1 GABARITOS! AULAS DE RECUPERAÇÃO CONTÍNUA PARALELA DE LÍNGUA PORTUGUESA 3º PERÍODO – 2011 05.09 a 25.11 6º ANO SETEMBRO SEMANA PROGRAMAÇÃO 5 a 9 AULA 1: ENTENDIMENTO DE TEXTO ―MUITOS, MUITOS ANOS ATRÁS‖ 12 a 16 AULA 2: PRODUÇÃO DE TEXTO 19 a 23 AULA 3: GRAMÁTICA SUBSTANTIVOS 26 a 30 AULA 4: PRODUÇÃO DE TEXTO ARTIGO DE OPINIÃO OUTUBRO SEMANA PROGRAMAÇÃO 3 a 7 AULA 5: ENTENDIMENTO DE TEXTO ―A ÁRVORE QUE FUGIU DO QUINTAL‖ 17 a 21 AULA 6: PRODUÇÃO DE TEXTO 24 a 28 AULA 7: GRAMÁTICA ARTIGO 31/10 a 4/11 AULA 8: ENTENDIMENTO DE TEXTO ―MEUS TEMPOS DE CRIANÇA‖ NOVEMBRO SEMANA PROGRAMAÇÃO 7 a 11 AULA 9: GRAMÁTICA NUMERAL 16 a 18 AULA 10: ENTENDIMENTO DE TEXTO ―O VERDE‖ 21 a 25 AULA 11: PRODUÇÃO DE TEXTO COLÉGIO VISCONDE DE PORTO SEGURO Unidade Valinhos COMPONENTE CURRICULAR LÍNGUA PORTUGUESA RECUPERAÇÃO CONTÍNUA
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GABARITOS! AULAS DE RECUPERAÇÃO CONTÍNUA PARALELA DE LÍNGUA PORTUGUESA
3º PERÍODO – 2011 05.09 a 25.11
6º ANO
SETEMBRO
SEMANA PROGRAMAÇÃO
5 a 9 AULA 1: ENTENDIMENTO DE TEXTO
―MUITOS, MUITOS ANOS ATRÁS‖
12 a 16 AULA 2: PRODUÇÃO DE TEXTO
19 a 23 AULA 3: GRAMÁTICA
SUBSTANTIVOS
26 a 30 AULA 4: PRODUÇÃO DE TEXTO
ARTIGO DE OPINIÃO
OUTUBRO
SEMANA PROGRAMAÇÃO
3 a 7 AULA 5: ENTENDIMENTO DE TEXTO
―A ÁRVORE QUE FUGIU DO QUINTAL‖
17 a 21 AULA 6: PRODUÇÃO DE TEXTO
24 a 28 AULA 7: GRAMÁTICA
ARTIGO
31/10 a 4/11 AULA 8: ENTENDIMENTO DE TEXTO
―MEUS TEMPOS DE CRIANÇA‖
NOVEMBRO
SEMANA PROGRAMAÇÃO
7 a 11 AULA 9: GRAMÁTICA
NUMERAL
16 a 18 AULA 10: ENTENDIMENTO DE TEXTO
―O VERDE‖
21 a 25 AULA 11: PRODUÇÃO DE TEXTO
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CONTÍNUA
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MUITOS, MUITOS ANOS ATRÁS
Às vezes, ouvimos episódios da história de nossa família e não compreendemos bem... Pessoas que nunca conhecemos, fatos de uma época estranha e distante... Tudo parece adormecido no tempo, até que, um dia, vasculhando o porão de memórias, encontramos resposta à pergunta ―Quem sou eu?‖. Texto I
Minha história começa numa aldeia italiana, muitos e muitos anos atrás... E continua na cidade brasileira de São Paulo, muitos e muitos anos atrás... Atrás, onde?... Lá, no tempo e no espaço da minha memória.
Eu tinha dez anos quando, com meu irmão Caetaninho, cheguei ao porto de Santos para reunir-me à metade brasileira de minha família: minha mãe, meu padrasto e os meus irmãozinhos nascidos no Brasil.
O mar, aquele grande mar que apaga os rastros de todos os barcos, apagara as imagens de minha infância: Domenico Gallo, meu pai, vovô Leone, pai de meu pai, vovó Catarina, mãe de minha mãe, todos sepultados num pequeno cemitério de aldeia. Vivos, mas sepultados na minha lembrança, ficavam, como um aceno de saudade, padre Cherubino, irmão de meu pai, e vovô Vicenzo, pai de minha mãe.
Eu estava em São Paulo, eu estava em 1900. Um mundo novo, um novo século, uma nova idade. O futuro era agora. E a menina que tinha vindo ―fazer a América‖ ia crescer, deitar ramos, flores e frutos, como uma árvore da Saracena, desarraigada e replantada em terra alheia.
Vou contar... Texto II – É uma longa história. Uma triste história. Vou contar... [diz o padrasto] E contou. A voz mansa foi saindo pela janela, desceu a rua Tamandaré, seguiu pela rua
Glicério, encontrou o caminho do mar e mergulhou nas ondas de um passado naufragado, que agora voltava à tona.
– Eu me casei, lá na Saracena, com uma moça muito boa e trabalhadeira. Éramos camponeses pobres e lavrávamos a terra de outros. Então resolvemos tentar a sorte aqui na América, onde já estava meu irmão mais velho. Juntamos nossas economias e partimos, minha mulher e mais um filhinho de poucos meses. Embarcamos no porto de Gênova, onde a passagem para os imigrantes era mais barata.
– De terceira classe? – perguntei, lembrando-me da minha viagem.
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TEXTO
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3º PERÍODO
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– A classe dos imigrantes. Naqueles primeiros tempos era pior do que agora que você e Caetano vieram. Muito mais gente embarcava para a América, era difícil alimentar direito todo mundo e manter as condições de limpeza no navio. E aconteceu a desgraça.
– Desgraça? – repeti ansiosa. Vicenzo Laurito pegou um grande lenço do bolso, igual àquele com que enrolava moedas,
passou-o pelo nariz. E continuou: – Sim, desgraça. Uma epidemia de cólera. Doença muito grave, você conhece? Enquanto eu lhe dizia que, de doença grave, só conhecia o sarampo que me atacara na
Saracena, ele explicava: – É um mal terrível e pode matar em pouco tempo. E foi isso o que aconteceu. As pessoas
vomitavam, ficavam amarelas, enfraqueciam, acabavam morrendo. E, como não havia outro jeito, os corpos eram jogados no mar. Foi assim que eu perdi minha mulher e meu filhinho.
Soltei um grito sincero de horror, enquanto ele levava novamente o lenço ao nariz. – Uma desgraça, Fortunata. Uma desgraça. O navio chegou ao Rio de Janeiro, mas eu não
pude desembarcar. Fiquei de quarentena na Ilha das Flores, depois o Serviço de Imigração me mandou de volta para a Itália. Cheguei à Calábria muito mais pobre do que quando tinha partido, porque já não tinha nem mais família.
Ouvindo Vicenzo Laurito narrar a história de sua primeira e trágica aventura de imigração, eu contava notas e moedas, pensando que aquele dinheiro não tinha o peso do ouro, não. Tinha o peso da vida.
– E depois? – perguntei, disfarçando a emoção. Meu padrasto assou definitivamente o nariz, guardou o lenço no bolso como se, com ele,
também guardasse o antigo sofrimento. – Depois, eu voltei viúvo para Saracena. E aí as comadres da aldeia me falaram de sua mãe,
que também era viúva e moça como eu. Daí nós nos casamos, e eu decidi tentar novamente a vida na América com ela. Só que, dessa vez, achei que era mais seguro deixar as crianças na Itália...
Parei de contar as notas. Fiquei olhando aquele homem que, debruçado sobre a mesa, conferia o total das somas que eu fizera. E entendi por que minha mãe dizia, enquanto preparávamos o almoço dos domingos, que ele não era nem um pouco enjoado para comer. Comia de tudo. Menos peixe.
Também entendi por que eu e Caetaninho tínhamos ficado para trás na Saracena. E porque entendi, olhei-o com uma familiaridade nova: ali estava ele, Vicenzo Laurito – o mesmo olhar bondoso, as mesmas mãos rudes e cálidas, os mesmos gestos mansos e até o mesmo nome do meu querido avô Vicenzo Ventimiglia. E descobri que, daí por diante, ia ser muito fácil chamar esse homem de pai.
(A menina que descobriu o Brasil. São Paulo: FTD, 1999, p.5-6; 33-5.) Vocabulário Cálidas: quentes, ardentes. Desarraigar: arrancar pela raiz; fazer sair. Saracena: cidade italiana de onde veio a narradora-protagonista da história. Procure no dicionário outras palavras que você desconheça.
Com base nos textos I e II, responda ao que se pede:
1- Nos textos, a narradora relata fatos que viveu há muitos anos, quando era menina.
a) Quantos anos tinha Fortunata quando esses fatos aconteceram?
R: A narradora tinha dez anos.
b) Que grande acontecimento marca o início desse relato?
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R: A narradora mudou-se para o Brasil para viver com a outra metade de sua família: seu
padrasto, mãe e os outros irmãozinhos brasileiros.
c) Em qual dos textos o relato de outra pessoa esclarece uma pergunta da narradora até então
sem resposta?
R: É no Texto II.
2- Observe a linguagem empregada no relato. Que tipo de variedade linguística predomina?
R: Predomina a linguagem padrão.
3- Quais são as características que definem um Relato Pessoal?
R: As características são: ser narrado em 1ª pessoa, relatar um episódio marcante da vida do
narrador, o tempo é o passado, entre outras.
4- Levando em conta essas características, os textos lidos podem ser considerados Relatos
Pessoais? Justifique e comprove sua resposta com base no texto.
R: Os dois podem ser considerados relatos através desses trechos:
“Minha história começa numa aldeia italiana, muitos e muitos anos atrás... E continua na cidade brasileira de São Paulo, muitos e muitos anos atrás... Atrás, onde?... Lá, no tempo e no espaço da minha memória.” “Eu me casei, lá na Saracena, com uma moça muito boa e trabalhadeira. Éramos camponeses pobres e lavrávamos a terra de outros. Então resolvemos tentar a sorte aqui na América, onde já estava meu irmão mais velho. Juntamos nossas economias e partimos, minha mulher e mais um filhinho de poucos meses. Embarcamos no porto de Gênova, onde a passagem para os imigrantes era mais barata.” 5- Dizer que um texto tem narrador em 1ª pessoa ou que narra fatos do passado não é suficiente
para definir um Relato Pessoal. Lembre-se de textos que sejam narrados em 1ª pessoa ou que
narrem fatos do passado, mas que não possam ser considerados Relatos Pessoais.
R: Pessoal. Exemplo Relatos de um Diário.
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[...]
_ Amanhã, mamãe, vou para o Rio.
Minha mãe nada respondeu, limitou-se a olhar-me enigmaticamente, sem aprovação nem
reprovação; mas, minha tia, que costurava em uma ponta da mesa, ergueu um tanto a cabeça,
descansou a costura no colo e falou persuasiva:
_ Veja lá o que vai fazer rapaz! [...]
Lima Barreto. Recordações do escrivão Isaías Caminha. SP,
1997, p.47
Observe o narrador o trecho acima para responder ao que se pede.
a) Que tipo de narrador apresenta o trecho acima lido?
R: Narrador personagem, 1ª pessoa.
b) Continue, em um parágrafo, a narrativa acima, utilizando outro tipo de narrador.
1- Leia, com atenção, o poema de Carlos Drummond de Andrade. Cidadezinha qualquer Casas entre bananeiras mulheres entre laranjeiras pomar amor cantar. Um homem vai devagar. Um cachorro vai devagar. Um burro vai devagar. Devagar... as janelas olham. Eta vida besta, meu Deus. (Carlos Drummond de Andrade. In Alguma poesia.)
a) As palavras bananeiras e laranjeiras são substantivos formados de outras palavras. Que palavras são essas? R: São os substantivos: bananas e laranjas.
b) Que nome essas palavras que você indicou no item a recebem quanto à formação dos substantivos? R: São substantivos primitivos.
c) Como são classificadas as palavras bananeiras e laranjeiras? R: São substantivos derivados.
d) Há no poema dois substantivos abstratos. Transcreva-os. R: Amor e vida.
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GABARITO
AULA 3 GRAMÁTICA
SUBSTANTIVOS
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3º PERÍODO
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2- Identifique, grifando os substantivos presentes nas frases.
a) Os cabelos soltos caíam-lhe sobre a testa. b) João agradeceu o convite. c) Cada dia eu ficava mais alegre. d) A festa na casa de Rodrigo foi barulhenta.
3- Classifique os substantivos destacados em concretos ou abstratos. a) Foi feita uma limpeza no jardim.
Limpeza: abstrato Jardim: concreto
b) A saudade dos pais era revelada pelas lágrimas. Saudade: abstrato Lágrimas: concreto
c) O fogo se alastrou pela mata. Fogo: concreto Mata: concreto
4- Classifique os substantivos abaixo em: comum ou próprio, concreto ou abstrato, primitivo ou derivado, simples ou composto. Carta: comum, concreto, primitivo, simples. Floresta: comum, concreto, derivado, simples. Amor: comum, abstrato, primitivo, simples. Felicidade: comum, abstrato, derivado, simples.
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1ª PARTE
PROPOSTA DE REDAÇÃO: HISTÓRIA EM QUADRINHOS
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GABARITO
AULA 4 PRODUÇÃO DE
TEXTO
NÍVEL II
DATA
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TURMA
F- 6º_______
3º PERÍODO
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Sua tarefa será transformar história em quadrinhos de Caulos em uma narrativa.
Descreva com atenção o lugar e as personagens.
Crie um narrador para contar a sua história.
Utilize as falas das personagens em discurso direto.
Você poderá criar outras falas para o diálogo, respeite o contexto.
Fugi para a montanha, de onde via a cidade toda. Lá de cima, vi a cena mais triste. A terra coberta de asfalto e cimento. Os passarinhos, alguns trazendo no bico os ninhos e filhotes incapazes de voar, fugiam com as borboletas. Um deles pousou em um dos meus galhos e me disse desesperado:
— Não há como viver lá embaixo. Em breve, não haverá como viver aqui, nem em lugar algum deste triste planeta Terra, que começam a chamar de planeta Cimento.
O passarinho tinha toda razão. Tive de fugir novamente à procura de um lugar onde os homens ainda fossem bons e as
pessoas ainda vivessem em paz. Procurei... procurei... andei quase até o final do planeta... e nada. Cimento, postes e fumaça em todos os lugares. Ia desistir. Entregar os pontos. Desmaiar de
cansaço. Foi quando comecei a sentir um cheiro gostoso de mato. Andei mais um pouco ... De
repente avistei linda paisagem. Apesar da noite, a lua me mostrava um campo enorme, repleto de árvores grandes e sadias. Lá no fundo, perto do barulhar das águas de um rio, vi a silhueta de uma casa ...
E nasceu em mim enorme esperança de ali encontrar crianças. Enterrei minhas raízes bem devagarzinho para não acordar as outras árvores e, aliviada,
satisfeita, feliz da vida, dormi até o sol nascer. Acordei assustada, com uma dor terrível. Tentei fugir, não havia tempo. Quatro homens me desferiam machadadas, por todo lado.
Uma atrás da outra, cada vez mais fortes. Tudo começou a rodar em minha volta. Minhas folhas e frutos no chão. Meu tronco tombava
... tombava ... Em meio à tonteira, um grito de homem, o berro da vitória: ―Madeeeeeiiiiraaaa!‖ No centro de mim, o grito de dor de quem deixa a vida. Não sei onde estava com meus galhos. Tinha de ter desconfiado. Aquela casa era uma serraria.
Álvaro Ottoni de Menezes
Vocabulário
Barulhar: fazer barulho.
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AULA 5 ENTENDIMENTO DE
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3º PERÍODO
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Desferiam: davam. Sadias: com saúde. Serraria: lugar onde se serra madeira. Silhueta: sombra. Tombava: caía.
1- O texto é narrado em primeira pessoa. Quem narra a história? Comprove copiando um trecho do primeiro parágrafo.
R: A árvore é a narradora. “Enterrei minhas raízes bem devagarzinho para não acordar as outras árvores e, aliviada,
satisfeita, feliz da vida, dormi até o sol nascer. Acordei assustada, com uma dor terrível.”
2-Que a árvore procurava? R: Ela procurava um lugar tranquilo para morar, onde os homens fossem bons e onde houvesse paz.
3-Copie do texto o trecho que mostra que a árvore, por causa da poluição, respirava com dificuldade.
R: ―Cimento, postes e fumaça em todos os lugares. Ia desistir. Entregar os pontos. Desmaiar de cansaço.”
4-A árvore fugia, os passarinhos fugiam. Essas ações, nesse texto, indicam que as personagens eram covardes ou totalmente desprotegidas? Justifique.
R: Na realidade, todos estavam desprotegidos, pois a ação do homem acabava com a morada dos animais e plantas, ou seja, havia desmatamento e poluição.
5-Observe o trecho: ‖Cimento, postes e fumaça em todos os lugares‖. Essa frase indica que a natureza estava como?
R: Estava desprotegida, destruída, agredida pela ação humana.
6-―E nasceu em mim uma enorme esperança de ali encontrar crianças‖. Por que a árvore sentiu esperança de encontrar crianças e não homens e mulheres?
R: Provavelmente, porque crianças simbolizam a esperança, um coração bom, manso.
7- ―Madeeeeeiiiiraaaa!‖ Esse parece o grito necessário do progresso, do sucesso econômico, ou um grito assassino? Justifique sua resposta.
R: Na visão do agressor: progresso, vitória.
Na visão da árvore: um grito assassino.
Justificativa pessoal.
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TEXTO II
8- O texto II pertence a qual gênero textual? Cite duas características que comprovem sua resposta.
R: Pertence ao gênero HQ. O texto está elaborado em quadrinhos, há linguagem verbal e não
verbal, há uso de balões para as falas, etc.
9- Os textos I e II tratam do mesmo assunto. Que assunto é esse?
R: Ambos retratam o problema do desmatamento, da poluição e da agressão à natureza.
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Artigo de Opinião Leia abaixo as seguintes orientações sobre o gênero textual: Artigo de Opinião É comum encontrar circulando no rádio, na TV, nas revistas, nos jornais, temas polêmicos que exigem uma posição por parte dos ouvintes, espectadores e leitores, por isso, o autor geralmente apresenta seu ponto de vista sobre o tema em questão através do artigo de opinião. É importante estar preparado para produzir esse tipo de texto, pois em algum momento poderão surgir oportunidades ou necessidades de expor ideias pessoais através da escrita. Nos gêneros argumentativos, o autor geralmente tem a intenção de convencer seus interlocutores e, para isso, precisa apresentar bons argumentos, que consistem em verdades e opiniões. O artigo de opinião é fundamentado em impressões pessoais do autor do texto e, por isso, são fáceis de contestar. Proposta de Produção de Texto
Eu quero. Eu quero um Nike Shox e um Ipod. Uma camisa da Puma e outra da Cavalera. Uma
calça Vide Bula e um relógio Tissot. Um celular Motorola e uma TV de plasma da Philips. Quero
estacionar meu Audi A3 e comprar um Big Mac. Quero mais um sapato pra se juntar aos outros
trinta pares. Quero uns óculos daqueles bem caros, porque se for barato não tem graça. Quero um
sonzão no meu carro, daqueles que fazem estourar os tímpanos, porque essa é a única forma que
tenho para que as pessoas reparem em mim. Eu quero a roupa da moda, porque esse é o único jeito
de as pessoas me amarem. Eu quero um carro, porque senão as meninas nem vão me olhar. Eu
quero! Eu quero! Eu quero!
E a indústria agradece. A TV me diz que se eu não fumar, sou menos legal. Se não beber a
cerveja certa, sou menos bonito. Se não andar no carro mais caro, sou menos homem. Se não
estiver com o sapato mais novo, sou menos mulher. Se não usar o celular lançamento, não consigo
fazer ligações. Se não tiver isso, se não comprar aquilo… E, claro, eu embarco nessa. Quem manda
em mim não sou eu, é a propaganda. A opinião que me interessa é a dos outros, claro. Quem sou
eu para pensar independentemente? Nada disso! Eu quero é consumir!
Ei, você, abra o olho! Você vale pelo que é, não pelo que tem. Vale pelo que faz, pelas
decisões que toma, não pelo tênis que calça nem pelo carro que dirige. Use seu dinheiro de forma
mais inteligente e útil. Pense nos outros. Pense no futuro. Não gaste seu dinheiro com bobagem.
Tem gente que gasta cada centavo que ganha na calça de R$ 200, nos óculos de R$ 300, no celular
de R$ 1000, no som de R$ 4 mil. Será que essas coisas realmente valem isso? Você precisa delas?
Ou só quer aparecer? Será que você acha que se não for pela nova calça super cara os rapazes
não vão gosta de você? Ou se não for o som exagerado no carro, as meninas nem vão ver que você
existe?
Não seja superficial. Dê valor ao que tem valor. Chame a atenção das pessoas por meio de
suas qualidades pessoais e não por meio de objetos. Seja gentil, alegre, prestativo, bem humorado,
inteligente, agradável, generoso. Certamente as pessoas vão preferir estar ao lado de alguém legal,
mesmo que a pé. Vão preferir estar ao lado de uma moça gente boa, mesmo que sem roupa de
marca. E faça o mesmo com os outros. Não seja falso, nem oportunista. Não escolha seus amigos
em função do que eles têm, mas em função do que eles são. Não faça amizade por interesse. Não
se aproxime de uma pessoa porque ela tem carro ou celular bacana.
O consumismo não é um problema em si, mas é sintoma de vários problemas. Geralmente, uma
pessoa que vive comprando coisas é uma pessoa superficial, que não dá valor às coisas certas. É
uma pessoa irresponsável, que não sabe ser previdente e pensar no futuro. É uma pessoa apegada
demais aos bens materiais, incapaz de se separar deles.
Aprenda a doar um pouco do seu dinheiro a quem precisa e a economizá-lo para o futuro.
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Compre aquilo que você precisa de verdade e não aquilo que mandam você comprar. O que importa
é o que você faz e o que você é. Todo o resto, um dia, vira lixo.
(Jornal Partilhando online- texto adaptado para fins pedagógicos) O texto acima aborda o tema consumismo. Pense a respeito das ideias que ele traz e se posicione a respeito, redigindo um parágrafo bem estruturado.
Preciso ter para se alguém ou sou alguém porque tenho?
1- Leia o texto a seguir e complete com o artigo adequado ao contexto:
a) Você percebeu que alguns substantivos exigiram artigos indefinidos? Tente explicar o porquê.
R: Pelo fato de não haver referência a eles anteriormente.
2- Leia este poema de Paulo Leminski, observando o emprego do artigo.
amar é um elo
Entre o azul
E o amarelo.
LEMINSKI, Paulo. Caprichos e relaxos. São Paulo, Brasiliense, 1983. p. 129.
a) Qualquer palavra ou expressão antecedida de artigo torna-se um substantivo. Identifique no
poema de Paulo Leminski um exemplo que comprove essa informação.
R: As cores o azul, o amarelo.
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NÍVEL II
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TURMA
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3º PERÍODO
Atenção, detetive!
[...]
Se você for detetive, faça UM bom trabalho:
me encontre O dentista que arrancou
UM dente do alho e DA vassoura
sabida que deixou A louca varrida.
Se você for detetive, UM último lembrete:
onde foi que esconderam AS mangas
do colete e quem matou OS piolhos
da cabeça do alfinete?
PAES, José Paulo. Poemas para brincar. São Paulo, Ática, 1990. p. 6.
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b) ―Elo significa ligação, união. Se misturarmos as cores propostas no texto, qual cor seria a
―definição‖ para ―amar‖?
R Verde.
Artigos: efeitos de sentido
3- Nas situações de comunicação a seguir, observe o emprego do artigo e faça o proposto para
cada uma.
a) Se você fosse o falante, qual frase empregaria para que o interlocutor se sentisse mais
confortado? Por quê?
R: A primeira, pois se subentende que o médico já é conhecido da paciente, causando-lhe maior
conforto e credibilidade.
b) Comente a resposta do vendedor, observando o tipo de artigo
utilizado e a posição que o vendedor ocupa na loja.
– Eu comprei este jogo de botões nesta loja, mas quando fui brincar
percebi que faltavam algumas peças. Posso trocar?
– Fale com o gerente da loja, pois eu sou apenas um funcionário.
R: Ele pretende dizer que é apenas um funcionário qualquer dentre os
outros, já o gerente é único e o responsável pelos outros funcionários.
Não se preocupe, eu já chamei um
médico.
Não se preocupe, eu já chamei o
médico.
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c) Qual a intenção do emissor ao empregar os artigos o e um para a palavra amigo?
O emissor usou o amigo para expressar certa importância e um amigo para expressar que talvez
fosse qualquer um, sem tanta intimidade ou carinho.
4- Nas frases abaixo, o artigo não determina nem indetermina o substantivo a que se refere. Tente
explicar qual é a função dele, então.
É uma maravilha de menino!
É um doce de criança!
Hoje está um calor infernal!
Esse seu tênis tem um cheiro...
R: Expressar ênfase ao substantivo a que se refere.
5- Indique as possíveis diferenças de sentido entre as frases de cada par, considerando a presença
ou a ausência de artigo da palavra destacada.
a) O Ricardo ainda tem o rosto coberto por espinhas.
Ricardo ainda tem o rosto coberto por espinhas.
R: A presença do artigo indica maior intimidade do falante com Ricardo.
b) Toda a rua estava enfeitada para o Natal.
Toda rua estava enfeitada para o Natal.
R: Toda a rua quer dizer a rua inteira. Já toda rua que expressar que todas as ruas estavam
enfeitadas para o Natal.
Pati,
Pensei que eu fosse o
amigo, mas sou só
um amigo a mais.
Que pena!
Rafa.
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6- Que o locutor de futebol realmente quis dizer na segunda frase abaixo?
R: Pretende dizer que o rapaz tem grande talento para o futebol, talvez seja um futuro craque como
Romário ou Ronaldinho.
OLHA QUE DRIBLE! ESSE RAPAZ PROMETE SER UM ROMÁRIO OU
UM RONALDINHO.
20
Meus tempos de criança
Rostand Paraíso
Pulávamos os muros e ganhávamos os quintais das casas vizinhas, enormes e cheias de fruteiras e de toda a sorte de animais, gatos, cachorros, galinhas, patos, marrecos e outros mais. Chupando mangas, gostosas mangas, mangas-espada, mangas--rosa e manguitos, esses quase sempre os mais saborosos, dividíamos os times e organizávamos as peladas de fundo de quintal que exigiam grande malabarismo de nossa parte, com as frondosas árvores para driblar e grandes irregularidades no terreno para contornar.
Usávamos "bolas de meias", preparadas por nós mesmos com papel de jornal compactado e colocado dentro de uma meia de mulher, mas já começávamos a usar bolas de borrachas e as "bolas-de-pito", que eram bolas de couro, com pito para fora e que tínhamos o cuidado de envergar para dentro, para evitar arranhaduras.
Gostosas, memoráveis tardes que se prolongavam até a noitinha, parando-se apenas quando não havia mais sol e quando não podíamos mais ignorar os gritos que vinham de nossa casa, para tomar banho, mudar de roupa e ir jantar.
As mesmas misteriosas ordens faziam-nos começar a desengavetar nossos times de botão para a temporada que iria se iniciar. Os botões eram polidos e engraxados.
Descobríamos, nos botões das capas e dos jaquetões e, também, nas tampas de remédios, promissores craques. Nossos pais começavam a estranhar, sem encontrar qualquer explicação para o fato, o desaparecimento das tampas dos xaropes e dos botões das roupas. Esses craques em potencial, novos valores que surgiam, eram devidamente preparados e passávamos dias a lixá-los e, para lhes dar mais peso e maior aderência à mesa, a enchê-los com parafina derretida. Trabalho que levava às vezes algumas semanas, os novos craques sendo testados exaustivamente até que nos déssemos por satisfeitos e os considerássemos prontos e aprovados para as grandes competições pela frente.
Os botões de chifre, preparados pelos presos da Casa de Detenção, onde íamos comprá-los, começavam, pela sua robustez e pela potência de seus chutes, a ganhar nossa preferência. Não gostávamos, porém, daqueles botões que vinham do Sul, de plástico, todos iguais, diferençando-se uns dos outros apenas pelas "camisas" que traziam coladas sobre si, com as cores dos clubes cariocas. Preferíamos, nós mesmos, pregar as cores do nosso time preferido, no meu caso o Santa Cruz.
Cada botão ganhava seu nome, Perácio, Leônidas, Patesko, Pitota, Sidinho, Siduca... botões que já não tenho mais, desaparecidos misteriosamente ao longo do tempo. Meu ponta-esquerda, Tarzan, que tantas alegrias me deu, com suas arrancadas para o campo adversário e com seus mirabolantes gols, que fim terá levado?
Preferíamos usar as bolas de farinha, arredondadas cuidadosamente na palma da mão e que permitiam um bom controle, correndo menos que as de miolo de pão e não tanto quanto as de borracha.
Dentro daquelas regras que adotávamos e que permitiam que continuássemos a jogar enquanto não perdêssemos o controle da bola, éramos obrigados, quando nos sentíamos em
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LÍNGUA PORTUGUESA
AULA DE RECUPERAÇÃO CONTÍNUA
ALUNO(A):
GABARITO
AULA 8 ENTENDIMENTO DE
TEXTO
NÍVEL II
DATA
___ / ___ / 11
NÚMERO
__________
TURMA
F-6º_______
3º PERÍODO
21
condições de tentar o chute a gol, a avisar o adversário: "Defenda-se!" ou "Prepare-se!", dando tempo a que ele posicionasse melhor o seu goleiro e puxasse, para junto dele, os beques, geralmente bem altos, com a finalidade de dificultar o chute rasteiro.
As partidas eram irradiadas por um de nós, ao estilo de José Renato, o famoso locutor esportivo da PRA-8, e os gols, quando convertidos, eram gritados histericamente, incomodando toda a vizinhança. Rostand Paraíso. Antes o tempo apague... 2ª ed. Recife, Comunicarte, 1996, pp. 131-132
1- Leia o trecho a seguir para responder ao que se pede:
que já não tenho mais, desaparecidos misteriosamente ao longo do tempo.”
a) Conforme esse trecho, pode-se afirmar que os fatos narrados são imaginados pelo autor ou são
extraídos de sua memória?
R: São extraídos de sua memória.
b) Por esse trecho, pode-se saber a que gênero textual pertence o texto? Se sim, qual é ele?
R: Sim, ao relato pessoal, já que há referências de um tempo marcante da vida do narrador
personagem.
2- Após pular o muro, o narrador ganha um novo mundo. Como ele descreve esse novo espaço?
R: Descreve como um espaço mágico, já que o lugar era cheio de árvores frutíferas, animais
e terrenos irregulares, como pode-se comprovar pelo trecho: enormes e cheias de fruteiras e de toda
a sorte de animais, gatos, cachorros, galinhas, patos, marrecos e outros mais. Chupando mangas,
gostosas mangas, mangas-espada, mangas--rosa e manguitos, esses quase sempre os mais
saborosos, dividíamos os times e organizávamos as peladas de fundo de quintal que exigiam grande
malabarismo de nossa parte, com as frondosas árvores para driblar e grandes irregularidades no
terreno para contornar.
3- No terceiro parágrafo, que sentimento é percebido quando o narrador emprega a expressão memoráveis tardes? Justifique. R: Ele sentia saudade daquele tempo de infância. 4- No quarto parágrafo, há referência de craques em potencial. Que significa essa expressão dentro do contexto em que foi produzida? R: Craques seriam os melhores botões para o jogo de futebol de botão, aquele praticado pelas
crianças, segundo o contexto da narrativa.
5- Dentre todos os craques descritos pelo narrador, quais deles eram os preferidos? Por quê? R: Perácio, Leônidas, Patesko, Pitota, Sidinho, Siduca, pois eram os botões de que se lembrava, eram aqueles que tinham as melhores performances no campo adversário.
22
6-Levante uma hipótese: De quem seriam os gritos que vinham de dentro das casas quando anoitecia? Justifique.
R: Seriam das mães e pais que chamavam seus filhos para o jantar e banho, já que havia anoitecido e estava na hora de entrar e descansar. 7- Pelo campo lexical (a seleção de palavras expostas no texto), qual seria a brincadeira predileta do narrador-personagem? Justifique com um trecho do texto. R: A brincadeira preferida seria o futebol. Fossem eles o futebol de rua ou o futebol de botão.
8- Leia o trecho para responder ao que se pede: ―Meu ponta-esquerda, Tarzan, que tantas alegrias me deu, com suas arrancadas para o campo adversário e com seus mirabolantes gols, que fim terá levado?”
a) Ao se lembrar de Tarzan, que expressão demonstra a saudade sentida pelo narrador?
R:A expressão é ―Que tantas alegrias me deu‖.
b) Que outro sentimento o narrador demonstra ter além da saudade?
R: Além de saudade, também amor e carinho pelo brinquedo.
23
CLASSE DE PALAVRA- NUMERAL
1- Copie as frases, completando-as com os numerais do quadro.
a) Havia DUAS razões para ele ficar: era tarde e chovia.
b) Paulo foi O SEGUNDO a chegar, pois Raquel já estava lá.
c) O avião voava a uma altura de CEM metros.
d) Ele não leu o livro todo: leu apenas a QUARTA parte.
e) Gastei o DOBRO do que você gastou naquela loja.
2- Classifique os numerais do exercício 1.
a) CARDINAL
b) ORDINAL
c) CARDINAL
d) FRACIONÁRIO
e) MULTIPLICATIVO
3- Escreva por extenso:
a) 12: DOZE
b) 269: DUZENTOS E SESSENTA E NOVE
c) 477: QUATROCENTOS E SETENTA E SETE
d) 1060: MIL E SESSENTA
e) 917: NOVECENTOS E DEZESETE
COLÉGIO VISCONDE DE PORTO SEGURO
Unidade Valinhos
COMPONENTE CURRICULAR
LÍNGUA PORTUGUESA
AULA DE RECUPERAÇÃO CONTÍNUA
ALUNO(A):
GABARITO
AULA 9 GRAMÁTICA
NÍVEL II
DATA
___ / ___ / 11
NÚMERO
__________
TURMA
F- 6º_______
3º PERÍODO
segundo – cem – duas – dobro - quarta
24
4-Leia o texto a seguir e resolva as questões:
PARA QUEM VAI COMPRAR ALGUMA COISA,
ISTO É TÃO IMPORTANTE COMO DINHEIRO.
Revista Isto É
a) Classifique os pronomes que aparecem no texto.
R: Quem: pronome indefinido invariável
Alguma: pronome indefinido variável
Isto: pronome demonstrativo
b) Quais são pronomes adjetivos e quais são os pronomes substantivos.
Quem: pronome substantivo
Alguma: pronome adjetivo
Isto: pronome substantivo
c) A que pessoa do discurso se refere o pronome isto?
R: Refere-se a terceira pessoa.
5- Olhe ao seu redor e encontre números. Registre-os. Qual a classificação deles?
Pessoal
25
O VERDE
Estranha é a cabeça das pessoas.
Uma vez, em São Paulo, morei numa rua que era dominada por uma árvore incrível. Na época de
floração, ela enchia a calçada de cores. Para usar um lugar-comum, ficava sobre o passeio um
verdadeiro tapete de flores; esquecíamos o cinza que nos envolvia e vinha do asfalto, do concreto,
do cimento, os elementos característicos desta cidade. Percebi certo dia que a árvore começava a
morrer. Secava lentamente, até que amanheceu inerte, sem uma folha. É um ciclo, ela renascerá,
comentávamos no bar ou na padaria. Não voltou. Pedi ao Instituto Botânico que analisasse a árvore,
e o técnico concluiu: fora envenenada. Surpresos, nós os moradores da rua, que tínhamos na árvore
um verdadeiro símbolo, começamos a nos lembrar de uma vizinha de meia-idade que todas as
manhãs estava ao pé da árvore com um regador. Cheios de suspeitas, fomos até ela, indagamos, e
ela respondeu com calma, os olhos brilhando, agressivos e irritados:
— Matei mesmo essa maldita árvore.
— Por quê?
— Porque na época da flor ela sujava minha calçada, eu vivia varrendo essas flores desgraçadas.
(Inácio de Loyola Brandão .Manifesto verde. São Paulo, Circulo do livro, 1985. p. 16-7.) Vocabulário:
Inerte: sem atividade, sem ação. Ciclo: transformação, repetição de um fenômeno. Indagamos: perguntamos.
COLÉGIO VISCONDE DE PORTO SEGURO
Unidade Valinhos
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LÍNGUA PORTUGUESA
AULA DE RECUPERAÇÃO CONTÍNUA
ALUNO(A):
GABARITO
AULA 10 ENTENDIMENTO DE
TEXTO
NÍVEL II
DATA
___ / ___ / 11
NÚMERO
__________
TURMA
F- 8º_______
3º PERÍODO
26
1- O texto é narrado em primeira pessoa. Quem narra a história? Prove copiando um trecho do texto.
Um dos moradores da rua onde estava plantada a árvore.
“Surpresos, nós os moradores da rua, que tínhamos na árvore um verdadeiro símbolo,
começamos a nos lembrar de uma vizinha de meia-idade que todas as manhãs estava ao pé da
árvore com um regador.”
2- ―Ela enchia a calçada de cores.‖ Explique o significado dessa frase.
O significado das cores está nas flores que caíam da árvore e enfeitavam, coloriam o ambiente cinza
da cidade.
3- A rua coberta de flores faz contraste com outros detalhes da cidade. Quais?
Contrastava com o cinza que vinha do asfalto, do concreto, do cimento, os elementos característicos
da cidade.
4- Mesmo quando viram a árvore inerte, sem uma folha, os admiradores dela ainda tinham uma
esperança. Qual?
R: A esperança era de que talvez a árvore estivesse passando por um ciclo, logo ela renasceria
com lindas flores.
5- A vizinha de meia-idade ―todas as manhãs estava ao pé da árvore com um regador‖. Foi esse o
fato que despertou as suspeitas dos admiradores da árvore.
a. À primeira vista, o que poderia significar esse gesto da mulher? R: Poderia significar que a mulher estaria regando, alimentando a árvore, protegendo-a.
b.Que ocorria na verdade? R: Na verdade, a senhora estava envenenando a árvore.
6- Copie o trecho em que o narrador descreve a mulher como uma criatura enraivecida, encolerizada. R: ―Cheios de suspeitas, fomos até ela, indagamos, e ela respondeu com calma, os olhos brilhando,
agressivos e irritados.‖
7- Por que, afinal, a mulher matou a árvore?
R: A mulher matou a árvore, pois as flores sujavam a calçada que ela varria a toda hora. 8- A mulher que matou a árvore parece ser uma exceção na rua. Por quê?
R: Era uma exceção, pois todos os outros moradores pareciam preocupados com a árvore, queriam
acreditar que ela estaria passando por um ciclo e logo estaria enfeitando a rua novamente
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Leia atentamente a tirinha do cartunista Quino,
Sua tarefa será transformar a tirinha da Mafalda em uma narrativa.
Descreva com atenção o lugar e as personagens.
Crie um narrador para contar a sua história.
Utilize as falas das personagens em discurso direto.
Você poderá criar outras falas para o diálogo, respeite o contexto.
1 Caraíbas têm cabeça oca. Deviam ter aprendido muitas lições com o povo filho da terra e
não souberam enxergar, nem ouvir, nem sentir. E sofrerão por isso.
2 Dia virá em que ficarão com sede, muita sede, e não terão água para beber: os rios e
lagoas e valos e regatos e até a água da chuva estarão sujos e pobres. E chorarão. E continuarão
com sede porque a água do choro é salgada e amarga...
3 O tempo da fome também virá. E a terra estará seca, o chão duro. As sementes do milho
e a mandioca não mais nascerão verdes, alimentando a esperança de quarups ao redor do fogo com
muita comida e bebida. A caça e peixe também terão fugido ou morrido. E a fome apertará o
estômago do caraíba e ele não poderá comer nem sua riqueza, nem sua terra nua e estéril.
4 Os dias serão sempre mais quentes. E quando o caraíba procurar uma sombra como
abrigo, descobrirá que a terra não tem árvores.
5 As noites serão escuras e frias. Sem lua, sem estrelas. E sem fogueiras quentes.
6 E o caraíba, o homem-branco, chorará. E quando acordar de sua imensa estupidez, será
tarde, muito tarde.
7 Eu, Tamãi, o velho pajé, falei.
(ZOTZ, Werner. Apenas um curumim. 1995)
Vocabulário
Quarup: cerimônia religiosa que celebra Mavotsinin, herói cultural das tribos do alto Xingu. Mavotsinin: herói cultural das tribos do alto Xingu, autor da mãe do Sol e da Lua. Estéril: que não produz, árido, improdutivo, infrutífero. Valo: rego, canal, fosso. Regato: arroio, córrego, riacho.
2) De acordo com o texto, que leva uma pessoa a praticar bullying?
R: Segundo o texto, as pessoas que praticam o bullying fazem isso porque querem parecer
corajosas, querem esconder suas fragilidades ou até para ficar bem com o grupo. Segundo o texto,
essas pessoas também sofrem com algo interno e, por isso, agridem outras pessoas.
3) Releia o que o autor escreveu no 5º parágrafo do texto:
‖Vale também pensar se essas pessoas não usam uma fachada de ‗corajosas‘ e ‗maldosas‘ para
esconder suas fragilidades.‖
A partir dessa frase, o autor quer afirmar que quem pratica bullying é realmente ―corajoso‖?
Explique.
R: Não são corajosas, não. Elas só não querem abrir a guarda para as outras pessoas. Talvez
pensem assim: antes agredir do que ser agredido. Melhor usar a força física e emocional para
acabar com o outro a mostrar fragilidade diante do grupo.
4) O bullying é prática desnecessária. Como devem ser solucionadas as diferenças, de acordo com
o texto?
R: De acordo com o trecho a seguir: “O primeiro passo, óbvio, é pensar duas vezes antes de
praticar a ofensa. Violência emocional também é violência e está longe de ser uma coisa legal, que
contribua para uma boa convivência. O segundo passo é combater ativamente esse tipo de abuso.
Os sites que hospedam comunidades virtuais, listas de discussão, blogs e fotologs geralmente têm
um serviço de denúncias. Não tenha medo de colocar a boca no trombone, mesmo que não seja
você o ofendido. A direção e orientação da escola também podem ser solicitadas quando essa forma
de violência na rede tem a ver com colegas e amigos de classe.
Para terminar: mesmo que isso pareça inofensivo, não passe adiante e-mails, fotos ou
endereços de sites que agridam seus colegas. Pode parecer batida, mas é aquela idéia de não fazer
com os outros o que você não deseja para si mesmo. Se a foto sem graça ou o e-mail mentiroso
fossem sobre você, não seria bacana vê-los circulando por aí, não é?‖
5) Os parágrafos 7, 8 e 9 apresentam uma solução para o problema do bullying. Releia o trecho a
seguir, do 8º parágrafo:
‖O segundo passo é combater ativamente esse tipo de abuso. [...] Não tenha medo de colocar a
boca no trombone, mesmo que não seja você o ofendido.‖
Esse trecho dá um recado para pessoas que se envolvem com o bullying de formas diferentes. A
quem esse trecho dá um recado? Explique.
R: Para as pessoas que usam a internet, pois se refere a sites e blogs.
36
6) O texto apresenta uma moral disfarçada no último parágrafo. Relia-o, identifique essa moral e a
explique.
R: “Pode parecer batida, mas é aquela idéia de não fazer com os outros o que você não deseja para
si mesmo.”
Aqui o recado seria respeitar o próximo, não fazer aquilo que ofende, mesmo que seja passar
adiante uma “brincadeira” feita por outros.
37
A Árvore Que Fugiu do Quintal
Fugi para a montanha, de onde via a cidade toda. Lá de cima, vi a cena mais triste. A terra coberta de asfalto e cimento. Os passarinhos, alguns trazendo no bico os ninhos e filhotes incapazes de voar, fugiam com as borboletas. Um deles pousou em um dos meus galhos e me disse desesperado:
— Não há como viver lá embaixo. Em breve, não haverá como viver aqui, nem em lugar algum deste triste planeta Terra, que começam a chamar de planeta Cimento.
O passarinho tinha toda razão. Tive de fugir novamente à procura de um lugar onde os homens ainda fossem bons e as
pessoas ainda vivessem em paz. Procurei... procurei... andei quase até o final do planeta... e nada. Cimento, postes e fumaça em todos os lugares. Ia desistir. Entregar os pontos. Desmaiar de
cansaço. Foi quando comecei a sentir um cheiro gostoso de mato. Andei mais um pouco ... De
repente avistei linda paisagem. Apesar da noite, a lua me mostrava um campo enorme, repleto de árvores grandes e sadias. Lá no fundo, perto do barulhar das águas de um rio, vi a silhueta de uma casa ...
E nasceu em mim enorme esperança de ali encontrar crianças. Enterrei minhas raízes bem devagarinho para não acordar as outras árvores e, aliviada,
satisfeita, feliz da vida, dormi até o sol nascer. Acordei assustada, com uma dor terrível. Tentei fugir, não havia tempo. Quatro homens me desferiam machadadas, por todo lado.
Uma atrás da outra, cada vez mais fortes. Tudo começou a rodar em minha volta. Minhas folhas e frutos no chão. Meu tronco
tombava... tombava ... Em meio à tonteira, um grito de homem, o berro da vitória: ―Madeeeeeiiiiraaaa!‖ No centro de mim, o grito de dor de quem deixa a vida. Não sei onde estava com meus galhos. Tinha de ter desconfiado. Aquela casa era uma serraria.
Álvaro Ottoni de Menezes
Vocabulário Barulhar: fazer barulho. Desferiam: davam. Sadias: com saúde. Serraria: lugar onde se serra madeira. Silhueta: sombra. Tombava: caía.
COLÉGIO VISCONDE DE PORTO SEGURO
Unidade Valinhos
COMPONENTE CURRICULAR
LÍNGUA PORTUGUESA
AULA DE RECUPERAÇÃO CONTÍNUA
ALUNO(A):
GABARITO
ATIVIDADE EXTRA
NÍVEL II
DATA
___ / ___ / 11
NÚMERO
__________
TURMA
F- 6º_______
3º PERÍODO
38
TEXTO II
1- Retire do texto II:
a. um pronome pessoal: ele, elas
b. um pronome demonstrativo: essa
2- Preencha o quadro retirando um exemplo do texto I de :
Pronome Classificação
alguns Indefinido
meus Possessivo
me Pessoal do caso oblíquo
aquela Demonstrativo
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3- Releia o 1º parágrafo do texto I: ―Fugi para a montanha, de onde via a cidade toda. Lá de cima, vi a cena mais triste. A terra coberta de asfalto e cimento. Os passarinhos, alguns trazendo no bico os ninhos e filhotes incapazes de voar, fugiam com as borboletas. Um deles pousou em um dos meus galhos e me disse desesperado [...]‖ a) Circule no trecho acima os artigos.
b) ―Um deles pousou em um dos meus galhos e me disse desesperado:” Nesse trecho a palavra um é artigo ou numeral? Justifique. R: pronome indefinido, pois se refere a qualquer um dos galhos da árvore.
c) A palavra deles é formada por de mais o pronome eles. A palavra eles se refere a qual substantivo mencionado anteriormente?
R: Passarinhos
4- Observe o trecho abaixo e responda: ―Em meio à tonteira, um grito de homem, o berro da vitória: ―Madeeeeeiiiiraaaa!‖ No centro de mim, o grito de dor de quem deixa a vida.‖
a) Por que o autor usou UM na primeira frase e O na outra?
R: Foi utilizado um, pois não havia referência anterior ao grito, depois se utilizou o artigo o, pois já havia referência ao grito.
5- Transcreva do 11º parágrafo do texto I um numeral e classifique-o.
R: Quatro; cardinal.
6- Leia a tira:
a) Na tira, uma das personagens emprega um pronome pessoal de forma inadequada ao padrão culto da língua na frase:
“Diz uma coisa: ele comeu ela com maionese ou pura?”. Corrija-a.
R: Ele a comeu 7- Escreva por extenso os numerais indicados por algarismos:
a) Mais de 60 passarinhos ficaram sem ninhos. R: Sessenta.
b) Apareceram 16 ou 17 meninos dispostos a ajudar a plantar árvores. R: Dezesseis; dezessete.
40
c) Foram doadas 600 mudas de árvores para o reflorestamento daquela região.
R: Seiscentas.
d) Ontem foram presos 50 homens desmatando a floresta Amazônica.
R: Cinquenta.
41
REUNIÕES
Sempre que podíamos, nos reuníamos em casa de meus avós maternos, em Vitória, para o Natal –– que nunca, em hipótese alguma, dispensava entre os presentes alguns livros e o Almanaque do Tico-Tico, com as aventuras de Chiquinho, Benjamin e Jagunço ou do Zé Macaco e Faustina, além dos meus preferidos, Reco-Reco, Bolão e Azeitona. E, logo depois (com sorte, até mesmo antes do Natal), nós todos íamos para Manguinhos, uma praia selvagem e quase deserta num povoado de pescadores, a 30 quilômetros ao norte da capital. Nós éramos os filhos deles e as respectivas famílias. Os filhos de meus avós eram sete. Os netos, inúmeros. Minha mãe teve nove filhos. O irmão dela, que foi morar em Governador Valadares, teve quatorze. Outro, que casou com uma gaúcha e se mudou para o Rio Grande do Sul, teve sete. E assim por diante. No verão, quem podia, vinha. Primeiro, a Vitória, para a casa onde moravam meus avós. Depois, um belo dia, aparecia um caminhão fretado para nos buscar, que ninguém tinha carro... Na boléia, ao lado do Geraldo, o motorista, iam vovó Ritinha e as grávidas daquele ano, com os caçulas no colo. Na carroceria, em cima de colchões, trouxas, malas, móveis, sacos de mantimentos, caixotes de livros e capoeiras cheias de galinhas e patos, encarapitavam-se os homens e as crianças. Lá ficávamos dois meses, amontoados numa casa de quatro quartos e ampla varanda, com crianças se espalhando para dormir em esteiras e redes por todo canto. Tinha mar na porta, árvores no quintal, mata nos fundos, riozinho para pescar, carroça, animais, frutas. E um monte de livros, que ninguém dispensava levar uma boa provisão e era um troca-troca de dar gosto... Só não tinha luz elétrica. Jantávamos cedo, à luz do dia. Depois, em volta de uma fogueirinha, ouvíamos e contávamos histórias. Em noite de luar, saíamos para caminhar na praia e fazíamos concursos de quem contava a história mais bonita. Cada adulto tinha sua especialidade. Vovô Ceciliano contava casos de verdade, lembranças riquíssimas de uma vida muito interessante e variada, das experiências em sala de aula, dos políticos que conheceu (foi prefeito de Vitória duas vezes), dos tempos em que abria estrada de ferro pelo meio da mata, conhecia índios, participava de caçadas... Vovó Ritinha contava maravilhosas histórias do folclore, recheadas de jabutis e macacos, de vigários, juízes e almas do outro mundo, povoadas por Pedros Malasartes e Joões Bobos. [...] Quanto a meus pais, ancoravam em leituras suas histórias –– que constituíam um ritual noturno quotidiano e não apenas no verão em Manguinhos. Mamãe tinha toda a coleção de contos de fadas de Andersen, Grimm e Perrault, tanto nos livrinhos da Biblioteca Infantil Melhoramentos (as ilustrações coloridas de O patinho feio e Branca de Neve, por exemplo, são nítidas em minha memória até hoje) como nos Contos do Arco-da-Velha, da Carochinha, da Baratinha e outros coligidos por Frederico Pimentel para a Editora Quaresma. Acho que ela preparava de dia a lição, lendo os livros, porque de noite sempre lembrava tantos detalhes para contar nas histórias, eram tão variadas... E, às vezes, quando pedíamos para repetir uma favorita, deixava para o dia seguinte. Entre as minhas prediletas, lembro A bela e a fera, As quatro penas brancas, Pele de asno, A moura
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Unidade Valinhos
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LÍNGUA PORTUGUESA
AULA DE RECUPERAÇÃO CONTÍNUA
ALUNO(A):
GABARITO
ATIVIDADE EXTRA
NÍVEL II
DATA
___ / ___ / 11
NÚMERO
__________
TURMA
F- 6º_______
3º PERÍODO
42
torta... E umas maravilhosas, de bichinhos, que ela contava como ninguém, desde que eu era bem pequenina –– Dona Baratinha, A galinha ruiva, A galinha que criou um ratinho, Os três porquinhos, Os gatinhos levados... Papai também contava alguns desses contos tradicionais quando estava em Manguinhos –– lembro perfeitamente de alguns que eram sempre contados por ele: O gato de botas, O soldadinho de chumbo, Os seis companheiros, As roupas novas do rei... Mas no Rio, seu repertório era diferente e fascinante –– com suas próprias palavras, mas mostrando as gravuras dos livros, ia me apresentando os clássicos: As 1001 noites (principalmente Ali Babá e os 40 ladrões, Simbad, o marujo, Aladim e a lâmpada maravilhosa), Gulliver em Liliput, Dom Quixote, Robinson Crusoé... Em cima de sua mesa de trabalho, uma estatueta de bronze (que hoje mora no escritório do meu irmão) nos encantava, com Dom Quixote montado em Rocinante, seguido por Sancho, no burrico. Tudo o que eu queria era aprender logo a ler, para entrar naquele mundo. Acabei aprendendo muito cedo, com menos de cinco anos, mas não me lembro como foi.
(Ana Maria Machado. Esta força estranha – Trajetória de uma autora.
São Paulo: Atual, 1996. P. 14-7.) Ancorar: fundamentar. Boléia: a cabina do caminhão, na qual fica o motorista. Provisão: abundância de coisas necessárias ou úteis Capoeira: gaiola grande ou cesto onde se transportam aves domésticas. Coligir: reunir em coleção; ajuntar. Encarapitar: pôr-se no alto, instalando-se comodamente. Rio: a cidade do Rio de Janeiro Vigário: padre, pároco.
1) Complete as frases a seguir de acordo com as informações do primeiro parágrafo do texto.
a) Meus avós tiveram sete FILHOS.
b) Minha mãe teve NOVE filhos.
c) O irmão de minha MÃE teve catorze filhos.
d) O outro IRMÃO de minha mãe teve sete filhos.
2) É correto dizer que toda a família morava em Manguinhos? Justifique sua resposta de acordo com
o texto.
NÃO É CORRETO. SEMPRE QUE PODIA A FAMÍLIA SE REUNIA E IA PARA MANGUINHOS NA
ÉPOCA DO NATAL.
3) Releia o que o texto diz sobre receber livros como presente de Natal:
...―nunca, em hipótese alguma, dispensava entre os presentes alguns livros‖.
Esse trecho revela o sentimento das personagens com relação à leitura. Que sentimento era esse?
Explique com base no texto.
ERA SENTIMENTO DE DESEJO, ANSIEDADE, NECESSIDADE... ENTRE TANTOS PRESENTES,
PREFERIAM OS LIVROS.
43
4) As expressões do quadro a seguir foram utilizadas no segundo parágrafo do texto para descrever
a casa em Manguinhos e o lugar onde ficava a casa:
a) Releia o segundo parágrafo do texto para reorganizar as expressões do quadro, de acordo com o
que elas descrevem:
Descrição do lugar onde ficava a casa Descrição da casa
riozinho para pescar
mata nos fundos
árvores no quintal
mar na porta
quatro quartos
ampla varanda
b) Na opinião das personagens, o cenário descrito incentivava ou atrapalhava a leitura?
O CENÁRIO INCENTIVAVA A LEITURA.
5) As personagens contam que em Manguinhos havia ―um monte de livros, que ninguém dispensava
levar uma boa provisão―... Explique por que os livros eram considerados ―uma boa provisão‖.
VÁRIAS POSSIBILIDADES: PREENCHIA O TEMPO, PROPORCIONAVA CONCURSOS,
APROXIMAVA A FAMÍLIA...
6) A falta de luz elétrica na casa de Manguinhos era considerada um problema para as personagens.
Essa afirmação é verdadeira? Justifique.
A FALTA DE LUZ ELÉTRICA NÃO ERA CONSIDERADA UM PROBLEMA, POIS ELA
PROPORCIONAVA O CONCURSO DE HISTÓRIAS.
riozinho para pescar quatro quartos mata nos fundos
ampla varanda árvores no quintal mar na porta
44
O VERDE
Estranha é a cabeça das pessoas.
Uma vez, em São Paulo, morei numa rua que era dominada por uma árvore incrível. Na
época de floração, ela enchia a calçada de cores. Para usar um lugar-comum, ficava sobre o
passeio um verdadeiro tapete de flores; esquecíamos o cinza que nos envolvia e vinha do asfalto, do
concreto, do cimento, os elementos característicos desta cidade. Percebi certo dia que a árvore
começava a morrer. Secava lentamente, até que amanheceu inerte, sem uma folha. É um ciclo, ela
renascerá, comentávamos no bar ou na padaria. Não voltou. Pedi ao Instituto Botânico que
analisasse a árvore, e o técnico concluiu: fora envenenada. Surpresos, nós os moradores da rua,
que tínhamos na árvore um verdadeiro símbolo, começamos a nos lembrar de uma vizinha de meia-
idade que todas as manhãs estava ao pé da árvore com um regador. Cheios de suspeitas, fomos até
ela, indagamos, e ela respondeu com calma, os olhos brilhando, agressivos e irritados:
— Matei mesmo essa maldita árvore.
— Por quê?
— Porque na época da flor ela sujava minha calçada, eu vivia varrendo essas flores
desgraçadas.
(Inácio de Loyola Brandão .Manifesto verde. São Paulo, Circulo do livro, 1985. p. 16-7.) Vocabulário:
Inerte: sem atividade, sem ação. Ciclo: transformação, repetição de um fenômeno. Indagamos: perguntamos.
1- Observe duas falas da mulher. Identifique a fala que indica causa e a que indica consequência:
a.― Matei mesmo essa maldita árvore.‖ Consequência
b.―... na época da flor ela sujava minha calçada...‖ Causa
2- Preencha o quadro retirando um exemplo do texto I:
Pronome Classificação
certo Indefinido
nós Pessoal do caso reto
minha Possessivo
nos Pessoal do caso oblíquo
desta Demonstrativo
3- Leia a tira:
Na tira, uma das personagens emprega um pronome pessoal de forma inadequada ao padrão culto da língua na frase. Corrija-a. “Eles já não fabricam ela mais tão fedida e repulsiva.”
Eles já não a fabricam...
4- Releia o trecho do 1º parágrafo do texto I:
46
―Uma vez, em São Paulo, morei numa rua que era dominada por uma árvore incrível. Na época
de floração, ela enchia a calçada de cores. Para usar um lugar-comum, ficava sobre o passeio
um verdadeiro tapete de flores; esquecíamos o cinza que nos envolvia e vinha do asfalto, do
concreto, do cimento, os elementos característicos desta cidade. Percebi certo dia que a árvore
começava a morrer.‖
a. Circule os artigos.
b. ―... dominada por uma árvore incrível... a árvore começava a morrer.‖ Por que o autor
usou UMA na primeira frase e a na outra?
R: Uma foi utilizada, pois não havia referência anterior à árvore. Depois se utilizou o artigo a, pois já
se sabia sobre a árvore.
c. A palavra ela se refere a qual substantivo mencionado anteriormente?
R: Ela refere-se à árvore.
5- Leia o quadrinho:
a. Em ―mais um prato de cereal‖, a palavra destacada é numeral ou artigo? Explique. R: Um, neste caso, é um numeral, pois indica quantidade.
b. Retire e classifique os numerais existentes no quadrinho.
R: Um cardinal Segundo: ordinal Primeiro: ordinal Terceiro: ordinal
c. Que indicam esses numerais?
R: Primeiro, segundo e terceiro indicam a ordem dos pratos ao serem consumidos.
Você identificou as personagens acima dos famosos filmes de animação. Sua tarefa será criar uma história em quadrinho envolvendo uma ou mais personagens. Para isso, construa uma situação em que deverá:
Utilizar balões de fala.
O narrador.
Crie um título.
Desenhe outras imagens para construir o cenário da história.