FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA
Título: Atividades Práticas de Ecologia para o Ensino de Ciências
Autor Elaine Teresinha Rosinski
Escola de Atuação Escola Estadual Vale do Tigre - Ensino Fundamental
Município da escola Nova Londrina - PR
Núcleo Regional de Educação
Loanda
Orientador Profª Drª Marilene Mieko Yamamoto Pires
Instituição de Ensino Superior
UNESPAR/FAFIPA
Disciplina/Área Ciências
Produção Didático-pedagógica
Unidade Didática
Relação Interdisciplinar Matemática
Público Alvo Alunos de 6ª serie
Localização Escola Estadual Vale do Tigre - Ensino Fundamental
Avenida Juscelino K. de Oliveira – 361 Centro
Nova Londrina – PR CEP 87970-000
Apresentação: Um grande desafio imposto ao professor de Ciências é aplicar práticas pedagógicas acompanhadas de práticas teóricas relacionando os conteúdos à realidade do aluno, dando significado e importância ao assunto apresentado. As Atividades Práticas de Ecologia serão desenvolvidas com o objetivo de propiciar ao aluno a observação e exploração do meio ambiente com
curiosidade, percebendo-se como ser integrante transformador e, acima de tudo, que tenha atitudes de conservação uma vez que, reciclar a consciência ambiental em crianças e adolescentes é garantia que no futuro se tornem adultos preocupados com o meio ambiente.
Palavras-chave Técnicas metodológicas; Ensino de Ciências; Recursos didáticos
ATIVIDADES PRÁTICAS DE ECOLOGIA PARA O ENSINO DE
CIÊNCIAS
Introdução
Ecologia é a parte da Biologia que estuda os seres vivos em seu
ambiente, procurando estabelecer relações entre tais seres e o ambiente em
que vivem (FONSECA, 1988, p.345). É uma palavra que deriva do grego,
onde “oikos”, significa casa e “logos” significa estudo. A Ecologia também se
encarrega de estudar a abundância e distribuição dos seres vivos no planeta
Terra.
Esta ciência é de extrema importância, pois os resultados de seus
estudos fornecem dados que revelam se os animais e os ecossistemas estão
em perfeita harmonia. Numa época em que o desmatamento e a extinção de
várias espécies estão em andamento, o trabalho dos ecologistas é de extrema
importância.
Através das informações geradas pelos estudos da Ecologia, o homem
pode planejar ações que evitem a destruição da natureza, possibilitando um
futuro melhor para a humanidade.
O primeiro passo para trabalhar a Educação Ambiental é criar, na
escola, um ambiente capaz de envolver os professores e desenvolver, nos
alunos, capacidades específicas que lhes permitam compreender a diversidade
da vida no Planeta, reconhecer situações de desequilíbrio ambiental e a
importância de se conservar o meio (VIZENTIN,2009, p.7).
As Atividades Práticas de Ecologia serão desenvolvidas com o objetivo
de propiciar ao aluno a observação e exploração do meio ambiente com
curiosidade, percebendo-se como ser integrante transformador e, acima de
tudo, que tenha atitudes de conservação uma vez que, reciclar a consciência
ambiental em crianças e adolescentes é garantia que no futuro se tornem
adultos preocupados com o meio ambiente.
1. Construindo um minhocário
Figura 01. Com materiais de baixo custo, seus alunos poderão conhecersobre as minhocas e a reciclagem da matéria orgânica
Fonte : http://educador.brasilescola.com/estrategias-ensino/minhocario.htm
Esta atividade permite compreender o comportamento das minhocas
no solo e a importância desses animais para a agricultura. Assim que entram
em contato com a terra, as minhocas procuram esconder-se embaixo das
folhas e, rapidamente, começam a cavar as galerias.
À medida que a minhoca vai cavando uma galeria, ela vai engolindo
partículas do solo e restos de plantas e animais, que lhe servem como
alimento. Suas fezes são constituídas por partículas de solo e restos de
alimento; portanto, contribuem para tornar o solo mais fértil. Graças a esta
habilidade, reciclam a matéria orgânica, auxiliando na decomposição, ao
mesmo tempo em que enriquecem o solo – uma vez que expelem húmus ao
ingeri-la.
Quando próximas às paredes do vidro, as galerias escavadas pelas
minhocas ficam perfeitamente visíveis, possibilitando uma melhor compreensão
do que ocorre no solo. Essas galerias permitem maior aeração do solo e,
conseqüentemente, melhor absorção de água e nutrientes pelas raízes das
plantas.
A construção de minhocários permitirá que os alunos conheçam uma
representação do habitat destes animais; trabalhar a questão do lixo orgânico e
o trabalho dos detritívoros e decompositores na cadeia alimentar pode, também
ser implementado.
Você sabe como vivem as minhocas? Para conhecermos seu modo de
vida, que tal construir um minhocário?
Do que você vai precisar:
Garrafa PET de 2 litros ou um vidro de conserva grande e de boca
larga
Terra fértil (terra preta vendida em casas de jardinagem) ou terra
de locais onde são encontradas minhocas
Areia
Minhocas
Um pedaço de tule ou tela de náilon
Saco de lixo preto, tecido escuro ou cartolina preta
Como fazer:
* Caso sejam feitos de garrafa PET, recortar o gargalo,
primeiramente.
1. Lave o recipiente e seque-o.
2. Lave a areia e deixe-a secar.
3. Coloque camadas de mais ou menos 3 cm de espessura de terra e
areia até um pouco além da metade do recipiente. A última camada deve ser
de terra.
4. Coloque algumas folhas secas de plantas sobre a terra.
5. Regue, deixando úmido o ambiente.
6. Coloque algumas minhocas sobre a terra e observe como se
comportam.
7. Fechar o vidro com tela de náilon ou tule.
8. Cobrir ao redor com o material escuro.
9. Deixar o recipiente em local onde não receba luz direta do Sol, como
um canto da sala de aula.
10. Faça registros diários a respeito do que acontece no minhocário.
Vamos fazer o registro:
1) Como as minhocas se comportam, assim que são colocadas no
minhocário?
2) Como as minhocas cavam as galerias?
3) Essas galerias são importantes para a agricultura? Por quê?
Para o professor:
1) As minhocas procuram esconder-se embaixo das folhas e em
seguida começam a cavar as galerias.
2) Para cavar as galerias, as minhocas movimentam o corpo para a
frente e vão engolindo o solo.
3) São muito importantes, pois permitem que o ar e a água passem
com mais facilidade para o solo, garantindo uma vida saudável às plantas. À
medida que cavam as galerias, as minhocas enterram restos de vegetais e
animais e depositam suas fezes no solo, contribuindo para uma adubação
natural.
O professor poderá ainda pedir para que seus alunos façam um
relatório contendo as etapas e desenhem como o minhocário ficou nos
primeiros momentos após ficar pronto.
Semanalmente, retirar a proteção e solicitar para que seus alunos
anotem e desenhem o que ocorreu em cada intervalo de tempo, tomando o
cuidado para cobrir novamente o minhocário.
Para saber sobre as regras básicas de segurança nas atividades experimentais, procedimentos de primeiros socorros e forma adequada de descarte de diversas substâncias, acesse o site: http://www.sc.usp.br/residuos/rotulagem/downloads/norma_seg.pdf
2. Estudando Fungos em Alimentos
Também conhecidos como bolores, mofos, leveduras, cogumelos,
orelhas-de-pau, os fungos contribuem de forma fundamental no ciclo de
matéria nos ecossistemas, pois muitos são decompositores de matéria
orgânica – ajudam na reciclagem dos nutrientes dos diferentes ecossistemas.
Os fungos podem ser unicelulares ou pluricelulares, alguns são causadores de
doenças, outros são comestíveis e outros usados na indústria para fabricação
de bebidas e do pão. Juntamente com as bactérias decompositoras, os fungos
são responsáveis pela reciclagem de nutrientes ao degradarem a matéria
orgânica. Eles são responsáveis pela fertilização natural do solo, favorecendo a
produção por parte dos vegetais, sua falta afetaria todas as cadeias e teias
alimentares do ambiente.
Os fungos têm importante papel ecológico, pois são decompositores
que devolvem para o ambiente, substâncias ricas em carbono e nitrogênio,
melhorando a fertilidade do solo. Podemos dizer que a reciclagem dos
materiais necessários à fotossíntese depende da ação decompositora dos
fungos. Ao se alimentar de matéria morta, os fungos também ajudam a evitar o
acúmulo de restos e dejetos.
Os fungos são encontrados no solo, na água, nos vegetais, em
animais, no homem e em detritos em geral, mas quais são as condições
necessárias à sua sobrevivência e desenvolvimento?
Esta atividade dará oportunidade para que os alunos analisem colônias
de fungos que crescem em alguns materiais orgânicos, relacionando o
importante papel ecológico que exercem na natureza. Sugerimos que você
utilize alimentos cozidos, ricos em água e sem conservantes, ou frutas
maduras. A análise deverá ser feita quando as colônias de fungos tiverem
tomado boa parte do alimento e crescido o suficiente para ser observadas.
Material necessário
- três pires
- três sacos plásticos transparentes
- três elásticos
- alimentos: uma colher de arroz cozido, um pedaço de pão de forma e
uma fatia de fruta madura cortada - mamão, goiaba, laranja
- uma lente de aumento (lupa)
- dois palitos de madeira para churrasco ou palitos de sorvete
- uma colher das de sopa
- água
Procedimento
a) Coloque um alimento em cada pires.
b) Umedeça a fatia de pão de forma com uma colher das de sopa de
água. Deixe os três pires expostos ao ar, em local fresco, por mais ou menos
trinta minutos.
c) Após os alimentos ficarem expostos, coloque cada um deles em um
saco plástico e feche-os com um elástico. Deixe as preparações em local
fresco, protegido da luz solar, e observe-as diariamente durante pelo menos
uma semana.
d) Depois de uma semana, quando os fungos já tiverem crescido sobre
os alimentos, observe-os com a lente de aumento. Utilize os palitos como
instrumento para mexer nas colônias de fungos que se desenvolveram.
Para observar a cultura de fungos, você pode usar uma luva de plástico
– dessas que são encontradas nos supermercados – ou um saco plástico
transparente. Tome cuidado para não aspirar os esporos que provavelmente se
formaram. Evite aproximar o rosto do material que está dentro do saquinho
plástico.
e) Usando a lente de aumento, observe os detalhes e desenhe no
caderno uma pequena porção da cultura de fungos. Procure distinguir as hifas
que estão crescendo sobre o alimento. Note que muitas delas possuem
esporos nas extremidades.
Vamos fazer o registro:
1) Em qual dos alimentos o crescimento dos fungos foi maior?
2) Por que os alimentos que estavam nos pires foram expostos ao ar
antes de os sacos plásticos serem fechados?
3) O que acontece com os alimentos à medida que os fungos crescem?
Para o professor:
1) Conforme observação do aluno. Um fator importante no
desenvolvimento dos fungos é a quantidade de água líquida disponível. Se o
alimento escolhido não ressecar durante o período de observação, espera-se
grande número de fungos. Um critério que pode ser usado para determinar
qual dos alimentos apresenta maior quantidade de fungos é o número de
colônias presentes, isto é, o número de pontos coloridos onde crescem os
fungos.
2) Para aumentar a possibilidade de os esporos que estavam no ar
caírem sobre o alimento.
3) A fruta, o pão e o arroz estão sendo consumidos pelos fungos, por
isso, com o passar do tempo, eles vão ficando cada vez menores, até
desaparecer por completo.
Observação: Acompanhe os alunos durante a observação dos pires com
alimento e somente permita que os sacos plásticos sejam abertos no dia da
conclusão da atividade. Informe-se com os próprios alunos ou com a secretaria
da escola se alguém é alérgico a esporos de fungos. Se houver algum aluno
nessa condição, deverá usar uma máscara comum de algodão ou não fazer
essa etapa do trabalho. As máscaras são encontradas em casas de material de
construção e utilizadas por marceneiros, pintores, carpinteiros e pedreiros, por
exemplo.
Os alunos não devem cheirar as colônias de fungos ou levar a mão à
boca enquanto estiverem realizando esta etapa do trabalho. Após o término da
atividade, os materiais deverão ser descartados, isto é, retirados da sala de
aula e colocados em local adequado (lixo). Além disso, os alunos deverão lavar
as mãos antes de retornar as atividades normais em sala de aula.
3. Investigando a ação do Fermento de Padaria
Na realidade, o fermento que se usa para fazer pão – denominado
fermento biológico – é um micróbio. É um fungo unicelular, ou levedura,
também chamado simplesmente levedo. A levedura usada na fabricação do
pão é um fungo que se reproduz assexuadamente. Os fungos é um micróbio
que não produz seu próprio alimento, necessitando, portanto, de substâncias
orgânicas para obter energia. Tudo isso acontece ao longo de uma série de
transformações químicas que recebe o nome de fermentação. Os fungos
utilizam o açúcar como matéria orgânica (alimento). Nesse processo, o açúcar
passa por uma série de transformações, até ser convertido em outras duas
substâncias: gás carbônico e álcool. Tais substâncias são novas, ou seja, não
existiam antes da fermentação acontecer.
Nas garrafas do experimento, o fermento levará a matéria-prima a se
transformar, produzindo o gás carbônico, que lentamente encherá os balões.
No caso do pão, o gás carbônico liberado torna a massa porosa e leve
e, conseqüentemente, mais macia. É através de um processo de fermentação
desse tipo que se produzem também bebidas alcoólicas, como o vinho e a
cerveja, o álcool em pregado como combustível e até mesmo o álcool de uso
doméstico.
Os micróbios têm muita relação com a vida humana. Alguns ajudam na
decomposição, outros nos transmitem doenças, e outros ainda, são
responsáveis por grande parte da fotossíntese que ocorre na natureza.
Com esta atividade obteremos informações importantes para mostrar ao
aluno por que a massa do pão cresce e qual o papel que os micróbios
desempenham na culinária.
Material necessário
- 2 colheres de sopa de açúcar;
- 3 copos de água morna;
- 1 copo comum de vidro;
- 2 colheres de sopa de farinha de trigo;
- 100 g de fermento de padaria fresco (mantido em geladeira até o
momento do uso);
- 1 colher de sopa (pode ser de plástico);
- 1 colher de chá (pode ser de plástico);
- 5 garrafas vazias de refrigerante (ou água) descartáveis de 600ml;
- 5 bexigas de borracha;
- etiquetas;
- barbante ou linha grossa;
- funil.
Procedimento
Coloque os ingredientes nas cinco garrafas, conforme indicado na
tabela e de acordo com as orientações dadas a seguir. Quando se mencionar
fermento, coloque três colherinhas de chá. No caso de açúcar e/ou farinha de
trigo, use uma colher de sopa de cada um e, no caso da água, use um copo.
Para misturar os ingredientes que vão ser colocados nas garrafas em que
entram água morna e fermento, faça o seguinte: ponha o fermento no copo de
vidro; em seguida coloque um pouquinho de água e misture bem, até formar
uma pasta; só então acrescente o que a montagem pedir, açúcar ou farinha,
completando depois o copo com água. Mexa bem a mistura para que as
substâncias se dissolvam totalmente na água.
Use o funil para colocar a mistura nas garrafas. Encaixe as bexigas de
borracha, amarrando-as com barbante.
Etiquete todas as garrafas, colocando a data e a hora em que as
fechou com as bexigas. Lave o funil, o copo e a colher a cada nova mistura que
fizer. Aguarde cerca de 15 minutos e anote o que observar nas garrafas.
Segure uma garrafa de cada vez, com as duas mãos, na região em que se
encontra a mistura, e verifique se a temperatura varia de uma garrafa para
outra. Por último, construa uma tabela para anotar seus resultados como a que
vem a seguir, acrescentando nela mais uma coluna e escrevendo “Resultados”.
Garrafa ConteúdoI Fermento + açúcarII Fermento + farinhaIII Fermento + água mornaIV Fermento + açúcar + água
mornaV Fermento + farinha + água
morna
Professor, após os 15 minutos, peça aos alunos que agitem ligeiramente
as garrafas, mas sem virá-las de ponta-cabeça, para ver se as garrafas IV e V
eliminam gás. Na garrafa em que só há farinha, água e fermento (V) também
ocorre fermentação, porém em menor escala. Na garrafa III pode ocorrer um
pouco de fermentação, já que os levedos contêm açúcar.
Procure deixar a atividade montada por algumas horas, ou até a aula
seguinte, e depois, antes de desmontá-la, peça aos alunos que balancem
novamente as garrafas e cheirem a mistura, quando tirarem a bexiga. É
possível que sintam cheiro de álcool, um produto da fermentação que ali
ocorreu.
Dica: Se você puder usar a cozinha da escola, seria interessante fazer
um pão junto com os alunos, numa espécie de lanche comunitário.
Vamos fazer o registro:
1. Quais misturas apresentaram modificações? Como você as explica?
2. Que relação existe entre o resultado do experimento e o fato de as
massas de pão ou pizza crescerem?
3. O que explica o fato de todas as receitas de pão serem semelhantes?
4. Discuta com seus colegas e tente explicar de onde vem o gás que faz
a massa estufar. Qual você acha que é a função do açúcar e da água morna?
Para o professor:
1) A mistura que apresentou maior modificação foi a garrafa IV: formou
mais espuma, ficou ligeiramente mais quente que as outras e a bexiga encheu
mais. Depois de aberta, a garrafa exalou um leve cheiro de álcool. Na garrafa V
também se formou um pouco de gás, de espuma, e a bexiga encheu um
pouco. (Pode formar-se um pouquinho de gás na garrafa III). Resposta pessoal
para a segunda parte da questão. (Devem levantar hipóteses para explicar
esse resultado. Como é provável que ainda não saibam que as leveduras são
seres vivos, aceite as hipóteses na medida em que expliquem os resultados)
2) Quando se junta o fermento ao açúcar ou à farinha, produz-se um
gás que faz a massa crescer e a bexiga inchar.
3) Em geral as massas levam fermento, farinha, uma pitada de açúcar
(ou leite que tem açúcar) para liberar gases que fazem a massa crescer. A
farinha, como mostrou o experimento, também sofre a ação do fermento, pois
tem açúcares. Se faltar um componente, as massas não crescem, pois não
ocorrem as reações químicas necessárias.
4) Resposta pessoal. (Aqui levantarão hipóteses que só mais tarde
serão testadas, quando interpretarem uma tabela, estudarem o texto e
observarem os levedos, se puderem).
4. Brincando de Presa/Predador
O aluno aprenderá nesta aula o que é a cadeia alimentar e qual a sua
importância para os seres vivos; também enfatizaremos as relações ecológicas
presentes na cadeia.
A cadeia alimentar é uma seqüência de seres vivos que se alimentam
uns dos outros. É a maneira de expressar as relações de alimentação entre os
organismos, iniciando-se nos produtores e passando para os consumidores. Os
herbívoros são os organismos que se alimentam diretamente dos produtores
(por exemplo: a vaca). Eles são chamados de consumidores primários; os
carnívoros ou predadores são os organismos que se alimentam de outros
animais (por exemplo: o leão). O carnívoro, que come o herbívoro, é chamado
de consumidor secundário.
As relações ecológicas entre os seres vivos de um ecossistema são um
fator importante, pois interferem no crescimento da população. Elas podem ser
positivas, quando os indivíduos envolvidos são favorecidos ou quando, para um
deles, a relação é indiferente; ou, negativas quando pelo menos um dos
indivíduos envolvidos é prejudicado.
O professor poderá reaplicar esta atividade modificando a quantidade de
cada item: plantas, presas e predadores. Isso irá demonstrar para os alunos
que a redução ou aumento de qualquer elo da cadeia causa um desequilíbrio,
podendo extinguir seus componentes. Pode-se também falar sobre a presença
e interferência do ser humano nas cadeias alimentares, e o que essa
interferência vem causando à natureza.
A atividade parece uma brincadeira, mas não se esqueça de que é um
trabalho. Porte-se como a ocasião exige.
Preste muita atenção às regras. Elas serão especialmente importantes
na elaboração do relatório que será feito após a atividade.
Durante a atividade, fique atento aos comandos e, principalmente,
respeite-os, pois a sua colaboração será fundamental para o bom andamento
do trabalho.
Adaptado de:http://bp2.blogger.com/_Y5yNjmtQVpA/SC86NYw4chI/AAAAAAAAGP8/blmYFY1oE2E/s16
00- h/CadeiaAlimentarDesenhos.JPG (consultado em 24/06/2011, às 17h36min).
Material necessário
- papel quadriculado ou milimetrado para a elaboração do gráfico.
- material para a confecção das “fantasias” de jaguatirica, coelho e
planta; fica a critério da classe criar adereços, chapéus ou qualquer forma que
identifique cada tipo de ser vivo.
- apito e cronômetro.
- quadro para registro dos dados.
Rodada Plantas Coelhos Jaguatiricas0 (início)12Completar até 15
Procedimento:
Organizar a sala em grupos de trabalho de 4 ou 5 alunos.
Organizar a classe para a tarefa. Independentemente dos grupos
recém-formados para o trabalho posterior, os alunos serão divididos em três
categorias de seres vivos: 40% da classe representará as plantas, 30%, os
coelhos e 30%, as jaguatiricas.
As regras são as seguintes:
1. As plantas ficam paradas no perímetro da área do “jogo”. Os coelhos
se “alimentam” das plantas e para isso devem alcançá-las antes que outro
coelho o faça, ou antes, de serem alcançados pelas jaguatiricas.
2. As jaguatiricas se “alimentam” dos coelhos. Para isso, devem
alcançá-los antes das outras jaguatiricas, ou antes, que eles alcancem as
plantas.
3. Alcançando-se o objetivo, forma-se uma dupla, que deve aguardar
junta e parada no mesmo lugar.
4. Serão 15 rodadas, cada uma com a duração de 20 segundos,
iniciadas e terminadas por apitos. Após cada rodada, serão contadas as novas
quantidades de seres vivos da seguinte forma:
a. Plantas “comidas” por coelhos se transformarão em coelhos.
b. Coelhos “comidos” por jaguatiricas se transformarão em jaguatiricas.
c. Coelhos e jaguatiricas que não alcançarem seus objetivos se
transformarão em plantas.
d. Plantas que não forem alcançadas permanecerão como plantas.
5. Após cada rodada, o professor anotará o número de indivíduos de
cada espécie, valores que serão passados posteriormente para os alunos
preencherem o seu próprio quadro.
* O grupo de trabalho se reunirá apenas após a atividade prática, com
uma cópia do quadro com os dados anotados pelo professor. Todos deverão
participar ativamente da discussão, pois é exatamente isso que caracteriza um
trabalho em grupo. As opiniões não devem ser impostas, e sim discutidas e
trabalhadas. Escutem todas as opiniões; impedir alguém de falar pode
significar estar perdendo uma boa informação.
* A partir dos dados do quadro, elabore um gráfico do número de
indivíduos de cada espécie por rodada. Use uma cor diferente para cada
espécie e fique atento às escalas do gráfico.
Resultados
*Apresentar o quadro e o gráfico.
Conclusões
Responda às perguntas em seu caderno após a discussão com o
grupo:
1. Represente a cadeia alimentar da atividade. Planta > coelho >
jaguatirica
2. Por que a planta que é comida pelo coelho vira coelho?
3. Por que o coelho que é comido pela jaguatirica vira jaguatirica?
4. Por que os animais que não atingem o seu objetivo – comer – viram
plantas?
5. Observando as flutuações das três populações no gráfico, você
consegue determinar qual foi o fator responsável por essas curvas? Justifique
sua resposta.
* O quadro, o gráfico e as respostas devem compor um relatório do
grupo.
Para o professor:
Escolha um lugar adequado para desenvolver a atividade, pois a classe
não é o ideal.
Poderá ocorrer a extinção de alguma das espécies. Interrompa a
atividade, recomece, mas não descarte os resultados, pois darão uma ótima
análise da extinção natural, isto é, sem interferência humana.
1) Representar com os desenhos indicados.
2) A matéria e a energia contidas na planta serão utilizas para o
crescimento e a reprodução do coelho.
3) O mesmo raciocínio da questão anterior.
4) Como não se alimentaram, morrerão, serão decompostos e farão
parte dos nutrientes do solo, que servirão de matéria-prima para as plantas.
Nesse caso, não há transferência de energia.
5) Resposta variável depende do resultado das rodadas do jogo.
5. Tratamento da Água
A água é muito importante para a existência e manutenção da vida no
Planeta. Devido a sua grande capacidade de dissolver substâncias, a água
também pode se contaminar com substâncias tóxicas, tornando-se nociva a
qualquer forma de vida. E não existem processos de separação de misturas
que consigam livrar a água de todas as substâncias contaminantes.
Os processos usuais de tratamento da água conseguem livrá-la,
principalmente, de materiais arrastados pelas águas, como componentes do
solo e restos de seres vivos e de alguns microrganismos que podem provocar
doenças, mas não são eficientes para livrá-la de resíduos de agrotóxicos, de
lixo químico, de material radioativo, etc.
Daí a grande importância de se pensar na água como um recurso
limitado e de empreendermos ações que visem evitar a sua poluição, tanto
direta, quanto indireta, que estimulem o seu uso racional, sem desperdícios e
que possam garantir que as gerações futuras continuem tendo acesso à água
de boa qualidade.
Os processos utilizados nas estações de tratamento de água, para
obtenção de água potável são muito importantes. O tratamento usual da água
envolve cinco etapas: filtração em filtro grosso, sedimentação, filtração em filtro
fino, aeração e esterilização.
A primeira filtração é feita logo após a captação e destina-se a remover
objetos grandes, como pedaços de madeira e folhas. A água passa então para
os tanques de decantação, onde areia e partículas menores se depositam.
A seguir, adicionam-se duas substâncias à água: óxido de cálcio e
sulfato de alumínio. O óxido de cálcio reage com a água, formando íons
hidróxido que, com os íons alumínio, origina um precipitado gelatinoso de
hidróxido de alumínio. Esse precipitado captura íons e partículas de sólidos e,
lentamente, os arrasta para o fundo.
A água passa, então, por um filtro de areia, é aspergida no ar, com a
finalidade de aerá-la, recebe o cloro e, em algumas localidades, também o
flúor. A água é então bombeada para o reservatório, de onde é distribuída para
a população.
Daí podemos concluir que a maior parte do tratamento da água envolve
processos de separação de misturas. O que propomos a seguir é reproduzir,
em pequena escala, algumas etapas do tratamento da água.
Para esta atividade o professor deve providenciar o seguinte material.
Material necessário- três béqueres ou vidros de conserva
- hidróxido de cálcio
- sulfato de alumínio
- água barrenta
- funil de vidro ou garrafa plástica transparente sem o fundo
- cascalho de aproximadamente 3 cm, bem lavado
- cascalho de 1 cm, bem lavado
- areia grossa, bem lavada
- areia fina bem lavada
- algodão
Procedimento:
a) Como fazer o experimento:
Preparar uma mistura de água e terra (50 ml de água e 1 colher, das
de café, de terra). Agitar e deixar decantar por alguns minutos. Transferir
lentamente o líquido sobrenadante para outro béquer. (Guardar um pouco
desse líquido para comparar com o líquido obtido no final do processo).
Acrescentar 1 colher de hidróxido de cálcio e agitar. Acrescentar 2
colheres de sulfato de alumínio e agitar. Aguardar cerca de 10 a 15 minutos,
observar e explicar o que ocorreu.
b) Preparação do filtro de areia:
Tampe, com algodão, o bico de uma garrafa plástica sem fundo, ou um
funil de vidro.
Ponha uma camada de areia fina.
Acrescente uma camada de areia grossa.
Acrescente uma camada de cascalho fino.
A última camada deve ser de cascalho mais grosso.
c) Filtração:
Após a floculação e a segunda decantação, despeje lentamente, o
líquido sobrenadante sobre o filtro de areia e recolha o líquido filtrado.
Compare-o com o líquido inicial.
d) Discussão:
a) Quais etapas do tratamento da água foram aqui representadas?
b) Qual a função do hidróxido de cálcio e do sulfato de alumínio nessa
atividade prática?
c) Qual a função do filtro de areia?
d) Qual a próxima etapa após a filtração que ocorre na estação de
tratamento?
e) Esta água poderia ser utilizada para beber?
Para o professor:
(Na montagem do filtro de areia usamos o algodão para reter a areia,
impedindo que ela escorra junto com a água). A água obtida ao final do
experimento, mesmo que esteja límpida, não estará adequada para beber, pois
ainda pode conter microrganismos patogênicos. Para eliminá-los devemos
acrescentar cloro à água, ou fervê-la, e depois, arejá-la.
6. O Brasil e as Reservas Mundiais de Água Doce
Um problema contemporâneo em discussão é a escassez de água
para uso humano. Ainda hoje muitas pessoas pensam que a água é um
recurso inesgotável. Entretanto, atividades industriais, domésticas, agrícolas e
de ocupação territorial de uma população humana crescente têm
comprometido os mananciais de águas superficiais e até subterrâneas.
O Aqüífero Guarani é o maior reservatório de água doce subterrânea
da América do Sul. Sua exploração é fonte de tensão entre Brasil, Paraguai,
Uruguai e Argentina. No Oriente Médio, o rio Jordão e seus afluentes são
motivo de conflito entre Líbano, Síria, Israel e Jordânia.
A conscientização de que a água é um bem precioso e limitado e que
portanto, deve ter seu uso mais controlado é indispensável para a
sobrevivência das futuras gerações.
O objetivo da atividade é sensibilizar os alunos para as questões
referentes ao uso da água. É comum algumas pessoas acharem que a
quantidade de água doce presente no mundo é suficiente para abastecer toda
a população mundial por tempo indeterminado. Nesta atividade, a montagem
da faixa procura concretizar dados numéricos, referentes à quantidade de água
disponível. É importante salientar que esses números são estimados, uma vez
que não conseguimos medir com exatidão a quantidade de água no mundo.
Aproveite a atividade para trabalhar a proporção com escalas, uma vez
que a idéias de porcentagem está presente.
O Brasil é um país com extensas redes hidrográficas que desembocam
no oceano Atlântico.
Você sabe qual é o volume de água doce existente no Brasil?
Para se informar um pouco mais sobre a quantidade de água doce
presente no país, realize a atividade a seguir:
Material necessário
- uma folha de papel manilha ou papel pardo;
- lápis de cor ou caneta colorida;
- tesoura escolar de ponta redonda;
- uma régua;
- uma fita métrica ou trena pequena;
- um tubo de cola escolar (caso seja necessário).
Procedimento
a) Pegue a folha de papel manilha e trace com o lápis de cor ou caneta
colorida e a régua um retângulo de 1m de comprimento por 10 cm de largura.
Se o comprimento da folha for inferior a 1m, cole os papéis até atingir o
tamanho indicado.
b) Utilizando a fita métrica ou a trena, meça 97 cm de comprimento no
retângulo e marque esse ponto.
c) Agora trace uma linha, que dividirá o retângulo em duas partes,
como mostra a figura abaixo.
Responda no caderno
1) Sabendo que o retângulo de 1m por 10 cm representa o total de
água do nosso planeta, a que corresponde o pedaço de 97 cm de comprimento
por 10 cm de largura? Escreva nesse retângulo o tipo de água que representa.
2) Continuando nossa tarefa, você tem uma porção do retângulo que
mede 3 cm de comprimento por 10cm de largura. Marque nesse pequeno
retângulo o tipo de água que ele representa.
d) A partir da porção correspondente à água doce do planeta (3 cm .
10cm), você deverá medir 2 cm da esquerda para a direita. Trace uma linha de
10 cm. (Veja a figura abaixo como vai ficar.)
Essa nova porção de 2 cm de comprimento por 10 cm de largura
corresponde à quantidade de água doce que está na forma de geleiras nas
regiões frias do planeta.
e) Marque no retângulo essa informação.
f) Agora você deverá marcar um novo ponto a 1,5 mm, medidos a partir
da linha que demarca a água na forma de geleiras. Você ficará com um traço
fino de 1,5 mm de comprimento por 10 cm de largura. Pinte essa porção de
verde.
A porção que você acabou de pintar corresponde à água doce presente
no Brasil. Apesar de parecer pequena, é uma quantidade muito significativa se
comparada com outros países do mundo. Não há outro país com tanta água
doce - superficial e subterrânea - disponível diretamente para o consumo.
Sendo assim, podemos considerá-la uma riqueza natural do nosso país.
No Brasil, a maior parte de água doce (4/5) encontra-se na região
amazônica, onde está uma das mais extensas redes fluviais (próprio dos rios)
do mundo. O restante (1/5) distribui-se nas demais regiões do país, onde está a
grande maioria da população.
g) Para finalizar, escreva no retângulo o que significa um traço verde.
Exponha seu trabalho na sala de aula, para você e seus colegas lembrarem-se
de que temos uma grande porção de água para conservar.
Para o professor:
O objetivo da atividade é sensibilizar os alunos para as questões
referentes ao uso da água. É comum algumas pessoas acharem que a
quantidade de água doce presente no mundo é suficiente para abastecer toda
a população mundial por tempo indeterminado.
Nesta atividade, a montagem da faixa procura concretizar dados
numéricos referentes à quantidade de água disponível. É importante salientar
que esses números são estimados, uma vez que não conseguimos medir com
exatidão a quantidade de água no mundo. Aproveite a atividade para trabalhar
a proporção com escalas, uma vez que a idéia de porcentagem está presente.
1) Essa porção representa a quantidade de água salgada no planeta.
2) Essa porção representa a quantidade de água doce disponível.
Referências Bibliográficas
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MINHOCÁRIO Disponível em:
(http://educador.brasilescola.com/estrategias-ensino/minhocario.htm)
Acesso em 01/08/2011.
CADEIA ALIMENTAR Adaptado:
(http://bp2.blogger.com/_Y5yNjmtQVpA/SC86NYw4chI/AAAAAAAAGP8/bl
mYFY1oE2E/s1600- h/CadeiaAlimentarDesenhos.JPG) (consultado em
24/06/2011, às 17h36min).