FLUTTER ATRIAL E FIBRILAÇÃO ATRIAL 2016 MAYCON DE MORAIS SILVA – INTERNATO - CLINICA MÉDICA
FLUTTER ATRIAL E
FIBRILAÇÃO ATRIAL
2016
MAYCON DE MORAIS SILVA – INTERNATO - CLINICA MÉDICA
FLUTTER ATRIALResultado de um impulso rápido que ocorre mais comumente no átrio direito
O impulso em movimento circulares em torno de si no átrio com 300 bpm, pormeio de um estreito istmo localizado entre a veia cava inferior e valva tri-cúspide, chamado de istmo cava-tri-cúspide
A ativação atrial esquerda incidental produz uma onda de flutter negativa
Resposta ventricular geralmente de2:1 ou 4:1, frequência de 150 a 75bpm
ACHADOS ELETROCARDIOGRÁFICOS
Aparência “serrilhada” nas derivações DII, DIII e AVF Reversão da direção no circuito pode causar uma onda de flutter
(onda f) positiva
EtiologiaÉ mais raro que a FA
Valvopatia mitral
Cardiopatia isquêmica
Tireotoxicose
Pode ocorrer em pessoas sem doença de base
TratamentoDe eleição: CV elétrica (reverter com carga baixa 50J)
Pacientes estáveis: betabloqueadores ou Verapamil
Tratamento definitivo: Ablação por cateter do istmo cavotricuspídeo (interrompe o ciclo de macroreentrada)
Anticoagulação oral contínua devido risco semelhante à FA – Escore CHAD2
FIBRILAÇÃO ATRIALArritmia supraventricular em que ocorre uma completa desorganização na
atividade elétrica atrial, onde os átrios perdem sua capacidade de contração, e não geram sístole atrial. Inibem o nó sinusal
Arritmia cardíaca sustentada mais frequente- 33% internações por arritmias
Sua prevalência aumenta com a idade e frequentemente está associada a doenças estruturais cardíacas;
Acima dos 75 anos – 60% dos pacientes são mulheres;
DEFINIÇÃO
FATORES DE RISCOIdade;Diabetes;Hipertensão;Valvulopatias.Comorbidades associadas: doença arterial coronariana, insuficiência
cardíaca, doenças cardíacas congênitas, doença pulmonar crônica, hipertireoidismo, infecções, após cirurgia cardíaca, etc.
CLASSIFICAÇÃOPAROXÍSTICA (Aguda) -Ocorre em surtos - Pode apresentar resolução
espontânea PERMANENTE (Crônica) - Paciente constantemente em fibrilação
atrial -Duração maior que 7 dias - Cardioversão ineficaz ou Opção por não reverter
PERSISTENTE -Duração maior que 7 dias - Não apresenta resolução espontânea - Requer tratamento químico ou elétrico
COMPLICAÇÕESAVC e Embolia Sistêmica são as complicações mais importantes da FA
MANIFESTAÇÕES CLÍNICASPode ser assintomática, apresentar períodos assintomáticos, ou
cursar com fenômenos tromboembólicos Sensação de palpitações;Dor torácica;Dispnéia;Fadiga;Tontura ou síncope.
DIAGNÓSTICOANAMNESE + EXAME FÍSICO + ECGEx Fis: FA pelo pulso irregular; Irregularidade observável no pulso
venoso jugular; Variação na intensidade da primeira bulha cardíaca; Desaparecimento da quarta bulha previamente audível durante ritmo sinusal;
Rx de tórax: detecção de doença pulmonarFunção tireoidiana, renal, hepática, eletrólitos, e hemogramaEcocardiograma com Doppler: dimensões de câmaras, valvopatias, etcEco transesofágico: trombos atriais esquerdos
ASPECTOS ELETROCARDIOGRÁFICOS
Ausência da onda PPresença de onda f (geralmente em V1 )Espaços R-R variáveis- variação da amplitude QRS normal
ASPECTOS ELETROCARDIOGRÁFICOS
TRATAMENTOMANEJO DO TRATAMENTO DA FA
PREDISPÕE A TROMBO NO AE
RITMO RÁPIDO E IRREGULAR
PERDA DO KICK ATRIAL E CONTRAÇÃO VENTRICULAR NÃO COORDENADA
PREVENÇÃO DO TROMBOEMBOLISMO
CONTROLE DA FREQUENCIA
CONTROLE DO RITMO
TRATAMENTO
TRATAMENTO< 48 HRS
<48 HS
TRATAMENTO
CARDIOVERSÃO ELÉTRICAChoque Monofásico: 200, 300 e 360J Choque Bifásico: 100, 150 e 200J Potencialização com drogas AA Sucesso: 70 – 90% Complicações: arritmias e eventos embólicos(> entre o 3° e 10° dia).
CARDIOVERSÃO FARMACOLÓGICA
SotalolTrata-se de um B-bloqueador não seletivo, bloqueador de canais de K+,
inibidor de canais de Ca2+ efeito B-bloqueador reduz FC, também prolonga período refratário atrial
É considerado agente seguro e eficaz para a prevenção
Indicado antes do emprego da amiodarona caso tenha coração normal e não haja contra-indicações
Efeito mais intenso em frequencias cardiacas mais lentas = aumentar seu efeito pró-arrítmico em pacientes com bradicardia sinusal após a CV
Contra-indicado em: pacientes com asma, hipertrofia ventricular esquerda importante, disfunção ventricular significativa, IC aparente, insuficiência renal ou naqueles com intervalo QT longo (> 500 ms)
ANTICOAGULANTES
Escore de 0: Risco Baixo. Não precisa de anticoagulação.
Escore de 1: Risco Moderado. Avaliar anti-agregação ou anticoagulação.
Escore de 2 ou + : Risco Moderado-Alto. Anticoagulação
ANTICOAGULANTES
ANTICOAGULANTESEsquema ACUTE - Heparinização plena 12/24 hs ECO TEE sem
trombos ou remora moderada ou importante - Cardioversão - manutenção da heparina até alcançar INR alvo e manter AC oral por 4 semanas
Heparina de baixo peso 1mg/Kg 12/12hs (3) ECO TEE sem trombos ou remora moderada ou importante - Cardioversão - manutenção da heparina de baixo peso e iniciar AC oral.
Esquema com Dabigatrana – iniciar 3 semanas antes da CV , 150 MG 2X/DIA
ANTICOAGULANTESEsquema com warfarina – iniciar 4 semanas antes da CV (3 exames
de INR na faixa alvo – 2,0 a 3,0) e manutenção com warfarina
AAS (81-300 mg/dia) – poder ser associado clopidogrel 75 mg/dia
Rivaroxabana 20 mg 1x/dia
HNF: 10.000 a 20.000 UI a cada 12 hs
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASGoldman L, Ausiello D. Cecil: Tratado de Medicina Interna. 23ªEdição. Rio de
Janeiro:ELSEVIER, 2010.Diretrizes Brasileiras de Fibrilação Atrial. Disponível em: http://publica
coes.cardiol.br/consenso/2009/diretriz_fa_92supl01.pdf . Acesso em 29 de março de 2016.Atrial Flutter. American Heart Association. Disponível em:
http://circ.ahajournals.org/content/112/22/e334.full . Acesso em 29 de março de 2016 SOUZA, O.F., BOGHOSSIAN, S.H. Fibrilação Atrial. Sociedade de cardiologia do Rio de Janeiro.
Disponível em: http://socerj.org.br/fibrilacao-atrial/ Acesso em 29 de março de 2016JORGE, J.C. Suporte avançado de vida: Fibrilação Atrial e Flutter Atrial. Disponível em:
http://www.saj.med.br/uploaded/File/novos_artigos/144.pdf Acesso 20 de março de 2016January, CT; et al. Guideline for the Management of Patients With Atrial Fibrillation. A
Report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Practice Guidelines and the Heart Rhythm Society. 2014.