http://traumatologiaeortopedia.com/ http://ortopediabrasil.blogspot.com.br/ 1 Fraturas e luxações do cotovelo em adultos e crianças Epidemiologia Mais comum entre 10 e 20 anos, associada a atividades esportivas Luxacao posterior é mais comum Luxacoes complexas ( associadas a frat. ) são 50% Dissociação radio ulnar distal aguda (DRULA) Estabilidade do cotovelo Estabilidade óssea Processo coronóide : * Pedra angular da estabilidade *Resiste a subluxação posterior em extensão >30º *Face medial processo coronóide é fundamental para estresse em varo Cabeça do rádio
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Fraturas e luxações do cotovelo em adultos e crianças€¦ · 1 Fraturas e luxações do cotovelo em adultos e crianças Epidemiologia
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1
Fraturas e luxações do cotovelo em adultos e crianças
Epidemiologia
Mais comum entre 10 e 20 anos, associada a atividades esportivas
Luxacao posterior é mais comum
Luxacoes complexas ( associadas a frat. ) são 50%
Dissociação radio ulnar distal aguda (DRULA)
Estabilidade do cotovelo
Estabilidade óssea
Processo coronóide :
* Pedra angular da estabilidade
*Resiste a subluxação posterior em extensão >30º
*Face medial processo coronóide é fundamental para estresse em varo
Cabeça do rádio
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Estabilidade ligamentar:
Complexo ligamentar lateral – estabilizador ao varo
1. Ligamento anular:Envolve a cabeça do rádio cerca de 250º.
2. Ligamento colateral radial
3. Ligamento colateral ulnar:Lesão desta estrutura pode gerar instabilidade
pósteo-lateral
4. ligamento acessório
5.
Complexo ligamentar medial – estabilizador em valgo
1. Banda anterior lig colateral
medial – proporciona de 1/3 a ½
da resistência em valgo
dependendo da flexão do
cotovelo.Dividida nos feixes A1
– antero-medial( tensionados na
extensão) e A2 –póstero-medial(
tensionado na flexão).
2. Fascículo posterior oblíquo
3. fascículo transverso
Estabilidade muscular
Bíceps
Braquial
Tríceps
As estruturas formadas por tecidos moles são
responsáveis por 40% estabilidade estresse em
valgo e 50% estresse em varo .
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Luxação do cotovelo
O fgto “distal diz o desvio”
>3-6sem – luxação negligenciada
A maioria das luxações sõ posteriores e a diferenciação entre posterior,póstero-
lateral e póstero-medial tem pouca importância.
As outras posições anterior,medial,lateral e divergente são raras e tto
individualizado.
Mecanismo de lesão – quedas sobre a mão ou punho
Conforme a força é transmitida ao cotovelo estendido, é gerada uma força anterior
que alavanca a ulna para fora da tróclea.Com a continuidade da tensão ocorre a ruptura
ligamentar.
Luxacao post: combinação de hiper extensão do cotovelo, estresse em valgo,abdução do
braço e supinacao do antebraço
Luxacao ant: forca direta aplicada posteriormente no antebraço com o cotovelo fletido
Exame clínico
Avaliar condição neurovascular antes e depois da redução
Art.radial,n.mediano e ulnar
Suspeita de S.compartimental – internar por 24hs.Dor a extensão
passiva dos dedos é o primeiro sinal de isquemia.
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O tto padrão para lesão da art.braquial é a reconstituição através de enxerto da veia
safena.A inexistência de pulso não impede a redução fechada.Contudo se após a redução o
pulso não retornar – reconstrução aberta com enxerto da veia safena.
1. Angiografia – deve ser feita na sala de cirurgia
2. Fasciotomia volar do antebraço
3. Monitorizar a circulação posteriormente a redução
4. O n.radial parece ser o menos vulnerável
5. O n.ulnar pode ser aprisionado anteriormente a articulação ou
extendido.
6. O n.mediano pode serlesionado no trauma ou na redução
7. O diagnóstico mais difícil é quando ocorre a lesão do
n.interósseo anterior
Eletroneuromiografia é realizada após 6 sem pode evidenciar a recuperação.Se
recuperação espontânea não retornar após 3m – cirurgia
Luxação posterior do cotovelo – sem fratura associada
Redução com paciente sedado,mas consciente
Se fragmentos articulares – RAFI
Quase todos os pacientes que sofreram lux posterior podem apresentar instabilidade
articular, o que não implica na necessidade de reparo ligamentar.
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Lesões associadas:
Fratura epicôndilo medial – pode ocorrer em qualquer lux posterior.A
mobilidae do cotovelo fica restrita.Pode ser tentada a redução com a manobra
de estresse em valgo no antebraço acompanhado da supinação e extensão do
punho e dos dedos visando tracionar o fragmento através dos flexores.
Conduta:
- Artrotomia e fixação fgtos com fios K
- Excisão do osso e reinserção da origem dos flexores
Fratura processo coronóide
Mecansimo – impacto contra a tróclea do úmero distal
Avulsão pelo m.braquial – menos provável.Porém pode acontecer do
fragmetno ter fibras so braquail.
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Classificação das fraturas do processo coronóide – Regans e Morrey
I – pequenas fraturas por avulsão do processo coronóide
II – fgtos abrangendo 50% processo coronóide sem prolongamento até a base
III - fratura da base do processo coronóide incluindo os pontos de inserção do
m.braquial e parte anterior do lig colateral medial
A existência de fratura da coronóide ,mesmo pequena é motivo de preocupação quanto a
instabilidade aguda.Exige estabilização com fio K ou parafuso.A cirurgia também se
impõe se fgto intra-articular.A imobilização deverá ser de 3-4sem.
Luxações posteriores crônicas do cotovelo
>7d – a redução se torna mais difícil – contratura
>3-4sem – redução exige maior liberação de partes moles implicando em maior
descolamento da c´psula e ligamentos – maior instabilidade.Além disso o tríceps se torna
funcionamente mais curto quanto mais tempo a art. Estiver luxada.Esse encurtramento
prejudica a redução e a cirurgia posteriormente.
As art. Cronicamente luxadas devem ser reduzidas independente do tempo de
luxação.Nesse caso recomenda-se o fixador externo articulado.O aparelho deverá ser
mantido por 8 sem e colocado após a transposição do n.ulna(se necessária) e redução.
Luxações anteriores do cotovelo
Macanismo – queda com força atuando sobre o antebraço posterior a posição
flexionada.Pode haver fratura do olecrano associada.
Sinais e sintomas – dor,edema, limitação...O braço parace mais curto com o
antebraço supinado.O úmero distal projeta-se posteriormente e o t.bíceps estica a pele
anteriormente.
Tto – tração do antebraço seguido por pressão posterior e em seguida pressão
antereior sobre a face posterior do úmero distal.;
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Exame neurovascular
Testar a inserção do tríceps
Imobilizar o cotovelo <90º.Se fratura do olecrano – RAFI
Luxaçãomedial e lateral do cotovelo
Aparência alargada do cotovelo
Comprimento aparentemente normal do braço e antebraço
Rx AP – incisura sigmóide maior poderá se articular com osulco capítulo-troclear
podendo haver certo grau de flexo-extensão.
Redução –tração com antebraço em extensão e pressão diretamente medial ou
lateral.
Luxação divergente
Rádio e ulna se separam em direções opostas.
Tem 2 tipos:
1. Antero-posterior – mais comum.Luxação da ulna seguido pelo
alojamento do processo coronóide da fossa do olecrano.
Mecansimo –pronação forçada do AB deposi da ruptura do lig colateral
medial.O úmero penetra entre o rádio e ulna e lesa a memb interóssea.
Redução – reduz 1º a ulna.Pressiona-se simultaneamante a cabeça radial
para redução do rádio.Pode ser necessário fixar a cabeça do rádio.
Pós-redução – cotovelo em flexão com antebraço supinado.
2. Médio-lateral – transversal - rara
Luxação recorrente do cotovelo
Aguda –cotovelo instável
Tríade terrível do cotovelo – fratura da cabeça do rádio+ processo
coronóide+amplo deslocamento do cotovelo.
A musculatura pode estar com o tônus reduzido.A posição em flexão por algunsdias pode
prevenir a lux recorrente.Se insucesso:
Fixação interna da cabeça do rádio e processo coronóide
Fixação externa articulada do cotovelo
Substituição da cabeça do rádio por prótese
pinos percutâneos atravessando a articulação resulta em rigidez articualr e
osso heterotópico
Exigências cirúrgicas:
Tensão muscular adequada
Art.ulnoumeral congruente
Fix externo articulado – mais importante (8sem)
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os lig colaterais mediale lateral podem ser separados no momento do
trauma.Devem ser reparados após a colocação do fixador externo sendo que o
reparo medial é mais difícil e nem sempre realizado.
Luxação crônica recorrente
Rara
Jovens atletas
Osborne – o maior problema é o afrouxamento da área lateral
Dryer – a avulsão do m.braquial e cápsula anterior são contribuintes
Tto – reconstrução do complexo lig póstero-lateral
posição supina com braço suspenso
peso do braço mantém a redução articular e paciente realiza exercícios ativos
de extensão e pssivos de flexão.
Complicações:
Osso heterotópico – formação de osso esponjoso em áreas onde não deve existir.
Fatores causais – TCE,queimaduras,traumatismos maciços e imobilização
prolongada.
Calcificação ectópica – mineralização das estruturas formadas por tecidos moles.Ex –
calcificação do lig colateral
Miosite ossificante – formaçãode osso na musculatura estriada e não ao redor da
articulação.
Resultados da luxação do cotovelo
Perda de 10-15º extensão total
Disfunção neurológica permanete em <10%casos
Ossificação heterotópica –achado mais freqüente
O reparo do LCM e LCL não evidenciou melhora em relação ao não reparo até o
37º mês pós op.
Todos os pacientes podem apresentar reação fibrosa que necessite de liberação
cirúrgica da contratura.
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FRATURA DO CÔNDILO UMERAL ( UNICONDILAR )
I – ANATOMIA:
II – GENERALIDADES:
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=> São incomuns em adultos e em crianças as fraturas do côndilo lateral são a segunda
mais comum. Independente da faixa etária a fratura do côndilo lateral é mais comum que a
do côndilo medial
=> Nas crianças a classificação utilizada é a de Salter Harris, sendo mais comum o tipo IV
=> Nos adultos utiliza-se a classificação de Milch baseada no grau de acometimento da
CRISTA TROCLEAR LATERAL(pois esta confere estabilidade medial e lateral ao
cotovelo) sendo válida tanto para fratura do côndilo umeral lateral como medial .
Classificação de Milch :
- Tipo I : fratura simples com integridade da crista lateral troclear
- Tipo II : a crista lateral troclear lateral faz parte do côndilo fraturado
III –
TRATAMENTO:
=> Adultos: as fraturas tipo I podem ser tratadas conservadoramente( uma opção é
imobilizar o ante braço em supinação e extensão do punho para aliviar o tracionamento da
musculatura extensora sobre o fragmento). Todas as fraturas tipo II opta-se por redução
aberta e fixação interna(parafusos)
=> Crianças: indica-se a cirurgia em fraturas c/ desvio > 02 mm( 02 ou 03 FK devido ao
desvio rotacional fragmentos). O material de síntese é retirado com 40 dias.
FRATURA DO CAPÍTULO ( FRATURA DE KOCHER )
I – GENERALIDADES:
=> São fraturas raras(0,5 á 1%), levando á dor e bloqueio articular( devido a presença do
fragmento na fossa radial ou coronóide)
=> Como o mecanismo de trauma é semelhante ao da fratura da cabeça do rádio é
importante procurar por lesões associadas.
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=> Diferencia-se da fratura condilar lateral pois esta ultima envolve parte intrarticular(
capítulo) + parte extrarticular( metáfise e/ou epicôndilo ).
Classificação de Kocher-Lorenz:
-Tipo I ( Tipo de Hahn - Steinthal ) : envolve grande porção óssea do capítulo
-Tipo II( Tipo de Kocher - Lorenz ) : envolve a cartilagem articular c/ muito pouco osso
subcondral fixado é uma espécie de "desencapamento do côndilo" (raro)
=> O tratamento é conservador para as fraturas sem desvio(tala gessada axilopalmar) e
fixação com FK ou parafuso de Herbert(sepultado na superfície articular) para as fraturas
desviadas. Se a fixação não puder ser obtida devido á cominuição ou tamanho do
fragmento pode ressecá-lo.
FRATURA DO OLÉCRANO
Estrutura subcutânea vulnerável a trauma direto.
O centro de ossificação do olecrano aparece aos 10 anos e funde-se aos 16 anos com a
ulna proximal.Essas fises não devem ser confundida com retardo da fusão da fise
olecraniana ou ossículo acessório no tendão do tríceps(“patela cubital”)
Mecanismo de lesão
Trauma direto(quedas) e indireto(avulsão pelo tríceps)
Se grande energia pode evoluir com ft-lux
Sinais e sintomas – hematoma da fratura (dor,edema e limitação)
Impossibilidade de estender ativamente o cotovelo – descontinuidade do tríceps
Exame radiográfico
Rx lateral – avalia o olecrano
Rx oblíquos – avalia a extensão da fratura, cominuição,grau de ruptura sup articular
e luxação da cabeça radial
Rx AP – Avalia as fraturas no plano sagital permitindo avaliar ft do colo ou cabeça
radial
Classificação de Colton – não orienta o tto nem a fixação adequada
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=> Classificação de Colton modificada :
I - s/ desvio: desvio < 02 mm , s/ aumento do desvio c/ a flexão do cotovelo á 90o ;
capacidade do paciente em estender passivamente o cotovelo contra a gravidade sem
deslocar os fgtos
II - c/ desvio: a- avulsão/ b- oblíquas e transversas/ c- cominutivas /d- fraturas- luxações
Tratamento:
- Conservador: fraturas s/ desvio, utiliza-se um gesso axilopalmar por 03 á 04 semanas
com o cotovelo em 50 á 80º de flexão. Após esse período exercícios assistidos de arco de
movimento evitando flexão >90º até a consolidação radiográfica em 6-8 sem.Ogesso é
retirado antes p/ permitir mobilidade precoce. Portanto deve orientar o paciente á não
flexionar o cotovelo á mais de 90º por 02 meses pós gesso.
Rx após 5-7 dias do gesso para checar a redução(1-2-4-6 sem)
A flexão passiva,extensão ativa e exercícios contra a gravidade só após a
consolidação.
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- Cirúrgico:
Fraturas deslocadas
Objetivos – manter a força de extensão do cotovelo
Restaurar a congruência articular
Recuperar a estabilidade do cotovelo
Evitar a rigidez articular
A amarração em banda de tensão é a melhor forma de síntese.Pode-se usar fios K ou
parafuso longo (AO – 6.6mm ou 7.3mm).Um macho identifica o tamanho do parafuso
sendo dada 1-2 voltas no canal medular mais distal – mais sólido.
Ft por avulsão – linha de fratura transversal
Mais freqüente em idoso
Tto com banda de tensão eou excisão fgto(pequenos)
Ft transversas sem cominuição – amarração em banda de tensão.A fratura
pode ser reduzida com clampes de redução e extensão do cotovelo
Ft transversas com cominuição – abanda de tensão não é indicada por
possibilidade de colapso dos frgtos. = >placa e enxerto ósseo
Ft oblíquas sem cominuição– placas e parafusos são superiores a banda de
tensão. Placas 3.5mm com parafusos atravessando a fratura
se cobertura de partes moles forem problemas pode ser usada a placa lateral ou 1/3
lesões associadas: lx posterior e dissociação radio ulnar distal aguda (DRULA)
ANATOMIA
cabeça do rádio é intraarticular sem conexão com tecidos moles
fossa sigmóidea: 70o
15o ângulo cabeça/colo
ligamento anular: mantem a cabeça na fossa sigmóidea
BIOMECÂNICA
artic ulnoumeral: flexo-extensão (flexão 120o)
cotovelo= dobradiça = gínglimo
cápsula: principal estabilizador a distração (70% da estabilidade) em extensão
complexo ligamentar medial pp estabilizador em flexão (78%)
stress varo: componentes ósseos resistem (ext ou flex)
stress valgo: extensão: componentes ósseos, cápsula, complexo ligamentar medial são
responsáveis igualmente, em flexão o complexo lig medial é mais responsável.
Com lesão do complexo lig medial, a cabeça do radio é o pp estabilizador em valgo
Em extensão com carga axial: radio-umeral: 60% e a ulno-umeral 40% resistência da
carga
Na pronação há maior transmissão de forca na radio umeral portanto maior chance de
lesão da cabeça do radio
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MECANISMO TRAUMA
Queda mão espalmada, pronação, flexão incompleta
(80o), stress valgo
Este mecanismo força a cabeça a luxar posterior e força
a borda Antero-lateral da cabeça
Explosão da cabeça depende da pronação e flexão
Extensão completa: fx do coronóide
Estiramento memb interóssea: pode levar a lesão
completa= dissociação radio ulnar aguda descrita por
Essex Lopresti (DRULA). O único elemento
estabilizador é a cabeça do radio e deve ser
reconstruído ou substituído
Luxação posterior há impacto da cabeça contra o
capitulo, se houver lesão cápsula anterior + desinserção
braquial da apófise coronóide torna a lesão instável
devendo ser tratada a lesão ao mesmo tempo da fx.
LESÕES ASSOCIADAS
70% das fx são isoladas
1) luxação cotovelo
2) fx proximal ulna
3) fx avulsão da apófise coronóide: devem ser fixadas (pp qdo a cabeça do radio é
ressecada)
4) fx capítulo ( mais difícil diagnostico): difícil a fixação devido ao pequeno tamanho
5) lesão do complexo ligamentar medial: freqüente. Diagnóstico quase sempre tardio e
ocorre em 4% das tipo 1 , 21% das do tipo 2, 85% das do tipo 3
6) DRULA: (essex lopresti): a mais temida = dissociação radio ulnar distal aguda
DIAGNÓSTICO
Coxim gorduroso: edema no triângulo lateral do cotovelo (cabeça radio, olecrano e
epicondilo lateral)
Dor ou bloqueio prono-supinaçao
Examinar região medial do cotovelo e radio-ulnar distal
Na lx do cotovelo avaliar instabilidade posterior após redução
RX:
1. AP antebraço (cotovelo)
2. Perfil do cotovelo
3. Obliqua as vezes é necessária, medio pronação, cotovelo 90o
TC e RNM : ocasionalmente
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CLASSIFICAÇÃO
Mason: não é eficiente p/ sugerir tto, é boa p/ fx simples
1) sem desvio
2) fx marginal com desvio
3) cominutiva ou envolvendo toda a
cabeça
4) qquer tipo anterior + luxação
(modificada por Johnston)
Resumo Sbot
Paulo Ricardo 24
Morey:
a) Simples
b) Complexas (tipo 4 de mason): avalia
as lesões associadas
AO
Incluídas nas fx proximais do radio e ulna:
1) Simples/ cominutas
2) Extra articular / intra-articular
3) Isolada / associada a fx proximal da ulna
TRATAMENTO
Incruento: imobilização gessada com mobilização o mais precoce
Cirúrgico: tentar ao máximo preservar a cabeça
Prótese: instabilidade póstero lateral ou DRULA em que não é possível da
fixação da cabeça
TIPO 1
Estáveis: sem desvio a pronação e nem supinação do antebraço (escopia)
Estáveis: tipóia que permite mobilidade ativa no limite da dor
Aspiração da articulação melhora a dor e diminui a formação de
aderências
Instáveis: tala gessada dorsal 2 a 4 semanas seguido de mobilização,
cirurgia pode ser indicada para permitir mobilização precoce.
TIPO2
Depende do desvio, tamanho do segmento fraturado e bloqueio ou
ressalto a mobilização passiva
Fragmento < 25% do tamanho da cabeça com pouco desvio: tto
incruento
Fragmento > 25% ou afundados ou > 2mm de desvio: cirurgia
Bloqueio ou ressalto = incongruência articular: pesquisar através da
punção com anestésico local para diferenciar bloqueio mecânico do
bloqueio álgico
Cirurgia: RAFI é o mais indicado. 2 ou 3 parafusos ou mini placa em T
ou L. Se necessário enxerto do defeito do colo. O melhor p/ colo é
parafuso.
Cças: fixação percutânea com fios de k.
TIPO3
Resumo Sbot
Paulo Ricardo 25
Sem luxação ou DRULA: ressecção cabeça do radio c/ ou s/ prótese o
mais precoce possível.
TIPO 4
Complicadas pela lx do cotovelo ou DRULA
Redução da lx e tto da fx como nos casos anteirores
Instabilidade posterior: pode ser decorrente da avulsão do braquial
anterior e cápsula anterior, com ou sem fx coronóide. Fixar via Antero
medial. Reinserir a cápsula ou o músculo quando não houver fragmento
ósseo.
DRULA: preservar a cabeça ou substituir com prótese. Se após a
redução houver instabilidade axial, fixar a radioulnar distal em
supinação máxima por 3 a 4 semanas com fio K 2,5. Prognóstico é
reservado pode resultar rigidez articular ou instabilidade residual. O
quanto antes operar, melhor o prognóstico
In acute longitudinal radioulnar dissociation (ALRUD),
the ligamentous linkage between the radius and ulna may be injured to varying
degrees. A: There may be only a sprain without complete disruption. B:
Complete dissociation with longitudinal translation and distal radioulnar joint
dislocation.
Na osteossíntese da cabeça do radio observar a zona de segurança.
Resumo Sbot
Paulo Ricardo 26
Obs: lesão osteocondral do capitulo= panner
Fratura da cabeça do radio associada a luxação do cotovelo
Resulta de queda com cotovelo estendido e braço abduzido, criando uma força
em valgo no cotovelo.
Podem resultar em instabilidade recorrente por lesão das estruturas
estabilizadoras mediais e laterais. Todos os esforços devem ser feitos para
salvar a cabeça do radio, para preservar se papel estabilizador secundário do
cotovelo. Se houver frouxidão em valgo após retirada da cabeça do radio,
deve-se repara o complexo ligamentar medial.
Fratura da cabeça e colo do radio em crianças
A fratura do colo são normalmente fraturas Salter Harris III ou IV pode
ocorrer por uma força em valgo com o antebraço estendido, força de
Resumo Sbot
Paulo Ricardo 27
afastamento durante um deslocamento ou redução do cotovelo ou
deslocamentos com fratura como nas variantes de Monteggia. No primeiro
normalmente ocorre fratura do olecrano também ou avulsão do epicôndilo
medial. A mobilidade precoce é o tratamento nas fraturas em que o desvio é
menor do que 30o e a translação menor que 5mm. As fraturas com desvio entre
30o e 60
o requerem redução fechada, e não justificam redução aberta. Somente
nas desviadas mais de 60o ou translação acima de 5mm deve-se realizar
redução aberta se falha da fechada. Para realizar a redução incruenta deve-se
rodar o cotovelo até que o desvio máximo da fratura possa ser palpado ou
visualizado sob fluororoscopia, com o cotovelo estendido aplica-se então
estresse em varo para abrir o lado lateral e uma pressão digital sobre o
fragmento angulado (manobra de Patterson). Pode-se também fazer a
manipulação com o cotovelo em flexão. Um polegar é colocado anterior sobre
a cabeça radial deslocada e, com pronação, força-se o fragmento ao seu lugar.
São técnicas difíceis quando há impacção. A técnica cirúrgica mais frequante
mente utilizada é com FK que serve de alavanca ou fio intramedular. As
seqüelas dessa fratura incluem a parada do crescimento excessivo da cabeça, a
sinostose RU e a rigidez do cotovelo.
FRATURA DE OLECRANO ANATOMIA O centro de ossificação do olecrano aparece por volta de 10 anos de idade e sua fusão com cerca de 16 anos. Proximal a partir da base do coronoide e inserção do tríceps braquial. MECANISMO DE LESAO Trauma direto ou indireto. QUADRO CLINICO Dor, edema, pode-se palpar o sulco da fratura com limitação dos movimentos (extensão principalmente). RADIOGRAFIA Perfil verdadeiro: crucial para avaliação adequada da fratura, cominuicao. CLASSIFICACAO DE COLTON
Resumo Sbot
Paulo Ricardo 28
I. sem desvio e estável II. desviadas
A. avulsao B. transversa/obliqua C. cominuta D. fratura-luxacao
TRATAMENTO
o estáveis e sem desvio: com gap de no maximo 2mm e não muda com a flexão-extensao de 90o . Imobilização gessada axilopalmar por 3 a 4 semanas seguido de mobilização passiva e quando houver consolidação radiográfica em cerca de 6 a 8 semanas pode-se liberar para ganho de FM.
o Fraturas em avulsao desviadas: banda de tensão ou excisão com reinsercao do tendão tricipital.
o Fraturas transversas: banda de tensão o Fraturas obliquas: placa de reconstrução ou DCP de pequenos
fragmentos ou LCDCP. o Fratura cominuta: placa com ou sem enxerto ósseo ou excisão
com reinsercao do tríceps. o Fratura-luxacao: RAFI
COMPLICACOES
o Rigidez 50% o Artrose o Pseudoartrose 5% o Infecção
EXCISAO DO OLECRANO
Resumo Sbot
Paulo Ricardo 29
A. Indicações: pseudoartrose, extensa cominuicao onde não e possível realizar RAFI, idosos, extra-articulares, expostas
B. Pode-se excisar ate 80% se for lesão isolada. Se tiver lesão das estruturas anteriores ou instabilidade, não deve ser realizada primariamene
C. Reinserir o tendão tricipital D. Vantagens: fácil, elimina a possibilidade de retarde de
união ou artrose E. Desvantagens: fraqueza do tríceps, instabilidade do
cotovelo, perda do arco de movimento
FRATURAS DO COLO E CABEÇA DO RÁDIO EM CRIANÇAS
=> Núcleos de ossificação: : - Capítulo: 1o ano / - Tróclea : 9
o ao10
o ano
- Epicôndilo lateral : 12o ano ( funde-se com o capítulo/tróclea 1 ou 2 anos
depois )
- Epicôndilo medial : 4o ao 6
o ano ( funde-se com o côndilo medial aos 20
anos )
- Olécrano : 10o ano( funde-se c/ a ulna aos 16 anos )
- Cabeça do rádio : 5o ano ( funde-se c/ a diáfise radial entre 16 á 18 anos )
=> Mecanismo de trauma: trauma em valgo(a energia sobre a cabeça radial é
transmitida á porção metafisária do colo que por ser mais fraca, fratura-se). Se
o antebraço estiver em médio pronação ela concentra-se na porção lateral, em
supinação na porção anterior e em pronação concentra-se posteriormente.
Outra forma de trauma é o associado á luxação do cotovelo ou á sua manobra
de redução(raro)
=> Classificação: além da classificação de Salter Harris, utiliza-se a de O’
Brien(quanto á angulação dos fragmentos)
Resumo Sbot
Paulo Ricardo 30
=> Tratamento: (segundo a classificação de O’Brien)
- Tipo I: imobilização por 01 á 02 semanas
- Tipo II : redução incruenta + imobilização com o cotovelo fletido á 90º
- Tipo III: redução cruenta + fixação interna(fios transcapitelares ou
introduzidos obliquamente de distal para proximal). Outra indicações: fraturas
com translocação, angulação > 45º
=> Complicações: - sinostose radio ulnar: mais comum em redução cruenta
- perda d mobilidade: secundário á adesão fibrosa, sobrecrescimento da
cabeça radial, incongruência articular . Mais comum a perda da pronação que
da flexo extensão
- parada do crescimento: secundário ao fechamento prematuro da fise
- necrose avascular: relacionados á redução incruenta
- lesão nervosa(interósseo posterior): também relacionado á redução
cruenta. Durante a cirurgia deve-se pronar o antebraço o que desloca
ulnarmente o nervo interósseo ficando fora da via de acesso cirúrgica.
FRATURA SUPRACONDILEANA
I – GENERALIDADES:
=> É o tipo de fratura mais comum do cotovelo(50 á 60%) em crianças e
adolescentes( 03 á 10 anos). Cerca de 02 vezes mais frequentes em homens
que mulheres
=> Anatomicamente acomete a metáfise do úmero distal e proximal á fise
=> Quanto ao mecanismo de trauma divide-se em:
Resumo Sbot
Paulo Ricardo 31
- Fraturas por extensão(95%): causada por uma queda sobre a mão e
cotovelo em hiperextensão. No plano sagital o fragmento distal é desviado
posteriormente e no plano frontal o desvio pode ser medial(mais comum,
devido á tração do tríceps e bíceps que se situam mais medialmente) ou
lateral. O nervo radial é o mais acometido no desvio postero medial e o
mediano é a principal estrutura nervosa lesada no desvio postero lateral.
- Fraturas por flexão(5%):causada por um golpe direto na face posterior do
cotovelo em flexão. No plano sagital o fragmento distal desvia-se
anteriormente. O nervo ulnar é o mais lesado neste tipo de fratura
=> Rx :
- AP( â de Baumann)
- Perfil: avalia o sinal do coxim gorduroso anterior ou
posterior(radiolucência triangular secundário ao derrame na articulação do
cotovelo levantando o periósteo). Abaixo estão descritos alguns parâmetros de