shopping Piracicaba. A SMM es-teve representada levando o abra-ço amigo e parabenizando a auto-ra por mais este significativo feito.
A Capanha dos Talentos, mais uma vez, chega ao seu final coroada de êxitos. Parabéns a todas sócias pelo empenho. Destacamos a Zenaide e sua equipe da cozinha, pela dedica-ção no preparo de tantas delícias, ao longo de três meses. Que Deus conceda, a todas, porção dobrada da sua graça.
Grupo musical que se apresentou na Campanha dos Talentos.
O projeto missionário “Uma Semana pra Jesus” será realizado na cidade de Eldorado no estado de Mato Grosso do Sul. Os membros voluntários das Igrejas Metodistas, tem a missão de implantar naque-la cidade uma comunidade que possa crescer e dar muitos frutos. Consigo levam disposição e fé para o trabalho, que deverá começar no dia 15 e terminar em 23 de julho. Todo material doado pelas Igrejas será comercializado a preços que os moradores pos-sam pagar. Oremos, também, por essa Missão.
GAIVOTA • Julho/Agosto • 2011 11
Encontrando DeusO dia da ascensão
de Jesus, que neste ano se co-
memorou em 2 de junho, é feriado na Alemanha, e muitas igrejas fazem cultos ao ar livre, como inspira-ção para esse episódio tão interessante.
O nosso guia lei-go Dietmar (é, aqui tem guia-leigo) é piloto de avião aposentado e membro do Clube de Proteção da Natureza na cidadezinha onde mora. Então o culto foi marcado para a sede do clube, no meio da floresta, onde muitas cegonhas estão voltan-do a fazer ninhos.
Quando chegamos, os bancos já estavam arru-mados debaixo das árvores, e o pastor terminava de preparar a mesa à frente: uma toalha com estampa delicada, uma Bíblia grande, um arranjo simples feito com as flores do mato, e um vaso de vidro, grande, cheio de água.
Depois do prelúdio, com violão e flauta, lemos vários textos bíblicos, cantamos hinos alegres e o pastor fez uma reflexão bem apropriada para as muitas crian-ças presentes: quando Jesus vivia na terra, as pessoas podiam através dEle falar com Deus. Mas agora, como podemos saber onde Deus está? Será que Ele ficou no templo, em nossa cidade?
O pastor tirou de sua bolsa um vaso pequeno e uma mangueirinha, e pediu pra uma menina ajudá-lo a levar água do vaso grande para o pequeno, mergulhan-do uma ponta da mangueirinha na água e sugando um pouco a outra ponta. E muitos então comentaram, lem-brando a figura da videira e dos frutos, diversas formas de estar em comunhão com Deus.
Novamente o pastor buscou sua bolsa e tirou de lá um jornal, lembrando-nos dos fatos da semana e perguntou de novo: como saber o que Deus quer de nós se Jesus subiu aos céus e já não podemos interrogá-lo diretamente? Novamente vários irmãos sugeriram pos-sibilidades.
Encerramos aquele momento cantando, mas o culto de verdade não acabou: o convite era para uma ca-minhada pela floresta, para observar ninhos de cegonha e outros pássaros, com a aju-da do potente telescópio do Dietmar.
Foram duas horas de caminhada, muitos filhotes
de cegonha foram vistos, também ouvimos um cuco cantando, vimos vários outros pássaros e animaizinhos. E conversamos muito enquanto caminhávamos. Ainda havia gente na igreja que eu não conhecia, outros a quem faltava contar muita coisa...
Não, ninguém citou diretamente o quadrilátero de Wesley, mas eu não pude deixar de pensar nessa, que é uma das lições mais preciosas do metodismo.
Deus se revela na Bíblia, sim, mas também atra-vés da experiência (cultivo da espiritualidade), da tradi-ção (história da igreja e vivência da comunidade de fé), da criação (expressão da vontade de Deus) e da razão (conhecimento teológico e de outras ciências).
Jesus subiu aos céus. Deus permanece aqui, en-tre nós, em nós, através de nós, à nossa frente.