-
rerc*re-
Iffi-:re#:
%==ffiffiffiffii${$fi$}fffiffi4W@UI@H
W:##_wffiffiffiffiffiffire
Wffireffiffiffire+4+E
cAPru lo
& Hffi#ffiH& ffiruffiHffi #'ffi ffi-effi ffiffi
o eue rsrcAp,r ,.:.: ., Um dos tpicos principais da termodinmica
a fsica dos gases. Um gs
formado por tomos (isolados ou unidos em molculas) que ocupam
totalmente ovolume do recipiente em que se encontram e exercem
presso sobre as paredes. Emgeral, podemos atribuir uma temperatura
a um gs confinado. Essas trs proprie-dades dos gases (volume,
presso e temperatura) esto relacionadas ao movimenrodos tomos. O
volume uma consequncia da liberdade que os tomos tm para seespalhar
por todo o recipiente, a presso causada por colises dos tomos com
asparedes do recipiente e a temperatura est associada energia
cintica dos tomos.A teoria cintica dos gases, o foco deste captulo,
relaciona o volume, presso etemperatura de um gs ao movimento dos
tomos.
A teoria cintica dos gases tem muitas aplicaes prticas. os
engenheiros au-tomobilsticos estudam a queima do combustvel
vaporizado (um gs) no motor doscaffos. os engenheiros de alimentos
medem a produo do gs de fermentao quefaz opo crescer quando est
sendo assado. Os engenheiros da indstria de bebidasprocuram
entender de que forma o gs produz um "colarinho" em um copo de
chopee arranca a rolha de uma garrafa de champanha. Os engenheiros
biomdicos tentamcalcular o tempo mnimo que um mergulhador deve
levar para subir superfciepara no correr o risco de que bolhas de
nitrognio se formem no sangue. os meteo-rologistas investigam os
efeitos das trocas de calor entre os oceanos e a atmosferasobre as
condies do tempo.
O primeiro passo em nossa discusso da teoria cintica dos gases
tem a ver coma medio da quantidade de gs presente em uma amostra,
que envolve o nmerode Avogadro.
I *-f. O Nmero de AvogadroQuando estamos lidando com tomos e
molculas, faz sentido medir o tamanho dasamostras em mols. Fazendo
isso, temos certezade que estamos comparando amosffasque contm o
mesmo nmero de tomos e molculas. O moL uma das sete
unidadesfundamentais do SI, definido da seguinte forma:
ffitffiUm mol o nmero de tomos em uma amosta de 12 g de carbono
I2.
A pergunta bvia a seguinte: "Quantos tomos ou molculas existem
em ummol?" A resposta foi obtida experimentalmente. Como vimos no
Captulo 18, essenmero
Na : 6,02 x 1023 mol I (nmero de Avogadro), (1e-1)onde mol i
representa o inverso do mol ou "por mol" e mol o smbolo da
unidademo1. o nmero No chamado de nmero de Avogadro em homenagem ao
cientista
ffireffi ffi-ffiffiffiW
217
-
214 CAPTULO 19
italiano Amedeo Avogadro (1776_1856;), um dos primeiros a
concluir que todos o>gases que ocupam o mesmo volume nas mesmas
condies de temperatura e pressocontm o mesmo nmero de tomos ou
molculas.
O nmero de mols n contidos em uma amostra de qualquer substncia
igualrazoentre o nmero de molculas Nda amostra e o nmero de
molculas l' ernl mol:
(19-l t
(Ateno: como os trs smbolos da Eq. 19-2 podem ser facilmente
confundidos'certifique-se de que compreendeu bem o que significam,
para evitar problemas fu-turos.) Podemos calcular o nmero de mols n
em uma amostra apartir da massa -trI.-da amostra e da massa molar M
(a massa de um mol) ou da massa molecular rl tamassa de uma
molcula):
,, _ M^n
-
M^ (.1 9-.lr": t"t
: *N"
Na Eq. 19-3, usamos o fato de que a massa M de I mol o produto
da massa nr deuma molcula pelo nmero de molculas No em 1 mo1:
M: mlVe. ( 19--i
"1*- Gases ldeaisNosso objetivo neste captulo explicar as
propriedades macroscpicas de um gis(como, por exemplo, presso e
temperatura) em termos das molculas que o cons-tituem. Sutg", porm,
um problema: de que gs estamos falando? Seria hidro-enia"oxignio,
metano, ou, talvez, hexafluoreto de urnio? So todos diferentes. As
mc-didas mostram, porm, que se colocamos 1 mol de vrios gases em
recipientes rlemesmo volume e os mantemos mesma temperatura, as
presses so quase iguair'Se repetimos as medidas com concentlaes dos
gases cada Vez menores, aS pequ-nas diferenas de presso tendem a
desaparecer. Medidas muito precisas mostramque, em baixas
concentraes, todos os gases reais obedecem relao
pV : nRT (lei dos gases ideais), (19-5 t
em quep a presso absoluta (e no a manomtrica), n o nmero de mols
do gse T atemperatura em kelvins. O fator R chamado de constante
dos gases ideaise possui o mesmo valor para todos os gases:
R : 8.31 J/mol'K. (19-t
A Eq. 19-5 a chamada lei dos gases ideais. Contanto que a
concentrao do gsseja Laixa, a lei se aplica a qualquer gs ou
mistura de gases. (No caso de uma mir-tra, n o nmero total de mols
na mistura.)
Podemos escrever a Eq. 19-5 de outra forma, em termos de uma
constante ':chamada constante de Boltzmann, definida como
8.31 J/mol'K : 1,38 x 10-23J/K. (te-1)6,02 x 1023 mol 1
De acordo com a Eq. lg-1, R: kNe Assim, de acordo com a Eq. I9-2
(n: N/l/A),temos:
nR: Nk. (1e-8)Substituindo essa relao na Eq. 19-5, obtemos uma
segunda expresso para a leidos gases ideais:
^/n:-'" 1/^
,.- R
^- No
-
pV : N kT (lei dos gascs ideais.). (1e-e)
(1e-10)
IilI-A TEORIA CINTICA DOS GASES 219
Figura I9-1 Um vago-tanqueesmagado da noite para o dia.
(Cofiesiade www. H ouston. Rail F an. ne t )
(Ateno: note a diferena entre as duas expresses da lei dos gases
ideais. A Eq.19-5 envolve o nmero de mols, n, enquanto aq. r9-9
envolv o nmero de mo-Iculas. N.)
o leitor pode estar se perguntando: o que , afinal, um gs idear
equal suaimportncia? A resposra esr na simplicidade da lei (Eqs.
l9-\ e l9-g) que governaas propriedades macroscpicas de um gs
ideal. usando essa lei, como veremos emseguida, podemos deduzir
muitas das propriedades de um gs real. Embora no existananafi)reza
um gs com as propriedades exatas de um gs ideal, todos os gases
reaisse aproximam do estado ideal em concentraes suficientemente
baixas, ou seja, emcondies nas quais as molculas esto to distantes
umas das outras que pratica-mente no interagem. Assim, o conceito
de gs ideal nos permite obter informaesteis a respeito do
comportamento limite dos gases reais.
uma equipe de faxina estava usando vapor d'gua para limpar o
interior do va-go-tanque da Fig. 19-1. Como ainda no haviam
terminado o trabalho no final doexpediente, fecharam as vlvulas do
vago e foram embora. euando voltaram namanh seguinte, descobriram
que as grossas paredes de ao do vago tinham sidoesmagadas, como se
uma criatura gigantesca de um filme de fico cientfica classeB
tivesse pisado no vago durante a noite.
AEq. 19-9 fornece uma explicao para o que aconteceu com o vago.
euandoo vago estava sendo lavado, o interior estava cheio de vapor
quente, que um gsde molculas de gua. A equipe de faxina deixou o
vaporentio do tanque quandofechou as vlvulas do vago no f,nal do
expediente. Nssa ocasio, a presso no in_terior do tanque era igual
presso atmosfrica porque as vlvulas tinham perma-necido abertas
durante a limpeza. euando o vago esfriou durante a noite, o
vaporesfriou e a maior parte se transformou em gua, o que signif,ca
que tanto o nmeroN de molculas de gs quanto a temperatura T do gs
diminuram. Assim, o ladodireito da Eq. 19-9 diminuiu e, como o
volume v se manteve constante, a presso pdo lado esquerdo tambm
diminuiu. Em algum momento durante a noite, pressado gs no interior
do vago flcou to baixa que a presso atmosfrica foi suficientepara
esmagar as paredes de ao do vago. A equipe de faxina poderia ter
evitado oacidente deixando as vlvulas abertas paa que o ar entrasse
no vago e mantivessea presso intema igual presso atmosfrica.
aMTrabalho Realizado por um Gs ldeal Temperatura constanteSuponha
que um gs ideal seja introduzido em um cilindro com um mbolo, como
odo captulo 18. Suponha tambm que permitimos que o gs se expanda de
um volumeinicial v,para um volume finalvrmantendo constante a
temperatura zdo gs. umprocesso desse tipo, temperatura constante,
chamado de expanso isotrmica(e o processo inverso chamado de
compresso isotrmica).
Em um diagrama p-v, .,ma isoerma .omacuva que riga pontos de
mesma tem-peratura. Assim, o grfico da presso em funo do volume
para um gs cuja tempe-raira T mantida constante. para n mols de um
gs ideal, o grf, da equa
n : nnr l: (constante)
A exBanso acontece ao trongode uma isoterma (a temperaturado gs
constante).
p
7
VA Fig. 19-2 mostra trs isotermas, cada uma coffespondendo a um
valor diferente(constante) de 7. (observe que os valores de z das
isotermas aumentam para cimae para a direita.) A expanso isotrmica
do gs do estado i paru o estado/ tempe-ratura constante de 310 K
est indicada na isoterma do meio.
Para determinar o trabalho realizado por um gs ideal durante uma
expansoisotrmica, comeamos com a Eq. 1g-25,
r:
Figura 19-2 Trs isotermas em umdiagr ama p -V. A trajetria
mostradana isoterma central representa utl1aexpanso isotrmica de um
gs de umestado inicial I para um estado finall Atrajetria delparai
na mesma isotennarepresenta o processo inverso. ou seja.uma
compresso isotrmica.W: p dv. (1e-1 r )
-
220 CAPTULO 19
A Eq. 19-11 uma expresso geral para o trabalho rcaTizado durante
qualquer 1.a-riao de volume de um gs. No caso de um gs ideal,
podemos usar a Eq. 19-J(pV : nRT) para eliminarp, obtendo
*:['#* ( 19-1:
(79-14)
Como estamos supondo que Se trata de uma expanso isotrmica, a
temperafura f constante, de modo que podemos coloc-la do lado de
fora do sinal de intesracoe escrever
W: (19-1-r i
Calculando o valor da expresso entre colchetes nos limites
indicados e usando aidentidade ln a
-ln b : ln(a/b), obtemos
,nrlnl'r"*, [:,
dVV
W -
nRT h +
(gis ideal' processo isotermico)
Lembre-se de que o smbolo ln indica que se trata de um logaritmo
natural, debase e.
No caso de uma expanso, V, maior do que I{, de modo q]uie a tazo
Vf V, naEq. 19-14 maior que 1. O logaritmo natural de um nmero
maior do que 1 posi-tivo e, portanto, como era de se espera, o
trabalho W realizado por um gs ideal du-rante uma expanso isotrmica
positivo. No caso de uma compresso, V, menorque 14, de modo qne
arazo entre os volumes na Eq. 19-14 menor que 1. Assim,como era de
se esperar, o logaritmo natural nesta equao (e, portanto, o
trabalhoW) negativo.
Yrmhsfum ffieaxmd* m W*a*rx'ce ffirys:s*mrx* * & Fr*ss&m
ffimx"astmrx*A Eq. 19-14 no permite calcular o trabalho w realizado
por um gs ideal em qual-quer ptocesso termodinmico; s pode ser
usada quando a temperatura mantidaconstante. Se a temperatura
varia, a varivel 7da Eq. l9-l2no pode ser colocadado lado de fora
do sinal de integrao, como na Eq. 9-13, de modo que no pos-svel
obter aBq.l9-I4.
"# TESTE I
Um gs ideal tem uma presso inicial de 3 unidades de presso e um
volume inicial de4 unidades de volume. A tabela mostfa a presso
f,na1 e o volume final do gs (nas mes-mas unidades)em cinco
processos. Que processos comeam e terminam na mesma iso-terma?
a h c depV
12
1
1
12
65 427 3
Entretanto, podemos sempre voltar Eq. 19-11 pzra determinar o
trabalho ll-realizado por um gs ideal (ou qualquer outro gs)
durante qualquer processo' comos processos a volume constante e
presso constante. Se o volume do gs cons-tante, aEq. 19-11nos d
W : 0 (processoavolumeconstante). (19-15Se, em vez disso, o
volume varia enquanto a presso p do gs mantida constanl.a Eq. 19-11
se torna
W: p(Vf - V): p LV (processopressoconstante). (19-l
-
ffi3ffiHryA TEORIA CINTICA DOS GASES 221
Variaes de temperatura, volume e presso de um gs ideal
Um cilindro contm l2L de oxignio a20"C e 15 atm. Atemperatura
aumentada para 35'C e o volume reduzidopara 8,5 L. Qual a presso
final do gs em atmosferas?Suponha que o gs seja ideal.
Como o gs ideal, a presso, volume, temperatura e n-mero de mols
esto relacionados pela lei dos gases ideais,tanto no estado inicial
I como no estado final"f.
Clculos De acordo com a Eq. 19-5, temos:p1V,: nRT, e prV:
nRTt.
Dividindo a segunda equao pela primeira e explicitan-do p,
obtemos
Observe que no h necessidade de convertet os volumesinicial e
final de litros para metros cbicos, j que os fa-tores de converso
so multiplicativos e se cancelam naEq. l9-I7 . O mesmo se aplica
aos fatores de conversoda presso de atmosferas para pascals. Por
outro lado, aconverso de graus Celsius para kelvins envolve a
somade constantes que no se cancelam. Assim, para
aplicarcortetamente a Eq. 19-11 , as temperaturas devem
estarexpressas em kelvins:
Ti: Q73 + 20) K : 293 Ke Tf:(273+35)K:308K.Substituindo os
valores conhecidos na Eq. 19-17, obte-mos
(15 atm)(308 KX12 L) : 22 atm. (Resposta)p,TrYpr: tut (19-17)
pr: (2e3 KXS.5 L)
Trabalho realizado por um gs ideal
Um mol de oxignio (trate-o como um gs ideal) se expan-de a uma
temperatura constante 7 de 3 10 K de um volumeinicial V,de l2Lpara
um volume final V, de 19 L. Qual o trabalho realizado pelo gs
durante a expanso?
0102030Volume (L)
Figura 1 9-3 A rea sombreada representa o trabalhorealizado por
1 mol de oxignio ao se expandir de V, para V, auma temperatura
constante de 310 K.
Em geral, calculamos o trabalho integrando a presso dogs em
relao ao volume usando a Eq. 19- 1 1 . Neste caso,porm, como o gs
ideal e a expanso isotrmica, essaintegrao leva Eq. 19-14.
CtcutoPodemos escrever:
VW : nRTln J
V19L: (l moll(tt..r I .l/mol . K)(310 K) ln , . a
3,0
2,Oto
a 1.0 : 1180 .I (Resposta)
A expanso est indicada no diagrama p-V da Fig. 19-3.O trabalho
realizado pelo gs durante a expanso repre-sentado pelarea sob a
curva y'.
ncl mostrar que se a expanso for revertida, como gs sofrendo uma
compresso isotrmica de 19 L para1.2L, o trabalho realizado pelo gs
ser
- 1180 J. Assim,
uma fora externa teria que realtzar um trabalho de 1180J sobre o
gs para comprimi-lo.
T= 310 K
-
222 CAPTULO 19
Perpendicular parcdesombreacla
1*-4 Presso, Temperatura e Velocidade MdiaQuadrtica
Vamos passar agora ao nosso primeiro problema de teoria cintica
dos gases' Con'i-dere n ols de um gs ideal em uma caixa cbica de
volume y, como na Fig. 19-+' -r'_-paredes da caixa so mantidas a
uma temperatura 7. Qual a relao entre a presso
p exercida pelo gs sobre as paredes da caixa e a velocidade das
molcu1as?As molculas de gs no terior da caixa esto se movendo em
todas as direcr:
e com vrias velocidades, colidindo umas com as outras e
ricocheteando nas paredes
como bolas em uma quadra de squash. vamos ignorar (por enquanto)
as colises das mt'lculas umas com as outras e considerar apenas as
colises elsticas com as paredes'
A Fig. 19-4 mostra uma molcula de gs pica, de massa m e
velocidade r - queest presles a colidir com a parede sombreada.
Como estamos supondo que as co-lises das molculas com as paredes so
elsticas, quando a molcula colide com a
parede, a nica componente Ja velocidade que muda a componente r'
que troca de
sinal. Isso significa que a nica componente do momento que muda
a componentex, que sofre uma variao
Lp*: (-*r,) -
(*r.) - -Zmv,.
Assim, o momento ap, transferido para a parede pela molcula
durante a coliso Zmv,. (como neste livro o smbolo p usado para
representar tanto o momentocomo a presso, precisamos tomar cuidado
e observar que, neste caso, p replesentao momento e uma gratdeza
vetorial.)
A molcula da Fig. 19-4 se choca vrias vezes com a parede
sombreada' o in-tervalo de tempo r entre colises o tempo que a
molcula leva para se deslocarat a parede oposta e voltar
(percorrendo uma distncia2L), movendo-se com umavelocidade u,.
Assim, r igual a2L/v,. (Note que este resultado vlido mesmoque a
molcula colida com outras paredes no caminho, j que essas paredes
so pa-ralelas a x e, portanto, no podem mudar o valor de r',')
Assim' a taxa mdia com aqual o momento transmitido para a parede
sombreada dada por
Lp, : 2mv, : *r7' .r 2Llv, L
De acordo com a segunda lei de Newton (F = ctB I dtl. ataxa com
a qual o momento transferido para a parede a fora que age sobre a
parede. Para determinar a for-
a total, devemos somar as contribuies de todas as molculas que
colidem com
pur"d", levando em conta a possibilidade de que tenham
velocidades diferentes'Dividindo o mdulo da fora total F. pela rea
da parede (: L')' temos a presso 2a que submetida a parede, onde
agora e no resto da discussop representa presso.
Assim, usando a expresso de Lp/L,t,podemos escrever a presso na
forma
lL + mv?rlL + * mvlNll.
z/t L
Figura I9-4 Uma caixa cbica deatesa L contendo n mols de um
gsideal. Uma molcula de massa m evelocidade , est Prestes a
colidircom a parede sombreada de rea17. mostrada tambm uma
retaperpendicdar a essa Parede.
L2F_
n: -:
t I_tmv1
(+),u{, +u{-."'',i'). (1e- t8)onde N o nmero de molculas que
existem na caixa'
Como .l/ : nN s, o segundo fator entre parnteses da Eq. 19- 1 8
possui nNo par-celas. Podemos substituiia soma por nNo(v?).r0, onde
(v,2).(l o valor mdio doquadrado da componente x da velocidade de
todas as molculas. Nesse caso, a Eq'
19-18 se tomanmNn
.
P -_ -f, (vi),n",t'Entetanto, mNo amassa molar M do gs (ou seja,
a massa de 1 mol do gs). como,alm disso, L3 o volume do gs,
temos:
-
Aruiz quadrada de (v2)-ra uma espcie de velocidade mdia,
conhecida comovelocidade mdia quadrtica das molculas e representada
pelo smbolo v*..*Para calcular a velocidade mdia quadrtica,
elevamos a velociade das molculasao quadrado, obtemos a mdia de
todas as velocidades e extramo s araizquadradado resultado. Fazendo
,); : v..,,podemos escrever aEq. 19-20na forma
nMvl-"P: 3vAEq. 19-2r representa bem o esprito da teoria
cinticados gases, mostrando que apresso de um gs (um
gtandezamacroscpica) depende da velocidade das mol-culas que o
compem (uma grandeza microscpica).
Podemos inverter aBq. r9-2r e us-la para carcular v*,.
combinando a Eq.19-27 com a lei dos gases ideais (pV :
nRT),temos:
nM(vf,)^60t: ,
nM(v2)*66,3V
v*, :
Para qualquer molcula, v2 = v1 + v2, + vl . como h muitas
molculas se mo-vendo em direes aleatrias, o valor mdio do quadrado
das componentes da velo-cidade no depende da direo considerada e,
portanto, v1 = vtr = v? ={ v2. Assim,a Eq.19-19 se toma
{-ultr:-rA TEORIA CINTICA DOS GASES 223
Algumas Velocidades MdiasQuadrticas Temperatura Ambiente(f:3OO
K),
(1e-1e)
(1e-20)
(le-2r)
$eaz)A Tabela 19-1 mostra algumas velocidades mdias quadrticas
calculadas usandoaEq' 19-22. As velocidades so sutpreendentemente
elevadas. Para molculas dehidrognio temperatura ambiente (300 K), a
velocidade mdia quadrtrca lg2om./s ou 6900 km/h, maior que a de uma
bala de fuzill Na ,up".f"i" do sol, onde atemperatura 2 x 106 K, a
velocidade mdia quadrtica das molculas de hidrognioseria 82 vezes
maior que temperatura ambiente, se no fosse pelo fato de qu"
"*velocidades to altas as molculas no sobrevivem a colises com
ouas molculas.Lembre-se tambm de que a velocidade mdia quadrtica
apenas uma espcie develocidade mdia; muitas molculas se movem muito
mais depressa e outras muitomais devagar que esse valor.
A velocidade do som em um gs est intimamente ligada velocidade
mdiaqtadrtica das molculas. Em uma onda sonora, a perturbao passada
de mol-cula para molcula atravs de colises. A onda n pode , rnou",
mais depressaque a velocidade "mdia" das molculas. Na verdade, a
velocidade do som deveser um pouco menor que a velocidade "mdia"
das molculas porque nem todas asmolculas esto se movendo n mesma
direo que a onda. assim, por exemplo, temperatura ambiente, a
velocidade mdia quadrticadas molculas de hidrognio ede nitrognio
1920 mls e 517 m./s, respectivamente. A velocidade do som nos
doisgases a essa tempeatura 1350 m/s e 350 m/s,
respectivamente.
o leitor pode estar se perguntando: se as molcuras se movem to
depressa,por que levo quase um minuto para sentir o cheiro quando
algum abre um vidro deperfume do outro lado da sala? A resposta
que, como discutiremos na Seo 19_6,apesa de terem uma velocidade
elevada, as molculas de perfume se afastam len-tamente do vidro por
causa das colises com ouas molcuras, que as impedem deseguir uma
trajetia retilnea.
Gs
Massamolar(10
' v*,kg/mol) (m/s)Hidrognio (Hr)Hlio (He)Vapor d'gua
(HrO)Nitrognio (Nr)Oxignio (Or)Dixido de
carbono (COr)Dixido de
enxofre (SOr)
2,024,0
18,028,07)O
44,0
64,1
19201370
645517
483
1-atL
342
'Por convenincia, a temperatura ambiente muitas vezes tomada
como 300 K (27"C), que uma temperatura relativamente elevada.
3RTM
x Do ingls root mean square, qtte significa valor mdio
quadrtico. (N.T.)
-
Valor mdio e valor mdio quadrtico
CAPTULO 19
So dados cinco nmeros: 5, 11, 32,61 e89'
(a) Qual o valor mdio n*uu desses nmeros?
Ctcuto O valor mdio dado Por
fimd5+11+32+67+89 : 40,8. (Resposta)
(b) Qual o valor mdio quadrtico rz*. desses nmeros?
Ctcuto O valor mdio quadrtico dado por
= 52J.. (Resposta)
O valor mdio quadrtico maior que o valor mdio por-
que os nmeros maiores, ao serem elevados ao quadrado'
pesam mais no resultado final'
K,*a : (|mv}1,,uo : ),m(r'),"ua : L*'?^,, (1e-23)
onde estamos supondo que a velocidade mdia da molcula durante o
tempo de ob-
servao igual ,elo.idud. mdia das molculas do gs. (Para que essa
hiptesesejavlida,precisoqueaenergiatotaldogsnoestejavariandoequeamolculaseja
observada por r*,"*po su"ficiente') Substituindo v'''' pelo seu
valor' dado pelaEq.19-22, obtemos:
K*rd: fi*)#Entretanto, M/m, amassa molar dividida pela massa de
uma molcula, simples-mente o nmero de Avogadro' Assim,
3R7-K,u.d _
,N^
De acordo com a Eq. l9-1 (k: R/No), podemos escrever;Krrruu:
|kT' $e-24)
t*-5 Energia Cintica de TranslaoVamos considerar novamente uma
molcula de um gs ideal que se move
no in-
terior da caixa da Fig. 19-4, mas agora vamos supor que a
velocidade da molcula
varia quando ela colide com outras molculas. Aenergia cintica de
translao da
molcula em um dado instant e \mv2.A energia cintica de translao
mdia emum certo intervalo de observao
,d#rrsrr zUma mistura de gases contm molculas dos tipos 1 ' 2 e
3 ' com massas
moleculares
mrlm.r>nr,.Ordeneostrstiposdeacordo(a)iomaenergiacinticamdiae(b)coma
velocidade mdia quadrtica, em ordem decrescente'
AEq. l9-24leva a uma concluso inesperada:
@Mgm uma dada temperatura 7, as molculas de qualquer gs ideal,
indePendentemente
da massa que possuam, tm a mesma energia cinetlc de ffanslao
mdia,
ikT.As11m,quandomedimosatemperatufadeumgs,tambmestamosmedindoaenergiacinticae
translao mdia das molculas do gs'
-
I *-{: Livre Caminho MdioVamos continuar o estudo do movimento
das molculas de um gs ideal. A Fig.19-5 mostra a trajetria de uma
molcula tpica no interior do gs, sofiendo mudanasabruptas tanto do
mdulo como da orientao da velocidade ao colidir elasticamentecom
outras molculas. Entre duas colises, a molcula se move em linha
reta comvelocidade constante. Embora a figura mostre as outras
molculas como se estives-sem paradas, tambm esto se movendo.
Um parmetro til para descrever esse movimento aleatrio o livre
caminhomdio das molculas. Como o nome indica, a distncia mdia
percorrida poruma molcula entre duas colises. Esperamos que varie
inversamente com N/V, onmero de molculas por unidade de volume (ou
concentrao de molculas). Quan-to maior o valor de N/V, maior o
nmero de colises e menor o livre caminho m-dio. Tambm esperamos que
varie inversamente com algum parmetro associadoao tamanho das
molculas, como o dimetro d, por exemplo. (Se as molculas fos-sem
pontuais, como supusemos at agora, no sofreriam colises e o livre
caminhomdio seria inf,nito.) Assinl, quanto maiores forem as
molculas, menor deve ser olivre caminho mdio. Podemos at prever que
deve variar (inversamente) com ocpradraclo do dimetro da molcula, j
que a seo de choque de uma molcula, eno o dimetro, que detemina sua
rea efetiva como a1vo.
Na verdade, o livre caminho mdio dado pela seguinte
expresso:
ffigreA TEORIA CINTICA DOS GASES 225
r,l
.j ;r' :",'
-.
.t. .F '
. ,.r.,' ..!* _--, {:t. .r
-
226 CAPTU LO 19
que, na verdade, representam grandezas diferentes. O v do
numerador vnuu, a ve10-cidade mdia das molculas em relao ao
recipiente. O v do denominadot v,"r, avelocidade mdia de nossa
molcula em relao s outras molculas, que tambmesto se movendo.
"tsa segunda velocidade mdia que determina o nmero de
colises. Um clculo detalhado, levando em conta a distribuio de
velocidades dasmolculas, nos d u.", : J7v,,u6i ess origem do fator
J 2.
o livre caminho mdio das molculas de ar ao nvel do mar cercade
0,1 pm. Auma altitude de 100 km, o at to rarefeito que livre
caminho mdio chega a 16 cm.A 300 km, o livre caminho mdio da ordem
de 20 km. Um problema enfrentadopelos cientistas que estlrdam a
fsica e a qumica da atmosfera superior em labora-trio a falta de
recipientes suflcientemente grandes para conter amostras de
certosgases (freon, dixido de carbono e oznio) nas condies a que
esto submetidosna atmosfera suPerior.
dd,
"ffi testr sUm mol de um gs , cujas mo1cu1astm um dimetro 2do e
uma velocidademdia rro, colocado em um recipiente.Um mol de um gs
B, cujas molcu-las tm um dimetro do e uma veloci-dade mdia 2vo (as
mo1culas do gsB so menores e mais rpidas) co-locado em um
recipiente igual. Qualdos gases tem a maior taxa media
decolises?
Livre caminho mdio, velocidade mdia e frequncia de colises
(a) Qual o livre caminho mdio de molculas de oxi-gnio a uma
temperaturaT : 300 K e a uma pressop :1,0 atm? Suponha que o
dimetro das molculas seja d :290 pm e que o gs seja ideal.
(b) Suponha que a velocidade mdia das molculas deoxignio v: 450
m/s. Qual o tempo mdio / entrecoliies para qualquer molcula? Qual a
frequncia /das colises?
Cada molcula de oxignio se move entre outras molculasde oxignio
em movimenlo, descrevendo uma trajetria emzigrezaguepor causa das
colises. Assim, o livre caminhomdio dado pela Eq. 19-25.
CtcutoPara aplicar aFlq. 19-25, precisamos conhecer onmero de
molculas por unidade de volume, l//V. Comoestamos supondo que se
trata de um gs ideal, podemosusar a lei dos gases ideais na forma
da Eq. I9-9 (pV :NkT) pma escrever ttllV : p/7. Substituindo esse
valorna Eq. l9-25. obtemos
KT:/2nd2p
10-,3 J/K)(300 K)tDn(2,9 x 10 10m)2(1,01 x 105Pa)
: l,l < lU 7 m. (Resposta)Este valor coresponde a cerca de
380 vezes o dimetro deuma molcula de oxignio.
(1) Entre colises, a molcula percoffe, em mdia, o livrecaminho
mdio com velocidade v. (2) A frequncia dascolises o inverso do
tempo / entre colises.
GlculosDe acordo com a primeira ideia-chave, o tempomdio entre
colises
distncia l,l . l0 -m' velocidade u 450 m/s: 2A4 x 10-1u s : 0,24
ns. (ResPosta )
Isso significa que, em mdia, uma molcula de oxigniopassa menos
de um quafio de nanossegundo sem sofrercoli ses.
De acordo com a segunda ideia-chave, a frequnciadas colises
2,44 x 10 10 s: 4,7 x 10e s-1. (Resposta)
xArd2 xtv(1,38 x
1
t
Isso significa que, em mdia, uma molcula de oxigniosolre cerca
de 4 bilhes de colises por segundo.
I *-? A Distnihuio de Vetrocidades das MolculasA velocidade mdia
quadrtica yrms nos d uma ideia geral das veiocidades das mo-lculas
de um gs a uma dada temperatura. Em muitos casos, porm, estamos
inte-ressados em informaes mais detalhadas. Por exemplo: qual a
porcentagem demolculas com velocidade maior que u,..? Qual a
porcentagem de molculas comvelocidade maior que o dobro de v.-,?
Para responder a esse tipo de pergunta, pIe-cisamos saber de que
forma os possveis valores da velocidade esto distribudospelas
molculas. A Fig. 19-8a mostra essa distribuio para molcrilas de
oxignio
-
A TEORIA CINTICA DOS GASES 227
400 600 800 1000Velocidade (m/s)
1200
Figura 19-8 (a) A distribuio de velocidades de Maxwellpara
molculas de oxignio a uma temperatnra T : 300 K.As trs velocidades
caractersticas esto indicadas. () Adistribuio de velocidades para
300 K e 80 K. Note que asmolculas se movem mais devagar quando a
temperatura menor. Como se trata de distribuies de probabilidade, a
fueasob cada curva igual unidade.
temperatura ambiente (7: 300 K); na Fig.l9-8b, essa distribuio
comparadacom a distribuio de velocidades a uma temperatura menor, Z
: 80 K.
Em 1852, o fsico escocs James Clerk Maxwell calculou a
distribuio de ve-locidades das molculas de um gs. o resultado que
obteve, conhecido como lei dedistribuio de velocidades de Maxwell,
foi o seguinte:
2.0
I
- 1.0
A-
L
,
90
1,0
(Le-27)
onde M a massa molar do gs,,R a constante dos gases ideais, r a
temperaturado gs e v a velocidade escalar da molcula. Grficos dessa
funo esto plotadosnas Figs. l9-Ba e lg-Bb. A grandeza P(v) daEq.
19-27 e da Fig. I9-8 umafunodistribuio de probabilidade: paru uma
dada velocidade v, o produto p(v)clv (umagrandeza adimensional) a
frao de molculas cujas velocidades esto no interva-lo dv no entorlo
de v.
como est mostrado na Fig. 79-8a, essa frao igual area de uma
faixa dealtura P(v) elargwa dv. A rea total sob a curva da
distribuio corresponde fraodas molculas cujas velocidades esto
entre zero e infinito. Como todas as molculasesto nessa categoria,
o valor datrea total igual unidade, ou seia,
P(v) dv : 1. (le-28)A frao (frac) de moiculas com velocidades no
intervalo de v, a vr, ,pofianto,
frac P(v) dv. (te-2e)
Ueloidade Mdia, Uelocidade Mrdia Quadrtica eUelocidade Mais
ProyvelEm princpio, podemos determinar a velocidade mdia u-ro das
molculas de um gsda seguinte forma: em primeiro lugar, ponderamos
cada valor de y na distribuio,ou seja, multiplicamos v pela frao
P(v)dv de molculas cujas velocidades esto
l,-
: |,,,,,
-
228 CAPTULO I9
em um intervalo infinitesimal dy no entorno de v,' em seguida,
somamos todos essesvalores de vP(.v)dv. O resultado v,,uo. Na
prtica, isso equivale a calcular
r-v,,eo: lvP(v)dv. (19-30)
Jo
Substituindo P(u) pelo seu valor, dado pela Eq. 19-27 , e usando
a integral 20 da listade integrais do Apndice E, obtemos
(velocidade mdia). (1e-31)
Analogamente, a mdia dos quadrados das velocidades, (u2),,,u0
pode ser calculadausando a equao
( 1 e-32)
Substituindo P(v) por seu valor, dado pela Eq. 19-27, e usando a
integral 16 da listade integrais do Apndice E, obtemos
(Y2)n,ea 3RT (1e-33)
A raiz quadrada de (y')-uo a velocidade mdia quadrtica v..,.
Assim,
frn,: (velocidade mdia quadrtica), (le--34)
o que est de acordo com a Eq. 19-22.A velocidade mais provvel u"
a velocidade para a qual P(v) mxima (veja
a Fig. l9-8a). Para calcular vr, fazemos dPldv : 0 (a inclinao
da curva na Fig.l9-8a zero no ponto em que a curva passa pelo
mximo) e explicitamos y. Fazen-do isso. obtemos
,2Rr,o : I tW (velocida
-
A TEORIA CINTICA DOS GASES 229
comea com a unio de dois prtons. Entretanto, os prtons se
repelem porque pos-suem cargas eltricas de mesmo sinal e prtons com
a velocidade mdia no possuemenergia cintica suficiente para vencer
a repulso e se aproximar o suficiente paraque a fuso ocora.
Entretanto, prtons muito rpidos, na cauda de altas velocidadesda
curva de distribuio, podem se fundir, e por isso que o So1
brilha.
Distribuio de velocidades em um gsUm cilindro de oxignio mantido
temperatura ambien-te (300 K). Qual afrao das molculas cuja
velocidadeest no intervalo de 599 a 601 m/s? A massa molar M
dooxignio 0,0320 kg/mol.
1. As velocidades das molculas esto distribudas em umalarga
faixa de valores, com a distribuio P(v) da Eq.79-27.
2. Afrao de molculas cuja velocidade est em um in-tervalo
infinircsimal dv P(v')dv.
3. No caso de um intervalo f,nito, a frao poderia ser
de-terminada integrando P(v) ao longo do intervalo, mas ointervalo
proposto no enunciado, Ay : 2 m/s, muitopequeno em compaao com a
velocidade v : 600 m/sno centro do intervalo.
ClculosComo u pequeno, podemos evitar a integraousando para a
frao o valor aproximado
/ rr \l/2frac : P(u) Au : a"l=!=l tr, ttv2t2R7 Lv.\ZIRT /
O grfico da funo P(u) aparece na Fig. 19-8a. A reatotaT
entre a curva e o eixo horizontal representa a frao totalde
molculas (igual unidade). A rea da faixa amarelasombreada
representa a frao que queremos calcular.
Para determinar o valor de frac. escrevernosfrac : @tr)(A)( v'z)
(eB)(Av), (1e-36)
onde( u \r 2 / o.r;-t2o kp/mot \r,1
-
t_l -
I__- e _t\2tRT / \ (22)tl..tlJ/mol.KX.10UK) /:2,92 X 10-e
s3/m3
D _ Mv) _ (0,U320 kg/mol)(600 m/s)2ZRT (2X8,31 J/nrol.K)(300
K)
: -
2.3I.
Substituindo A e B na Eq. 19-36, obremos
frac : @r)(A) (v2)(eB)(Au): @rr)(2,92 x 10-e s3im3)(600
m/s)2(e-z:t)12 mts')= 2.62 x I0 3. (Resposta)
Assim, temperatura ambiente, 0,2627o das molculas deoxignio tm
velocidades no pequeno intervalo de 599 a 601m/s. Se a faixa
amarela da Fi g. I9-8a fosse deseada na es-cala deste problema, a
largura seria difcil de ver a olho nu.
Velocidade mdia, velocidade mdia quadrtica e velocidade mais
provvelA massa molar M do oxignio 0,0320 kg/mol.(a) Qual a
velocidade mdia v.uu das molculas de oxi-gnio temperatura ambiente
(300 K)?
Este resultado est indicado na Fig. l9-8a.(b) Qual a velocidade
mdia quadrtica r.,", a 300 K?
Para calcular a velocidade mdia, devemos ponderar a ve-locidade
y com a funo de distribuio P(u) daBq. 19-27e integrar a expresso
resultante para todas as velocidadespossveis (ou seja, de 0 a
oo).
Cilculo Isso nos leva Eq. 19-31, segundo a qual
f*nr ,@' rr(n \'l rM V z(0.0.12u kg/mol)
Para determirl v1ps, precisamos primeiro calcular
(u2).,0ponderando 1,2 com a funo de distribuio P(v) da Eq.19-21 e
integrando a expresso para todas as velocidadespossveis. Em
seguida, calculamos araiz quadrada do re-sultado.
Clculo Isso nos leva Eq. 19-34, segundo a qual
FFr /TGrilrmar.K)Fro O'rnrs V M V il.o-l2okgimol
: 445 m/s. (Resposta) : zl83 m/s. (Resposta)
-
230 CAPITULO 19
plicitando u.
Rieilario tr-mico .?l,,,tt',]
(a)
A temPeraturaaumenta, mas ovolume Permanececonstante.
+ 7'
Vohulc(r)
Fioura 19-9 i,r1 A letnpetltulu dc ttm
",iila..r e uumenrrtdr de rprru r F lr
* o* Processo a volume constante' adicionado calot, mas
nenhumtrabalho realizado' (b) O processo emum diagramaP'V'
Esteresultado,indicadonaFig.lg-84,marorqueyilld;;;;;; ;t
velocidades mais altas inluenciam
rnais o re-
suitado quando integramos os valores de vr do que quando
integramos os valores de r''
(c) Qual a velocidade mais provvei vo a 300 K?
A relociclade vp corresponcle ao mxirno da
distribuio P(v), que obtemos fazetdo tt'tav
Clcutolsso nos leva Eq' t9-35' segundo a qual
2-tu-r i 'll-mol 'KtGrr K tj-'-- t- o,o32okg/mo1:
-JL'f m/s'
Este resultado est indicado na Fig' 19-84'
Ii1,,, : lr'R f (gs idcal tlonoalnrico)
wM
(Resposta)tuno de:0eex-
1'*:i:OsGaloresE'specficosMolaresdeumGsldealNestaseo.Vamosobter.apartirdeconsideraesarespeitodomovimentodasmolculas,umaexpressoparaaenerglainternaE.,,,deurngsideal.Emoutraspa.lavras,
vamos obter urna expresso p"ro u "n"tgia
ssociada aos movimentos alea-
trios dcls etomo' orr molculas de um gs' Em sesuidlt usaremos
essa expressao
para calcuiar "'
;;il;"tpecficos molares de um gs ideal'
:-- "" "
Vamos,inicialmente,SllpolquenossogsidealuingrsruonocLtmico(formadopottomosisoladosenopormolecutas)'comoohlio,onenioeoargnio'VaIlossuportatnbtoOo"'u"n"'giainterna6'n'denossogsidealsimplesmenteasomadas
energias cinticas de transho aoo'atnrot'
(e acordo com a teoria quntica'Pitro ]io;ffi;i;dos no possuem
energla cintica de rotao')
A energla.;;i.; de translao rrdia cle urn tomo depende apenas da
tempera-
tura do gs e dada pela Eq" 19-24 (K "-a = ] kI)' Uma amostra de
rz mols de um gs
monoatmic" .""iei,l "'l,r
tomos' ,A ""'gi"
interna E'n' cla atnostta ' portantn'
81,, : (nNr1)K,,eo: (nN,\)(;rI)' (19-37)
De acordo com a Eq. lg-1 (k: /l{^), a Eq. 1g-37 pode ser esc.ira
na formai lt)--33)
c
,
@ aPenas daternPeratura do gs; noGA.n.rgiu interna 8,,-.d" lt gs
ideal funodepende outras variveis'
A partir da E q' 1 9-3 8, podemos c alcular o c alor especfi
:: ^*:'|a::t um gs ideal'
Na verdade, val-[os deduzir duas expresses' uma para o caso ein
que o volume do
gs permanece constante e outa para o caso "lo qo a presso
permanece constante'
Os smbolos usados para esses dis calores t'p"tfitot molares so
Cu e C'" respec-
tivamente. (por traAio' "
i"t* C maiscula iu'udo em ambos os casos' embora Cu
e C,, sejam tipos cle tJt"o' "''pttlt'co
e no de capacidade trmica')
A Fig. 19-9a mostra n mols de um gs ideal a uma presso p e a uma
temp-eratura 7'
coninados em um.ri;;;" de volue Vfixo. Este estado inicial I do
gs estir assina-
lado no dlugrama p-v;;;t;' 19-9b suponha que adicionamos uma
pequena quan-
dadedeenergiapaogsnatormadecalor'aumentandolentamenteatemperaturado
recipiente. A tempelamra do gs aumenta
ptrra I * T e a presso aumenta para
7'
't-
l\\lt-,:rliitl'rili1.,,l,"i:ltiinir\+-j,
-
p+Lp,levandoogsaoestadofinalf'Nessetipodeexperimento'observamosquet
.dor Q estrelacionado variao de temperatura LT altavs da equao
Q : nCv LT (volume constante)'
AEin, : nCy A'T - W'
Cv= -1n1nLT(1e-41)
Poliatmica
(re-42)
A TEORIA CINTICA DOS GASES 231
Calores EsPecficos Molares aVolume Constante
CVExemplo (J/mol'K)
MonoatmicaIdeal
_trn-tz,sHe
Real Ar
Ideal ln : zo,s
Real N2o2
3R - 24,9
ondeC,umaconstantechamadadecalorespecficomolaravolumeconstante.substituindo
essa express o de Qna primeira lei da termodinmica, dada pela
Eq'
18-26 (AEi", : a -Il), obtemos
(1e-3e)
( le-40)
Molcula
12,512,6
Como o volume do recipiente constante, o gs no pode se expandir
e' portanto'
Diatmicano pode rcalizar trabalho. Assim, W : O e a Eq' 19-40
nos fornece 20,'7
20,8
Ideal
Real
como se pode ver na Tabela l9-2, estapreviso da teoria cintica
(para gases ide-ais) concorda muito bem com os resultados
experimentais para gases.monoatmicosreais, o CaSo que estamos
considerando. os valores (tericos e experimentais) de C,pwa gases
diatmicos (com molculas de dois tomos) e gases poliatmicos
(commolculas de mais de dois tomos) so maiores que para gases
monoatmicos, pormotivos que sero mencionados na Seo 19-9'
Podemosagoragenera|izaraEq.19-38paraaenergiainternadequalquergsideal
substituindo 3R/2 por C, para obter
De acordo com a Eq. 19-38, a variao da energia interna
4n, : 31nR L'f .
Substituindo esse resultado na Eq' 19-41, obtemos
NHa 29,Jco: 2L),7
As traietrias sodiferentes, mas a
variao de energiainterna a mesma.
Volume
Figura 19-10 Trs trajetriasrepresentando trs processos
diferentesque levam um gs ideal de um estadoinicial l, temperatura
I, a um estadofinal/ temperatura T + LT' Lvariao 4E,,, da energia
interna do gs a mesma para os trs processos e paraquaisquer outros
que resultem na mesmavariao de temPeratura.
C, = ]R : 12,5 -Timol'K (gs monoatmico)' (1e-43)
E;,1 : fiCy7' (clualcluer gs ideal)' (tt)-44)
AEq.I9-44seaplicanosaumgsidealmonoatmico'mastambmagasesdia-tmicos e
poliatmicos, desde que sela usado o valor correto de cr. como
na Eq.
19-38, a energia interna do gs epend" da temperatura' mas no da
presso ou da
densidade.DeacordocomaEq.lg-41oua1q'19-44'quandoumgsidealconfinadoem
umrecipientesofreumavariaodetemperaturaLT'avariaoresultantedaener-gia
interna dada Por
AEi,u : nCv LT (gs ideal' clualquet'processo)' (L9-45)
De acordo com a Eq. 19-45,
aJe ,a.iaao da energia interna E;,, de um gs ideal confinado
depende apenas da;^" ;
"i^ri:i-u, ari"arao po de processo responsvelpela variao de
tempratura.
Considere, por exemplo, aS trS trajetrias entre aS duas
isotermas no diagra.ma p-Vda Fig. iq-tO. e tiajetria 1 representa
um processo a volume constante' Airajetria2 representa u* p'ott"o a
presso constante (que ser discutido em se-gr"iau). A trajtria 3
representa um processo no qual neum calor trocado como ambiente
(este caso s discutido na seo 19-11). Embora os valores do calor Qe
do trabalho l,V associados a essas trs trajetrias sejam diferentes,
o que tambmacontece compf e v, os valores de ad", associados s trs
trajetrias so iguais e
sodadospelaEq.lg-45,umavezqueenvolvemamesmavariaodetemperaturaLT.
c'dO
-
232 CAPITULO 19
A temPeraturaaumenta, masa pressopermanece amesma.
Assim,independentementedatrajetriaseguidaentreleT+LT'podemossempreusar
a trajetria 1 e
"
g' iq-a;"ta calcular AEto' com mais facilidade'
#r.uE*r Exg:**94** ff**+r * Fr*:+t; il{er:g*rttr
Vamos supo agora que a temperatura dertosso gs ideal
?o*"n11.d,"
mesmo valor
47. mas agora a "n"'giu
*tisria (o calor Q) Z fornecida mantendo o gs a uma
pressoconstante.u*ufor*udefazerissoniprticamostradanaFig'
19-114; o
diagrama p-V dop'";;;';;;;e na fig. \g-ttb' A partir de
experimentos como
esse, constatu*o, qu". a*, Qest relacionado variao de
temperatura I atra-
vs da equao
Q : nCt, L'l' (presso constantc)' (19-46)
emqueC,lmaconstantechamadadecalorespecficomolarpressoconstante.o
valor de C,
'"*;;;;;;'que o do calor pecfico molar a volume constante
Cu, j que, n"r," to'o, u "n"'glu-e
usada no s p'a aumenta 1t:mpeatura do gs'
mas tambm pu'u '"uli'u'
t'ubalho (levantar o mbolo da Fig' t9-11a)'Para obter u*u
'"t^uo "ntre os calores especicos molares C' e C'' comeamos
coma primeira lei da teimodinmica (Eq' 18-26):Er,,= g-W'
09-41)
Em seguida, substitumos os tetmos da Eq' 19-41 pot seus valores'
O valor de E'"'
dado pela Eq. 19-a5' valor de Q dadopJu eq l9-46'Paraobter o
valor de W''
observamos que, como a presso permanece constnte' a Eq' 19-16
nos diz que W'
:
pAV. Assim, orunao'tq*ao ds gases ideais (pV : nRT)' podemos
escrever() Volume
Figura 19-11 (a) A temperatura de umgai iOeat aumentada de 7
Para T + LT- o* pocesso presso constante' adicinado caior e
realizado trabaihoDara levantar o mbolo' l/') O processolrrl u*
ai.gt.mu P-V' O trabalho PIV edado pela rea sombreada'
W:pLV:nRLT. ( Le-48)
Fazendo essas substituies na Eq' 19'41e dividindo ambos os
membros pot nLT'
obtemosCy: C,, - R
e, potanto'C,,: Cy * R' (1e-4e)
l\'lonoatm:ictl Diatmico
EssaprevisodateoriacinticadosgasesestdeacordoComosresultadosexpell-mentais.
no s para gases monoatmicos'
mas para gases ern geral' desde que este-
jam suficientemente rareleitos para poderem ser tratados como
ideais'
O lado esquerdo da Fig ' 1 9- 1 2 mostra os valores relativos de
Q paru um gs
monoatmico submetido m uquecimento a volume constante (Q =
]nRLT) e
! nRLr
-l n I2
InaLr
t ooconV
-------fQ@conPl-> \1 z+ r.la(
tt L* f L,,,,-1+ lrahla( o
Fioura 19-12 Valores relativos deB!ur, ,m gs monoatrnico
tladoJsiuerAol e Para um gs diatmico(lado direito) submetidos a
processos presso constante ("con P") e auolo." constante ("con
ll')' transferncia de energia para trabalhoW e energia interna
4,E,,, est indicada
esquematicamente'
-
()'n cor. bt\ttif"'ri- +,,,, + translao
L
Li qo con I'IL*.
^1.;,,, * 1;lnrlacio
| .+ rotacoL+^-. --