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FLORES DO RECANTO - rl.art.br · textos, repletos de amor, escritos pelas “Flores do Recanto”, vinte e sete mulheres autoras convidadas uma a uma e que nos honraram com sua simpática

Dec 16, 2018

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FLORES DO RECANTO

Organizador e Prefaciador: Miguel Carqueija

Autoras: Amarília Teixeira Couto, Brunah Gonçalves, Célia Leal,

Denise Matos, Eliane Auer (Moça Bonita), Eliane Maria de Jesus

(Meimi), Érica Calefi, Glaucia Ribeiro, Irá Rodrigues, Ísis Dumont,

Jânia Lopes Martins, Jey Lima Valadares, Leti Ribeiro, Limaflor

(Hortência de Alencar Pereira Lima), Lúcia Constantino,

Maranaza (Nazareth Carvalho), Maria Cândida Vieira, Maria

Eugênia Santos, Maria Marlene, Maria Santino da Silva, Milene

Gomes, Nana Okida, Regina Madeira, Rosa das Oliveiras,

Rosilene de Souza, Shirleyde Fernandes da Mota, Simplesmente

Sys (Suely Sabino Reis).

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PREFÁCIO

“Flores do Recanto” é uma deliciosa antologia de

textos poéticos somente de mulheres e todas

elas, poetisas presentes no Recanto das Letras.

Os leitores que desejarem conhecer mais sobre

cada uma delas poderá localizar facilmente suas

respectivas escrivaninhas neste espaço, e faço

votos que as procurem mesmo, para poderem ler

mais textos maravilhosos.

Em princípio “Flores do Recanto” é uma pequena

homenagem que tento oferecer à mulher em sua

essência – costumo dizer que a mulher é, em

média, muito melhor que o homem – e mais

particularmente a essas preciosas amigas do

Recanto, criadoras de tantos textos

excelentes.

Todas elas, a meu pedido, acrescentam a suas

poesias uma auto-apresentação, para que os

leitores saibam desde já alguma coisa sobre

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cada uma delas; mais informações em suas

escrivaninhas. E diversas têm seus blogs.

Os temas deste livro são livres. Não faltam,

inclusive, poemas infantis. A obra se destina ao

público em geral.

Prezados leitores, e leitoras: vamos agora

mergulhar no singelo universo feminino, com

toda a sua doçura e sinceridade.

Desperte a sua sensibilidade lendo os amáveis

textos, repletos de amor, escritos pelas “Flores

do Recanto”, vinte e sete mulheres autoras

convidadas uma a uma e que nos honraram com

sua simpática presença.

Sinta nas páginas que seguem toda a doçura da

delicada alma feminina: versos e algumas prosas

poéticas que lhes trarão amáveis impressões, e

que evocarão passos sutis, mãos carinhosas,

dedos elegantes criando a beleza no

computador, o sacudir charmoso de cabelos

soltos e sedosos, sorrisos abertos, risos

cristalinos, o suave roçar de pés descalços que

brincam com o chão, olhares ternos e ao mesmo

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tempo penetrantes, palavras amigas e

carinhosas...

Agradeço a todas e a cada uma das queridas

amigas que aqui participam – e a quem vejo

como irmãs e filhas – e faço votos que as

nossas amizades sejam eternas.

Deus as abençoe.

Rio de Janeiro, 13 de março de 2014

Miguel Carqueija

Nota: a cada uma das mulheres presentes neste volume foram

pedidas três poesias. Algumas, porém, enviaram mais de três, e

eu não tive coragem de cortar o excesso. Espero que as demais

me perdoem.

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AMARÍLIA TEIXEIRA COUTO

VIDA DE MENINA I

Sempre me considerei uma pessoa estranha, um pouco diferente da

maioria. Acho que quando nasci, um anjo também me sussurrou uma

ordem: Vai ser gauche na vida!Só que o meu anjo estava mais para o

anjo esbelto da Adélia, do que para o anjo torto do Drummond. Fato

é que sempre sonhava acordada. Ou, se não estava sonhando, ficava

de olho nas brincadeiras dos garotos para fazer igual. E a cada

escapada do olhar atento da mamãe, lá ia eu me juntar a eles para

uma corrida no carrinho de rolimã, uma bente-altas, uma finca, ou

uma partida de futebol.Como eram livres os meninos! E como os

invejava nessa liberdade infantil!

Na escola,virava e mexia ,ouvia meu anjinho sussurrar: Ei, não se

esqueça. Seja gauche! Então eu saía do comum, fazia

questionamentos impróprios para a época, tinha surtos de liderança,

como uma vez em que mobilizei a minha turma para um abaixo-

assinado em prol da manutenção da minha professora favorita no

ano seguinte. É que, a cada ano, mudávamos de mestra. Uma turma

não ficava com a mesma professora dois anos seguidos. Como eu

amava d. Míriam, achei que tinha a obrigação de fazer algo. E fiz. E

ela ficou conosco. Eu era ou não era esquisita? Mas também com

aquele anjinho danado...

Ainda nos distantes tempos de menina, às vezes cismava em achar

que estava apaixonada. Enquanto as paixões eram pelos mocinhos

dos gibis e dos seriados da tv, tudo bem. Mas à medida que se

tornaram reais, foi um Deus-nos-acuda! Só na minha turma, com

apenas oito anos, tive duas paixõezinhas que me deram trabalho.

Durante as aulas, ficava dividida entre os olhos azuis de um e a

morenice indígena de outro. E o meu pensamento voava longe até

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que uma reprimenda da professora me trazia de volta.

E quando se tratava de festas religiosas, meu Deus! Minha

esquisitice era ímpar! A cada procissão, lá ia eu com outras

crianças, segurando o andor de Nossa Senhora quando, de repente,

começava o espolcar dos fogos de artifício. No primeiro estrondo,

eu largava a haste que segurava e saía tresloucadamente para me

esconder no primeiro buraco que encontrasse.Tinha pavor de

foguete. Nessa hora, o medo falava mais alto e a querida Mãe de

Deus só não se estatelava no chão porque mãos mais devotas

acudiam a tempo e evitavam o desastre.

Outras estrepolias infantis marcaram minha trajetória de criança

interiorana, mas o que me diferenciava dos companheiros era o meu

entendimento das coisas, do mundo ao meu redor. Era como se uma

vozinha angelical, ou da consciência ou qualquer outra coisa de outra

dimensão, me soprasse algo pouco comum ou me exarcebasse a

sensibilidade. Eu tinha uma percepção mais aguçada e um

pensamento que não condizia com a minha turma.

Hoje, se me vêm nítidas tais lembranças, só me confirma que muitos

são os gauches na vida. E que a cada caminho tortuoso, a cada

desvio do que foi estabelecido (por quem?), mais a gente cresce e

se enternece com tudo que de bom, ou não tão bom assim,

encontramos pelo caminho.

A voz do meu anjo ainda me diz coisas insólitas de vez em quando. E

eu ainda o atendo prontamente. E o seu, já fez de você um gauche?

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BOLINHOS DE CHUVA

Sempre disse que sou suscetível a muitas coisas. Entre

elas destaco o tom de voz de alguém ao falar comigo, o

gestual, uma risada bem gostosa, um olhar pleno de

ternura.

Além de tudo isso, sou suscetível às variações do tempo.

E pra variar, como já relatei em outras pequenas

histórias vividas por mim, sou do contra, sou meio

gauche.Tenho mania de estar à esquerda de um monte de

coisa. Politicamente então, nem se fala.Mas ser de

esquerda para mim é qualidade, me desculpem quem

pensa o contrário.Tenho mania de ser defensora,

principalmente dos fracos, dos oprimidos,dos

apaixonados, dos solitários, das minorias,enfim.

Mas antes que descubram minha maluquez, que tento

ocultar vez em quando, vou falar sobre o que o título

sugere.

Como as mudanças de tempo mexem muito comigo, esse

friozinho danado de gostoso (para mim,lembrem-se que

sou do contra!), já me fez reeditar uns versinhos em

louvor ao frio e já me fez ir para o fogão. É que de

repente bateu uma saudade imensa dos bolinhos de chuva

que deram tanto sabor à minha meninice.

Lembro-me com todos os detalhes da alegria imensa que

sentia quando minha mãe, só pra me satisfazer, fazia

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esses maravilhosos bolinhos. Para mim era motivo de

festa, pois não era possível degustar essa maravilha

todos os dias. A gente era pobre, pobrinha de marré-de-

si. E como sabíamos muito bem de nossa precariedade

financeira, a gente também não se atrevia a pedir nada,

só de vez em quando. Como eu era a caçula, fazia uma

carinha de carente, pedia com jeitinho e.... os bolinhos

apareciam numa tigela de louça branca, inesquecível

também. E sempre que eu era agraciada com esse manjar

dos deuses o tempo estava friozinho, ou chuvoso.

Então nestes dias de frio e chuva temporões, a vontade

me veio forte de cair matando num monte de bolinhos de

chuva. Na semana passada, resolvi seguir uma receita da

internet. Acrescentei manteiga na massa e.... estraguei

todos os bolinhos. Bem feito para mim. Quem mandou

negligenciar a receita frugal e maravilhosa de minha

família? Naquela época, manteiga era raridade e, muitas

vezes, até o leite para a massa não existia.

Hoje, no entanto, deu tudo certo. Fiz igualzinho à mamãe.

Eles ficaram tenros e amarelinhos, uma vez que fiz com

ovo caipira e acrescentei (ah mania de ser gauche e

mudar o rumo até de uma receita!) um pouquinho de

queijo parmesão ralado.

Fiquei emocionada ao contemplar todo aquele dourado, só

esperando eu liberar a menina guardada em mim para

comer muitos deles. Ah,me esqueci de dizer que os meus

bolinhos de chuva são salgados e não aqueles famosos (e

deliciosos também) feitos com açúcar e canela.

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Bem, depois de me fartar de bolinhos, tomando um bom

café (bem forte,como gosto), estou aqui a relatar para

meus queridos amigos que me honram lendo os meus

devaneios, minhas singelas histórias, sempre tão

prosaicas.

É que uma chuva fina e ininterrupta ( mais esse

friozinho) me faz sentir muita coisa boa, entre as boas

lembranças está a saudade do carinho, do abraço, do

aconchego que só recebemos de quem nos ama de

verdade.

Alguém aceita uns bolinhos de chuva?

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AMO AS PALAVRAS Amo as palavras Mesmo as que falseiam o sentido As que driblam o entendimento Ou as que provocam o silêncio Amo muito os vocábulos curtos Ou os mais extensos Os que lembram brinquedinhos de criança Com seus ruídos Suas cores Seu brilho Sua vida Pois as palavras nascem Crescem Se produzem E morrem Ou ficam eternas Ou encantadas Em algum lugar E como existem lugares onde as palavras ficam Ou como hóspedes queridas Ou odiadas Como visitas fugazes Ou recorrentes

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Elas ainda podem morar Na saudade Indefinidamente Ou se tornam estrelas A quem buscamos A cada noite de lua cheia Que nos fazem suspirar Cantarolar algumas delas Que um certo alguém sussurrou Em nossos ouvidos E que caíram direto na alma Pra se tornarem eternas São essas as mais preciosas Aquelas que vão e vêm Na frequência de nossas emoções São as que tiveram todos os significados Os bons e os maus Pois nos acenderam todos os sentidos Os cinco conhecidos E mais uns tantos por aí Indefinidos E que se revelam somente Sob os eflúvios da paixão Amo as palavras As comuns E as reinventadas

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As que deixaram pra trás as amarras Assim como o cavalo montado pelo Mestre João O Guimarães das Gerais Feiticeiro encantador de todas elas. Assim também como o gênio Manoel Que do barro , do que os outros fazem pouco Produziu os mais lindos versos E se declarou encantado pelo verbo Amo as palavras de toda estirpe As que provocam desordem Que fazem o mundo girar Que apontam outros caminhares E uma nova ordem social Amo sempre as palavras dispostas A serem ponte Em nome da paz As que fazem mãos Braços e bocas se procurarem Em nome de algo maior Em nome do que não é rifle Nem violação Amo as palavras utópicas Como amor Paz Empatia Abnegação Que se juntam à bondade Companheirismo Determinação

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Amo muito meus poetas Que me encantam a cada dia E me amenizam as frustrações Assim como Drummond Neruda Adélia Cecília Clarice Fernando e seus desdobramentos A cada momento me extasio diante das palavras São elas o alicerce do mundo Da pólis Do Ser E por amar tanto as palavras E tentar me locupletar de todos os seus sentidos Que eu me faço assim De aprendiz de encantamento Pois bebi e bebo da fonte Daqueles que reverenciam a palavra Que tratam-na como jóia rara E tentam a cada momento de deslucidez Montar um colar de diamantes. A palavra é o refúgio da poesia Que somente se revela a quem Aprende a calar o pensamento E deixa fluir a emoção

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Sou uma mulher romântica por excelência, que insiste em acreditar no amor em todas as suas manifestações.Considero-me eclética no gosto pela leitura e naquilo que modestamente escrevo.Meus poemas,contos,crônicas e artigos traduzem os meus sentimentos, a maneira como encaro a vida , os meus devaneios e também a minha postura política, pois sonhar é preciso, sempre, mas arregaçar as mangas e lutar por um país melhor é fundamental. Gosto de gente, de mato, de música e de dançar. A escrita para mim é catarse, é ponte, é minha liberdade de ser. Sem nenhuma pretensão literária, vou compondo meus versos, me revelando em cada linha, me dividindo nas sílabas e me refazendo inteira em cada texto. Esta sou eu: simples assim.

AMARÍLIA TEIXEIRA COUTO

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BRUNAH GONÇALVES

PER RICORDARTI CHE, O AMOR É IMPORTANTE

Per ricordarti che il mio amore è importante... É um amor de verdade e não ilusão... Um amor que se sente na carne e também no coração. Amore... Um amor, e não um simples amor. Mio regalo... Duas almas feitas uma para outra. Um homem e uma mulher que se encaixam Em um só coração. Mio amore... Sinto teu cheiro e o gosto do teu corpo inteiro. Olho em teus olhos mais uma vez e é Sempre regresso e nunca uma partida... Per ricordarti che il mio amore è importante, Eu vou pintar o nosso amor em todos os lugares Do mundo inteiro e deixar o meu cheiro em tua pele. E non importa cio che dice la gente Por que você sempre lembrará que o meu amor É o mais importante. E eu sempre sentirei que, tu, mio amore, É meu grande homem. Meu regalo, più grande. Por: Bruna Gonçalves. (Escrito em: 13/01/2013).

Brunah Gonçalves

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“LAVAS, LÁGRIMAS, DESERTO E ESPERANÇA”

Rastejando em lava de vulcão... Meus pés suplicam por um chão molhado, Por um caminho fresco, mesmo que seja apertado...

A lava queima-me os pés e a dor sufoca-me o coração. Não há como raciocinar em meio a tanta tortura. Não há como fugir, pois não vejo para onde ir. Mas, vejo que sou mais forte do que penso... Tão forte... A lava não me amputa os pés, não me arranca a Esperança, só pedaços de pele, que me causam dor.

Tudo tão quente... Tudo tão queimado em mim. Mas sei que, ao minhas lágrimas derramar, tudo irá se ajeitar. Derramarei lágrimas o suficiente, para a lava esfriar. Seguirei em breve, em águas frescas, barro molhado. Em um deserto, plantarei flores e me banharei no rio sagrado. O rio de um deserto empoeirado e rachado pela seca que o toma.

Por: Bruna Gonçalves. (Escrito em: 27/12/2013). Brunah Gonçalves

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DOAÇÃO DO CORAÇÃO

Doação... Uma boa doação de si mesmo. Dar-se ao outro. Doar o melhor que puder. Doar um sorriso, Um beijo, um abraço. Sinceros.

Doar uma roupa boa, um livro, Alimentos, ensinamentos... Amor! Doe amor, pois Com o amor, tudo mais que é necessário, Vem junto com o amor doado. Doe um pouco de você para si mesmo.

Doe um pouco do que tem do outro, Para algum outro. Doe também o que "não tem" (sonhos), Porque dos sonhos vêm os sorrisos. Procure doar somente O melhor. Se queres o melhor para você, Doe o melhor para o outro.

Pense na lei da atração... “Tudo que vai, volta”. Um dia volta! Doe o melhor do melhor, Para receber o melhor do melhor. Preste atenção! Faça uma boa ação: Doe com o coração. Por: Bruna Gonçalves. (Escrito em: 24/11/2013).

Brunah Gonçalves

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Auto-apresentação: Não sei falar de mim, mas sinto necessidade de aliviar minha alma, em poesias e outros gêneros. Me apaixonei pela poesia, quando descobri o que era amar... Amor é poesia e poesia é amor. Bruna Gonçalves... Sou só isso e tudo isso. Às vezes quero ser mais, às vezes, quero ser menos. Mas sou o que sou... Agradeço a tudo e a todos, por tudo e também por nada. (Dedico a Silvia Mendonça, Marcia Domingues, Bruna Amorim)

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CÉLIA LEAL

TRAVESSURAS DE CRIANÇA

Brincava de esconde, esconde

nas araras e detrás das cortinas.

Escondia e sorrindo olhava

para ver se alguém o procurava.

Era uma grande preocupação

Por aqui, e ali a procurar.

Esse seu jeito de se divertir,

Como se estivesse a contemplar,

Me deixando de cabeça quente,

aproveitando a hora de comprar

mas um dia, ele se perdeu,

e não consegui o encontrar,

como era um garoto esperto,

eu sabia que em casa ia chegar

e logo depois que cheguei

ouvi a campainha tocar.

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SER CRIANÇA

Ser criança é:

não ter preocupação.

Pois o que ela quer,

é na sede, ter água

na fome, ter pão,

na nudez, uma roupa,

e na queda, uma mão.

Na noite uma história

no silencio a imaginação.

No campo uma bola,

na sala um pião.

Na solidão, um amigo

que lhe dê um abração.

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O HELICÓPTERO

Olhando da minha janela

Vejo os ares cortando

Um helicóptero preto

Que pelo céu vai voando.

Ele vem bem de mansinho

Todo dia vai chegar

Para pousar no prédio

E ali então se instalar.

Não sei quem ele traz

Porém sei que não demora

Faz a volta pela praia

E por de traz vai embora.

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Biografia atualizada em 2013

Célia Leal de Jesus, natural de Mata de São João, cidade baiana

próxima ao litoral, em 10 de janeiro de 1960. Filha de Nair Leal de

Araújo, casada, 3 filhos, Professora da Rede Municipal de Salvador,

graduada em pedagogia pela Universidade Federal da Bahia

(UFBA) em 2009. Com pós graduação em História Social da Cultura

Afro Brasileira e Indígena, pela Faculdade da Cidade. Participei em

2009 do projeto da Secretaria Municipal de Educação e Cultura de

Salvador de uma coletânea de Cordéis sobre o Meio Ambiente com

o Titulo de “Cordel Ambiental”. Com o Cordel “Aquecimento Global”

na categoria de Professores. Também participei em 2013 de uma

Antologia no IX concurso Literário “Poesias sem Fronteiras” com o

poema infantil “Audição”. Atualmente estou trabalhando, com

Jovens e Adultos e também com a pré-escola.

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Denise Matos Poemas de amor

Vórtice Chegou no desassossego do vento,

envolvendo a pele, enlouquecendo os pensamentos ... rasgando claustros de ternuras... Na seda dos dourados fios

respirou minhas emoções, minhas doçuras, como se tecesse seu destino nas artérias de minha alma !

... E o universo curvou-se para ver seu sopro me inundar...

(como único astro a saber amar)

Em curvas de ouro e suspiros impuros, fez-se sonho, abismo, voragem ! Querência de vontades por entre as frestas da insanidade

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E antes qu'eu pudesse escorrê-lo por meus pulsos, vestiu meus sentidos e partiu; virando-me o coração do avesso !

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Velino

Há muito te acalanto num grito;

amanheço nessas bifurcadas curvas dos teus olhos

Ah teus olhos... olhos de amor, olhos cantantes...

Há tempos aprendi a mergulhar em teus olhos,

viver tuas vírgulas, suspirar tuas linhas;

entre-tuas-linhas deixo-me, abandono-me...

Há muito sei-me súdita desses teus sóis

que dissipam minhas pesadas nuvens,

mantendo-me nessa fé dos teus dourados laços !

Há muito que de tuas auroras renasço

quando o traçado desses amorosos raios

deitam minha pele em acetinados lençóis...

Há muito que a nossa fome é tanta

que doo-me velino às ânsias de nossos umbrais !

Ahhh... E já tanto faz mi'a invernia...

Eu bem sei que através dos tempos

continuarei lançando-me contra esse teu peito !

- Pois há muitas vidas bebo teus mistérios em poesia –

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Denise Matos

Sereno Sonhos caiados de crepúsculos desenham letras úmidas sobre essas folhas espargidas em mim... Adentro a noite, peregrina ! Alma em voo soturno; sedenta de toda luz

que meus pulsos possam alcançar ! Ahhh... E'm meus silêncios busco a palavra beijada, adocicada e sem mesura, que leve minhas ternuras às mãos do poeta !

... Luas ardem nos vãos dos dedos, tantos são os segredos que me consomem na ânsia de mais uma vez inspirar as vontades que pulsam naquele peito desregrado !

... Ah Poeta...

As noites bebem de tuas palavras... Vestem-se de tuas estrelas !

Enquanto minha alma queima e valsa líquida

na cintilância do teu esplendoroso céu,

esperando ser de tua boca todo o sereno!

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Denise Matos

Nasci em Porto Alegre, resido atualmente em Gravataí,

R.S.

Comecei a escrever desde muito cedo. Aos onze anos de

idade já escrevia diários e cadernos de poesias.

Amante das letras, em busca de aprendizado; escrevo tudo

que vem de meu coração e minh’alma grita.

Participo de coletâneas, antologias e publico minhas

obras no site Recanto das Letras.

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ELIANE AUER (MOÇA BONITA)

SILÊNCIO

O silêncio desperta curiosidade, saudade. Corta como flecha

provocando o desejo da quebra de silêncio. O silêncio que dói na alma O silêncio que se faz num beijo Do vazio das palavras O silêncio do desejo. O silêncio da calma O silêncio do leito No túmulo, o silêncio Que adormeceu no peito.

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O TEMPO DE VIVER

Quando pensamos no tempo, sentimos uma melancolia invadir

nossos corações. Sentimos muitas vezes uma tristeza por nos distanciarmos de

alguns bons momentos vividos e adormecemos algumas

decepções. Assim descobrimos o tempo de viver.

Aprendemos a enxergar que o tempo passa

Que os cabelos brancos

São apenas as marcas das conquistas

Que o tempo permanece

Passando suavemente, Se quisermos acreditar

Em dias melhores

Descobrimos que o tempo passa

Para comemorarmos

Com quem amamos as datas importantes

Aprendemos que nada é sonho

Tudo pode tornar-se realidade

Com o passar do tempo.

E nesse momento, Queremos acreditar que te abraçamos

E abraçando

Desejamos o melhor que possa existir. O melhor que pudermos viver nesse tempo...

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AMANDO SERÁ

Quando amamos é como se sentíssemos flores suaves pelo corpo

perfumando, é como se uma luz intensa estivesse sempre iluminando nossos

corpos e os sinos do coração retinissem como música ... Os sinos retinem fortemente Dentro dos corações carentes É a alma fria e inquieta À procura da lua deserta Vem nos iluminar sol do amanhecer Por sobre nós um manto esbranquiçado São as ondas do lindo mar salgado A nos cobrir para iluminar o sol O sol permite que as ondas declinem Abençoando um amor sublime Só exige que esperemos a lua Porque de desejo ela fez-se nua É inspirador num amor de poetas O sol e a lua se encontram num eclipse E ao cobrirem-se em abraços e carícias A lua, uma nova fase reinicia. O sol alegre retorna em um novo dia Depois da noite vivida com a doce lua E os casais apaixonados que assistiram Mantiveram-se unidos num amor de poesia.

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Resumo biográfico:

Eliane Queiroz Auer nasceu em São Mateus, norte do Estado do Espírito

Santo. Casada, duas filhas. Graduada em Pedagogia pela Universidade

Federal do Espírito Santo-UFES. Especialista na Educação. Ocupa a

cadeira nº5, na Academia Mateense de Letras- AMALETRAS, Acadêmica

Correspondente da Academia Feminina Espírito - Santense de

Letras. Acadêmica e Chanceler da ALB Seccional Suíça, Participações em

antologias diversas publicações em jornais e revistas nacionais e

internacionais. Condecorada com a Comenda Rubem Braga com o Grau

de Comendadora pelos inestimáveis serviços prestados à Cultura da

Nação. Tem dois livros de poesias publicados e dois e-livros de literatura

infantil entre outros.

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ELIANE MARIA DE JESUS (MEIMI)

EU TE AMO

Você sabe que é amado porque me declarei

Escrevi o meu sentir nas poesias... Sinto-me interesse real por sua vida Quero zelar pela sua felicidade Me preocupo quando as coisas não

Estão indo bem em sua vida. Estou disposta a ouvir suas dúvidas.

Dar-te-ei uma sacudida quando for preciso

Quando fica triste sinto sua tristeza.

Sinta-se à vontade para ser exatamente como você é

Não ofega, mas suspira .

Não levanta a voz,

Mas fala se não concorda Sente-se e escute.

Ouça-me...

Eu te amo não diz tudo!

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PRECISO TE DIZER

Que te amo

A distância separa-me de você

Meu amor não deixarei morrer esse sentimento

Que consuma o meu querer

És a borboleta que visitou meu jardim

Deixando o néctar

Com sabor de Amor

Transformei-me em borboleta

Alcei o voo até você

Juntos sobrevoamos ao céu.

Sobre o brilho do sol

Enamoramos até o entardecer

Agora o deixei partir...

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TENTEI TE ESQUECER

Tentei continuar como se

Não tivesse te conhecido

Fico acordada pensando em nós dois

No meu mundo adormecido

Fecho os meus olhos tentando entender

Mas sem você não sou completa

O nosso amor está escrito em seu rosto

Você ainda pergunta

O que sinto por você

Quer explicação do meu sentir.

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Eliane Maria de Jesus (Meimi) Nascida em 17 de Abril de 1968.

Formada em Pedagogia. Primeira participação Antologia

Poesias Encantadas VII. Minha nova paixão em escrever poesias

expressando o sentir da alma.

E.mail:[email protected]

Site:www.recantodasletras.com.br

http://meimipoesias.blogspot.com.br

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ÉRICA CALEFI

SIMPLICIDADE

A minha felicidade reside na simplicidade

Meu coração não se alegra com materialidade

Mas sim com carinho, ternura e sensibilidade...

Não preciso de muita coisa se tenho amor

Sigo feliz e sei reconhecer o meu real valor.

Gosto muito do cheiro de terra molhada

De contemplar o luar até de madrugada.

De ver o sol no horizonte timidamente nascer

De ouvir o barulho da cascata ao entardecer

De estar no pé da montanha e me sentir pequena

Encontrar na sombra de uma árvore felicidade plena.

Se pudesse, borboleta seria para entre as flores voar

Seria a areia só para sentir o mar me beijar...

Tão desligada do mundo que acredito ser anormal

Não me importo! gosto mesmo desse meu mundo surreal

Sou simples e amo a simplicidade, não me queira mal

Sou apenas alguém que não gosta de ser igual

Amo a simplicidade e acho tudo muito natural...

Meu universo é de uma simplicidade sem fim

E tudo isso é um reflexo do que há em mim...

Por: Érica Calefi

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FEZ-ME FADA!

Eis que depois de muitos

anos vestida de bruxa

um príncipe em tão belas

palavras e carinhos

fez-me fada...

Visitava a lua a cada madrugada

vivia a sonhar acordada.

Eis que ao ser uma fada

vesti-me de encantos

joguei ao vento palavras

de lindos sentimentos...

E assim fiz estrelas

brilhar as palavras ao lado

da lua feito constelação...

Assim vi o amor brotar e pulsar

em meu coração

então não havia limites

na imensidão

para impor barreiras

a essa paixão...

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Fez-me fada

em tuas palavras

e tua doce voz

fez-me mulher apaixonada.

Em noites enluaradas

eu me via a mais linda fada...

Hoje então senti-me bruxa

longe de teus carinhos

e atenção volte à minha vida

e me deixe ser fada

até o fim em minha

tão profunda imaginação...

Deixe-me ser fada

e encantar seu coração...

Por: Érica Calefi

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AO SEU LADO!

Quando a noite chega nas estrelas eu te encontro

Conto cada uma delas até perder a conta e me atrapalhar

E toda noite visto-me de amor e carinho e está tudo pronto

Para poder mais uma vez contigo as estrelas contemplar

Em meus olhos brilham as estrelas do céu do seu coração

Em meus lábios os beijos que tenho guardados pra ti

Quero um a um entregar-lhe com todo o calor e emoção

Quando estiver com você sei que viverei algo que nunca vivi

Vou abraçar seu infinito respirar seu ar e viver seu amor

Encostar a tristeza de um vida inteira num canto qualquer

E sem medo de ser feliz me permitir ser sua mulher

Escalar as mais altas montanhas e contemplar o infinito

Quando estiver em seus braços e viver esse amor tão intenso

Sentir seus carinhos e ao seu lado realizar meu sonho mais bonito

Por: Érica Calefi

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Eu sou sonho e realidade, sou tudo e nada!

Rio que desagua num mar de poesias...

Infinitamente apaixonada pela vida...

Consigo ver a beleza de coisas simples...

Amo voar nas asas da minha imaginação...

Capaz de viver mil momentos em apenas um segundo

Anuncio aos quatro cantos que esse é o meu mundo

Laço de meu próprio embrulho sou embalagem

E ao mesmo tempo o próprio presente a ser entregue

Faço de meu coração a essência da minha vida

Ilumino meu próprio caminho com as luzes das minhas poesias...

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GLAUCIA RIBEIRO BANCA DE SONHOS

Vendo sonhos a preço simbólico Tudo é muito baratinho Ninguém precisa se apertar Dinheiro é bem pequenininho. Sonhos de todo o tipo tem na banca Cada um vai alegrar o cidadão Da casa própria aos bons passeios O objetivo é acelerar o coração. Infinitos são os nossos sonhos Dentre eles, a poesia declarada Imagina só que maravilha Ter a alma sempre lavada? Sonhos pra valer existem na minha banca Chegam aqui bem de mansinho Vou dizer ao pé do ouvido Que aqui tudo se faz com carinho. Pensando bem, meu amigo, Vou deixar essa profissão Cada pessoa tem seu destino O sonho bonito do coração. Ganhar dinheiro de outra forma Isso é o que eu vou realizar Antes disso desejo a todos Um belo tempo para amar.

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Glaucia Ribeiro (14/8/2009) POESIA...

A poesia se veste de amarelo-ouro Vai passear pelos campos de flores Visita os corações de muitos amores Planta-se na alma do que é duradouro. A poesia é linda, muito charmosa Encanta a todos que a vêem passar Conjuga como ninguém o verbo amar Veste-se todos os dias de forma caprichosa. A poesia reside no coração Sai de lá só quando é solicitada Vem sempre acompanhada de uma gostosa brisa E mexe fortemente com a nossa emoção. Glaucia Ribeiro (29/11/2010)

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POR QUÊ?

Vontade nunca faltou O que falhou foi a execução As ideias e o carinho foram grandes Foram enormes, não cabiam na mente e no coração. O desejo de inventar situações Prevaleceu em muitos momentos Mas na hora certa de agir Tudo ia embora com o vento. Por que o ser humano faz assim? Pensa estar tão certo Em sua busca e em tudo o que quer Só que à sua frente abre-se um longo deserto... Hoje estou aqui com os meus pensamentos Muito do que quis não se concretizou Falha minha, não culpo a ninguém Só preciso falar de quem muito bem semeou. *Para o meu querido pai Glaucia Ribeiro (26/4/2013)

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SONHAR PARA VIVER

Um mundo de sonhos se abre à minha frente Não existem guerras, nenhuma mágoa danosa As cores da natureza brotam como semente Tudo se renova, tal qual a vida maravilhosa.

Sonhos interessantes nos levam a acreditar que tudo pode acontecer muito bem Sol e chuva são opostos, mas estão a proclamar que cada um tem seu papel e que não há desdém.

O azul do céu e do mar enche de beleza nossos olhos Os sonhos deixam o rastro dessa cor Ternura e carinho têm cheiro de puro óleo Sentimentos intensos elevam do corpo o calor.

Se sonhar é viver, vivo intensamente a vida e as delícias de almejar felicidade Saboreio o alimento que nutre corpo e mente Saio em busca de local onde exista serenidade.

O verde da esperança pinta os sonhos do amanhecer Tudo se faz novo, o dia já se coloca de pé O canto dos pássaros ajuda a preencher o vazio que ficou quando meu amor se foi com a maré.

Solidão mora agora dentro do peito Realidade como antes não volta jamais Sonhos ajudam a consertar o imperfeito Mas ainda me levam até o pequeno cais.

Para esperar o que não volta nunca mais Olho o mar e sua extensão magnífica Vem de longe a brisa que à lembrança traz O romance dentro da história já vivida.

Glaucia Ribeiro (fevereiro/2014)

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Perfil: Glaucia Ribeiro Lira

Dizem que tenho algo de mistério. Talvez isso seja verdade, pois são muitas as pessoas que comentam comigo sobre isso. Sou um pouco calada, mas às vezes me pego falando demais. Brinco só com quem gosto, com quem me sinto à vontade. Procuro ser engraçada, embora existam dias em que estou excessivamente séria. Sou um misto de sentimentos, emoções, explosões e de desejos. Tenho uma lista de atividades que quero fazer ou ampliar na minha vida, dentre elas, ficar muito mais tempo com a família, servir a Deus intensamente, voltar a fazer teatro, trabalhar como voluntária, ver inúmeras vezes o nascer e o por do sol, fotografar mais, fazer mais amigos, passear, viajar, ouvir bastante música, assistir filmes, muitos filmes... Mineira, vim para Brasília com apenas 6 anos de idade, de modo que me considero brasiliense. Amo esta cidade linda, repleta de verde, pássaros, espaços e moderna arquitetura, planejada e construída por JK, onde comecei a estudar, onde me formei, me casei, tive três filhos (Adonai, Krishna Marianna e Matheus) e onde moro. Meus pais foram pessoas simples e admiráveis, que me ensinaram a respeitar o próximo e a agir com honestidade. Sinto uma saudade imensa dos dois desde que se mudaram desse mundo. Agradeço a Deus por gostar de escrever, de expor o que sinto no coração e na alma e de compartilhar meus sentimentos. Sou jornalista, gosto bastante da minha profissão. Amo a vida. Amo a Deus, Senhor de todas as horas, minutos e segundos da minha existência. Sem Ele perco a direção, não acho o caminho que devo seguir. O que falei acima é um pouco do que existe dentro de mim.

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IRÁ RODRIGUES

ACALMA

Se chover sou a lagrima que escorre

Que molha a vida corre no mundo

Sou a água que se perde na terra

Sou o rio que enche em segundo...

Sou semente que brota da vida

Se tiver chão sou raiz

Sou alimento da tua sede

Sou teu riso sou feliz...

Sou a certeza do medo

Porta aberta se quer entrar

Sou a luz que procura

Sou a voz que quer calar...

Sou espelho do meu ser

O silencio na minha voz

A palavra esquecida na alma

O desejo que te acalma...

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Enviado por irá Rodrigues

MAGRICELA

Não é uma menina não ela é uma lagartixa

É um réptil desengonçado

Rasteja-se pelo chão

Sobe em árvore e se acha engraçado...

Toma banho de sol espichada no telhado

Hoje ela apareceu com sua calda cortada

Com certeza algum gato desejou lhe dar um trato...

E o ninho dessa atrevida

Faz em qualquer lugar

Ali coloca seus ovos branquinhos

Coisa nojenta são seus filhinhos...

Branquelos de olhos pretos

Ainda pequeninos já escalam

Sobem em paredes lisas

Seus dedinhos parecem fitas...

Grudam com tanta força

Andam de cabeça para baixo

Se ela encontra uma mosquinha

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Coitada da bichinha... (Irá Rodrigues)

SUA PRIMEIRA VISAGEM

Irá Rodrigues

O trem para na estação

Um passageiro sorridente

Com olhar admirado

Entra

Senta na primeira fila

Sacode-se para espantar

Os respingos de chuva

Olha espantado

Quando o trem faz uma curva...

Estica o pescoço

Olha na janela

Levanta-se caminha

Remexe na caixa

Pega de dentro uma bolacha...

Estava tão maravilhado

Que não sabia se comia devagar

Ou engolia sem mastigar...

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Na subida da colina

O trem balançava

O sono queria pegar

Mas a ansiedade

Não deixava cochilar...

E o sono foi maior

Vencido pelo cansaço

Adormece...

Horas depois acorda

Assustado grita:

-Que raiva

Perdi metade da viagem.

O trem ficava vazio

Corre calça o sapato

Pega a bagagem

Coloca nas costas

E sai para uma nova viagem...

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MULHER

Pureza divina

A musa dos poetas

A mais linda flor posta na natureza

No recanto ela é a pureza...

Esse ser iluminado

Quando chora transforma lagrimas

Esbanja sua beleza

Mulher tu és a realeza...

É a poesia a melodia e a canção

É luz que faz o recanto brilhar

Que atrai o poeta pelo olhar...

Mulher

É luz é sol é chuva

Essa bondade esplendorosa

Ela é a flor do recanto

No jardim da vida é a rosa...

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Esbanja perfume no amanhecer

A noite vira estrela irradia

É rainha lutadora todo dia

No seu verdadeiro eu ela é a poesia...

Assim é a mulher

Deixa o recanto perfumado

Seja menina ou mulher

Por Deus foi escolhida

A Mãe de Jesus

Que a todos conduz...

Irá Rodrigues

Irá Rodrigues natural de Santo Estevão-Bahia. Geografa licenciada pela

UEFS- Universidade Estadual de Feira de Santana. Professora da rede

Estadual de Ensino, hoje aposentada dedico meu tempo a minha família

em escrever e viajar. Autora de o livro “SONHAR SEM SEGREDOS” e

cinco antologias duas em Portugal, e três aqui no Brasil .

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ÍSIS DUMONT

MINHA LOUCURA

Minha loucura acorda junto comigo,

Caminha e vai banhar- se nas águas

Termais dos lagos mais inusitados;

Me leva às alturas, acompanhada

Pelo filho primogênito do tempo.

Por vezes, ela me deixa insegura,

Mexe demais com meus pensamentos,

Me faz viajar sem proteção nas asas do vento.

Minha loucura também me enternece,

Me deixa plena de amor e ternura,

Me faz sair correndo, visitar jardins no deserto

E colher rosas para meu amor,

Que ainda nem nasceu.

Minha sã loucura não é ruim,

Envolve a maior parte do lado bom em mim.

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Minha loucura é um estado de espírito,

Ocorre em momentos, às vezes esquisito,

Mas é uma loucura bacana...

Tenta se proteger sem deixar de pensar

Na proteção que o outro precisa.

Minha lúcida loucura pode ser entendida

Quase como minha "filosofia de vida".

Muitas vezes, minha loucura é razão pura,

E beira à entrada desse paraíso inabitável

- que há em mim!

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Ísis Dumont

SOU O QUE DE MIM FIZESTES

Lembra quando nos conhecemos? Lembra o que foi que dissemos? Como foi aconchegante o nosso primeiro encontro! Lembra as juras de amor? A ternura no olhar?... As palavras carinhosas como chuva a nos banhar? É natural que os dias passem, E às vezes ficamos “distantes”. Para mim também é natural Viver te amando como antes! Nada mudou com o tempo, O amor só floresceu...

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Sou o que de mim fizestes. Te amo com intensidade, Para sempre te amarei. Te amo sem nada esperar... Amor, te amo! Além de mim, Além do céu, Depois do mar!

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Ísis Dumont

PERMITA-ME SONHAR COM VOCÊ

Psiu!... Desculpe-me, não quero ser inconveniente nem

invasiva. Não tenho a intenção de invadir sua privacidade

nem perturbar o seu sono.

Pelo contrário, desejo que tenhas um repouso tranquilo

e um agradável despertar.

Apenas te peço para me permitir, enquanto não vens,

pelo menos contigo sonhar.

Permita-me que tua presença preencha o vazio das

minhas noites intermináveis.

Que o teu perfume me embriague e envolva a atmosfera

de minha alcova.

Permita-me que nossos sonhos e fantasias se

realizem nessa noite mágica, sonhada com a ansiedade e

o entusiasmo do primeiro amor.

Que eu te fale com doçura as palavras lindas que só para

ti guardei.

Que eu sussurre junto ao teu ouvido que és o grande

amor da minha vida.

Permita-me respirar o teu cheiro, deixar-me "contagiar"

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pelo suor do teu corpo, me

lambusar e sentir o gosto desse sal.

Permita-me, mais uma vez provar do mel e do calor

intenso dos teus beijos, e sentir-me outra vez em teus

braços a mulher mais amada e mais feliz do mundo!

Te amo muito, ainda que em sonho!

Te amo muito e você sabe que isso é verdade!

Te amo muito, mesmo sendo apenas uma criação do

meu amor.

Te amo e te amarei sempre!

Ísis Dumont

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Mini Biografia

Aparecida Ramos (Isis Dumont/nome poético)

nasceu em 18 de Agosto de 1957, em Duas

Estradas, Paraíba, Brasil. Viveu durante a infância em

um Sítio onde residiam também os avós maternos.

Reside em Sertãozinho, Paraíba. Teve, quando

criança a felicidade de conviver em meio à vasta

literatura de cordel, poemas e canções trazidos por

seu pai (poeta repentista). Escreve poesias desde a

adolescência. Sua obra versa sobre o amor. Amor a

Deus, à vida, às pessoas. Entretanto, temáticas do

cotidiano como política, violência, realidade social,

enfim, não passam despercebidas. Professora

Licenciada em Pedagogia pela Universidade Vale do

Acaraú, Sobral, Ceará, Brasil. Foi Conselheira Tutelar

e, posteriormente em 2008, eleita Vereadora. Poetisa

cadastrada no Recanto das Letras, onde, no “Site do

Escritor”(www.isisdumontprosaeverso.net) tem um

Livro (digital) publicado: “Simplesmente Amor”,

gratuito para baixar e imprimir. Vencedora em

primeiro Lugar com a Poesia “Cores de Dezembro”

no Concurso “Mil Poesias de Natal”, promovido pela

ACADEMIA MATEENSE DE LETRAS/AMALETRAS, São

Mateus, Espírito Santo, Brasil. Membro da

casadelpopetaperuanonobrasil e do Site: Beco dos

Poetas, onde tem uma página. Delegada e

Embaixadora da Paz, pela Confederação Brasileira de

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Letras e Artes – CONBLA, São Caetano do Sul, São

Paulo. Participou recentemente, com mais nove

poetisas, da “Antologia Poética “Amor”, cujo

lançamento ocorreu no último mês de junho.

Idealização do poeta Recantista Maurício de Oliveira.

Teve uma poesia (FELIZ) publicada na Revista

Quimera, na Argentina, edição N° 059 (junho/2013),

tendo contado para isso, com o apoio da Escritora

Valéria Gurgel. Atualmente dedica-se às publicações

no Site e à organização dos Textos para seu primeiro

Livro impresso, além de atualizar, diariamente o

Blog rosachoqueeoutrascores.blogspot.com e a

página no FACEBOOK.

Leia

mais: http://casadelpoetaperuanobrasil.webnode.co

m/news/isis-dumont/

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JÂNIA LOPES MARTINS

FLORES PRECIOSAS

Flores encantam

O coração enobrece

O amor merece

A natureza agradece.

Flores são anjos impregnados de essência

São revestidos de alma e de luz

São fontes de eterna poesia

São sentimentos que na alma reluz.

Flores são pedras preciosas

Lançadas no jardim do bem

Flores são dádivas, são cheirosas

Flores são românticas também.

Flores são simples

São ricas, são belas

São delicadas elegantes, o que possas imaginar

enfeitando os dias da primavera

Pintadas por Deus numa linda aquarela.

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CORTINAS DA ILUSÃO

Sonho dourado;

Eterno amor

Brincando de amar...

Bobagens ditas, mentiras,

... Loucuras...

Destino...

Mar de dor...

O tempo passou...

Anjo dourado,

Perdeste a cor.

Sorriso confuso,

Cortinas da ilusão.

Sentimento aflito

Tatuado nas entranhas.

O suor denuncia o nervosismo.

Indecisão...

A luz guia o tempo...

O brilho...

...Sua estrada...

Nossa estrada...

Perdida...

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FLECHA DO PRAZER

Palavras soltas ao ar

Conquistam,

Fascinam,

Trazem libido.

Reações descontroladas,

Corpo trêmulo,

Respiração sôfrega.

Palavras provocantes...

Palavras levam ao auge dos sentimentos.

Acelera coração,

Endoidece a paixão.

Caliente energia,

Fazendo as pernas embambecerem.

Delírios;

Descontroles;

Calafrios...

Fusão de almas;

Coligação...

Sensações...

Amor telepático,

Corrente elétrica da emoção

Dominando o coração.

Endoidecido, este implora

Por prazer carnal...

Necessidade de amar...

... Ah, o encontro...

Enfim, toques.

Mãos e boca que se procuram...

Dança sensual,

Delícias da libido.

Sensações dominantes...

... Choro de prazer.

Jânia Lopes Martins.

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Tenho dois livros de romance lançados: Almas

Gêmeas?, Rivais Jamais. Tenho outros títulos(

Romance) escritos, mas ultimamente estou meio

desanimada em lançá-los. O retorno tem sido

desanimador. Enfim, amo a arte escrita. Lançando

livros ou não, jamais desistirei de escrever pois amo

o que faço.

(Jânia Lopes Martins)

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JEY LIMA VALADARES

ANJO, ÉS MEU DONO

Sua voz é uma poesia que flui como rios

Difícil respirar vêm me buscar Versos íntimos de uma paixão

Mapeando meus seios, uma miragem.

Coração bateu a mil Dono do meu coração, que anula a solenidade Dono do meu corpo, sinto a ânsia do teu latejo

Chorei sem querer a transpirar o pecado.

Água lava meus sentimentos Ninho aconchegante ardendo em brasa

Em deliciosa madrugada, carne de moça Minha alma se alvoraça.

Dedos em minha pele nua

Fizera a face tão bela, sangrei Amantes ilhados, ao teu céu e ao teu amor

Teus lábios nos meus suaves seios, Nós... Extremos no firmamento.

RECANTO DAS LETRAS, SENSUAL.

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VESTIDA DE FELICIDADE

Vestida a alma transbordará Ao som do vento virá

Vestida de felicidade O carbono se transformara em diamantes

O néctar em mel Casulo em borboletas

Borboletas meu colibri Vestida te amarei de todas as

formas Rosas amam o beija- flor Resumo vestida de

felicidade Sendo sou seu colibri

És meu amor.

RECANTO DAS LETRAS, AMOR

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FLORES DA ALMA

MULHER CHEIA DE SORRISO PÁSSARO QUE VOA E FASCINA ESPELHO CHEIO DE PERFUME

VOANDO ALTO, VENHO PORQUE É PRECISO SONHO QUE A NUVEM NÃO LEVA

ETERNA AREIA QUENTE ENVOLVENDO OS COQUEIROS

FLORES DA ALMA, POEMA DA VIDA QUE ACALMA NO VAPOR DA ÁGUA

ARDENTE O BEIJO NO OLHAR DE ENCANTO QUANDO BEBEREI?

AMADA, SIMPLESMENTE VIVE ME CALA NA FORÇA DAS FLORES

HÁ ALGO... NA ALEGRIA, COMO O CÉU É AZUL CRIA EM ESTRELAS AS FLORES

BAILARINA MULHER FLORES DA ALMA

SER FLUIÇÃO DE MOVIMENTOS, ÁGUAS FLUEM CALMAS

ME ACALMA NO FLUIR E SENTIR MULHER, FLORES DA ALMA.

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Regiane Lima Valadares, professora baiana lançando o 1° livro, participando do Projeto Poesia Encantada 2014...

Filha de Maria de Jesus Lima e Josias Ferreira Lima, morando no interior da BAHIA. Minhas eternas saudades, minha vida foi um colorido pontuado de lembranças, cheia de amor, feliz na inocência e na descoberta das fases da

vida, sendo mulher muito amada, conhecendo o outro lado de quem ama e separa, tive uma educação primorosa com

meus pais de humildade e felicidade, cantando cantigas a primeira da vida, nada como uma boa dose de AMOR E RISOS para

ser feliz. Amo escrever o que sinto, agradecendo a meu DEUS

pelo dom da vida que me concede todos os dias, as vitórias alcançadas, toda honra e glória dou a DEUS, ELE é o dono

de tudo. Agradeço ao poeta Miguel Carqueija por essa oportunidade, um beijo no coração querido amigo, é uma

honra está fazendo parte do seu trabalho lindo.

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LETI RIBEIRO

AMOR PRIMAVERIAL

Um dia eu vivi um amor

Um amor sem igual

De forma única e inesquecível,

Era setembro, mês da primavera,

Assim como as árvores estavam a florir

Assim meu amor surgiu...

Como uma flor desabrochou...

Lindo, vívido, de uma beleza inigualável..

Era como a mais bela flor...

Um doce perfume exalava...

E o coração de amor transbordava...

As pétalas com doçura dançavam ao vento.

E seu néctar, o alimento do amor...

E como abelha alimentava-se de forma intensa,

Até geléia real existiu, com o vigor da rainha surgiu...

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Mas o mês de setembro findou...

Junto com ele, meu amor...

Com o findar da estação primaveril.

Entra então o outono....

As flores murcharam e caíram...

E deixam o vento frio...

Sobrar as doces lembranças

Deste amor primaveril...

De dentro do meu ser: Leti Ribeiro 15.12.2013

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JAMAIS TE ESQUECEREI

Meu amor! Irei ao teu encontro,

Um dia creio que irei...

Seria lindo! Dormir juntinho de ti... Seria um sonho de luz...

De dia...

Quero passear contigo no campo... Amar-te em meio às margaridas...

Seria a coisa mais linda!

Ama-lo numa manhã primaveril... Ou numa tarde ensolarada,

Seu amor de luz me aqueceria.

Neste dia... Tristeza não existiria...

Acolher-te-ia em meus braços... Envolveríamos em nossos desejos e beijos

Loucos momentos de amor!

Não faça assim... Não fale para eu te esquecer...

Isso só me faz sofrer... Porque meu coração diz...

Que te ama, Amei e sempre te amarei... E jamais te esquecerei...

De dentro do meu ser:

Leti Ribeiro - Setembro/2013 _______________________________________________

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AMOR INFLAME...

Amo-te em silêncio!

Amor inflame,

De um desejo profundo, libertino...

Impossível de existir...

Tu és meu sol e eu sua lua,

Penso em ti de dia,

A passear comigo na praia...

E tu pensas em mim de noite,

A escorregar em teus lençóis...

De dentro do meu ser

LETI RIBEIRO

29.10.2013

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Meu nome é Elieti Mendes Ribeiro Estevão `

Pseudônimo no Recanto das Letras : LETI RIBEIRO

Tenho 39 anos, sou casada e mãe de uma linda menina.

Não sou escritora e nem poetisa, minha formação é

técnica e administrativa no ramo de seguros, sou

securitária a mais de 20 anos, atualmente sou analista de

sinistro de seguro de vida em grupo.

Em controvérsia com a função executada, sempre adorei

escrever, desde adolescente escrevia diários,

mensagens, poemas e participava ativamente no

ministério de mensagens religiosas e música da

comunidade jovem adventista.

Minha experiência com a escrita é constante em texto

de redação comercial, a partir daí empenhei-me em

aprendizado necessário da gramática e língua portuguesa

para necessidade profissional. A escrita poética vem

mesmo de vocação e inspiração, escrevo pela necessidade

pessoal que tenho de comunicar e expressar sentimento,

não tenho profundos conhecimentos literários, mas

considero válido o aprendizado, embora não tenha tempo

de dedicar-me a fundo na escrita, sempre que tenho

oportunidade mergulho no sonho de poesias e encantos,

que para mim é essencial escrever meus textos.

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Escrevo o que vem do meu coração, por isso sempre

assino De Dentro Do Meu Ser, meus textos são de

experiências vividas, outras assistidas. Adoro lirismo, a

fantasia faz bem a alma poética, quando escrevemos,

podemos usar as letras como um portal de sonhos,

criando asas e voando para onde quisermos, como e com

quem quisermos, alma poética em busca de expressão e

poesia, esta sou eu: Elieti e para os amigos do recanto

LETI RIBEIRO, abraços poéticos!

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LIMAFLOR ALAMEDAS As alamedas plenas de dulçores, Cheias de sombras, cheias de mistérios... Lembram em tardes mansas, sem rumores, A ungida solidão dos cemitérios. Finas réstias de luz entre as ramadas, Que fugidias vão perdendo as cores, São quais ninfas bailando em revoadas, A dança dos queixumes e tristores. Eu amo as alamedas sinuosas Dos bosques, onde palmas perfumosas, Lembram flores do céu, puras, benditas! Eu amo a suave paz desses recantos, Que amaina a tempestade dos meus prantos, E ajuda-me a esquecer minhas desditas.

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OFERTÓRIO

SENHOR, EU ME COLOCO INTEIRA EM VOSSAS MÃOS. A VOS ENTREGO ESTE DESESPERO, ESTA IMPETUOSIDADE, ESTA REVOLTA; ACEITAI, SENHOR, A INTERROGAÇÃO QUE ME ATORMENTA, DESENGANO QUE ME ENFRAQUECE, A IMPACIÊNCIA QUE ME DESGASTA; AQUI DEIXO TAMBÉM ESTAS POBRES MÃOS SUPLICANTES, ESTES PÉS CANSADOS DE MIL CAMINHADAS INÚTEIS; EU VOS OFEREÇO, SENHOR, ESTE MAL SEM CURA, ESTA DESESPERANÇA, ESTE DESAJUSTE; ESTA PICARDIA QUE ME FAZ RETORNAR SOBRE OS MEUS PASSOS, REFAZENDO CADA DIA O CAMINHO DESTA POBRE DOR; TOMAI, SENHOR, EM VOSSAS MÃOS, O FLAGELO DESTAS LÁGRIMAS QUE SE DERRAMAM ÁCIDAS, NAS CHAGAS ABERTAS DESTE CORAÇÃO PARTIDO; ACETAI A OFERENDA DESTA VIDA DESENCANTADA, E ABRIGAI NO ÂMAGO DA VOSSA MISERICÓRDIA, COMO ÚLTIMA OFERTA, ESTA ALMA PERDIDA QUE AINDA CRÊ

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NO MILAGRE DA VOSSA REDENÇÃO.

RETICÊNCIAS ENTÃO VOCÊ SE FOI... EU QUE JULGAVA ESSA PARTIDA O FIM DE TODO O ALENTO, SEI AFINAL QUE A VIDA CONTINUA. INCONSEQUENTE E TRISTE, INEXPRESSIVA E INÚTIL, MAS SEM DEIXAR DE SER VIDA A VIVER. FOI-SE APENAS O AMOR, OU MENTIRA DE AMOR... SEI LÁ; FESTA ILUSÓRIA DOS SENTIDOS TOCADOS PELO ÊXTASE, BUSCA INSOFRIDA DE FELICIDADE, POR DESCAMINHOS TÃO DESENCONTRADOS, PASSOS PERDIDOS ANTES DE TROCADOS, GESTOS INÚTEIS, SÚPLICAS SEM ECO, RETICÊNCIAS... VENDO O VAZIO DESTA VIDA AGORA, PENSO SE VALE A PENA PREENCHE-LO COM ESSA SAUDADE DESESPERANÇADA, FEITA DE NADA... TÃO DESCOLORIDA, QUE JÁ NEM SEI SE ANTES DA PARTIDA, JÁ NÃO MORRERA O AMOR. TALVEZ SÓ FOSSE A DOIDA TEIMOSIA DE UM CAPRICHO QUE O FIZESSE TÃO FORTE E NECESSÁRIO. E AINDA QUE MORTO, VIVO O IMAGINASSE,

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AINDA QUE TRISTE, AINDA QUE IMPOSSÍVEL, FELIZ E REALIZÁVEL O TORNASSE. PENSO QUE NADA FOI SENÃO MENTIRA; PUNHAL CRAVADO EM CORAÇÃO DEFUNTO, GOTA DE MEL EM MAR DE DESVENTURA, NADINHA DENTRO DE UM VAZIO IMENSO; RETICÊNCIAS...

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Hortência de Alencar Pereira Lima (Limaflor), natural de

Belo Horizonte. Aprecio MPB, algumas múcicas

estrangeiras e gosto muito de literatura, poesia, cinema e

teatro. Desde muito jovem crio poemas, porém acredito

que o meu forte são contos. Já tive trabalhos divulgados

em revistas e jornais. Tenho um pequeno livro de poemas,

publicado por um amigo, livro este feito apenas em

pequena edição distribuído entre amigos.

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LÚCIA CONSTANTINO

AMOR PROFUNDO

Um amor profundo torna a vida calma.

Rio que atravessa um mundo

pra dormir na foz da alma.

PRECISO DE TI

Dá-me Teu ombro.

Esta é uma dor gigante

e não sei mais o meu tamanho.

OBRA

Não sonde as minhas mãos.

Nem os meus passos.

O pão toma forma em silêncio.

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NATUREZA MORTA Foi chão para o pássaro. Foi arco para o violino do vento. Quem sua saudade chorará quando ainda sorria diante do alvorecer, quando o verde tinha vida e se aguardava o seu fruto nascer? Desatar-se é morrer um pouco. Lentamente ... ao sol, na chuva, sob um passo sem sentido.

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LUZ DE OUTONO Ah, essa luz de outono, que doura este horizonte. Luz sobre o nascer de águas. Luz sobre berços nos montes. Ilumina as rugas do mundo, ilumina muros e entranhas. Ilumina a criança que dorme, ilumina o jovem que sonha. Luz de outono incriada que dá luz a todos os olhos. De Deus, sua varinha de fada. De Seu rosto, o único espelho.

BIOGRAFIA: Lúcia Constantino, tradutora e professora de Inglês e Espanhol.

Um livro publicado, "Asas ao Anoitecer", com prefácio da poeta e

contista Olga Savary, sob o incentivo da Fundação Cultural de

Curitiba e da empresa Electrolux.

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MARANAZA

CONTO DE FADA Forcei a vida a dizer sim, quem duvidava já crê em mim... Agora sou timoneiro, agora sou meu patrão. Carrego a vida nos braços, carrego a alma na mão. Teci os fios da rede, trancei as tranças do laço, Olhem os nós nos meus dedos, olhem o tremor do meu braço... Conheço o berço da vida, conheço a toca da morte. As duas são fiandeiras tecendo os fios da sorte. Conheço a dor sem remédio, aquela que mais maltrata: é espinho dentro da carne, fere, machuca, não mata... Sou ferro e sou ferradura e sou o próprio ferreiro, forjo na forja da vida sonhos, amigos, dinheiro. Tantas pessoas já fui trago no rosto mil faces,

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segredos de olhos vazados, sonhos, enganos, disfarces... São tanto anos vividos, são tantos e não são nada. A vida olhada pra traz parece um conto de fada!..

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VERSINHOS DE CORDEL Só pobre consola pobre com a força do coração. Só pobre ajuda pobre, rico não ajuda não. Pobre escuta promessa de ajuda, de serventia, mas vem a boca da noite e engole a ilusão do dia. A vida faz diferença até entre irmãos, por que é? João subiu tanto na vida, ficou tão pobre o José... Tantos sonhos sonhados perdem o rumo, perdem o norte, Serão enganos da vida ou serão caprichos da sorte? Fortuna e pobreza têm um diferente valor: fortuna é filha da sorte, pobreza é filha da dor. Estes versinhos que faço não têm diploma nem anel é para os pobres que escrevo meus versinhos de cordel.

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DOS TEMPOS DO NUNCA MAIS Venho das grupiaras, dos diamantes e trago os dedos cheios de anéis do tempo dos Coronéis. Do tempo que os fazendeiros mandavam o filho estudar na Europa, voltar doutor sabendo mais Do tempo do Sinhozinho, dos tempos do nunca mais... Venho da casa grande, venho a cavalo e trago notícias que não são minhas do tempo da Sinhazinha... Do tempo da poesia e dos poetas, da rua calma, da luz serena, lampião de gás, do tempo das serenatas, dos tempos do nunca mais... Venho de Vila Rica, das noites longas e trago histórias de Inconfidentes, do tempo de Tiradentes... Do tempo da Arte Barroca, do Aleijadinho fez os profetas, Cristo tão lindo e os soldados feios como chacais. dos tempos do nunca mais.. Do tempo da vóvozinha, do Rei e da Rainha, dos Contos da Carochinha,

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dos tempos do nunca mais... dos tempos do nunca mais... UM DIA DE VIDA Pensei fosse mentira meu amor de fantasia, só cantigas de poeta, só enganos da poesia. Foi tão bom, tão grandoso o encontro de dois destinos, como o som de alegres guizos, como o som de alegres sinos. Suas palavras de poeta transtornaram-me os sentidos, foram sinos,foram guizos ressoando aos meus ouvidos. Assim diz meu coração mesmo quieto, mesmo mudo: -Um dia de vida é vida, uma hora de amor é tudo... Dê-me na mão esse dia, traga pra mim esta hora a vida é breve, fugaz, não deixe a vida ir-se embora...

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Nasci em Carvalhos, sul de Minas no dia 24.11.1929, sou professora aposentada e resido em Juiz de Fora, Minas Gerais. Já publiquei um livro "A menina da fazenda" pela Lei de Incentivo à Cultura de Juiz de Fora. Este mês vai sair meu segundo livro : "Vida de Professora", onde conto minha saga de Professora com suas lutas e alegrias. Tenho outro livro para ser publicado: "A Tua Imagem e Semelhança", com textos espiritualistas reflexivos. Escrevo contos infanto juvenís, poesias, porque o espírito é forte, a imaginação não conhece limites do tempo nem da idade.

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MARIA CÂNDIDA VIEIRA

NO JARDIM Ah, como é bom no jardim poder passear e as lindas flores admirar! Amo as margaridas, alegres e viçosas. Amo os bogaris, de aroma envolvente, amo os gerânios, vermelhos e ardentes. Passeio sem destino, sem pressa de chegar. Quero apenas deste momento desfrutar.

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BORBOLETA AMARELA Vem, borboleta amarela, graciosa e bela, pousar na minha janela.

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PASSARINHO NA GAIOLA Passarinho na gaiola vive querendo escapar para no azul do céu voar. De dentro da gaiola, num mundo limitado, vê as árvores e os outros pássaros, que não vivem entre grades, loucos e desesperados para escapar. O passarinho está cansado, não quer mais de ninguém depender. Quer voar, fazer seu ninho, obter seu alimento e a si mesmo prover. De que vale ter tudo de que se precisa sem a liberdade desfrutar?

Maria Cândida Vieira, além de poesia, escreve em prosa e se interessa pelos mais variados assuntos. Acredita que a poesia tem o poder de mexer com a sensibilidade das pessoas e que as palavras podem mudar nossa forma de ver o mundo. Adora ler, porque pensa que a leitura é o melhor alimento para o espírito e seus poetas preferidos são Manuel Bandeira, Cecília Meireles, Gregório de Matos e Castro Alves.

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MARIA EUGÊNIA SANTOS

LEMBRANÇAS

Saudade sinto, amada querida.

Da tua constante presença comigo.

Das loucuras e ventura de amor.

Por nós dois outrora vividos...

O momento que estive do seu lado.

Fizeste-me feliz e para ti declarava.

Meus sentimentos carregados de amor

Pois somente de ti me embriagava...

Amor puro e amarga saudade.

Te peço, não se esqueças de mim.

Quero ainda poder te amar...

E me eternizar enamorado por ti.

Minha face treme embebida de saudade.

Lembrança que não te traz de volta.

Injustamente minha alma chora corrompida

Nesta triste desilusão, que me revolta.

Na angústia do meu leito te espero.

Quero que surge linda e formosa.

Nos meus sonhos te venero, e rezo.

Para que vem enfeitar-me com pétalas de rosa.

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Minhas forças sucumbiram-se...

Neste quarto vazio, só me resta recordar.

A vida foi roubada de ti...

Espero que um dia, vem me buscar.

Guardo comigo meu passado...

Tempo bom vivido e hoje sofrido.

Neste leito me definho aos poucos.

Vivo por amor e por amar sou redimido.

Há... Amada querida, doce poetiza!

Me deixastes a morrer na solidão.

Sabes bem que teus lindos versos...

Não dão vida ao meu velho coração!

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LIBERDADE

As maravilhas da terra...

Todas na palma da minha mão.

Contemplo a liberdade... Almejando

em voar cada pedaço deste chão.

Colorindo o mundo, vou voando...

Montanhas e horizontes sem fim.

Debaixo desse sol escarlate.

Sinto o cheiro de jasmim.

Daqui de cima vejo a imensidão.

Muitas flores nos jardins da mãe natureza.

Bendizem Deus na sua sabedoria

Originou terras férteis de tamanha grandeza.

Nas árvores, os ninhos com passarinhos.

Alimentam dos frutos com igualdade.

Todos se fartam e são irmãos.

Vivem gloriosamente sua liberdade.

Também quero voar e meu caminho

poder conquistar e fazer florescer.

Meus planos e sonhos realizar, ir em

busca da felicidade e ter prazer em viver.

Minha alma anseia em semear

sementes e frutos do amor...

Árvores frutíferas e frondosas

nas terras de quem planta a dor.

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Tantos sonhos e nada se concretiza.

Sinto presa dentro da minha ilusão...

Campos e montes longínquos demais...

Não consigo andar com os meus pés no chão.

Abro os olhos... Somente imaginação...

Comigo a natureza toda chora...

Aqui estou inerte sonhando, sem voar,

igual a um passarinho preso na gaiola.

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AMOR

Amor que liberta.

Que cura o vazio.

Abranda e acalma

a correnteza do rio.

Amor que expulsa

a persistente solidão.

Tão intensa e forte

como os gritos de trovão.

Amor que corre sangue

lactante nas veias.

Ilumina as noites,

sem lua cheia.

Amor que chega

e me conquista...

Ansiosa por beber

sua fonte de água viva.

Amor que transforma

minha tristeza em felicidade.

Abrigo firme e seguro

durante a tempestade.

Amor que acalenta

a súplica da alma.

Vem e me faz delirar...

Nas manhas de brisa calma.

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Amor que me faz

te esperar sorrindo.

E contigo sonhar a

repousar no meu ninho.

Amor, doce amor...

Por teus mares naveguei.

Procurando-te... Mas

ainda não encontrei.

Maria Eugenia Santos, 35 anos, reside na cidade de Salto

do Itararé, PR. É escritora e membro da COLINS -

Confraria Literária Newton Sampaio, grupo que reúne os

escritores do Norte Pioneiro do Paraná.

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MARIA MARLENE FERREIRA VIEIRA

POESIA 1-

PÁSSARO MENSAGEIRO Um pássaro mensageiro pousou perto de mim Tinha um pequeno envelope no pezinho Um envelope delicado de cor carmesim Preso com um belíssimo e dourado lacinho.

Ele olhou-me com um jeitinho cativante E lindamente começou a cantar Um gorjeio suave e tocante Não me contive... comecei a chorar.

Ele estendeu-me carinhosamente a patinha E o lacinho de fita, com cuidado desfiz Ele abanou delicadamente a cabecinha Ai!! ... que momento sublime e feliz!!

Ele bateu as asas e rapidamente voejou O envelope ficou em minha mão. O meu coração bateu descompassado Foi intensa ... muito intensa, aquela emoção.

O envelope com delicadeza eu abri Nele, continha um recado de amor Rapidamente pus-me a sorrir O meu coração de alegria, transbordou.

Mais uma vez ... eu voei... voei...

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Fui além da minha imaginação E foi assim... foi assim que expressei O que ditou o meu “voante” coração. BY Maria Marlene

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POESIA 2- MOMENTOS DE AMOR

Fico a imaginar nós dois

Juntinhos ... emanando calor

Nossos corpos envoltos em chamas

Chamas acesas pelo AMOR.

Num misto de delirantes sensações

Calorosos abraços, adocicados beijos

Aproximam-se nossos corações

Na concretização de nossos desejos.

Nosso amor é tão lindo, sabemos!

E nem a distância há de nos separar

Cada dia ... mais nos queremos

Numa louca vontade de amar e amar.

Fecho meus olhos e idealizo

Ponho-me a sonhar acordada

Meu anseio de te amar, realizo

Ser sempre tua doce amada.

Ah!

São apenas desejos sonhados

Desperto-me! Vejo a realidade

Meros instantes, não concretizados

São momentos meus, imaginários de

AMOR E FELICIDADE.

By Maria Marlene

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POESIA 3

* DIÁLOGO COM UMA FLOR **

Por que estás triste, flor do meu jardim

Se tu és tão bela, rubra, perfumada Estás bem pertinho do cravo e do jasmim E a natureza te fez sensível e delicada?

Por que estás triste, flor do meu jardim Se tens o doce encanto e tão linda cor

Sempre cortejada por beija-flores, enfim Recebes do astro-rei, luz e calor?

Por que estás triste, flor do meu jardim Se serves de abrigo para os besourinhos

Ouves o cantar das cigarras, sim Recebes do orvalho, gotinhas de carinhos?

Por que estás triste, flor do meu jardim Se todas as manhãs, tu recebes ternura

És sempre regada e cuidada por mim Por que estás a sentir, tanta desventura?

(Maria Marlene)

**

A FLOR respondeu-me assim:

“Maria Marlene, responder-te-ei, querida

Pois és minha amiga e te vejo a chorar

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A minha “alma-de-flor” fica entristecida Porque não consigo tua alma alegrar.

Ao "deus dos jardins", um pedido eu fiz A ele, solenemente, tua história contei Ele garantiu-me que serás muito feliz

A tristeza acabou, nele acreditei". (Flor)

By Maria Marlene

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POESIA 4

QUERO ...

Quero ver em teu rosto, um sorriso estampado

Enxergar um intenso luzir em teu meigo olhar Recostar-me em teu ombro terno e delicado

Em teu colo aconchegante, me abrigar.

Quero ouvir tua voz, maviosa sinfonia

Despir-me para ti num bailado sensual Aflorar em teu corpo, desejo e fantasia Fazer do nosso encontro, algo especial.

Quero ouvir de ti, declarações de amor

Debruçar em teu peito, dengosamente Degustar do teu beijo o doce sabor

Ser acariciada por ti, infinitamente.

Quero sempre ser tua mulher-menininha

Desaguar-me em ti, inundar-te de prazer Fazer-te meu rei, ser tua rainha

Amar-te e ser amada ... Do anoitecer ...

ao amanhecer.

BY Maria Marlene

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POESIA 5 PÁSSARO POESIA

Mais um voo imaginário que eu tive Peguei carona nas asas do pássaro-poesia Ele levou-me a uma cidade desconhecida Uma cidade longínqua, cheia de fantasia.

A cidade era delicadamente murada

Com frondosas árvores de frutas diferentes Frutas mágicas que alimentavam meu coração Pois traziam nas polpas, poéticos nutrientes.

Fui recepcionada por graciosos passarinhos Que num lindo bailar, para mim revoavam

Entoavam canções em perfeita sinfonia Orquestras naturais que me acalentavam.

No meio da cidade havia uma grande praça

No meio da praça, um belíssimo jardim Parecia um tapete feito só de flores

O perfume que exalava, era de jasmim.

Na cidade desconhecida, eu me sentia Uma criança protegida e deveras amada Foi difícil retornar ao meu mundo real

Queria fazer dela, minha eterna morada.

O pássaro-poesia trouxe-me de volta

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Olhou-me nos olhos e minha face afagou Bailou ao meu redor com delicadeza Bateu as asinhas e ao infinito voou.

Fiquei triste a chorar e bem alto gritei: _ Ó pássaro-poesia, me ensine a voar?

Infelizmente ... ele nem me ouviu E o meu pedido ele não atenderá.

BY Maria Marlene

APRESENTAÇÃO....

Sou apenas uma mulher, aprendiz de poetisa.

Com os sonhos da Maria, Com a razão da Marlene.

Sou amante das letras e adoro tecer poesia. Sou simplesmente:

Maria Marlene

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MARIA SANTINO DA SILVA

AMIGOS VIRTUAIS

Penso em ti com um sorriso nos lábios; És meu confidente.

Não te vejo mais te sinto; Em meu peito estás sempre presente.

Tuas palavras me confortam; És minha fonte de regozijo. Estando triste, magoada;

Nelas encontro sempre abrigo.

És um anjo a acalentar-me o peito; Tua amizade mantém minha cabeça erguida.

Consegues com simples atos; Conter o sangue de minhas feridas.

Seguimos juntos desejando estar unidos e nada mais;

Na certeza de sermos especiais um ao outro. Companheiros, amigos reais.

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DIA DA POESIA

Dia de sentimento profundo,

De felicitação e alegria, Façamos festa no mundo,

Hoje é dia da Poesia.

Dia dos versos rimados, Das palavras cheias de magia, Dos sentimentos partilhados, Já que hoje é dia da Poesia.

Congratulações ao poetas,

Que repassam mensagens com maestria, Dos trovadores que fazem serestas,

Pois hoje é dia da Poesia.

Que a vida seja celebrada, Não somente neste dia,

Que possamos sentir a alma inundada, Que todo dia seja dia de Poesia.

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QUERO UM AMIGO

Procuro um amigo de verdade, Leal como um cão,

Que defenda nossa amizade, Com a ferocidade de um leão.

Que não seja ilusório,

Exibido como um pavão, Algo assim é transitório, Não penetra o coração.

Quero que seja forte, Vigoroso como fera,

Que nos dias ruins suporte, Firme como cavalo de guerra.

Alguém que saiba ser assim, Delicado como um beija-flor, Para junto sermos um jardim,

Refúgio de muito AMOR.

Dedico essas linhas a todos meus amigos com qualidades únicas.

Maria Santino da Silva Natural de Manaus/ Am Estudante de Ciências Biológicas. Contista. Co-autora (com Miguel Carqueija) das noveletas “Complete-me” (versão expandida) e “A trama”, publicadas

no Recanto das Letras.

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MILENE GOMES

ABSOLUTO

Não nasceu do encontro do brilho dos olhares apaixonados. Não foi teu tom grave que deixou meus ouvidos inebriados.

Não houve a deliciosa sensação dos dedos entrelaçados. Nem mesmo os sorrisos meio escondidos e ruborizados.

À distância vimos este sentimento em tão pouco tempo florescer

Dia a dia, palavra a palavra, vi este amor tão belo se fortalecer. À essa aura magicamente misteriosa e iluminada que ao seu redor

desfila Me rendi completamente segura, amada, protegida, tranquila.

Cada muro que eu ergui ao redor do meu sofrido coração

Com gestos e palavras todos eles logo vieram ao chão. Sua existência é a prova de que o amor existe e é forte demais

Rompe regras, leis, conceitos, crenças, conflitos de ideais.

Fazer-te feliz por toda a eternidade, minuto a minuto, Fazer dos nossos desenganos e tristezas medíocres, diminutos.

Seja qual for o problema, por amor, por você, eu luto, Porque em meu coração hoje já reinas, e te fazes absoluto.

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NECESSIDADE

Ter mais, sempre mais, Verdadeira e lívida paz. Ter mais, ter sempre,

O desejo altruísta ardente.

Ter mais, infinitamente, Amor pulsante, latente.

Ter mais, todo dia, Pura e simples alegria.

Ter mais, como criança,

Olhos imantados de esperança. Ter mais, sempre de pé

Coração e alma repletos de fé.

Ter mais, só isso que peço, A cada queda um novo começo. Ter mais, Muito mais, por favor

Amor, amor e mais amor.

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VÍCIO

Para o nosso amor não existe rotina A cada novo dia ainda mais você me fascina

Em teus braços sou novamente menina Só por você é que meu sorriso se ilumina.

Todo dia, irrestritamente,

Preciso desse amor como um doente Bebo cada detalhe com ânsia, vorazmente, A sua presença cauteriza a minha mente.

Seus braços são para onde minha vida se destina

Amar-te a cada dia é a minha sina És a minha droga, o que me injeta adrenalina

Põe-me em êxtase, em frenesi, me alucina.

Estando longe, quando não vens, sofro abstinência Meu corpo se agita e delira, em impaciência Necessito saciar esse vontade com urgência Me rendo e me entrego, mas em plena e sã

consciência.

Abandonada à solidão, estava eu à beira do precipício. Mas o seu amor resgatou-me e excluiu de dúvidas e

medo qualquer resquício E em mim, agora, somente o que deixou como vestígio:

Minha única certeza, minha necessidade, teu amor: meu vício.

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IMORTAL

Seja meu herói, Meu valente cavaleiro de armadura brilhante,

Leve-me em seu cavalo Para um país tão distante.

Permita-me viver

Este amor tão puro e belo ao seu lado, Seja meu eterno protetor,

Mantenha o meu coração sempre selado.

Faça de mim a sua casa, Dentro dela, sua eterna morada, Perdidos numa história sem fim,

Sua eterna boneca, eterna namorada...

Perfeição é o que define o nosso romance Que de tão intenso e proibido

Chega a explodir dentro do peito, Mexe com meus sonhos, sentimentos e minha libido.

Sua presença me persegue

Em meus sonhos eu te sinto me amando E a cada dia, em prosa e verso,

Tento descrever este amor me declarando.

Haverá um dia em que este conto de fadas Finalmente poderá se tornar real? Mesmo que a resposta seja não, Este amor em mim já é imortal.

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AMOR, E PONTO.

Eu tentei de todas as formas corresponder ao seu amor Não fosse eu um ser humano tão pequenino O teu carinho cerca-me onde quer que eu for

Com o teu cuidado sinto-me tal qual um menino.

Essa forma doce de me tratar Elevando-me ao pedestal de uma deusa

Você me provou que para amar Eu não preciso ser perfeita.

Encontrei em você a minha metade

Porque antes minha vida era só deserto O teu coração indicou-me a liberdade

E hoje o que mais desejo é te ter por perto.

Quem sabe o destino não seja tão mesquinho E me permita ainda um dia te encontrar

Porque estar contigo, nem que seja por só um diazinho Tornaria-me a mais feliz das mulheres que há.

E assim nossa história foi sendo refeita

Aguardamos apenas o momento do encontro E no coração dessa menina imperfeita

É amor, e ponto.

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Meu nome é Milene Gomes, tenho 23 anos, escrevo desde os sete anos. Me alfabetizei aos 5, quando me apaixonei pela leitura e escrita. Amo a literatura e faço-a por paixão e prazer. Me entrego em versos e prosa de modo a transformar tudo o que sinto em poesia, pelo prazer de viajar, conhecer novos mundos, novas pessoas. Através dos meus escritos tento sensibilizar, tocar os corações, fazer meus leitores acreditarem que um mundo melhor é possível. Basta acreditarmos.

"Porque quando é por Amor, vale a pena..."

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NANA OKIDA

TEUS OLHOS

* * * * *

Estes olhos azuis

Encantadores e profundos * * *

Guardam segredos

Fascinantes e misteriosos *

Assim, como o mar...

* * * * * *

Ah, estes teus olhos

Provocam suspiros e medo

Olhos que hipnotizam * * *

Perigosos e charmosos...* * *

São olhos de amar!

* * * *

Ser prisioneira desta paixão

Nestes olhos que me alucinam

Me incendeia e hipnotiza... * * *

Desta atração

Nem tento desvencilhar-me.

* *

* * * *

* * * * *

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* * * *

* * * * * *

* * * * * *

Nana Okida

SER POETA...

Ser poeta é enxergar com a alma

E carregar, dentro de si, um espelho

De versos cristalinos, refletindo paixão...

É ser rei, em seu próprio interior!

É desejar o impossível, tornando-o real

É rir e dançar, enquanto sangra o coração

É escrever cartas de amor, para ninguém!

Ser poeta, é voar sem ter asas

Sem pena de tropeçar... nas nuvens

E despencar do alto da montanha

Num desfiladeiro, de grandes ilusões...

Ser poeta,

É gemer de prazer, antes do gozo

É ter fome e desejo, pelo imaginário...

É beijar os lábios da solidão!

*

* *

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*

*

* * *

* * * * *

MORTE

Um gélido vento me sopra

quando de mim, te aproximas

se vens da sala, ou da copa

és vento que desatina...

Vens trazendo a paz

e minh'alma acalentas

mas tudo que trazes

é o sono, da morte lenta...

Sonolência, que m'invade!

E, neste mármore frio

não há dor que não se acabe.

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Que sejas rápida então...

Venha como um calafrio

e faça parar, este meu coração...

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O SEGREDO...

No tremular dos pelos

acordar o toque

seviciar o corpo

desvirtuar a alma...

* *

Momento delirante

de doces promessas...

* *

Malícias

sussurradas

com palavras desconexas

à procura do êxtase...

* * *

*

*

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APENAS HOJE ...

Ah, pudesse eu, apenas hoje

despertar deste pesadelo

abrir meus olhos e ver a luz

e livrar-me por um momento

da minha cruz

Apenas hoje,

Soltar as amarras,esticar os braços.

Mover meus passos!

Provar um pote de mel

do teu gozo

e conhecer os delírios da carne

despida do último véu...

Apenas hoje!

Sentir o cheiro da maresia

dourar mi'a pele ao sol

encantar marinheiros como sereia

pintar o arrebol, c'os pés, na areia...

Apenas hoje!

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Iolanda Alves Lima- nascida em Três Lagoas-MT. Trabalho como esteticista, desde 1990. Atuando na área de pós Cirúrgico também.. Poetisa do Recanto das Letras, desde 2010. Comecei escrever por brincadeira em 2010 e tudo que escrevo é instintivo...Sou membro da Ordem dos Poetas do Brasil. Adoro Cinema, Teatro, Ler e escrever. Assino como Nana Okida(apelido carinhoso, de infância)

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REGINA MADEIRA

INCANSÁVEL INOCÊNCIA

A vida das crianças é um jardim florido,

A calma e a inocência tem perfume de flores.

Relembra o passado, enquanto houve amores.

O que foi tudo achado e então jamais perdido.

Viver como criança e só pensar na vida.

Pegar papel em branco, pintar de muitas cores,

Cantar muitas canções, entoar o DECOLORES.

Andar pelos jardins, perfeitas avenidas.

Brincar de namorados, tocar belas estrelas.

Trocar uns beijos doces, morangos e sabores.

Viver constantes sonhos, passados dissabores.

Em nuvens, os castelos, sentir e poder vê-las.

Dormir por sobre as nuvens, voar lindos tapetes.

Caminhar em firmes cordas, como se fossem

andores.

Viver a inocência, esquecidas as dores.

Colher muitas essências, transformando em

sorvetes.

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Regina Madeira

CAMINHOS DO MAR

Navegando pelas ondas cristalinas.

Onde encontro profundezas abissais.

As belezas são intensas coralinas.

Como sonhos que nunca sonhei jamais.

As lembranças são tranças de uma menina.

Como sinos tocando em todos natais.

Navios me levam a outras paragens.

Outras almas lerão as minhas mensagens.

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VIAGENS CELESTES

Voando ao encontra das estrelas.

Num céu azul-marinho passear.

O coração deseja então contê-las.

Num rasgo de beleza eternizar.

A alma enternecida fica ao vê-las.

O amor então planando ao amar.

São versos que compõem uma canção.

Que o céu responde em forma de bênção.

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Eu sou Regina Madeira, nascida em Engenheiro Paulo de Frontin-RJ, professora por profissão e escritora por ocasião. Escrever mudou a minha vida, o curso da minha história. Hoje de tudo faço poesia, das lágrimas, tristezas, alegria e principalmente o amor e o mar, meus temos preferidos. Sou uma mulher de muita fé e faço questão de propagar o nome de Deus entre as pessoas.

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ROSA DAS OLIVEIRAS

Rosa Aparecida da Silva Oliveira . Nascida em Paraisópolis - MG.

Trabalhou com seus pais na lavoura e só aprendeu a ler e escrever

com 15 anos de idade. Escreve por amor e com amor as letras.

Seu tema preferido é O AMOR.

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NUVEM DE MEL

Paixão febril faz doer à solidão

Fonte de inspiração em versos

Que arde e queima por ilusão

E que domina os meus reversos

Atravesso a mente, poeto o amor

Libero emoções, paixão insana

No fel que fere e trás muita dor

Alma que ama coração inflama

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Vago em versos meio ausente

No meu vazio olhando pro céu

Lágrimas caem, não sou gente

Sou apenas uma nuvem de mel.

Rosa das Oliveiras

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ALMAS GÊMEAS

Há Luz brilhante na mente

Uma emoção que se sente

Transcende o meu sonhar

Almas gêmeas no luar

Noite serena a iluminar

Uma estrela a brilhar.

A nuvem parece ser de mel

Esse paraíso chama-se céu

Almas se unem por olhar.

Os desejos se abraçam

As almas se entrelaçam

Há sintonia no acarinhar.

Amor de alma e coração

Duas almas na contramão

De mãos dadas a caminhar.

(Rosa das Oliveiras)

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ALMA LAVADA

O céu estrelado

Á noite a brilhar

Eu sonho acordado

Desejos no olhar.

Despertam em mim

Vontade de amar

Saudade sem fim

Sereno do mar.

Com alma a vagar

Em meus pensamentos

Tentando te achar

U’a luz no momento.

Eu vou procurando

A ave que me guia

E sigo sonhando

Voando como águia.

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A garoa caindo

Na brisa gelada

E você surgindo

Com alma lavada.

Rosa das Oliveiras

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ROSILENE DE SOUZA SÓ NOVAMENTE É noite, eis-me aqui a sonhar contigo novamente. Talvez príncipe, talvez homem somente. Divagando em meus sonhos lentamente. Transportando-me em um mundo novo alegremente! Com um beijo calmo, ora quente. Faz-me sentir no peito já latente. As confusões dessas emoções tão eloquentes. E a sentir-me presa nesse abraço envolvente! E quando acordo desse sonho tão querido. Sinto falta de tudo, até do que não foi sentido. Tento voltar a esses sonhos rapidamente. Nesse devaneio, forço o pensamento, mas não consigo. Tento reviver tudo o que foi sentido. E amanhece, eu continuo só novamente!!! Rosilene de Souza

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MEUS PENSAMENTOS Tomam asas a cada instante, Na leveza de uma pluma. Sai voando, deslizando... ...num clima de aventuras!!! Vai num sopro de harmonia... ...em lugares infindos. Tocando sinos, harpas, violinos, Etéreas melodias, hinos. Na face os lábios sorrindo!!!

Sai voando... acariciando... ...as folhas das árvores, o vento. E nas nuvens descansando São as ondas dos meus pensamentos!!! Rosilene de Souza

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DEIXE ACONTECER

Deixe acontecer e depois

vem me dizer se foi bom

ou o melhor é esquecer.

Deixe acontecer

sem reservas, sem falar,

nada perguntar e amanhã

talvez será bom recordar.

Deixe acontecer na medida

em que você querer

Até onde puder

suportar. E depois, vai valer!!!

Pois, nada como

saber viver

e deixar acontecer!!!! Rosilene de Souza

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Rosilene de Souza, Aventureira das letras, gosto de jogar letrinhas no ar, delas saem meus poemas, que falam um pouco do que sou, um pouco do que sinto, as vezes me colocando também em lugar de outras pessoas e assim, falar de seus amores, seus sentimentos, suas aspirações.

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SHIRLEYDE FERNANDES DA MOTA

TEMPESTADE

Profundamente em meu peito Retorna sempre uma saudade Meu placebo era a ilusão E assim eu me curava Logo, logo ao fim do dia A realidade me alcançou Meus sonhos desmoronaram E a tempestade desabou

Tudo aquilo que guardei Em lágrimas se derramou E o amor que um dia dei Um trovão silenciou Uma aluvião se lançou E me encontrei assim perdida De tanto,tanto que eu amei Esqueci minha própria vida As águas me afogavam Eu gritei por meu amor A distância era tão grande Para trás nem mesmo olhou A enxurrada leva o que resta Mas não apaga a saudade Do amor que eu dedicava Da ilusão da felicidade

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VIDA Viver nada mais é do que despertar Nada mais é do que amanhecer Nada mais é do que emocionar Nada mais é do que esquecer A vida é mais do que um sonho É mais do que um desejo É mais do que um engano É mais do que um lampejo Sim, ela é frágil Também é divina Sim, ela é forte Eterna é a vida Se as luzes se apagaram As estrelas mais brilharam Quando a cidade se apaga Acende-se o céu.

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ROSAS Em um jardim formoso Suave aroma se apresenta Um suspiro amoroso Para o sol que assim desperta Cada rosa tem sua cor Cada pétala o seu brilho Do sol desejam o calor E se derramam em seu carinho Tal qual cada mulher Com suas cores e seus aromas Seus amores infinitos Igualmente se derramam Brilham tanto quanto o orvalho Se o sol as ilumina O sol é o amor E o brilho sua vida.

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Apresentação Não há muito para ser falado sobre mim. Não tenho formação acadêmica, o pouco que sei aprendi lendo e também com minha própria alma, pois acredito que uma imensa sabedoria se esconde dentro de cada um de nós. Em minhas obras procuro expressar sentimentos muito profundos e também observações poéticas das coisas simples. Me encantam a chuva, o frio, as flores, os sonhos, as estrelas... Sou uma iniciante apesar dos mais de trinta anos, desejo que minha arte possa crescer cada vez mais, compreendendo que ainda tenho muito a aprender e um caminho árduo a percorrer. Mas diria que a estrada é dura, mas muito bela.

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SIMPLESMENTE SYS

NO MEIO DO CAMINHO

By Sys

No meio do caminho

Tinha um coração,

Estava na contra mão,

Acidentado no meio do caminho.

Uma ferida aberta

Parecia a porta de entrada,

Sangrava, sangrava, sangrava,

Estendendo um tapete vermelho.

No meio do caminho

Encontrei a morte implacável,

Um coração pedindo ajuda,

É vários desvios para o descaso.

Bastava eu escolher o atalho,

Mas dele me aproximei,

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Desfiz o tapete vermelho,

Entrando nele, a porta logo fechou.

No meio do caminho

Doei meu sangue e vida,

No meio do caminho

Fiz um pacto eterno.

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APAIXONADA!

By Sys

Novamente me rendo,

Apego ao corpo,

A alma delira.

Olhares novos,

Boca seduzida,

Beijo gostoso.

Apaixonada enfim,

Caso queira é eterno,

Até meu coração cambalear.

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Sensível

By Sys

Sentir calor de um abraço

Abraço imaginário

Imaginário deter

Deter as emoções.

Emoções levar,

Levar chamando

Chamando livremente,

Livremente sentir amada.

Amada pela vida

Vida que traz companhia

Companhia de flores

Flores perfumes.

Perfumes que veio

Veio de você

Você ainda me toca

Toca e me deixa sensível

Sensível eu caminho

Caminho devagar

Devagar detendo lembranças

Lembranças da imaginação.

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SIMPLESMENTE SYS

Mulher

Mineira

Romântica

Perfeccionista

Melancólico + Fleumático

Casada

Ama a família

Crê em Deus

Gosta de fotografias

Gosta de ver filmes

Gosta de artesanatos

Gosta de música

Ama o silêncio

Curte a solidão

Não tem animais de estimação

Ama a natureza

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Cultiva flores

Sonha viajar mais

Sonha publicar livros

Sonha "ser"

Privacidade é tudo

Amizade seleciona

Alegrias compartilha

Não guarda rancor

Mas não é vencida duas vezes

Suely Sabino Reis (Simplesmente Sys) Poetisa semi-profissional Mineira de Governador Valadares-MG Reside atualmente em Coronel Fabriciano-MG

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TROVA DE ENCERRAMENTO

“A” Mulher

Não te admiro somente

por fazer o que bem quer;

te admiro simplesmente

por ser você tão mulher!

(Miguel Carqueija)