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FICHA TÉCNICA Programa Caia na Rede – Baixo Sul
Instituto de Desenvolvimento Sustentável do Baixo Sul da Bahia (IDES)
Equipe Técnica
Frede Luís Santos Bonfim (Coordenador)
Elenildo Santos Pinheiro Júnior (IT Essentials e Alfabetização Digital)
Pedro Conceição Moura Junior (Aprender em Parceria)
Freddy de Souza Leite (Monitor)
Márcia Carvalho de Mattos (Monitoramento e Avaliação)
Estagiários:
Elisângela da Silva Santos
Renice dos Santos
Flávio Augusto dos Santos Gois
Wallace Adailton de Jesus Silva
Colaboradores 2011-2013
Aline da Silva Barbosa
André Carlos Vieira Santos
Débora de Jesus Santana
Elânio Menezes Souza
Emanuel Raimundo Barbosa Ribeiro Filho
John Anderson Macedo Santos
José Menezes dos Santos Neto
Luzia Marciele Araújo dos Santos
Márcio Souza
Michele Rainan da Silva Carvalho
Rosana dos Santos Coutinho
Tatiane Lima Moreno Tavares
Wesley Santos Freitas
Willian Robert Reale Pinho
Fundação Odebrecht
Fabrício Nascimento da Cruz (Planejamento e Desenvolvimento)
Clovis Faleiro (Líder do Pograma Tributo ao Futuro e Responsável por Relações Institucionais)
Pessoa Física
Augusto Leal (Capa)
Edileno Capistrano Filho (Projeto Gráfico e Diagramação)
Apoio
Programa Tributo ao Futuro
www.tributoaofuturo.com.br
Semp Toshiba
www.semptoshiba.com.br/ecommerce
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“A tecnologia é uma ferramenta pedagógica, assim como o
quadro-negro e o livro didático. Talvez mais poderosa, mas ainda assim apenas uma ferramenta, que trará resultados se for usada por um professor preparado em proposta que faça sentido pedagógico. O melhor software em educação continua sendo, disparado, o cérebro de um bom professor.” Gustavo Ioschpe (2012).
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Valença-Ba, 2013
Tecnologias que transformam vidas
Sistematização - Programa Caia na Rede Baixo Sul da Bahia - Período: 2011-2013
Realização:
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Essa publicação é dedicada a João Cumerlato. A implantação do Caia na Rede, no Baixo Sul da Bahia, deve-se à sua visão, apoio, articulação institucional e orientação.
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SUMÁRIO
Prefácio - Valores e Resultados Compartilhados 7
Palavras Iniciais 8
Capítulo I - O Baixo Sul: Cenário Atual 10
Capítulo II - Desafios: Inclusão Digital e Conectividade 14
Capítulo III - Caia na Rede: de Projeto a Programa 21
Capítulo IV - Compartilhando Aprendizados 27
Capítulo V - Projetos executados 30
1. Alfabetização Digital 32
2. Parceiros na Aprendizagem 44
3. Regularização de Softwares 55
4. Crescer em Rede 58
5. Cisco Networking Academy 66
Capítulo VI - Semp Toshiba e Fundação Odebrecht 89
Capítulo VII - Caia na Rede na Odebrecht 93
Anexo s 101
Tributo ao Futuro 109
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VALORES E RESULTADOS COMPARTILHADOS Por Afonso Antonio Hennel
Nos últimos três anos, a Semp Toshiba iniciou um trabalho mais estruturado na área de
Responsabilidade Social Corporativa. Concentramos nossa atenção e nossos esforços em
locais mais próximos de nossa área de atuação, em Manaus, Amazonas, e em Salvador, na
Bahia. Esse processo está sendo muito rico, e tem nos permitido experimentar ações em
contextos com elevado potencial de desenvolvimento, mas carentes de investimentos
coerentes com suas reais demandas. Além disso, essa nova situação tem possibilitado à
nossa empresa vivenciar como resultados podem ser potencializados, quando pensando
junto com outros atores da cena pública.
Consideramos que o grau de desenvolvimento econômico e social de um país está
diretamente relacionado ao nível de educação e conhecimento de sua sociedade e, nesse
aspecto, todos sabem que a tecnologia tem uma importante contribuição.
Por esse motivo investimos em ações socioambientais e na construção de alianças para
torná-las efetivas. O que queremos é ampliar os horizontes dos adolescentes e jovens que
residem nas comunidades próximas à nossa unidade de Manaus, e nos municípios do
Baixo Sul Baiano, relativamente próxima à nossa base de Salvador. Cremos que com
acesso a infraestrutura de base tecnológica e a conhecimentos atualizados, essa nova
geração poderá pensar, estruturar e fazer seus sonhos se tornarem realidade.
Hoje mais do que nunca, entendemos que, o que dá certo geralmente é fruto de uma
relação de parceria. Juntamente com a sua rede de parceiros, a Semp Toshiba tem se
esforçado para executar projetos que sejam capazes de promover o desenvolvimento
social e a execução de práticas com enfoque na sustentabilidade.
No norte do país, incentivamos o cultivo de mandioca e fomentamos a piscicultura. No
Baixo Sul da Bahia, juntamente com a Fundação Odebrecht atuamos no fortalecimento de
iniciativas já existentes, voltadas à formação de jovens empresários rurais na Casa
Familiar Rural de Presidente Tancredo Neves, e garantindo a inclusão digital na zona
rural e em bairros periféricos dos centros urbanos da região.
Embora seja grande a distância entre as regiões citadas, encontramos em ambas, a
motivação necessária para realizar o trabalho em alinhamento com a nossa missão, uma
vez que fomentamos o crescimento e desenvolvimento no meio rural, criamos condições
para que nossos jovens tenham acesso à educação de qualidade, fortalecemos valores
familiares, a geramos conhecimentos, cuja aplicação tem resultado na melhoria das
condições de vida da população.
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PALAVRAS INICIAIS Por Frede Luís Bonfim – Coordenador do Programa Caia na Rede, no Baixo Sul da Bahia.
Passados quatro anos desde a implantação do Caia na Rede como um projeto básico de
inclusão Digital no Baixo Sul, muitas lições foram possíveis de serem aprendidas pelos
envolvidos no processo, desde os alunos até – e principalmente –, a equipe que assumiu o
desafio de executá-lo.
Atualmente, o Baixo Sul conta com uma equipe exclusiva para a realização do Caia na
Rede e dedicada em tempo integral à execução de aulas, ao planejamento, à elaboração
de atividades complementares e avaliações adequadas não só à realidade do Baixo Sul
como também a cada comunidade.
O cotidiano dos centros de informática montados com o intuito de proporcionar o acesso
à tecnologia e aos conteúdos disponíveis nas redes sociais e na internet contribuiu de
forma significativa para que o Baixo Sul, em se tratando de inclusão digital, especialmente
no ambiente rural, galgasse avanços satisfatórios nos processos metodológicos de
disseminação das tecnologias digitais àqueles que, sequer, imaginavam adquirir práticas
de manuseio dos recursos do computador e das tecnologias sem que pagassem por isso.
Em contraste com o momento inicial do curso de Alfabetização Digital no Baixo Sul, o
Caia na Rede sustenta índices bem mais animadores e promissores: entre 90 e 97% de
aprovação dos jovens, cursos técnicos e formação de professores e um histórico com mais
de 4.000 beneficiários em mais de 20 instituições envolvidas.
Não só os alunos aprendem, mas a equipe que enxerga nos jovens verdadeiros
professores das suas realidades e seus sonhos e a peculiaridade de cada um em buscá-los.
Na verdade, mais do que simplesmente ensinar como manusear mouse ou teclado ou
navegar na internet, o que o Caia na Rede construiu ao longo desses anos foi baseado
numa mudança de mentalidade, uma vez que, para que fosse possível o primeiro contato
do beneficiário do Programa com a tecnologia, era preciso fazê-los sentir-se à vontade
em frente ao computador, mostrar a informática como instrumento facilitador do dia a
dia, desmistificando a impressão de ―tecnologia como um mal necessário‖ e
contextualizando o uso adequado dos recursos disponíveis nos ambientes virtuais à
resolução de afazeres corriqueiros do cotidiano dos envolvidos, desde uma simples
pesquisa escolar e a lista de compras da dona de casa, até a elaboração de uma planilha
mais sofisticada de planejamento de produção de um pequeno agricultor.
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Em tempos atuais, o curso de Alfabetização Digital conseguiu acumular um contingente
de jovens e adultos dominadores dos recursos tecnológicos e das habilidades mínimas
para assumirem novos desafios na área de informática e tecnologia. Assim, tendo em
vista a continuidade do Caia na Rede, novas propostas foram formuladas e vêm sendo
aplicadas no Baixo Sul, fazendo com que a tecnologia consiga influenciar em todos os
ambientes possíveis do dia a dia dos habitantes locais.
Depois de três anos de implantado o Caia na Rede no Baixo Sul, atingiu-se um nível de
maturação, com base no número de beneficiários e do nível de conhecimento adquirido,
que a inclusão digital começou a permitir que buscássemos outros horizontes.
Percebendo isso, foram propostos dois novos cursos no Baixo Sul: o CISCO IT Essentials
e o Microsoft Aprender em Parceria. Era o momento de o Caia na Rede contribuir mais
significativamente para a Educação e a capacitação profissionalizante na área de TI, para
os jovens da região.
Através do Aprender em Parceria, 21 professores foram incentivados a associar os
conhecimentos adquiridos através da sua experiência didática com o uso dos dispositivos
tecnológicos disponíveis nos seus ambientes de trabalho. Os resultados foram vistos
imediatamente, pois esses profissionais passaram a enxergar na internet um reduto de
conteúdos educativos promissor e inexplorado, além de otimizar seu tempo no processo
de planejamento, tornando as aulas mais atrativas para a nova geração de alunos das
escolas.
Por outro lado, considerando o mercado de TI em ascensão, o IT Essentials chegou como
um alicerce à formação de profissionais de suporte à tecnologia, competentes e
cobiçados pelas empresas. Assim como as pessoas carecem de inclusão digital, o campo
de profissionais de TI no Baixo Sul necessita de profissionais preparados para a resolução
de problemas e a proposição de soluções eficazes e eficientes nas empresas. Ao lançar
esses indivíduos devidamente preparados para o mercado local, é possível perceber a
mudança de mentalidade dos empresários para a importância da aplicação de recursos
tecnológicos nas suas unidades empresariais.
Mas todas as conquistas do Caia na Rede no Baixo Sul da Bahia foi possível graças à
concepção lógica de que é impossível e errôneo dissociar a Inclusão Digital da Inclusão
Social.
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CAPÍTULO I
O BAIXO SUL: CENÁRIO ATUAL
O Baixo Sul da Bahia é uma região composta por 15 municípios, com cerca de 360 mil
habitantes, localizado a pouco mais de 2 horas de Salvador. Com belezas naturais
exuberantes, povo hospitaleiro, cultura pulsante que transcende limites geográficos,
agricultura diversificada, biomas que atraem a atenção do mundo.
Em que pese às características citadas, cujos potenciais têm servido de base para fomentar
o desenvolvimento e o crescimento integrado e com sustentabilidade, a região possui
uma realidade de profundos contrastes. O cenário acima descrito é fortemente impactado
pela pouca eficácia das políticas públicas, incapazes de atenuar os graves problemas
estruturais que afetam a população: baixos índices educacionais, desemprego,
crescimento vertiginoso da violência, escalada do uso de drogas, atraso no
desenvolvimento científico e tecnológico, dentre outros.
A região, por muito tempo, teve seus municípios entre aqueles que detinham os menores
Índices de Desenvolvimento do Estado da Bahia. Esse contexto passou a ser
Mapa do Baixo Sul
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positivamente alterado a partir de uma ação em rede1, dinamizada há 15 anos, pela
Fundação Odebrecht, que instituiu o Programa de Desenvolvimento e Crescimento
Integrado com Sustentabilidade do Mosaico de Áreas de Proteção Ambiental do Baixo
Sul da Bahia – PDCIS, objetivando “Tonar próspera e dinâmica a região, criando
condições oportunas para que as novas gerações e suas famílias se fixem no território e
construam novos rumos para o seu desenvolvimento”.
Toda ação do PDCIS é estruturada numa lógica de Governança Participativa,
primeiramente validada nos municípios que compõem a APA do Pratigi (Ibirapitanga,
Igrapiúna, Ituberá, Nilo Peçanha, e Piraí do Norte) e, em seguida, irradiada para os
demais, respeitando-se as peculiaridades e a viabilidade social, técnica e política das
propostas.
O objetivo Comum, Superior e Nobre do PDCIS é a realização dos Oito Objetivos do
Milênio, baseado na integração sinérgica dos Capitais Produtivo (Geração de trabalho e
renda), Humano (Educação do campo de qualidade), Social (Construção de uma
sociedade mais justa e solidária) e Ambiental (Conservação dos recursos naturais).
1) Problemática do Território
Embora o cenário atual seja bem melhor que o de uma década atrás, cujos investimentos
têm resultado na elevação do Índice de Desenvolvimento Humano - IDH dos municípios
do Baixo Sul nota-se, por outro lado, que novas problemáticas passaram a compor o
contexto do território.
A falta de um planejamento estruturado, por parte dos governos, para o turismo, por
exemplo, serviu como ponte para o crescimento exponencial da prostituição, do uso de
drogas, e consequentemente, dos índices de violência, colocando alguns municípios da
região entre os mais violentos do Estado da Bahia.
Merecem destaque, também, a falta da segurança pública, o déficit em infraestrutura e os
desarranjos na execução de algumas políticas sociais, em especial, as relacionadas à
educação.
2005 2007 2009 2011 2005 2007 2009 2011
IBIRAPITANGA 2.9 3.1 4.0 4.2 2.5 2.8 3.0 2.5
IGRAPIUNA 2.8 2.7 3.1 3.4 2.3 2.3 2.5 2.7
ITUBERA 2.4 2.8 3.3 4.1 2.0 2.2 2.0 3.2
NILO PECANHA 1.9 2.1 2.1 4.1 2.2 2.2 2.4 4.1
PIRAI DO NORTE 2.2 1.8 2.4 3.0 2.3 2.9
Municípios da APA do PratigiIDEB - 4ª ao 5º ano IDEB - 8ª série ao 9º ano
Evolução do IDEB – Municípios da APA do Pratigi
1 Para reverter esse quadro, a sociedade civil organizada se uniu aos Governos Federal, Estadual e Municipais, à iniciativa
privada e à Fundação Odebrecht, formando um sistema inovador de Governança, onde o primeiro, o segundo e o terceiro
setores atuam de forma integrada e sinérgica para promover a Inclusão Social.
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Dados recentes do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB, em Valença e
nos municípios da APA do Pratigi, demonstram a precarização da educação local, cujos
índices apontam nas séries iniciais uma forte tendência ao analfabetismo funcional.
De acordo o Censo 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -
IBGE, ler e escrever ainda são dificuldades para 13,9 milhões de brasileiros acima de 15
anos, equivalente a 9,6% da população. Levando em consideração os municípios do
Baixo Sul da Bahia, esta margem tende a ser superior a 29%.
Municípios IDHM-Educação
Ranking
Estadual
417 municípios
Nacional
5.565 municípios
Valença 0,502 135 º 3631 º
Ituberá 0.482 185 º 4284 º
Igrapiúna 0.424 353 º 5145 º
Ibirapitanga 0.415 366 º 5229 º
Nilo Peçanha 0.404 381 º 5301 º
Piraí do Norte 0.363 410 º 5487 º
IDHM – Educação de Valença e Municípios da APA do Pratigi (2013)
Do ponto de vista de desenvolvimento tecnológico, podemos perceber que, no Baixo Sul,
o simples uso da tecnologia em sua condição básica, apenas com a utilização do
computador, por si só, já representa a quebra de uma barreira, principalmente em
comunidades da zona rural, onde a infraestrutura, em especial a elétrica e a
conectividade, geralmente são precárias ou inexistentes, colocando-as num contexto de
alta exclusão digital, associado ao déficit de profissionais qualificados na área de
Tecnologia da Informação - TI, e o elevado custo na contratação de serviços na área.
Um mundo novo, repleto de conhecimentos e oportunidades, passou a compor o dia a dia
de adolescentes e jovens de áreas rurais do Baixo Sul. Para muitos, com a chegada do Caia
na Rede, abriu-se a porta o ingresso no universo da tecnologia.
A noção de inclusão digital foi aos poucos dando espaço para novas possibilidades de uso
das tecnologias, em sinergia com práticas comprometidas com o desenvolvimento
sustentável e com a melhoria dos indicadores sociais da região do Baixo Sul da Bahia.
Nesse contexto, a inclusão digital assumiu diferentes perspectivas, superando a lógica de
oferta de cursos e oficinas voltados para comunidades de baixa renda, e ampliando
práticas de difusão de novas tecnologias aplicáveis a processos de gestão do
conhecimento, prática da cidadania, desenvolvimento humano e profissional, gestão de
negócios e, sobretudo, promoção do engajamento das pessoas a práticas comprometidas
com o desenvolvimento sustentável.
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A possibilidade de acesso ao mundo digital tem permitido ao homem do campo e das
comunidades periféricas do Baixo Sul, acesso ao conhecimento e à tecnologia,
possibilitando o incremento de sua produção e o aumento efetivo de sua rentabilidade,
além da ampliação das possibilidades de exercício da cidadania.
Consciente dos números alarmantes da exclusão
digital no nordeste do país, fator que inibe o
progresso e abre ainda mais o abismo social com
as regiões desenvolvidas, a Odebrecht criou o
Caia na Rede, através do qual abre espaço para
que jovens segregados em áreas rurais mais
distantes fiquem ao par, em tempo real, das
novas tecnologias disponíveis para seu avanço
social, econômico e cultural. Incorporando novas
tecnologias, passam a competir em melhores
condições e se juntam ao imenso contingente de
internautas com acesso ao conhecimento e à
informação.
Roberto Rodrigues – Foi Ministro da
Agricultura (governo Lula); coordenador do
Centro de Agronegócios da Fundação Getúlio
Vargas; Presidente do Conselho Superior do
Agronegócio da Federação das Indústrias do
Estado de São Paulo; foi Presidente da
Organização das Cooperativas Brasileiras, da
Organização Mundial das Cooperativas
Agrícolas e da Aliança Cooperativa
Internacional; é Professor de Economia Rural
da UNESP/Jaboticabal.
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CAPÍTULO II DESAFIOS: INCLUSÃO DIGITAL E CONECTIVIDADE
Ao nos debruçarmos sobre os dados da exclusão digital no Brasil, nos deparamos com os
seguintes indicadores:
• A pesquisa TIC Domicílios 2012, realizada pelo Comitê Gestor da Internet no
Brasil, publicada em junho de 2013, sobre o uso das Tecnologias de Informação e
Comunicação no Brasil, apontou que, no país, 28,1 milhões de domicílios
possuem computador, porém, 42,8 milhões de pessoas de 45 anos ou mais nunca
usaram a Internet.
• A mesma pesquisa apontou que 74,9 milhões de brasileiros nunca acessaram a
internet. O número equivale a 45% da população.
• A diferença também é grande no uso da Internet entre indivíduos: nas áreas
urbanas é maior (54%) do que na zona rural (18%).
• No Nordeste do país, 69% dos domicílios não possuem computador e, dos 31%
que o possuem, 73% não possuem conexão à internet.
Dentre os motivos identificados para a falta de internet nos domicílios, temos:
• A falta de infraestrutura adequada. A privatização das telecomunicações não
assegurou os investimentos nos municípios de baixo desenvolvimento
econômico e social, mantendo, assim, a exclusão digital nessas regiões;
• O preço da banda larga no Brasil é um dos mais caros do mundo. O País possui
mais de dez milhões de acessos fixos à internet rápida, que pagam, em média, R$
162,00 pelo serviço. De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
(IPEA), o valor é 9,6 vezes maior que no Japão e 24 vezes mais alto em relação
aos EUA.
Para fazer frente a este enorme fosso, o Governo Federal vem, desde 2010, estruturando
o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), que pretende levar o acesso à internet a 90
milhões de brasileiros, em regiões que hoje se encontram completamente à margem do
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processo de inclusão digital, por conta da falta de viabilidade econômica para implantação
de projetos.
Um Objetivo Nobre, Superior e Comum.
Enfrentar este problema foi o que nos motivou. Em janeiro de 2009, a Fundação
Odebrecht mapeou importantes parceiros estratégicos, com o objetivo de criar uma rede
de tecnologia disposta a apoiar os projetos impulsionados no Baixo Sul da Bahia, e,
transformar a região numa referência para o Brasil.
A interação com importantes empresas do setor de tecnologia, tais como: Cisco, Oi, Dell,
IBM, Oracle e Microsoft, para a apresentação do trabalho realizado pela Fundação,
permitiu a identificação de potenciais pontos de sinergia e alavancagem, que permitissem
criar condições de transferência e geração de conhecimento de ponta para o Baixo Sul.
Em paralelo, foi iniciado o exercício, juntamente com a área de Tecnologia da Informação
da Odebrecht, de análise e avaliação da possibilidade de utilizar o projeto de
Alfabetização Digital, criado em 2005, pela Construtora Norberto Odebrecht, com o
nome de Caia na Rede, cujo objetivo era capacitar em informática os trabalhadores e as
comunidades próximas à obra, ampliando, a partir de parcerias com as organizações
procuradas, seu escopo e alcance.
Consolidamos, em março, os primeiros entendimentos entre Odebrecht, Microsoft,
Fundação Odebrecht, Dell e Oi, firmando um Acordo de Cooperação para implantar o
Caia na Rede em 43 obras da Odebrecht, no Brasil, e nos Projetos Educacionais apoiados
pela Fundação Odebrecht, no Baixo Sul da Bahia, abrangendo também outras Instituições
parceiras.
Assinado o Acordo de Cooperação, iniciamos o projeto em junho de 2009. Os resultados
alcançados nos mostraram, de forma particular, que, no caso do Baixo Sul da Bahia, era
necessário ter uma maior participação das empresas provedoras de internet, pois a
conectividade, quando ocorria era ruim (funcionando por rádio ou satélite). Além do
mais, poucas áreas possuíam sinal e conexão. Neste sentido, comprometemos a Telebrás,
por meio do Plano Nacional de Banda Larga. Sem uma política pública que priorize essa
questão, não será possível pôr fim à exclusão digital nas comunidades rurais do Baixo Sul
e do Norte e Nordeste brasileiros como um todo.
Desse compromisso mútuo nasceu o macro objetivo do projeto Caia na Rede: explorar a
vontade dos indivíduos para desenvolver suas potencialidades, tornando-os pessoas de
conhecimento que, conseguem, por meio da tecnologia, abrir uma janela para o mundo,
acessando informações e conteúdos relevantes, de modo a estruturar seus negócios e
contribuir com o desenvolvimento social e econômico das suas comunidades.
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Conscientes do grave problema de exclusão digital no Brasil, procuramos combinar
esforços para construir uma oportunidade efetiva de servir e contribuir, de forma
decisiva, com o desenvolvimento de pessoas e regiões.
Entendemos que na era da informação, a alfabetização digital é elemento de progresso e,
a falta dela, se traduz em exclusão social. O acesso à tecnologia, com orientação
qualificada e disciplinada, pode ser um importante acelerador do processo de mudança na
educação.
O ensino e a aprendizagem podem ser efetivos, não em virtude do uso da tecnologia, mas
por saber aliar as metodologias inovadoras que podem garantir uma formação de
qualidade e encurtar distâncias ao encontrar a combinação adequada entre projetos,
conteúdos e parcerias.
Ao ensinarmos os jovens das regiões rurais a utilizar a tecnologia para melhorar a eficácia
e eficiência dos seus negócios, estaremos construindo uma realidade mais promissora.
A IBM, uma das maiores companhias de TI do
mundo, há quase 100 anos desenvolve inovações e
promove o uso da tecnologia em benefício das
empresas, instituições e da sociedade, com o
objetivo de construir um Planeta Mais Inteligente.
A companhia acredita que o fenômeno da
globalização, que aproxima e conecta pessoas,
representa um imenso potencial para aplicar a
tecnologia no desenvolvimento de um mundo mais
sustentável, com menos desperdício e mais
eficiente.
Neste contexto, a Responsabilidade Social é tratada
pela IBM como Cidadania Corporativa, em que os
negócios, o relacionamento com os investidores e
os valores corporativos estão alinhados aos
impactos ambientais, sociais e econômicos. Desta
forma, a companhia conduz os seus processos de
negócios, desenvolve projetos e realiza parcerias
com a finalidade de colocar a tecnologia a serviço da sociedade.
Parcerias como esta com a Fundação Odebrecht, por meio do Programa Tributo ao
Futuro, que incentiva os jovens a descobrir sua vocação profissional e estabelecer um
compromisso com seu futuro, são fundamentais para a sociedade. O nosso planeta
precisa de iniciativas visionárias como esta que colocam em prática atitudes para
alavancar o progresso.
Ricardo Pelegrini- Vice Presidente de
Indústrias e Iniciativas Estratégicas – IBM.
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O problema da conectividade
Os municípios do Baixo Sul ainda carecem de investimentos na área de tecnologia, uma
vez que ainda é muito nítida a existência de um abismo que os coloca em patamares muito
distantes dos identificados atualmente como tecnologicamente desenvolvidos, do ponto
de vista da conectividade e, principalmente, quanto ao nível de inclusão e domínio do uso
das tecnologias digitais para resolução de problemas em suas atividades cotidianas.
Para exemplificar melhor esta questão, destacam-se dados do Censo 2010, realizado pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas – IBGE. Apenas 2,91% dos lares têm
conexão à Internet. Os dados apontam que, quando somados os sete principais
municípios da região (Valença, Ituberá, Camamu, Cairu, Taperoá, Nilo Peçanha e
Igrapiúna), chegam ao número de 6.189 computadores conectados à rede. A título de
comparação, esse dado é inferior ao de um único município, como Santo Antônio de
Jesus, situado no Recôncavo Baiano, que possui 7.114.
As causas para existência desta problemática, por suposto, estão vinculas ao baixo poder
aquisitivo da maioria da população local que inviabiliza a contratação dos serviços dos
provedores locais de Internet, e aquisição de equipamento. A exceção restringe-se
apenas ao uso dos dispositivos de telefonia móveis que, de alguma forma, criam uma
espécie de simulacro da inclusão no contexto do mundo digital.
Exemplo de domicílios ainda muito encontrados no Baixo Sul.
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Em conformidade com as grandes mudanças
que vem ocorrendo no Brasil, no setor de
tecnologia, em paralelo á chegada do Caia na
Rede, nota-se, na região a implantação de
políticas públicas comprometidas com a
democratização das tecnologias, já em curso no
cenário nacional.
Essas políticas têm possibilitado a redução dos
preços dos computadores, celulares e outros
dispositivos, e com isso ampliado
exponencialmente o acesso dos brasileiros aos
recursos tecnológicos. No Baixo Sul o caminho
a ser percorrido ainda é longo, entretanto,
perspectivas positivas se abrem para a
população local, principalmente para os
municípios cuja predominância é rural.
Para exemplificar melhor essa questão, citam-
se o exemplo da inclusão de Presidente
Tancredo Neves, entre os 100 primeiros
municípios brasileiros contemplados no Plano Nacional de Banda Larga – PNBL, em
20102; e os municípios de Piraí do Norte e Nilo Peçanha, que em 2012, foram incluídos no
Programa Cidades Digitais. Destaca-se que ambas as conquistas foram apoiadas pela
Fundação Odebrecht.
Plano Nacional de Banda Larga
O Plano Nacional de Banda Larga foi criado pelo Decreto nº 7.175, de 12 de maio de 2010.
O objetivo do Programa é expandir a infraestrutura e os serviços de telecomunicações,
promovendo o acesso pela população e buscando as melhores condições de preço,
cobertura e qualidade. A meta é proporcionar o acesso à banda larga a 40 milhões de
domicílios brasileiros até 2014 à velocidade de no mínimo 1 Mbps.
Em Presidente Tancredo Neves o projeto encontra-se em fase de implantação.
Dados ainda não enviados.
2 O município foi recentemente incluído no Programa Cidades Digitais
Em fase de implantação: Plano Nacional de Banda
Larga em Presidente Tancredo Neves.
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Programa Cidades Digitais
O Programa Cidades Digitais tem o objetivo de modernizar a gestão e o acesso aos
serviços públicos nos municípios brasileiros. Para isso, atua na construção de redes de
fibras ópticas que permitem a conexão entre os órgãos públicos, além de promover o
acesso da população a serviços de governo eletrônico e a espaços públicos destinados ao
uso da internet.
Fruto da parceria entre Ministério do Planejamento, da Telebrás, do Inmetro e do
BNDES, o Cidades Digitais, inclui a instalação de aplicativos de e-gov nas áreas
financeira, de tributação, educação e saúde, bem como a capacitação dos servidores
municipais para o uso e gestão da rede. Além disso, oferta de pontos de acesso à internet
para uso livre e gratuito em espaços públicos de grande circulação, como praças, parques
e rodoviárias.
Os municípios que recebem essa estrutura são selecionados por meio de edital. A
primeira seleção, promovida pelo Ministério das Comunicações, para implantação do
projeto-piloto, foi realizado em 2012 e contemplou 80 municípios.
Em 2013, o Cidades Digitais foi incluído no Programa de Aceleração do Crescimento
(PAC) do Governo Federal, o que assegurou um reforço de R$ 100 milhões no
orçamento de 2013. Nesta segunda etapa, puderam se inscrever cidades de até 50 mil
habitantes, distantes até 50 km do backbone (rede principal) da Telebrás ou que tenham
compromisso firmado com operadoras privadas para conexão à internet.
A rede das Cidades Digitais é composta por um anel de fibra óptica que interliga os
órgãos públicos locais. Empresas integradoras, contratadas por meio de pregão
eletrônico, são responsáveis pelo fornecimento de equipamentos, serviços de instalação,
suporte técnico e capacitação da administração municipal.
Programa Cidades Digitais é implantado em Piraí do Norte-BA.
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Os municípios de Piraí do Norte e Nilo Peçanha foram os primeiros, no Brasil, a implantar
o Programa. Em Piraí, o processo encontra-se num estágio bem avançado. A cidade conta
com 12 pontos disponibilizados para os órgãos públicos e 2 praças com acesso livre à
internet, num raio de 300 m/cada. A velocidade disponibilizada para as praças foi 2 Mb
dedicado e 11 Mb para os órgão públicos.
Em Nilo Peçanha, a implantação dos equipamentos já foi
finalizada, o processo de licitação para instalação do link
de internet encontra-se em andamento. O município
definiu 15 pontos de acessos governamentais, e 1 ponto
de acesso ao público (praça municipal). Ambos com
velocidade de 16 MB. O acesso gratuito à rede de
internet wi-fi para a população será viabilizado após a
contratação dos serviços.
Com a conclusão dessa fase, e após a liberação do Ministério das Comunicações para o
uso de softwares de gestão, será realizada a capacitação dos servidores que utilizarão os
softwares em suas rotinas de trabalho, nas áreas: financeiras, de tributação, educação e
saúde.
A partir da formação de alianças com importantes setores da sociedade, numa lógica de
governança, estão sendo criadas as condições necessárias, possíveis e desejáveis à
construção de um mundo rural alicerçado pela tecnologia, capaz de compartilhar valor e
conhecimento com as pessoas, e gerar riquezas.
“A nossa comunidade
será beneficiada com a profissionalização da comunicação. Esse é um grande avanço”.
Carlos Azevedo, Prefeito de Nilo
Peçanha-BA.
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CAPÍTULO III
CAIA NA REDE: DE PROJETO A PROGRAMA
O Caia na Rede além de contribuir para o
fortalecimento do capital social associa-se a novas
oportunidades de geração de trabalho, a partir da
qualificação de serviços no setor de tecnologia,
incentivando a apropriação dos recursos
tecnológicos como um meio para mudar a realidade
local.
Esse entendimento foi construído no período em
que sua gestão foi assumida pelo Instituto de
Desenvolvimento Sustentável do Baixo Sul da
Bahia (IDES), desde 2011, quando o projeto Caia na Rede teve seu escopo e alcance
ampliados, influenciando do ponto de vista estratégico, a alteração do seu status, de
projeto, para Programa, por integrar sinergicamente as seguintes linhas de atuação e
objetivos:
Linhas de Ação Objetivos Específicos Investidor
1.
Alfabetização Digital /
Tecnologias no mundo
rural
Transferir noções básicas de computação,
permitindo ao usuário as habilidades essenciais
para interagir no mundo digital.
Ampliar o uso das tecnologias digitais e
melhorar as condições de conectividade em
áreas rurais.
Microsoft/
Semp Toshiba
2. Aluno Monitor Formar multiplicadores em informática para
atuarem nas escolas.
Microsoft/
Instituto
Crescer
3. Aprender em Parceria /
Crescer em Rede
Qualificar professores para o uso das
tecnologias digitais nas escolas.
Microsoft/
Instituto
Crescer/NET
4.
IT Essentials (Programa
Cisco Networking
Academy)
Formar profissionais aptos a prestarem serviços
de instalação de sistemas operacionais,
montagem, manutenção e gestão de redes de
computadores.
Cisco
Systems/IDES.
Contribuir com a transformação da educação, ampliando o acesso ao conhecimento, à colaboração em rede e a disseminação de novos conteúdos, estímulo à pesquisa e a inovação e a criação de oportunidades de trabalho e renda.
Objetivo do Programa Caia na Rede, No Baixo
Sul da Bahia.
22
5. Caia na Rede –
Organização Odebrecht
Orientar a implantação do Caia na Rede em
iniciativas sociais apoiadas pela área de
Responsabilidade Social de Empresas da
Organização Odebrecht.
Fundação
Odebrecht/
IDES.
6. Regularização de
Softwares
Assegurar a regularização de softwares
(Windows/Office) das Organizações da
Sociedade Civil que integram o PDCIS, e das
iniciativas sociais apoiadas por Empresas da
Organização Odebrecht.
Microsoft /
Fundação
Odebrecht/
IDES.
Com a nova configuração do Programa, cada linha de ação assumiu um enfoque
diferenciado, tais quais:
Enfoque Diretrizes Interface/Tecnologia
Empresarial Odebrecht
1. Social/Comunitário
Democratização do acesso às tecnologias
da informação e da comunicação para
comunidades com baixo índice de
desenvolvimento.
Sobrevivência
2. Educacional
Qualificação de profissionais da educação
e de jovens multiplicadores para o uso
adequado das tecnologias na educação
(convergência com políticas públicas
educacionais)
Crescimento
3. Produtivo
Qualificação profissional para o mercado
de trabalho (geração e incremento de
renda). Perpetuidade
Consolidação de tecnologia social para
disseminação em outras organizações.
• Público impactado
O Programa Caia na Rede promove o acesso ao mundo digital a adolescentes, jovens e
educadores do Baixo Sul, na Bahia, visando à melhoria dos índices educacionais e, a
apropriação dos recursos tecnológicos pelas comunidades. Nessa direção já conseguiu
atender mais de 4.600 pessoas, e fortalecer iniciativas que envolvem o uso das
tecnologias, em toda a região e fora dela.
23
A) Pessoas Físicas
Desde 2009, mais de 4.631 pessoas já foram impactadas, conforme demonstrativo a
seguir:
• Distribuição por projetos
895 984
1091
1311
350
2009 2010 2011 2012 2013
895 973
1091 1202
302
0 11 0 0 0 0 0 0 87
34 0 0 0 22 14
2009 2010 2011 2012 2013
Alfabetização Digital Aluno Monitor Aprender em Parceria IT Essentials
24
Cada linha de ação passou a exigir uma abordagem diferenciada dos aspectos que
envolvem o ensino e, sobretudo, as expectativas de resultados para cada segmento de
público a ser trabalhado. Nesse sentido, observando as dinâmicas das turmas, e os
resultados decorrentes de cada ação, foram delineados os seguintes perfis:
Linhas de Ação Públicos
1. Alfabetização Digital /
Tecnologias no mundo rural
Pessoas, de qualquer idade, com pouca familiaridade com o
uso do computador.
2. Aluno Monitor Jovens estudantes de escolas públicas.
3. Aprender em Parceria /
Crescer em Rede
Educadores em ambientes formais e/ou não formais,
Gestores de Unidades de Ensino ou Coordenador
Pedagógico.
4. IT Essentials Estudantes de Ensino Médio/ Graduandos em TI
5. Caia na Rede – Organização
Odebrecht
Projetos sociais apoiados pelas áreas de Responsabilidade
Social das empresas da Organização Odebrecht.
6. Regularização de Softwares Projetos sociais apoiados pelas áreas de sustentabilidade
das empresas da Organização Odebrecht/ Apoio PDCIS.
B) Pessoa Jurídica
Organizações do PDCIS
1. Associação Guardiã da APA do Pratigi (AGIR)
2. Associação para Produção Sustentável (APS)
3. Casa Familiar Agroflorestal do Baixo Sul da Bahia (CFAF)
4. Casa Familiar das Águas do Baixo Sul da Bahia (CFA)
5. Casa Familiar Rural de Igrapiúna (CFRI)
6. Casa Familiar Rural de Presidente Tancredo Neves (CFR PTN)
7. Casa Jovem (CJ)
8. Centro de Formação Profissionalizante Construir Melhor (CM)
9. Cooperativa de Produtoras e Produtores Rurais da APA do Pratigi (COOPRAP)
10. Cooperativa dos Produtores de Amido de Mandioca do Estado da Bahia
(COOPAMIDO)
11. Cooperativa dos Produtores de Palmito do Baixo Sul da Bahia (COOPALM)
12. Cooperativa Mista de Pescadores, Marisqueiros e Aquicultores do Baixo Sul da Bahia
(COOPEMAR)
13. Instituto de Desenvolvimento Sustentável do Baixo Sul da Bahia (IDES)
14. Instituto Direito e Cidadania do Baixo Sul da Bahia (IDC)
15. Organização de Conservação de Terras do Baixo Sul da Bahia (OCT)
16. Tiro de Guerra de Valença-Ba
25
17. Escolas da Rede pública de Ensino
18. Escola Dr. José Andrade Soares (Valença)
19. Colégio Estadual Manoel Hermínio Silva (Valença)
20. Escola Marechal Costa e Silva (Valença)
21. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano - IFBA (Valença)
22. Escola Municipal Maria Amélia (Ituberá)
23. Celina Pinheiro Gomes (Nilo Peçanha)
24. Escola Municipal Domingos Mucugê (Piraí do Norte)
25. Edson Ramos de Almeida (Ibirapitanga)
26. Escola Maria Lima Moreira (Igrapiúna)
27. Colégio Estadual Casa Jovem (Igrapiúna)
28. Escola Municipal Casa Jovem (Igrapiúna)
29. Escola Municipal Ana Nery (Presidente Tancredo Neves)
Empresas do Baixo Sul
30. Faculdade Zacarias de Góes - FAZAG
31. Antônio Charlys Leite Menezes & Cia Ltda.
32. Vinícius Modas –- Valença - BA
33. Companhia Valença Industrial
34. Toni Informática
Projetos Sociais apoiados por Empresas da Organização Odebrecht
35. Odebrecht Infraestrutura - Consórcio Sistema BA 093
36. Odebrecht Transport - Concessionárias Rota das Bandeiras e Bahia Norte
37. Odebrecht Ambiental – Foz Jaguaribe
38. Odebrecht Engenharia Indústria – ETH/Brenco
26
C) Amplitude do Programa Caia na Rede no Baixo Sul
IMPACTO SOCIAL
Pessoas: 4.631 pessoas
Organizações: 34
Municípios: 11
Comunidades: 161
27
CAPÍTULO IV
COMPARTILHANDO APRENDIZADOS
O Instituto de Desenvolvimento Sustentável do
Baixo Sul da Bahia – IDES foi responsável, em
2009, pela implantação do Projeto Caia na
Rede, no Baixo Sul. Entre 2010 e 2011, o
projeto foi gestado de forma compartilhada
entre as Casas Familiares Rurais de Presidente
Tancredo Neves (CFR-PTN), de Igrapiúna
(CFRI) e a Agroflorestal (CFAF), em Nilo
Peçanha. Para efeito de consolidação dos
resultados referente ao período citado, foi
sistematizada a publicação Uma Janela para o
Mundo: o desafio da Inclusão Digital em Áreas
Rurais.
Em 2011, a Semp Toshiba aderiu ao Programa
Tributo ao Futuro, viabilizando a aquisição de
105 notebooks para fins educacionais,
destinados aos adolescentes e jovens oriundos
de áreas rurais em formação na Casa Familiar Rural de Presidente Tancredo Neves e, em
2012, outros 40 notebooks foram destinados para os estudantes do Centro de Formação
Profissional Construir Melhor. Em 2013, foi viabilizada a aquisição de 105 computadores
para implantação de laboratórios de informática no Tiro de Guerra e em outras escolas e
associações do município de Valença, por intermédio do IDES.
A parceria com a Semp Toshiba criou uma ambiência favorável à ampliação do escopo do
Caia na Rede, convergindo com outras linhas de ação já em andamento, a exemplo do
curso de Alfabetização Digital, Aprender em Parceria e IT Essentials.
Em 2012, com a gestão do Projeto retomada pelo IDES, o mesmo assumiu o status de
Programa, por integrar ações específicas, que exigiam públicos segmentados. Esse
período foi marcado pela sua expansão para novas comunidades rurais e urbanas,
principalmente do município de Valença.
Para acessar:
http://www.tributoaofuturo.com.br/todosjuntos/Fr
um%20de%20Conhecimento/EDUCA%C3%87%C3%8
3O%20E%20CIDADANIA/Livro%20Caia%20na%20Re
de%202011.pdf
28
Tal qual foi feito com a experiência de implantação do curso de alfabetização digital no
biênio 2010/2011, e, face ao volume de fatos e dados gerados pelo Programa Caia na
Rede no período de vigência do Acordo de Cooperação com a Semp Toshiba (2011-2013),
chegou-se ao entendimento que é necessário garantir que o legado do Programa seja
perpetuado e difundido entre pessoas e organizações que reconhecem nas tecnologias e
nas ciências, importantes vetores para impulsionar processos sinérgicos de
desenvolvimento, integrando as dimensões social, humana, ambiental e econômica.
O olhar sobre os ganhos, as oportunidades e os impactos decorrentes do Programa Caia
na Rede inspirou novamente a organização de novos documentos que além de ressaltar o
enfoque contributivo ao cenário do Baixo Sul, servirá como norteador em casos de
replicação em outros ambientes.
Como referencial metodológico e estruturante desse trabalho, optou-se pela prática da
Sistematização, compreendida como:
Um processo permanente, cumulativo, de criação de conhecimentos a
partir de nossa experiência de intervenção numa realidade social,
como um primeiro nível de teorização sobre a prática. (...) representa
uma articulação entre teoria e prática (...) e serve a objetivos dos dois
campos. Por um lado (...); de outra parte (...) aspira a enriquecer,
confrontar e modificar o conhecimento teórico atualmente existente,
contribuindo para convertê-lo em uma ferramenta realmente útil para
entender e transformar nossa realidade. ANTILLÓN (1991)3
Esse processo de busca tornou possível:
Compreender profundamente as experiências realizadas no âmbito do Programa
Caia na Rede;
Compartilhar com outras práticas semelhantes os ensinamentos decorrentes da
experiência realizada no Baixo Sul da Bahia;
Conduzir à reflexão teórica dos conhecimentos surgidos ao longo da execução do
projeto (práticas sociais concretas);
Melhorar a prática, a intervenção, a partir do que ela mesma nos ensinou ao londo
dos 04 anos de execução do Programa.
3 Como entendemos la Sistematización desde una Concepción Metodológica Dialéctica? Documento para discusión. IMDEC-ALFORJA,
Guadalajara, 1991.
29
Nesse sentido, ao longo de 2013, o IDES, apoiado pela Semp Toshiba, produziu
conteúdos didáticos para apoiar os professores do Baixo Sul a superarem as dificuldades
de lidar com a tecnologia, e a utilizem em sala de aula, foram eles:
1) Alfabetização Digital - Caderno do Professor
Adaptação e revisão dos Conteúdos Educacionais
Microsoft, objetivando orientar educadores da rede
pública de ensino, na condução de cursos básicos de
informática.
2) Guia Crescer em Rede
Elaborado em parceria com o Instituto Crescer e com
o apoio da NET Educação. O guia destinado à
qualificação de professores das redes públicas, com
foco no uso adequado das tecnologias digitais em
sala de aula.
Para 2014 e os anos seguintes, espera-se que os
professores potencializem seu método de ensino,
permitindo que crianças e adolescentes
desenvolvam suas habilidades e competências, e
construam uma aprendizagem significativa nas
diversas áreas do conhecimento.
Para isso, as ações serão executadas em consonância
com políticas públicas educacionais, em 06
municípios do Baixo Sul (Valença, Ibirapitanga,
Igrapiúna, Ituberá, Nilo Peçanha e Piraí do Norte),
por considerar fundamental a tecnologia como uma
opção estratégica para a melhoria dos indicadores de
qualidade da educação.
Para acessar:
http://www.tributoaofuturo.com.br/multimidi
a/Outros/GUIA%20CRESCER%20EM%20RED
E.pdf
Para acessar:
http://www.tributoaofuturo.com.br/multimi
dia/Outros/LIVRO%20ALFABETIZAÇÃO%2
0DIGITAL.pdf
30
CAPÍTULO V
PROGRAMAS EXECUTADOS
Diferentemente dos projetos sob a
responsabilidade das empresas da Organização
Odebrecht, a execução do Caia na Rede, na
Fundação, e, em parceria com o Instituto de
Desenvolvimento Sustentável do Baixo Sul -
IDES, foi assumindo novos formatos e
atualmente é considerado um Programa, que
integra vários projetos que aliam as novas
tecnologias à educação e à ações focadas no
desenvolvimento sustentável.
Do ponto de vista humano, constitui-se enquanto desafio, qualificar as pessoas
(monitores/educadores) para que saibam potencializar o uso da tecnologia, explorando
suas diversas possibilidades para melhorar a construção dos seus planos de aulas,
tornando o conhecimento mais acessível aos jovens da região. Quase todas as escolas
públicas já possuem computadores, mas estão sem uso, ou porque as escolas não têm
estrutura adequada, ou porque os professores não possuem nenhuma intimidade com a
tecnologia. Nesse contexto, a participação da Microsoft tem sido estratégica, em razão
dos cursos que desenvolveu (Alfabetização Digital, Aprender em Parceria e Aluno
Monitor) e, que permitem uma melhoria significativa do uso da informática nas escolas.
Com o funcionamento dos laboratórios do Caia na Rede estamos conseguindo resultados
expressivos. A tecnologia combinada à educação vem permitindo: um maior e mais
rápido acesso a informação; uma pesquisa mais qualificada de conteúdos, que pode fazer
a diferença para o jovem da zona rural, sobretudo com o acesso aos temas relacionados ao
agronegócio; um maior intercâmbio de informações e experiências, que pode resultar na
solução de problemas e na construção de oportunidades; o uso racional de ferramentas
(planilhas eletrônicas, análises gráficas, etc.) que contribuem com o planejamento e o
acompanhamento da produtividade e rentabilidade dos empreendimentos rurais.
“Já fui aluna dos cursos do Caia
na Rede, agora passei a ser monitora. Sinto-me vitoriosa ao passar o que aprendi e vivenciei para outros jovens. Estou muito feliz ministrar aulas em um dos laboratórios desta iniciativa social que a região tanto necessita”.
Elisangela da Silva Santos
Monitora do Projeto Caia na Rede
31
PROJETOS:
Alfabetização Digital
Aluno Monitor
Parceiros na Aprendizagem Aprender em Parceria
Oficina de Criação Digital
Empresa Líder no setor de tecnologia,
fundada em 1975, por Bill Gates, tem como
missão “ajudar pessoas, empresas e
parceiros a atingirem todo o seu potencial.
32
ALFABETIZAÇÃO DIGITAL
O curso de Alfabetização Digital, concebido pela Microsoft, objetiva ensinar os
conhecimentos e aptidões básicas de computação para utilização das novas tecnologias e
identificação de novas oportunidades sociais e econômicas, tanto nos planos pessoal e
profissional como nos âmbitos familiar e comunitário.
Jovens no curso de alfabetização digital, na Casa Familiar Rural de Igrapiúna.
Independentemente do grau de familiaridade ou
experiência em computação, este projeto contribui
para que qualquer pessoa adquira os conhecimentos
básicos da computação, desde o uso da Internet até o
envio de um e-mail ou a criação de um texto ou
apresentação, criação de blogs / fotologs, uso de
sites de busca e criação de homepages.
O Alfabetização Digital ajuda os usuários a
desenvolver habilidades mínimas para adquirirem familiaridade e confiança na
computação. O projeto consiste em 20 horas de treinamento (uma hora de aula, duas
vezes por semana) com avaliações e um teste final de certificação.
Ensino de noções básicas de computação, permitindo ao usuário construir as habilidades essenciais para interagir no mundo digital.
Objetivo do Alfabetização Digital
33
É através do Alfabetização Digital que o usuário de informática aprende a manusear o
computador, acessar a internet, adquire noções sobre arquivos, programas, hardware, e-
mail e outros recursos. Por se tratar de um curso de noções básicas, é considerado a porta
de entrada para os cursos de aprofundamento em tecnologia, tanto os oferecidos pela
Microsoft quanto por outros parceiros.
1) Conteúdo programático
Noções Básicas Sobre o Computador
No mundo moderno, a computação se tornou parte integrante do nosso cotidiano.
Músicas, fotos, operações bancárias, comunicações, todas essas atividades, hoje
executadas no computador, modificaram nossa maneira de viver e de trabalhar. Este
módulo do programa apresenta as noções básicas da computação, explica os
componentes de um computador, explora os princípios do sistema operacional e mostra
como usar o mouse e o teclado.
Conteúdos Competências Técnicas
Introdução à computação
Terminologia geral de computação
Recursos e desempenhos do computador
Sistemas operacionais do computador
Oportunidades de trabalho
Descrever a função dos computadores, seus
componentes e como trabalhar com eles.
Definir a terminologia geral de computação.
Explicar os tipos de computadores, os
programas e os problemas de desempenho.
Explicar os conceitos principais relacionados
aos sistemas operacionais do computador.
Identificar oportunidades de trabalho em
áreas em que computadores podem ser
usados.
Programas de Produtividade
Existem, atualmente, centenas de aplicativos de softwares disponíveis. Este módulo
explora os aplicativos utilizados com mais frequência nos negócios, na educação e em
casa. Ele ensina a escolher o software mais indicado para cada tipo de projeto. Os
usuários aprendem os princípios básicos de processamento de texto, planilhas de
cálculos, softwares de apresentação e bancos de dados.
Conteúdos Competências Técnicas
Introdução aos programas de produtividade
Comandos e recursos comuns
Introdução aos processadores de texto,
editor de planilhas, apresentações
Introdução aos programas de banco de
dados
Descrever a funcionalidade dos programas
comuns no Microsoft Office 2010.
Identificar os recursos e os comandos
compartilhados por programas de
produtividade.
Usar um processador de texto, editor de
planilhas e programas de apresentação.
Criar e armazenar informações em um
banco de dados.
34
A Internet e a World Wide Web
A internet conecta pessoas, informações e recursos em todo o mundo. O curso mostra
como se conectar à internet, procurar páginas da Web, navegar pelos sites, usar
mecanismos de pesquisa e trocar mensagens de e-mail com outras pessoas.
Conteúdos Competências Técnicas
A Internet
A Word Wide Web
Usando e-mail
Outros métodos de comunicação na
Internet
Explicar os conceitos básicos relacionados à
Internet.
Explicar o conceito da Web e identificar
seus componentes.
Explicar como usar o correio eletrônico para
se comunicar pela Internet.
Descrever outros métodos de comunicação
pela Internet.
Segurança e Privacidade
É muito simples utilizar um computador com toda segurança e privacidade, desde que se
saiba como fazê-lo. O curso facilita a identificação dos principais riscos e ameaças à
segurança e privacidade, de modo a aprender a evitá-los e adquirir mais confiança no uso
da computação.
Conteúdos Competências Técnicas
Introdução à segurança e privacidade do
computador
Protegendo sua família contra as ameaças
de segurança
Como manter seu computador seguro e
atualizado
Ética na informática
Explicar sobre segurança e privacidade do
computador e identificar os tipos de
ameaças do computador.
Identificar os diversos métodos para
proteger seu computador contra ameaças.
Explicar os bons hábitos de trabalho usados
para aprimorar a segurança e privacidade de
seu computador.
Explicar as configurações e opções que
ajudam a manter o seu computador seguro.
Identificar os desafios éticos básicos que o
computador e a Internet apresentam aos
usuários.
35
Estilos de Vida Digitais
Telefones celulares, MP3, câmeras digitais, computadores, estes e tantos outros
dispositivos estão trazendo grandes modificações ao nosso cotidiano. O módulo
apresenta as novas tecnologias digitais, incluindo as de áudio, vídeo e fotografia. Ele
explora como essas e outras tecnologias da computação estão criando novas
oportunidades de trabalho e moldando o mundo em que vivemos.
Conteúdos Competências Técnicas
A experiência digital
Introdução ao áudio, vídeo e fotografia
digital
Aproveitando a mídia digital no computador
Tecnologia digital e oportunidades de
trabalho
Explicar a função da tecnologia digital em
nosso cotidiano.
Explicar os conceitos e recursos básicos do
áudio digital.
Explicar os conceitos e recursos básicos do
vídeo digital.
Explicar os conceitos e os recursos básicos
da fotografia digital.
Explicar como aproveitar a mídia digital em
um computador.
Identificar as diferentes oportunidades de
carreira que se tornaram disponíveis com os
computadores.
Dominar a tecnologia é essencial para que todos os
indivíduos passem a fazer parte da sociedade do
conhecimento. O domínio da informática e da
internet abrem portas para os menos favorecidos
economicamente.
Uma mudança tão abrangente não se faz
rapidamente - nem pode ser uma iniciativa isolada
de um setor ou segmento da sociedade. A união da
administração pública, nos seus diversos níveis, da
iniciativa privada e de ONGs é a base para o sucesso
da virada educacional que o Brasil precisa realizar.
Cabe às empresas de tecnologia trabalhar para
encontrar soluções e ferramentas para transformar
a educação. A educação de alta qualidade
representa o alicerce do sucesso das nações.
Michel Levy - Ex-Presidente da Microsoft Brasil,
e atual Diretor do Grupo Saraiva.
36
2) O Alfabetização Digital no Baixo Sul
Na condição de uma experiência piloto o Alfabetização Digital trouxe ao Programa Caia
na Rede uma série de aprendizados, uma vez que a realidade do Baixo Sul tinha um
grande potencial para o crescimento do Projeto, face aos dados alarmantes índices de
exclusão digital, em áreas rurais.
Tal conjuntura exigiu um reposicionamento do ponto de vista metodológico, tendo em
vista que o público, em sua maioria, era composto por pessoas oriundas de áreas rurais,
com déficits de leitura e interpretação de textos; residentes de localidades distantes dos
centros urbanos, e por consequência de outros locais de acesso às tecnologias.
Somado a isso, constatou-se que os conteúdos da Microsoft possuíam um caráter
predominantemente urbano e uma linguagem mais familiar a pessoas com maior
possibilidade de acesso ao computador e maior tempo com essas máquinas disponíveis
para serem praticados os conhecimentos teóricos aprendidos. Além disso, tivemos a
certeza de que a abordagem autoinstrucional, sugerida pela Microsoft, não seria a melhor
opção para o relacionamento com nosso público.
Evolução do Nº de impactados
Os três primeiros anos foram dedicados à ampliação do acesso às tecnologias, por meio
de ações de fomento à inclusão digital. Esse foi o tempo suficiente para identificar os
aspectos a serem ajustados no processo, além de identificar novas frentes de ação
consolidando de forma gradativa, um modelo de ampla aderência às premissas da
Fundação Odebrecht, demais parceiros e, sobretudo, que tivesse como centro a
aprendizagem dos adolescentes e jovens do Baixo Sul.
Nas primeiras turmas foi identificado, ao longo do processo de acompanhamento, que o
curso com duração prevista de 20h, em alguns casos, ultrapassava 50h. Sem a previsão de
conclusão, os jovens se desmotivavam. Sem dúvida, o cenário não era o mais favorável a
uma aprendizagem significativa.
895
973
1091
1202
302
2009
2010
2011
2012
2013
37
Todo o contexto apresentado motivou a coordenação do projeto a realizar um
diagnóstico situacional e, em paralelo, recorrer ao apoio de técnicos e dialogar com os
beneficiários a fim de aprofundar a análise sobre a realidade em questão.
Decidiu-se, então, marcar os testes simulados de avaliação em todas as turmas, com 20
horas ou mais de capacitação, no site da Microsoft. De 162 jovens que realizaram os testes
formulados pela Microsoft, apenas 05 (isso mesmo!) conseguiram ser aprovados. Um
retrato nítido e assustador do nosso problema. Importa destacar que dos o5 aprovados, 03
já tinham algum conhecimento em informática, por terem feito um curso anterior.
3) O que aprendemos nos primeiros anos?
A reflexão sobre os resultados nos levou às seguintes conclusões: 1) A Primeira Metade
da Tarefa Empresarial (o Planejamento) não havia sido realizada; os monitores, embora
técnicos em informática, não possuíam didática para ensinar; muitos não dominavam os
conteúdos da Microsoft (e não se prepararam para ensinar); 2) Na Segunda Metade da
Tarefa Empresarial (a Execução) o resultado, portanto, não podia ser diferente.
Para reverter o quadro diagnosticado, a Fundação Odebrecht montou uma força-tarefa
para iniciar do zero as ações. Mas agora, tendo a Tecnologia Empresarial Odebrecht
como bússola, orientando o planejamento, a execução e o acompanhamento dos
resultados.
Apesar de tudo, foi identificada como uma grande oportunidade, a possibilidade de se
traçar uma abordagem contextualizada para os conteúdos trabalhados, adaptando-os à
realidade local, o que, por sua vez, permitiria aos jovens criarem uma relação de
identificação com as linguagens e códigos próprios da tecnologia, visualizando sua
aplicação no cotidiano, além de terem uma aprendizagem de fato significativa.
38
3.1) Planejamento educacional e revisão do
método
Para atingir maiores e melhores resultados,
concluímos que era necessário estruturar toda a
ação e focar no planejamento pedagógico. Essa
etapa permitiu identificar a melhor forma de
ensinar os conteúdos, a fim de garantir ao público
do Projeto uma aprendizagem significativa e, por
conseguinte, conseguir a aprovação nos testes da
Microsoft4. Diretrizes pedagógicas e rotinas de
trabalho foram definidas para suportar a execução
do projeto.
Considerando as dificuldades com leitura,
interpretação de textos e resolução de cálculos
apresentadas pelos jovens do Baixo Sul, optou-se
por realizar a revisão do método em que se baseava
o Programa. Com isso, ficou evidente que a
proposta autoinstrucional deveria dar lugar à
medição dos conteúdos por um educador, com
competências na área de informática. A figura
deste facilitador, devidamente treinado para
ensinar os conteúdos do curso, foi muito
importante para o êxito que passaríamos a ter.
3.2) Definição de instrumentos de trabalho
Além do aspecto pedagógico, evoluímos também na construção de instrumentos
norteadores para a atuação da equipe, tais quais:
Instrumentos Funcionalidade
Diário de bordo
Instrumento em que o Monitor registra todo o planejamento do curso a ser
executado com uma determinada turma. Nele estão concentrados todos os
planos de aula que orientam a prática cotidiana do Monitor.
Registro de
frequência
Além do planejamento, o Monitor registra a frequência das turmas,
permitindo inclusive avaliação da participação dos alunos em sala.
Avaliações
processuais
Após cada aula os alunos realizam avaliações parciais envolvendo os temas
trabalhados em sala, a fim de que fixem a aprendizagem dos conteúdos.
Para isso, utilizou-se um programa de perguntas e respostas (o Quiz
Maker), ambientando os jovens a espaços virtuais de avaliação.
4 Os participantes, ao final do curso, realizam online um teste na plataforma da Microsoft. Os que
obtiveram 80% de acertos, receberam um certificado de conclusão emitido pela empresa.
O processo educacional é uma via de mão dupla, em que tanto o aluno quanto o professor aprendem. Esse pensamento nos permitiu entender quais são as limitações dos jovens em formação no projeto e, assim, fundamentar um sistema de ensino/aprendizagem adequado à sua realidade.
Frede Bonfim
Coordenador do Caia na Rede no Baixo Sul
39
3.3) Valorização do Papel do Educador no ensino de informática
O principal desafio do educador é o de criar conexões entre a tecnologia, seus termos
técnicos, seus recursos e seus benefícios e o beneficiário do Projeto, fazendo-o entender
o mundo de informações por trás da tecnologia, permitindo que este conhecimento seja
convertido em crescimento pessoal e comunitário.
Entendemos que o profissional que assume esta função, além da experiência e
competência técnica, precisa possuir sensibilidade e destreza para perceber as
oportunidades de aprendizagens das turmas e ter a habilidade em propor resoluções
práticas, que prendam a atenção dos alunos e os incentive a colaborarem na construção
de novos conhecimentos.
3.4) Elaboração e distribuição do material
didático
Diante da dificuldade dos beneficiários do Projeto,
em acessarem materiais didáticos sobre o assunto,
em meio digital, em suas casas, e não encontrarem
laboratórios ou salas de informática em suas
comunidades, para que pudessem, assim, ampliar a
interação com o computador, passamos a produzir
materiais de apoio impressos (textos, atividades de
fixação, etc.), que garantiram a continuidade dos
estudos, mesmo quando o jovem não estivesse no
laboratório do Caia na Rede, nas instituições
apoiadas pela Fundação Odebrecht.
3.5) Abordagem multidisciplinar
A tecnologia no âmbito do Caia na Rede foi
assumida como um espaço de convergência das
diversas áreas de conhecimento. Neste caso, a
diversificação de linguagens (textual, audiovisual,
tecnológica) passou a ser compreendida como um
recurso essencial, utilizado para assegurar uma
abordagem multidisciplinar dos conteúdos de informática.
Por isso utilizamos, de forma sinérgica e complementar, as linguagens abaixo:
A) Textual: aos alunos foram disponibilizados textos alternando gênero e tipologia a
fim de permitir o interesse e o gosto pela leitura, associando-os aos conteúdos
centrais do projeto;
“Eu cheguei à Casa Familiar sem saber nada sobre informática. Foi aqui que eu tive o primeiro contato com o computador. O Caia na Rede me trouxe a possibilidade de entrar no mundo da tecnologia e eu sou muito grata por isso.”
Daniela Assunção – Egressa da Casa Familiar
Rural de Igrapiúna, aluna do curso de
alfabetização, que primeiro atingiu a marca de
100% de acertos no teste da Microsoft.
40
B) Audiovisual: vídeos curtos, coerentes e/ou curiosos, representam um ótimo
recurso para fixação de conteúdo, muitos deles impossíveis de serem explicados
apenas com palavras;
C) Tecnológica: consideramos que a melhor forma de ensinar se dá por meio do
incentivo à prática. Identificamos, assim, como importante e necessário buscar
programas que possam ser utilizados pelos beneficiários do projeto em suas
atividades práticas e cotidianas. No mundo rural, a tecnologia precisa estar a
serviço do empresariamento das atividades agrícolas, contribuindo para a
melhoria da produtividade, qualidade e rentabilidade.
Com esse entendimento, o trabalho passou a ser validado inicialmente na Casa Familiar
Rural de Presidente Tancredo Neves e, aos poucos, foi sendo replicado em outros
ambientes no Baixo Sul.
4) O exemplo da Casa Familiar Rural de Presidente Tancredo Neves
Definir metas claras, objetivas, mensuráveis e desafiadoras no Caia na Rede passou a ser
uma constante a partir do segundo semestre de 2010. Primeiramente, foi definido na
CFR-PTN que, após um trabalho concentrado de 02 meses, entre agosto e setembro,
seria admitido um percentual de, no mínimo, 50% de aprovação.
Em meio aos ajustes no processo, optamos por realizar uma nova sondagem diagnóstica,
e os resultados nos deixavam cada vez mais confiantes de que estávamos no caminho
certo.
O resultado alcançado foi animador! O percentual médio de aprovação das 03 turmas
avaliadas, chegou a 68%, superando a meta prevista, o que permitiu alçar novos voos. Em
dezembro, todos os jovens em formação na CFR-PTN já haviam passado pela avaliação. E
nesta Unidade de Ensino, conseguimos um percentual de 100% de aprovação.
41
Após as ações descritas, chegamos ao final de 2010 com 242 jovens certificados pela
Microsoft, num universo de 292 pessoas avaliadas. Os que não conseguiram atingir ao
percentual de aprovação passaram por aulas de reforço e foram submetidos a novos
testes.
Estávamos diante da efetiva mudança da realidade. Após termos feito o diagnóstico,
pudemos realizar o planejamento adequado. Ao irmos para execução, fizemos o que
estava planejado. Com isso, os resultados apareceram. As dificuldades foram vencidas. É
possível levar a tecnologia e ensinar o seu uso às pessoas que vivem no mundo rural.
Solenidade de certificação da primeira turma do curso de Alfabetização Digital da Microsoft, com jovens de todas
as Casas Familiares Rurais do PDCIS, Tiro de Guerra, e do Centro de Formação Construir, em janeiro de 2011. O
evento contou com a presença da Direção da Microsoft no Brasil.
42
DIRETRIZES PEDAGÓGICAS
Formuladas pela equipe do Projeto no Baixo Sul
As reuniões e os encontros de formação com os Monitores do Projeto serviram para
sensibilizá-los a tomarem consciência da importância do seu papel, o que facilitou o
processo de construção das seguintes diretrizes:
Executar processos educativos de qualidade, focados na inclusão, no
aperfeiçoamento e no desenvolvimento de novas tecnologias, comprometidos
com a emancipação digital dos beneficiários do projeto;
Promover o uso das tecnologias, viabilizando a apropriação e a aplicação dos seus
códigos e linguagens específicas no cotidiano das pessoas;
Conceber a tecnologia como um espaço de convergência e integração de diversas
áreas de conhecimento;
Reconhecer, no âmbito do desenvolvimento tecnológico, a teoria e a prática
como uma unidade indissociável, pois toda tecnologia possui uma ação aplicável
no nosso dia a dia;
Mediar novas formas de diálogo, de construção de saberes e realização de ações
concretas na realidade, a partir do uso das tecnologias;
Fomentar a criação e/ou participação em redes de colaboração e o fortalecimento
de práticas coletivas entre os beneficiários do projeto;
Difundir a pesquisa, a troca e a colaboração na construção de conhecimentos
relevantes para os beneficiários e suas comunidades de origem;
Possibilitar o fortalecimento de laços e vínculos sociais a partir do uso adequado
das tecnologias;
Explorar as potencialidades existentes nas tecnologias, por meio da inovação nas
abordagens dos conteúdos.
43
LIÇÕES APRENDIDAS
Fatores Positivos:
O curso se enquadra à necessidade do público do Baixo Sul. Durante os 4 anos de Caia na
Rede na Microrregião, mais de 4.600 beneficiários foram atendidos o que significa uma
demanda considerável para os laboratórios do Caia na Rede. Conhecer as funções básicas
do computador e usar a tecnologia em prol do próprio usuário é fundamental para
ingresso no mercado de trabalho e o Alfabetização Digital oferece os conhecimento e
práticas básicas para essa capacitação.
Oportunidades de Melhoria:
Apesar da aplicabilidade dos conteúdos do curso, eles foram elaborados para um público
específico: moradores de zonas urbanas que já tenham algum contato com o
computador. Também os conteúdos não podem ser considerados “básicos” em sua
totalidade. A certo ponto do curso, conteúdos mais rebuscados se misturam com
conceitos inicias de computação e tecnologia, dificultando o aprendizado e a condução de
aulas. A carga horária prevista está muito aquém da necessária à assimilação dos
conceitos. Em sua essência, esse curso não pode ser considerado “autoinstrucional”, pois
requer a presença de um conjunto de instrumentos para validação, avaliação, execução,
acompanhamento e controle de aulas e dos participantes.
Penso que este é um grande modelo
educacional, pois transmite a
informação utilizando tecnologias e
métodos capazes de formar pessoas de
conhecimento, que vão liderar suas
comunidades nas áreas rurais
brasileiras. Acredito que, muito em
breve, essa será uma prática possível
de replicação.
Michael Golden –- Ex-Vice Presidente de Educação
da Microsoft Internacional, interagindo com
estudantes do Colégio Estadual Casa Jovem, em
2009.
44
PARCEIROS NA APRENDIZAGEM
A iniciativa Microsoft Parceiros na Aprendizagem foi
lançada mundialmente em 2003 com a missão de promover
a educação por meio do desenvolvimento de parcerias e
colaboração de longo prazo com governos locais (federais,
estaduais e municipais), o que traz como consequência a
aceleração do desenvolvimento socioeconômico do país,
tornando-se assim um compromisso para melhorar a
qualidade da educação.
Com estas ações, as escolas passam a fazer o uso efetivo e relevante da tecnologia –
especialmente na ampliação do acesso e na melhoria da qualidade do ensino-
aprendizagem, apoiando, assim, que alunos e professores atinjam seu potencial pleno
através do uso efetivo da tecnologia no seu dia a dia escolar.
“Auxiliar os alunos e
educadores a alcançarem seu potencial pleno”. Objetivo do Programa Parceiros na
Aprendizagem
ENSINO CENTRADO NA
QUALIDADE DA APRENDIZAGEM
DO ALUNO
45
Estratégia de educação adotada pela Microsoft
O Programa Parceiros na Aprendizagem estimula um processo de formação continuada,
com conteúdo gratuito, tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento e
aperfeiçoamento de professores e alunos de instituições de educação públicas e privadas
de ensino fundamental e médio, no uso das Tecnologias da Informação e Comunicação,
unidas com a vivência prática e o cotidiano da sala de aula integradas ao currículo,
contribuindo com a melhora da qualidade educativa, utilizando-se das premissas básicas
descritas abaixo:
Desenvolver competências – oferecendo conteúdos, currículo e desenvolvimento
profissional.
Promover comunidades de aprendizagem – disponibilizando ambientes de troca
de experiências entre educadores.
Expandir práticas inovadoras – reconhecendo experiências de ensino e
aprendizagem do século XXI.
Visita da Microsoft à Fundação Odebrecht e aos projetos socioeducacionais do PDCIS, em 2009, com a presença de
Michael Golden, à época, Vice Presidente de Educação da Microsoft Internacional.
46
1) Projeto Aluno Monitor
Nada mais de salas de informática abandonadas, equipamentos quebrados e empoeirados
ou alunos que se perdem em meio aos comandos básicos do computador. E basta de
problemas com o suporte técnico para resolver os inúmeros pequenos problemas que
podem surgir diariamente. O ideal é poder encontrar na própria escola quem tenha
interesse e motivação para lidar com os desafios da tecnologia da informática, tomando a
frente dos cuidados com o laboratório de informática da escola.
Ambiente de Aprendizagem Virtual do Aluno Monitor
Considerando a possibilidade supracitada que a Microsoft Educação, a partir da
experiência presencial do Centro de Pesquisas do Laboratório de Tecnologia da
Informação Aplicada (LTIA) da UNESP de Bauru, desenvolveu o Aluno Monitor.
Trata-se de um processo de formação que capacita
alunos nos conceitos básicos de tecnologia, no
gerenciamento do laboratório de informática da
escola e na multiplicação dos conhecimentos. Com
o curso, o aluno torna-se apto a exercer atividades
ligadas à informática desde instalar e desinstalar
programas, solucionar problemas com vírus e
utilizar a Internet, até montar computadores,
arquitetar uma rede e muito mais.
O Aluno Monitor abrange temas como manutenção
de computadores, funcionamento de hardware e software, resolução de problemas em
computadores, instalação, formatação, noções de periféricos, etc. Esse curso dá
“Promover a formação em
conceitos básicos de tecnologia, o gerenciamento do laboratório de informática das escolas e a multiplicação de conhecimentos para educadores e alunos.”
Objetivo do Aluno Monitor
47
oportunidade ao participante de se capacitar para o mundo de trabalho, fornecendo as
habilidades profissionais aplicadas à área de TI, geralmente exigidas pelo mercado.
1ª Turma do Aluno Monitor formada no Programa Caia na Rede, no Baixo Sul da Bahia, em abril de 2010.
O curso Aluno Monitor promove a formação e a qualificação profissional de estudantes
de ensino médio, por meio de uma capacitação técnica para o suporte em infraestrutura
de ambientes com tecnologia. Possui duração de 140 horas, com aulas presenciais e
online.
1.1) Conteúdo Programático – Aluno Monitor
Fase 1 (8h) Fase 2 (16h) Fase 3 (24h) Fase 4 (12h) Fase 5 (40h) Fase 6 (40h)
Primeiros
Passos
Conhecendo o
Computador
Sistemas
Operacionais Redes
Manutenção de
Computadores
Softwares De
Produtividade
MÓDULOS
Iniciando o
curso Conceitos
gerais
Sistemas
operacionais Redes
Mergulhando
no hardware
Introdução ao
Pacote Office
O computador Montagem
externa
Microsoft
Word
Acessando a
internet
Hardware
Instalando
sistemas
operacionais
Solucionando
problemas
Microsoft
Excel Introdução a
educação a
distância
Segurança de
redes A informática
na sociedade Software
Alterando as
configurações
do SO
Manutenção
preventiva
Microsoft
PowerPoint Evolução da
informática
48
A participação no Projeto possibilita a socialização dos participantes, pois um dos
objetivos é tornar o Aluno Monitor um disseminador de conhecimentos entre os demais.
É também uma oportunidade para exercitar o espírito de servir, pois o jovem passa a atuar
na escola, solucionando uma parte significativa dos problemas que ocorrem no dia a dia.
O Aluno Monitor também promove a inclusão digital com alta tecnologia, ao orientar o
uso de produtos versáteis e atualizados, ferramentas e plataforma Microsoft. Como
complemento, aumenta as possibilidades de empregabilidade dos jovens participantes,
abrindo portas para uma futura carreira na área tecnológica.
1.2) Escolas com autonomia
Com o Aluno Monitor, a escola também sai ganhando com a possibilidade de gerenciar
com autonomia o laboratório ou sala de informática utilizar com eficácia os recursos
tecnológicos disponíveis para a melhoria do processo de ensino-aprendizagem.
Além de desenvolver atividades técnicas, o Aluno Monitor traz diversos benefícios para
escola:
• Interage com a equipe gestora sobre as atividades ali desenvolvidas;
• Organiza e gerencia o quadro de horários de utilização da sala de
informática;
• Forma novos Alunos Monitores;
• Auxilia os demais alunos e professores nos projetos que envolvam o uso dos
equipamentos em suas estratégias pedagógicas.
49
2) Oficina de Criação Digital
Professores da rede pública de ensino na Oficina de Criação Digital (Junho/2012).
Com câmeras nas mãos, ideias na cabeça e muita disposição para pôr projetos em ação, a
equipe do Caia na Rede, juntamente com professores de escolas públicas do Baixo Sul,
foram inseridos no treinamento “Oficina de Criação Digital” da Microsoft, como
complemento ao Aprender em Parceria, e deu sequência à formação dos educadores que
conceberam e executaram miniprojetos, utilizando os recursos audiovisuais.
As oficinas pedagógicas, prontas para serem aplicadas nas escolas, propõem atividades
desafiadoras, que contribuirão para valorizar as diversas potencialidades dos alunos,
tornando-os autores e fortalecendo a colaboração e a construção de conhecimento.
Um dos desafios do professor é acompanhar o envolvimento dos alunos com o mundo
digital e ir além: usar estes recursos para tornar suas aulas mais próximas da forma como
os alunos se motivam a aprender.
A Oficina de Criação Digital foi pensada como um meio para ajudar os professores a
incrementarem suas aulas, levando em consideração as possibilidades de articulação do
conhecimento. Assim, em cada oficina, há um roteiro dirigido às atividades que os alunos
devem desempenhar e orientações ao trabalho do professor.
Atualmente, há um novo perfil de usuários da internet. De meros consumidores de
informações disponíveis na rede, tornaram-se também construtores, criadores e
50
divulgadores de conteúdo. Hoje, todos nós podemos produzir materiais e depois
compartilhá-los na internet.
Esta é a web 2.0, ou seja, uma web mais participativa e construída pelos usuários. E ela
pode ser combinada com os parâmetros curriculares estabelecidos no país, que pretende
formar alunos autônomos, participativos e pesquisadores.
Os temas e recursos escolhidos para o professor aplicar com seus alunos foram
cuidadosamente pensados para o desenvolvimento de atividades que possam ser
facilmente integradas ao currículo comum ou aos projetos extracurriculares
desenvolvidos na escola.
São quatro oficinas que mobilizam habilidades diversas dos participantes, na pesquisa,
escrita, produção e colaboração, e incorporam dicas e orientação para o uso de
ferramentas tecnológicas: Redes sociais (Facebook), Campanha de divulgação
(PowerPoint), Transformando informações em conhecimento (Blogs) e Histórias digitais
(Movie Maker).
As oficinas propõem o uso do laboratório de informática como um centro de tecnologia,
onde projetos multimídia possam ser criados, apresentações serem realizadas e projetos
de colaboração com o uso da internet se tornem rotina.
2.1) Apoio aos projetos didáticos
Os recursos foram pensados inclusive para ajudar os docentes a enfrentar as dúvidas mais
comuns na hora de preparar o material usando as ferramentas tecnológicas. Um passo a
passo ao final do material ajuda o professor a desenvolver junto aos alunos atividades
educativas, lançando mão de alguns softwares que na maioria das vezes estão disponíveis
nos computadores das escolas ou na internet.
2.2) Autoria e participação
O prazer de criar e interagir na web, que tanto estimula os alunos a passarem horas
plugados na rede, é um dos motivadores para a utilização deste programa. Com as
oficinas os alunos aliam sua capacidade de interagir à construção de conhecimentos e
formação técnica no uso de ferramentas, o que lhes permite voos mais altos e o exercício
de sua criatividade de forma produtiva. Além disso, a ênfase no trabalho colaborativo
contribui para melhorar os relacionamentos entre colegas. Os conteúdos atuais e
contextualizados à realidade preparam os jovens para a cidadania responsável.
51
3) Aprender em Parceria
O Aprender em Parceria estimula os educadores a refletirem sobre suas vivências e a
desenvolverem ações que convirjam para a integração das tecnologias aos currículos
escolares. Com duração de três meses e composto por seis módulos, possui a seguinte
lógica de funcionamento: o educador selecionado identifica um par de educadores e
juntos multiplicam os conteúdos aprendidos, por meio do planejamento e execução de
projetos pedagógicos com os seus alunos.
O Programa contribui com o planejamento e desenvolvimento de atividades de ensino
que integrem a tecnologia ao currículo escolar, dando ênfase na formação em serviço, e
estimula a colaboração e o intercâmbio de experiências entre os profissionais da
Educação.
O curso Aprender em Parceria faz parte do Programa Microsoft | Parceiros na
Aprendizagem, uma iniciativa mundial da Microsoft que disponibiliza tecnologias e
apoio pedagógico para o desenvolvimento do potencial pleno de gestores, educadores,
estudantes e toda comunidade escolar. É um compromisso para melhorar a qualidade da
educação e ampliar a inclusão digital e social por meio dos recursos tecnológicos
oferecidos pela Microsoft.
O curso Aprender em Parceria parte do pressuposto que a parceria entre professores
permite a troca de experiências de modo efetivo e significativo. Em uma formação por
pares, um docente contribui com seu conhecimento e reflexões, enquanto o parceiro em
formação coloca os desafios e metas que pretende atingir e, em parceria, definem a
melhor maneira de atingi-los.
Juntos, os educadores elaboram estratégias de ensino, especialmente aquelas voltadas
para o uso da tecnologia em sala de aula, sempre contextualizada no âmbito da
pedagogia. Para isso, os professores poderão se basear no conteúdo do curso que estão
dispostos nos módulo, os quais serão apresentados mais adiante.
A metodologia envolve sempre dois pares que devem trabalhar em conjunto. O
profissional mais experiente é capacitado para poder multiplicar o aprendizado, dando
suporte e atuando como mentor de seu par. Em sistema de parceria, elaboram estratégias
de ensino a serem colocadas em prática durante o decorrer do curso.
Professores da primeira turma do curso Aprender em Parceria (Junho/2012).
52
Diante deste contexto, o estudo do conteúdo do curso foi realizado por docentes de
diversas escolas, os quais foram cadastrados no Portal Aprender em Parceria
(www.aprenderemparceria.com.br). Desta forma, cada participante registrado recebeu
um login e senha de acesso, através dos quais puderam acessar o Ambiente Virtual de
Aprendizagem (AVA) disponível pelo Portal, tendo ao seu dispor um rico conteúdo
distribuído em seis (06) fases, descritas a seguir:
3.1) Conteúdo Programático – Aprender em Parceria
Módulos Objetivos
1. Aprender em
Parceria
Explorar a importância de aprender em parceria e organizar um plano
de colaboração para ser implantado na escola.
Refletir e discutir como a tecnologia pode contribuir para que a
prática-pedagógica seja feita de forma mais efetiva.
2. Colaborar é
preciso
Difundir a ideia em grupo e planejar o desenvolvimento do projeto
com o apoio de formulários, fichas e recursos tecnológicos.
Abordar com profundidade questões relacionadas a uma boa
comunicação e ao trabalho em equipe.
3. Da ideia ao
Planejamento
Estimular a definição e o estabelecimento de critérios para avaliação
de uma aula.
Elaborar um roteiro de aula a ser desenvolvido com seus alunos, com
o apoio do Professor-Parceiro.
4. Hora da
Transformação
Aprimorar planos de aula através de orientações e interação com o
professor parceiro.
5. Afinando o Jogo Incentivar a prática e fortalecer a colaboração por meio de
protocolos, ferramentas e desenvolvimento de habilidades.
6. Espírito de
Equipe
Expandir a ideia de colaboração para educadores e alunos da escola e,
quem sabe, de outras localidades, através de relatos de sucesso a
serem publicados em plataformas virtuais.
Planejar estratégias para dar continuidade ao trabalho colaborativo
na escola, de forma que envolva também os alunos.
A formação dos docentes ocorre geralmente em duas modalidades: presencial e a
distância. No Baixo Sul, geralmente são realizados dois encontros presenciais, depois dos
quais, cada participante com o seu respectivo par deu continuidade aos estudos no
ambiente virtual de aprendizagem (AVA) do Aprender e Parceria e realizaram as
atividades propostas.
53
Para que o docente receba o certificado completo de conclusão do curso, são solicitados
os seguintes requisitos: presença nos encontros presenciais, trabalhar em parceria com o
outro docente (pares), fazer todas as atividades propostas no curso e realizar os estudos
dos conteúdos disponibilizados no AVA.
Além da capacitação de pares, o Projeto enfatiza o fortalecimento das habilidades de
colaboração, orientação e comunicação, evidenciando o valor da aprendizagem com as
experiências de outros professores. Também faz parte dos objetivos do Aprender em
Parceria colaborar com diretores e coordenadores das instituições de ensino dos
participantes para garantir que a capacitação seja parte do plano de desenvolvimento
profissional da escola.
54
LIÇÕES APRENDIDAS
Essa análise começou a reforçar, na coordenação do Caia na Rede, o entendimento que
embora relevantes, as ações realizadas até então tendem a ter seu impacto reduzido.
Começa assim a ideia de construir uma estratégia que possa ser articulada no contexto de
uma política pública de educação, deixando de ser executada de forma isolada.
Fatores positivos Oportunidades de Melhoria
Ofi
cin
as d
e C
riaç
ão D
igit
al Realização do treinamento em
consonância com o Programa Aprender
em Parceria, reunindo 12 educadores,
de 08 instituições de ensino do Baixo
Sul.
Professores motivados e identificando
oportunidades de utilização das
tecnologias em sala de aula em suas
Unidades de Ensino.
Baixa adesão do público ao Aprender em
Parceria, formado por 60 pessoas
(considerando os 30 pares em formação).
Ap
ren
de
r e
m P
arce
ria
Formação de 121 professores de 14
escolas públicas, de 07 municípios do
Baixo Sul, com a perspectiva de
impacto indireto de cerca de 2.400
alunos da rede pública.
Curso elaborado na medida para o
profissional da Educação (tanto na
prática didática quanto na
administrativa das escolas).
Baixo índice de professores concluintes no
curso. Apenas 34% concluíram com 100%
de aproveitamento do curso.
Baixo impacto nas escolas trabalhadas.
A maioria dos professores que
participaram do treinamento precisariam
ter passado antes por um curso básico de
informática.
Alu
no
Mo
nit
or
Oferece linguagem didática e acessível.
Contém animações amigáveis, aborda
os conceitos mais presentes do
cotidiano do profissional de TI.
Marcou o início de uma relação
institucional com o Instituto Crescer.
As animações não possuem áudio. Os
tópicos já estavam ultrapassados
(discussões sobre sistemas operacionais
antigos).
Os 10 monitores que atuavam à época no
projeto, por falta de disciplina nos estudos
em ambientes virtuais, não concluíram o
curso.
55
REGULARIZAÇÃO DE SOFTWARES
1) Doação 01 (2009-2012)
No decorrer do processo de desenvolvimento do Caia na Rede, percebeu-se que, além
do cenário de exclusão digital, outro problema precisava ser combatido: o uso de
softwares pirateados, uma rotina no Baixo Sul, verificada desde 2000.
A instalação de softwares originais nos computadores do Caia na Rede, bem como das
instituições ligadas ao PDCIS, iniciada em 2010, é outro resultado efetivo, conquistado
com a importante parceria da Microsoft que, em 2009 doou 1.600 licenças (800 do Office
e 800 Windows).
Até o momento, 628 computadores foram regularizados, sendo 406 pertencentes às
Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) e Cooperativas apoiadas
pela Fundação Odebrecht, representando um valor R$ R$ 820.570,00, e outros 222, para
Projetos Sociais apoiados pela área de Responsabilidade Social de Empresas e Contratos
da Odebrecht (Consórcio Sistema BA 093/Odebrecht Infraestrutura; Foz do Brasil;
ETH/BRENCO) e Concessionária Rota das Bandeiras, representando R$ 450.216,00.
Office Windows
1 16 16 R$ 32.448,00
2 7 7 R$ 14.196,00
3 25 25 R$ 50.700,00
4 7 7 R$ 14.196,00
5 25 25 R$ 50.700,00
6 21 21 R$ 42.588,00
7 35 35 R$ 70.980,00
8 26 26 R$ 52.728,00
9 7 7 R$ 14.196,00
10 5 5 R$ 10.140,00
11 7 7 R$ 14.196,00
12 3 3 R$ 6.084,00
13 6 6 R$ 12.168,00
14 120 120 R$ 243.360,00
15 7 7 R$ 14.196,00
16 3 3 R$ 6.084,00
17 4 4 R$ 8.112,00
18 80 82 R$ 163.498,00
404 406 R$ 820.570,00
Associação Guardiã da Apa do Pratigi (AGIR)
Instituto Direito e Cidadania (Nilo Peçanha)
Associação para a Produção Sustentável (APS)
Casa Jovem
Casa Familiar das Águas (CFA)
Casa Familiar Rural Agroflorestal (CFAF)
Casa Familiar Rural de Igrapiúna (CFRI)
Casa Familiar Rural de Presidente Tancredo Neves(CFR-PTN)
COOPALM
COOPEMAR
COOPRAP
Instituto Direito e Cidadania (Unidade PTN)
Instituto Direito e Cidadania (Camamu)
Licenças Valor Total BENEFICIÁRIO: Instituições do PDCIS
COOPAMIDO
Instituto de Desenvolvimento Sustentável (IDES)
Núcleo de Contabilidade (PDCIS)
Organização para Conservação de Terras (OCT)
Segurança Empresarial (Apoio PDCIS)
56
2) Doação 02 (2013- 2015)
Um novo aporte de doações de licenças dos Programas da Microsoft foi solicitado, com o
mesmo quantitativo feito em 2009 (800 licenças do Windows / 800 licenças do Office)
para que consigamos atender às demandas que emergirão do contato com as escolas, na
execução de programas voltados para formação de professores para o uso adequado das
tecnologias digitais, realização de projetos de educação, bem como na luta pela
erradicação do uso de softwares piratas.
Pretende-se no biênio (2013-2015) promover a inclusão digital e a melhoria dos índices
educacionais de 06 municípios do Baixo Sul, através da capacitação de jovens na
utilização de recursos tecnológicos e a qualificação de professores, para que atuem como
multiplicadores de práticas que aliem o uso da tecnologia ao cotidiano escolar (ensino e
gestão).
As capacitações, baseadas nos Conteúdos Educacionais da Microsoft, ocorrerão em
laboratórios itinerantes, e impactarão cerca de 150 professores e 4.500 estudantes da
rede pública de ensino. Em paralelo, será apoiada a expansão das ações de inclusão digital
dos Integrantes locados nas obras da Odebrecht, bem como dos moradores das
comunidades do entorno.
A doação da Microsoft representa para a Fundação Odebrecht uma contrapartida não
financeira da ordem de R$ 1.607.200,00.
Office Windows
1 23 23 R$ 46.644,00
2 179 179 R$ 363.012,00
3 Odebrecht Ambiental (Foz do Brasil) 10 10 R$ 20.280,00
4 Odebrecht Engenharia Industrial (ETH/BRENCO) 10 10 R$ 20.280,00
222 222 R$ 450.216,00
BENEFICIÁRIO: Empresas/Contratos - Organização Odebrecht Licenças
Valor Total
Odebrecht Transport - Concessionária Rota das Bandeiras
Odebrecht Infraestrutura - Consórcio BA-093
57
PROGRAMA:
Crescer em Rede
Fundado em outubro de 2000, tem
como missão atuar como agente
transformador, criando oportunidades
de crescimento e desenvolvimento de
pessoas e organizações, rumo à
cidadania.
58
CRESCER EM REDE
Formação continuada de professores para adoção de tecnologias digitais nas escolas
Segundo o Ministério da Educação (MEC), Informática Educativa significa a inserção do
computador no processo de ensino aprendizagem em todos os níveis e modalidades
educacionais.
Diferentes tecnologias já fazem parte do dia a dia de alunos e professores no Brasil,
conforme demonstra a pesquisa apresentada pelo Centro Regional de Estudos para o
Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), divulgada em maio de 2013,
sobre os usos e apropriações das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) no
ambiente escolar.
Acervo NET Educação: validação da proposta com professores do interior de São Paulo
Segundo a pesquisa, 99% das escolas públicas analisadas possuem computador –
independentemente de estar instalado ou não – e 89% delas têm acesso à Internet.
Contudo, fazer com que essas ferramentas de fato colaborem na promoção de uma
educação de qualidade é o grande desafio do sistema educacional atual.
Devido à exposição dessa nova geração às mídias digitais podemos constatar uma
situação, um tanto quanto desestabilizante para alguns professores, mas também muito
rica e oportuna se considerarmos do ponto de vista da aprendizagem: os alunos sabem
mais que os educadores sobre conteúdos digitais e ferramentas tecnológicas. No País,
64% dos professores admitem a defasagem sobre o uso do computador em relação a suas
turmas, segundo dados da primeira edição da pesquisa TIC Educação, realizada em 2011,
59
pelo Centro de Estudos sobre Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic.br),
do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br).
Para que o professor possa usar esses recursos na sua prática pedagógica, é necessária
uma formação adequada, que implica não apenas em dominar a tecnologia e suas
inúmeras possibilidades, mas que também o instigue a refletir, com profundidade, sobre
o seu papel na comunidade educacional e na sociedade da informação. Sendo um
mediador da construção de conhecimentos junto aos alunos, o professor precisa
permanentemente se aperfeiçoar para que possa atuar no mercado de trabalho de forma
competente, dinâmica e inovadora. Dados da pesquisa divulgada pelo Cetic.br mostram
que os professores estão interessados em desenvolver competências para a melhoria da
sua prática profissional: em 2012, 52% dos docentes dessa amostra participaram de algum
curso para melhoria de sua fluência tecnológica, sendo que 73% arcaram com os custos
dessa capacitação.
O Crescer em Rede foi estruturado a partir da necessidade de se repensar as estratégias
de ensino e para estimular o uso de tecnologias digitais, tendo como premissa que o
professor olhe para o trabalho que está desenvolvendo e planeje novas estratégias,
usufruindo dos recursos tecnológicos disponíveis na escola, com base na metodologia de
trabalho por projetos.
Criado em 2010, o curso Crescer em Rede foi implantado em 15 municípios, de 05 Estados
do Brasil. Em 2012, reconhecido como potencial ferramenta de apoio ao sistema público
de ensino, na busca por soluções que promovam a qualidade da educação foi incorporada
ao Guia de Tecnologias Educacionais do MEC.
Mapa de expansão do Programa Crescer em Rede. Fonte: Instituto Crescer (2013)
60
O Crescer em Rede apresenta toda a estrutura e planejamento das atividades previstas no
curso, para ser multiplicado entre os docentes, de forma a potencializar o uso das
ferramentas digitais em prol de uma aprendizagem mais significativa e conectada com a
sociedade do conhecimento.
O curso foi estruturado em 10 módulos que subsidiam o trabalho da equipe escolar em
alguns de seus desafios cotidianos, além de contribuir para a prática, entre professores e
alunos, da colaboração, do diálogo intercultural e intergeográfico, da coesão social, da
cidadania ativa e, principalmente, da igualdade de oportunidades entre todos,
modificando as formas atuais de ensinar e de aprender.
1) Componente pedagógico:
Módulo Resumo
1.
Os desafios da
educação
contemporânea
Reflete sobre influência das tecnologias na vida das pessoas e, em
processos sociais, sobretudo, os ligados à educação.
2. Objetos digitais de
Aprendizagem
São recursos disponíveis em formato digital, que colaboram para
estimular os alunos a se envolver com o processo de aprendizagem,
fazendo-os contextualizar e conectar temas diversos ou mesmo se
aprofundar sobre determinado conhecimento.
3. Pesquisa na Internet
Práticas de pesquisa na Internet e em outras mídias: como orientar
os alunos para fazer buscas eficazes, como analisar a confiabilidade
de uma informação, o que é direito autoral e como organizar as
referências bibliográficas.
4. Educomunicação
Criar oportunidades para que os alunos tenham contato com
recursos audiovisuais e aprendam a utilizar esta linguagem.
Aproveitem também este momento para explorar um tema que
tenham interesse, façam leituras, debatam e produzam
conhecimento que poderá ser compartilhado com a comunidade.
5. Aprendizagem
Baseada em Projetos
Apresenta a metodologia WebQuest e organização de um projeto
de curta duração para ser desenvolvido junto aos alunos. A
metodologia que envolve os alunos em atividades de pesquisa
orientada, em que toda ou quase toda a informação com as quais os
alunos interagem se encontra na Internet.
6. Blogs na educação
Aborda a utilização dos blogs em contextos educacionais, como
uma importante ferramenta de registro dos trabalhos dos alunos,
propiciando visibilidade e interação com os pais, familiares,
comunidade escolar e, inclusive, com alunos de outras escolas no
Brasil e no mundo.
61
7. Mapas Conceituais
Apresenta os Mapas conceituais com uma possibilidade de
relacionar conceitos e atribuir um grau de importância para sua
compreensão. Este componente pedagógico tem como alicerce a
aprendizagem significativa, onde o educando deve construir a
ligação entre os conhecimentos adquiridos e novos conhecimentos,
dinamizando o processo, onde a cognição se reorganiza e pode se
modificar.
8
Gestão do
Conhecimento e
Trabalho Colaborativo
Refletir sobre os avanços no processo de busca pelo conhecimento
que atualmente devem integrar a recriação do significado das
coisas, a colaboração, a discussão, a negociação e a solução de
problemas.
9.
Gestão do
Conhecimento e Redes
Sociais
Apresenta as redes sociais e outros recursos de interação e
colaboração, com fins educativos, como possíveis meios para
transformação, criação, colaboração, partilha e gestão de
conteúdos.
10. Pesquisa de opinião
Destaca o trabalho com pesquisa de opinião no ambiente escolar
com uma forma de incentivar os alunos a fazerem leituras críticas da
sua realidade e da escola, criando oportunidades de debates,
sistematização de informações e partilha de conhecimentos.
A perspectiva no Baixo Sul
O Caia na Rede, em 2014, terá na sua execução uma interface com políticas públicas
educacionais regionais, por esse motivo, algumas ações estarão vinculadas ao Projeto
Pratigi pela Educação nos municípios da APA do Pratigi: Ibirapitanga, Igrapiúna, Ituberá,
Nilo Peçanha e Piraí do Norte, além das ações estratégicas que serão realizadas com a
Prefeitura de Valença. O objeto de todas as iniciativas será o uso da tecnologia em sala de
aula, visando à melhoria dos indicadores de qualidade de educação na região.
Para que isso fosse possível, o IDES juntamente com o Instituto Crescer, em 2013, contou
com os apoios da Fundação Odebrecht, NET Educação, CMDCA de Valença e Semp
Toshiba para elaborar o Guia Crescer em Rede, visando, melhor orientar os educadores
sobre a relação entre uso das tecnologias digitais e a elevação do nível de aprendizagem
dos alunos. Este material será validado com 70 professores e 10 Coordenadores
Pedagógicos, que serão multiplicadores e coprodutores de conteúdos digitais nas
escolas, para posterior replicação em toda a rede pública do Baixo Sul.
Considerando o público a ser trabalhado em Valença e nos cinco municípios da APA do
Pratigi, será adotada a abordagem presencial (com a realização de 08 encontros mensais
com duração de 8h cada). Além disso, serão dedicadas 36h para o monitoramento das
práticas docentes, por meio do Moodle, um ambiente virtual de aprendizagem. Ao todo,
teremos uma formação com carga horária de 100h/aula.
Como condição para o êxito, importa ressaltar que todos os professores a serem
formados no Crescer em Rede devem ter conhecimento prévio em informática. Assim
62
sendo, durante o processo de seleção, ou de adesão voluntária, será oferecido o Curso
Básico de Informática da Microsoft, para aqueles que não tenham domínio das
ferramentas básicas e ou que queiram obter tal certificação. É preciso que todos
compartilhem conteúdos, a fim de obterem um melhor aproveitamento, ao longo da
formação.
Os professores, no intervalo entre os módulos do Crescer em Rede, conceberão,
estruturarão e executarão projetos educativos capazes de fomentar uma nova dinâmica
nas escolas, marcada pela participação e colaboração das crianças e adolescentes no
cotidiano escolar, e no desenvolvimento de competências e habilidades, que lhes permita
atuar de forma autônoma na sociedade conhecimento.
Toda ação será documentada e servirá de base para a elaboração da Sistematização
Integrada das Melhores Práticas envolvendo o uso das tecnologias digitais em escolas de
Valença, e dos municípios da APA do Pratigi. Os conteúdos que orientarão a ação
pedagógica dos profissionais da educação das redes de ensino do Baixo Sul, também
estarão disponíveis numa plataforma digital.
63
TECNOLOGIAS EM SALA DE AULA – EM 15 PASSOS Por Luciana Maria Allan – Doutora em Educação pela Faculdade de Educação da USP.
Redatora dos PCN+ Conceitos Estruturantes e PCN em Ação para o MEC.
1. Acredite que as tecnologias digitais podem colaborar para promover novas práticas
pedagógicas;
2. Entenda como estes recursos podem ser incorporados à rotina escolar;
3. Conheça algumas possibilidades que fazem sentido dentro da sua área de trabalho e se
aproprie de algumas ferramentas tecnológicas;
4. Planeje novas estratégias de ensino que tenham o aluno no centro do processo de
aprendizado e o professor como mediador da construção do conhecimento;
5. Pense em um ensino mais personalizado e uma avaliação que leve em consideração as
necessidades de cada aluno, visto que o conhecimento está disponível e o foco da
educação não é mais a transmissão de conteúdo, mas sim o desenvolvimento de
competências e habilidades;
6. Incentive os alunos a pesquisar na internet. Oriente-os a pesquisar fazendo uso de
palavras-chave e símbolos. Além disso, indique bibliografias e sites úteis para que
desenvolvam com qualidade o trabalho;
7. Permita que os alunos comparem informações e discutam sobre os temas pesquisados,
sinalizando a confiabilidade da informação;.
8. Estimule os alunos a produzir seus próprios textos, em diferentes formatos, a partir das
pesquisas realizadas na internet e em outras mídias, bem como a mencionar autores e
fontes pesquisadas;
9. Motive os alunos a participar de projetos colaborativos, inclusive com estudantes de
outras escolas no Brasil e no exterior;
10. Crie ou estimule seus alunos a criarem um espaço virtual exclusivo para produção de
trabalhos colaborativos (uma página no Facebook, um perfil no Twitter, um blog, um
disco virtual);
64
11. Incentive os alunos a compartilhar seus trabalhos na internet para que qualquer
pessoa possa ter acesso, contribuir e fazer críticas;
12. Valorize o uso de diferentes recursos tecnológicos para produção de trabalhos
escolares, como vídeos, fotos, podcasts, blogs, slides, gráficos, banco de dados, ou seja
toda e qualquer ferramenta que possa ser utilizada no dia a dia escolar ou futuramente no
mercado de trabalho;
13. Permita diferentes formas de manifestação e expressão no desenvolvimento dos
trabalhos, dando espaço à criatividade e pró-atividade;
14. Engaje os alunos em tarefas desafiadoras, que façam sentido para suas vidas, que
proporcionem o trabalho em equipe e administração do tempo;
15. Propicie a produção de games, estimulando o raciocínio lógico, com o uso de
softwares de programação.
Fonte: http://porvir.org/porfazer/15-passos-para-adotar-tecnologias-em-sala-de-aula/20131014. Acesso: 14/10/2013.
65
PROGRAMA: It Essentials
(Cisco Networking Academy)
Fundada em 1984, a Cisco Systems, é
líder mundial em Redes para a Internet
- identificou a Educação e a Internet
como equalizadores que podem
contribuir para modificar a distância
digital entre os que têm acesso aos
recursos tecnológicos e oportunidades
na área de tecnologia e os que não
conhecem tais recursos.
66
CISCO NETWORKING ACADEMY
O Programa Cisco Networking Academy oferece a possibilidade de capacitação em um
ambiente completo de e-learning, permitindo que o aluno alcance um bom equilíbrio
entre a formação teórica e a prática.
Desenvolvido por educadores e especialistas em diferentes áreas tecnológicas, o
Programa proporciona planos de estudos baseados na Web, laboratórios práticos,
capacitação, apoio por parte do instrutor da Academia e preparação para obter diferentes
certificações reconhecidas pelo Mercado.
1) O que é o Programa Cisco Networking Academy?
O Programa Cisco Networking Academy é uma resposta oportuna a este desafio: através
do acesso e do conhecimento das tecnologias relacionadas à Internet, as pessoas utilizam
o e-learning (educação através da Internet) para facilitar o aprendizado e eliminar as
barreiras de tempo, distância e situação socioeconômica.
Implementado em 1997 e presente em mais de 150 países, o Programa Cisco Networking
Academy iniciou suas atividades no Brasil em 2000, totalmente adaptado ao mercado
brasileiro. Sendo aplicado em parceria com diversas entidades de ensino do país, o
programa proporciona conteúdo baseado na Web, avaliação on-line, acompanhamento
de desempenho, laboratórios, suporte, treinamento de instrutores e preparação para
certificações reconhecidas internacionalmente.
A estrutura do Programa consiste em criar uma rede de formação integrada entre a Cisco,
organizações, Governo e instituições educacionais (denominadas "Academias"). No
vértice da estrutura, a Cisco Systems capacita os CATC´s (Cisco Academy Training
Centers) que capacitam as Academias Regionais que treinam os instrutores das
Academias Locais que, por sua vez, têm a responsabilidade de capacitar os estudantes.
Inicialmente criado para preparar estudantes para os níveis CCNA (Cisco Certified
Network Associate) e CCNP (Cisco Certified Network Professional), o Programa foi
estendido, oferecendo também currículos sobre Fundamentos de Segurança e Conceitos
Básicos de Hardware e Software (IT Essentials).
A infraestrutura Global Learning Network do Programa permite uma retroalimentação
constante que resulta em melhorias no sistema de aprendizagem e oferece aos estudantes
67
um currículo completo, interativo e personalizado. A Internet tem mudado a forma como
aprendemos, trabalhamos e nos divertimos e, o Programa Cisco Networking Academy,
está na vanguarda desta transformação.
2) Benefícios do Programa
Para as Entidades Educacionais
Oferta de alternativas para formação profissional especializada. Os alunos que estarão
sendo treinados pelo programa podem atuar como os mantenedores da rede da
Academia. Possibilidade de crescimento de receita, via direta (novos cursos) ou indireta
(complemento de cursos existentes). Possibilidade de oferecer alternativas de programas
educacionais profissionalizantes para a comunidade (empresa social).
Para os Professores e Instrutores
Curriculum sobre tecnologia pronto, implantação imediata, inclusive com aulas práticas
de laboratório. Aqueles que forem escolhidos para instrutores do programa, farão parte
do cadastro de instrutores certificados pela Cisco e poderão ser escolhidos por qualquer
entidade participante do programa, além de ficarem preparados para prestar os exames
de certificação IT Essentials, CCNA, CCNP e superiores.
Para os Alunos
Independentemente de qualquer exame de certificação, reconhecimento imediato como
especialistas no gerenciamento, desenho e manutenção de redes de computadores.
Condição privilegiada para obtenção dos certificados Cisco. Através do sistema do
Programa (Academy Connection), os estudantes têm acesso a uma comunidade de
usuários para compartilhar sua melhores práticas, resolver problemas e solicitar ajuda.
3) O Programa e as Certificações
A exigência por profissionais altamente capacitados na área de Tecnologia tem exigido
que, para se manter competitivo e ter uma carreira em ascensão, o profissional busque
por treinamentos apropriados que aumentem seus conhecimentos e fortaleçam sua
atuação. Além de obterem o aprendizado necessário para atuação na área de Redes, os
graduados pelo Programa Cisco Networking Academy são preparados para a obtenção
de algumas certificações.
4) Cursos oferecidos:
• IT Essentials – Conceitos Básicos de Hardware e Software
• CCNA
68
IT ESSENTIALS
CONCEITOS BÁSICOS DE HARDWARE E SOFTWARE
1) Informações Gerais:
Este curso prático, de 70 horas, com exercícios em laboratório introduz os alunos na
Tecnologia de Informação e Comunicações de Dados. Durante o curso, os alunos
aprendem a montar e dar manutenção a PC´s, detectar e resolver problemas e instalar
sistemas operacionais.
Os alunos aprendem:
• A montar e instalar os componentes importantes em um PC
• Instalar e administrar sistemas operacionais Windows
• Adicionar periféricos e recursos multimídia
• Conceitos básicos de Redes de Área Local
• Conexão entre um PC e uma LAN (Rede de Área Local) ou à Internet.
2) Público Alvo:
• Desenvolvido para estudantes que querem obter conhecimentos práticos sobre o
funcionamento do computador.
• Pode ser utilizado em: Escolas de ensino médio, Escolas técnicas, Centros
Universitários com cursos de curta duração e Universidades com cursos de
tecnologia da informação.
3) Benefícios:
• Enfoque e-doing
• Metodologia de ensino: aprender fazendo.
• Os exercícios de laboratório e atividades interativas facilitam o ensino.
• Incorpora ferramentas virtuais para complementar e aprofundar os exercícios de
laboratório
• Estão incluídas as melhores práticas de segurança do trabalho para técnicos
• Também estão incluídas as melhores práticas de gerenciamento de sucata de
computadores para a proteção ambiental.
• Capacita os estudantes para diferentes áreas demandadas pelo mercado de
trabalho, tais como: Suporte remoto e Suporte de Pré-venda de computadores.
69
4) Certificação:
Fundamentos de Tecnologias de Informação prepara os alunos para o exame de
certificação CompTIA
5) Recursos necessários para ministrar ITE 4.0:
Equipamento para os exercícios de laboratório
Software para laboratório
Ferramentas para a manutenção de computadores
Computadores
Recursos adicionais.
70
6) Conteúdo Programático
Capítulo 1 Capítulo 2 Capítulo 3 Capítulo 4 Capítulo 5 Capítulo 6
Tecnologia da informação Sinais de advertência de
segurança Montagem de computador
Solução de problemas de
manutenção do
computador
Sistemas Operacionais (1)
Windows Evolução do Laptop
O que é TI. As
certificações da CISCO
(IT Essentials, CCNA,
CCNP, CCIE).
As certificações
Microsoft.
Manuseio correto do
computador e seus
componentes.
Uso correto das
ferramentas de TI.
O gabinete do
computador.
Componentes internos.
Acomodação dos
componentes internos
do computador.
Procedimentos de testes.
Verificação rápida de
problemas.
Verificação avançada de
problemas.
Procedimentos junto ao
cliente.
Finalidade do sistema
operacional.
Escolha correta do SO,
instalação do sistema
operacional, navegação
na GUI.
Descrição do laptop e
outros dispositivos
portáteis, configuração
de laptops, sistemas de
gerenciamento de
energia.
Capítulo 7 Capítulo 8 Capítulo 9 Capítulo 10 Capítulo 11 Capítulo 12
Impressoras e Scanners (1) Redes Segurança do computador Técnico em serviço Computadores pessoais Sistemas Operacionais (2)
Tipos de impressoras e
scanners, aplicações
desses dispositivos,
manutenção, instalação,
configuração, resolução
de problemas.
Tipos de redes.
Topologia de redes.
Endereçamento,
internet, manutenção,
cabeamento,
implantação de redes.
Tipos de ataques de
informática. Prevenção.
Resolução de problemas.
Postura profissional.
Procedimentos em help
desks. Obtenção de
informações através do
cliente. Direcionamento
para resolução de
problemas. Postura
profissional.
Cuidados do técnico.
Medidas preventivas.
Backups, procedimentos
de segurança em
manutenção.
Tipos de sistemas
operacionais,
especificações técnicas,
configurações avançadas
de SO.
Capítulo 13 Capítulo 14 Capítulo 15 Capítulo 16.
Laptops, PDAs, SmartPhones Impressoras e scanners (2) Sala de equipamentos de rede Segurança do computador
Definições e aplicações, configurações.
Manutenção. Procedimentos de
segurança para manutenção.
Especificações técnicas.
Sala de servidores. Segurança de
dados. Manutenção de rede. Orientação do cliente.
71
7) Detalhamento do Conteúdo Programático
A) CICLO I – INTRODUÇÃO
Capítulo 1 – Introdução ao PC (computador pessoal)
A TI (Tecnologia da informação) é o projeto, o desenvolvimento, a implementação, o
suporte e o gerenciamento de hardware de computadores e aplicativos de software. Um
profissional de TI tem conhecimento sobre sistemas de computador e sistemas
operacionais.
Conteúdos Competências Técnicas
Alinhamento conceitual sobre Tecnologias
de Informação.
Perfil do profissional de TI.
Sistemas de computador e sistemas
operacionais.
Certificações de TI.
Implementação, suporte e o gerenciamento
de hardware de computadores e aplicativos
de software.
Componentes de um sistema básico de
computador pessoal.
Descrever as certificações industriais de
TI.
Descrever um sistema de computador.
Identificar os nomes, as finalidades e as
características de: Gabinetes e fontes de
alimentação/ Componentes internos /
Portas e cabos / Dispositivos de entrada/
Dispositivos de saída.
Descrever os recursos do sistema e suas
finalidades.
Capítulo 2 - Utilização de ferramentas e procedimentos seguros de laboratório
Este capítulo abrange as práticas básicas de segurança no local de trabalho, as
ferramentas de hardware e software e o descarte de materiais perigosos. As diretrizes de
segurança ajudam a proteger as pessoas contra acidentes e ferimentos e os equipamentos
contra danos. Algumas dessas diretrizes foram criadas para proteger o ambiente da
contaminação por materiais descartados. Fique atento às situações que poderiam resultar
em avarias ou danos aos equipamentos. Os sinais de alerta foram projetados para alertá-
lo sobre o perigo. Mantenha-se sempre atento a esses sinais e tome as medidas
apropriadas de acordo com o alerta fornecido.
Conteúdos Competências Técnicas
Práticas básicas de segurança no local de
trabalho.
Ferramentas de hardware e Software e o
descarte de materiais perigosos.
Diretrizes de segurança e proteção contra
acidentes e ferimentos.
Equipamentos contra danos.
Proteção do meio ambiente contra a
contaminação por materiais descartados
Avarias ou danos aos equipamentos.
Medidas apropriadas de acordo com o
alertas fornecidos sobre problemas.
Explicar a finalidade das condições e
procedimentos de trabalho com segurança.
Identificar as ferramentas e o software
utilizados com os componentes do
computador pessoal e suas finalidades.
Implementar o uso da ferramenta
adequada.
72
Capítulo 3 - Montagem de computadores
A montagem de computadores é uma das grandes tarefas do técnico. Como um técnico,
você precisará utilizar lógica e método ao trabalhar com componentes de computador.
Como em qualquer função, as habilidades para a montagem de computadores
melhorarão drasticamente com a prática.
Conteúdos Competências Técnicas
Tarefas do Profissional de TI.
Habilidades para a montagem de
computadores.
Montagem de computadores.
Lógica e método ao trabalhar com
componentes de computador.
Abrir o gabinete.
Instalar a fonte de energia.
Conectar os componentes à placa-mãe e
instalá-la.
Instalar unidades internas, compartimentos
externos e adaptadores.
Conectar todos os cabos internos.
Recolocar os painéis laterais e conectar os
cabos externos ao computador.
Inicializar o computador pela primeira vez.
Capítulo 4 - Noções básicas de solução de problemas e manutenção preventiva
Explicação da finalidade da manutenção preventiva Este capítulo apresenta o processo de
manutenção preventiva e de solução de problemas. Manutenção preventiva é a inspeção
regular e sistemática, a limpeza e a substituição de peças, materiais e sistemas usados. A
manutenção preventiva ajuda a evitar falhas de peças, materiais e sistemas, pois assegura
sempre o seu bom funcionamento. A solução de problemas é uma abordagem sistemática
para localizar a causa de falhas em um sistema de computador. Um bom programa de
manutenção preventiva ajuda a minimizar falhas. Com menos falhas, há menos
problemas para solucionar, o que representa economia de tempo e dinheiro para a
empresa. A solução de problemas é uma habilidade aprendida. Nem todos os processos
de solução de problemas são iguais, e os técnicos tendem a refinar suas habilidades de
acordo com seus conhecimentos e sua experiência pessoal.
Conteúdos Competências Técnicas
Processo de manutenção preventiva e de
solução de problemas.
Inspeção regular e sistemática, limpeza e a
substituição de peças, materiais e sistemas
usados.
Identificação e solução de problemas.
Localização de causa de falhas em um sistema
de computador.
Explicação da finalidade da manutenção
preventiva.
Identificação das etapas do processo de
solução de problemas.
Laboratório: Instalar as unidades
73
B) CICLO II - FUNDAMENTOS
Capítulo 5 - Fundamentos de sistemas operacionais
O sistema operacional controla quase todas as funções do computador. Neste capítulo,
você conhecerá os componentes, as funções e a terminologia referentes aos sistemas
operacionais Windows 2000 e Windows XP.
Conteúdos Competências Técnicas
Sistema operacional.
Componentes, as funções e a terminologia
referentes aos sistemas operacionais
Windows 2000 e Windows XP.
Explicar a finalidade de um sistema
operacional.
Descrever e comparar sistemas operacionais
para incluir finalidades, limitações e
compatibilidades.
Determinação do sistema operacional com
base nas necessidades do cliente.
Instalação de um sistema operacional.
Navegação na GUI.
Identificar e aplicar técnicas comuns de
manutenção preventiva para sistemas
operacionais.
Solução de problemas de sistemas
operacionais.
Capítulo 6 - Fundamentos de laptops e dispositivos portáteis
Após a conclusão deste capítulo, o estudante estará apto a: Descrição de laptops e outros
dispositivos portáteis. Identificação e descrição dos componentes de um laptop.
Comparação e contraste dos componentes de computadores de mesa e laptops. Explicar
como configurar laptops. Comparação dos diferentes padrões de telefones celulares.
Identificação das técnicas comuns de manutenção preventiva para laptops e dispositivos
portáteis. Descrição de como solucionar os problemas de laptops e dispositivos portáteis.
Conteúdos Competências Técnicas
Descrição de como solucionar os problemas
de laptops e dispositivos portáteis.
Identificação das técnicas comuns de
manutenção preventiva para laptops e
dispositivos portáteis.
Diferenciar laptops e outros dispositivos
portáteis.
Identificar e descrever dos componentes de
um laptop.
Comparar e contrastar os componentes de
computadores de mesa e laptops.
Explicar como configurar laptops.
Comparar dos diferentes padrões de
telefones celulares.
74
Capítulo 7 - Fundamentos de impressoras e scanners
Este capítulo fornecerá informações essenciais sobre impressoras e scanners. O
estudante aprenderá como as impressoras funcionam, o que levar em consideração ao
adquirir uma impressora e como conectar as impressoras a um computador individual ou
a uma rede. As impressoras produzem cópias em papel de arquivos eletrônicos. Os
scanners permitem que os usuários convertam documentos em papel em arquivos
eletrônicos. Várias leis governamentais requerem registros físicos; portanto, cópias
impressas de documentos do computador são muitas vezes tão importantes hoje como
eram quando a revolução para menos papel começou vários anos atrás. Você deve
entender a operação de vários tipos de impressoras e scanners para poder instalar e fazer
sua manutenção, bem como solucionar quaisquer problemas que possam surgir.
Conteúdos Competências Técnicas
Informações essenciais sobre impressoras e
scanners.
Funcionamento de impressoras e scanners.
Instalação e manutenção.
Descrever os tipos de impressoras
disponíveis atualmente.
Descrever os processos de instalação e
configuração de impressoras.
Descrever os tipos de scanners disponíveis
atualmente.
Descrever os processos de instalação e
configuração de scanners.
Identificar e aplicar as técnicas comuns de
manutenção preventiva para impressoras e
scanners.
Solucionar problemas de impressoras e
scanners.
Capítulo 8 - Fundamentos de Redes
Este capítulo fornecerá uma visão geral dos princípios, padrões e finalidades de uma rede.
Os seguintes tipos de redes serão discutidos neste capítulo: LAN (local area network,
rede de área local) WAN (wide area network, rede de longa distância) WLAN (wireless
LAN, LAN sem fio) Os diferentes tipos de topologias de rede, protocolos e modelos
lógicos, bem como o hardware necessário para criar uma rede, também serão discutidos
neste capítulo. Configuração, solução de problemas e manutenção preventiva serão
assuntos abordados.
Conteúdos Competências Técnicas
Os diferentes tipos de topologias de rede,
protocolos e modelos lógicos.
LAN (local area network, rede de área local).
WAN (wide area network, rede de longa
distância).
WLAN (wireless LAN, LAN sem fio).
Configuração, solução de problemas e
manutenção preventiva.
Softwares de rede, métodos de comunicação
e relações entre hardware.
Explicar os princípios da rede. Descrever os
tipos de redes.
Descrever conceitos e tecnologias de rede
básica.
Descrever os componentes físicos de uma
rede.
Descrever as topologias e arquiteturas da
LAN.
Identificar as organizações de padrões.
Identificar os padrões Ethernet.
75
Explicar os modelos de dados OSI e TCP/IP.
Descrever como configurar uma NIC e um
modem.
Identificar nomes, finalidades e
características de outras tecnologias usadas
para estabelecer conectividade.
Identificar e aplicar as técnicas comuns de
manutenção preventiva usadas em redes.
Solucionar problemas em uma rede.
Capítulo 9 - Fundamentos de segurança
Os técnicos precisam compreender a segurança de redes e de computadores. A falha em
implementar procedimentos adequados de segurança pode ter um impacto nos usuários,
nos computadores e no público em geral. Informações particulares, segredos comerciais,
dados financeiros, equipamentos de informática e itens de segurança nacional são
colocados em risco se procedimentos adequados de segurança não são seguidos.
Conteúdos Competências Técnicas
Segurança de redes e de computadores.
Explicar por que a segurança é importante.
Descrever os riscos de segurança.
Identificar procedimentos de segurança.
Identificar técnicas comuns de manutenção
preventiva para segurança.
Identificar e solucionar problemas de
segurança.
Capítulo 10 - Habilidades de comunicação
Qual é o relacionamento entre habilidades de comunicação e solução de problemas?
Como um técnico de computador, você não apenas consertará computadores, mas
também interagirá com pessoas. Na realidade, a solução de problemas está muito mais
relacionada à comunicação com o cliente do que em saber como consertar um
computador.
Conteúdos Competências Técnicas
Relação entre habilidades de comunicação e
solução de problemas.
Postura profissional.
Habilidades de comunicação na prestação de
serviços de TI.
Relação entre habilidades de comunicação e
solução de problemas.
Postura profissional.
Habilidades de comunicação na prestação de
serviços de TI.
76
C) CICLO III – AVANÇADO
Capítulo 11 - Computadores pessoais avançados
Em sua carreira como técnico, você pode determinar se um componente de um
computador do cliente deve ser atualizado ou substituído. É importante que você
desenvolva habilidades avançadas em relação aos procedimentos de instalação, às
técnicas de solução de problemas e aos métodos de diagnóstico dos computadores. Este
capítulo discute a importância da compatibilidade do componente do hardware e do
software. Também trata da necessidade de adequar os recursos do sistema para executar
o software e o hardware do cliente de forma eficaz.
Capítulo 12 - Sistemas Operacionais
Cada um desses sistemas operacionais oferece muitos recursos iguais com uma interface
semelhante. No entanto, algumas funções necessárias para atender às necessidades
específicas do cliente talvez não estejam disponíveis em todos eles. Você deve saber
comparar e contrastar os sistemas operacionais para localizar o melhor, com base nas
necessidades do seu cliente.
Conteúdos Competências Técnicas
Compatibilidade do componente do
hardware e do software.
Recursos do sistema para executar o software
e o hardware do cliente de forma eficaz.
Fornece uma visão geral dos trabalhos dos
técnicos de bancada, de campo e remotos.
Explicar a utilização de ferramentas e
procedimentos seguros de laboratório.
Descrever situações que exigem a
substituição de componentes do computador.
Atualizar e configurar componentes e
periféricos do computador pessoal.
Identificar e aplicar as técnicas comuns de
manutenção preventiva aos componentes de
um computador pessoal.
Solucionar problemas de componentes e
periféricos do computador.
Conteúdos Competências Técnicas
A instalação, a configuração e a otimização
dos sistemas operacionais.
Marcas de sistemas operacionais disponíveis
no mercado atual, incluindo Microsoft
Windows, Apple Mac OS, UNIX e Linux.
Versões ou distribuições de um sistema
operacional.
Algumas versões do Microsoft Windows.
Selecionar o sistema operacional apropriado
com base nas necessidades do cliente.
Instalar, configurar e otimizar um sistema
operacional.
Descrever como atualizar os sistemas
operacionais.
Descrever os procedimentos de manutenção
preventiva dos sistemas operacionais.
Solucionar problemas de sistemas
operacionais.
77
Capítulo 13- Laptops e dispositivos portáteis avançados
Com o aumento na demanda de mobilidade, a popularidade dos laptops e dispositivos
portáteis continuará crescendo. Durante sua carreira, você terá que saber como
configurar, reparar e fazer manutenção nesses dispositivos. O conhecimento que você
adquire em relação aos computadores de mesa o ajudará a consertar os laptops e
dispositivos portáteis. No entanto, há diferenças importantes entre as duas tecnologias.
Para facilitar a mobilidade, os laptops e os dispositivos portáteis usam mais tecnologia
sem fio que os computadores de mesa. Todos os laptops usam baterias quando eles estão
desconectados de uma fonte de energia. As bases multifuncionais geralmente são usadas
para conectar um laptop a dispositivos periféricos. Muitos componentes do laptop são
proprietários, dessa forma, alguns fabricantes exigem que você conclua o treinamento de
certificação especializada para executar reparos no laptop. Consertar laptops pode ser
muito desafiante. Dominar as habilidades necessárias para trabalhar em laptops é
importante para o progresso de sua carreira.
Capítulo 14 - Impressoras e scanners avançados
Este capítulo explora a funcionalidade de impressoras e scanners. Você aprenderá como
manter, instalar e reparar esses equipamentos em configurações locais e de rede. O
capítulo descreve os riscos de segurança, os procedimentos de configuração, a
manutenção preventiva e o compartilhamento da impressora e do scanner.
Conteúdos Competências Técnicas
Laptops e os dispositivos portáteis.
Tecnologia sem fio.
Configuração, otimização e solução de
problemas.
Certificação especializada para executar
reparos no laptop.
Descrever os métodos de comunicação sem
fio de laptops e dispositivos portáteis.
Descrever reparos de laptops e dispositivos
portáteis.
Selecionar componentes do laptop.
Descrever os procedimentos de manutenção
preventiva para laptops.
Descrever como solucionar problemas em um
laptop.
Conteúdos Competências Técnicas
Funcionalidade de impressoras e scanners.
Instalação e reparos de impressoras e
scanners
Configuração, a manutenção preventiva e o
compartilhamento da impressora e do
scanner.
Descrever os possíveis riscos de segurança e
os procedimentos de segurança associados a
impressoras e scanners.
Instalar e configurar uma impressora ou
scanner local.
Descrever como compartilhar uma
impressora e um scanner em uma rede.
Atualizar e configurar impressoras e
scanners.
Descrever as técnicas de manutenção
preventiva para impressoras e scanners.
Solucionar problemas de impressoras e
scanners.
78
Capítulo 15 - Redes avançadas
Este capítulo enfoca tópicos avançados de rede, incluindo projeto de rede, atualizações
de componentes de rede e instalações de servidor de e-mail. Tópicos de rede básicos,
como segurança, componentes de rede e manutenção preventiva, são também
abordados. Para atender às expectativas e necessidades de nossos cliente e usuários de
rede, você deverá estar familiarizado com as tecnologias de rede. É preciso compreender
os conceitos básicos de como uma rede foi projetada e por que alguns componentes
afetam o fluxo de dados em uma rede. A solução de problemas em situações de redes
avançadas está também descrita neste capítulo.
Capítulo 16 - Segurança avançada
Este capítulo analisa os tipos de ataques que ameaçam a segurança de computadores e
dos dados contidos neles. Um técnico é responsável pela segurança dos dados e dos
equipamentos de computador de uma organização. O capítulo descreve como você pode
trabalhar com os clientes para garantir que a melhor proteção possível seja aplicada. Os
riscos para os computadores e os equipamentos de rede vêm tanto de fontes internas
quanto externas. Eles incluem ameaças físicas, como roubo ou danos aos equipamentos, e
ameaças de dados, como a perda ou a corrupção dos dados.
Conteúdos Competências Técnicas
Tópicos avançados de rede.
Projeto de rede, atualizações de
componentes de rede e instalações de
servidor de e-mail.
Segurança e componentes de rede e
manutenção preventiva.
Fluxo de dados em uma rede.
Identificar os possíveis riscos de segurança e
implementar os procedimentos de segurança
adequados relacionados às redes.
Desenvolver uma rede com base nas
necessidades do cliente.
Determinar os componentes da rede do
cliente.
Implementar a rede do cliente.
Atualizar a rede do cliente.
Descrever a instalação, a configuração e o
gerenciamento de um servidor de e-mail
simples.
Descrever os procedimentos de manutenção
preventiva de redes. Solucionar problemas de
rede.
Conteúdos Competências Técnicas
Tipos de ataques e ameaças nas redes de
computadores.
Segurança dos dados e dos equipamentos de
computador de uma organização.
Ameaças físicas/ Ameaças de Dados.
Perda ou a corrupção dos dados.
Indicar os requisitos de segurança com base
nas necessidades do cliente.
Selecionar os componentes de segurança com
base nas necessidades do cliente.
Implementar o plano de segurança do cliente.
Desenvolver a manutenção preventiva em
segurança.
Solucionar problemas de segurança.
79
CCNA
O CCNA ensina redes com base na tecnologia, incluindo os conceitos de rede utilizando
uma abordagem integrada, teórica, e de modelo top-down – desde aplicações de rede a
protocolos e serviços proporcionados por tais aplicações através das camadas inferiores.
O CCNA inclui as seguintes características:
•Aprendizado básico em roteamento, switching, e tecnologias avançadas com intuito de
preparar para a certificação Cisco CCNA e carreiras iniciais em redes.
•O currículo discute conceitos de rede profundamente e usa uma linguagem que permite
integração com conceitos de engenharia, permitindo um entendimento profundo e
teórico dos conceitos de rede para estudantes experientes com avançadas habilidades
em solução e análise de problemas.
• Os cursos enfatizam pensamento crítico, resolução de problemas, colaboração e
aplicação prática de habilidades;
• Rico conteúdo multimídia, incluindo atividades interativas, vídeos, jogos e
questionários baseados em Flash, apresentando uma variedade de estilos de
aprendizagem e ajudando o estímulo ao estudo e aumentando a fixação do
conhecimento.
• Laboratórios práticos e atividades baseadas em simulação através do Packet Tracer
auxiliam os estudantes a desenvolver pensamento crítico e habilidades de resolução de
problemas complexos.
• Avaliações inovadoras fornecem feedback imediato para suporte à avaliação de
conhecimento e habilidades adquiridas;
• Fornece estudantes com as habilidades necessárias para o sucesso em programas de
graduação relacionados à área de redes.
80
1) Habilidades do Século 21
O CCNA integra habilidades práticas no currículo técnico para criar uma experiência de
aprendizagem voltada para o sucesso em futuras iniciativas educacionais, empresariais e
ocupacionais. Além de aprender fundamentos de projeto, construção e operação de
redes, os estudantes também aprendem sobre resolução de problemas, pensamento
crítico, colaboração, trabalho em equipe, negociação e empreendedorismo – habilidades
as quais os mesmos podem aplicar em sua educação futura e no ambiente de trabalho
global do século 21.
2) Avaliações
Avaliações formativas e somáticas inovadoras são integradas ao currículo do CCNA e
suportadas por um sistema de entrega online avançado. Um feedback detalhado e
imediato proporciona ao instrutor e ao estudante uma avaliação dos conhecimentos e
habilidades adquiridas. As avaliações pode ser tão simples quanto uma questão de
múltipla escolha ou tão complexas quanto resolução de problemas de uma rede simulada.
3) Packet Tracer
O Packet Tracer é um poderoso programa de simulação de redes desenvolvido pelo
Networking Academy que permite aos estudantes experimentar o comportamento da
rede e tirar dúvidas do tipo ―e se...?‖. Como parte integral do currículo CCNA, o Packet
Tracer proporciona simulação, visualização, criação, e capacidades de colaboração,
fazendo o ensino e o aprendizado de tecnologias complexas tornarem-se mais fáceis. O
Packet Tracer supre a necessidade de equipamentos físicos, permitindo aos estudantes
criarem uma rede com quase um número ilimitado de dispositivos, encorajando a prática
livre, descoberta e resolução de problemas. O aprendizado baseado em ambiente de
simulação ajuda os estudantes a desenvolver as habilidades do século 21, como tomada de
decisões, pensamento crítico e criativo, e solução de problemas. As atividades de
simulação em Packet Tracer estão incluídas em todos os cursos do CCNA.
4) E-doing
E-doing é uma filosofia de projeto que aplica o princípio de que pessoas aprendem
melhor fazendo. O CCNA inclui atividades e-doing altamente interativas incorporadas
que ajudam a estimular o aprendizado e elevar a fixação do conhecimento. Um rico
conteúdo multimídia, incluindo atividades, vídeos, jogos e questionários baseados em
Flash, compõe uma variedade de estilos de aprendizado e fazem toda a experiência de
aprendizado muito mais completa o que facilita o entendimento do conteúdo. Foco do
Estudante O CCNA é voltado para estudantes com habilidade de solução de problemas e
análise avançada, como estudantes que buscam graduação em engenharia, tecnologia da
informação, matemática ou ciência. Espera-se que os mesmos saibam matemática binária
81
e entendam o conceito de algoritmos. O currículo oferece uma experiência de
aprendizado compreensiva e teórica para estudantes de análise, e utiliza linguagem que
alinha-se bem com conceitos de engenharia. Atividades interativas estão incorporadas ao
currículo, juntamente a um conteúdo detalhado e teórico.
Os estudantes progridem desde laboratórios estruturados e fáceis de seguir, até
laboratórios avançados que constroem pensamento crítico e habilidades de solução de
problemas, também encorajando exploração e pesquisa.
Os estudantes podem contar com recursos adicionais para obter soluções definitivas para
os laboratórios mais complexos:
• Voltado para estudantes que desejam buscar tecnologias adicionais ou ensino de
engenharia.
• Prepara estudantes para carreiras iniciais em TI após a conclusão dos quatro cursos do
currículo.
5) Conteúdo Programático - CCNA
A formação CCNA divide-se em quatro módulos de 70 horas, totalizando 280 horas de
curso. Não há necessidade de oferecer os 4 módulos. As instituições, se desejarem,
poderão oferecer somente os dois primeiros módulos. Nesse formato, não há
necessidade de disponibilizar um laboratório de redes para aulas práticas.
O uso do laboratório é fundamental para as instituições que optarem em oferecer os 4
módulos do CCNA, sendo eles:
Módulos Conteúdos
1. Noções Básicas de
Redes
A vida é um mundo centrado na rede
Comunicação através da rede - Funcionalidade da camada de
aplicação do modelo OSI - Camada de transporte do modelo
OSI - Camada de rede do modelo OSI
Endereçamento IPv4
Camada de dados do modelo OSI - Camada física do modelo
OSI - Ethernet - Planeamento de infraestruturas de rede -
Configurar e testar redes
2. Conceitos e
Protocolos de
encaminhamento
Introdução ao encaminhamento e envio de pacotes
Encaminhamento estático
Introdução ao encaminhamento dinâmico
Protocolos de encaminhamento "Distance Vector" - RIP
versão 1
VLSM e CIDR - RIP versão 2
Tabela de encaminhamento
EIGRP - Protocolos de encaminhamento "Link State"
OSPF
82
3. LAN Switching e
Wireless
Desenho de LAN's
Configuração de switchs
- VLAN's (Virtual LAN's)
- VTP (VLAN Trunking Protocol)
STP (spanning tree)
Encaminhamento entre VLAN's
Configuração de redes wireless e outros conceitos
4. Acesso à WAN
Introdução às WAN's
PPP (Point to Point Protocol)
Frame Relay
Segurança na rede
ACL's (Listas de Acesso)
Serviços de tele-trabalho
Serviços de endereçamento IP
Resolução de problemas de rede
6) Preparação de Instrutores
A Cisco solicita que os instrutores sejam treinados dentro da metodologia dos currículos
de ITE e CCNA, independentemente do conhecimento prévio desses profissionais.
Sugere-se que os treinamentos sejam presencias e realizados nos Centros Acadêmicos de
Treinamento Cisco (CATC) ou em uma Academia Regional (AR). A Carga horária é de
44 horas para o currículo de ITE e de 44 a 172 horas para o CCNA (para esse currículo, a
carga varia de acordo com o nível de conhecimento do instrutor).
7) Equipamento para os exercícios de laboratório
Para um melhor aproveitamento, recomendam-se salas com 12 a 15 alunos no
máximo e um computador para cada
Dois estudantes por computador é o máximo aceitável
8) Configuração do computador:
Processador: Intel Pentium/Celeron AMD K6/Athlon/Duron ou processador de
300Mhz ou superior com ventoinha - Memória RAM: dois módulos de 128MB de
memória ou dois de 256MB (recomendado) - Disco rígido de 15GB no mínimo - Unidade
de floppy, CD-ROM ou CD/DVD-ROM - Placa de rede e de vídeo, monitor, mouse e
teclado.
83
IT ESSENTIALS NO BAIXO SUL
1) Foco e Abrangência
Uma oportunidade para jovens do Baixo Sul da Bahia cursar formação técnica e
profissionalizante na área de Tecnologia da Informação (TI) é o que vem proporcionando
o treinamento Cisco It Essentials – Conceitos Básicos de Hardware e Software oferecido
desde o ano passado. Promovida pela Cisco System Brasil, em parceria com a Fundação
Odebrecht e o Instituto de Desenvolvimento Sustentável do Baixo Sul da Bahia (IDES), a
iniciativa contemplou, desde 2012, a formação de adolescentes e jovens dos municípios
de Igrapiúna, Nilo Peçanha, Valença, Taperoá e Camamu que atuam ou tem afinidade
com temas vocacionados à TI e com perfil para atuar nesse segmento.
Reunião de seleção da 2ª turma do curso IT Essentials, realizada em Valença. (Junho 2013).
2) Sobre o Treinamento
O treinamento no Baixo Sul compreende uma carga horária 116h, distribuídas em 17
módulos. Um módulo a mais do que o It Essentials normalmente oferece. O tema
Eletrônica Básica foi introduzido pelos facilitadores Frede Bonfim e Pedro Moura Junior,
que atuam como técnicos do programa de inclusão digital Caia na Rede no Baixo Sul.
Ambos foram capacitados pela Cisco em 2011 para ministrar o treinamento. “Tivemos o
desafio de desenvolver profissionais completos em TI. Precisamos qualificar os serviços
nesta área e ampliar as oportunidades de trabalho local”, destaca Frede Bonfim.
84
A implantação das quatro turmas do It Essentials foi
iniciada em agosto de 2012, fruto de um cuidadoso
planejamento executado pelos facilitadores,
certificados pela Cisco desde 2011, para a mediação
do treinamento.
A seleção foi bastante rigorosa, dentre os 150
inscritos, 42 foram selecionados (de cinco
municípios do Baixo Sul, respectivamente:
Igrapiúna, Nilo Peçanha, Valença, Taperoá e
Camamu).
O desafio pactuado com os selecionados, de
obterem aprovação com percentual superior a 80%,
foi atingido pelas duas primeiras turmas, com 21
concluintes. E foi mantido para as turmas seguintes.
Evento de certificação da primeira turma do It Essentials, em novembro de 2012, com a presença de
Flávio Provedel, Responsável por Responsabilidade Corporativa da Cisco – Brasil
Os participantes precisam são desafiados uma média mínima de 80% em 16 avaliações
propostas. Essa exigência é diferenciada no Brasil, cuja média exigida para certificação
fica entre 50 e 60%. Esse rigor exige dos participantes muita dedicação aos encontros e
aos conteúdos, além de torná-los mais críticos em relação ao seu próprio trabalho.
O case do Programa Caia na Rede / Baixo Sul foi apresentado no II Encontro NetAcad de
Academias ONGs promovido pela área de Responsabilidade Social da Cisco do Brasil,
realizado na sede da empresa, em São Paulo, o evento reuniu, em fevereiro de 2013,
cerca de 20 organizações parceiras da Cisco na condução do Programa Cisco Net
working Academy.
O sucesso da implantação do IT Essentials, pela Academia Fundação Odebrecht, em
parceria com o Instituto de Desenvolvimento Sustentável do Baixo Sul da Bahia, atribui-
Acredito que as áreas tecnológicas possuem uma grande demanda na região em que vivo, por isso, pretendo adquirir o conhecimento necessário para poder me desenvolver profissionalmente e servir como uma ponte para que outras pessoas tenham acesso a informações que lhes possam ser úteis no dia a dia.
Wbirajara Evangelista Filho, 19 anos , Monitor
de informática da Casa Familiar Agroflorestal –
CFAF, em Nilo Peçanha-BA.
85
se ao seguinte conjunto de fatores: o rigoroso processo de seleção dos cursistas, a adoção
de critérios explícitos de avaliação, a ampliação da carga horária, a inserção de um curso
de eletrônica básica e a aprendizagem baseada em desafios.
3) Diferenciais da implantação/IT Essentials no Baixo Sul
Rigoroso processo de seleção de
candidatos – Todos os participantes
foram entrevistados, previamente
avaliados e identificados em concordância
com a sua postura, interesse, perspicácia,
comunicabilidade;
Ampliação da carga horária Inclusão
com inclusão do curso de Eletrônica
Básica – Curso com 32h de duração,
agregado ao IT Essentials por considerar
que um profissional de TI precisa ter
noção mínima de todas as áreas que
circundam a sua atividade principal.
Conhecer e dominar os conceitos básicos
da eletrônica é de suma importância no
processo de diagnóstico e
encaminhamento na resolução de
problemas. Isso facilita a vida tanto do
profissional quanto do cliente ou usuário
que necessita do serviço técnico;
Módulos Conteúdos Duração
1 Introdução aos princípios
da Eletricidade (1)
A História da eletricidade
Grandezas da eletricidade (Resistência,
Corrente, Tensão, Potência)
Leis da indução (Entendendo o
funcionamento do motor elétrico e do
transformador de tensão)
Princípios de funcionamento do gerador
elétrico)
8 h
2 Manipulando as leis da
eletricidade
Calculando Potência, Resistência,Tensão e
Corrente
Criando um gerador de energia elétrica
simples.
4 h
3 Introdução à eletrônica
Aplicações da eletrônica
A importância do conhecimento de
eletrônica para o profissional de TI
1 h
“O Projeto Caia na Rede nos
impressionou pois foi capaz de cumprir com uma meta ambiciosa: aprovar apenas os alunos que obtiveram 80% na média do curso, uma média acima da maioria das academias Cisco”
Vanessa Tarantini – Representante
Responsabilidade Social Corporativa da Cisco –
Brasil
“Desde que assumi o cargo na Cisco Systems, há mais de três anos, só vi um lugar no mundo onde a média mínima para certificação do It Essentials é de 80%, que foi a turma do Baixo Sul”.
Flávio Provedel, Responsável por
Responsabilidade Corporativa da Cisco – Brasil
86
4 Entendendo o princípio de
funcionamento dos
componentes eletrônicos
Como funciona o Resistor
Como funciona o Capacitor
Como funciona o Diodo/LED
Como funciona o Indutor
Como funciona o transistor;
4 h
5 Atividade prática 1
Segurança do profissional de TI na
manutenção de equipamentos
Aprendendo a identificar defeitos em
componentes (teste com multímetro)
Aprendendo o processo de soldagem de
componentes em placas de circuito (ferro
de soldar)
Resolvendo os defeitos mais comuns em
fontes de alimentação
Resolvendo os problemas mais comuns em
placas-mãe
12 h
6 Atividade prática 2
Apresentação do Java Applet Circuit
Criando um circuito simples no Java Applet
Circuit
3 h
Fixação de uma média de aprovação desafiadora: A CISCO recomenda que a
nota mínima para certificação seja de 60%. No Baixo Sul da Bahia, adotamos a
nota média mínima de 80%, aplicando uma didática diferenciada, presencial,
individual, atenta às necessidades dos participantes e orientada a resultados;
Contextualização de atividades – As atividades foram adequadas ao conteúdo
do curso, porém com sua funcionalidade aplicável à realidade do Baixo Sul;
Criação de ambientes colaborativos - Desenvolvimento do trabalho em
Equipe – Foram desenvolvidas atividades em equipe, a fim de mensurar a
desenvoltura dos participantes no trabalho em conjunto e respaldar a avaliação
quantitativa desse relatório, bem como analisar o seu desempenho em atividades
práticas exigidas pelo mercado de trabalho.
87
4) Definições dos critérios de avaliação
Característica Comportamentos observados
1. Determinação Superar os desafios para entregar resultados satisfatórios.
2. Interesse Comprometimento com as atividades, a pesquisa por
conteúdos além do curso.
3. Trabalho em
equipe
Desenvoltura do participante em contribuir para o resultado
como um todo. O relacionamento interpessoal dentro do grupo
e o respeito às regras.
4. Conhecimento
Técnico (teoria)
Capacidade de expressar o que sabe e interpretar os conteúdos
assimilando com o seu dia a dia.
5. Conhecimento
Técnico (prática)
Capacidade de praticar os conteúdos apresentados com
destreza e simplicidade ou de colocar em prática
conhecimentos novos.
6. Participação
Presença nas discussões. Iniciativa de responder às perguntas,
independentemente de erros e acertos. Capacidade de trazer
aos debates conceitos pertinentes.
5. Iniciativa Capacidade de tomar decisões, observar o seu redor e agir de
forma útil sem necessidade de solicitação de terceiro.
6. Média de notas
CISCO Replicação da nota mostrada no Gradebook da CISCO.
7. Postura
Posicionamento pessoal na turma, sabendo o momento certo
de agir, como agir, como contribuir e quando dar oportunidade
aos outros de participar.
8. Comunicabilidade Expressão clara e uso dos meios de comunicação disponíveis
para se fazer compreender.
Instrumento de Avaliação Individual
Todas essas características foram avaliadas com notas de 1 a 100. As avaliações foram
feitas através do contato pessoal. As observações foram extremamente criteriosas e
poderão servir de base para os interessados em contratar tais profissionais.
88
LIÇÕES APRENDIDAS
O objetivo principal do curso no Baixo Sul da Bahia, tendo em vista o cenário atual da área
de TI na microrregião, é formar profissionais completos nesse nicho, qualificando
serviços e proporcionando maior disponibilidade de mão de obra aos órgãos e
instituições públicas e privadas que necessitem sem que precisem “importar” tais
profissionais de outras regiões, abastecendo o mercado local, gerando trabalho e renda.
Pontos Positivos:
Os conteúdos são atualizados, a exigência é adequada ao mercado de trabalho. O módulo
de helpdesk é um diferencial em relação aos cursos de formação profissional conhecidos.
Os desafios apresentados nos módulos são bastante condizentes com problemáticas de
ambientes de trabalhos comuns. O curso se preocupa também com a formação ética, a
conduta e os procedimentos dos profissionais frente ao cliente. Apresenta um conjunto
de informações denso e atualizado, dando ao formando as ferramentas e orientações
corretas para o desenvolvimento do trabalho do técnico de TI.
Oportunidades de melhoria:
Por se tratar de um curso profissionalizante, exige uma estrutura física com
equipamentos específicos para execução de atividades práticas. A aquisição de tais
equipamentos é custosa e demanda estruturação espacial para instalação dos mesmos.
Mais de 90% do conteúdo do curso deve ser ministrado na prática, com os participantes
tendo acesso aos dispositivos abordados, conectando-os e configurando-os. Assim, a
maior exigência do curso é a montagem de um laboratório específico que tenha
disponíveis todos os equipamentos apresentados nos módulos.
Em 2012 e 2013 foram formadas 36 pessoas. Cada curso representa um investimento da
ordem de R$ 800,00. Visando à obtenção de uma certificação internacional na área de
tecnologia, altamente valorizada e concorrida. No total, a parceria Cisco/ Fundação
Odebrecht / IDES representa um investimento global de R$ 28.800,00.
89
CAPÍTULO VI
SEMP TOSHIBA E FUNDAÇÃO ODEBRECHT O poder da Parceria
1) História da Semp Toshiba
Há 70 anos, nascia no Brasil uma empresa inquieta, uma pequena empresa que pensava
grande. Esse foi o primeiro passo para a Semp Toshiba se tornar o que é hoje: uma das
maiores fabricantes de eletroeletrônicos do Brasil, detentora do mais extenso portfólio
de produtos do setor e respeitada por seus consumidores.
Presente na maioria dos lares brasileiros, a Semp Toshiba continua mantendo seu
pioneirismo no lançamento de produtos inovadores nas linhas de áudio, vídeo e
informática. Esse posicionamento, sempre sustentado por uma atuação ética e
transparente, consolidou a marca no país.
Nascida Sociedade Eletro Mercantil Paulista, foi fundada em 1942, na cidade de São
Paulo. Nesse mesmo ano, lançou o primeiro rádio fabricado no país. Como mostra do
pioneirismo que marcaria toda a sua história, em 1949 produziu a primeira rádio-vitrola
brasileira, e em 1951 – menos de um ano após o início das transmissões de TV no Brasil
por meio dos Diários Associados – TV Tupi –, o primeiro televisor brasileiro.
Decisiva para o desenvolvimento do Sistema Brasileiro de Televisão em cores na década
de 1970, foi a partir de 1973 que a empresa – já rebatizada como Semp Rádio e Televisão –
experimentou grande crescimento, viabilizado pela inauguração da fábrica em Manaus
(AM).
O nome Semp Toshiba passou a fazer parte do dia a dia do mercado a partir de 1977,
época em que foi celebrada a joint venture com a Toshiba Corporation, que contribuiu
diretamente com a expertise de tecnologia japonesa para televisores.
Essa parceria, sempre ampliada e aprimorada, contribuiu para o surgimento da Semp
Toshiba Informática, em 1996. Em 2005, o grupo consolidou seu posicionamento no
mercado com o lançamento da marca STi, com foco em informática e áudio-vídeo. Hoje é
também reconhecida pela habilidade de aliar produtividade, eficiência administrativa e
tecnologia de última geração.
90
2) Semp Toshiba e Fundação Odebrecht juntas na execução do Caia na Rede
Em 2010, a Semp Toshiba ingressou como investidora do Programa Tributo ao Futuro
apoiando projetos voltados à inclusão digital e à formação de jovens empresários rurais.
A assinatura do Acordo de Cooperação com a Fundação Odebrecht, em 14 de novembro
de 2011, com vigência de 03 anos consolidou uma parceria estratégica visando ampliar as
ações de inclusão digital em áreas rurais do Baixo Sul, a aquisição de computadores
portáteis para fins educacionais e apoio a projetos educativo-produtivos dos jovens, com
foco na geração de renda.
Jovens em aula de campo com técnicos da Embrapa
Na cerimônia, a Semp Toshiba esteve
representada à época, pelo seu Presidente, o
Sr. Afonso Antônio Hennel, o Diretor da
Empresa na Bahia, Pedro Furtado Hennel e a
Gerente de Responsabilidade Corporativa,
Paloma Cavalcanti.
Contemplando as ações pactuadas no Acordo
de Cooperação, a Semp Toshiba realizou a
entrega de 105 notebooks, todos com o
software STI Educacional, para os educandos das três turmas da Casa Familiar Rural de
Presidente Tancredo Neves (CFR-PTN). Isso facilitará o aprendizado da informática.
Com a perspectiva concreta da conectividade em suas comunidades (o que será feito pela
“O uso dos notebooks está sendo
fundamental na formação dos
jovens, pois facilita a prática da
interdisciplinaridade entre a base
nacional comum e técnica,
contribui na elaboração dos
projetos educativos produtivos e
no empresariamento rural”.
Quionei Araújo, Diretor de Ensino da Casa
Familiar Rural de Presidente Tancredo Neves.
91
Telebrás), eles poderão melhorar
exponencialmente a qualidade do seu
aprendizado e ter acesso a um amplo universo de
conhecimentos.
A Semp Toshiba contribuiu com o custeio por um
ano, de 45 alternâncias, referente às turmas em
formação e garantia da execução das ações
complementares, tais quais: visitas de
acompanhamento aos adolescentes, em suas
propriedades, orientando-os no desenvolvimento das Unidades Demonstrativas e a
execução de 35 seminários rurais, que mobilizou 1.191 pessoas, de 18 comunidades e 04
municípios, quais sejam: Presidente Tancredo Neves, Valença, Wenceslau Guimarães e
Teolândia.
Além disso, apoiou à implantação de 60 projetos educativo-produtivos de jovens em
formação na CFR-PTN, distribuídos em duas turmas e à manutenção de outros 45.
Entrega dos notebooks aos jovens em formação na CFR-PTN. (Novembro, 2011)
Em 2012, sob a coordenação do Instituto de Desenvolvimento Sustentável do Baixo Sul da
Bahia (IDES) e com o apoio da Semp Toshiba, o Programa, teve seu escopo e alcance
ampliados e, com isso, mais 03 municípios passaram a compor seu raio de atuação, são
eles: Ibirapitanga, Piraí do Norte, Ituberá. Abrangendo, atualmente, 07 municípios do
Baixo Sul.
Visando ampliar o uso das tecnologias em áreas rurais do município de Valença, firmou-
se uma parceria com a União das Federações das Associações de Agricultura Familiar e
Economia Solidária (UNAFES), para a realização do curso de Alfabetização Digital para
adolescentes e jovens moradores da comunidade do Bonfim. A execução esteve sob a
“Os notebooks nos auxiliam na
realização dos projetos e
pesquisas do plano de estudo que
levamos para casa (...). Além
disso, nas tele-aulas do STI
Educacional sempre encontramos
conteúdos que geralmente
estamos estudando na CFR”.
Miguel Domingos Ramos, estudante do 1º ano,
Turma 09.
92
responsabilidade da Federação das Associações de Pequenos Agricultores da Bacia do
Piau (FAPABP) e beneficiou 200 pessoas.
A ampliação do escopo permitiu diversificar o público do Programa, viabilizando a
formação pedagógica de 84 professores de 14 escolas públicas, para o uso das tecnologias
nas escolas, por meio do Aprender em Parceria. Registra-se também a capacitação
profissionalizante de 21 jovens no Programa Cisco Networking Academy.
Em 20125, foi realizada aquisição de 40 notebooks, todos com o STI Educacional,
conectados em rede, visando consolidar um novo conceito de ensino baseado na
colaboração e na gestão compartilhada do conhecimento, no Centro de Formação
Profissionalizante Construir Melhor, em Valença-BA.
Jovens das turmas 3 e 4 do Centro de Formação Construir Melhor
Em 2013, além de apoiar na estruturação de 02 laboratórios de informática no município
de Valença e aquisição 65 desktops para implantação de 06 (seis) laboratórios de
informática em comunidades rurais e urbanas do município de Valença, a Semp Toshiba
viabilizou a construção de importantes instrumentos para o ensino de informática na
região, são eles: o Guia Crescer em Rede, destinado à qualificação de professores das
redes públicas, com foco no uso adequado das tecnologias digitais em sala de aula; e o
Alfabetização Digital Caderno do Professor, uma revisão e adaptação dos Conteúdos
Educacionais Microsoft, objetivando orientar educadores da rede pública de ensino, na
condução de cursos de alfabetização digital. Ambos os materiais serão validados em 2014,
no âmbito do Programa Caia na Rede. Em suma, um investimento rumo à melhoria dos
índices educacionais da região!
5 Neste mesmo ano, a Semp Toshiba foi reconhecida no Prêmio Destaque do Tributo ao Futuro, na Categoria
Empresa Parceira, referente a Campanha 2011. Dentre os critérios: valor aportado e sinergia com as
premissas do Programa.
93
CAPÍTULO VII
O CAIA NA REDE NA ODEBRECHT A Fundação Odebrecht servindo as Empresas da Organização
1) Como Tudo Começou
O Caia na Rede surgiu em 2005 para melhorar a qualificação dos trabalhadores da
construção civil e da comunidade que vivia no entorno da obra da Construtora Norberto
Odebrecht - PRA-1, realizada no Recôncavo Baiano.
No Centro de treinamento do Caia na Rede eram disponibilizados computadores onde se
ministravam cursos com conteúdos informativos e formativos de informática básica. Essa
primeira experiência alfabetizou 1.900 Integrantes.
A concepção original do projeto foi formulada por José Cláudio Grossi, Mauro Rehm,
Olindina Domingues e Evandro Rangel.
Ainda em 2005, face ao seu caráter inovador, o Caia na Rede conquistou o Prêmio
Destaque na categoria Responsabilidade Social da CNO.
Em 2008, uma nova experiência passou a ser realizada na obra UHE São Salvador, em
Tocantins, alfabetizando 1.200 Integrantes. O projeto foi executado por João Henry
Müller e Renato Teixeira.
Em 2009, o Caia na Rede foi redesenhado por João Cumerlato e Clovis Faleiro Jr. A partir
das sinergias entre a Odebrecht e sua Fundação, novos parceiros foram mobilizados, a
exemplo da Microsoft, Dell e Oi.
Com este novo olhar, no dia 25.05.09, a direção das empresas que se associaram ao Caia
na Rede visitaram o Baixo Sul da Bahia, para realizar a assinatura de um Acordo de
Cooperação, na Casa Familiar Rural de Presidente Tancredo Neves.
A escolha do Baixo Sul para a assinatura do Acordo representou o comprometimento de
canalizar os esforços para levar a tecnologia e o conhecimento aos que mais necessitam.
94
No evento de lançamento do Projeto estiveram presentes: Marcelo Odebrecht (Presidente da Odebrecht S.A.); Michel
Levy (à época Presidente da Microsoft – Brasil ); Lúcia Bulhões (representando o Presidente da Dell, Raymundo Peixoto);
Giovani Foragi (Vice-Presidente Corporativo da OI); Norberto Odebrecht e Maurício Medeiros (Presidente do Conselho
de Curadores e Presidente Executivo da Fundação Odebrecht, respectivamente).
A partir da assinatura do Acordo de Cooperação, o Caia na Rede passou a ter o desafio de
implantar projetos em 43 obras no Brasil e nos Projetos Educacionais apoiados pela
Fundação Odebrecht no Baixo Sul da Bahia, abrangendo também outras Instituições
parceiras.
Em junho de 2009, durante um almoço com a imprensa, na sede da Odebrecht
Engenharia, em São Paulo, houve o anúncio oficial da parceria que viabilizou este novo
momento do Caia na Rede, com ampla divulgação na mídia nacional.
2) Espírito de Servir
Os resultados alcançados pela Fundação Odebrecht com o projeto Caia na Rede no Baixo
Sul têm servido como fonte de inspiração para as empresas da Odebrecht que pretendem
implantá-lo no entorno de suas obras.
Diversas empresas da Organização estão buscando uma maior sinergia com a Fundação
Odebrecht. O intercâmbio de experiências tem sido o propulsor dessas relações.
A Fundação Odebrecht ofereceu entre 2011 e 2013 suporte às empresas abrangendo as
seguintes dimensões:
1) Técnica: análise de projetos de infraestrutura dos laboratórios e estruturas de
redes.
95
2) Gerencial: definição de estrutura e funcionamento do projeto e orientações para
o planejamento, monitoramento e avaliação dos resultados.
3) Pedagógica: Alinhamento entre as premissas do projeto, com a política de
sustentabilidade definida pela empresa e o perfil do público-alvo.
Além disso, destacam-se como ações fundamentais deste trabalho, a orientação para o
recrutamento, seleção e treinamento das equipes, instalação e/ou regularização de
softwares, realização de visitas técnicas, definição do modelo de gestão e de indicadores
para o monitoramento e avaliação dos resultados, conforme ponta o fluxograma abaixo:
Apresentação Institucional do
Projeto
Definição do Escopo da Parceria entre a
empresa e a Fundação Odebrecht
Análise e proposições do projeto na
empresa (gestão e infraestrutura)
Intercâmbio com os
Projetos apoiados
pela Fundação
Odebrecht no Baixo
Sul
Realização do
Workshop Educação
e Tecnologias
Concessão de
softwares /
profissionais para a
implantação dos
laboratórios
Formação inicial e/ou
continuada de
monitores de
informática sob
demanda da empresa.
Avaliação e análise de
resultados
96
AÇÕES INSPIRADORAS
1) Concessionária Rota das Bandeiras
Viabilizado pela Área de Responsabilidade Social
Empresarial da Concessionária Rota das Bandeiras
(Odebrecht Transport), com o apoio do BNDES, o Caia
na Rede foi implantado no interior de São Paulo, em
maio de 2012 e apesar do pouco tempo, já se tornou um
dos maiores programas de inclusão digital do Estado.
Oito municípios dos 17 que estão na extensão do
Corredor D. Pedro (Igaratá, Bom Jesus dos Perdões,
Atibaia, Itatiba, Valinhos, Artur Nogueira, Conchal e
Mogi Guaçu), já foram contemplados pelo Projeto. Em
breve, o Caia na Rede, executado pela Rota das
Bandeiras, se tornará o maior no âmbito da
Organização Odebrecht, quando as 150 salas previstas
forem implantadas.
O objetivo do Programa, na Rota das Bandeiras, é
desenvolver uma rede integrada com os 17 municípios,
com o desafio de incluir digitalmente comunidades de
baixa renda que não têm acesso à informação, pelo
afastamento de regiões centrais dos municípios, ou pela
falta de condição financeira de arcarem com o
investimento no curso ou equipamento.
Com a carga horária de 40 horas, o curso oferecido para
crianças, jovens, adultos e idosos, aborda sobre noções
básicas de informática, confeccionam currículos,
planilhas de controle de custo, também aprendem a
navegar pela internet.
Em um ano, 32 salas foram reformadas e entregues as comunidades, em Cooperação com
o poder público local, e já beneficiou 980. A perspectiva é que até o final de 2017, cerca
de 32.400 pessoas tenham sido beneficiados com o projeto.
“Sou moradora do bairro Boa
Vista e também professora do Caia na Rede. Tenho certeza que o Projeto dará muito certo. O objetivo do curso é conectar as pessoas ao conhecimento e também a novas possibilidades de emprego.”
Fernanda Soares, 18 anos, Educadora do
Caia na Redem, na Comunidade Rural do
Boa Vista/Igaratá-SP.
97
2) Odebrecht Ambiental (Foz do Jaguaribe)
O Caia na Rede, na Odebrecht Ambiental (Unidade Jaguaribe) alia o ensino de
informática às ações de educação ambiental em curso na empresa, e com isso, fomenta no
público o desenvolvimento de atitudes e práticas sustentáveis em suas comunidades.
Entrega de Certificados da 7ª Turma (Julho, 2013)
Implantado desde novembro de 2011, o projeto já certificou 226 estudantes no curso
básico de informática, todos eles residentes em comunidades do entorno do Sistema de
Disposição Oceânica do Jaguaribe, além de uma turma especial dedicada a professores.
A prática inovadora conta com a experiência do Instituto de Pesquisa e Tecnologia
Gerencial Aplicada – IPGA, que executa as ações junto ao público-alvo do projeto, na
Escola Estadual Professora Angelita Moreno, situada no Bairro da Boca do Rio, em
Salvador.
O Caia na Rede, no âmbito da Odebrecht Ambiental, compõe o Plano de Educação
Ambiental (2011-2016), que faz parte do Quadro de Indicadores de Desempenho (QID)
da Empresa. A iniciativa é resultado da Parceria Público-Privada com a Empresa Baiana de
Águas e Saneamento (EMBASA), e da sinergia com a Fundação Odebrecht e Empresas
do setor de tecnologia (Microsoft, Daten, Walar, DH Info).
98 “O curso de informática foi uma ótima oportunidade de aprendizado e conhecimento, pois nunca tive condições de fazer. Sem dúvidas, será uma chance de trilhar novos caminhos profissionais.” José Alexandre Silva (Integrante)
3) Odebrecht Engenharia Industrial (Consórcio Rnest/Conest)
Em 2012, o Consórcio Rnest/Conest (Construtora OAS e Odebrecht Engenharia
Industrial) iniciou a execução do Projeto de Inclusão Digital Caia na Rede, inaugurando
mais uma janela de oportunidades, principalmente de acesso ao conhecimento, para seus
Integrantes e comunidades do entorno.
Entrega de Certificados da primeira turma do Consórcio (Maio, 2012)
A iniciativa, realizada em Ipojuca-PE, vinculada
à Área de Pessoas e Organizações, já beneficiou
51 integrantes e estimula os novos a conhecerem
o mundo da tecnologia, dando-lhes a
oportunidade de se qualificarem e melhorarem
suas perspectivas de trabalho e qualidade de
vida.
As aulas são conduzidas pelos Integrantes do
Consórcio, engajados e comprometidos com a causa que voluntariamente destinam parte
de seu tempo para compartilhar os conhecimentos relacionados à tecnologia.
O Caia na Rede, no âmbito do Consórcio, enfatiza que a inserção da sociedade no meio
tecnológico, não é meramente uma questão de opção, mas de necessidade. E com essa
filosofia, o Projeto permite aos Integrantes projetarem promissores cenários, sobretudo,
no âmbito do mercado de trabalho.
A validação do Caia na Rede no Consórcio contou com o apoio da Fundação Odebrecht e
do Instituto de Desenvolvimento do Baixo Sul da Bahia-IDES.
99
“Sempre procuramos manter contatos com as comunidades e esse é o primeiro projeto de inclusão digital que estamos fazendo no Sistema BA 093. Espero que os jovens continuem aproveitando o projeto e consigam empregos para terem uma vida digna e com cidadania.”
Orlando Batista, Diretor-Presidente
da Concessionária Bahia Norte
4) Concessionária Bahia Norte
A Concessionária Bahia Norte implantou, em 2013, o Caia na rede no Distrito de Menino
Jesus, em Candeias-BA. O projeto realizado em parceria com a Central de Organizações
Comunitárias de Meninos Jesus (Corcomerj) assumiu um enfoque diferenciado: o acesso
às tecnologias digitais com foco na geração de renda e empoderamento comunitário.
Colaboradores da Bahia Norte interagem com lideranças comunitárias
Para otimizar os resultados do Projeto, elaborado
conjuntamente com o público impactado, a Bahia Norte
identificou as sinergias entre o projeto e as demais ações
em curso na sua Área de Desenvolvimento Socioambiental
e também das potencialidades existentes nas
comunidades.
O “Caia na Rede - Janela para o mundo” atende a 50
crianças e adolescentes a partir da oferta de cursos básicos
de informática.
São parceiros desta iniciativa: Secretaria de
Desenvolvimento e Assistência Social (SEDAS) da
Prefeitura de Candeias, ITS Brasil, Fundação Odebrecht e
Dell.
100 “O Caia na Rede vem somar às nossas ações na área social, que não são poucas. E com isso, possibilitar às pessoas o acesso ao conhecimento e a possíveis alternativas de geração de trabalho e renda”.
Douglas Longhi, Gerente Comercial
do Consórcio.
5) Consórcio Sistema BA-093
O Consórcio Sistema BA093, composto pela Construtora OAS e Odebrecht
Infraestrutura, integrou o Projeto de Inclusão Digital Caia na Rede às suas estratégias de
sustentabilidade, desde agosto de 2012.
Aula Inaugural do Caia na Rede - Consórcio Sistema BA093 (Agosto, 2012)
A comunidade de Capelão, em Lauro de Freitas, foi
escolhida para sediar o primeiro laboratório do Caia na
Rede, no âmbito do Consórcio, por carecer de maiores
investimentos na área social e por estar situada no
entorno do empreendimento.
A implantação do projeto reflete a forte relação de
parceria entre o Consórcio, as empresas parceiras
(D&A Locação de Veículos, Mineração São Vicente,
NF Neuburger, WS Engenharia, Grupo Cen,
Microsoft e Dell), que apoiaram na reforma do
ambiente e aquisição de computadores e softwares.
Com o projeto, crianças e adolescentes da região metropolitana de Salvador participam
de cursos de informática, que além de conhecimentos técnicos de informática, fomentam
o exercício da cidadania, preservação ambiental e melhoria da qualidade de vida.
O ambiente agradável e bem equipado, composto por 23 computadores, já atendeu cerca
de 200 crianças e adolescentes de escolas públicas e de programas sociais e deste
quantitativo, certificou 150 no curso de Alfabetização Digital da Microsoft.
101
ANEXOS: Bill Gates e o Baixo Sul da Bahia
A tecnologia não nos salvará (pelo menos por
enquanto)
102
BILL GATES E O BAIXO SUL DA BAHIA
Em maio de 2010, tínhamos nos lançado ao desafio de provar que era possível levar a
inclusão digital ao mundo rural brasileiro, em especial ao Baixo Sul da Bahia, área de
atuação da Fundação Odebrecht, e onde decidimos priorizar a implantação do Caia na
Rede. Desde o início a Microsoft nos mostrou que o sonho era possível e que sua
participação era pra valer.
Nessa mesma época, Bill Gates, criador da Microsoft e Presidente da Fundação Bill e
Melinda Gates, estava lançando o seu site oficial – The Gates Notes
(www.thegatesnotes.com). Por conta da parceria com a Fundação Odebrecht, a Casa
Familiar Rural, de Presidente Tancredo Neves, foi a única escola do Brasil e da América
Latina, selecionada para possibilitar aos seus alunos a oportunidade de fazer perguntas a
Bill Gates, que ele responderia e postaria em seu site, cujo lançamento despertou a
atenção da imprensa mundial e foi acompanhado em mais de 170 países.
Nunca havíamos imaginado que seria possível conectar jovens do mundo rural a Bill
Gates. E repentinamente estávamos diante de uma oportunidade única, que nos mostrou
que nada era impossível.
Segue abaixo a reprodução da histórica entrevista dos jovens agricultores de Presidente
Tancredo Neves, Bahia, com ninguém menos que – Bill Gates.
The Curious Classroom featuring questions from students in Bahia, Brazil was posted
today on The Gates Notes - http://www.thegatesnotes.com/Curious-
Classroom/SpecialFeature.aspx
103
Questions for Bill Gates from Bahia (Postado em 05/05/2010)
A Casa Familiar Rural criou uma escola possível para jovens que vivem em fazendas
distantes, espalhados em uma região rural da Bahia, no Brasil. Os jovens vivem uma
semana na escola, e em seguida, retornam para suas famílias, onde ficam duas semanas,
onde são visitados pelos monitores/educadores da escola, quando compartilham o que
aprenderam.
Conversation
Geiane Macedo, 19
O que o motivou a deixar a Microsoft para se dedicar à filantropia?
Bill Gates
Eu tive sorte que minhas ações na Microsoft tornaram-se extremamente valiosas. Isso
criou tanto uma oportunidade como uma grande responsabilidade para mim, que passei a
estar pessoalmente envolvido em voltar a minha riqueza para o mundo de maneira mais
benéfica. Por um longo tempo, eu sabia que acabaria por mudar, para me dedicar
integralmente à Fundação que criei, quando estivesse com meus cinquenta anos. Na
verdade, eu tinha 53 anos, quando escolhi fazer essa mudança. Tenho sorte de ter feito
meu trabalho na Microsoft, de forma divertida, aprendendo coisas novas, trabalhando
com pessoas inteligentes. E posso ainda desfrutar do meu trabalho de filantropia.
Maricélia Soares, 20
Qual é o seu maior sonho, e qual é a sua maior alegria na vida?
Bill Gates
Ter uma família jovem é a minha maior alegria. Meus filhos têm 13, 10 e 7 anos agora.
Adoro fazer coisas novas com eles, observando como aprendem. A maior alegria para a
minha esposa, Melinda, e para mim é estar com nossos filhos.
Eu também digo que meu trabalho me traz muita alegria, por conta do progresso que
estamos fazendo. Podemos sair e encontrar agricultores e suas culturas bem sucedidas,
visitar a aldeia onde a taxa de malaria caiu pela metade. Nós nos encontramos com
pesquisadores, que são capazes de realizar um trabalho relevante com o nosso apoio.
Recebi, recentemente, uma carta de Robert Glass, um cientista que trabalhava em uma
vacina para rotavírus. É fantástico saber que podemos ajudá-lo a lutar contra uma doença
que mata meio milhão de crianças a cada ano. Meu maior sonho é um mundo onde todos
possam receber uma educação de qualidade e onde atender as necessidades básicas não é
um desafio diário.
104
Maurílio de Jesus, 20
O que o ajudou a se tornar um grande empreendedor?
Bill Gates
É muito importante ter a confiança de que você pode realizar alguma coisa, ainda que seja
bastante difícil ao tentar. É fácil você ficar desanimado. Quando você começa um
negócio, há muitas questões financeiras por descobrir, com um monte de terminologias
específicas. Mas, se você tem habilidades matemáticas razoáveis, e procurar as pessoas
que podem lhe explicar essas coisas, verá que não é realmente tão complicado assim.
Você precisa estar disposto a perguntar: Ei, o que significam todas essas coisas? Os
verdadeiros especialistas são os únicos que podem lhe explicar.
Por exemplo, um grande conceito no mundo dos negócios é o valor do dinheiro no
tempo.
Esse é um tema complexo, mas Warren Buffett explica como ―é mais importante ter um
pássaro na mão, do que dois a voar‖. Um provérbio simples explica o princípio
fundamental dos negócios. Desfrutando das aprendizagens, encontrando as pessoas que
podem ajudá-lo, e sendo perseverante quando algo parecer muito complicado – tudo isso
foi muito útil para mim.
105
Marilan Souza, 18
Quais foram as principais crises que você enfrentou e como conseguiu passar por elas?
Bill Gates
Eu tive muita sorte na vida, por não ter passado por um monte de coisas terríveis. Meus
pais eram abastados economicamente, nós tivemos uma vida boa. Minha trajetória
escolar foi ótima. Minha carreira profissional tem sido maravilhosa. A coisa mais negativa
na minha trajetória foi uma série de problemas legais que a Microsoft teve que enfrentar.
Fui ajudado pelos conselhos, que tenho tido ao longo do caminho, do meu pai, de Warren
Buffett, Melinda e Steve Ballmer. Eu tenho uma parceria comercial forte com Steve,
e ele me ajudou a manter as coisas em perspectiva. Isso foi muito útil.
A Educação na Região
A Casa Familiar Rural é uma escola, localizada em Presidente Tancredo Neves, uma
cidade de 20 mil habitantes, na Bahia, Brasil. A escola atende alunos de toda uma região
de pequenos produtores rurais, com pouco acesso à tecnologia e onde poucos
conseguem concluir a escola.
Inaugurada em 2003, com o apoio da Fundação Odebrecht, a Casa Familiar Rural utiliza
um método conhecido como Pedagogia da Alternância, na qual os alunos passam uma
semana na escola e duas semanas em sua propriedade. Os alunos estão na faixa etária de
15 a 21 anos. Durante 03 anos estudam no currículo escolar padrão (matemática, biologia,
português, etc.) e também aprendem novas técnicas agrícolas. Na propriedade rural,
compartilham seu aprendizado com suas famílias e comunidades, contribuindo para
melhorar a educação e as práticas agrícolas em áreas rurais remotas.
106
“A ideia de um laboratório de informática, um lugar aonde se vai para estudar computação, é uma estupidez: ou o computador está presente em sala de aula e é apreendido por professores e alunos como parte da matéria, ou é inútil.”
A TECNOLOGIA NÃO NOS SALVARÁ (POR ENQUANTO) Por Gustavo Ioschpe
Durante décadas, o Brasil ignorou suas carências na área
educacional. Hoje, quando há falta de gente qualificada e
superlotação de presídios, consolida-se a percepção de
que o país não progredirá sem uma melhora radical no
setor. Vem também a percepção de que esse é um
problema gigantesco e urgente, cuja solução por vias
normais levará tempo e demandará muito esforço. Surge
então a busca por uma ―bala de prata‖, uma solução
potente e rápida que nos permita atalhar o caminho. A
bola da vez é a tecnologia.
Apesar de ser um entusiasta das novas tecnologias, uma
busca na literatura empírica me obriga a concordar com um empresário que dizia: ―Eu
acreditava que a tecnologia podia ajudar a educação. Mas tive de chegar à inevitável
conclusão de que esse não é um problema que a tecnologia possa ter a esperança de
resolver. O que há de errado com a educação não pode ser solucionado com tecnologia‖.
Seu nome? Steve Jobs.
A primeira saída milagrosa proposta por alguns de nossos líderes é simplesmente a
distribuição de hardware nas escolas. O tablet criado por Jobs é uma das ondas do
momento: nosso Ministério da Educação vai gastar 150 milhões de reais neste ano na
distribuição de 600 000 engenhocas a professores. Perguntei ao MEC quais os estudos
que embasam a ideia de que a distribuição desse material terá algum impacto sobre a
qualidade do ensino, mas não houve resposta. Nem poderia. Praticamente toda a
pesquisa sobre o assunto, não apenas no Brasil como no exterior, mostra que não há
relação entre a presença de computadores na escola e o aprendizado do aluno. Imagine
então um aparelho dado ao professor. O programa surgiu por vias tortas. A primeira
intenção era distribuir laptops a todos os alunos da rede pública. Mas a experiência
internacional tem mostrado que essa medida é muito custosa e pouco eficaz, a ponto de
cidades americanas que a implementaram já a terem cancelado há anos. Os alunos
estavam usando os computadores para colar em provas e baixar pornografia. Mesmo no
Brasil, o estudo sobre o impacto do programa Um Computador por Aluno em sua fase
piloto mostrou que só se beneficiavam do laptop aqueles alunos que o levavam para casa;
aqueles usados apenas na escola não produziam melhorias no aprendizado. O MEC fez
107
então essa mudança de curso e resolveu destinar a verba aos professores, em uma medida
que certamente agradará à categoria mas não tem sustentação na pesquisa nem na lógica.
No mesmo momento em que Brasília anunciava a medida, o governo do estado de São
Paulo mostrou que desperdício pouco é bobagem. Ao mesmo tempo em que briga na
Justiça para não cumprir a (inócua, diga-se) lei do piso salarial dos professores, o estado
divulgou um investimento de 5,5 bilhões de reais, ao longo de dez anos, para equipar suas
salas de aula com lousas digitais. Chama atenção a envergadura do projeto, em um
momento em que também há farta divulgação de que experiências pioneiras nos EUA
têm mostrado que os distritos que receberam essas máquinas vêm tendo desempenho
pior do que a média de seu estado. (Toda a bibliografia mencionada neste artigo está na
íntegra em twitter.com/gioschpe.) Para não ser leviano, pedi à Secretaria da Educação
que enviasse os estudos que embasam essa decisão. Inacreditavelmente, o material
encaminhado foi uma carta do presidente da Dell, fornecedora das lousas, remetida ao
secretário da Educação com um resumo de suposto estudo da Unesco demonstrando o
impacto positivo da tecnologia em projeto piloto na cidade de Hortolândia. Depois de
dias pedindo para receber esse estudo, a secretaria me informou que não o possuía (!). O
que leva a crer que tomou uma decisão bilionária com base em uma carta do principal
beneficiário do programa.
Acompanhando essa obsessão já consolidada por maquinário, surge uma nova esperança
de revolução educacional através do ensino a distância. Seus proponentes sonham com
um cenário em que os melhores professores do Brasil dão uma aula e ela é acompanhada
por milhões de alunos, quer em sala de aula, quer em casa, aprendendo em seu próprio
ritmo. Assim nos livramos dos maus professores, cortamos gastos e imediatamente
damos um salto na qualidade do ensino ofertado. Que eu saiba, nenhum lugar do mundo
implementou sistema assim na educação básica, de forma que não há estudos para
comprovar a exequibilidade desse plano, mas tenho fortes suspeitas de que é inviável. Se
fosse possível simplesmente transmitir conhecimento remotamente, a televisão já o teria
feito. A ideia é mais antiga ainda: em 1925, Thomas Edison, o inventor da lâmpada e do
fonógrafo, previa que a presença de livros em escolas estava prestes a acabar: seriam
substituídos por filmes. A tese segundo a qual a educação é um processo unidirecional de
transferência do conteúdo do professor para o aluno é equivocada. Mesmo sem entrar
em discussões pedagógicas, que não são a minha praia, os estudos econométricos
mostram que muitos dos principais fatores de uma escola de sucesso — como a realização e
a correção de dever de casa, provas constantes, formato pergunta e resposta em aula —
dependem de interatividade e atenção ao progresso do aluno. O bom professor precisa
conhecer profundamente a matéria que ensina e, além disso, modular constantemente a
maneira como a transmite, levando em conta o estágio de aprendizado de seus alunos.
Mesmo que a internet tenha a interatividade que a TV não tem, é patentemente
impossível que um professor interaja com milhares ou milhões de alunos.
108
Uma terceira área em que a tecnologia pode ajudar a educação é através de redes sociais,
para que alunos e professores se auxiliem mutuamente. Desconheço pesquisas a
respeito, dada a novidade da tecnologia, mas o potencial é tremendo. Porém o
fundamental certamente não é a tecnologia, e sim a decisão que a antecede: na China,
professores se reúnem constantemente em suas escolas e, depois, em seu distrito para
trocar ideias e melhores práticas. O Brasil poderia fazer o mesmo. A tecnologia pode
facilitar e potencializar esse convívio, mas não é necessária nem suficiente para o seu
surgimento.
Por último, uma área que tem mostrado resultados positivos em educação é a da
utilização de softwares específicos para o aprendizado, especialmente no campo da
matemática. As intenções dessa utilização não são revolucionárias, nem os resultados,
mas pelo menos aí há evidências positivas. Algumas delas estão postadas no meu Twitter.
O fracasso da tecnologia em sala de aula, vinte anos depois do seu início, não quer dizer
que ela não possa trazer resultados no futuro. Há um consenso na literatura de que inserir
elementos tecnológicos usando o mesmo currículo e com a mesma pedagogia — como
normalmente são desenhados esses programas — é um desperdício. A própria ideia de um
laboratório de informática, um lugar aonde se vai para estudar computação, é uma
estupidez: ou o computador está presente em sala de aula e é apreendido por professores
e alunos como parte da matéria, ou é inútil. A tecnologia é uma ferramenta pedagógica,
assim como o quadro-negro e o livro didático. Talvez mais poderosa, mas ainda assim
apenas uma ferramenta, que trará resultados se for usada por um professor preparado em
proposta que faça sentido pedagógico. O melhor software em educação continua sendo,
disparado, o cérebro de um bom professor.
Não duvido de que um dia tenhamos máquinas que passem no teste de Turing,
demonstrando inteligência indistinguível da de um humano. Até esse dia chegar, nossa
batalha precisa ser a de ter bons professores dando boas aulas, sem pirotecnias ou
geringonças. O fato de o Brasil estar embarcando em mais esse diversionismo é
sintomático da falta de foco, de lógica e de ambição que domina nosso diálogo nesse
setor.
FONTE:
IOSCHP, G. O Que o Brasil Quer Ser Quando Crescer? E Outros Artigos Sobre Educação e
Desenvolvimento. Ed. 1. Ed. Paralela. São Paulo. 2012.
109
PROGRAMA TRIBUTO AO FUTURO
O Programa Tributo ao Futuro criado no final de 2004, o Tributo ao Futuro é um
Programa da Odebrecht S.A, executado pela Fundação Odebrecht, que teve como base
de inspiração o Programa de destinação de Imposto de Renda da Gerdau, no Rio Grande
do Sul. Por meio do Tributo, Integrantes e Parceiros da Organização Odebrecht podem
apoiar, sem qualquer custo, projetos sociais que educam jovens, para a vida e pelo
trabalho.
A partir das destinações de Imposto de Renda e doações, as iniciativas são realizadas por
instituições com o título de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip),
concedido pelo Ministério da Justiça. Os projetos apoiados são certificados e
acompanhados pela Fundação Odebrecht, que, mensalmente, presta contas para cada
Investidor.
Baseado na Lei Federal 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente), que permite
que as Pessoas Físicas destinem até 6% do Imposto de Renda apurado no ano vigente,
desde que declarem pelo Formulário Completo. A quantia investida é abatida do imposto
a pagar, ou acrescida ao imposto a restituir, corrigida pela Taxa Selic. A destinação pode
ser feita até 30 de dezembro.
A Lei permite também que as Pessoas Jurídicas destinem até 1% do Imposto de Renda
devido, apurado no exercício, desde que declarem com base no lucro real, podendo
abater 100% do valor investido, na parcela do Imposto a pagar.
A Odebrecht, para facilitar o processo, antecipa o recurso para o Integrante. Com o
adiantamento feito, a Odebrecht assume o custo financeiro da antecipação. O Integrante
110
não tem custo algum e pode participar de um projeto social, certificado pela Fundação
Odebrecht, contribuindo com a criação de um mundo melhor.
Custo zero para o Integrante, com impacto social garantido. As empresas parceiras que
destinam seu IR podem abater 100% da doação de sua declaração de renda. É uma forma
eficaz de exercer sua Responsabilidade Social, fortalecendo a imagem da Organização.
O Papel da Fundação Odebrecht
• Seleção e certificação de projetos sociais.
• Relacionamento institucional com Conselhos Municipais de Direitos da Criança e
Adolescente,
• Prefeituras e Organizações da Sociedade Civil.
• Apoio ao planejamento e gestão financeira das Organizações da Sociedade Civil,
cujos projetos foram selecionados.
• Orientações aos Líderes dos projetos, visando a otimização dos Resultados.
• Acompanhamento dos projetos, avaliação dos Resultados e geração dos
Relatórios de Atividades, com respectiva prestação de contas mensal aos
Investidores.
Como participar?
• Para participar do Programa, nos casos da Pessoa Física e da Pessoa Jurídica,
segue abaixo alguns pontos norteadores:
• •Entre no site www.tributoaofuturo.com.br;
• •Faça uma simulação de sua Declaração de Renda, no Simulador, e verifique o
quanto pode destinar (6% do Imposto apurado).
• •Em nosso site, poderá efetuar a participação preenchendo o formulário do
Participe;
• •Para ter acesso ao Benefício Fiscal, é imprescindível lembrar de informar o valor
destinado na Declaração de Importo de Renda;
• O valor da Pessoa Jurídica (1% do Imposto apurado) é identificado pela
contabilidade da empresa e a destinação é efetuada pela equipe do Tributo ao
Futuro;
• Entre em contato com a equipe do Programa: (71) 3206-1429/1589 |
• Este projeto contou com o apoio do Programa Tributo ao Futuro.
111