FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO
PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICATURMA - PDE/2012
Título: COMO TRABALHAR COM FRAÇÕES PARTINDO DO CONCRETO PARA A ABSTRAÇÃO
Autor Edicleuza Morais Prates
Disciplina/Área (ingresso no PDE)
Matemática
Escola de Implementação do Projeto e sua localização
Colégio Estadual “Maria de Lourdes R. Morozowski”
Município da escola Paranaguá
Núcleo Regional de Educação Paranaguá
Professor Orientador Prof.ª Ms. Solange Maria Gomes dos Santos
Instituição de Ensino Superior Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Paranaguá
Relação Interdisciplinar
(indicar, caso haja, as diferentes disciplinas compreendidas no trabalho)
História e Ciência e Tecnologia
Resumo
(descrever a justificativa, objetivos e metodologia utilizada. A informação deverá conter no máximo 1300 caracteres, ou 200 palavras, fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12 e espaçamento simples)
O objetivo deste caderno pedagógico é desenvolver atividades de aprendizagem que se caracterizem como interferências pedagógicas na superação das dificuldades de abstração, da mudança do concreto para o abstrato no estudo das frações. Está dividido em unidades curriculares, onde as atividades são indicadas para o 6.° ano do Ensino Fundamental no estudo das frações, mostrando em cada unidade o conteúdo partindo do concreto para a abstração.
Palavras-chave ( 3 a 5 palavras) Aprendizagem, concreto, abstração, frações, jogos matemáticos
Formato do Material Didático Caderno pedagógico
Público Alvo 6 º ano do Ensino Fundamental
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁSUPERINTENDÊNCIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
FACULDADE ESTADUAL DE FISOLOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS DE PARANAGUÁ
CADERNO PEDAGÓGICO
PARANAGUÁ, PR2012
EDICLEUZA MORAIS PRATES
COMO TRABALHAR FRAÇÕES PARTINDO DO CONCRETO PARA A ABSTRAÇÃO
Caderno Pedagógico apresentado para a orientação do PDE da Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Paranaguá. Profª. Orientadora: Ms.Solange Maria Gomes dos Santos.
PARANAGUÁ2012
APRESENTAÇÃO
Este caderno pedagógico será aplicado no Ensino Fundamental, nos 6° anos
do Colégio Estadual “Maria de Lourdes Rodrigues Morozowski” no primeiro semestre
de 2013.
OBJETIVOS
O objetivo deste caderno pedagógico é desenvolver atividades de
aprendizagem que se caracterizem como interferências pedagógicas na superação
das dificuldades de abstração, da mudança do concreto para o abstrato no estudo
das frações.
Este caderno pedagógico está dividido em unidades curriculares, onde as
atividades são indicadas para o 6.° ano do Ensino Fundamental no estudo das
frações, mostrando em cada unidade o conteúdo partindo do concreto para a
abstração.
Sumário
UNIDADE CURRICULAR I...........................................................................................5- TEMA : História das Frações...........................................................................6- OBJETIVO.......................................................................................................6- DESENVOLVIMENTO.....................................................................................6
UNIDADE CURRICULAR II........................................................................................13- TEMA: Conceito, representação e linguagem...............................................13- OBJETIVO.....................................................................................................13- DESENVOLVIMENTO...................................................................................13
UNIDADE CURRICULAR III.......................................................................................17- TEMA: Tipos de frações e comparação de frações.......................................18- OBJETIVO.....................................................................................................18- DESENVOLVIMENTO...................................................................................18
UNIDADE CURRICULAR IV.......................................................................................23- TEMA: Problemas..........................................................................................23- OBJETIVOS...................................................................................................23- DESENVOLVIMENTO...................................................................................23
UNIDADE CURRICULAR V........................................................................................26- TEMA: O uso de software na construção de conceito de frações.................27- OBJETIVO.....................................................................................................27- DESENVOLVIMENTO...................................................................................27
AVALIAÇÃO................................................................................................................32REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................33
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UNIDADE CURRICULAR I
O entendimento do número racional - fração é complexo para o aluno,
causando sérias dificuldades no processo de ensino-aprendizagem. Para uma
melhor compreensão, faz-se necessário uma abordagem histórica do surgimento
deste número, bem como a evolução na sua representação. Ao aluno é importante
saber que os números fracionários não surgiram do acaso, e sim da necessidade de
efetuar e registrar medidas. As frações não são totalmente desconhecidas aos
alunos, pois já as utilizam fora do ambiente escolar, nas brincadeiras, nos grupos, na
partilha do lanche, mas ficam comprometidas quando surge a necessidade de se
fazer registros.
A metodologia utilizada pela escola, muitas vezes, centrada no simbolismo, na
linguagem matemática e na aplicação mecânica dos algoritmos, onde os conteúdos
são abordados numa linguagem formal, segundo Costa (2007), contribui para gerar
defasagens na aprendizagem do aluno. Na maioria das vezes, a dificuldade está na
compreensão dos termos que são utilizados nos conceitos, pois a forma como o
pensamento se organiza está diretamente ligado às estruturas da língua materna.
Existe uma conexão entre a matemática e a língua materna e, como afirma Machado
(1993), aprender matemática não é somente aprender técnicas para a resolução de
problemas, mas também saber fazer a leitura com as interpretações necessárias
para a compreensão das situações-problemas que se apresentam no cotidiano.
Os alunos apresentam algumas habilidades em manipular os números
racionais, sem necessariamente ter uma compreensão clara do conceito. Nunes &
Bryant argumentam que:
Com as frações as aparências enganam. As vezes as crianças
parecem ter uma compreensão completa das frações e ainda não a
têm. Elas usam os termos fracionários certos; falam sobre frações
coerentemente; resolvem alguns problemas fracionais; mas diversos
aspectos cruciais das frações ainda lhes escapam. De fato, as
aparências podem ser tão enganosas que é possível que alguns
alunos passem pela escola sem dominar as dificuldades das frações,
e sem que ninguém perceba (NUNES &.Bryant, 1997).
6
TEMA: História das frações
OBJETIVO: Conhecer a história da origem do número fracionário e os fatores que
contribuiram para seu surgimento facilitando o ensino e a aprendizagem do
conteúdo de frações.
DESENVOLVIMENTO: Levar os alunos no laboratório de multimídias e apresentar
no data show a história da origem das frações, utilizando slides animados.
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5° Slide:
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12° Slide:
Após a apresentação dos slides com a história das frações, os alunos terão,
como atividade em trio, a construção de uma maquete sobre a história das frações.
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UNIDADE CURRICULAR II
Segundo Gómez-Granell (1998) uma boa parcela dos erros cometidos pelos
alunos deve-se ao fato do ensino ter sido baseado muito mais na aplicação de
regras que na compreensão do significado. Os alunos aprendem a manipular
símbolos sem se aperceberem do sentido que eles têm, aplicam as regras que lhes
foram ensinadas, mas não são capazes de conectá-las nem com seu conhecimento
procedimental nem com o conceitual. Além das subdivisões é importante também
construir as noções de ordem, sequência, intervalo e equivalência.
A compreensão do significado das frações, o que representa o numerador e o
denominador, associado à partição de alimentos e às medidas, estabelecer
comparações entre esses números, saber reconhecer quando um número é maior
que o outro, realizar operações, juntando ou diminuindo quantidades, será facilitada
se o aluno fizer uso de materiais concretos manipuláveis e de jogos, contribuindo
assim para a construção do seu conhecimento.
Consideram-se como materiais manipuláveis todos os materiais que podem
ser movimentados e manipulados pelos educandos, contribuindo para amenizar
dificuldades e favorecer para uma efetiva aprendizagem. Vale destacar, que a
aprendizagem ocorre no pensamento do educando e não apenas na manipulação
dos materiais, o que sugere que o professor atue como mediador entre o educando
e o conhecimento historicamente produzido.
TEMA: Conceito, representação e linguagem (do concreto para o abstrato)
OBJETIVO: Levar o aluno à compreensão das frações: o representar e o traduzir
oralmente uma fração; estabelecer a diferença entre repartir e distribuir no conceito
das frações.
DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES: Para chegar na construção do tema
acima foram elaboradas as seguintes atividades:
− Quanto ao conceito
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− Quanto à representação
− Quanto à linguagem.
1ª atividade:
Distribuimos para cada aluno quatro tiras retangulares de papel, todas do
mesmo tamanho. O aluno deverá dobrá-las de modo a dividi-las em 2, 4 e 8 partes
iguais. O resultado ficará:
Tira inteira
Tira dividida em 2
Tira dividida em 4
Tira dividida em 8
Na tira dobrada em 2 partes iguais, o professor explicará que cada parte terá
o código 1/ 2 . Esse código indica uma (1) das duas(2) partes iguais da divisão. Essa
parte representa a metade. Depois o professor deve incentivar os alunos a tentarem
descobrir os códigos das partes nas outras tiras. O aluno deve registrar as
anotações.
A partir dessa atividade o professor inicia o conceito de fração.
Fração é uma forma de representar uma quantidade a partir de um valor que
é dividido por um determinado número de partes iguais.
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1 → numerador
2 → denominadores
O denominador indica em quantas partes o inteiro foi dividido e o numerador indica
quantas partes foram utilizadas.
Generalizando, a fração é a representação genérica do valor a que é dividido
por b partes iguais, sendo b≠0. Geralmente utilizaremos a representação a/b.
Quando trabalhamos com frações nos deparamos com a ideia de repartir e
distribuir. Repartir no sentido de cortar. Exemplo: repartir o bolo entre 6 crianças é o
mesmo que cortar o bolo em 6 partes iguais. Distribuir no sentido de dar, separar.
Exemplo: João distribuiu 12 de suas figurinhas para seus 3 amigos,em partes iguais,
quer dizer que ele deu 1/3 das figurinhas para cada amigo.
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2ª atividade:
Entregar aos alunos fichas coloridas com cores variadas (amarelo, verde,
vermelho, azul,...) que dão origem a “n” grupos. O total “n” de grupos corresponde
ao total de cores distribuídas. Cuidar para que a quantidade de cores seja um
número divisor do total de alunos, para que os grupos formados tenham a mesma
quantidade de elementos. Após formarem os grupos, os alunos responderão aos
questionamentos propostos pelo professor que deverão ser registrados.
→ Qual é o total de alunos?
→ Os alunos estão separados em quantos grupos?
→ Quantos alunos ficaram em cada grupo?
→ Todos possuem a mesma quantidade de pessoas?
→ Qual é a representação fracionária do grupo azul em relação ao total de grupos
formados?
→ E a representação do grupos de cor amarela e verde?
→ Supondo que a sala tenha 4 grupos, quantos alunos são 2/4 do total presentes
na sala? ( Sugestão: solicitar uma fração que represente a metade do total)
Os alunos se divertem muito e logo compreendem que eles próprios fazem
parte do todo, que eles estão representando frações e que as divisões que
acontecem com os grupos também podem ser expressas na forma numérica.
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UNIDADE CURRICULAR III
Ao manipular objetos, a criança faz experimentações importantes que tem o
poder de estimular o raciocínio, a reflexão e a construção do conhecimento.
“Experimentar é valorizar o processo de construção do saber em vez do
resultado dele...”, e mais, “... experimentar é investigar” (Lorenzato, 2008, p.72)
Enfim, em todos os momentos de trabalho com materiais manipulativos, é
fundamental que ocorram discussões em torno de situações-problemas, ligadas ou
não, ao contexto escolar. O material manipulável somente será válido se houver
mediação para a construção do conhecimento científico. Ele por si só não garante
aprendizagem, conforme Fiorentini e Miorim, (1990). É necessária a interação entre
os educandos e, ao professor compete estabelecer a mediação entre os alunos e o
saber, no instante em que ele está sendo construído.
Skovsmose (2008, p.16) que menciona que “a matemática em si é utópico
sobre o qual é preciso refletir. Ela é parte de nossa cultura tecnológica e exerce
muitas funções [...]”. Ao trabalhar-se do concreto para o abstrato com o uso de
manipulativos, o professor poderá gerar a reflexão sobre o conteúdo abordado.
A tendência histórico-crítica surgiu no Brasil em meados de 1984 e, através e,
sua metodologia fundamentada no materialismo histórico, buscava a construção do
conhecimento a partir da prática social, superando a crença na autonomia e na
“dependência absolutas da educação em face das condições sociais vigentes”.
(SAVIANI, 1997). Na matemática essa tendência é vista como um saber vivo,
dinâmico, construído para atender às necessidades sociais, econômicas e teóricas
de um determinado período histórico.
Assim, a aprendizagem da Matemática consiste em criar estratégias que
possibilitam ao educando construir significados às ideias matemáticas de modo a
tornar-se capaz de estabelecer relações, justificar, analisar, discutir e criar.
Dessa forma, o ensino de matemática voltado para práticas de ensino lúdicas,
promove uma maior interatividade entre os participantes e consequentemente um
maior aproveitamento do conhecimento matemático.
TEMA: Tipos de frações e comparação de frações.
OBJETIVO: Desenvolver junto aos alunos a capacidade de entender quando uma
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fração é menor, maior ou igual ao inteiro.
DESENVOLVIMENTO: Quando os alunos comparam dois números naturais para
saber qual é o maior, um dos critérios que utilizam é o de verificar se o registro de
um deles tem mais algarismos do que o outro. Na tentativa de usar essa
propriedade para comparar frações, logo percebem que ela não mais “funciona”.
Por exemplo, para decidir se 1/10 de uma folha de papel sulfite é um pedaço maior
ou menor que 1/3 da mesma folha, de início a criança pode pensar “ 1/10 tem mais
algarismos do que 1/3, então 1/10 representa um pedaço maior do que 1/3 da
folha”. Mas ao representar essas quantidades, ele facilmente constata que 1/10 é
menor do que 1/3 da folha.
Atividade – Distribuir duas folhas de papel sulfite para cada aluno. Pedir que ele
dobre a primeira em três partes iguais e a segunda em dez partes iguais. Pedir para
verificar e registrar o resultado.
1/3
1/10
Conclusão: 1/3 é maior que 1/10 ou 1/10 é menor que 1/3.
Usando símbolos: 1/3 > 1/10 ou 1/10 < 1/3
Ao representar essas quantidades por um esquema, como o representado
acima, o aluno facilmente constata que o “jeito que comparou esses números não foi
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adequado”. No início da aprendizagem, a comparação entre números racionais
escritos na forma fracionária deve se apoiar em materiais de manipulação e
esquemas. Ainda levando em conta o que conhecem sobre números naturais, as
crianças também concebem a comparação de frações por meio da comparação
direta de seus numeradores e de seus denominadores.
TIPOS DE FRAÇÕES:
a) Frações próprias – são aquelas que representam parte de um inteiro, isto é,
representam quantidades maiores que zero e menores que 1. Ex. 1/2. 3/ 4, 4/6.
3 / 4b) Frações impróprias – são aquelas que representam números maiores que 1. Ex.
5/4, 8/3, 5/2.
5 / 4c) Frações aparentes – são um caso particular das frações impróprias, são aquelas
que representam um número natural. Ex. 6/3, 10/5, 8/4.
8/4 = 2 inteirosd) Números na forma mista – é formado por uma parte inteira e uma parte
fracionária. Equivale a uma fração imprópria.
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5/4 = 1 1/4 um inteiro e um quarto
e) Frações equivalentes – são frações escritas com números diferentes mas que
representam a mesma quantidade do inteiro. Ex. 1/4 e 2/8.
1/ 4 = 2/8
A aprendizagem da Matemática consiste em criar estratégias que possibilitam
ao educando construir significados às ideias matemáticas de modo a tornar-se
capaz de estabelecer relações, justificar, analisar discutir e criar.
Dessa forma, o ensino de matemática voltado para práticas de ensino lúdicas,
promove uma maior interatividade entre os participantes e consequentemente um
maior aproveitamento do conhecimento matemático.
O jogo em sala de aula torna-se uma estratégia didática quando tem por
objetivo a aprendizagem, ou seja, quando promove algum tipo de conhecimento,
relação ou atitude por parte dos alunos.
Utilizamos o jogo a seguir para fixação dos conteúdos dessa unidade.
21
Jogo: Tabuleiro das Frações
− Materiais necessários: um tabuleiro com 25 quadros formado por frações
variadas (própria, imprópria, aparente, número misto, etc), números inteiros,
decimais , um dado onde as faces são marcadas com FP para fração própria, FI
para fração imprópria, FA para fração aparente, I para número inteiro e X para
outro tipo de número, marcadores de cores diferentes.
− Regras do jogo: participam do jogo 2 alunos. Tiram par ou ímpar para ver
quem começa. O primeiro jogador joga o dado e encontra a fração ou o número no
tabuleiro correspondente a face encontrada na parte superior do dado, colocando
sobre ela o seu marcador. O segundo joga em seguida, observando as mesmas
regras do jogo. Caso o jogador não encontre casa para ser marcada no tabuleiro,
passa a vez para o adversário. Ganha quem conseguiu colocar mais marcadores no
tabuleiro.
− Variação do jogo: pode ser considerado vencedor quem fechar uma fila
primeiro, podendo ser horizontal vertical ou as diagonais principais.
Tabuleiro das Funções
2/3 1/5 6/3 4 0,5
0,01 2 3/5 4/7 9/2 5/4
10 3/4 1/2 5/10 8/4
2,5 9 4 1/3 4/2 10/5
1/4 1,3 4/3 1/6 3/2
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UNIDADE CURRICULAR IV
A ação do professor deve estimular e indagar através da visão de mundo do
aluno, suas opções diante da vida, da história e do cotidiano. Quanto ao ensino
específico das frações, Mühlen (2005), aponta que a divisão de pizzas e barras de
chocolates, pode não ser um bom recurso para ensinar frações, divisão em partes
exatamente iguais, represente um todo ou parte de um todo.
O ensino das frações deveria ser gradativo e relacionado com outros
conteúdos simultaneamente, como os números decimais, porcentagem, etc.
Segundo Lopes (2005, p.12):
… Não é de se estranhar, portanto, que os alunos tenham
dificuldades, e que certos conceitos e procedimentos têm
permanência curta, resistindo quando muito, do dia do “ponto
ensinado”ao dia da prova. Esses mesmos estudos sugerem que o
ensino de frações deve ser realmente conceituado e incorporado às
estruturas de pensamento dos alunos... A equivalência é utilizada para
introduzir ou explorar as porcentagens(...) (LOPES, 2005, p.12).
Ainda neste contexto, Piaget explora aquele aluno que está no estágio das
operações formais, devem-se oportunizar atividades que possibilitam a cooperação
e a socialização, pois esta é uma forma de estruturar o pensamento lógico.
Logicamente, cabe ao professor identificar como estão os conhecimentos nos seus
alunos, para procurar alternativas viáveis.
TEMA: problemas.
OBJETIVOS: Interpretação da linguagem fracionária colocada nos problemas.
DESENVOLVIMENTO:
24
atividades
1) Separe um conjunto de 30 peças de material de contagem (tampinhas, sementes,
botões, fichas, cubinhos do material dourado, etc).
a) Divida seu conjunto em duas partes iguais. Registre as frações encontradas.
1 = ____ elementos 2 = ___elementos
2 2
b) Divida agora seu conjunto em três partes iguais. Registre as frações encontradas.
1 = ____ elementos 2 = ____ elementos 3 = ____ elementos
3 3 3
c) Repita para cinco partes iguais.
d) Repita para seis partes iguais.
e) Repita para dez partes iguais.
f) Repita para quinze partes iguais.
g) Repita para trinta partes iguais.
h) A partir do seu trabalho, registre quais são as frações equivalentes encontradas.
Créditos do exercícios: Pró-Letramento – Matemática – Estado Minas Gerais.
2) Problema envolvendo o significado Parte-todo.
“ Um chocolate foi dividido em três partes iguais. Ana comeu uma dessas partes.
Que parte do chocolate Ana comeu”?
3) Problema envolvendo significado Quociente.
“Tenho quatro chocolates e quero dividi-los entre duas crianças. Quanto cada
criança vai recebe”?
4) Problema envolvendo também significado Quociente.
“ Tenho dois chocolates e quero dividi-los entre quatro crianças. Quanto cada
criança vai receber”?
4) Problema envolvendo o significado Número:
“Represente a fração 2/5 na reta numérica.
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5) Problema envolvendo significado Medida
“Temos duas pizzas e queremos dividi-las igualmente para cinco pessoas. Qual a
parte que cada uma receberá?”
6) Problema envolvendo significado Operador Multiplicativo
“Pedro tinha trinta soldadinhos de chumbo em sua coleção, e deu 2/3 para o seu
colega. Com quantos soldadinhos de chumbo Pedro ficou?
Crédito dos exercícios: Paulo Cesar Alves dos Santos: Uso do material concreto: um
fator facilitador de ensinagem de frações com alunos de 5ª série.
26
UNIDADE CURRICULAR V
Milani(2001) inicia seu capítulo afirmando que “O computador, símbolo e
principal instrumento do avanço tecnológico, não pode mais ser ignorado pela
escola. No entanto, o desafio é colocar todo o potencial dessa tecnologia a serviço
do aperfeiçoamento do processo educacional, aliando-a ao projeto da escola com o
objetivo de preparar o futuro cidadão.” (p.175).
Um dos maiores problemas na educação decorre do fato que muitos
professores consideram os conceitos matemáticos como objetivos prontos, não
percebendo que estes conceitos devem ser construídos pelos alunos. De alguma
maneira os alunos devem vivenciar as mesmas dificuldades conceituais e superar os
mesmos obstáculos epistemológicos encontrados pelos matemáticos. Solucionando
problemas, discutindo conjeturas e métodos, tornando-se conscientes de suas
concepções e dificuldades, os alunos sofrem importantes mudanças em suas idéias
[Vergnaud apud Gravina e Santarosa, 1998]
É necessário repensar o ensino e a aprendizagem, colocando-se numa
postura de professor inovador, criando situações significativas e diferenciadas,
cabendo propiciar diferentes situações “problemas” ao educando.
O aluno precisa ser motivado a envolver-se ativamente nesse processo,
construindo o seu conhecimento a partir de múltiplas interações. O professor de
matemática deve organizar um trabalho estruturado através de atividades que
propiciem o desenvolvimento de exploração informal e investigação reflexiva e que
não privem os alunos nas suas iniciativas e controle da situação.
Valente (1997) destaca que o professor, em consonância com uma proposta
pedagógica construtivista sócio-interacionista, deve compreender o significado do
processo de aprendizagem através da construção do conhecimento, ter pleno
domínio do conteúdo que está sendo abordado e conhecer as possibilidades dos
softwares utilizados para, então, poder acompanhar o aluno nesse ambiente e
intervir adequadamente quando se fizer necessário. Dependendo do ambiente
informatizado escolhido, o professor pode rever o caminho trilhado pelo aluno e,
assim, identificar em que momento ele se afastou do objetivo pretendido, discutindo
com o aluno o que o levou a fazer tais escolhas e o ajudando a repensá-las e,
assim, definir novos rumos.
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TEMA : O uso de software na construção do conceito de frações.
OBJETIVO: tornar o estudo das frações mais simples, utilizando jogos e tecnologia
como recurso.
DESENVOLVIMENTO: O jogo será aplicado no laboratório de multimídias. É um
jogo com animações, o que desperta mais interesse nos alunos. Nos slides de
exercícios o aluno clica em uma das alternativas de resposta. Se a resposta estiver
correta, entra o slide 6, com aplausos. Se a resposta estiver errada, entra o slide 5,
que é uma bonequinha chorando, porém com incentivo para o aluno tentar
novamente, pois o objetivo não é só a competição e sim a aprendizagem.
1° Slide
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4° Slide
5° Slide
choro1.gif oficina-do-gif.blogspot.com
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6° Slide
http://www.messentools.com/pt/msn-emoticon-details-and-download/id/747/ - gifs aplausos
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AVALIAÇÃO:
Este caderno pedagógico foi desenvolvido num contexto muito significativo,
onde pode se avaliar o comportamento do aluno diante de situações concretas que o
levaram a construir pela abstração dos conceitos fracionários. Para tanto buscou-se
avaliar através desse caderno pedagógico a observação, a interpretação e as
características que cada conteúdo necessita para ser absorvido pelo aluno.
A interação ensino-aprendizagem aconteceu quando a interação concreto-
abstrato formou em cada unidade curricular um contexto amplo e ao mesmo tempo
desafiador para ambos os envolvidos no processo.
Para que este caderno pedagógico tivesse nas suas linhas de ação interfaces
significativas, foram necessárias a execução das seguintes estratégias:
- Trabalhar com atividades que abordam juntamente o conhecimento concreto por
meio do lúdico e o abstrato.
- Aplicação de atividades que envolvam tanto organizações individuais como em
grupo dos educandos, visando a socialização e interação dos mesmos.
- Aplicação através do lúdico de aplicativos de modelagem e simulações,
contextualizando e representando o fazer matemático.
33
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