Fundamentos de modelagem matemática e técnicas de simulação aplicados a sistemas ambientais CESET, Limeira Março, 2005
Dec 30, 2015
Fundamentos de modelagem matemática e
técnicas de simulação aplicados a sistemas
ambientais
CESET, LimeiraMarço, 2005
... da matemática de considerações ambientais
• Poluição de corpos aquáticos: lagos, represas, rios, estuários, mares costeiros.
• Poluição do ar: efeitos aerossóis de usinas, de concentrações de indústrias, de centros urbanos.
• Poluição do solo: lixões, lençóis freáticos, vazamentos em depósitos de produtos tóxicos.
• Combinações dos anteriores.
Matemática e vida: isso combina?
• ... foi assim que começou
• É para isso que existe o campo da matemática aplicada/aplicável
• Na escola, hoje, tem até nome: “temas transversais”!
• e como acontece?
Problema Real Hipóteses de Simplificação
Problema Matemático
Resolução(aproximada!)do ProblemaMatemático
ValidaçãoMatemáticada solução
ValidaçãoSocial
da solução
Processosdecisórios
Muito trabalho por fazer
Estudando modelos prontos,Usando-os em testes e simulações,Modificando/melhorando modelos
existentes,
Criando modelagens novas:Desafios enormes!
... e imediatos
Um exemplo desta roda viva:
a poluição, ou um acidente...
as prefeituras
Rios, lagos e
Represas.
F F
V
C(n)
–d.C(n)
A figura é homeomorfa a uma represa qualquer (esta é uma hipótese aceitável?)...Degradação: do volume da represa: V unidades de volume
o fluxo do rio que entra (e sai):F unidades de volume
F F
V
C(n)
q(n) –d.C(n)
Ainda: além da degradação do poluente,
suposta proporcional à quantidade podehaver um aporte semanal: q(n).
Avaliar acontaminação
Meio homogêneo,Instantaneamente,
e tudo regular
ProgressãoMatemática
Resoluçãodo ProblemaMatemático
(nem que sejaNo Excel!)
ValidaçãoMatemáticada solução
ValidaçãoSocial:
Essa respostaserve?
Processosdecisórios
O (na verdade “um”) modelo:
A quantidade de poluente na semana que vem =
= a quantidade de poluente desta semana –
– a quantidade que sai com o fluxo do rio –
– a quantidade que se degrada ++ ( se houver) algum aporte semanal.
Literalmente, em outras palavras:
C( n+1 ) =
= C( n ) –
– F. C( n ) /V –
– d. C( n ) +
+ q( n )
... alguns casos
1. Não há rio F = 0
2. Não há aporte semanal q(n) = 0
3. Não há degradações d = 0
1. Não há rio, nem degradação F = 0 e d = 0
C( n+1 ) =
= C( n ) +
+ q( n ) ou seja,
C( n+1 ) = C( n ) + q( n ) é uma
Progressão Aritmética!
Outro caso, q(n) = 0: não há aporte semanal
C( n+1 ) =
= C( n ) .( 1 – F/V – d ) ou
para = 1 – F/V – d,
C( n+1 ) = .C( n ) ou seja, é
uma Progressão Geométrica
Como é uma P.G.,Tudo depende da razão, = 1 – F/V – d
> 1 C( n ) cresce,
< 1 C( n ) decresce, e
= 1 C( n ) permanece.
Um caso, com V=1e+5, F=5e+2, d=0.0001
aporte semanal de 10 unidades sem aporte semanal
0 200 400 600 800 10000
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
2000
0 200 400 600 800 10000
0.05
0.1
0.15
0.2
0.25
0.3
0.35
0.4
0.45
0.5
E quando há de tudo acontecendo: aporte, fluxo,
degradação etc?... Nem P.Aritm. nem P.Geom., mas
uma mistura das duas coisas!
Modelagem matemática ... E usa-se a equação de diferenças linear de primeira ordem vista antes.
O modelo, então, é:
C( n+1 ) = C( n ) – F. C( n ) /V –
– d. C( n ) + q( n )
ou
C( n+1 ) = C( n ) .( 1 – F/V – d ) +
+ q( n )
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 10000
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
Modelo com aporte semanal, com degradação e comfluxo constante.
Tempo – em unidades escolhidas
contaminante
Além desta aula, isto serve para alguma coisa?
Tentativas: como se comporta o acúmulo de contaminante se o aporte se der semana sim, semana não?
... Matlab ou alguma planilha.
0 5 10 15 20 25 3090.2
90.3
90.4
90.5
90.6
90.7
90.8
90.9
91
E se fosse duas semanas não, a outra semana sim?
Em outras palavras, teríamos nessa simulação:
C( n+1 ) = C( n ) – F. C( n ) /V –
– d. C( n ) + q( n )
Sendo q( n ) = q com n múltiplo de três e q = 0 caso contrário
0 5 10 15 20 25 30 3589.2
89.4
89.6
89.8
90
90.2
90.4
90.6
90.8
Aporte a cada três semanas
Nos ensaios, F<<V. O que aconteceria se isto não fosse assim?
É o caso de um rio...
A(n) B(n)C(n) D(n) E(n)
O que temos, então, é um sistema, em que o que sai de um compartimento entra no seguinte:
A(n+1) = A(n).(1 – F/V1 - d1) + q1
B(n+1) = A(n). F/V1 + B(n).(1 – F/V2 - d2) + q2
C(n+1) = B(n). F/V2 + C(n).(1 – F/V3 - d3) + q3
D(n+1) = C(n). F/V3 + D(n).(1 – F/V4 - d4) + q4
E(n+1) = D(n). F/V4 + E(n).(1 – F/V5 - d5) + q5
0 100 200 300 400 500 600 700 8000
50
100
150
200
250
tempo
indi
ces
de c
onta
min
ante
trecho 1trecho 2trecho 3trecho 4trecho 5
E, se em vez de um córrego, fosse um rio de ‘verdade’?
Outra possibilidade: um contaminante que “demora” para começar a degradar-se: 1 semana
C( n+1 ) = C( n ) – F. C( n ) /V –
– d. C( n-1 ) + q( n )
uma equação de diferenças ainda linear de segunda ordem: envolve duas semanas.
Uma equação linear de diferenças de segunda ordem
O que se pode fazer é testar para ver se a solução geral da PG serve aqui. E serve!
Fazendo Cn = A.n, e substituindo na equação original, obtem-se:
Cn = A1. (1)n + A2. (2)n + q.V/(F+d.V)
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 5010
12
14
16
18
20
22
24contaminacion X tiempo
semanas
ind.
de
cont
am.
Estudo de impacto:
por estudar?
•Efeitos nas dinâmicas de populações
•Nas possibilidades epidemiológicas
•E as contribuições para efeitos globais
•Além da economia!
Ainda, poderíamos ter avaliação instantânea dos fenômenos:
... daí, teríamos Equações Diferenciais,
sistemas de equações diferenciais (ordinárias),
com variação no tempo: d.../dt