FACULDADE PAN-AMAZÔNICA – FAPAN CURSO BACHARELADO ENFERMAGEM ADRIANA BECHIR DA COSTA ANDERSON DA SILVA IRANILDO FERREIRA DA SILVA RISCOS OCUPACIONAIS A QUE ESTÃO EXPOSTOS OS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM NA CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO Belém-PA 2017
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FACULDADE PAN-AMAZÔNICA FAPAN CURSO BACHARELADO … · 2018. 12. 5. · Riscos ocupacionais a que estão expostos os profissionais de enfermagem na central de material e esterilização.
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Riscos ocupacionais a que estão expostos os profissionais de enfermagem na central de material e esterilização. / Adriana Bechir da Costa, Anderson da Silva, Iranildo Ferreira da Silva. _ Belém, 2017.
53 f.
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Faculdade Pan Amazônica, Belém, 2017.
Orientadora: Profª. Ma. Mônica O. L. Sá de Souza.
1. Enfermagem. 2. Ergonomia. 3. Riscos Ocupacionais. I. Título.
CDU 616.083 _________________________________________________________________________
ADRIANA BECHIR DA COSTA
ANDERSON DA SILVA IRANILDO FERREIRA DA SILVA
RISCOS OCUPACIONAIS A QUE ESTÃO EXPOSTOS OS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM NA CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO
trabalho, denominadas de Lesões por Esforços Repetitivos (LER) e/ou Doenças
Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho (DORT), (BARBOSA et al., 2014).
A ergonomia, enquanto ciência, procura avaliar circunstâncias laborais,
tentando intervir em algumas e transformar outras que estimou indispensáveis, na
ideia de adquirir uma grande racionalização e otimização com o máximo de bem-
estar, produção e competência (DAHER et al., 2011).
De acordo com Souza et al. (2012) os elementos ergonômicos são aqueles
que refletem na forma de se comportar trabalho-funcionário. São: o formato das
ferramentas, da repartição de trabalho, a forma de realização da conduta, interação
e o local de trabalho.
A ergonomia é também conhecida como o estudo da relação entre o homem
e o seu ambiente laboral. Pode-se dizer que a ergonomia no trabalho oferece ao
indivíduo, o conforto adequado e os métodos de prevenção de acidentes e de
patologias especificas para cada tipo de atividade executada (SILVA et al., 2013).
A má postura e as lesões por esforços repetitivos, ao logo do tempo, causam
diversos males que prejudicam e comprometem a saúde do trabalhador,
impossibilitando, muitas vezes, que esse indivíduo permaneça executando a mesma
função, em decorrência, por exemplo, de uma deficiência motora (SILVA et al.,
2013).
Considerando que a eficiência dos processos utilizados na ergonomia laboral
seja apropriada para eliminar os riscos que afetam a saúde do trabalhador, pode-se
afirmar que o custo-benefício dos métodos ergonômicos utilizados, minimiza para as
instituições, as despesas com possíveis indenizações, quando não há condições
adequadas de trabalho, causando aos funcionários algum tipo de incapacidade física
que o impossibilite de exercer suas atividades diárias (SOUZA, 2011).
Ainda de acordo com este autor a ergonomia oferece o suporte necessário
para a realização da análise das atividades no ambiente laboral através de um
programa que proporciona a adaptação postural dos trabalhadores às condições
adequadas de trabalho, os resultados satisfatórios surgem e geram,
consequentemente, uma maior eficiência produtiva (SOUZA, 2011).
A ergonomia é aplicada em conformidade com as características peculiares
de cada espaço de trabalho, com treinamentos para capacitar os funcionários a uma
maneira mais segura e eficiente de exercer suas funções laborais. O programa
disponibiliza análise ergonômica do local, laudo ergonômico, palestras e
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treinamentos, ginástica laboral, comitê ergonômico, dentre outros (ROCHA et al.,
2012).
De acordo com Souza (2011) as instituições de saúde têm que se
conscientizar dos benefícios trazidos pela aplicação da Ergonomia, sendo assim
essa técnica será aceita como um investimento essencial para a garantia de
produtividade e qualidade.
A aplicação das práticas ergonômicas nas instituições de saúde é de suma
importância para melhoria da qualidade de vida no trabalho, o que é a condição
essencial para um bom andamento da mesma (SOUZA, 2011).
Qualidade de vida no trabalho hoje pode ser definida como uma forma de
pensamento envolvendo pessoas, trabalho e organizações, em que se destacam
dois aspectos importantes: a preocupação com o bem-estar do trabalhador e com a
eficácia organizacional; a participação dos trabalhadores nas decisões e problemas
do trabalho (MORETTI, 2009).
De acordo com Luz (2013) a ergonomia proporciona benefícios na
implantação da qualidade de vida, nas mais diversas áreas de trabalho, dentre elas
a enfermagem.
Entre os benefícios gerados podemos citar: melhoria da produtividade;
empregados mais alertas e motivados; melhoria da imagem corporativa; menos
absenteísmo; melhoria das relações humanas; baixas taxas de enfermidade;
melhoria da moral da força de trabalho; redução em letargia e fadiga (LUZ, 2013).
2.6 O Papel do Enfermeiro na Prevenção de Acidentes e Doenças Laborais
A promoção da saúde do trabalhador compreende a proteção contra os riscos
decorrentes de suas atividades laborais; proteção contra agentes químicos, físicos,
biológicos, mecânicos e ergonômicos; manutenção de sua saúde no mais alto grau
do bem-estar físico e mental; recuperação de lesões; doenças ocupacionais ou não
ocupacionais e sua reabilitação para o trabalho (SOUZA, 2011).
A precaução com os problemas ergonômicos dos profissionais da saúde é
uma questão recente, dado por certa característica dos profissionais, que
centralizam suas energias nos pacientes, nos entendimentos, nos novos recursos e
remédios e deixam as condições de trabalho nas unidades hospitalares em segundo
plano (CORTEZ; VALENTE; RIBEIRO, 2011).
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Já se sabe que o profissional da enfermagem do trabalho tem um papel
bastante amplo dentro das organizações e que entre suas funções primordiais estão
a orientação e prevenção de acidentes e de doenças laborais (PINHEIRO, 2012).
A equipe de enfermagem tem como papel no ramo da saúde, realizar os
cuidados e o gerenciamento da equipe de enfermagem no processo de realização
da promoção da saúde do trabalhador que consiste em promoção de cuidados e
proteção aos trabalhadores, torná-los conscientes dos riscos a que estão expostos e
fazer com que participem do seu autocuidado. Com isso pretende-se minimizar os
riscos ocupacionais (PINHEIRO, 2012).
Para Anent (2011) as atribuições que vão desde o estudo inicial das
condições de trabalho, identificando possíveis riscos, até o desenvolvimento de
ações que visem à promoção da saúde do trabalhador, o que envolve cuidados de
segurança e higiene, gerando melhorias.
Recentemente, a função do enfermeiro é ofertar assistência ao indivíduo com
boa saúde ou doente, familiar ou na comunidade, na melhoria, assistência ou
recuperação da saúde (DAHER et al., 2011).
O trabalho do profissional de enfermagem ocorre de modo fracionado, em
etapas, com separação entre a compreensão e a atuação com dificuldades em
entender, na realização de suas atividades, a própria constituição do trabalho, seus
reflexos e as decorrências deste na vida dos indivíduos (DAHER et al., 2011).
Nesta perspectiva, Oliveira e Lima (2012) discorrem que cabe ao profissional
de enfermagem, identificar e mapear as potenciais áreas de risco; levantar quais os
possíveis acidentes que ali podem ocorrer e posteriormente elabora um plano de
trabalho que vise à prevenção de acidentes desse tipo e mais: que permita ensinar
também aos funcionários os procedimentos imediatos de primeiros socorros caso
esses acidentes ocorram.
Ainda com relação à prevenção de acidentes de trabalho, espera-se que o
enfermeiro do trabalho também desenvolva ações diferenciadas capazes de
contribuir para a conscientização dos trabalhadores quanto ao uso dos
equipamentos de proteção individual, bem como a orientação com relação ao uso de
determinados medicamentos e a importância da boa saúde e da atenção constante
de todos aqueles que operam algum equipamento, onde se possa ocorrer algum
acidente (OLIVEIRA; LIMA, 2012).
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Então, cabe ao enfermeiro a função de detectar possíveis riscos e perigos
eminentes, mapeando-os junto aos profissionais da segurança do trabalho,
oferecendo palestras, capacitações internas enfim, um trabalho de educação
permanente junto aos trabalhadores (OLIVEIRA; LIMA, 2012).
Pinheiro (2012) destaca a importância do profissional de enfermagem do
trabalho atuando diretamente nas organizações, no intuito não somente de prevenir
doenças e acidentes de trabalho, mas desenvolvendo um papel constante de
promoção da saúde do trabalhador, representando assim, um enorme benefício para
toda a coletividade da organização.
2.7 Legislação Ergonômica Para Os Profissionais de Enfermagem
Os limites das atividades dos profissionais de enfermagem (auxiliar, técnico e
enfermeiro) estão definidos no Decreto N° 94.406/87, que regulamenta a Lei N°
7.498/86, sobre o exercício profissional da Enfermagem. As atividades do enfermeiro
estão descritas nos artigos 8° e 9°, as competências do técnico de enfermagem, no
Artigo 10°, e as do auxiliar, no artigo 11° do referido decreto (BRASIL, 1987).
Em 1919, cria-se a Lei nº 3724, que regulamenta as obrigações de todo
empregador quando ocorrer o acidente de trabalho com seu funcionário, e assegura
a responsabilidade do empregador pela integridade física do empregado, além de
estabelecer diferenças entre morte, incapacidade permanente e incapacidade
temporária parcial e total, e exige a intervenção policial para cada processo
envolvendo acidente de trabalho (BRASIL, 1990).
Já em 1990 surgiu a Lei 8080/90, em seu art. 6, parágrafo 3º, onde conceitua
como saúde do trabalhador, as atividades destinadas à vigilância epidemiológica e
vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como
à recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e
agravos decorrentes das condições de trabalho. Assim sendo, deverá ocorrer uma
assistência adequada ao trabalhador vítima de acidentes de trabalho ou portador de
doença ocupacional. (BRASIL, 1990).
Neste sentido torna-se fundamental o conhecimento das leis para que se
entenda a relação entre causa e efeito das atividades desenvolvidas e os acidentes
pelos trabalhadores, de modo que seja possível a intervenção para promoção e
recuperação da saúde dos profissionais (BITTAR et al., 2009).
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Nesse contexto, ao fixarmos o foco aos locais destinados ao trabalho em
instituições de saúde, deve-se atentar podem existir diversas situações de exposição
a riscos para trabalhadores da área da saúde (BITTAR et al., 2009).
3. METODOLOGIA
3.1 Tipo de Estudo
Para a elaboração desta pesquisa, foi utilizada uma abordagem qualitativa,
com fins Descritivos - Exploratório subsidiado por uma pesquisa de campo. Esses
procedimentos orientaram as estratégias metodológicas que viabilizaram o processo
de coleta e de análise do material.
A abordagem qualitativa, segundo Andrade (2002) está voltado para
registrar, analisar e interpretar, de forma que o pesquisador não interfira nos fatos,
exigindo do autor uma definição precisa de técnicas, métodos e modelos que
orientem na interpretação dos dados, objetivando também, conferir validade
cientifica da pesquisa buscando trabalhos de natureza teórica capazes de
proporcionar explicações a respeito do tema proposto.
Segundo Marconi e Lakatos (2010) a pesquisa qualitativa permite fazer uma
análise de processos existentes, dessa forma contribui para a visão mais ampla
sobre determinado assunto.
O método descritivo- exploratório foi selecionado porque atende os
requisitos básicos do estudo em questão, agregando os conhecimentos adquiridos
na academia e no meio profissional. De acordo com Minayo (2007) o conhecimento
científico se produz pela busca de articulações entre teoria e realidade empírica.
Este método de pesquisa tem uma função fundamental de tornar plausível a
abordagem da realidade a partir das perguntas feitas pelos pesquisadores. Segundo
Figueiredo e Souza (2005) a pesquisa descritiva consiste em investigações
empíricas cuja principal finalidade é o delineamento ou analise das características
de fatos ou fenômenos, visando descobrir a frequência com que os fenômenos
ocorrem, sua relação e conexão com outros, sua natureza e características.
Marconi e Lakatos (2010), explicam que a pesquisa de campo é utilizada
com intuito de levantar informações e/ou conhecimentos acerca de um problema ou
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hipótese, para o qual se procura uma resposta, com o objetivo de descobrir ou
comprovar fenômenos.
Para os setores, a pesquisa de campo permite uma análise mais detalhada
sobre o tema.
3. 2 Local de Estudo
A pesquisa foi realizada em uma instituição hospitalar público de grande porte
no município de Belém do Pará, hospital de alta complexidade, tendo vínculos com
outras instituições conveniadas ao sistema único de saúde (SUS), atendimento à
atenção primária, secundária e terciária aos diversos clientes, incluindo crianças,
adultos e idosos, em diferentes especialidades.
O hospital possui uma estrutura organizacional, compondo-se de diversos
serviços, entre eles os que incluem pronto atendimento (01), centro de terapia
intensiva (01), unidade de terapia intensiva neonatal, maternidade (01), unidade
cardiológica e unidades de internação dos pacientes (12).
De acordo com o Ministério da Saúde na Portaria GM/MS nº 2048 de 05 de
novembro de 2002 é considerado hospital de grande porte. Um hospital de grande
porte é o que possui capacidade normal ou de operação de 150 a 500 leitos.
O setor escolhido pelos autores da pesquisa foi a Central de Material e
Esterilização (CME) pelo fato de ser uma área de grande fluxo de materiais, em que
se faz a esterilização e desinfecção dos instrumentos hospitalares.
3. 3 População Alvo da Pesquisa e Coleta de Dados
A população dos profissionais técnicos em enfermagem na CME é composta
por 10 profissionais. Contudo a população limitou-se a sete profissionais que
atuavam nos períodos matutino e vespertino, e aceitaram participar da pesquisa.
A coleta de dados foi realizada nos meses de setembro e outubro de 2017,
com a aplicação de uma entrevista semiestruturada, cujo roteiro foi elaborado pelos
autores da pesquisa. Ressalta-se que todos os indivíduos que concordaram em
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participar deste estudo estavam cientes dos objetivos da pesquisa e assinaram o
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).
3.4 Instrumento de Coleta de Dados
Nesta pesquisa foi utilizada uma entrevista semiestruturada como
instrumentos de coleta de dados.
O instrumento utilizado constitui-se de treze perguntas, respondidos por sete
profissionais da área, cujos dados coletados foram tratados por método não
estatístico. Estes questionários foram aplicados no dia 21 de setembro de 2017 aos
profissionais de enfermagem ambos os respondentes encontram-se na sede da
Instituição Hospitalar.
Conforme (SOUZA, 2011), a entrevista semiestruturada, representa um dos
instrumentos básicos para a coleta de dados, de acordo com as perspectivas da
pesquisa qualitativa.
A entrevista semiestruturada desenvolve-se a parti de uma representação
básica, porém não aplicada rigidamente, permitindo que o entrevistador faça as
adaptações necessárias (SOUZA, 2011).
3.5 Critério de inclusão
Foram incluídos nos critérios de participação utilizados no estudo: a
população de colaboradores, técnicos em enfermagem da instituição Hospitalar.
A população foi composta pelos profissionais de enfermagem que estavam na
área da CME durante os plantões diurnos e vespertinos; com idade superior a 18
anos; possuindo no mínimo 6 meses de trabalho no setor e que aceitaram participar
da pesquisa.
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3.6 Critério de exclusão
Como critérios de exclusão no estudo foram adotados os seguintes requisitos:
Estar afastado do trabalho por qualquer motivo no período da coleta de dados; estar
em período de férias ou cumprindo atestado médico.
3.7 Análises dos Dados
Foi utilizada a análise descritiva e os dados foram organizados e plotados no
Microsoft Office Excel 2014. Os dados também foram comparados através de
tabelas e gráficos, e em relação às perguntas referente aos principais riscos
ocupacionais na CME, foram agrupadas as respostas semelhantes.
3.8 Aspectos Éticos e Legais
A pesquisa foi encaminhada para a Plataforma Brasil. Seguindo as Diretrizes
e Normas Regulamentadas de Pesquisa com Seres Humanos da Resolução nº.
466/12 do Conselho Nacional de Saúde. Todos os participantes da pesquisa
receberão o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (APÊNDICE C). Seguindo
os aspectos éticos para pesquisa envolvendo seres humanos, os participantes da
pesquisa foram informados sobre o objetivo do estudo. Ao término da pesquisa
foram disponibilizados os resultados obtidos para todos aqueles envolvidos no
estudo.
Inicialmente foi realizado um levantamento de informações para
conhecimentos teóricos, encaminhamento do projeto para aprovação do projeto a
orientadora de curso, coorientadora e banca, respeitando os princípios e diretrizes
da resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Pesquisa em Saúde que envolve
seres humanos. Ao término da pesquisa serão disponibilizados os resultados obtidos
a cidade, a universidade, aos participantes e a instituição na qual for aplicada a
pesquisa e todos aqueles a quem possa interessar este estudo.
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3.9 Riscos e Benefícios da Pesquisa
Em função da natureza do estudo os riscos se restringem apenas ao
manuseio das informações adquiridas, ou seja, quebra de sigilo e privacidade,
utilização de informações para fins outros que não a pesquisa. Foi informada a
garantia a respeito da confidencialidade das informações. Foi igualmente esclarecido
que a não participação ou abandono do estudo não acarretou nenhum tipo de
prejuízo.
A realização desta pesquisa trará benefícios para a classe científica em
especial aos acadêmicos de enfermagem, pois permitirá a sensibilidade dos
mesmos em relação aos riscos ocupacionais inerentes da profissão.
Permitirá conhecer melhor os riscos ocupacionais na CME e
consequentemente gerar discussão e esclarecimentos sobre o tema. Ressalta-se
também que está pesquisa é potencialmente uma base para geração de dados para
elucidação de questões inerentes ao tema.
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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Perfil dos Entrevistados
A pesquisa foi realizada no setor da CME de um hospital público de grande
porte pesquisado, ressalta-se que neste setor atuam dez técnicos de enfermagem
nos períodos matutino e vespertino. Contudo a população deste estudo limitou-se a
sete funcionários que aceitaram participar da pesquisa, todos profissionais técnicos
de enfermagem.
Verificou-se que dos sete entrevistados três atuam no turno da manhã
(diurno) e quatro atuam no turno da tarde (vespertino).
Quanto à idade dos entrevistados, evidenciou-se uma concentração no
intervalo de idade superior a 32 anos. Em convergência com nossos resultados
Espindola e Fontana (2012) em sua pesquisa constataram que a idade dos técnicos
de enfermagem, variou de 23 a 55 anos de idade, sendo que a maioria têm de 42 a
55 anos de idade.
Constatou-se também que cinco dos entrevistados pertencem ao gênero
feminino, outros dois pertencem ao gênero masculino. Medeiros, Araújo e Barbosa
(2009) em pesquisa com acadêmicos de enfermagem na Universidade Estadual da
Paraíba (UEPB), encontraram resultados semelhantes quanto constataram que mais
da metade dos acadêmicos de enfermagem pertenciam ao gênero feminino.
Torna-se importante frisar que a enfermagem ainda é uma profissão exercida
na sua maioria por pessoas do gênero feminino. Contudo, evidencia-se que a
profissão vem sofrendo modificações com uma maior inserção de pessoas do
gênero masculino no cenário da assistência a saúde nos últimos anos (CARRIJO,
2012).
Os participantes que atuam na área de enfermagem têm entre 5 e 20 anos de
formados com predominância nos intervalos compreendidos entre 15 e 20 anos.
Com relatam que o período de atuação na instituição hospitalar em especial na CME
é compreendido entre 3 e 15 anos, com o intervalo de 3 a 5 anos como o mais
representativo. Nossos resultados são semelhantes aos encontrados por Espindola
e Fontana (2012) que quanto ao tempo de atuação dos sujeitos que trabalham na
unidade do Centro de Materiais e Esterilização, mostraram que pouco mais da
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metade estão no serviço entre dois a três anos, sendo que uma pequena
porcentagem dos participantes trabalha há quinze anos.
De acordo com as informações do instrumento de coleta de dados os
participantes têm carga horária de 30 horas semanais.
Este é um fato positivo, pois sabe-se que jornadas de trabalhos excessivas
podem gerar sérios danos a saúde do profissional de enfermagem. De acordo com
Novatzki Forte et al. (2014) jornadas de trabalho de 40 horas ou mais podem gerar
o estresse e o desgaste psíquico que são sintomas frequentes entre os profissionais
de enfermagem.
4.2 Análise Dos Riscos e Prevenção de Doenças Ocupacionais
Nas respostas dos profissionais que atuam na área da CME, procurou-se
estabelecer uma ligação entre as informações que foram coletadas com a entrevista
e o referencial teórico utilizado na pesquisa.
No tocante ao acontecimento de acidente e/ou doença ocupacional
relacionada aos técnicos de enfermagem dentro da instituição em especial no setor
da CME, dois dos entrevistados responderam ter sofrido alergias e/ou dor na coluna
vertebral, os demais relataram não ter nenhum tipo de acidente ou doença
ocupacional.
Infere-se que a instituição compreende e trabalha em cima dos fatores de
risco no ambiente da CME, prestando assistência adequada e dando qualidade aos
seus colaboradores de enfermagem. De acordo com Silva et al. (2012) destaca que
as condições de trabalho dos profissionais de enfermagem requerem atenção, com
o objetivo de reduzir os riscos de acidentes ou doenças causadas durante a
execução de suas atividades diárias, situações de ausência de melhores condições
para o trabalho.
Bezerra et al. (2012) ressalta que com a compreensão dos fatores de risco no
trabalho, torna-se possível desenvolver alternativas para mudanças em direção a
saúde ocupacional.
Diante da pergunta “Você sabe o que é doença ocupacional do trabalho”,
todos responderam sim, que sabem do que se trata, a seguir apresenta-se as
seguintes respostas dos entrevistados:
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T1 - “Sim, são doenças adquiridas no local de trabalho, devido ao contato com reagentes químicos e materiais de coleta de exames”.
T2 - “Sim, são doenças ou lesões ocasionadas pela realização de forma inadequada das atividades diárias de trabalho”.
T3 - “Sim, são aquelas causadas pela falta de uso dos equipamentos de proteção durante a realização do trabalho”.
T4 - “Sim, são adquiridas pela realização do trabalho, de forma errada”.
T5 - “Sim, são doenças causadas durante a realização do trabalho”.
T6 - “São lesões ou doenças causadas pela conduta do trabalho”.
T7 - “Sim, são doenças que venham adquirir no trabalho”.
Compreende-se que os participantes tem bom conhecimento sobre doença
ocupacional, e estes têm consciência de que a prevenção às doenças ocupacionais
é a melhor solução e que ela parte da instituição para os seus funcionários. Neste
ínterim Barbosa et al. (2014) afirma que a partir do momento que a integridade física
passa a prejudicar a produtividade laboral, instituições ligadas à proteção do
trabalhador relacionaram essas modificações funcionais encontradas em um grupo
de patologias ligadas ao trabalho, denominadas de Lesões por Esforços Repetitivos
(LER) e/ou Doenças Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho (DORT).
Quando perguntados se saberiam o que fazer em caso de suspeita de doença
ocupacional, todos os participantes disseram que sim, que saberiam o que fazer,
onde quatro decidiriam comunicar o enfermeiro de plantão, outros dois
comunicariam o técnico de segurança do trabalho e apenas um relataria o fato ao
médico do trabalho. Nossos resultados são positivamente divergentes aos
encontrados por Pinheiro e Zeitoune (2008) demonstraram que a maioria dos
pesquisados tinham conhecimento de como proceder em caso de acidente
ocupacional e metade não tinha esse conhecimento e dos participantes que
continham conhecimento de como proceder, relataram a comunicação do ocorrido
para o profissional enfermeiro responsável pelo setor.
Inferiu-se que a referida instituição possui uma política de prevenção
hospitalar, que é o envolvimento de todos com cuidados especiais para que não haja
e se houverem infecções hospitalares sejam poucas, porém o objetivo da prevenção
é que não haja infecções. Sendo assim, entende-se que a instituição possui um
cuidado especial com a orientação de seus profissionais. Bezerra et al. (2012)
destaca que para a realização do trabalho as instituições precisam munir seus
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profissionais de enfermagem com boa formação e informação, e a obediência às
normatizações, contribuindo assim para a saúde ocupacional, possibilitando-os
realizar suas tarefas diárias de modo mais seguro.
Perante ao questionamento sobre o conhecimento dos riscos ocupacionais a que
estão expostos no setor da CME, os técnicos de enfermagem responderam
conhecer os riscos e os descreveram de acordo com os relatos a seguir:
T1, T4 - “Sim, soluções químicas (Ácidos e Soluções)”.
T2, T3, T6 e T7 - “Sei riscos biológicos (Tuberculose, HIV, Menigites e Hepatites)”.
T5 - “Sei, LER, DORT e Lombalgias”.
O fato de os colaboradores de enfermagem, estarem cientes dos riscos que
correm na realização de seu trabalho contribui para a prevenção, porém isso só será
possível com os treinamentos adequados e com o uso de EPIs, em boas condições
para que eles estejam seguros. De acordo Beleza et al. (2013), os trabalhadores da
área da saúde, estão frequentemente expostos aos agentes químicos e biológicos
encontrados no sangue e outros fluidos corpóreos, que caracteriza esta exposição
como risco biológico, que foram os mais citados no presente estudo.
Conforme relatado pelos funcionários de enfermagem da instituição hospitalar
na qual realizou-se a pesquisa, apesar de estarem mais expostos aos riscos de
infecção, apenas uma pessoa foi afastada da área da CME, para tratar uma alergia
pelo contato com produtos químicos, a organização orienta e supervisiona quanto ao
uso de proteção na realização do trabalho dos profissionais.
Para as situações de riscos de acidente de trabalho que os profissionais de
enfermagem enfrentam no dia a dia, nossos entrevistados descreveram o seguinte:
T 1: “ Contato com soluções químicas”.
T 2- “Acidentes com materiais pérfurocortantes”.
T 3- “Contato com soluções químicas”.
T 4- “Riscos biológicos, contato com secreções”.
T 5- “Contato com substâncias químicas”.
T 6- “Acidente com pérfurocortantes”.
T7- “Acidentes com matérias contaminados com sangue”.
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Em conformidade com os relatos dos entrevistados neste estudo, Beleza et al.
(2013), relatam que o profissional da área de saúde está mais vulnerável aos riscos
devido a existência e frequência de choque contra móveis, acidentes por contato
elétrico, exposição à umidade excessiva, exposição ao ruído, agentes biológicos,
contato com substâncias químicas, esforço físico que produz fadiga, posturas
forçadas para a realização de alguma atividade, tarefas rotineira monótonas,
recursos insuficientes para realizar o trabalho, conflito com chefias ou encarregados
e pouca possibilidade de promoção.
É importante ressaltar que para Gallas e Fontana (2010) os locais de trabalho
de muitos profissionais de enfermagem são insatisfatórios, que são evidenciados por
problemas na organização, insuficiência de recursos humanos, materiais e área
física inadequada do ponto de vista ergonômico tornando-se assim, fatores de riscos
predisponentes a doenças ocupacionais.
Com relação aos critérios adotados pela instituição para prevenir acidentes na
CME, nossos entrevistados relataram que são adotadas medidas como:
T1: “Vigilância quanto ao uso de EPIs”.
T2- “Constante contato com a CIPA”.
T3- “Realização de Palestras”.
T4- “Reunião e reeducação continuada”.
T5- “Reuniões e palestras”.
T6- “Palestras educativas”.
T7- “Diálogos e reuniões”.
De acordo com os resultados desta pesquisa esses pontos são importantes
para a atuação dos profissionais de enfermagem, garantindo-lhes: a segurança, o
bem-estar físico, que conduz a manutenção da saúde, garantindo assim
profissionais mais empenhados. Nesse contexto, Pedrosa, Araújo e Brasileiro (2016)
ressaltam que cabe ao enfermeiro a função de detectar possíveis riscos e perigos
eminentes, mapeando-os junto aos profissionais da segurança do trabalho,
oferecendo palestras, capacitações internas, enfim, um trabalho de educação
permanente junto aos trabalhadores.
Sobre a frequência de treinamentos para prevenção de riscos ocupacionais
no ambiente hospitalar, a partir dos relatos dos participantes da pesquisa constatou-
se que a instituição oferece periodicamente cursos de prevenção a riscos
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ocupacionais, onde sete técnicos disseram haver realização destes cursos todo
semestre e/ou anualmente.
Compreende-se que os gestores e equipe de saúde têm consciência de que
as práticas de prevenção hospitalar são a melhor maneira de evitar que pacientes e
funcionários sejam infectados, desta forma as instituições hospitalares precisam
realizá-las sempre e em todas as áreas. Neste sentido Paz (2014) evidencia que
quando mais as instituições adotam práticas seguras de vigilância em saúde, estas
facilitam a redução das taxas de acidentes e a possibilitam aos funcionários um
ambiente de trabalho saudável.
Quanto ao questionamento se a instituição fornece os EPIs adequados à
necessidade do profissional, todos responderam que sim. Este fato demonstra a
preocupação da instituição para com a saúde de seus funcionários, garantindo
assim que haverá a interação entre ambos, e a prevenção sendo o foco da relação
ambiente e trabalhador. Ressalta-se que a qualidade de vida no trabalho pode ser
definida como uma forma de pensamento envolvendo pessoas, trabalho e
organizações, em que se destacam dois aspectos importantes: a preocupação com
o bem-estar do trabalhador e com a eficácia organizacional; a participação dos
trabalhadores nas decisões e problemas do trabalho (MORETTI, 2009).
Constatou-se que dois participantes teve problemas de saúde relacionado ao
seu trabalho setor da CME, conforme mostra as narrativas a seguir:
T 1, T 3, T 4, T5 e T7 - “Não, nunca tive”
T 2: “Sim, alergia aos produtos químicos”
T 6- “Sim, postural, dores na coluna”.
Com relação aos problemas de saúde relacionados ao trabalho da
enfermagem, nossos resultados são semelhantes aos que Fronteira e Ferrinho
(2011) encontraram em estudo realizado como uma revisão sistemática de literatura
acerca dos problemas de saúde de enfermeiras, verificaram que estas, estão
propensas a: apresentarem mais distúrbios musculoesqueléticos devido à natureza
de seu trabalho; e ao desenvolvimento de mais alergias, principalmente devido ao
contato com produtos químicos.
Souza (2011) evidencia que a promoção da saúde do trabalhador
compreende a proteção contra os riscos decorrentes de suas atividades laborais;
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proteção contra agentes químicos, físicos, biológicos, mecânicos e ergonômicos;
manutenção de sua saúde no mais alto grau do bem-estar físico e mental;
recuperação de lesões; doenças ocupacionais ou não ocupacionais e sua
reabilitação para o trabalho.
De acordo com o exposto, observa-se que não haverá a manutenção da
saúde sem que haja prevenção, é notório que dentro do ambiente hospitalar os
profissionais estão sujeitos a diversos riscos, mas cabe a instituição fornecer
equipamentos e orientações necessárias para a proteção contra as doenças
ocupacionais.
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CONCLUSÃO
A presente pesquisa objetivou identificar os fatores que desencadeiam os
riscos ocupacionais nos profissionais de enfermagem no ambiente hospitalar.
Usando como público alvo os atuantes como técnicos de enfermagem, que são as
funções mais próximas aos pacientes.
Logo compreende-se que os riscos relacionados a área são principalmente os
biológicos, químicos e ergonômicos.
Diante disto tem-se as opiniões de colaboradores de enfermagem que
contribuem para um entendimento mais amplo sobre o assunto, ressalta-se também
que a prevenção é a melhor escolha para qualquer instituição, seja ela hospitalar ou
não, pois em todos os lugares se está exposto a riscos de acidentes, porém as
instituições, tem por obrigação proteger seus funcionários.
A obrigatoriedade do uso de EPIs se faz mediante a lei, porém é valido
ressaltar que o uso destes no ambiente de trabalho nem sempre é uma regra, para
tanto é necessário a fiscalização, assim também como outras medidas de proteção
para os colaboradores de enfermagem.
Para tanto sugere-se que a higienização pessoal dos colaboradores no
ambiente de trabalho seja mais rigorosa, uso de roupas adequadas, vacinação e
treinamento, pois a categoria está mais exposta a riscos biológicos, como já citados.
Já para os riscos ergonômicos, sugere-se que seja feito um ajuste entre as
condições de trabalho e o trabalhador, para que haja praticidade, conforto físico e
psíquico, melhorando assim o processo de trabalho, melhoria do relacionamento
social, melhoria das condições de trabalho, modificação do ritmo de trabalho.
Ressalta-se também que o mapa de risco é a ferramenta que muito auxilia a
prevenção de acidentes, pois é um conjunto de levantamentos de riscos existentes
nos diferentes setores das instituições.
Compreende-se que esta é uma atividade que requer uma atenção especial,
quanto aos riscos que estes profissionais estão expostos, por esse motivo sugere-se
também que mais pesquisas sejam realizadas com relação a este assunto.
Para tanto, consciente destes riscos, como pesquisadores iremos tomar as
medidas necessárias para que somente os responsáveis do estudo, e a professora
orientadora, tenham acesso aos dados concedidos; também nos comprometemos a
não fazer uso deste material para outro fim que não a pesquisa em questão.
42
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47
APENDICE A - INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
ROTEIRO PARA PESQUISA QUALITATIVA
Prezado Colaborador:
Este questionário tem o objetivo de identificar os principais riscos ocupacionais existente nesta instituição. Faz parte da pesquisa de campo do Trabalho de Conclusão de Curso de Enfermagem de Adriana Bechir, Anderson da Silva e Iranildo Ferreira. As respostas aqui coletadas serão mantidas em sigilo e subsidiarão análises para melhor compreender a percepção de amostragem do papel do profissional de enfermagem nas instituições. Por isto, é importante que você responda com sinceridade.
Sexo ( ) Feminino ( ) Masculino
Idade: ( ) 18-22 ( ) 23-27 ( ) 28-32 ( ) Acima de 32
1. Qual sua formação? ( ) enfermeiro ( ) técnico ( ) auxiliar.
2. Quanto tempo você tem de formada?
Entre 1 e 3 anos ( ) Entre 3 e 5 anos ( ) Entre 5 e 10 anos ( ) Entre 10 e 15 anos ( )
Entre 15 e 20 anos ( ) Entre 20 e 25 anos ( ) Entre 25 e 30 anos.
3. Há quanto tempo você trabalha no setor da CME?
( ) Menos de 1 ano ( ) Entre 1 e 3 anos ( ) Entre 3 e 5 anos ( ) Entre 5 e 10 anos ( )
Entre 10 e 15 anos ( ) Entre 15 e 20 anos ( ) Entre 20 e 25 anos ( ) Entre 25 e 30
anos.
4. A extensa jornada de trabalho é também um fator que atrapalha o desempenho do trabalhador de enfermagem. Qual a sua jornada de trabalho neste hospital?
APENDICE B - SOLICITAÇÃO DE AUTORIZAÇÃO PARA PESQUISA
Através do presente instrumento, solicitamos do_______________, autorização para
realização da pesquisa integrante do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) dos
acadêmicos, Adriana Bechir da Costa, Anderson da Silva e Iranildo Ferreira da Silva,
orientados pela Professora MSc. Mônica Olivia Lopes Sá de Souza, tendo como
título: “RISCOS OCUPACIONAIS A QUE ESTÃO EXPOSTOS OS
PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM NA CENTRAL DE MATERIAL E
ESTERILIZAÇÃO”. A coleta de dados será realizada através de um roteiro de
entrevista. A presente atividade é requisito para a conclusão do curso de
BACHARELADO EM ENFERMAGEM DA FACULDADE PAN-AMAZÔNICA-FAPAN.
As informações aqui prestadas não serão divulgadas sem autorização final da
Instituição campo de pesquisa.
Belém-PA ____de _______ de 2017.
____________________________________ Orientadora MSc. Mônica O. L. Sá de Souza ___________________________________ Acad.AdrianaBechir da Costa ___________________________________ Acad. Anderson da Silva ___________________________________ Acad. Iranildo Ferreira da Silva
50
APENDICE C- TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)
FACULDADE PAN-AMAZÔNICA
CURSO DE ENFERMAGEM
AUTORIZAÇÃO
Por meio deste documento, afirmo meu interesse, compromisso e participação no
estudo, “RISCOS OCUPACIONAIS A QUE ESTÃO EXPOSTOS OS
PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM NA CENTRAL DE MATERIAL E
ESTERILIZAÇÃO”, sob responsabilidade das discentes Adriana Bechir da Costa,
Anderson da Silva e Iranildo Ferreira da Silva, e sua orientadora MSc. Mônica O. L.
Sá de Souza, professora do curso de graduação em enfermagem da Faculdade Pan
Amazônica.
Estou ciente dos objetivos do estudo e de que serão realizadas entrevistas
individuais durante a jornada de trabalho. Fui informado (a) de que os dados
coletados e/ou gravados serão mantidos em sigilo, bem como minha identidade será
preservada. Fui informado que minha participação é voluntária e, portanto, posso me
desligar da pesquisa a qualquer momento.
Estou ciente de que não terei qualquer ônus financeiro com a pesquisa, bem
como não receberei recompensa de qualquer ordem para participar do estudo.
Estando ciente dos termos e concordando com os mesmos, autorizo o uso de