1 Por Fernando Zornitta Fotos Paulo Zornitta & Fernando Zornitta O futebol é a modalidade esportiva que mais mobiliza as massas no planeta. E, o esporte - tão somente o esporte como atividade e prática - deveria estar na raiz de tudo; mas paradoxalmente tem sido fantasiado e travestido de entretenimento, dando margem à exploração, ao negócio, ao circo da bola. Os clubes, que mantém acesa a chama das torcidas tornaram-se verdadeiros palcos do espetáculo e fonte de arrecadação de dinheiro de fanáticos e neuróticos de todas as idades - que “ejaculam” suas emoções nos estádios e fora deles; torcendo por seus times e externando seus instintos que cada vez mais instigam a competição em vez de praticarem o esporte. Nesse contexto, os jogadores profissionais, tornaram-se não mais do que atores desses espetáculos, que precisam deles para perpetuar o circo da bola e continuarem faturando. Também se prestam a gestarem atletas, que depois tornam-se mercadoria e fonte de renda aos clubes. 1 É uma roda viva insana que não promove nem o esporte e nem o futebol. Também, não é uma recreação sadia para quem assiste e torce, pois incita a competição onde a vitória é o único objetivo possível, em que vemos os estádios se transformarem em arenas de guerra e suas redondezas em campos de batalha onde as torcidas digladiam – como nas arenas e as vezes até a morte. Exatamente como era no Coliseu de Roma, que oferecia “diversão” às massas em uma arena – que era o espaço para o combate – incitando a violência e nenhum outro benefício trazia ao espectador além do circo 2 . A principal entidade do futebol, a FIFA, renomeou o palco do circo da bola e do espetáculo futebolístico, ajudando a instigar a competição, mas principalmente o litígio. O que antes chamávamos de “estádio”, agora passamos a chamar de “arena”. Uma triste analogia; um claro convite à batalha, ao litígio, à guerra que não tem ficado só no campo; permeia as torcidas, vai para as ruas, espaços públicos, metrôs; instiga os instintos e todos os ódios; destrói patrimônio, ofende racialmente – nos remete às cavernas. Tudo aos olhos da contemporânea “humanidade”; de organismos internacionais, de governos que engolem sapos e financiam essa demente forma de futebol-espetáculo mediático manifestar-se. Para reverter isso, as iniciativas de incentivo aos esportes – sejam públicas ou privadas - não devem priorizar os clubes, que se prestam mais a desorientar e a desvirtuar o futebol e, seguem com suas políticas no rumo e no espírito da competição em vez de focarem na prática 1 Do texto do autor, - BRASIL: CELEIRO DE ATLETAS OU DE FÊNIX DA BOLA ?. Fortaleza, 2006 2 Filosofia do “pão e circo”.
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Por Fernando Zornitta
Fotos Paulo Zornitta & Fernando Zornitta
O futebol é a modalidade esportiva que mais mobiliza as massas no planeta. E, o esporte - tão
somente o esporte como atividade e prática - deveria estar na raiz de tudo; mas
paradoxalmente tem sido fantasiado e travestido de entretenimento, dando margem à
exploração, ao negócio, ao circo da bola.
Os clubes, que mantém acesa a chama das torcidas tornaram-se verdadeiros palcos do
espetáculo e fonte de arrecadação de dinheiro de fanáticos e neuróticos de todas as idades -
que “ejaculam” suas emoções nos estádios e fora deles; torcendo por seus times e externando
seus instintos que cada vez mais instigam a competição em vez de praticarem o esporte.
Nesse contexto, os jogadores profissionais, tornaram-se não mais do que atores desses
espetáculos, que precisam deles para perpetuar o circo da bola e continuarem faturando.
Também se prestam a gestarem atletas, que depois tornam-se mercadoria e fonte de renda aos
clubes.1
É uma roda viva insana que não promove nem o esporte e nem o futebol. Também, não é uma
recreação sadia para quem assiste e torce, pois incita a competição onde a vitória é o único
objetivo possível, em que vemos os estádios se transformarem em arenas de guerra e suas
redondezas em campos de batalha onde as torcidas digladiam – como nas arenas e as vezes até
a morte.
Exatamente como era no Coliseu de Roma, que oferecia “diversão” às massas em uma arena –
que era o espaço para o combate – incitando a violência e nenhum outro benefício trazia ao
espectador além do circo2.
A principal entidade do futebol, a FIFA, renomeou o palco do circo da bola e do espetáculo
futebolístico, ajudando a instigar a competição, mas principalmente o litígio. O que antes
chamávamos de “estádio”, agora passamos a chamar de “arena”. Uma triste analogia; um claro
convite à batalha, ao litígio, à guerra que não tem ficado só no campo; permeia as torcidas, vai
para as ruas, espaços públicos, metrôs; instiga os instintos e todos os ódios; destrói patrimônio,
ofende racialmente – nos remete às cavernas.
Tudo aos olhos da contemporânea “humanidade”; de organismos internacionais, de governos
que engolem sapos e financiam essa demente forma de futebol-espetáculo mediático
manifestar-se.
Para reverter isso, as iniciativas de incentivo aos esportes – sejam públicas ou privadas - não
devem priorizar os clubes, que se prestam mais a desorientar e a desvirtuar o futebol e,
seguem com suas políticas no rumo e no espírito da competição em vez de focarem na prática
1 Do texto do autor, - BRASIL: CELEIRO DE ATLETAS OU DE FÊNIX DA BOLA ?. Fortaleza, 2006
2 Filosofia do “pão e circo”.
2
desportiva. Os clubes-empresa viraram grandes fontes de negócios, com fundos de
investimento, participações acionárias, comércio de bugigangas e tráfego de seres humanos –
de jogadores e de jovens com potencial para tornarem-se atletas profissionais (tudo mais ou
menos legalizado, mas não eticamente conduzido) – dentre outros contrassensos alienígenas
ao esporte.
O futebol no início da sua gestação no Brasil – no começo do século XX3, tinha na prática
desportiva a base das iniciativas comunitárias e locais. De um esporte de elite, importado no
século XIX da Inglaterra e praticado em clubes fechados naquela época; foi o gosto pelo futebol
e a sua constante prática informal no Brasil que fez esse esporte popularizar-se, sendo
difundido em todos os recanto do país e sedimentando-se nas bases culturais de todas as
classes sociais, envolvendo todas as faixas etárias (desde a tenra idade), todas as etnias e
ambos os sexos.
O futebol como atividade humana, praticado a partir da livre escolha e opção por parte do
indivíduo e, sem um comprometimento profissional, pode ser considerado além de esporte,
uma atividade de lazer e recreação. E é assim mesmo que o futebol deveria continuar sendo
praticado, de forma espontânea, descompromissada e por livre opção; pois o futebol é antes de
tudo uma atividade humana de lazer e recreação.
Esse ato espontâneo de jogar, de brincar com a bola e com outras pessoas é que aproxima o
futebol de uma atividade de “recreação”, a qual por sua vez no Brasil contribuiu
significativamente para sedimentar essa base de difusão e da sua constante e continuada
prática. E essa “prática recreativa do futebol” que fez a modalidade esportiva esparramar-se
pelo país, a qual foi misturada à criatividade e aos dna brasileiro, fez fomentar várias gerações
de talentos.
No dizer de Gilberto Freire, o futebol brasileiro afastou-se do bem ordenado original britânico
para tornar-se a dança cheia de surpresas e de variações dionisíacas.
Mas enquanto as condições para a prática não existirem, enquanto a filosofia estiver
desalinhada e incentivando o que é ilógico e excludente, antiético e contraproducente, não
mais seremos um celeiro de talentos e nem veremos a possibilidade de profissionalização dos
nossos potenciais talentos.
Para voltarmos a ver atletas com princípios, protagonistas da cidadania; os valores do esporte
priorizados, ou ainda, crianças esquecendo-se do mundo enquanto brincam com uma bola, não
são necessários muitos estudos científicos e nem jurídicos nesta especialidade, basta tão
somente embasar-se nos princípios que fazem os homens estabelecer normas, regras e leis: na
ética e na promoção dos valores humanos, que deveriam ser os únicos a serem considerados.4
3 Do texto do autor, - BRASIL: CELEIRO DE ATLETAS OU DE FÊNIX DA BOLA ?. Fortaleza, 2006
4 Idem citação anterior.
3
O Futebol e a Mudança de Foco Necessária
A competição faz parte do esporte contemporâneo, mas esta modalidade tem sido cada vez
mais desvirtuada e deturpada, favorecendo os oportunistas que corrompem o espírito do
esporte e se locupletam no falso poder, encastelando-se num sistema suicida do esporte, que
deve mudar.
Durante a Copa da FIFA em 2014, o Brasil e o mundo vivenciaram o que é considerado o maior
espetáculo da Terra. Jogos e mais jogos. Festa e mais festa. Mídia, propaganda e negócios; mas
também a subserviência imposta do país que hospedou o torneio5.
Não foi diferente nas últimas edições deste evento e não é diferente no ideário desta estrutura
que normatiza, fiscaliza e dá o rumo para a modalidade; que realiza os torneios e os trâmites
que envolvem clubes, transferências de jogadores de futebol no mundo.
Na organização e gestão; no padrão do evento, é inegável a competência da FIFA em fazer
acontecer e em promover esse grande espetáculo futebolístico a cada quatro anos e, para isso
adequando o país realizador às suas exigências e condições, fazendo-o aplicar os recursos
internos em infraestrutura viária e nos “elefantes brancos”6 – as “arenas” - que se prestam a
realização dos jogos e à promoção do circo da bola. Fazendo o país executar em curto espaço
de tempo as obras necessárias e que ele não planejou e nem realizou em décadas; obras
patéticas aos olhos da urbanística e só para ligar os aeroportos aos hotéis e estes aos estádios.
Depois da copa e nos jogos, estas arenas parecem mais mausoléus do que estádios e, quando
em jogos de grandes disputas, como agora no campeonato nacional brasileiro, tornam-se
campos de guerras entre torcidas organizadas – daqueles que assistem e vão para extravasar
suas emoções, mas que não praticam o futebol.
No Brasil, obras para a pretensa mobilidade, feitas às pressas, desabaram e outras não
terminadas se esparramam pelo país. Os clubes, por aqui, estão todos endividados e devendo
fortunas em impostos. Mantém-se com recursos de mídia e marketing, de comércio de
jogadores e de ingressos7. Tornaram-se empresas e dependentes desse contexto que cada vez
mais se afasta dos princípios e benefícios que o esporte pode oferecer. Mas mal administrados
e focados nessa aura do espetáculo “absolutamente todos os clubes de futebol do Brasil são
deficitários” e os débitos dos grandes clubes superam 2,4 bilhões de Reais.
O sistema vigente e capitaneado pela FIFA não é mais futebol; não é esporte, mas um circo – o
circo da bola.
5 O que ficou claro com as vaias que receberam a Presidente Dilma Rousseff e o Presidente da FIFA Joseph Blatter
na abertura dos jogos. Também nas manifestações dos jovens pelas ruas do Brasil durante os jogos da Copa. 6 “Copa: Prejuízo de 'elefantes brancos' já supera R$ 10 milhões” - em:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2015/02/150212_elefantes_brancos_copa_rm 7 Segundo a Agência Brasil, a principal renda dos clubes vêm dos direitos de televisão 27% , da transferência de
jogadores 21%, dos patrocínios e publicidade ( 16%), da bilheteria 12%. (Cabe lembrar que o sistema de loterias públicas também alimenta esse sistema)
não mais de um km de raio deste estádio o paradoxo da realidade da infraestrutura de esporte
e lazer das comunidades nesta cidade – que é a mesma em todo o país – comparativamente ao
do palco da bola do evento FIFA que estava ali ao lado.
Pois a matéria, comandada pelo repórter da RTS Miguel-Angel Aquiso serviria para ser
veiculada pela Rede na Europa, mas não sabemos se foi13 (Líderes comunitários, crianças,
jovens e profissional de educação física foram entrevistados e deram seus depoimentos para a
equipe14).
A prática desportiva pode contribuir para fomentar os valores intrínsecos do esporte e ajudar a
oferecer a inclusão a milhões de jovens, que sem oportunidades migram para a criminalidade e
para as drogas.
Mas, para a prática desportiva é imprescindível essa infraestrutura para tal, consubstanciada
por uma orientação profissional e, tão somente nos propusemos a mostrar para a equipe da
RTS o paradoxo no Brasil; um país dos maiores concentradores de renda; o 3º mais violento do
mundo (que tem 19 das 50 cidades mais violentas do planeta) e que apresenta índices de
criminalidade alarmantes, para contribuir para a reversão e realinhamento das políticas
públicas, mitigação da violência e promoção da saúde através da prática desportiva; mas que
para isso não oferece as necessárias condições.
O Brasil também é o campeão mundial em homicídios (11% de todos os homicídios do planeta
segundo a OMS/ONU) com uma média de 43,4 assassinatos de jovens por 100 mil habitantes e
mais de 60 mil vítimas de assassinatos por ano - 90% destes crimes nunca são elucidados e nem
os criminosos punidos. 54,3% do total dos assassinatos são de jovens, dos quais 77% são
negros).
O Brasil também é o país com maior número de roubos de toda a América Latina. O número de
roubos, assaltos, latrocínios é absurdo em todo o país e o sentimento de insegurança permeia
todas as partes. Somente no Estado de São Paulo, de janeiro a novembro de 2014 foram
registrados 286.000 roubos.
O custo da violência representa 5% do PIB do país e esse valor é 3 vezes maior do que os
investimentos destinados a segurança.
Fortaleza é a 8ª nesse triste ranking em que milhares de jovens perdem a vida todos os anos
por falta de oportunidade e assédio das drogas que conduzem à criminalidade. Durante os
quatro dias de carnaval de 2015, 79 vítimas de assassinatos no Estado do Ceará, sendo a quase
totalidade delas em Fortaleza.
Assim como registrado na matéria da RTS aqui em Fortaleza, em todas as cidades brasileiras
nossos espaços para a prática do esporte e lazer estão entregues ao mais completo abandono e
a infraestrutura nas proximidades dos nossos lares, que poderia oportunizar a base correta
para a prática desportiva, para a inclusão e para a formação atlética.
13
E se não foi, gostaríamos de saber o porquê não foi - lembrando que a RTS é Suíça. 14
Fotos desse momento em anexos ao final do texto.
6
Mas num país governado e administrado por políticos despreparados e incompetentes, em que
a todos os escaninhos e todos os escalões da República estão contaminados pela corrupção; em
que os poderes constituídos não funcionam com independência, isso sequer chega a ser
considerado como necessidade e direito, enquanto a futilidade e o desperdício que permeiam o
esporte são incentivados para o país sair bem na foto.
Há quase 5 anos, em junho de 2010, tendo participado em Brasília na III Conferência Nacional
do Esporte como delegado eleito do Estado do Ceará, levando a proposta de “realização do
inventário completo da infraestrutura de esporte e lazer em todos os municípios brasileiros
para fundamentar as políticas e ações para estas atividades”15, a qual foi aprovada em plenária
e incluída no Plano Decenal de Esporte do Governo Federal e, a partir daí tendo insistido junto
às instâncias ministeriais para que fosse instituído o “Programa Nacional de Qualificação dos
Equipamentos de Esporte e Lazer” a nível nacional – idealizado como ação para esse fim;
recebemos como resposta o silêncio das tumbas e a inação do poder público - do Ministério do
Esporte, do Governo Federal e de instâncias políticas.
Nesse tempo, os investimentos para a Copa da FIFA sugaram os recursos públicos e atualmente
os 23 maiores clubes de futebol cerceiam o Palácio do Planalto e a Presidência da República
para solicitar isenção e parcelamento dos seus débitos com impostos federais que são
superiores a um bilhão de Reais – parcelamento esse pretendido para ser em 200 meses16.
Os organismos internacionais, a ONU, suas agências e programas, governos e todas as
entidades representativas do esporte deveriam reorientar suas ações e focar no potencial da
prática desportiva e mitigar os efeitos nefastos do espetáculo esportivo na alma humana;
destinando neurônios e recursos para os verdadeiros valores e para a prática do esporte em
todo o planeta.17
Mas, contrariamente a isso e ao que o mundo do esporte precisa, acompanhamos uma luta e
políticas nas entidades desportivas por mais poder, pela perenidade quase imperial e para
continuar a impor seus objetivos que nada tem a ver com o esporte. Várias entidades – dentre
elas a FIFA – andam desalinhadas dos verdadeiros fundamentos do esporte e do seu potencial
benéfico para a promoção dos valores humanos e universais, que por sua vez contribuem para
a cooperação e o estabelecimento da paz que o mundo precisa.
Enquanto essa patética política do circo da bola prevalecer, nenhuma possibilidade do esporte
cumprir o seu fundamental papel de promoção do desenvolvimento humano e construção de
um caminho positivo de compreensão e de entendimento entre as pessoas e povos, para a
sedimentação da estrada da paz e de um mundo melhor, mais ético, mais justo e igualitário –
que todos queremos e precisamos.
15
Eixo 9 – da infraestrutura – ação 5 e metas – aprovado e constante do Plano Decenal de Esporte e Lazer do Governo Federal, em junho de 2010. 16
Não temos dúvidas nenhuma de que os grandes clubes de futebol conseguirão o seu intento de parcelamento rumo ao infinito dos seus débitos – em 200 meses é o que pretendem – tirando dos cofres públicos recursos para melhores destinos. 17
Dispomos de projeto efetivo de uma tecnologia social para essa mudança de rumo.
7
Nem o de promover os valores humanos e contribuir para a educação, para a saúde, para a
socialização – dentre outros aspectos positivos – os quais por sua vez poderiam contribuir
significativamente, para um profícuo intercambio sociocultural, para o desenvolvimento da
espécie humana, para as bases da tolerância entre os povos, para apaziguar os espíritos e para
promover a paz.
Para efetivar as mudanças, a filosofia e as ações das entidades esportivas – clubes,
agremiações, órgão públicos; a começar pela FIFA, devem mudar radicalmente e
estruturalmente. Não é questão de mudança de nome dos gestores e de quem comanda as
entidades, mas de compromisso com o esporte e com os seus valores que estão há muito
esquecidos.
Um único projeto, se replicado pelo planeta como o “Luz para o Esporte”, idealizado pelo autor
e aplicado através de uma ONG criada em 2003 no nordeste brasileiro, pode fazer a diferença e
oferecer oportunidades, inclusão e profissionalização a bilhões de crianças e jovens; a adultos e
idosos do planeta através do esporte.
Mas para sua aceitação, o sistema tem de mudar a filosofia – do circo para a prática desportiva
como foco - e ser permeável aos princípios lógicos e éticos do esporte. Mude-se a filosofia e
mudar-se-á tudo, acabarão os problemas de litígios entre torcidas, as demonstrações de
racismo; acabará o contraste entre o luxo e o desleixo na infraestrutura para a prática do
esporte e lazer nas proximidades dos nossos lares; acabará a má destinação de recurso, o
desperdício e a corrupção; acabará o domínio imperial sobre a modalidade esportiva
capitaneada pela FIFA e a submissão de todo o planeta aos poucos que comandam a entidade e
os muitos que comercializam em nome do esporte.
Para isso, cada um e todos nós, temos parte da responsabilidade nesse processo de mudança de mentalidade e foco. Em nome e prevalência do espírito do esporte precisamos mudar o que aí está.
________________________________________ Fernando Zornitta, Ambientalista, Arquiteto e Urbanista, Especialista em nível de pós-graduação em Lazer e Recreação (Escola Superior de Educação Física da UFRGS/Porto Alegre) e em Turismo, curso de pós-graduação da Organização Mundial de Turismo/ONU-Governo Italiano/SIST-Roma. Período presencial concluído de curso de doutorado junto à Universidade de Barcelona com projeto de pesquisa na AL & Caribe. Participou de Estagio de Aperfeiçoamento em Planejamento Turístico na Universidade de Messina – Itália; Formação como Técnico de Realização Audiovisual e desenvolve atividades como artista plástico e designer. Foi professor universitário em curso de turismo. Membro do FID – Fórum do Idoso e da Pessoa com Deficiência há 8 anos e durante mais de 6 anos contribuiu com os grupos de trabalho de planejamento da acessibilidade e de meio ambiente do Crea Ceará. Tem livro e vários artigos publicados em temas diversos. Pesquisador e palestrante sobre o tema “acessibilidade arquitetônica e urbanística” com mais de 100 exposições sobre o tema. E-mail: [email protected] _______________________________________________
- NEM SÓ PÃO; NEM SÓ CIRCO ! – Texto sobre as manifestações de junho de 2013 http://www.slideshare.net/fernandozornitta/no-s-po-nem-s-circo-by-fernando-zornitta
BASTA FUTEBOL CLUBE http://pt.slideshare.net/fernandozornitta/basta-futebol-clube
- “IMAGINE” - NO PAÍS DO FUTEBOL ! http://www.slideshare.net/fernandozornitta/immagine-copa-2013
- O BRASIL NÃO EXISTE !!! http://www.slideshare.net/fernandozornitta/o-brasil-no-existe-d
A COPA DO MUNDO DE FUTEBOL, O TURISMO E OS PROBLEMAS PARA AS PCDs http://pt.slideshare.net/fernandozornitta/a-copa-do-mundo-de-futebol-o-turismo-e-os-problemas-para-as-pc-ds-31782146
A COPA DO MUDO DE FUTEBOL – BENÇÃO OU MALDIÇÃO http://pt.slideshare.net/fernandozornitta/copa-do-mundo-benao-ou-maldio
Nossa proposta aprovada na CONFERÊNCIA NACIONAL DO ESPORTE Eixo 9 da Infraestrutura (ação 5 e metas) http://www.slideshare.net/fernandozornitta/plenaria-linha9
Nossa proposta de ideograma para um PLANO NACIONAL DE QUALIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE ESPORTE E LAZER http://www.slideshare.net/fernandozornitta/plano-nacional-de-qualificao-dos-equip-de-esp-e-lazer-p2
CARTA DE BRASÍLIA – Resultado da III CONFERÊNCIA NACIONAL DO ESPORTE http://pt.slideshare.net/fernandozornitta/carta-brasilia-24495700
O CALDEIRÃO DA ACESSIBILIDADE http://www.slideshare.net/fernandozornitta/o-caldeiro-da-acessibilidade-v5-2013-d
+ DIREITOS, + DIGNIDADE, + URBANIDADE, + ACESSIBILIDADE: CALÇADAS ACESSIVEIS (publicado em livro, revista e sites de forma resumida. Aborda a questão da acessibilidade arquitetônica e urbanística e aponta com programas públicos para a mudança de postura da sociedade em função da eliminação de barreiras e promoção da acessibilidade) http://www.slideshare.net/fernandozornitta/artigo-caladas-zornitta-vfinal
ACESSIBILIDADE URBANA – CAMINHOS CONTRA O CAOS http://www.opovo.com.br/app/opovo/opiniao/2014/02/19/noticiasjornalopiniao,3208846/acessibilidade-urbana-caminhos-contra-o-caos.shtml
PESSOAS INVISÍVEIS http://pt.slideshare.net/fernandozornitta/invisveis
MENINAS DE FORTALEZA http://pt.slideshare.net/fernandozornitta/meninas-de-fortaleza-c
CIDADE ACESSÍVEL, EM BUSCA DOS CAMINHOS DA URBANIDADE E DO DIREITO UNIVERSAL http://pt.slideshare.net/fernandozornitta/cidade-acessvel-fernando-zornitta
PRAIA SEM FUTURO http://pt.slideshare.net/fernandozornitta/praia-sem-futuro-bb
PRAIA DE IRACEMA, TURISMO, TUMORES E CÂNCER http://pt.slideshare.net/fernandozornitta/praia-de-iracema-turismo-tumores-cncer-bb
O TURISMO NA PERSPECTIVA DA SUSTENTABILIDADE http://pt.slideshare.net/fernandozornitta/o-turismo-na-perspectiva-da-sustententabilidade-24494459
TURISMO E O DESAFIO DA SUSTENTABILIDADE NO BRASIL http://pt.slideshare.net/fernandozornitta/turismo-e-desafio-da-sustentabilidade-no-brasil-4
O CÂNCER DA TERRA http://pt.slideshare.net/fernandozornitta/o-cncer-da-terra
ACEFALÉIA E O DÉFICIT HABITACIONAL http://pt.slideshare.net/fernandozornitta/acefaleia-e-o-deficit-habitacional-30536793
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