FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS PROGRAMA FGV MANAGEMENT CURSO INTENSIVO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – CIPAD – TURMA II Carlos Henrique da Costa Silva Rogério Ravaglio Frederico Guimarães A COMUNICAÇÃO SOCIAL DO TCE-RJ E POTENCIALIDADES DA MÍDIA TV PARA UMA DIVULGAÇÃO DE MASSA Rio de Janeiro, julho de 2007
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FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS PROGRAMA FGV … - A comunicação... · 3 FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS PROGRAMA FGV MANAGEMENT Curso Intensivo de Pós-Graduação em Administração Pública
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FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS
PROGRAMA FGV MANAGEMENT
CURSO INTENSIVO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO P ÚBLICA –
CIPAD – TURMA II
Carlos Henrique da Costa Silva
Rogério Ravaglio
Frederico Guimarães
A COMUNICAÇÃO SOCIAL DO TCE-RJ E POTENCIALIDADES
DA MÍDIA TV PARA UMA DIVULGAÇÃO DE MASSA
Rio de Janeiro, julho de 2007
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FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS
PROGRAMA FGV MANAGEMENT
A COMUNICAÇÃO SOCIAL DO TCE-RJ E POTENCIALIDADES
DA MÍDIA TV PARA UMA DIVULGAÇÃO DE MASSA
por
Carlos Henrique da Costa Silva
Rogério Ravaglio
Frederico Guimarães
Trabalho de Conclusão do Curso Intensivo de
Administração Pública da Fundação Getúlio Vargas.
Rio de Janeiro, julho de 2007
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FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS
PROGRAMA FGV MANAGEMENT
Curso Intensivo de Pós-Graduação em Administração P ública
O Trabalho de Conclusão de Curso
A COMUNICAÇÃO SOCIAL DO TCE-RJ E POTENCIALIDADES DA MÍDIA TV
PARA UMA DIVULGAÇÃO DE MASSA
elaborado por
Carlos Henrique da Costa Silva, Rogério Ravaglio e Frederico Guimarães
e aprovado pela Coordenação Acadêmica do Curso Intensivo de Pós-Graduação em
Administração Pública foi aceito como requisito parcial para a obtenção do
certificado do curso de pós-graduação, do Programa FGV Management.
Rio de Janeiro, 14 de agosto de 2007
______________________________
Professor Armando dos Santos Cunha
Coordenador Acadêmico
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TERMO DE AUTENTICIDADE
O(s) aluno(s) Carlos Henrique da Costa Silva, Rogério Ravaglio e Frederico
Guimarães, abaixo-assinado(s), do Curso Intensivo de Pós-Graduação em
Administração Pública, do Programa FGV Management, realizado no período de 07
de outubro de 2005 a 14 de junho de 2007, declara(m) que o conteúdo do trabalho
de conclusão de curso intitulado: A COMUNICAÇÃO SOCIAL DO TCE-RJ E
POTENCIALIDADES DA MÍDIA TV PARA UMA DIVULGAÇÃO DE MASSA, é
autêntico, original, e de sua autoria exclusiva.
Rio de Janeiro, 14 de agosto de 2007
_______________________________
Carlos Henrique da Costa Silva
_______________________________
Rogério Ravaglio
_______________________________
Frederico Guimarães
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APRESENTAÇÃO
Este trabalho de conclusão de curso é resultado de uma análise sobre a
política de comunicação implementada no âmbito do Tribunal de Contas do Estado
do Rio de Janeiro (TCE-RJ), motivado principalmente pela observação das mídias
atualmente utilizadas na divulgação da instituição junto aos seus diversos públicos e
a sociedade em geral. O objetivo do grupo é enfatizar a necessidade de ampliar a
divulgação da instituição, no sentido de ressaltar sua importância para a sociedade.
Para tanto, demonstraremos que a necessidade de uma divulgação
condizente com a relevância da instituição é fator primordial para a satisfação das
exigências atuais de transparência dentro do Estado Democrático de Direito em que
vivemos, cujo exercício pleno da cidadania requer uma eficaz e permanente
interatividade e comunicação entre Poder Público e a sociedade. A idéia é sugerir
uma discussão sobre a possibilidade da instituição desenvolver uma mídia de massa
própria, com incentivo a mídia televisiva, numa parceria com a Assembléia
Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ), dentro do projeto da TV Alerj.
Para melhor entendimento do que aqui iremos abordar, dividimos em
capítulos uma seqüência lógica de assuntos referenciais ao tema, a saber:
No capítulo 1 – Comunicação – Uma evolução constant e, começamos o
trabalho com um histórico da comunicação humana, desde a fala ao computador,
detalhando em subtítulos as principais descobertas e avanços tecnológicos, que
possibilitaram a transformação e a evolução da humanidade como nós a
conhecemos hoje.
No capítulo 2 - Comunicação – Uma definição mais moderna, após o
breve histórico, configuramos um conceito mais técnico à comunicação, citando a
visão de alguns teóricos da comunicação, que serviram, inclusive, para balizar e
enfatizar a relevância da comunicação no mundo moderno.
No capítulo 3, Fenômenos da Comunicação de Massa, detalhamos,
também em subtítulos, os vários fenômenos sociais pelas quais têm passado as
sociedades desde o período pós-industrial até à era da informação, que sofreram
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influência da comunicação, tais como: globalização, opinião pública e cidadania,
sociedade do espetáculo e o papel da imprensa.
No capítulo 4, Comunicação Institucional, procuramos abordar
tecnicamente o papel da comunicação das corporações, que tem atribuído às suas
respectivas assessorias de imprensa ou afins a responsabilidade do relacionamento
com os diversos públicos de interesse das instituições, aí incluindo também a
sociedade.
No capítulo 5, Comunicação Social no TCE-RJ, descrevemos as diversas
formas de comunicação desenvolvidas e implementadas pelo setor de Comunicação
Social do TCE-RJ, analisando suas relevâncias e resultados técnicos de
interatividade com os diversos públicos que compõem o universo do TCE-RJ.
No capítulo 6 , A TV e as instituições públicas, utilizamos dois projetos de
TV institucionais – TV Câmara e TV Alerj – como exemplos de ampliação de
divulgação destas instituições junto à sociedade.
Por fim, nas Conclusões e Sugestões , procuramos demonstrar que a mídia
TV ainda é relegada a um segundo plano na estratégia de comunicação do TCE-RJ,
pois, no entender do grupo, já existe um potencial a ser explorado neste particular,
que é utilizado pela instituição pública Assembléia Legislativa do Estado do Rio de
Janeiro (ALERJ), que junto com o TCE-RJ, compõe o Poder Legislativo do Estado.
Isto é, a própria esfera de Poder onde está contido o TCE-RJ já dispõe de um
canal televiso (TV Alerj) para a divulgação do seu trabalho junto à sociedade. É idéia
do grupo apresentar uma sugestão no sentido de se estabelecer uma parceria para
uma quiçá TCE TV. Para isto, utilizamos os conhecimentos adquiridos no transcorrer
do curso para um projeto de TV para o Tribunal de Contas do Estado do Rio de
Janeiro (Anexo B) . Portanto, é um dos objetos deste trabalho abordar a relevância
de se explorar mais este canal de comunicação.
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RESUMO
Este trabalho de conclusão de curso tem a finalidade principal de propor
melhorias na divulgação das atividades do Tribunal de Contas do Estado do Rio de
Janeiro (TCE-RJ), no sentido de ressaltar sua importância para a sociedade. Para
tal, vamos analisar o papel da mídia como instrumento de cidadania e transparência
dos atos públicos, cujas funções do TCE-RJ estão inseridas. Abordamos ainda a
importância do papel da opinião pública dentro de um ambiente do Estado
Democrático de Direito. Identificamos e analisamos as principais mídias utilizadas
atualmente pelo setor de Comunicação Social na divulgação das atividades do TCE-
RJ. Depois, procuramos identificar dois projetos de Comunicação de duas
instituições públicas, que se utilizam a mídia TV para divulgar suas ações. Para
concluir, destacamos uma proposta de implementação de um espaço televiso
próprio para o TCE-RJ numa parceria com a TV Alerj.
ABSTRACT
The goal of this paper is to suggest improvements in the means for disclosure
of information concerning the activities of the Court of Accounts of the State of Rio de
Janeiro, with a view to emphasizing the importance of the organization to the society.
To this end, we analyze the role of the media as a tool to disseminate citizenship and
transperency, which encompasses the duties of the Court. Public opinion's
significance within the Democratic State of Right is also considered. We identify and
study the principal media currently used by the Court's Press Department as an
instrument to broadcast information on the activities of the organization, as well as
two Communications projects from a couple of public institutions which use television
as a marketing tool. In the conclusion of the paper, we present a proposal to set up a
TV channel for the Court through a partnership with TV Alerj (Rio de Janeiro
Durante os anos de exceção, a sociedade ficou à margem das decisões sobre
os rumos do progresso e do desenvolvimento da nação. Foi um período em que a
mídia era censurada e não havia acesso à informação isenta. E toda e qualquer
iniciativa neste sentido era motivo para prisões e arbitrariedades. Por conta disso, a
sociedade não dispunha de meios que obrigariam as instituições públicas a darem
satisfações sobre suas atividades e de como eram utilizados os recursos públicos.
Com a redemocratização do País, a sociedade redescobriu seu direito de
exigir do ente público, não só mais eficácia na prestação dos serviços, como
também mais transparência dos governantes e seus gestores. As instituições
públicas tiveram então que se adequar aos novos tempos das exigências sociais do
estado democrático de direito, em que o exercício pleno da cidadania é um dos
instrumentos de controle social sobre o poder público. Neste contexto, é inegável a
importância da mídia na interatividade do Poder Público e a sociedade, pois é um
dos elos da democracia. Assim, os meios de comunicação, em especial os de
massa, passaram a ser relevantes e fundamentais também para as organizações
públicas e para o próprio fortalecimento dessas organizações.
E o Tribunal de Contas do Estado está inserido neste contexto, em que há
necessidade de justificar suas atribuições e atuação junto à sociedade. Afinal,
vivemos numa sociedade em que o espetáculo vem muitas vezes associado ao
sucesso ou ao fracasso. Ou seja, não basta ser e, sim, parecer bem e melhor, pois
esta condição balizará o conceito da instituição junto à sociedade.
Como sabemos, o Tribunal de Contas tem por obrigação constitucional zelar
pelas contas públicas, ou seja, é o órgão fiscalizador e responsável pelo bom uso
dos recursos pagos pelo povo, através de seus impostos e taxas. E a forma de como
o Tribunal de Contas vem passando para a sociedade a importância do seu trabalho
é o que procuraremos desenvolver através deste trabalho de conclusão de curso,
pois acreditamos que, apesar dos diversos instrumentos de mídia utilizados pelo
setor de Comunicação Social do órgão, será que ainda há meios de comunicação de
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massa que poderiam ser melhor utilizados, para ampliar a divulgação e a
interatividade para com a sociedade?
Na nossa avaliação, sim, pois consideramos que, no momento atual, existem
meios de comunicação ainda subutilizados e/ou não utilizados de forma adequada
pelo setor de divulgação do Tribunal. Para efeito deste trabalho abordaremos, em
especial, as mídias que poderiam responder melhor a questão da comunicação do
TCE-RJ e a sociedade. Trataremos inclusive, para efeito de ilustrar e justificar este
trabalho, o resultado de estatísticas sobre matérias publicadas na mídia escrita,
principalmente, o que, na verdade, nos impulsionou a demonstrar que a mídia TV
ainda é relegada a um segundo plano na política de comunicação do TCE-RJ.
No entender do grupo, já existe um potencial a ser explorado neste particular,
que é utilizado pela Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ),
que junto com o Tribunal de Contas, compõe o Poder Legislativo do Estado. Ou
seja, na própria esfera de Poder onde está contido o TCE-RJ já existe uma
programação de TV exclusiva para a divulgação daquela Casa Legislativa. Trata-se
da TV Alerj, que poderia preencher esta lacuna no projeto de comunicação de
massa do Tribunal de Contas do Estado.
No desenvolvimento deste trabalho abordaremos esta questão no sentido de
demonstrar a real necessidade de implementarmos uma política de comunicação de
massa autêntica e que responda as reais necessidades de divulgação dos trabalhos
desenvolvidos no TCE-RJ.
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CAPÍTULO 1 – COMUNICAÇÃO – UMA EVOLUÇÃO CONSTANTE
1.1 - DA FALA AO ALFABETO
Desde o início dos tempos que o homem utiliza diversas formas de se
comunicar com seus semelhantes. A primeira forma foi a linguagem – entendida
como produção e entendimento da fala – que cresceu de acordo com a evolução
natural da espécie humana. Como uma maneira de se comunicar, a fala difere da
comunicação entre outras espécies animais, pois conta com o componente da
interpretação e criatividade. Como tal, o entendimento da fala humana envolveu uma
evolução fisiológica no hemisfério esquerdo do cérebro (área de Broca), que é a
zona a que se atribui a capacidade da fala. Há inclusive a crença que nesta fase da
evolução a comunicação entre homens e a comunicação entre animais era
semelhante.
Há cerca de 400 mil anos, quando surgiu na Terra o Homo Erectus, é
considerado o início de formas rudimentares de comunicação, que era semelhante
ao de outros animais, pois era feita através de grunhidos e gestos. Com a evolução
da espécie humana, acredita-se que a produção da linguagem no homem se deu na
época do Homem de Neandertal (100000 A.C. – 30000 A.C.) que se acredita já ter o
hemisfério esquerdo do cérebro minimamente desenvolvido.
Com o surgimento do Homo Sapiens, que estava mais desenvolvido
fisicamente, veio também um significativo desenvolvimento da linguagem e fala. Este
desenvolvimento também se deve um pouco á intersecção de duas culturas e como
tal necessidade de comunicação entre elas, pois durante uns tempos, o Neandertal
e o Homo Sapiens viveram na Terra simultaneamente. Além da fala, o homem
primitivo deixou-nos também como legado as pinturas rupestres, feitas na sua
maioria em paredes de cavernas com a utilização de sangue de animais, argila e
seiva de plantas.
O homem continuou evoluindo e, por volta do ano 3000 A.C., os Sumérios, na
Mesopotânea, inventam a escrita, cujas primeiras representações dão-se sobre a
forma cuneiforme, que consiste em gravar os símbolos em placas de argila ou barro.
Em seguida, no entanto, passado pouco tempo e possivelmente com a influência da
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escrita Suméria, surgem os hieróglifos egípcios e a escrita na Índia. Porem e devido
a escrita Suméria ser realizada através de símbolos com um significado e não um
alfabeto, esta pode ser lida apenas de uma maneira vaga.
Na primeira metade do 2º milênio A.C. surgiram linguagens logo-silábicas na
Anatólia, no Vale Indu e na China. A partir destes sistemas logo-silábicos, as sílabas
foram “emprestadas” a outros povos que escreveram as suas próprias linguagens. A
sílaba em si, na sua forma mais simples, ou seja, um sinal que representa uma
consoante e uma vogal foram “emprestadas” pelos egípcios aos povos semitas da
Palestina e Síria, que deixaram para trás os logogramas e os símbolos complexos
do sistema Egípcio. Isto porque a escrita egípcia nunca tinha exprimido vogais. A
escrita “semi-alfabética” mais antiga que se conhece são as chamadas inscrições
Proto-Sinápticas, que datam de 1500 A.C.. No entanto, foram os gregos que deram
o passo final ao separarem as consoantes das vogais, chegando ao alfabeto
completo no ano de 800 A.C.. Apesar desta grande evolução, o alfabeto ainda veio a
sofrer outras transformações até se definir um sistema de escrita completo.
1.2 - DO ALFABETO AO COMPUTADOR
1.2.1 – A escrita
Podemos entender como uma segunda fase da evolução da
comunicação o desenvolvimento da escrita alfabética, pois isto gerou novas formas
de transmissão da informação e, como conseqüência revolucionária para
humanidade é que, a partir de então, a história pôde ser registrada em detalhes. As
informações podiam então “viajar” mais facilmente, pois a partir daí foram
desenvolvidos meios de transportá-las que não necessitassem obrigatoriamente ter
o próprio homem como mensageiro.
Com isto, a humanidade avança e transforma seu cotidiano num irreversível e
constante processo evolutivo, pois, ao analisar a história do progresso da
comunicação é possível constatar os fatos que levaram a esta evolução. Da
oralidade para a escrita, da escrita para a imprensa, desta para o rádio e para a
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televisão, passando pelo telégrafo, até chegar-se à informática são resultados dessa
necessidade de aperfeiçoamento dos meios de veicular a informação como forma de
comunicação entre as sociedades.
A verdade é que o ser humano, ao longo de sua história, mantém-se sempre
na expectativa de irromper em novos desafios ao explorar novos horizontes,
impulsionado pelo ímpeto instintivo da constante busca da descoberta. E a invenção
da escrita veio de encontro a esse desejo, pois a História do Homem divide-se em
antes e depois do surgimento da escrita.
Aliás, a humanidade deve grande parte de seu progresso à escrita, pois é
inegável e fundamental para a história do homem a perpetuação dos registros feitos
por civilizações como a Sumeriana, a Egípcia e a Chinesa. Na verdade, a escrita
passou a ocupar o espaço privilegiado no qual se assentava a tradição oral,
substituindo o abstrato pelo concreto, revolucionando as sociedades através da
introdução de novos hábitos. Com isto, o homem não precisou mais se preocupar
com a questão do apagamento das memórias, suas lembranças não mais
dependiam da transmissão oral, passaram a ser registradas pela escrita, e estas,
perpetuadas nos meios de registro utilizados em cada época.
1.2.2 – A imprensa
Mas, apesar de a escrita se tornar a memória de um povo, de uma
cultura, de vencer, sob este aspecto, a barreira do tempo, existiam alguns
problemas. Os manuscritos inicialmente eram gigantescos, pesados, propriedades
de bibliotecas, difíceis de manejar. O homem empenhou-se na popularização dessa
técnica e, em 1450, recebeu um impulso com a imprensa de Gutenberg. Apesar de
profecias apocalípticas efetuadas por aqueles que detinham os manuscritos,
modelos singulares, que procuravam, com isto, monopolizar o conhecimento a
evolução da impressão resultou no livro, tornando versátil e mais fácil o acesso ao
conhecimento para o povo, jogando por terra as ameaças agourentas dos profetas
de ocasião. A escrita marca o início do registro da história da humanidade como a
conhecemos hoje.
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A evolução seguinte deu-se com a invenção, na Europa, da composição por
tipos móveis e da técnica de imprimir ilustrações com chapas de metal gravadas,
promovendo, com isto, profundas mudanças no modo de pensar e de viver das
sociedades da época, disseminando, cada vez mais, o conhecimento a um número
maior de indivíduos.
Nasce o jornal. Conhecido inicialmente como folhetim, surgiu como veículo de
transmissão de informações diárias. Ele era inicialmente lido em voz alta por um
letrado. Até hoje tem a responsabilidade de levar a última notícia, mantendo
atualizada a sociedade. A impressão foi, durante muito tempo, a principal tecnologia
intelectual de armazenamento e disseminação das idéias, ditando normas e
introduzindo novos hábitos nas sociedades. Mas o homem, em sua cede de
evolução, continuou a buscar formas novas e mais rápidas de se comunicar, com o
intuito principal de aproximar culturas, pois a escrita, com toda revolução que
introduziu na humanidade, ainda detinha a barreira da distância e da velocidade com
que os conhecimentos eram disseminados pelo mundo.
1.2.3 – Rádio e TV
Um novo marco na história das comunicações estabeleceu-se com a
invenção do rádio. Este tinha possibilidades de alcance muito maior e chegava mais
rapidamente que qualquer outra mídia, principalmente no Brasil, cujo público letrado
era bastante reduzido. O rádio, explorando a oralidade e a idéia da transmissão ao
vivo, adentrou facilmente nos lares brasileiros. Como sua forma de transmissão e
recepção necessitava apenas de uma estação emissora e aparelhos de
recebimento, a mensagem podia chegar facilmente às pessoas, inicialmente em
suas casas e, logo mais, com o surgimento de aparelhos portáteis, a qualquer parte
a que esse aparelho fosse levado.
Com o rádio, desenvolveu-se toda uma técnica de comunicação sonora em
que o ouvinte era envolvido por uma série de recursos que o levam a vivenciar
virtualmente (recorrendo ao seu imaginário) uma situação proposta, como, por
exemplo, nas peças de teatro ou novelas transmitidas radiofonicamente. Os efeitos
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utilizados para simular chuvas, trovoadas, incêndios e toda uma infinidade de ruídos
tinham como finalidade reproduzir uma cena real.
Popularizou-se nas décadas de 60 e 70 a televisão. A partir de então, não só
a palavra em forma de som poderia viajar pelo espaço, também a imagem em
movimento a fazê-lo. É uma forma de comunicação em que a oralidade passa a
dividir espaço com a comunicação da imagem, do símbolo, do movimento. A
informação, além de ser falada, pode ser lida, vista, interpretada pelo receptor. A
visão, sentido tão privilegiado nessa cultura, passa a ser o centro de explorações.
Para o telespectador, assistir ao noticiário na televisão possui outra
significação, há uma relação visual com quem transmite a informação, não é mais
uma voz anônima ou um texto de alguém que não se pode imaginar quem seja. É
uma pessoa que fala e mostra e se mostra a quem a assiste. A relação sujeito-
transmissor-receptor mudou. O telespectador estreitou sua relação com o
apresentador. Por fim, o satélite rompeu de vez com as distâncias, multiplicando em
milhares as oportunidades e as vias de comunicação, rompendo tabus culturais e, ao
mesmo tempo, democratizando, de certa forma, o conhecimento.
1.2.4 – Computador
Com a evolução dos meios de comunicação midiáticos, no final do
século XX, ocorre o agrupamento de todas as tecnologias anteriores. Surge uma
tecnologia mais eficaz, o computador, que oferece todas as possibilidades já
exploradas na imprensa, no rádio, na televisão, operando uma ultrapassagem: a
possibilidade de interação e a velocidade com que tudo ocorre. O indivíduo não fica
somente no papel de receptor passivo, há a possibilidade de escolha, há decisões a
serem tomadas. O volume de informações emitidas é maior, bem como a rapidez
com que chegam aos lares, oportunizando-se situações que as tecnologias
anteriores não possibilitavam.
Pode-se ler o jornal de qualquer parte do mundo, assistir a uma entrevista,
participar de conferências, ouvir músicas das mais longínquas regiões do planeta,
trocar correspondências, ler, discutir, conversar, tudo em um único aparelho, uma
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“máquina comunicacional” chamada computador. Máquina que está conectada a
milhares de outras, formando uma complexa rede, rompendo barreiras da distância
ao aproximar povos e culturas. Uma rede integrada, que começou na Guerra Fria, a
Internet está provocando uma revolução constante que estar a exigir da humanidade
um contínuo progresso tecnológico, onde o limite da imaginação é o infinito.
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CAPÍTULO 2 – A ERA DA INFORMAÇÃO
2. 1 - COMUNICAÇÃO – UMA DEFINIÇÃO MAIS MODERNA
Depois desse breve histórico sobre a evolução da comunicação e seus modos
de transmissão de mensagens através dos tempos e dando seguimento ao
entendimento proposto por este trabalho é fundamental transcorrermos sobre um
conceito mais moderno e técnico sobre comunicação. Os dicionários dão suas
definições sobre a ação de transmitir uma informação, como, por exemplo, o
“Koogan/Houais”, que apresenta o termo como “ação de comunicar: estar em
comunicação com alguém”. Já o “Aurélio”, entre outras definições, amplia
caracterizando comunicação como sendo “a capacidade de trocar ou discutir idéias,
de dialogar, com vista ao bom entendimento entre pessoas”.
De qualquer forma, apesar das diversas formas e interpretações dos autores
sobre o que é comunicação, todos são unânimes em concordar que a comunicação
para existir realmente tem que obedecer a pelo menos a quatro requisitos básicos,
quais sejam:
Emissor: transmite informações;
Receptor: que recebe as informações do emissor;
Meio de transmissão: interface ou caminho entre o emissor e receptor que
transporta o sinal;
Sinal: um sinal contém uma mensagem composta de dados e informações.
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Ou seja, podemos inclusive representar Comunicação sob a forma do
seguinte diagrama:
Diagrama 1 – Fluxograma de informação
Ao analisar o diagrama, é importante notar duas características sobre o
processo de comunicação. Primeira, a mensagem não é transmitida diretamente
mas é enviada por meio de um sinal. Segunda, o sinal sempre passa através de
algum meio de comunicação qualquer (fios, cabos, fibras, ar, ondas de rádio, etc)
que carregue o sinal entre o transmissor e o receptor.
Esta característica distingue-os da comunicação pessoal, na qual o
comunicador conta com imediato e contínuo feedback da audiência, intencional ou
não, e leva alguns comunicólogos a afirmar que aquilo que obtemos mediante os
meios de comunicação de massa não é comunicação, pois esta é via de dois
sentidos e, por tanto, tais meios deveriam ser denominados veículos de massa.
Neste particular, inclusive para dar embasamento teórico a este trabalho, com
intuito exclusivo de explicitar uma seqüência lógica da comunicação, sem entrar em
discussões mais profundas sobre o tema, é que preferimos utilizar o modelo
elaborado pelos teóricos de comunicação C. E. Shannon e W. Weaver (Teoria da
Informação), que definiram o sistema de comunicação da seguinte maneira: “uma
fonte de informação escolhe a mensagem dentre a série de mensagens possíveis;
um emissor transforma em sinais esta mensagem que é então enviada pelo canal de
comunicação ao receptor”. Porém, ao longo desse processo, certos elementos que
EMISSOR
RECEPTOR
Sinal
Meio de Transmissão
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não eram desejados pela fonte podem, no canal de comunicação, vir a alterar o
sinal; estes são considerados e classificados como os ruídos de canal,
interrompendo o ciclo de comunicação.
De qualquer forma, portanto, podemos considerar que comunicação consiste
no ato de transmissão de informações de uma fonte transmissora à outra receptora e
o pleno entendimento desta informação.
2.2 – COMUNICAÇÃO DE MASSA
Apesar de a comunicação autêntica ser a que se assenta sobre um esquema
de relações simétricas — numa paridade de condições entre emissor e receptor, na
possibilidade de ouvir o outro e ser ouvido, como possibilidade mútua de entender-
se —, os meios de comunicação de massa são veículos, sistemas de comunicação
num único sentido (mesmo que disponham de inúmeros feedbacks, como índices de
consumo, ou de audiência, cartas dos leitores).
Uma segunda característica básica dos meios de comunicação de massa é o
fato de que eles necessariamente empregarem máquinas na mediação da
comunicação: aparelhos e dispositivos mecânicos, elétricos e eletrônicos
possibilitando o registro permanente e a multiplicação das mensagens impressas
(jornal, revistas, livro) ou gravadas (disco, rádio) em milhares ou milhões de cópias.,
ou seja, audiência. Ou seja, a produção, transmissão e recepção das mensagens
audiovisuais (rádio, TV) precisa de milhares ou milhões de aparelhos receptores.
Mas, para efeito deste trabalho, uma outra característica é fundamental para
identificarmos uma mídia tipicamente de massa: trata-se da capacidade de atingir,
ao mesmo tempo, uma vasta audiência em todos os públicos, sem distinção
específica. Essa audiência, além de heterogênea e geograficamente dispersa, é, por
definição, constituída por membros anônimos para a fonte. E é justamente esta a
finalidade que deve ser almejada pelo TCE-RJ.
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A comunicação de massa é portanto um fator primordial para a efetivação de
uma política de comunicação social para toda e qualquer organização,
principalmente se ela for pública, pois as atuais exigências de controle social sob o
poder público são crescentes e assumem condição básica para o próprio
desenvolvimento e sobrevivência destas instituições.
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CAPÍTULO 3 – FENÔMENOS DA COMUNICAÇÃO DE MASSA
3.1 - GLOBALIZAÇÃO, O PAPEL DA IMPRENSA E A SOCIEDA DE
DO ESPETÁCULO
Até aqui vimos que a comunicação evolui na mesma proporção da quantidade
de informações geradas pela sociedade. E o processamento desta nova série de
conhecimento estar a exigir cada vez mais o aprimoramento das mídias. E todo este
processo de inclusão tecnológica da informação acabou por ocasionar um fenômeno
ao qual MacLuhan (1969) já previra, quando analisou os efeitos da comunicação
tecnológica na aproximação das sociedades ao eliminar barreiras geográficas,
classificando este “novo mundo” integrado numa verdadeira “Aldeia Global”.
Para nós, na atualidade, a este efeito podemos conceituá-lo como
Globalização, pois não há como negar que o processo de integração econômica e
social entre as diversas regiões do planeta é um fenômeno que se equivale ao
conceito de Aldeia Global, de MacLuhan, pois está relacionado com a criação de
uma rede de conexões, que deixam as distâncias cada vez mais curtas, facilitando e
até modificando as relações culturais e econômicas de forma rápida e eficiente.
Com relação a isto, observamos que não dá para dissociar a ação das mídias
modernas neste processo de integração, pois estas acabam por influenciar e até
ditar normas e procedimentos tornando praticamente irreversível o fenômeno da
globalização. Neste particular, gostaríamos de destacar, em especial, uma mídia,
que, no nosso entender, desempenha um papel fundamental na efetivação deste
processo: a imprensa, pois consideramos que uma das funções da imprensa é a
chamada formação da agenda pública, em que os fatos são importantes desde que
consigam mobilizar a sociedade. E este mobilização acaba por determinar
prioridades, estabelecer metas e objetivos às organizações e governos.
A verdade é que desde que Johann Gutemberg, em 1440, inventou a
tipografia e permitiu a impressão em massa, a imprensa vem sendo utilizada como
instrumento de poder. A invenção da imprensa, de fato, coincide com a criação das
nações e do Estado moderno e com o exercício do poder não apenas de forma
coercitiva, pelo uso da força, mas por meio de formas mais sutis de coerção e de
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persuasão e até de comportamento. Como bem destacou Bernad Cohen (2004),
escritor norte-americano, nos anos 60, ao afirmar que mesmo que a imprensa não
diga como nós devemos pensar, ela nos diz sobre o que devemos pensar. Nesta
afirmação, o escritor dá uma dimensão ímpar à questão da opinião pública, que
sofre interferência através da imprensa, e cujo poder de mobilização transcende
todos os limites impostos pelas regras sociais. Ou seja, queiramos ou não, a
imprensa tem o poder de mudar o cotidiano das pessoas influenciando inclusive os
tomadores de decisões públicas.
Estudos confirmam que a atenção da imprensa em determinado assunto faz
com que os responsáveis governamentais sejam mobilizados por aquela “pressão” a
dar respostas àquela demanda. Nesta questão, o jornalismo ganha importância
especial, pois é através do trabalho jornalístico que a opinião pública é formada, mas
haveremos de afirmar que não é a única forma de dar formatação à opinião pública.
No Brasil, há outras mídias que transformam, e um exemplo são as telenovelas, que
ditam modelos e agendas de discussão públicas.
Por isso, achamos que é fundamental ressaltarmos o papel da imprensa na
interação TCE-RJ e sociedade, abordando a relevância política da instituição para o
aprimoramento da missão de controle de contas sob a ótica da responsabilidade e
da transparência públicas. Portanto, para efeito deste trabalho, é fundamental
abordarmos as raízes dos efeitos da comunicação e sua relevância nas
transformações das sociedades, principalmente nos tempos de hoje, em que a mídia
tem o poder de transformar qualquer informação em espetáculo.
È fácil constatar que a tendência dos meios de comunicação de massa em
apelar sempre ao sensacional e ao espetáculo se constitui portanto em referencial
neste estudo, baseado principalmente no que nos revela Debord (2000), quando
disserta seu questionamento sobre a cultura da imagem e a Sociedade do
Espetáculo e os novos e inquietantes desafios contemporâneos. Apesar do autor
abordar raízes psicológicas para o fenômeno, para efeito deste trabalho nos
restringiremos aos aspectos mais pragmáticos da comunicação institucional e de
massa, pois a estas é delegada a função de divulgar as ações das organizações
junto à sociedade.
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3.2 – OPINIÃO PÚBLICA E CIDADANIA
A questão da opinião pública e seu efeito no processo de participação popular
têm se tornado cada vez mais importante nas tomadas de decisões praticamente em
todas as instituições, sejam elas públicas ou privadas. No que se refere ao Poder
Público, a necessidade e a exigência por transparência ganham uma relevância
especial, pois se trata de assunto de apelo público e do interesse coletivo.
Portanto, a questão da opinião pública numa sociedade realmente cidadã
também se constitui numa real e atual necessidade para dar satisfação às
obrigações do ente público para com os anseios sociais, já que, há muito tempo a
sociedade não se contenta mais em ser apenas um contrapeso ao poder. Na
verdade, a opinião pública opera como instância crítica e reveladora das decisões da
administração pública, reivindicando muitas vezes ser a própria fonte de poder,
passando a representar um novo princípio de legitimidade política.
É, portanto, fundamental, para dar consistência ao tema abordado neste
trabalho, que saibamos da importância da mídia na formação da opinião pública
contemporânea, como bem destacou Luiz Felipe Miguel (2004) em sua afirmação de
que “a mídia é fundamental, não apenas para transmitir “fatos”, mas também para
formalizar julgamentos, definir valores e interpretações”.
Portanto, é inegável e imperiosa a necessidade de as instituições darem o
devido valor à comunicação com o intuito de contribuir com o processo de
participação popular e da transparência da ordem pública. E isto, para nós, se
constitui em cidadania. Assim, sob a ótica da comunicação, verificamos a atuação e
a interação das diversas mídias ou formas de comunicação que são utilizadas
atualmente pelas assessorias de imprensa dos órgãos públicos, que podem e devem
se constituir em instrumentos de participação cidadã.
E é incontestável que a consolidação de bases democráticas tem despertado
este sentimento de participação das pessoas e isto se deve, em grande parte, ao
poder da comunicação. São inúmeros os casos divulgados pela imprensa que
acabam por exigir providências também nos negócios públicos e é neste contexto
24
que a Comunicação Social emerge como fator estratégico para a plena vigência da
democracia no país, garantindo um espaço privilegiado de negociação entre
sociedade e o Estado. A isto podemos identificar como controle social, que, para
nós, é fundamental para existência de órgãos públicos, como o TCE-RJ.
25
CAPÍTULO 4 – COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL
4.1 – CONCEITO E DEFINIÇÕES
Para dar efetividade às novas exigências da sociedade em transparência e
cidadania, tanto as organizações públicas quanto as privadas despertaram para a
necessidade de desenvolverem a níveis profissionais a comunicação com seus
diversos públicos de interesse. Desde há alguns anos, a necessidade do marketing
e da comunicação social assume fundamental papel, pois a era da informação
passou a ser o diferencial entre o ultrapassado e o moderno.
Para efeito deste trabalho, vamos nos focar na evolução da comunicação
institucional no Brasil, que, segundo Torquato do Rego (2002), passou por algumas
fases até chegar ao nível atual. Foram três fases de desenvolvimento, que evoluíram
concomitantemente ao processo de desenvolvimento industrial do país. Nas
décadas de 60 e 70, Torquato destaca o início da preocupação das organizações
em dar ênfase ao produto, através dos meios e técnicas próprias de comunicação. A
partir da década de 80 a comunicação institucional tem sua ênfase na preocupação
não só com o produto, mas também com a imagem das empresas. Já a partir da
década de 90, até a atualidade, a comunicação social adquire um caráter estratégico
na visão destas organizações.
Já outro autor que estudou o tema, Wilson Bueno (2003), destaca cinco
grandes momentos decisivos: antes da década de 70, durante a década de 70, a
década de 80, fins da década de 80 e década de 90. Antes da década de 70, as
atividades de comunicação desenvolvidas pelas empresas ou entidades eram
absolutamente dispersas e amadoras. A partir deste período é que são percebidas
algumas mudanças importantes no sentido de se implantar uma cultura de
comunicação nas empresas. Ao mesmo tempo, há uma profissionalização crescente
no ramo da comunicação, com ênfase na introdução das Relações Públicas e da
Publicidade e Propaganda nos bancos escolares de nível superior. Nasce o mercado
da comunicação institucional.
Mas, foi nos anos 80 que aconteceu o impulso que faltava à comunicação
social nas organizações, que passa, efetivamente, a se constituir em um campo de
26
trabalho promissor, atraindo profissionais de todas as áreas. Na segunda metade da
década de 80, uma experiência marca profundamente a comunicação institucional
brasileira: a empresa Rhodia desenvolve e implementa uma política de comunicação
social realmente profissional, que serviu de exemplo para outras organizações.
Nos anos 90, o conceito de comunicação institucional se aprimora, tornando-
se fundamental e estratégica nas políticas de desenvolvimento das organizações. O
passo seguinte, já no início do século XXI, a informação e o tratamento cada vez
mais profissional acaba por levar as sociedades cibernéticas ao nível da busca pela
excelência constante no trato da informação e comunicação das organizações.
Na verdade, estes períodos de desenvolvimento das diversas estratégias de
divulgação das instituições serviram para balizar inúmeros conceitos sobre a
comunicação moderna das organizações, dentre os quais destacamos a visão de
Bueno (2003), que não distingue a comunicação empresarial, institucional,
organizacional ou corporativa, utilizando os termos como sinônimos. Para ele, "a
comunicação empresarial (Organizacional, Corporativa ou Institucional) compreende
um conjunto complexo de atividades, ações, estratégias, produtos e processos
desenvolvidos para criar e manter a imagem de uma empresa ou entidade
(sindicato, órgãos governamentais, ONGs, associações, universidades etc) junto aos
seus públicos de interesse (consumidores, empregados, formadores de opinião,
classe política ou empresarial, acionistas, comunidade acadêmica ou financeira,
jornalistas etc) ou junto à opinião pública."
Porém, com relação ao foco deste trabalho, ou seja, a comunicação das
organizações públicas, o conceito defendido por Kunsch (2003) é mais apropriado,
pois coloca o termo comunicação institucional fundamental também na relação das
empresas com as comunidades onde estão inseridas. Por outro lado, o grau de
profissionalismo das atividades de comunicação apresenta maior amplitude,
aplicando-se a qualquer tipo de organização social (empresa pública ou privada,
instituições, entidades sem fins lucrativos, etc.) não se restringindo ao âmbito das
empresas.
Dentro dessa perspectiva, a comunicação institucional surge para dar vazão a
enorme gama de necessidades atuais das organizações modernas, não só as
27
empresas, mais e principalmente das administrações públicas. Isto por que, no
nosso modo de ver, as demandas por transparência e ética dos atos públicos são
exigências crescentes das democracias em sociedades modernas.
4.2 – COMUNICAÇÃO SOCIAL
É inegável que os novos cenários nos campos político, econômico, cultural e
tecnológico constituem-se em grande desafio às assessorias de comunicação das
instituições. A conscientização ecológica e a preservação do meio ambiente, o
reconhecimento cada vez maior dos direitos do público consumidor, além, é claro, da
crescente concorrência, são algumas das realidades atuais da comunicação
institucional. Com isto, é fundamental reconhecermos que a Comunicação Social é
importante para a sociedade em todos os aspectos. E é através dos meios de
comunicação de massa - rádio, revista, jornal, televisão, teatro, cinema, propaganda
- e nos dias atuais, o computador / internet; que a comunicação social é
implementada em toda sua plenitude.
Para tanto, precisamos identificar as necessidades das organizações no
sentido de investir na área da comunicação social. Para garantir a sobrevivência e
crescimento no mercado, as empresas necessitam estabelecer relações éticas e
transparentes com seus públicos, estabelecendo, inicialmente, suas metas e
instrumentos de comunicação para alcançá-las. É preciso, no entanto, reconhecer as
realidades e panoramas para estabelecer um programa de comunicação
institucional.
Para fazer frente aos novos cenários de mudanças, a comunicação
institucional adquire importância estratégica nas organizações. Podemos afirmar que
todo potencial da comunicação só se revela quando efetivamente a utilizamos de
forma estratégica e não apenas instrumental. Fica como desafio ampliar e discutir o
panorama da comunicação institucional, que devido à complexidade exige uma
adaptação constante dos gestores da área administrativa e da comunicação social
das empresas.
28
No âmbito das empresas públicas, como é o caso do TCE-RJ, também as
novas realidades de transparência e cidadania obrigam estas organizações a
despertarem para a efetivação da comunicação social como ferramenta estratégica
de gestão moderna e eficaz. Por conta disto, alguns desafios surgem para
administradores e gestores de comunicação social do setor público. A integração
entre os diversos setores da organização deve estar articulado no sentido
estratégico de satisfazer às crescentes demandas de satisfação do serviço público e
todas as ferramentas, sejam elas de publicidade, de assessoria de imprensa e de
relações públicas, devem coordenar uma linguagem única, obedecendo as
especificidades da cada público-alvo.
Porém, consideramos um desafio primordial a necessidade de se permitir uma
comunicação transparente e participativa. Ou seja, o grande desafio das assessorias
de comunicação do serviço público é justamente estabelecer uma parceria de
entendimento entre os diversos públicos-alvo com a instituição, dentro de um
ambiente que está a exigir constante mudança, com a necessidade de se
estabelecer um diálogo permanente.
29
CAPÍTULO 5 – COMUNICAÇÃO SOCIAL NO TCE-RJ
Como temos visto no transcorrer deste trabalho, a questão da comunicação
nunca foi tão relevante nos dias atuais, em que o exercício pleno da cidadania e a
conseqüentemente cobrança por transparência e ética dos atos públicos se
constituem nos anseios mais imediatos exigidos pela sociedade. Como toda
instituição pública, o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ)
também tem que prestar contas de suas atividades à opinião pública e à sociedade.
E é neste particular que o setor de Comunicação Social da instituição passa a ter
fundamental relevância para se atingir o grau de satisfação de divulgação
condizente com a necessidade de tornar o trabalho desenvolvido no TCE-RJ mais
conhecido e relevante para a sociedade.
Por ser um órgão altamente qualificado tecnicamente e que cuida e analisa as
contas de praticamente todos os órgãos e prefeituras do estado, esta relevância
quanto à divulgação de seus atos, estudos e conclusões ganha uma dimensão
especialmente fundamental. E, para tanto, é necessário a implementação de uma
política de comunicação compatível com a relevância social do trabalho
desenvolvido pelo Tribunal de Contas. Consideramos que, com uma divulgação
melhor sobre a importância do trabalho feito no Tribunal de Contas para a
sociedade, a instituição passa a ser identificada como um instrumento importante e
necessário ao controle de contas, trazendo benefícios à toda sociedade.
5.1 – OS PROJETOS DE MÍDIA ATUAIS
De início, é fundamental tecermos uma descrição de como funciona
atualmente a Coordenadoria de Comunicação Social do TCE-RJ e as mídias e
projetos ora utilizados para divulgação da instituição, analisando suas relevâncias e
resultados técnicos de interatividade com os diversos públicos, que compõem o
universo do TCE-RJ. Desde 2002, a política de comunicação implementada pela
institucional transformou a Assessoria de Imprensa em Coordenadoria de
Comunicação Social, com a inclusão dos setores de editoração, gráfica e
reprografia, já que o setor passou a produzir todo o material de divulgação junto aos
públicos interno e externo.
30
Atualmente, três ações de divulgação ganham destaque na política de
divulgação. São eles: um informativo periódico, o site da instituição na Internet e os
tradicionais contatos e avisos de pauta para a imprensa em geral. Para sermos mais
objetivos teceremos alguns comentários acerca de cada um desses itens.
5.1.1 – House Organ - TCE-RJ Notícia
O informativo periódico TCE-RJ Notícia é a principal
mídia própria de divulgação para os públicos interno e externo
da instituição da Coordenadoria de Comunicação Social da
instituição. Trata-se de uma revista mensal, com noticiário
diverso, artigos técnicos e outros assuntos de interesse
público. A revista funciona também como suporte para a
disseminação da marca TCE-RJ, reforçando a identidade do
tribunal junto a públicos específicos diversos. Sua tiragem é de cerca de 4 mil
exemplares e é enviada para os outros 34 tribunais de contas do país, câmaras de
vereadores e prefeituras do estado do Rio, parlamentares em geral, secretarias e
órgãos públicos, além de jornalistas.
Até agora, o informativo atingiu o número 56, o que demonstra uma cadência
periódica do que, caracterizamos como o principal instrumento de mídia externa
desenvolvido pela Coordenadoria de Comunicação Social. Se aplicarmos um
referencial médio de quatro leitores por exemplar da revista TCE-RJ Notícia, numa
tiragem de quatro mil exemplares, temos cerca de 16 mil leitores por cada edição.
Embora seja um número relevante, ainda é aquém das necessidades exigidas
para uma performance autêntica de veiculação de massa.
31
5.1.2 – Home Page - Internet
O portal do TCE-RJ na internet é o elo
virtual da instituição com os internautas, onde
é possível acessar diversos links com
noticiário, decisões plenárias, entre outras
informações. A home page do tribunal oferece ainda outros serviços de interesse
público tais como editais de licitação examinados, pesquisas de preços para a
administração do governo do estado e dos municípios, pareceres prévios de contas
de gestão, certidões emitidas, ou seja, informações principalmente direcionadas aos
jurisdicionados do TCE-RJ. Além disso, estudos socioeconômicos e esclarecimentos
de dúvidas sobre o Sistema Integrado de Gestão Fiscal (Sigfis), dentre outros.
Embora seja um instrumento de mídia de ponta, onde há uma interatividade
adequada com o internauta interessado, a internet não pode ser considerada uma
comunicação de massa autêntica, pois o número de acessos é aquém ao índice
desejável, e, além disso, é praticamente direcionado a um público específico.
Estas são as principais mídias próprias para divulgação das ações do tribunal
junto aos públicos externos. Para nós, ainda insuficiente para garantir uma
divulgação realmente que atenda as atuais necessidades do tribunal de difundir sua
imagem na sociedade.
5.1.3 – Assessoria de Imprensa
A terceira ponta da política de divulgação do tribunal, dentro do atual
planejamento estratégico, está no trabalho de assessoria de imprensa, que vem
trabalhando reforçando as relações com os meios de comunicação e seus agentes,
com o objetivo de se tornar fonte de informação respeitada e requisitada, cujo
resultado tem se refletido num crescimento constante nos últimos seis anos no
número de matérias veiculadas, que representaram alguma forma de divulgação
para o TCE-RJ. Estes números foram objeto de análise (Anexo A) feita pela
32
Coordenadoria de Comunicação Social apresentada recentemente à direção da
casa, que demonstramos no quadro e gráfico impressos a seguir:
Quadro 1 – Matérias publicadas
Ano Total de Matérias
Em cm2
Matérias Positivas
Em cm2
Matérias
Negativas Em
cm2
2001 159.779 92.279 64.500
2002 146.648 132.199 14.449
2003 230.210 219.600 10.619
2004 159.443 155.648 3.795
2005 182.070 180.720 1.350
2006 380.118 372.677 7.441
Fonte: TCE-RJ
Gráfico 1 - Classificação das Matérias Jornalístic as
0
50.000
100.000
150.000
200.000
250.000
300.000
350.000
400.000
Nº
1 2 3 4 5 6
Anos 2000
Total de Matérias Em cm2
Matérias Positivas Em cm2
Matérias Negativas Emcm2
Fonte: TCE-RJ
Os números demonstram que o aumento de matérias sobre o TCE-RJ é
constante nos últimos seis anos e, além disso, as matérias consideradas positivas
33
têm crescido e as negativas têm decrescido. Ou seja, segundo este estudo, cerca de
92% das matérias publicadas nos principais jornais do Rio e São Paulo ( O Globo, O
Dia, Jornal do Brasil, O Estado de São Paulo e Folha de São Paulo) foram
consideradas positivas.
Pela nossa análise, houve um incremento e uma determinação muito
relevante no que concerne ao trabalho de assessoria de imprensa, que soube pautar
as editorias políticas, econômicas e regionais de forma bastante eficiente. De
qualquer forma os números são um retrato da atual da política de comunicação
social do TCE-RJ, que evidencia um trabalho específico para a mídia jornalística
impressa.
Porém, na nossa visão, as editorias acabam por adequar as informações
técnicas às especificidades e interpretações diversas, de acordo com a visão e/ou
interesse de quem publica. Muitas vezes, o próprio tribunal, através de nota paga,
tem que corrigir informações mal interpretadas veiculadas pelos jornais. Isto
evidencia a necessidade de uma mídia de massa própria do tribunal, que procuraria
passar uma mensagem única e autêntica para a sociedade.
34
CAPÍTULO 6 – A TV E AS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS
Um dos objetivos principais deste trabalho de conclusão de curso é procurar
identificar uma mídia de massa, que pudesse ser mais eficientemente explorada pelo
TCE-RJ. Em pesquisa, pela internet, nos diversos sites de diversos órgãos públicos,
aí incluindo os TCEs dos estados da federação, verificou-se que somente algumas
câmaras legislativas se utilizam da mídia TV para divulgar seus trabalhos, nenhuma
Casa de Contas. A maioria se utiliza de informativos próprios, além de cartilhas para
públicos específicos e restritos para interagir com a sociedade. Ou seja, para nós,
projetos gráficos que na verdade não satisfazem às necessidades de tornar os TCEs
conhecidos pela sociedade.
Portanto, é fundamental reconhecermos as reais vantagens em se explorar
mais intensamente a mídia TV no contexto da comunicação estratégica para os
órgãos públicos, principalmente àqueles que têm de alguma forma acesso a um
canal televiso próprio. E é justamente neste particular que o TCE-RJ tem a
oportunidade de desenvolver um projeto único para esta mídia.
No entanto, é preciso abordar inicialmente sobre as instituições públicas que
vem desenvolvendo um trabalho de divulgação baseado num canal, muitas
exclusivo, no sentido de estabelecer mais diretamente uma interação com a
sociedade. Para tanto, vamos nos concentrar em duas experiências de sucesso, que
têm contribuído para o incremento desses órgãos, dentre outras. Estamos nos
referindo mais especificamente às TVs Câmara, no âmbito federal, e à TV Alerj, esta
em nossa região.
6.1 – TV CÃMARA
A TV Câmara (Câmara dos Deputados Federais) foi criada em 20 de janeiro
de 1998, para transmitir as discussões e votações do Plenário e das comissões,
dando maior transparência à rede de elaboração das leis que regem o dia-a-dia da
sociedade. A partir de sua missão principal, tornou-se um veículo de promoção dos
35
valores brasileiros e consolidou-se como um canal público de informação e
cidadania.
Além de exibir ao vivo todas as sessões do Plenário, as equipes de jornalismo
acompanham os trabalhos das comissões permanentes, CPIs, seminários e
qualquer manifestação de interesse público. A linguagem recebe especial atenção,
para traduzir ao telespectador o processo legislativo e tornar a notícia e a
informação claras e acessíveis.
Telejornais diários mostram os bastidores e detalham os assuntos importantes
do dia: Câmara Hoje, Primeira Página, Bastidores, Por Dentro das Comissões,
Câmara Agora. Programas temáticos e de debates vão ao fundo das questões e
ampliam a visão do telespectador, facilitando sua tomada de posição: Expressão
Nacional, Mulheres no Parlamento, Brasil em Debate, Participação Popular, Palavra
Aberta, Comitê de Imprensa, Ver TV.
Uma vasta programação cultural valoriza a produção nacional e põe no ar
todas as cores do mosaico brasileiro: Sintonia, Talentos, Curtas na TV, Foco,
Sempre um Papo. Em 2004, dois documentários receberam o prêmio Vladimir
Herzog, a mais importante premiação jornalística da área de direitos humanos do
país: "Florestan Fernandes – O Mestre" e a série "Contos da Resistência",
composta por quatro episódios sobre o golpe de 1964 e a redemocratização do
país. Em 2005, o feito se repetiu. A TV ganhou um prêmio Vladimir Herzog na
categoria Documentário, com o programa Brasileiros: "Sonia Maria, Sonho 100
Dimensão", e outro na categoria Reportagem de Noticiário Diário, com a série
"Índios, 500 anos de resistência", apresentada no Câmara Hoje. Outras produções
da TV Câmara também mereceram distinções em 2005. O programa Foco
"Microcrédito" obteve o Prêmio Betinho de Imprensa Livre, oferecido pela Agência
Betinho de Desenvolvimento, e o jornalista Paulo José Cunha ganhou o Prêmio
Engenho de Comunicação 2005 na categoria "Comunicador da Comunicação".
Enfim, uma TV pública, como esta, tem obrigações com a cidadania e a
valorização do país, com a difusão de valores éticos, morais, sociais, artísticos e
culturais do Brasil. Temas como a democracia, a defesa do consumidor, a proteção
36
ao meio ambiente e o respeito aos direitos do cidadão são mais que um slogan;
constituem o compromisso da TV Câmara, como um canal público de qualidade,
em oferecer alternativa de boa programação para o brasileiro de todas as regiões e
todas as idades.
Cobrindo 100% do território nacional, o sinal da TV Câmara está disponível em
redes abertas e por assinatura. Via parabólica, operadoras de TV a cabo ou, no
Distrito Federal, em UHF, a programação está no ar 24 horas por dia.
Integrante do Portal da Câmara na internet, o site da TV Câmara vem contribuir
para a universalização de acesso à informação da atividade legislativa, cumprindo
os seguintes papéis:
• apresentar informações mais detalhadas sobre o que é televisionado, como
os textos que acompanham os vídeos, de forma permanente e atualizada;
• constituir um canal alternativo, inclusive de transmissão ao vivo, que não
requer o televisor nem o sinal para sintonia;
• antecipar informações sobre a programação, destacando aspectos de
interesse e convidando o público;
• permitir contato e interação com o público;
• possibilitar a pesquisa e a recuperação de informações.
6.2 – TV ALERJ
Na visão dos idealizadores do projeto de uma TV própria para o Poder
Legislativo, mais precisamente para Assembléia Legislativa do Estado do Rio de
Janeiro (ALERJ), deputados Heloneida Studart e Alessandro Molon, a TV Alerj foi,
incontestavelmente, uma das mais importantes conquistas da população do Estado
do Rio de Janeiro. Na visão destes, através dela, os cidadãos podem acompanhar,
em tempo real, o processo legislativo, o cotidiano do Estado, os temas em discussão
no parlamento fluminense, o trabalho de seus representantes.
37
Ao iniciar suas transmissões em fevereiro de 2004, o sinal da TV Alerj,
distribuído através de satélite, chega a todas as distribuidoras de TV a cabo filiadas
à NET Cabo, sendo recebido em grande número de Municípios do Estado do Rio de
Janeiro. O sinal da TV Alerj é compartilhado diariamente com as TVs Legislativas
municipais do Estado do Rio de Janeiro que operam sinal de TV.
No que concerne aos parlamentares da Assembléia Legislativa, o canal
exclusivo assegura a todos os Membros da Assembléia Legislativa,
independentemente de filiação partidária, oportunidades iguais de participação em
programas de debates e entrevistas produzidos e veiculados pelo canal, respeitado
o interesse daqueles Membros de participar dos programas.
No projeto legislativo de número 743, de 2004, sobre a programação da TV
Alerj, é determinado que o canal é voltado para o registro dos trabalhos
parlamentares, especialmente a transmissão ao vivo das sessões legislativas, e tem
entre as suas prioridades transmitir:
I - ao vivo, obrigatoriamente, as sessões da Assembléia Legislativa
preparatórias, ordinárias e extraordinárias;
II - ao vivo, a critério da Mesa Diretora, reuniões:
a - da Mesa Diretora;
b - do Colégio de Líderes;
c - das Comissões Permanentes, salvo solicitação do Presidente da
Comissão;
d - das Comissões Temporárias, salvo solicitação do Presidente da
Comissão;
e – das Sessões Solenes;
f - outras, no âmbito da Assembléia Legislativa.
Os programas realizados são reexibidos em consonância com a atualidade
dos temas nele abordados e de sua adequação à grade de programação. Transmite
38
os trabalhos parlamentares, com reexibição em horários alternativos, realizando
também programas de cunho institucional, jornalístico e cultural, dentre os quais:
· ALERJ em Revista
Programa semanal que apresenta resumo dos acontecimentos na Assembléia
Legislativa.
· Resumo do Plenário
Programa semanal que apresenta resumo das votações e acontecimentos n no
Plenário da Assembléia Legislativa.
Em que pese o incontestável significado da iniciativa, e de estar a TV Alerj
ainda engatinhando, uma das propostas discutidas pelo Poder Legislativo é, cada
vez mais, incrementar o canal televisivo com uma linguagem e programação que
mais se aproxime das Tvs comerciais, visando a popularização da TV Alerj.
Para tanto, com o intuito de conhecer as características do espectador da TV
Alerj (canal 12, Net-Rio) no Estado do Rio de Janeiro, a emissora realizou, em 2006,
pesquisa, através do Ibope, para mostrar a cobertura do canal da Assembléia,
utilizando critérios como gênero, idade, renda familiar e disposição geográfica.
Foram realizadas, entre os dias 4 e 9 de março, 1.008 entrevistas, em 31 dos 92
municípios do Rio de Janeiro. Pelo menos 16% da população dizem ter assistido, ao
menos uma vez, o canal. Entre os telespectadores, 17% são homens, enquanto que
16% são mulheres.
A pesquisa revelou uma surpresa: logo abaixo dos indivíduos com idade entre
40 e 49 anos estão os jovens entre 16 e 24 anos, o que significa que estes jovens se
interessam pela política do estado e procuram acompanhar os acontecimentos do
Legislativo. Geograficamente, os maiores índices de audiência estão nas regiões
litorâneas, central e no bairro da Tijuca, Zona Norte da cidade do Rio que,
curiosamente, representa uma fatia gorda do público (53%). Regiões da periferia e
interior do estado, ao contrário, contribuem pouco para a audiência do canal, com
15% cada.
39
Com base nos números, a TV Alerj não baseia só sua programação nos
assuntos técnicos da Casa, mas também privilegia a cultura e a história do País,
ressaltando seu caráter pedagógico e de cidadania. E é com esta realidade que
poderia inspirar o TCE-RJ a desenvolver um projeto semelhante, com a utilização de
uma programação própria em parceria com a TV Alerj, já que, como vimos no início
deste subtítulo, há parcerias com outras casas legislativas, em especial com a
Câmara Municipal do Rio de Janeiro, e, também, com a Prefeitura Municipal do Rio
de Janeiro, que se utilizam da TV Alerj com suas programações próprias.
40
CONCLUSÕES E SUGESTÕES
Depois de transcorrermos sobre a importância da Comunicação na
sociedade, a idéia principal defendida pelos idealizadores deste trabalho é pela
iniciativa de uma discussão mais profunda da política de comunicação no âmbito do
TCE-RJ, por conta de considerarmos aquém das necessidades atuais da Casa e,
nunca é demais repetir, das exigências para um controle social efetivo. Em vista,
principalmente, da sociedade ainda desconhecer a realidade do trabalho
desenvolvido no Tribunal e sua importância para a sociedade, no que concerne ao
controle social sobre as contas públicas, oriundas dos tributos pagos pela
população.
Para nós, a discussão sobre um projeto próprio para a implementação de uma
programação exclusiva do TCE-RJ - com a criação do “Espaço TCE TV” – (Anexo
B), numa parceria com a TV Alerj, traria vantagens expressivas não só para a
instituição, mas, também, para os diversos públicos afins às atribuições do Tribunal,
pois, dentro do projeto, poderia ser desenvolvida uma programação interativa para
com os jurisdicionados. A idéia é fazer com que a grade de programação do “Espaço
TCE TV” inclua iniciativas pedagógicas de orientação e esclarecimento para os
controladores de contas espalhados praticamente em todos os órgãos e sociedades
públicas do estado.
Achamos, pois, relevante incluir no planejamento estratégico atual de
Comunicação Social do Tribunal de Contas um estudo preliminar de viabilização de
um projeto de mídia de TV própria para a instituição.
41
BIBLIOGRAFIA
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introdução. A Política, a comunicação política e a opinião pública, 2003
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Coleção Tecnologia & Informação, SP, 2005
DEBORD, G. A sociedade do espetáculo . Rio de Janeiro: Contraponto, 1997
DRUCKER, Peter. Administração em tempos de grandes mudanças . São Paulo:
Pioneira, 1999.
KUNSCH, Margarida. Planejamento de relações públicas na comunicação
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MACLUHAN, Marshall, Os meios de comunicação com extensões do homem,
Record, 1970
NOGUEIRA, Nemércio. Opinião pública e democracia . São Paulo: Nobel, 1987
42
OLIVEIRA, Maria José da Costa. Comunicação Pública . Campinas (SP), Alínea,
2004
TCE Notícia – Informativo mensal do Tribunal de Contas, nº 29 , Outubro / 2004.
WATZLAWICK, Paul. Pragmática da Comunicação Humana, Editora Cultrix, São
Paulo, 1978
www.tce.rj.gov.br
www.alerj.gov.br
www.tvcamara.gov.br
.
43
ANEXO A
DIAGNÓSTICO PARA UMA AUDITORIA DE IMAGEM INSTITUCIO NAL NA MÍDIA
IMPRESSA
Coordenadoria de Comunicação Social, Imprensa e Edi toração – Dezembro
2006
A análise qualitativa e quantitativa das reportagens publicadas nos últimos
oito anos indica mudança radical positiva, a partir de 2002. Todavia, isso não
significa que períodos anteriores apresentavam uma imagem negativa. Indica, isto
sim, que antes havia menos visibilidade da instituição, circunstância potencial de
fragilidade da marca.
Uma verdadeira auditoria de imagem requereria a aplicação de diversas
metodologias, tais como pesquisa de mercado, quantitativa e qualitativa, com coleta
de dados primários e secundários, entrevistas em profundidade com autoridades e
especialistas e análise do microambiente, além de outras ações.
Entretanto, ainda que de forma não científica, este trabalho revela dados
emblemáticos com base na centimetragem das reportagens publicadas e na análise
de conteúdo dessas matérias.
Do total de matérias publicadas nos últimos seis anos (2001 a 2006), 92%
foram positivas. Caso do Tribunal de Contas do estado do Rio de Janeiro, pode-se
chegar à seguinte conclusão: historicamente, o TCE foi pouco noticiado e, de um
modo geral, a sociedade ainda desconhece as atribuições e o trabalho realizado
pela instituição.
Mas, agora se percebem as mudanças. Hoje, o tribunal conta de maior
visibilidade, sobretudo, a partir de 2002. Ao ficar mais exposta, a instituição provou
sua importância, confirmando o êxito pela opção de determinado posicionamento
estratégico
44
De acordo com o nosso entendimento, o TCE conta (e deve contar) com dois
parceiros: o cidadão e a mídia. Em relação aos meios de comunicação de massa, a
palavra-chave é relacionamento. Além disso, constata-se um aumento de percepção
sobre o papel do TCE, por parte de diferentes setores, a exemplo de formadores de
opinião, além de outros poderes, como o Judiciário e o Legislativo, Ministério
Público, outros tribunais e o público em geral.
Ano Total de Matérias
Em cm2
Matérias Positivas
Em cm2
Matérias
Negativas Em
cm2
2001 159.779 92.279 64.500
2002 146.648 132.199 14.449
2003 230.210 219.600 10.619
2004 159.443 155.648 3.795
2005 182.070 180.720 1.350
2006 380.118 372.677 7.441
O TCE, nos últimos anos, vem pavimentando o caminho de sua legitimação
perante a opinião pública, ao reforçar valores vinculados à independência,
transparência, credibilidade, eficiência e eficácia. A forma como o TCE vem
aparecendo nos jornais comprova a tese segundo a qual, em qualquer contexto,
uma boa imagem institucional não depende só de especialistas da área de
Comunicação Social. Estes funcionam no plano do assessoramento político das
estratégias de comunicação, mas a imagem da instituição é resultado do trabalho
das ações a atitudes da alta administração da casa, bem como da eficácia e
efetividade do trabalho da organização como um todo.
Razões para atual imagem positiva vinculada à área de Comunicação Social
- Novo sistema de atendimento aos jornalistas
- Maior exposição do Tribunal na mídia m geral,
45
- Tribunal e suas ações foram temas de matérias especiais sobre diferentes
assuntos nos jornais de grande circulação.
- Estudos elaborados por diferentes setores do TCE, notadamente a
Secretaria-Geral de Planejamento, serviram de matéria-prima para
reportagens especiais de jornais de grande circulação.
- A nova publicação com periodicidade mensal – a TCE Notícia – enviada por
mala direta a diversos setores, incluindo cerca de 200 jornalistas dos
principais jornais vêm funcionando, desde 2002, como fonte de pautas e
informações.
- Da mesma forma, o site do TCE na internet também vem se constituindo
como fonte de pautas para diferentes tipos de reportagens e notas de
colunas.
- Realização de ventos técnicos e seminários consolidam imagem positiva do
TCE, servindo para reforçar sua marca junto a diversos setores da sociedade
cuja atividade-fim está relacionada ao trabalho do TCE.
46
ANEXO B
Disciplina: Elaboração, Análise e Avaliação de Proj etos
Trabalho: Roteiro Básico do Projeto: Espaço TV TCE- RJ
Resultado Esperado
A execução do Projeto “Espaço TV TCE-RJ”, que é a introdução de uma
programação exclusiva televisiva no canal de emissora a cabo TV Alerj.
Objetivo
Além de dar transparência pública às atividades do TCE-RJ junto à sociedade em
geral, o projeto visa ainda informar os públicos específicos de interesse
(administradores públicos, jurisdicionados, entre outros).
Justificativa
A identificação de uma carência de informação sobre as atividades do TCE-RJ para
a sociedade e também para os diversos públicos de interesse da instituição levou à
necessidade de implementar o Projeto “Espaço TV TCE-RJ”.
Condições gerais
Para a efetiva implementação do projeto é necessário seguir os trâmites formais e
dotar a administração das condições técnicas necessárias, cujos detalhes serão
descritos na seqüência.
47
QUADRO GERAL DE ATIVIDADES PARA
IMPLEMENTAÇÃO DO “ESPAÇO TV TCE-RJ”
Quadro I (Final)
Listagem e descrição das atividades
Nº Atividades Descrição Duração
1
Designação de 5 servidores do TCE-RJ, através de ato administrativo da Presidência, para compor a Comissão de Estudos de viabilidade e implementação do "Espaço TCE-RJ" na grade de programação da TV ALERJ
A comissão será composta por 3 (três) servidores da Comunicação Social e 2 (dois) da Coordenação Administrativa. Custo: R$ 25 mil
5d
2 Publicação do ato administrativo no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro
Oficialização dos nomes da Comissão de Estudos. Custo: R$ 400
2d
3
Elaboração e proposição, pela Comissão de Estudos designados, de Ato Normativo para a criação e veiculação da programação do “Espaço TCE-RJ" na TV ALERJ,
Estabelecimento de normas e regras para o perfil de programação institucional. Custo: R$ 8 mil
15d
4 Apreciação, pela Presidência do TCE-RJ, do Ato Normativo proposto pela Comissão de Estudos designada
Definição e/ou aprovação das regras para implementação do projeto. Custo: R$ 2,5 mil 3d
5
Aprovação do Ato Normativo proposto pela Comissão de Estudos designada pelo Conselho Superior de Administração do TCE-RJ,
Definidas as regras. Custo: R$ 1,5 mil 10d
6 Publicação do Ato Normativo no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro
Oficialização das normas. Custo: R$ 400 2d
7 Agendamento, pela Comissão de Estudos designada, de reuniões com dirigentes de programação da TV ALERJ.
Definir os parâmetros de funcionamento do "Espaço TCE-RJ", tais como duração e horário disponíveis para a veiculação da programação a ser implementada. Custo: R$ 8 mil
5d
8
Estabelecimento da programação a ser veiculada, através de reuniões a serem realizadas pela Comissão de Estudos designada e representantes da Coordenadoria de Comunicação Social do TCE-RJ
Designação da grade de programas. Custo: R$ 7 mil.
15d
9 Apreciação e aprovação, pela Presidência do TCE-RJ, da grade de programação proposta
Análise parcial do projeto. Custo: R$ 2 mil 3d
48
10
Indicação, pela Comissão de Estudos designada, de 5 profissionais com a qualificação técnica necessária para compor o quadro de cargos comissionados da Coordenadoria de Comunicação Social voltado para as atividades referentes à programação do "Espaço TCE-RJ",
Quadro de pessoal do setor de produção. Custo: R$ 18 mil
5d
11 Análise, pela Comissão de Estudos designada, de currículos apresentados pelos candidatos aos cargos comissionados
Definição e seleção do quadro técnico. Custo: R$ 8 mil
5d
12 Entrevista a ser realizada pela mesma Comissão, com os candidatos que tiverem os currículos selecionados
Continuação do processo seletivo. Custo: R$ 6 mil 5d
13 Escolha dos profissionais a serem contratados
Definição de pessoal para contratação. Custo: R$ 2 mil
1d
14 Apreciação dos nomes e currículos pelo Presidente do TCE-RJ
Aprovação de nomes pela Presidência. Custo: R$ 2 mil 3d
15
Nomeação, pelo Presidente do TCE-RJ, dos profissionais indicados pela Comissão de Estudos para ocupar os cargos comissionados
Ato administrativo de nomeação. Custo: R$ 400
2d
16 Publicação do ato administrativo no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro
Oficialização da contratação do pessoal. Custo: R$ 400
2d
17
Solicitação, pela Comissão de Estudos designada, da contratação de produtora de vídeo para implementação da programação a ser veiculada na TV ALERJ
Ato administrativo. Custo R$ 400 1d
18 Abertura do processo administrativo pela Subsecretaria de Administração e Finanças do TCE-RJ
Ato administrativo de análise e definição de parâmetros para contratação de produtora. Custo: R$ 800
1d
19
Elaboração, pela Coordenadoria Setorial de Compras do TCE-RJ, de cotações de preços com diversas empresas atuantes no mercado
Pesquisa de mercado de produtoras. Custo: 4 mil
15d
20
Análise, pela Coordenadoria Setorial de Compras do TCE-RJ, das cotações de preços apresentadas pelas empresas e cálculo do valor estimado para a contratação
Segunda fase da pesquisa para escolha da produtora. Custo: R$ 2 mil
1d
21 Elaboração da minuta do edital de licitação pela Coordenadoria Setorial de Compras do TCE-RJ
Descrição do ato administrativo de licitação. Custo: R$ 200
1d
22 Apreciação da minuta do edital de licitação pela Procuradoria-Geral do TCE-RJ
Procedimento burocrático sobre a legalidade do processo. Custo: 5 mil
5d
23 Autorização para a abertura do procedimento licitatório pelo Secretário-Geral de Administração do TCE-RJ
Procedimento administrativo. Custo: 800 1d
24 Bloqueio orçamentário pela Coordenadoria de Administração Financeira do TCE-RJ
Ato administrativo/financeiro de provimentos de recursos Custo: R$ 3 mil
1d
25 Publicação do edital da licitação no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro e em jornal de grande circulação
Ato administrativo/burocrático de publicidade. Custo; R$ 12 mil
2d
49
26 Realização da fase de habilitação da licitação pela Comissão Permanente de Licitação do TCE-RJ
Entrega de propostas das empresas produtoras interessadas. Custo: R$ 2 mil
30d
27 Publicação do resultado da fase de habilitação da licitação no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro
Ato administrativo de publicidade. Custo: R$ 8 mil
2d
28 Realização da fase de julgamento da licitação pela Comissão Permanente de Licitação do TCE-RJ
Análise de propostas e escolha da empresa. Custo: R$ 4 mil
30d
29 Adjudicação, pela Comissão Permanente de Licitação, do objeto da licitação à empresa vencedora do certame
Definição e autorização para prestação do serviço. Custo: R$ 5 mil
5d
30 Publicação do resultado da licitação no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro e em jornal de grande circulação
Ato administrativo de publicidade. Custo: R$ 16 mil
2d
31 Homologação da licitação pelo Subsecretário de Administração e Finanças do TCE-RJ
Ato administrativo/burocrático. Custo: R$ 2 mil
1d
32 Publicação da homologação da licitação no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro
Oficialização do ato de empresa produtora selecionada. Custo: R$ 400
2d
33 Empenhamento da despesa pela Coordenadoria de Administração Financeira do TCE-RJ
Formalização de ato administrativo financeiro. Custo: R$ 2 mil
5d
34 Elaboração do termo contratual pela Coordenadoria Setorial de Compras do TCE-RJ
Ato administrativo de contrato entre as partes. Custo: R$ 1,5 mil
2d
35 Assinatura do Contrato pelas partes Reunião para assinatura do contrato. Custo: R$ 3 mil
5d
36 Publicação do extrato do termo de Contrato no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro
Oficialização da contratação da empresa produtora do projeto. Custo R$ 400
2d
37 Autorização, pela Coordenadoria de Comunicação Social, para o início da execução contratual
Ato administrativo de início de execução do projeto. Custo: R$ 600
2d
38
Elaboração e execução do programa piloto pela empresa contratada, com tema proposto pela Coordenadoria de Comunicação Social do TCE-RJ
Ato administrativo/operacional de execução do projeto. Custo: R$ 18 mil
15d
39
Aprovação, pela Coordenadoria de Comunicação Social, do programa piloto apresentado pela empresa contratada e atestação dos serviços executados
Análise para aprovação do programa-piloto. Custo: R$ 5 mil 15d
40 Execução e entrada ao ar do programa
Espaço TCE/RJ Projeto finalizado. Custo: R$ 187.700 5d
50
Projeto: IMPLEMENTAÇÃO DO “ESPAÇO TCE-RJ TV” NA GRA DE DE
PROGRAMAÇÃO DA TV ALERJ
ORÇAMENTO GERAL
- +Servidores TCE-RJ (valor em HH) TOTAL HORAS
Presidente 50,00 7.600,00 7.220,00 7.980,00 12.000,00 152,00