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Fundamentos Imunológicos Enfª. Haline Leite
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Fundamentos Imunológicos Slides

Dec 28, 2015

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Alisson Buchi
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Fundamentos Imunológicos

Enfª. Haline Leite

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1. Introdução

Historicamente, a imunidade significa proteção contra doenças infecciosas. As células e moléculas responsáveis pela imunidade constituem o sistema imune, e sua resposta coletiva e coordenada à introdução de substâncias estranhas no organismo é chamada resposta imune.

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O sistema imune compreende células e moléculas com funções especializadas na defesa do organismo e seus principais componentes incluem:

Medula óssea (responsável pela produção de leucócitos);

Tecidos linfóides: timo, baço, tonsilas, linfonodos e adenóides;

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Os tecidos e órgãos do sistema imunológico podem ser classificados em primários e secundários:

primários é o local em que os linfócitos se diferenciam a partir de células (timo);

secundários compreendem o baço, os linfonodos (também denominados nódulos linfáticos), as placas de Peyer, a medula óssea e as tonsilas. As células presentes nesses tecidos secundários tiveram origem nos tecidos primários, migraram pela circulação e atingiram tais tecidos.

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Existem 2 tipos de imunidade:

1. Imunidade InataLinhas iniciais de defesa contra os micróbios

Consiste de mecanismos que existem antes da infecção, que são capazes de rápidas respostas aos micróbios e que reagem essencialmente do mesmo modo às infecções repetidas.

Componentes principais:

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Barreiras físicas e químicas: tais como os epitélios e as substâncias antimicrobianas produzidas nas superfícies epiteliais;

células fagocíticas e células matadoras naturais (natural killer);

proteínas do sangue incluindo os membros do sistema complemento e outros mediadores da inflamação; e

proteínas chamadas citocinas, que regulam e coordenam muitas das atividades das células da imunidade inata.

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2. Imunidade Adquirida

Os mecanismos de defesa mais altamente evoluídos são estimulados pela exposição aos agentes infecciosos e aumentam em magnitude e capacidade defensiva em cada exposição sucessiva a um micróbio particular. Pelo fato de que esta forma de imunidade desenvolve-se como uma resposta a infecção e se adapta a ela, é designada imunidade adquirida.

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As características que definem a imunidade adquirida são a grande especificidade para as distintas macromoléculas e a capacidade de "lembrar" e responder mais vigorosamente as repetidas exposições ao mesmo micróbio.

Os componentes da imunidade adquirida são os linfócitos e seus produtos. As substâncias estranhas que induzem respostas específicas ou são alvos dessas respostas, são chamados antígenos.

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Imunidade humoral

•é mediada por moléculas do sangue, chamadas anticorpos (imunoglobulinas), que são produzidos pelos linfócitos B.

•Os anticorpos reconhecem especificamente os antígenos microbianos, neutralizam a infecciosidade dos micróbios e marcam os micróbios para a eliminação pelos vários mecanismos efetores. É o principal mecanismo de defesa contra os micróbios extracelulares e suas toxinas.

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Tipos de imunoglobulinas:

Há cinco classes de imunoglobulina com função de anticorpo: IgG, IgA, IgM, IgD e IgE. Os diferentes tipos se diferenciam pela suas propriedades biológicas, localizações funcionais e habilidade para lidar com diferentes antígenos.

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Imunidade célular

é mediada por células chamadas linfócitos T; os microorganismos intracelulares, tais como vírus e algumas bactérias, sobrevivem e proliferam dentro dos fagócitos e de outras células do hospedeiro, onde ficam inacessíveis aos anticorpos circulantes. A defesa contra essas infecções é uma função da imunidade celular, que promove a destruição dos micróbios que residem nos fagócitos ou a lise das células infectadas.

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Agentes Imunizantes:

NATUREZA: A vacina é o imunobiológico que contém um ou mais agentes imunizantes (vacina isolada ou combinada) sob diversas formas: bactérias ou vírus vivos atenuados, vírus inativados, bactérias mortas e componentes de agentes infecciosos purificados e/ou modificados quimicamente ou geneticamente.

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COMPOSIÇÃO:  LÍQUIDO DE SUSPENSÃO: constituído geralmente por

água destilada ou solução salina fisiológica, podendo conter proteínas e outros componentes originários dos meios de cultura ou das células utilizadas no processo de produção das vacinas;

ADJUVANTES: compostos contendo alumínio são comumente utilizados para aumentar o poder imunogênico de alugumas vacinas, amplificando o estímulo por esses agentes imunizantes (toxóide tetânico e toxóide diftérico)

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CONSERVANTES, ESTABILIZADORES E ANTIBIÓTICOS: pequenas quantidades de substâncias antibióticas ou germicidas são incluídas na composição de vacinas para evitar o crescimento de contaminantes (bactérias e fungos); estabilizadores (nutrientes) são adicionados a vacinas constituídas por agentes infecciosos vivos atenuados. Reações alérgicas podem ocorrer se a pessoa vacinada for sensível a algum desses componentes;

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Fatores próprios das vacinas: Os mecanismos de Ação das vacinas são diferentes -

segundo seus componentes antigênicos que se apresentam sob forma de:

Suspensão de bactérias vivas atenuadas (BCG) Suspensão de bactérias mortas ou avirulentas (vacinas

contra a coqueluche e a febre tifóide) Toxinas obtidas em cultura de bactérias, submetidas a

modificações químicas ou pelo calor (toxóides diftérico e tetânico)

Vírus vivos atenuados (vacina contra poliomielite e vacinas contra o sarampo e a febre amarela).

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Fatores inerentes ao organismo que recebe a vacina: Idade

Doença de base ou intercorrente

Tratamento imunodepressor.

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Tipos de composição das vacinas: NA VACINAÇÃO ASSOCIADA: misturam-se as

vacinas no momento da aplicação, o que pode ser feito, por exemplo, entre determinadas apresentações (marcas) das vacinas contra Haemophilus influenzae do tipo b e vacina tríplice DTP. Chama-se a atenção para o fato de que a autorização para o uso dessas misturas tem que ser precedida de estudos que autorizem seu emprego, específicos para cada produto a ser associado.

 

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VACINAÇÃO COMBINADA: dois ou mais agentes são administrados numa mesma preparação (por exemplo, vacina tríplice DTP, vacinas duplas DT e dT e vacina oral trivalente contra a poliomielite, que contém os três tipos de vírus atenuados da poliomielite).

  NA VACINAÇÃO SIMULTÂNEA: duas ou mais

vacinas são administradas em diferentes locais ou por diferentes vias num mesmo atendimento (por exemplo, a vacina tríplice DTP por via intramuscular, a vacina contra o sarampo por via subcutânea, o BCG por via intradérmica e a vacina contra a poliomielite por via oral).

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Eventos adversos pós-vacinação: As vacinas são constituídas por agentes infecciosos

atenuados ou inativados ou por algum de seus produtos ou componentes que, apesar do aprimoramento dos processos utilizados em sua produção e purificação, podem induzir a reações indesejáveis.

  Alguns desses eventos adversos são observados com freqüência relativamente alta, no entanto as manifestações que ocorrem são geralmente benignas e transitórias (febre e dor local – DPT)

 Havendo associação temporal entre a aplicação da vacina e a ocorrência de determinado evento adverso, é possível a existência de vínculo causal entre os dois fatos.

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Contra-indicações gerais: As vacinas de bactérias ou vírus vivos atenuados não

devem ser administrados a princípio, a pessoas:  Com imunodeficiência congênita ou adquirida; Acometidas por neoplasia maligna;   Em tratamento com corticosteróides em esquemas

imunodepressores (2mg/dia de prednisona, por mais de uma semana em crianças) ou submetidas a outras terapêuticas imunodepressoras (quimioterapia antineoplásica, radioterapia), transfusão de sangue ou plasma;

Gravidez- risco teórico de danos ao feto, salvo em situações de alto risco de exposição a algumas doenças virais imunopreveníveis, como a febre amarela;

Doenças agudas febris graves. 

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Falsas contra-indicações: Doenças benignas comuns, tais como

afecções recorrentes infecciosas ou alérgicas das vias respiratórias superiores, com tosse/ou coriza, diarréia leve ou moderada, doenças da pele (impetigo, escabiose, etc);

Desnutrição; Aplicação contra a raiva em andamento; Doença neurológica estável (síndrome

convulsiva controlada) ou pregressa, com seqüela presente;

Antecedente familiar de convulsão;

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Tratamento sistêmico com corticosteróide durante curto período (inferior a duas semanas), ou tratamento prolongado diário ou em dias alternados com doses baixas ou moderadas;

Alergias, exceto as reações alérgicas sistêmicas e graves, relacionadas a componentes de determinadas vacinas;

Prematuridade ou baixo peso no nascimento. As vacinas devem ser administradas na idade cronológica recomendada. (exceto o BCG, que deve ser aplicado somente em crianças com  >  2Kg.

Internação hospitalar – crianças hospitalizadas podem ser vacinadas antes da alta e, em alguns casos, imediatamente depois da admissão, particularmente para prevenir a infecção pelo vírus do sarampo ou da varicela durante o período de permanência no hospital.

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Associação de vacinas:

É recomendado a administração de vários agentes imunizantes num mesmo atendimento? 

É conduta indicada e econômica; Facilita a efetivação do esquema; Permite em reduzido número de contatos da

pessoa com o serviço de saúde, vacinar contra o maior número possível de doenças.

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Deve-se atentar para:

1. Controle de qualidade;

2. Pessoa a ser vacinada: Paciente certo; Intervalo e freqüência de administração

certos; Dose certa; Via de administração certa; Imunobiológico certo, conferindo no ato de

pegar o frasco no refrigerador, seguindo com a inspeção do frasco e seu conteúdo.

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Vias de administração A via de administração do imunobiológico deve

seguir as recomendações do fabricante e órgão competente (Ministério da Saúde), o que é fundamental para a segurança e eficácia do imunobiológico. Uma ou mais vias de administração (oral, intradérmica, subcutânea e intramuscular); Caso não seja obedecido rigorosamente a recomendação do local de aplicação, pode resultar em menor proteção imunológica ou em maior frequência de efeitos adversos.

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Como exemplo, podemos citar a aplicação subcutânea das vacinas que contenham adjuvantes (dT, DPT, DaPT ou DT), que devem ser aplicadas via intramuscular profunda, levando a intensa irritação local com induração e até formação de granuloma. Quanto a diminuição da resposta imunológica, podemos citar a vacina contra hepatite B e as vacinas contra a raiva que, se aplicadas por via subcutânea (geralmente em região glútea) apresentam resultados de conversão sorológica muito inferiores do que observados com a aplicação por via intramuscular. Por esta razão preconiza-se a sua administração na região deltóide (IM). Entretanto, a injeção subcutânea minimiza os riscos de lesão local neurovascular e é recomendada para vacinas, como as de vírus vivos, que são pouco reatogênicas e altamente imunogênicas quando administradas por esta via.

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Exemplos:

vacinas que contêm adjuvantes, como a tríplice (DTP), se forem aplicadas por via subcutânea podem provocar abcessos;

O mesmo ocorre com a vacina BCG se for aplicada por via subcutânea ao invés de intradérmica;

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Via Oral:

A administração oral de vacinas oferece vantagens sobre as outras vias de administração como a produção em larga escala e o baixo custo. A maior das vantagens da utilização da via oral é que pode induzir uma imunidade através de uma superfície de mucosa, como os tratos respiratórios, gastrointestinal e geniturinário, o que constitui a primeira linha de defesa do hospedeiro contra diferentes patógenos.

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Via intramuscular (IM):

Agulha e seringa: a agulha deve ser longa o suficiente para alcançar o plano muscular e de calibre que permita a passagem do volume e viscosidade do imunobiológico administrado. Deve-se levar em conta, portanto, não só a massa muscular do indivíduo, como o imunobiológico utilizado. Agulhas em geral 30x7, 25x7ou 25x8 para adultos e adolescentes e 20x6 para recem nascidos (RN) e lactentes / Seringas: 1ml, 3ml, 5ml ou 10ml conforme volume a ser infundido.

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Sítio preferencial: região deltóide em crianças acima de 10 kg e adultos e

região da face lateral de coxa de RN e lactentes.

Em adultos ou crianças maiores que necessitem de administração de grande volume de imunobiológico, deve-se utilizar o vasto lateral (face lateral de coxa) como alternativa à utilização dos deltóides.

A região glútea não deve ser utilizada devido ao risco de lesão do nervo ciático e da maior probabilidade de injeção subcutânea e não intramuscular exceção se faz às imunoglobulinas cujos volumes são freqüentemente maiores, devendo-se até mesmo fracionar volumes para aplicação em vastos laterais e glúteos (segundo capacidade de absorção de cada músculo), reservando-se o deltóide para as vacinas quando aplicadas simultaneamente.

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Comprimir (preferencialmente o próprio paciente) o sítio de injeção após a retirada da agulha. Em alguns indivíduos é necessária a compressão local por tempo mais prolongado (alterações de coagulação, massa muscular hipertrofiada) ou uso de gelo local antes e após a aplicação pela possibilidade de maior sangramento local.

É importante ressaltar que variações relativas à dose, via e sítio de administração recomendados podem resultar em proteção inadequada e risco aumentado de reações adversas.

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Via Intradérmica (ID):

Agulha e seringa: Agulhas 13x4 ou 13x4,5 / seringa de 1 ml. O volume injetado com freqüência é menor que 1 ml

Sítio preferencial: face flexora do antebraço (habitualmente tem menor panículo adiposo), porém a vacina BCG é administrada em região deltóide do braço direito (padronizado pela Organização Mundial de Saúde)

Inserir agulha com bisel voltado para cima em ângulo próximo de paralelo ao eixo do membro.

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Aspirar o êmbolo antes da injeção. Atenção para não haver inoculação subcutânea.

Após a aplicação deve haver formação de pequeno abaulamento no local (mácula branca que desaparece em seguida).

Comprimir (preferencialmente o próprio paciente) o sítio de injeção após a retirada da agulha.

Algumas aplicações ID, pela natureza da substância inoculada não permitem antissepsia com álcool (BCG, Mantoux).

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Via Subcutânea (SC): Agulha e seringa: Agulhas 13x4, 13x4,5, 20x6 ou 20x5,5 / Seringas de 1ml Sítio preferencial: região deltóide ou face posterior do

braço em crianças mais velhas e adultos e face lateral de coxa de lactentes. Pode-se aplicar fazendo um ângulo de 45º ou de 90º da agulha com a pele, depende da região anatômica e da espessura do tecido subcutâneo, sendo isto também o que determina que agulha utilizar.

Deve-se pinçar a pele formando uma prega cutânea e garantindo a aplicação em região subcutânea.

Aspirar o êmbolo antes da injeção

Comprimir (preferencialmente o próprio paciente) o sítio de injeção após a retirada da agulha.

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Obrigada pela atenção!!!