1 FINANÇAS CORPORATIVAS Marcus Quintella, D.Sc. E-mail: [email protected]Internet: www.marvin.pro.br FINANÇAS CORPORATIVAS Marcus Quintella, D.Sc. Bibliografia Recomendada ROSS, S. A., WESTERFIELD, R. W. e JAFFE, J. F., Administração Financeira: Corporate Finance, Editora Atlas, São Paulo, 1995; BRIGHAM, E. F., GAPENSKY, L. C. e EHRHARDT, M. C., Administração Financeira: Teoria e Prática, Editora Atlas, São Paulo, 2001; DAMODARAN A., Avaliação de Investimentos: Ferramentas e Técnicas para a Determinação do Valor de Qualquer Ativo, Qualitymark Editora, Rio de Janeiro, 1997; ASSAF NETO, A., Mercado Financeiro, Editora Atlas, São Paulo, 1999; YOUNG S. e O’BYRNE S., EVA e Gestão Baseada em Valor – Guia Prático para Implementação, Bookman Editora, Porto Alegre, 2003; EHRBAR, A., EVA - Valor Econômico Agregado: A Verdadeira Chave para a Criação de Riqueza, Qualitymark Editora, Rio de Janeiro, 1999; ABREU FILHO, J. C., GONÇALVES, D. A., PEREIRA, C. e CURY, M. V. Q., Finanças Corporativas, Editora FGV, Rio de Janeiro, 2003.
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Finanças Corporativa Apostila 2006 - marcusquintella.com.br · Finanças Empresariais / Corporativas ESTUDO DE TODAS AS QUESTÕES ENVOLVIDAS NAS MOVIMENTAÇÕES DE RECURSOS FINANCEIROS
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ROSS, S. A., WESTERFIELD, R. W. e JAFFE, J. F., AdministraçãoFinanceira: Corporate Finance, Editora Atlas, São Paulo, 1995;
BRIGHAM, E. F., GAPENSKY, L. C. e EHRHARDT, M. C., AdministraçãoFinanceira: Teoria e Prática, Editora Atlas, São Paulo, 2001;
DAMODARAN A., Avaliação de Investimentos: Ferramentas e Técnicaspara a Determinação do Valor de Qualquer Ativo, Qualitymark Editora, Rio de Janeiro, 1997;
ASSAF NETO, A., Mercado Financeiro, Editora Atlas, São Paulo, 1999;
YOUNG S. e O’BYRNE S., EVA e Gestão Baseada em Valor – GuiaPrático para Implementação, Bookman Editora, Porto Alegre, 2003;
EHRBAR, A., EVA - Valor Econômico Agregado: A Verdadeira Chavepara a Criação de Riqueza, Qualitymark Editora, Rio de Janeiro, 1999;
ABREU FILHO, J. C., GONÇALVES, D. A., PEREIRA, C. e CURY, M. V. Q., Finanças Corporativas, Editora FGV, Rio de Janeiro, 2003.
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FINANÇAS CORPORATIVASMarcus Quintella, D.Sc.
Avaliação da Disciplina
AVALIAÇÃO FINAL INDIVIDUAL E SEM CONSULTA = 10 pts
4 questões numéricas (6 pts) e 4 conceituais (4 pts)
Finanças Empresariais / Corporativas
ESTUDO DE TODAS AS QUESTÕES ENVOLVIDAS NAS MOVIMENTAÇÕES DE RECURSOS
FINANCEIROS ENTRE OS AGENTES ECONÔMICOS (empresas, indivíduos e governos)
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Finanças Empresariais / Corporativas
ESTUDO DAS TÉCNICAS FINANCEIRAS QUE AJUDAM AS EMPRESAS NA MONTAGEM DE UM FLUXO DE CAIXA MAIOR DO QUE O VOLUME DE
RECURSOS UTILIZADOS
Finanças Empresariais / Corporativas
UM DE SEUS PRINCIPAIS OBJETIVOS ÉENCONTRAR INVESTIMENTOS E/OU PROJETOS
QUE VALHAM MAIS PARA OS SEUS PATROCINADORES DO QUE CUSTAM, OU SEJA,
PROJETOS QUE TENHAM UM VPL POSITIVO
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FINANÇAS É UM PROCESSSO DECISÓRIO
Se não houver decisões a serem tomadas, pode-se dizer que não há
finanças a fazer
PARA EXISTIR FINANÇASSÃO NECESSÁRIAS TRÊS CONDIÇÕES:
• HAVER UMA DECISÃO A SER TOMADA
• ESSA DECISÃO ENVOLVER DINHEIRO
• HAVER O OBJETIVO DE CRIAÇÃO DE RIQUEZA
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Finanças Corporativas
LUCRO ≠ RIQUEZA
Fluxos de Caixa
Futuro
Regime de Caixa
Medida Financeira
Receitas e Despesas
Passado
Regime de Competência
Medida Contábil
Finanças Corporativas
RIQUEZA ≠ LUCRO
Um “lucro” adequado é aquele que garante uma recompensa aos acionistas pelos riscos assumidos e, além disso, permite o crescimento da empresa.
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Finanças Corporativas
RIQUEZA ≠ LUCRO
Medidas de lucratividade contábil podem ser enganosas e levar a tomadas de
decisão equivocadas:
R = LUCRO / CAPITAL
Fórmula baseada unicamente no lucro contábil e pode haver conflito com os critérios de valoração da satisfação dos acionistas
RIQUEZA ≠ LUCROOs princípios contábeis geralmente aceitos nãorefletem a criação de valor, ou seja, a riqueza
gerada, uma vez que são deficientes em 5 pontos:
1) OS LUCROS CONTÁBEIS NÃO SÃO IGUAIS AOFLUXO DE CAIXA
2) OS NÚMEROS CONTÁBEIS NÃO REFLETEM RISCO
3) OS NÚMEROS CONTÁBEIS NÃO INCLUEM UM CUSTO DE OPORTUNIDADE PELO CAPITAL PRÓPRIO
4) AS PRÁTICAS CONTÁBEIS VARIAM DE EMPRESA PARA EMPRESA
5) OS NÚMEROS CONTÁBEIS NÃO LEVAM EM CONTA O VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO
Finanças Corporativas
CONTABILIDADE ≠≠≠≠ GESTÃO FINANCEIRA
CONTABILIDADE ⇒⇒⇒⇒ Passado
fonte de informações e tendências
Registra os fenômenos que afetam as situaçõespatrimoniais, financeiras e econômicas da
empresa, adotando o Regime de Competência
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Finanças Corporativas
Planeja, administra e controla as entradas e saídasde caixa da empresa, adotando o Regime de Caixa
CONTABILIDADE ≠≠≠≠ GESTÃO FINANCEIRA
GESTÃO FINANCEIRA ⇒⇒⇒⇒ Presente e Futuro
fluxo de caixa, previsões e decisões
Gestão Financeira ≠≠≠≠ Contabilidade: Exemplo IlustrativoA empresa Marvin S.A. realizou as seguintes operações em 2 001:- compra de equipamentos por R$150.000, tendo pago, no de correr do exercício, 70% do
total;- vendas faturadas de produtos, no valor de R$220.000, com recebimento, no exercício,
de 80% do total;- compra de matérias-primas financiadas, por R$100.000, tendo pago, no decorrer do
exercício, 90% do total;- venda de equipamentos, faturada, por R$90.000, a ser paga no decorrer do exercício
seguinte.Elaborar os demonstrativos das operações acima, segundo as visões do contador e do gestor financeiro.
(+) Venda de Produtos 220.000 (+) Recebimentos de Vendas de Produtos 176.000(+) Venda de Equipamentos 90.000 (=) Total de Receitas 176.000(=) Total de Vendas 310.000 (-) Pagamentos pela Compra de Matérias-Primas 90.00 0(-) Compra de Matérias-Primas 100.000 (-) Pagamentos pela Compra de Equipamentos 105.000(-) Compra de Equipamentos 150.000 (=) Total de Despesas 195.000(=) Custo Total 250.000 Fluxo de Caixa Líquido -19.000Lucro no Período 60.000
Demonstração de Resultados(Visão do Contador)
Demonstrativo de Fluxo de Caixa(Visão do Gestor Financeiro)
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Estudo do Binômio:
RISCO - RETORNO
Resultados passados não garantem quehaverá repetição desses mesmos resultados
no futuro
RISCO ---- RETORNO: Fundamentos Básicos
As séries históricas de rentabilidades de ativos servem como tendências para o futuroe como fontes de informações para estudos
do desempenho passado
Quanto maior o retorno esperado numaaplicação financeira, maior será o risco a
que o investidor estará exposto: NÃO EXISTE DINHEIRO FÁCIL
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Para a redução dos riscos e das incertezas, torna-se necessário a obtenção de mais
informações ou mais recursos
RISCO ---- RETORNO: Fundamentos Básicos
O princípio da diversificação é uma boa maneira de minimização dos riscos: NÃO
COLOQUE TODOS OS SEUS OVOS DENTRO DA MESMA CESTA
REDUÇÃO DO RISCO POR MEIO DA DIVERSIFICAÇÃO
0 10 20 30 40 Número deAtivos na
Carteira
Risco de Mercado ou Risco Não-Diversificável
RiscoDiversificávelR
isco
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RISCO DE MERCADO = SISTEMÁTICOnão pode ser eliminado pela diversificação
pede-se compensação: binômio risco-retorno
RISCO DIVERSIFICÁVEL = NÃO SISTEMÁTICOpode ser minimizado pela diversificação
RISCO - RETORNO
TAXA REQUERIDADE RETORNO (%)
0RISCO
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Caso 1
Com base nos princípios fundamentais da relação entre risco e retorno , coloque-se na posição de um capitalista que esteja pensando em investir seu dinheiro a longo prazo. Segundo sua percepção , defina a TAXA DE RETORNO que você deve exigir para investir em cada um dos ativos relacionados abaixo. Qual deve s er a maior taxa de retorno exigida? E a menor? Por quê?
Investimentos
1) DÓLAR AMERICANO
2) FUNDOS RENDA FIXA
3) FUNDOS DE AÇÕES MULTIMERCADO
4) FUNDOS DE AÇÕES IBOVESPA
5) AÇÕES DE EMPRESAS DE TELECOM
6) AÇÕES DE EMPRESAS DE ENERGIA
7) AÇÕES DE BANCOS
8) AÇÕES DE PETRÓLEO
9) NEGÓCIO PRÓPRIO / EMPRESARIAL
10) IMÓVEIS URBANOS PARA ALUGUEL
11) POUPANÇA
12) LETRAS DO TESOURO NACIONAL
TAXA MÍNIMA DE ATRATIVIDADE – TMA
eINDICADORES ECONÔMICOS:
VPL, TIR, TIRM, IL ePayback Descontado
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O VPL é o valor no presente (t = 0) que equivale a um fluxo de caixa de um projeto, calculado a uma determinadataxa de juros de desconto (i)
VALOR PRESENTE LÍQUIDO
VPL > 0 PROJETO VIVPL > 0 PROJETO VIVPL > 0 PROJETO VIVPL > 0 PROJETO VIÁÁÁÁVELVELVELVEL
O VPL é o valor no presente (t = 0) que equivale a um fluxo de caixa de um projeto, calculado a uma determinadataxa de juros de desconto (i)
VALOR PRESENTE LÍQUIDO
VPL > 0 PROJETO VIVPL > 0 PROJETO VIVPL > 0 PROJETO VIVPL > 0 PROJETO VIÁÁÁÁVELVELVELVEL0 1 2 3 n
Receita Bruta(-) Impostos(=) Receita Operacional Líquida(-) Custos Fixos(-) Custos Variáveis(=) Lucro Bruto(-) Despesas(-) Depreciação(=) Lucro antes dos Juros e do IR: LAJIR(-) Despesas Financeiras(=) Lucro antes do IR: LAIR(+/-) IR / CSSL(=) Lucro Líquido(+) Depreciação(+) Valor Residual(-) Investimentos(+) Financiamentos(-) Amortizações do Principal(-/+) Capital de Giro
(=) Fluxo de Caixa
Exemplo de Fluxo de Caixa
Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Receitas Operacionais 350.000 367.500 385.875 405.169 425.427 446.699(-) Impostos e Taxas -17.500 -18.375 -19.294 -20.258 -21.271 -22.335(-) Custos -122.500 -128.625 -135.056 -141.809 -148.900 -156.344(-) Depreciação -70.000 -70.000 -70.000 -70.000 -70.000 0(=) LAJIR 140.000 150.500 161.525 173.101 185.256 268.019(-) Juros -45.000 -45.000 -45.000 -33.750 -22.500 -11.250(=) LAIR 95.000 105.500 116.525 139.351 162.756 256.769(+/-) Imposto de Renda -28.500 -31.650 -34.958 -41.805 -48.827 -77.031(=) Lucro Líquido 66.500 73.850 81.568 97.546 113.929 179.738(+) Depreciação 70.000 70.000 70.000 70.000 70.000 0(+) Valor Residual 70.000(-) Amortização 0 0 -75.000 -75.000 -75.000 -75.000(+) Empréstimo 300.000(-) Investimentos -500.000(=) Fluxo de Caixa -200.000 136.500 143.850 76.568 92.546 108.929 174.738
A taxa de juros de desconto iutilizada para o cálculo do VPL é denominada de Taxa
Mínima de AtratividadeTMA
NO MOMENTO DA ANÁLISE DE UM PROJETO DE INVESTIMENTO, ESPERA-SE QUE O FLUXO DE BENEFÍCIOS FUTUROS, MENSURADOS EM VALORES MONETÁRIOS DE HOJE, SEJA SUFICIENTE PARA COBRIR A MELHOR OPÇÃO JÁ EXISTENTE PARA O CAPITAL, LEVANDO-SE EM CONTA OS RISCOS ASSOCIADOS
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A determinação da TMA “ideal”gera controvérsias e dúvidas e
muitas vezes são utilizadas taxas de desconto arbitradas ou
consensuais
A TMA apresenta um alto grau de SUBJETIVIDADE
TMA (k)
=
Taxa de Retorno Básica
+
Recompensa pelo Risco
Uma taxa de retorno exigida pode ser considerada como uma TMA
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VALOR PRESENTE LÍQUIDOO Valor Presente Líquido - VPL (tradução literal de Net PresentValue - NPV), considerado como um critério rigoroso e isento de falhas técnicas, de maneira geral, é o melhor procedimento para seleção de projetos diferentes, com o mesmo horizonte de tempo
VPL > 0 PROJETO VIVPL > 0 PROJETO VIVPL > 0 PROJETO VIVPL > 0 PROJETO VIÁÁÁÁVELVELVELVEL
• A Taxa Interna de Retorno - TIR (tradução literal de Internal Rate of Return - IRR) é a taxa que torna nulo o VPL
TIR > TMA PROJETO VITIR > TMA PROJETO VITIR > TMA PROJETO VITIR > TMA PROJETO VIÁÁÁÁVELVELVELVEL
TAXA INTERNA DE RETORNO
• Trata-se de um indicador de larga aceitação e um dos mais utilizados como parâmetro de decisão, mas existem restrições para o seu uso
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A TIR deve ser utilizada emprojetos com fluxos de caixaconvencionais
TAXA INTERNA DE RETORNO
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
TAXA INTERNA DE RETORNOO VPL é uma função decrescente da TIR ,
quando o pro je to é convencional
T IR
V P L
i (%)
O VPL O VPL O VPL O VPL éééé uma funuma funuma funuma funçççção decrescente da taxa de ão decrescente da taxa de ão decrescente da taxa de ão decrescente da taxa de juros, quando o fluxo de caixa projeto juros, quando o fluxo de caixa projeto juros, quando o fluxo de caixa projeto juros, quando o fluxo de caixa projeto éééé
Taxa Interna de Retorno (TIR): Exemplo Ilustrativo
Determine os VPL e as TIR dos projetos de investime ntorepresentado pelos fluxos de caixa abaixo, para umaTMA de 20 % a.a., e escolha o melhor projeto.
Ano FC0 1001 -502 1503 -504 150
Projeto AAno FC
0 -501 -502 1003 1504 150
Projeto B
Solução
Ano FC0 1001 -502 1503 -504 150
Projeto A
0
50
100
150
200
250
300
350
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80%
Taxa de Juros (%)
VPL
Ano FC0 -501 -502 1003 1504 150
Projeto B
-50
0
50
100
150
200
250
300
350
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80%
Taxa de Juros (%)
VPL
TIR = ?
TIR = 73,21%
VPL = 136,92
VPL = 205,90
FLUXO DE CAIXANÃO CONVENCIONAL
FLUXO DE CAIXACONVENCIONAL
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Taxa Interna de Retorno (TIR): Exemplo Ilustrativo
Determine os VPL e as TIR dos projetos de investime ntorepresentado pelos fluxos de caixa abaixo, para umaTMA de 30 % a.a., e escolha o melhor projeto.
Calcule os indicadores do VPL, TIR, TIRM, IL e PaybackDescontado dos fluxos de caixa líquidos dos projetos abaixo, considerando uma taxa de desconto de 15% a.a., anal ise-os dois a dois , e tire conclusões sobre os resultados. Considere a taxa de juros de 10% a.a. para a reaplicação dos re sultados de caixa dos projetos.
Ano Projeto A Projeto B0 -1.000 -1.0001 500 4002 600 4003 600 5004 600 6005 900 700
Ano Projeto C Projeto D0 -1.500 -1.5001 600 8252 600 8003 800 5004 800 5005 800 500
Ano Projeto E Projeto F0 -2.000 -2.0001 700 1.1002 800 1.1003 800 5004 1.000 5005 1.000 500
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Ano Projeto A Projeto B0 -1.000 -1.0001 500 4002 600 4003 600 5004 600 6005 900 700
TMA 15% 15%Taxa Reinvest. 8% 8%
VPL 1.073 670TIR 50,91% 37,76%
TIRM 29,80% 24,40%IL 2,07 1,67
PBD 2,3 3,1
Ano Projeto C Projeto D0 -1.500 -1.5001 600 8252 600 8003 800 5004 800 5005 800 500
TMA 15% 15%Taxa Reinvest. 8% 8%
VPL 857 686TIR 35,63% 35,64%
TIRM 22,69% 20,13%IL 1,57 1,46
PBD 3,0 2,5
30
Ano Projeto E Projeto F0 -2.000 -2.0001 700 1.1002 800 1.1003 800 5004 1.000 5005 1.000 500
TMA 15% 15%Taxa Reinvest. 8% 8%
VPL 809 652TIR 29,89% 31,08%
TIRM 19,98% 17,64%IL 1,40 1,33
PBD 3,5 2,6
Imagine que você esteja pretendendo abrir um negóci o próprio num grande shopping center, utilizando, para isso, suas reservas financeiras que encontram-se aplicada s em poupança, renda fixa e CDBs. Nos últimos anos, você tem conseguido uma rentabilidade real média de 8% ao an o, livre de impostos. Você estudou o negócio e verificou que serão necessários investimentos iniciais de aproximadamen te R$250.000 e os resultados líquidos de caixa, após o s tributos e taxas do shopping, estão previstos em cerca de R$120.000 anuais. Considerando-se que você dispõe do capital para investir e que o contrato comercial com o shopping será de cinco anos, estude a viabilidade do projeto pelo VP L, TIR, TIRM, IL e Payback descontado, com base em sua percepção do mercado e do próprio negócio. Justifique e comen te seu estudo.
Caso 2
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Considere um projeto hipotético de construção de umapequena indústria, com horizonte de estudo de 5 anos, cujo investimento inicial seja de US$600,000, no ano 0, e as previsões de resultados líquidos, após os impostos, nos anos 1, 2, 3, 4 e 5 são, respectivamente, de US$200,000, US$280,000, US$350,000, US$380,000 e US$450,000. Estude a viabilidade do projeto pelo VPL, TIR, TIRM, IL e Payback Descontado, utilizando, par aisso, uma taxa de retorno exigida (TMA) de 15% ao ano. Comente o resultado, considerando que os tomadores de decisão desejam recuperar o capital investido, no máximo, em 2 anos, em função dos riscos identificad os na região onde será instalada a indústria.
Caso 3
sem alavancagem financeira
CAPITAL PRÓPRIO = 100%
ESTRUTURAS DE CAPITAL
com alavancagem financeira
CAPITAL PRÓPRIO = X%
CAPITAL DE TERCEIROS = Y%
CAPITAL TOTAL = X% + Y% = 100%
Capital Próprio ���� Equity Capital de Terceiros ���� Debt
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Custo do Capital Próprio(estimativa da TMA)
CAPMCAPITAL ASSET PRICING MODEL
Modelo de Precificaçãode Ativos Financeiros
O CAPM é um modelo de equilíbrio de ativos financeiros, sob hipótese de mercado perfeito
CAPITAL ASSET PRICING MODEL - CAPM
O CAPM é bastante utilizado nas operações do mercado de capitais, participando das avaliações de tomadas de decisão em condições de risco
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Por meio do CAPM é possível tambémse apurar a taxa de retorno requerida pelos investidores, ou seja, o custodo capital próprio
CAPITAL ASSET PRICING MODEL - CAPM
Mesmo que não sejam constatadas na realidade do mercado, as hipóteses
formuladas pelo CAPM não são suficientemente rígidas para invalidar o
modelo
CAPITAL ASSET PRICING MODEL - CAPM
O CAPM trouxe uma inestimável contribuição para explicar o funcionamento das decisões financeiras no mundo real
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CAPM
R = Rf + (Rm - Rf) . ββββ
R = taxa de retorno exigida*
Rf = taxa de retorno livre de risco
Rm-Rf = prêmio de risco de mercado**
ββββ = risco sistemático / mercado
* R = TMA do capital próprio (k0 ou ks)
** O prêmio de risco de mercado é a taxa de retorno acima dataxa livre de risco qie um investidor poderia obter em umacarteira de ativos bem diversificada
O BETA é o risco sistemático ou de mercado e representa a medida de sensibilidade de
oscilação da rentabilidade do ativo em relação ao mercado.
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O BETA mede a volatilidade de um ativo em relação a um ativo
médio, que possui, por definição, ββββ = 1
BETA
ββββi = 1 ⇒⇒⇒⇒ ação X tende a variar na mesmaproporção do mercado
ββββi < 1 ⇒⇒⇒⇒ ação X tende a variarpercentualmente menos
que o mercado
ββββi > 1 ⇒⇒⇒⇒ ação X tende a variarpercentualmente maisque o mercado
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BETARentabilidadeEsperadada Ação Y
Rentabilidadedo Mercado
ββββ =2
20%
10%
Quanto maior for o BETA, mais elevado se apresenta o risco da ação e, ao mesmo tempo, maior seu valor esperado:
INVESTIMENTO AGRESSIVO
BETARentabilidadeEsperadada Ação W
Rentabilidadedo Mercado
ββββ =0.5
5%
10%
Quanto menor for o BETA, menos elevado se apresenta o risco da ação e, ao mesmo tempo, menor seu valor esperado:
INVESTIMENTO DEFENSIVO
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Com a diversificação, ações individuais com risco podem ser combinadas de maneira a fazer com que um conjunto de títulos tenha quase sempre menos risco do que qualquer um dos componentes isoladamente
RISCO e BETA
A diminuição do risco é possível porque os retornos dos títulos individuais não são perfeitamente correlacionados uns com os outros
Uma certa proporção de risco desaparece com a diversificação
Taxa Requeridade Retorno (%)
Risco ββββ0
Risco - Retorno
BETA = medida de risco de mercado
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Aplicação do CAPM: Exemplo Ilustrativo
Um projeto tem o seguinte fluxo de caixa previsto, em US$.103, para uma estrutura de 100% de capital próprio.
O beta estimado é de 1,5, a rentabilidade do mercado é de 16% e a taxa sem risco é de 7%. Calcule o VPL do pro jeto:
BETA ALAVANCADOComo o custo de capital de uma empresa com dívidas
precisa ser superior ao custo de capital de umaempresa sem dívidas, a Fórmula de Hamada calcula o BETA alavancado, para ser utilizado no modelo CAPM
ββββL
[ 1 + (1 - IR) . D/E ]ββββU =
ββββL = ββββU . [ 1 + (1 - IR) . D/E ]
ou
E = proporção do capital próprioD = proporção do capital de terceirosIR = alíquota do Imposto de Renda
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ESTIMATIVAS DOS CUSTOS DO CAPITAL PRÓPRIO (TMA), SEM E COM
ALAVANCAGEM
CAPM
sem alavancagem financeira
k0 = Rf + (Rm - Rf) . ββββU
com alavancagem financeira
ke = Rf + (Rm - Rf) . ββββL
Aplicação do CAPM: Exemplo Ilustrativo
O Grupo Imperial, que tradicionalmente utiliza capi tal de terceiros, apresentou um beta de 1,82, para os últimos 36 meses de análise do comportamento de suas ações no mercado d e
capitais (estrutura de capital do Grupo Imperial: 6 0% capital próprio). Sabendo-se que o Grupo Imperial espera um a
rentabilidade da carteira de mercado de 18% ao ano e sua taxa livre de risco está estimada em 8% ao ano, determine a taxa de
retorno que seus acionistas devem exigir num novo p rojeto que consumirá 100% de capital próprio:
Solução
k = RF + ββββ (RM - RF)
Com alavancagem: k e = 8% + 1,82 (18% - 8%) = 26,2%
Sem alavancagem: k 0 = 8% + 1,24 (18% - 8%) = 20,4%
k0 = TMA Cap Próprio = 20,4% ao ano (sem dívidas)
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OUTRA FORMA DE ESTIMATIVA DO CUSTO DO CAPITAL PRÓPRIO
(Proposição II de Modigliani e Miller)
O risco do capital próprio cresce com o aumento do endividamento:
ke = k0 + D/E . (1 – IR) . (k0 – kd)
onde: k e = retorno esperado do capital próprio quando a empr esa tem dívidas;k0 = retorno esperado do capital próprio de uma empres a sem dívidas;kd = taxa de juros do endividamento;D/E = relação capital de terceiros / capital próprio ;IR = alíquota do Imposto de Renda.
k0 = TMACAP PROP = CAPMSEM DÍVIDAS
ke = TMACAP PROP = CAPMCOM DÍVIDAS
Obs: aplicação no fluxo de caixa do acionista
Custo de Capital: Exemplo IlustrativoA Universal Mining Co sempre financiou a maioria de seus projetos com capital próprio. O Beta desalavancado das ações da Universal gira em torno de 1,4, a sua taxa livre de risco é de 8% e o retorno esper ado do mercado de 15%. A Universal deseja buscar capital de tercei ros para um novo projeto, numa proporção financiada da dívida de 40%. O custo esperado da dívida é de 12%, antes do Imposto de Renda, cuja alíquot a é de 34%. Determine os custos de capital da Universal, ou sej a, os custos de capital próprio, com e sem alavancagem.
Solução
k0 = Rf + (Rm - Rf) . ββββU (CAPM sem dívida)
k0 = 8% + 1,4 . (15%-8%) ∴∴∴∴ k0 = 17,8%
ke = k0 + D/E . (1 – IR) . (k0 – kd)
ke = 17,8% + 40/60 . (1 – 0,34) . (17,8% - 12%) ∴∴∴∴ ke = 20,35%
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RESUMO
ESTRUTURA DE ESTIMATIVA DA TMACAPITAL DO CAPITAL PRÓPRIO
Estimativa da TMA do Capital Próprio: Exemplo Ilustrativo
Faça um quadro para a análise da evolução do risco medido pelocoeficiente BETA e das taxas de retornos exigidas para o capital próprio, em função da mudança da estrutura de capital da empresaLíder S.A..
Considere que a Líder S.A. apresenta um BETA históricodesalavancado de 1,10, alíquota de IR é igual a 30%, taxa livre de riscode 8% a.a. e taxa esperada da carteira de mercado de 16% a.a .
Custo do CoeficienteCapital de Fórmula de ModiglianiTerceiros Hamada e Miller
QUANTO MAIOR O ENDIVIDAMENTO DE UMA EMPRESA, MAIOR SERÁ O CUSTO DA DÍVIDA, EM FUNÇÃO DO PROJETO AGREGAR MAIS RISCOS
QUANTO MAIOR O ENDIVIDAMENTO DE UMA EMPRESA, OS ACIONISTAS EXIGIRÃO MAIS PELO CAPITAL PRÓPRIO INVESTIDO, EM VIRTUDE DE AUMENTAREM AS CHANCES DE INSOLVÊNCIA
A taxa de desconto ke, custo de capital de uma empresa com dívidas, precisa ser superior a k0, custo de capital de uma
empresa sem dívidas
ke > k0
Método do CAPITAL PRÓPRIO
Fluxo de Caixa do Acionista
DESCONTAR O FLUXO DE CAIXA (VPL) AO CUSTO DO CAPITAL PRÓPRIO:
k0 � 100% capital próprioke � estrutura mista
44
FLUXO DE CAIXA DO ACIONISTA
Ano 0 1 2 3 4 ... n
Receita Bruta(-) Impostos(=) Receita Operacional Líquida(-) Custos Fixos(-) Custos Variáveis(=) Lucro Bruto(-) Despesas(-) Depreciação(=) Lucro antes dos Juros e do IR: LAJIR(-) Despesas Financeiras(=) Lucro antes do IR: LAIR(-/+) IR / CSSL(=) Lucro Líquido(+) Depreciação(+) Valor Residual(-) Investimentos(+) Financiamentos(-) Amortizações do Principal(-/+) Variação do Capital de Giro
(=) Fluxo de Caixa
A British Columbia Company pretende investir naconstrução de um grande hotel em Vancouver, no Canadá,
utilizando integralmente capital próprio. A companhiaestima que investirá US$2,000,000, no ano 0 do projeto, e
que terá um resultado líquido anual de US$800,000, duran te5 anos. Estude a viabilidade desse empreendimento,
utilizando os indicadores do VPL ,TIR, TIRM, IL e Payback Descontado, sabendo-se que as ações da British Columbia
Company vêm apresentando um Beta históricodesalavancado de 0,70 e que seus analistas acreditam
numa rentabilidade da carteira de mercado média de 15% ao ano, para os próximos anos, e definiram uma taxa livre
de risco de 5% ao ano.
Caso 4
45
A Berkeley Foods utiliza o modelo CAPM paradeterminar o custo de capital próprio. Atualmente, a taxa livre de risco está em 5% ao ano e o retornoesperado do mercado é de 10% ao ano.
A empresa está analisando um novo projeto, cujoBeta desalavancado está estimado em 1,45. Sabendo-se que o projeto em análise terá 40% de capital de terceiros e que a alíquota do Imposto de Renda é de 34%, determine o Beta e o custo de capital da empresa para o projeto.
Caso 5
A Pacífico Industrial está estudando o projeto de su bstituição da máquina que fabrica o seu principal produto, cujo investimento será de R$180 mil. A política da empresa definiu em 5 anos o tempo máximo de operaçã o de seus equipamentos e, desta forma, prevê o seguinte fluxo de caixa result ante líquido, em milhares de reais, para a situação sem endividamento:
Ano 0 = -180; Ano 1 = 228; Ano 2 = 230; Ano 3 = 231; An o 4 = 232; Ano 5 = 252
Entretanto, existe a possibilidade da Pacífico Industr ial conseguir uma linha de financiamento de 60% do valor da máquina, que, em vir tude dos benefícios fiscaisdo endividamento, modificaria o fluxo acima para o segu inte:
Ano 0 = -72; Ano 1 = 191; Ano 2 = 195; Ano 3 = 200; Ano 4 = 205; Ano 5 = 227
Verifique a viabilidade financeira desse projeto, c onsiderando as situações sem e com o financiamento da máquina nova e faça comentários sobre as diferen ças encontradas.
Para o presente caso, a Pacífico Industrial definiu su a taxa sem risco em 10% a.a., o retorno esperado da carteira de mercado em 22% a.a. e o seu Beta alavancado em1,418. (IR = 30%)
Utilize a fórmula de Hamada para o cálculo do Beta des alavancado.
Caso 6
46
A San Diego Motors Co financia com capital de terceiros a maioria de seus projetos de investimento. As açõe s da San Diego apresentam um Beta igual a 1,75. A empresa consegue uma taxa livre de risco de 9% e estima o retorno do mercado em 18%. O próximo projeto da San Diego terá uma proporção financiada da dívida de 60% e espera que o custo bruto da dívida seja de 11%. Considerando a alíquota do Imposto de Renda de 34%, determine o custo provável do capital próprio da San Diego Motors Co, no caso de financiamento integral com capital próprio. Utilize o método de Modigliani e Mi ller.
Caso 7
VIABILIDADE EXCLUSIVA DO PROJETO/EMPRESA
Analisar o fluxo de caixa semconsiderar as despesas financeiras
A TMA deve refletir os custos dos capitais que financiarão o projeto:
CMPC
O VPL será calculado pelo CMPC
47
CMPCCUSTO MÉDIO PONDERADO DO CAPITAL
WACCWEIGHTED AVERAGE COST OF CAPITAL
O CMPC é a taxa de juros que refleteo custo médio ponderado dos capitais que financiam as atividadesdo projeto ou da empresa, ou seja, oscapitais próprio e de terceiros
O CMPC considera o custo do capital de terceiros e do capital próprio, segundo a
composição do capital do projeto:
CMPC = (1(1(1(1 ---- IR) IR) IR) IR) xxxx kkkkdddd xxxx D + D + D + D + kkkkeeee xxxx EEEE
onde:ke = custo do capital próprio, em %;E = proporção do capital próprio;kd = custo do capital de terceiros, em %;D = proporção do capital de terceiros;IR = alíquota do Imposto de Renda.
CUSTO MÉDIO PONDERADO DE CAPITAL
48
Cálculo do Custo do Capital: Exemplo Ilustrativo
Grupo Atlântico - Ano 2001
Capital Próprio
ke = 8% + 1,5(20%-8%)
26% a.a.
Dívida após IRkd (1 - IR) = 15%(1- 0,30)
10,5% a.a.
Cap. Próprio / Capital
60%
Dívida /Capital
40%
Custo do Cap. PróprioPonderado15,6% a.a.
+Custo da Dívida
Ponderado4,2% a.a.
CMPC = 19,8% a.a.
××××
××××
====
====
Custo do Capital Estrutura de Capital Custo Médio Ponderado
Cálculo do CMPC: Exemplo IlustrativoBalanço Patrimonial em 31/12/XX
Os capitais da empresa têm os seguintes custos:ke = 14 % a.a.
Ativo Operacional Líquido $1.600 Capital de Terceiros $600Capital Próprio $1.000
TOTAL $1.600 TOTAL $1.600
ATIVO PASSIVO
49
Aplicação do CMPC: Exemplo IlustrativoO projeto de mineração da Rocky Mountain Mining Co utilizaráendividamento de longo prazo e financiamento de capital ordinário. A Rocky Mountain identificou títulos semelhantes regularmente negociados em mercados ativos. Qual é o CMPC do projeto proposto?
- Taxa de juros livre de risco: 6%- Beta alavancado do capital ordinário: 1,25- Retorno esperado da carteira de mercado: 14,4%- Custo da dívida esperado (antes do IR): 10%- Proporção financiada da dívida: 60%- Aliquota do IR: 34%
Solução
CAPM: R = R f + (Rm - Rf) . ββββ ∴∴∴∴ R = 6 + 1,25 . (14,4% - 6%) = 16,5%
FLUXO DE CAIXA PREVISTOPotencialidade do Projeto/Empresa
Ano 0 1 2 3 4 ... nReceita Bruta(-) Impostos(=) Receita Operacional Líquida(-) Custos Fixos(-) Custos Variáveis(=) Lucro Bruto(-) Despesas(-) Depreciação(=) Lucro antes do IR: LAIR(+/-) IR / CSSL(=) Lucro Líquido(+) Depreciação(+) Valor Residual(-) Investimentos(+-) Variação do Capital de Giro
(=) Fluxo de Caixa
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CUSTO DO CAPITAL NA ANÁLISE DA VIABILIDADE DE PROJETOS/EMPRESAS
Método do Custo Médio Ponderado do Capital - CMPC
ACHAR O VPL DO FLUXO DE CAIXA DO PROJETO/EMPRESA AO CUSTO MÉDIO PONDERADO
DO CAPITAL
A vantagem fiscal associada ao uso de capital de terceiros estárefletida no CMPC. O fluxo de caixa do projeto/empresa não reflete, de
modo algum, a presença de capital de terceiros.
VISA ANALISAR A VIABILIDADE DO PROJETO/EMPRESA, INDEPENDENTEMENTE DE SUA
ESTRUTURA DE CAPITAL
O VALOR DO PROJETO/EMPRESA NÃO DEPENDE DA SUA ESTRUTURA DE CAPITAL
Método do CAPITAL PRÓPRIOVersus
Método do CMPC
CUSTO DO CAPITAL NA ANÁLISE DE PROJETOS/EMPRESAS
Os métodos do CAPITAL PRÓPRIO e CMPC visam cumprir a mesma tarefa, ou seja, avaliar o projeto/empresa na presença de capital de
terceiros. Entretando, os métodos são muito diferentes em termos de técnica, por isso, os
resultados não são idênticos.
TRATA-SE DE ERRO CONCEITUAL UTILIZAR O CMPC PARA ACHAR O VPL DE FLUXOS DE CAIXA
ALAVANCADOS: contagem dupla do benefício fiscal dos juros para o Imposto de Renda
51
FLUXO DE CAIXA PREVISTOPotencialidade do Projeto/Empresa
Ano 0 1 2 3 4 ... nReceita Bruta(-) Impostos(=) Receita Operacional Líquida(-) Custos Fixos(-) Custos Variáveis(=) Lucro Bruto(-) Despesas(-) Depreciação(=) Lucro antes do IR: LAIR(+/-) IR / CSSL(=) Lucro Líquido(+) Depreciação(+) Valor Residual(-) Investimentos(+-) Variação do Capital de Giro
(=) Fluxo de Caixa
NESTE FLUXO, P
ODE SER UTILI
ZADO O C
MPC,
PARA A A
NÁLISE D
E VIA
BILIDADE, O
UA TMA D
O
CAPITAL P
RÓPRIO (k 0
), NO C
ASO DE 10
0% D
E
CAPITAL P
RÓPRIO
FLUXO DE CAIXA PREVISTO: Capacidade de Pagamento
Ano 0 1 2 3 4 ... n
Receita Bruta(-) Impostos(=) Receita Operacional Líquida(-) Custos Fixos(-) Custos Variáveis(=) Lucro Bruto(-) Despesas(-) Depreciação(=) Lucro antes dos Juros e do IR: LAJIR(-) Despesas Financeiras(=) Lucro antes do IR: LAIR(+/-) IR / CSSL(=) Lucro Líquido(+) Depreciação(+) Valor Residual(-) Investimentos(+) Financiamentos(-) Amortizações do Principal(+-) Variação do Capital de Giro
(=) Fluxo de Caixa
NÃO UTILI
ZAR O C
MPC PARA CALC
ULAR O
VPL
EM FLUXOS D
E CAIX
A ALA
VANCADOS
UTILIZE A
TMA DO C
APITAL P
RÓPRIO (k e
)
CALCULA
DO PELO C
APM
52
A Vancouver Co, uma multinacional que atua na área de distribuição de artigos hospitalares, tem atualmente u maestrutura de capital 60/40 (capital próprio/dívidas) .
O custo de capital de terceiros é de 15,50% e o custo d e capital próprio é igual a 20%. A alíquota de imposto de renda de pessoa jurídica é 34%. Qual é o custo médioponderado de capital da Vancouver Co?
Caso 8
O beta alavancado das ações da Carmel Financial Company é de 1,5. A empresa tem um quociente capital de terceiros/capital próprio igual a 1. O retorno espe radoda carteira de mercado é de 16%. A taxa livre de risco éde 8%. O custo de capital de terceiros é de 8%. A alíquota de imposto de renda de pessoa jurídica é 34%.
a) Qual é o custo de capital próprio da Carmel?
b) Qual é o seu custo médio ponderado de capital?
Caso 9
53
A Indústria Botafogo está estudando a viabilidade de um projeto de expansão, cujo investimento está previsto em R$ 15 milhões, no ano 0, e horizonte de estudo foi definido para 5 anos. O fluxo de caixa líquido do pr ojeto, em milhões de reais, sem consideração de qualquer tipo de endividamento, apr esenta as seguintes previsões, inclusive o valor residual:
Ano 1 = 2,0; Ano 2 = 2,5; Ano 3 = 2,5; Ano 4 = 3,0; Ano 5 = 32,0
Verifique a viabilidade financeira desse projeto, c onsiderando que a IndústriaBotafogo definiu sua taxa sem risco em 7,5% a.a., o retorn o esperado da carteira de mercado em 16,5% a.a. e o seu Beta alavancado em 1,25. A lém disso, os últimosbalanços patrimoniais da empresa mostram que o seu patrim ônio líquidocorresponde, em média, a 35% do passivo total. O cust o médio de captação de empréstimos da Indústria Botafogo é de 12% a.a. A alíqu ota de IR da empresa é de 30%).
Caso 10
TEORIA ESTRUTURADO CAPITAL
54
O USO DA ALAVANCAGEM FINANCEIRA NORMALMENTE AUMENTA OS RETORNOS ESPERADOS DOS ACIONISTAS, MAS, AO MESMO TEMPO, AUMENTA SEU RISCO
TEORIA DA ESTRUTURA DE CAPITAL
INFELIZMENTE, A TEORIA DE ESTRUTURA DE CAPITAL NÃO FORNECE RESPOSTAS CLARAS E DIRETAS SOBRE A ESTRUTURA DE CAPITAL ÓTIMA
NA PRÁTICA, DEVEM SER UTILIZADOS FATORES QUALITATIVOS E MODELOS COMPUTADORIZADOS PARA A DETERMINAÇÃO DA MELHOR ESTRUTURA DE CAPITAL DA EMPRESA
TEORIA DA ESTRUTURA DE CAPITAL
55
CAPITAL PRÓPRIO e CAPITAL DE TERCEIROS
• O CAPITAL DE TERCEIROS é mais seguro , pois, via de regra, existem garantias do repagamento do principal e dos juros
• O CAPITAL PRÓPRIO é um capital de maior risco , posto que não tem garantias: não se pode executar a firma para receber o retorno de sua aplicação (dividendos) nem para receber o principal
• Partindo-se do princípio que o investidor tem avers ão ao risco, ele exige um retorno maior para correr um risco também maior .
• Uma firma tem basicamente duas fontes de capital:
CUSTO DO CAPITAL NA ANÁLISE DE PROJETOS/EMPRESAS SEM/COM DÍVIDAS
A taxa de desconto ke, custo de capital de uma empresa com dívidas, precisa ser superior a k0, custo de capital de uma
empresa sem dívidas
ke > k0
Método do Fluxo ao Capital Próprio – FCP
DESCONTAR O FLUXO DE CAIXA SEM/COMDÍVIDAS AO CUSTO DO CAPITAL PRÓPRIO
(k0 / ke)
56
A taxa de retorno do acionista émaior que a taxa de juros paga pela firma
O acionista exige um retorno maior do que o credor
Fluxo de Caixa SEM Dívida: 100% capital próprio Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
A New Age Company está estudando o projeto de abertura de uma nova pla nta industrial, cujo investimento total, no ano 0, será de US$20 milhões. O horizonte de estudo do projeto é de 5 anos e as previsões do flux o de caixa resultante líquido, em milhões de dólares, para a situação sem endividamen to, são as seguintes:
Ano 1 = 8,400; Ano 2 = 8,400; Ano 3 = 9,000; Ano 4 = 9, 000; Ano 5 = 10,500
Entretanto, existe a possibilidade da New Age conseguir uma linha de financiamentode 55% do valor do investimento total, que, em virtud e dos benefícios fiscais do endividamento, modificaria o fluxo acima para o seguint e:
Ano 1 = 7,800; Ano 2 = 7,800; Ano 3 = 4,200; Ano 4 = 4, 500; Ano 5 = 7,000
Verifique a viabilidade financeira desse projeto pe lo VPL, TIR, IL e PaybackDescontado, considerando as situações sem e com o f inanciamento da nova planta e faça comentários sobre as diferenças encontradas.
Para o presente caso, a New Age definiu sua taxa sem risco em 5% a.a., o retornoesperado da carteira de mercado em 11% a.a. e o seu Beta desalavancado em 1,15. (IR = 34%). O custo do capital de terceiros é de 7% a. a.
Utilize os custos do capital próprio segundo os métodos d e Hamada e de Modigliani e Miller e comente as diferenças.
Caso 11
VALOR ECONÔMICO AGREGADO
Economic Value Added - EVA
EVA is registered trademark of Stern Stewart & Co.
Outros nomes:
LUCRO ECONÔMICO
LUCRO RESIDUAL
RIQUEZA
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Economic Value Added - EVA
O EVA é a recompensa dos investimentos realizados em
projetos que apresentam retornoacima do custo de capital
Bibliografia Recomendada
YOUNG S. e O’BYRNE S., EVA e Gestão Baseada em Valor –Guia Prático para Implementação, Bookman Editora, Porto Alegre, 2003;
EHRBAR, A., EVA - Valor Econômico Agregado: A VerdadeiraChave para a Criação de Riqueza, Qualitymark Editora, Rio de Janeiro, 1999;
VALOR ECONÔMICO AGREGADO
Economic Value Added - EVA
60
O EVA PODE SER UTILIZADO PARA SE AVALIAR NO PRESENTE O DESEMPENHO FINANCEIRO PASSADO, EVIDENCIANDO SE HOUVE OU NÃO AGREGAÇÃO DE VALOR AO NEGÓCIO, NO PERÍODO ANALISADO
Economic Value Added - EVA
O EVA TAMBÉM PODE ORIENTAR TODAS AS DECISÕES DE INVESTIMENTO QUE AFETARÃO O FUTURO
O EVA É UMA MEDIDA DE LUCRATIVIDADE
O conceito do EVA foi idealizado por Modiglianie Miller e introduzido nas finanças corporativas no início da década de 80
O EVA promoveu uma desconstrução parcial de demonstrativos contábeis, para reconstruí-los sob a ótica da análise econômica de investimentos
Para o cálculo do EVA são necessários ajustes contábeis, de forma que os dados contábeis possam ser estruturados segundo o modelo dos fluxos de caixa
Economic Value Added - EVA
61
Análise de resultados passados
Política de remuneração variável
Elaboração de orçamentos
Avaliação de projetos de investimentos
Economic Value Added - EVA
APLICAÇÕES MAIS FREQÜENTES:
A partir da década de 90, grandes empresas começaram a utilizar o EVA, tais como:
COCA-COLAAT&T
AMBEVANDRADE GUTIERREZ
AÇOS VILLARESALCOA
AVEIAS QUAKER
Economic Value Added - EVA
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Cálculo do EVA
Visão Operacional
(++++) Lucro Operacional Líquido após Impostos(Net Operating Profit After Taxes - NOPAT)
(−−−−) Custo Total do Capital Empregado
(====) Valor Econômico Agregado (EVA)
NOPATCusto do Capital
EVAEVAEVAEVA
NOPATNet Operating Profit After Taxes
Lucro Operacional Líquido após os Impostos
NOPAT exclui despesas financeiras , ou seja, os juros dos financiamentos, bem como as receitas e as despesas não operacionais *
* O EVA inclui todos os dados contidos nas demonstrações financeiras, masajustados segundo os critérios das finanças, principalmente no que diz respeito
à alteração do regime de competência
NOPAT é o lucro total gerado por uma operação
NOPAT é igual às receitas menos as despesas operacionais menos os impostos
63
CAPITAL
capital de giro (ativo circulante menospassivo circulante) + imobilizadolíquido (preço de custo dos ativosmenos depreciação acumulada) +outros ativos operacionais
CUSTO DO CAPITAL
CAPITAL × CMPC
Cálculo do EVA
Visão Operacional
NOPAT = R$ 150.000Capital Total = R$ 1.000.000CMPC = 12%Custo do Capital = R$ 120.000
EVA = R$ 30.000
64
Determine o Economic Value Added - EVA do Grupo Copacabana, em 2002, sabendo-se que o NOPAT apurado foi de R$ 2.000.000. O G rupo Copacabana utilizou 42,86% de capital de terceiros dos R$5.000.00 0 de recursos totais aplicados . O custo médio do capital de terceiros foi de 20% ao ano. A alíquota de imposto de renda do grupo é de 30%. O Grupo Copacabana definiu seu Beta alavancado em 1,25, sua taxa livre de risco em 15% ao ano e o retorno médio esperado do mercado em 32% ao ano.
Caso 12
AVALIAÇÃO DE ATIVOS
65
VALOR x COTAÇÃO DE MERCADO
• VALOR = preço justo, baseado emmodelos matemáticos teóricos
• COTAÇÃO = preço de mercado
• CUSTO = preço que o comprador pagapor um ativo
Que tipos de atitudes os gestores corporativos devem tomar para maximizar o preço das ações de
suas empresas?
Quais fatores determinam o preço das ações de uma empresa?
- habilidade que a empresa tem de gerar fluxos de caixa, no presente e no futuro;
- qualquer ativo financeiro somente tem valor àmedida que gere fluxo de caixa;
- o capital investido deve ser retornado o mais rápido possível: reinvestimento e/ou dividendos;
- paga-se mais por ativos de baixo risco, cujos fluxos de caixa futuros são relativamente “certos”.
66
Quais outros fatores podem influenciar no preço das ações de uma empresa?
DECISÕES ESTRATÉGICAS
TIPOS DE PRODUTOS OFERECIDOS
MÉTODOS DE PRODUÇÃO
POLÍTICA DE DIVIDENDOS
• O valor de um título é definido pelo valor presente de seus fluxos de caixa esperados
• Ao adquirir ações, o investidor tem a expectativa de receber dividendos e uma valorização de seu preço de mercado
• O valor de uma ação é o valor presente do fluxo de dividendos futuros esperados:
PO = ∑∑∑∑ Dt / (1+k) tn
t=1
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Avaliação de Ações: Versão Preço Justo
MODELO DE GORDON
sem crescimento : PO* = D1 / k
com crescimento : PO* = D1 / (k - g)
onde: P 0* = preço justo; D 1 = dividendo projetado para t=1;g = crescimento geométrico perpétuo;k = taxa de desconto.
PERPETUIDADE
0 1 2 3 4 5 ..... ∞∞∞∞
R
SÉRIE UNIFORME PERPÉTUA
Ri
P =
P = R . [ ](1 + i)n - 1i . (1 + i) n
PERPETUIDADE: n →→→→ ∞∞∞∞
P = Lim n→∞→∞→∞→∞
P = R . Lim n→∞→∞→∞→∞ { - }
P = R . Lim n→∞→∞→∞→∞ { - }
(1 + i)n - 1 i . (1 + i) n
R . [ ]
1 i . (1 + i) n
(1 + i)n
i . (1 + i) n
1 i 0
68
Perpetuidade: Exemplo Ilustrativo
Sendo o valor de mercado do aluguel de um certo apartamento em torno de R$1.200,00, determine o val or estimado para a compra deste imóvel para investimen to (Supor a TMA do investidor igual a 1% ao mês).
Solução
CONSIDERANDO-SE O ALUGUEL COMO UMA RECEITA PERMANENTE:
P = 1.200 /0,01
P = 120.000 ����
0 1 2 3 4 ... ∞∞∞∞
1.200
P
Ri
P =
Aplicação do Modelo de Gordon: Exemplo Ilustrativo
Admita que seja prevista uma distribuição anual de dividendos de R$0,40 por ação, indefinidamente. Det ermine o valor teórico dessa ação se os acionistas definir em em 20% ao ano a taxa mínima exigida de rentabilidade.
Aplicação do Modelo de Gordon: Exemplo Ilustrativo
Uma empresa apresenta um fluxo corrente de rendimen tos de R$0,22. Os analistas acreditam num crescimento e stável dessa empresa na faixa de 4% ao ano. O preço de mer cado dessa ação está fixado em R$2,50. Avaliar a atrativi dade do preço de mercado da ação para uma taxa requerida de retorno de 15% ao ano.
P0*= R$2,00 < Pm= R$2,50 →→→→ recomendação de venda ����
Caso 13
A Brick and Mortar Company tem suas ações negociadas em bolsa de valores, com cotação de US$252.00. A empresa está projetando dividendos para o próximo an o em torno de US$50.00 por ação, com expectativa de crescimento de 2% ao ano. Determine a taxa de retor no que este investimento pode proporcionar e verifique a atratividade das ações da Brick se a taxa de retorno exigida por seus acionistas esteja em torno de 18% a.a.
70
Caso 14
A Oregon Corporation pretende distribuir dividendos de US$2.50 por ação para seus acionista, no próximo an o. Além disso, a empresa estima um crescimento dos dividendos em 3% ao ano. A taxa de desconto para as ações da Oregon é de 10% ao ano. Determine o preço justo desta ação e compare com o preço de mercado, que gira em torno de US$40.00.
A ações da Michigan Corporation estão sendo negociadas em bolsa a US$ 5.20 por ação e a empresa promete distribuir dividendos de US$0.65 por ação p ara seus acionista, no próximo ano, com um crescimento estimado em 2% ao ano. A taxa de desconto das ações da Michigan, definida pelos próprios acionistas da empresa, é de 12% ao ano. Avalie as ações da Michigan.
Caso 15
71
A Miami Inc. está projetando distribuir dividendos de US$0,60 por ação para seus acionistas, durante toda a sua existência. A cotação atual das ações da Miami Inc. éde US$4.50. Um grande acionista da Miami Inc., detentor de 20% das ações da empresa, recebeu uma proposta para vender 5% de suas ações por US$4.30 por ação. Considerando que esse acionista exige uma taxa de retorno para o seu capital de 15% ao ano, qual a de cisão que ele deve tomar, caso tenha interesse na venda d as ações.