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FRAGILIDADE POTENCIAL PARA PROCESSOS EROSIVOS DA BACIA
HIDROGRFICA DO CRREGO DO CEDRO
FRAGILITY EROSION PROCESSES OF POTENTIAL FOR BASIN STREAM
OF CEDRO
Letcia Roberta Trombeta1 Fernanda Bomfim Soares2
Victor Santana Gonalves3
Resumo: O crrego do Cedro um dos principais, e mais estudados,
recursos hdricos de Presidente Prudente e regio, sendo ele um dos
afluentes do rio Santo Anastcio. Este trabalho prope o
aprimoramento de fragilidade potencial perante o domnio das tcnicas
como ferramenta para analisar as vulnerabilidades do meio fsico
quanto aos impactos ambientais. Os maiores pontos de
vulnerabilidade do solo perante aos processos erosivos foram
identificados, representados analisados por SIG (Sistema de
Informao Geogrfica), a partir dos mapeamentos temticos dos solos,
geomorfologia, geologia e uso e ocupao da terra e, posteriormente,
do cruzamento entre eles. Assim, sendo possvel identificar as
principais caractersticas dos solos e a sua suscetibilidade eroso,
podendo identificar as recomendaes de uso. Palavras-chaves:
Fragilidade do solo; processos erosivos; bacia hidrogrfica; crrego
do Cedro. Abstract: The stream of Cedro is a major and most
studied, water resources and the region of Presidente Prudente, he
being of the tributaries of the Santo Anastcio. This paper proposes
the improvement of the potential fragility to the mastery of
techniques as a tool to analyze the vulnerabilities of the physical
and environmental impacts. The major points of vulnerability before
the soil erosion have been identified represented analyzed by GIS
(Geographical Information System), from the thematic mapping of
soils, geomorphology, geology and land use and occupation and later
the cross between them. Keywords: Fragility the soil; erosion;
watershed; Cedro stream. Introduo O conhecimento e domnio das
tcnicas so questes sine qua non para que o homem enquanto agente
ativo na produo do espao possa atuar e intervir, somados a isso
entram questes morais e ticas para o discernimento do bom e ruim,
do bem ou do mal. A partir desses pressupostos, pode-se argumentar
que
1 5 ano de Graduao em Geografia da FCT-UNESP. Bolsista de
Extenso no Pas pelo CNPq. E-mail: [email protected]. 2 5
ano de Graduao em Geografia da FCT-UNESP. Bolsista de Iniciao
Cientfica pela FAPESP. 3 5 ano de Graduao em Geografia da
FCT-UNESP. Bolsista de Iniciao Cientfica pela FAPESP.
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cabe ao cidado bem instrudo o poder de planejar o espao em que
vive, no apenas para o individuo solitrio, mas para a sociedade em
que vive.
Planejar reduzir ao mnimo possvel s potencialidades que possam
por em risco a ordenao e a organizao social e a (re) produo da
vida. Para tanto, necessrio conhecer e realizar diversas anlises do
objeto do estudo, no caso, a bacia hidrogrfica do crrego do Cedro,
localizada no municpio de Presidente Prudente/SP. Diante disso,
para o desenvolvimento do presente trabalho, foram levadas em
considerao uma srie de elementos e variveis que compem uma equao
cuja finalidade produzir uma anlise legtima e confivel sobre a
bacia do Cedro. Essa anlise tem como base estudo dos processos que
impactam o ambiente provocando alteraes na paisagem, principalmente
os processos erosivos, suas gneses e possveis solues. Nossa anlise
utilizou como base as imagens do satlite Cbers para produzir mapas
temticos de declividade, uso e ocupao, geomorfologia e tipos de
solo, utilizando como um instrumento de anlise o geoprocessamento,
atravs do SIG (Sistema de Informao Geogrfica) Spring, a partir de
cruzamentos das temticas e como produto final obtermos o mapa
temtico de fragilidades relativo aos processos erosivos.
Justificativa H inmeros pontos que podemos ressaltar para que seja
justificada essa pesquisa, entretanto ponderamos que a principal
justificativa desta o aprimoramento perante o domnio das tcnicas.
Essa que nos servem como ferramenta para analisar as
vulnerabilidades quanto aos impactos ambientais. Podemos destacar,
tambm, a importncia do entendimento para interveno tcnicas em reas
degradadas, isso colabora para que, somado ao domnio da tcnica, o
conhecimento acadmico da bibliografia j produzida auxilie na
compreenso dos processos. O que tambm valida todo o conhecimento
apreendido durando o decorrer da disciplina e a interao entre
outras na graduao. Para alm da tcnica e do conhecimento, julgamos
importante ressaltar o esforo do trabalho em equipe, favorecendo as
discusses que envolveram o desenvolvimento do trabalho, as decises
sobre qual seria a metodologia e a bibliografia a ser usada.
Objetivos O presente trabalho tem como objetivo principal analisar
quais e onde se localizam os maiores pontos de vulnerabilidade do
solo perante aos processos erosivos. Para que isso seja possvel,
necessrio confeccionar um produto que seja suficiente, enquanto
ferramenta, para analisarmos e propormos um planejamento sustentvel
de uso e ocupao da terra. Mtodo e metodologia
Para a Geografia, a cartografia configura-se como uma das
ferramentas
mais importantes de representao dos aspectos e dos processos
existentes no
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espao. Por isso, para atender aos objetivos deste estudo, foram
utilizados principalmente os recursos desta cincia, aplicado ao
geoprocessamento. Assim, construiu-se uma base de dados
georreferenciada, sobretudo, a partir da imagem do satlite Cbers
para a gerao dos mapas temticos e anlise da situao da Bacia do
Cedro.
Para isso usou-se o mtodo de Avaliao Ambiental, que segundo
Silva e Zaidan (2004, p. 149),
Consiste em fazer estimativas sobre possveis ocorrncias de
alteraes ambientais segundo diversas intensidades, definindo-se a
extenso destas estimativas e suas relaes de proximidade e conexo
(em outras palavras, prever o que ocorrer, em que intensidade, em
que extenso e prximo a qu).
Guerra e Cunha (1996, p. 316) caracterizam que
O conhecimento das potencialidades dos recursos naturais de um
determinado sistema natural passa pelos levantamentos dos solos,
relevos, rochas e minerais, das guas, do clima, da flora e fauna,
enfim, de todas as componentes do estrato geogrfico que do suporte
vida animal e ao homem. Para anlise da fragilidade, entretanto,
exige-se que esses conhecimentos setorizados sejam avaliados de
forma integrada, calcada sempre no principio de que na natureza a
funcionalidade intrnseca entre as componentes fsica, biticas e
scio-econmicas.
Embora a bibliografia sugira diversas variveis para a anlise da
fragilidade,
neste estudo realizou-se o estudo somente dos solos, da
geomorfologia, da declividade e do uso e ocupao da terra, para
posteriormente cruzar os dados e obter uma carta de fragilidade
para o processo erosivo.
Diante disso, todos os mapas foram gerados no SIG Spring, a
partir do recorte da imagem de satlite Cbers da Bacia do Cedro,
durante as aulas de geomorfologia ambiental do curso de Geografia
do Campus da UNESP de Presidente Prudente e dos trabalhos de campo
para dar confiabilidade aos mapeamentos realizados, sobretudo, o de
uso e ocupao da terra.
Caracterizao da Bacia Hidrogrfica do Crrego do Cedro
A bacia do crrego do Cedro, com rea total de 40,36 km,
localiza-se na rea sul do municpio de Presidente Prudente/SP, entre
as coordenadas
Assis Chateubriand, Raposo Tavares e Jlio Budiski, tendo a
rodovia comendador Alberto Bonfiglioli localizada em seu divisor de
gua noroeste e oeste, sendo um importante afluente da margem
direita do rio Santo Anastcio.
Seu Cedro, afluente da margem direita do rio Santo Anastcio.
Este crrego nasce ao sul da cidade de Presidente Prudente, prximo
das cotas de 450 m de altitude e percorre 12 Km de canal principal
no sentido leste-sudoeste. Tem como principal afluente o crrego
Botafogo, localizado na sua margem direita, sendo que este mais o
crrego do Cedrinho e o rio
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Santo Anastcio, formam a represa de abastecimento pblico de
Presidente Prudente utilizada pela SABESP, originando uma rea de
manancial.
Para a caracterizao dos processos existentes na bacia, torna-se
necessrio analisar os mapas geolgico e geomorfolgico, apresentado
na escala 1:40.000, foi elaborado a partir do mapeamento
planialtimtrico da Prefeitura Municipal de Presidente Prudente, em
escala 1:10.000, de dezembro de 1995, apoiado nas fotografias
areas.
As unidades litoestratigrficas aflorantes na bacia hidrogrfica
do crrego do Cedro so constitudas por rochas sedimentares da Formao
Adamantina (KA), de idade mesozica e depsitos cenozicos do Grupo
Bauru. Os depsitos de Formao Adamantina apresentam algumas variaes
regionais que tm determinado a adoo de denominaes informais como
membros, fcies, litofcies ou unidades de mapeamento, para designar
conjuntos litolgicos com caractersticas distintas.
Sobre a Formao Adamantina, encontramos, na poro baixa dos vales
dos afluentes e dos crregos do Cedro e Cedrinho depsitos de
sedimentos aluvionares Holocnicos, constitudos de areias
esbranquiadas mal selecionadas, variando granulometricamente de
muito fina a mdia. Esto englobados sob esta designao genrica os
depsitos de aluvies e terraos pr-atuais.
No entanto, so as vertentes que predominam as formas de relevo
da bacia, apresentando frequentes transies com o relevo de morrotes
alongados. Nos fundos de vale h presena de relevo plano, com
presena de plancies e terraos onde se encaixam os crregos do Cedro
e Cedrinho, os quais esto extremanente assoreados neste trecho
(FIGURA 1).
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A carta de declividades tambm foi compilada em escala 1:40.000.
Na carta da bacia hidrogrfica do crrego do Cedro optou-se pelos
seguintes limites de classes de declividade:
< 3%: reas planas, adequadas ao uso e ocupao do solo (no caso
de vertentes e/ou topos) ou inadequadas (no caso de plancies
fluviais, pelo risco de inundao e por estarem em rea de preservao e
proteo ambiental); 3 a 8%: rea com moderada suscetibilidade eroso,
com poucas restries ao uso e ocupao do solo; 8 a 20%: rea com forte
suscetibilidade eroso, necessitando de adequado manejo para sua
utilizao;
suscetibilidade eroso (DIBIESO, 2007 p.55).
As reas que possuem as menores declividades esto localizadas nos
setores oeste e sul da bacia do Cedro, sendo que as reas que
possuem as declividades mais acentuadas esto localizadas no setor
leste da bacia, prxima s nascentes do crrego do Cedro. E os locais
que possuem maiores declividades so mais suscetveis eroso, devido
acelerao do escoamente superficial da gua (FIGURA 2).
A compreenso do clima tambm de suma importncia para o
planejamento do uso e da ocupao do solo de uma bacia hidrogrfica.
Assim, atravs de sua caracterizao, podemos identificar e
estabelecer quais os meses mais propcios para a interveno no meio
natural, seja atravs da identificao dos meses mais secos para a
movimentao de terra na construo civil, evitando com isso a degradao
do solo atravs da influncia bastante expressiva das chuvas
intensas, seja atravs da identificao dos meses mais chuvosos para a
realizao de reflorestamentos, por exemplo.
A precipitao e a temperatura mdia anual so de 1.277mm e de 23C,
segundo dados da estao meteorolgica da UNESP de Presidente
Prudente/SP, localizada aproximadamente a 7Km da bacia. As maiores
precipitaes ocorrem entre os meses de outubro e maro, e as menores
temperaturas nos meses de maio a setembro.
J os solos definem as quantidades de chuvas que se infiltram ou
que excedem para escoar na superfcie do terreno, sendo de
fundamental importncia na compreenso dos processos erosivos (COELHO
NETTO in GUERRA e CUNHA, 1995, P.114).
Assim, de acordo com a Figura 3, na bacia do Cedro ocorrem
predominantemente os seguintes solos:
PVe4 Podzlico Vermelho Amarelo Abrptico Eutrfico TB A moderado
textura arenosa/mdia fase tropical subpereniflia relevo
ondulado;
PEa4- Podzlico Vermelho Escuro Abrptico lico Epidistrfico Tb A
moderado textura arenosa/ mdia fase florestal subpereniflia relevo
ondulado;
PVe6 Associao de Podzlico Vermelho-Amarelo Eutrfico + Podzlico
Vermelho Escuro lico Epidistrfico ambos A moderado textura arenosa/
mdia fase floresta subpereniflia + Solos Litlicos Eutrficos A
chernozmico textura mdia fase florestal tropical subcaduciflia
substrato arenito todos Tb relevo ondulado;
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PVa4 Podzlico Vermelho Amarelo Abrupto Alico Epieutrfico Tb A
moderado textura arenosa/mdia fase tropical subpereniflia relevo
ondulado;
HGPa2 Associao de Glei Pouco Hmico lico Textura Arenosa + Glei
Pouco Hmico Distrfico textura mdia + Glei Pouco Hmico Eutrfico
textura arenosa/mdia/arenosa todos fase campo tropical hidrfilo de
vrzea;
Ad3 Associao de Solos Aluviais Distrficos textura mdia + Solos
Aluviais Distrficos textura arenosa +Solos Aluviais Eutrficos
textura arenosa/mdia todos Tb A moderado fase campo tropical
hogrfilo de vrzea relevo plano;
Ae3 Associao de Solos Aluviais lico Epieutrficos texura mdia +
Solos Aluviais Distrficos textura mdia + Solos Aluviais Distrficos
textura arenosa + Solos Aluviais Eutrficos textura mdia/arenosa +
Solos Aluviais textura arenosa/mdia todos fase campo tropical
higrfilo de vrzea + Glei Pouco Hmico lico textura arenosa + Glei
Pouco Hmico Distrfico textura mdia + Glei Pouco Hmico Eutrfico
textura arenosa/mdia/arenosa todos Tb A moderado fase campo tropcal
de vrzea relevo plano.
Posteriormente, a caracterizao do uso atual da terra na rea da
bacia hidrogrfica do crrego do Cedro tem como objetivo mostrar as
formas de ocupao e utilizao da terra, a fim de correlacion-las com
os processos que provocam a degradao dos recursos hdricos.
O uso e ocupao das terras o bsico para planejamento ambiental,
porque retrata as atividades humanas que podem significar presso e
impacto sobre os elementos naturais. uma ponte essencial para a
anlise de fontes de poluio e um elo importante de ligao entre as
informaes dos meios biofsico e socioeconmico (SANTOS, 2004,
p.97).
As informaes referentes ao uso e ocupao do solo da bacia do
Cedro foram obtidas de fotografias areas de 2003, e elaboradas na
escala 1:40.000. Sobre o uso e ocupao da terra foram definidas as
seguintes categorias: agricultura, gua, mata, pastagem, solo urbano
e solo exposto.
A partir da base de dados, foi possvel gerar os ndices de uso e
ocupao da terra da bacia, descritos no Quadro 1.
Vegetao Nativa
Indstria rea de Interesse Pblico
Aeroporto rea Urbanizada
rea Agrcola
Pastagem
4,78% 0,79% 1,29% 2,82% 10,11% 2,73% 77,48% Quadro 1: ndices de
uso e ocupao da terra da bacia hidrogrfica do crrego do Cedro.
Na bacia hidrogrfica do crrego do Cedro, as reas de
pastagens
constituem-se no uso e ocupao predominante do solo; porm, as
reas impermeabilizadas como a urbana, a industrial e a de prestao
de servioes, mesmo ocupando 15,01% da rea superficial da bacia,
provocam intensos impactos ambientais, devido, por exemplo,
concentrao das guas superficiais e disposio de resduos slidos
urbanos nos mananciais. A bacia possui somente 4,78% de cobertura
vegetal nativa, 10,11% de rea urbanizada e 77,48% de sus rea total
recoberta por pastagens.
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Fragilidade aos processos erosivos
A partir do cruzamento entre os mapas temticos, foram atribuidos
diferentes pesos nos atributos para elaborao da carta de
fragilidade aos processos erosivos (FIGURA 5). A maior relevncia
foi oferecida a caracterizao do solo e da declividade, por essas
serem os atributos mais significativos da bacia.
A maior potencialidade ao surgimento dos processos erosivos
esta, via de regra, ligada aos tipos de solo e aos nveis de
declividade existentes no terreno. Por exemplo, o solo tipo PVe4
ocorre em reas de relevo ondulado, com declividade de 10 a 20%,
configurando muitos riscos de eroso, devendo estar sempre coberto
por pastagens ou vegetao natuaral para atenuar esse risco. J o solo
PEa4 apresenta maior quantidade de argila, favorecendo o escoamento
superficial das guas pluviais, acelerando a eroso, indicado para o
aproveitamento de uso agrcola, o que torna este solo mais indicado
para pastagens.
O solo PVe6 uma associao entre os solos PVe4, PEa4 e Re1,
portanto seguem as recomendaes anteriores, acrescidas das
caractersticas da classe Re1 (solos litlicos), com relevo ondulado
e a pouca espessura desse solo, impedem seu aproveitamento dentro
de um sistema de manejo desenvolvido, porm apresenta limitao
motomecanizao da agricultura, sua elevada fertilidade natural
permitem qye seja utilizado para fins agrcolas, num sistema de
manejo pouco desenvolvido, baseado na trao animal e no trabalho
braal.
J o solo PVa4 esta na classe em que o relevo ondulado, com
declividade de 5 a 20%, o que, aliado textura arenosa do horizonte
superficial, ao gradiente textural e a transio abrupta para o
horizonte B, torna-se muito suscetvel eroso. Este apresente limitao
moderada motomecanizao da agricultura, principalmente para declives
prximos a 20%. Apresenta at a profundidade de 50 cm elevada
fertilidade natural, favorecendo o desenvolvimento de culturas de
sistema radicular pouco profundo, uma vez que, aps esta
profundidade, o solo lico com t eor de alumnio trocvel, em nvel
txico para as plantas.
Os solos hidromrficos (HGPa2) situam-se nas reas mal drenadas
das plancies aluviais. Este tipo de solo ocorre em reas planas, mal
drenadas e sujeitas a inundaes frequentes. Na bacia do Cedro, por
estar em reas de preservao e proteo ambiental, o uso indicado para
estes solos a preservao e a reintroduo de espcies vegetais
nativas.
Os solos Ae3 so solos aluviais, pertence a classe onde o relevo
plano e compreende solos bem drenados internamente, sendo
periodicamente alagados, devido proximidade dos rios. Por estarem
em reas de preservao e proteo ambiental, na bacia do Cedro, o uso
indicado para estes solos a preservao e a reintroduo de espcies
vegetais nativas.
Os solos Ad3, tambm solos aluviais, compreende solos pouco
desenvolvidos, relativamente recentes, predominantemente minerais,
com horizonte A, frequentemente moderado, assentado sobre camadas
de textura e espessura variveis. Este tipo de solo ocorre em reas
de relevo plano, com menos de 5% de declividade. A textura arenosa
desse solo confere a esta classe baixa capacidade de reteno de gua
e nutrientes. Por isso em razo da baixa fertilidade natural e dos
elevados teores de areia, este solo para ser utilizado com
agricultura ou pastagem, necessita no s de fertilizantes e
corretivos, mas tambm de adubao orgnica.
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Consideraes finais
Com as anlises das caractersticas fsicas e ambientais da bacia
e, principalmente, dos solos, conseguiu-se identificar suas
principais caractersticas e a sua suscetibilidade eroso, podendo
identificar as recomendaes de uso.
A carta de fragilidade aos processos erosivos foi confeccionada
a partir da sobreposio das cartas anteriores, levando em conta,
principalmente, sua declividade, o tipo de solo e o uso e ocupao
deste solo. Esta carta representa as reas da bacia do Cedro com
fragilidades aos processos erosivos, essas fragilidades foram
divididas em: muito baixa, baixa, mdia, forte e muito forte. Como
demostrado na Figura 5, na bacia do Cedro predomina-se fragilidades
baixas, porm encontra-se muitas reas com fragilidades de nvel muito
baixa e mdia.
Com os trabalhos de campo e os mapas confeccionados e analisados
podemos indicar que as reas urbanizadas, com alto ndice de ocupao e
impermeabilizao do solo, esto aumentando nas unidades ambientais
que possuem este padro de uso e ocupao do solo, com isso h
problemas como a deposio de resduos nos fundos de vale e a ocupao
irregular das reas de preservao permanente.
Por fim, o aumento dos processos erosivos, devido falta de
adequadas curvas de nvel nas propriedades rurais, arruamentos a
favor do declive na rea urbanizada, cuidados necessarios com os
diferentes tipos de solos e ao respeito s reas de preservao e a
proteo ambiental, tanto na rea urbana quanto na rea rural tem
contribuido com a progressiva degradao dos recursos hdricos
superficiais, a tendncia o aumento da explorao da gua subterrnea,
que sem os cuidados adequados, poder ter o seu uso comprometido.
Referncias bibliogrficas DIBIESO, E.P. Planejamento Ambiental da
Bacia Hidrogrfica do Crrego do Cedro Presidente Prudente/SP.
Dissertao de mestrado FCT/Universidade Estadual Paulista, 2007.
GUERRA, A. J. T.; CUNHA, S. B. da. Geomorfologia e Meio Ambiente.
Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1996. GUERRA, A.J.T.; CUNHA, S.B.
Geomorfologia: Uma atualizao de bases e conceitos. 2 ed. Rio de
Janeiro: Bertrand Brasil, 1995. SANTOS, R.F. Planejamento
Ambiental: teoria e prtica. So Paulo: Oficina de Textos, 2004.
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Ambiental: aplicaes. In: Geoprocessamento aplicado anlise
ambiental: o caso do municpio de Volta Redonda RJ. Rio de Janeiro:
Bertrand Brasil, 2004.
Recebido em 25 de maio de 2012. Revisado em 10 de julho de 2012.
Aceito em 28 de agosto de 2012.