FACULDADE MERIDIONAL – IMED ESCOLA DE ARQUITETURA E URBANISMO Luciano Bittencourt do Prado Estação Rodoviária de autoatendimento de Passo Fundo/RS Passo Fundo 2016
FACULDADE MERIDIONAL – IMED ESCOLA DE ARQUITETURA E URBANISMO
Luciano Bittencourt do Prado
Estação Rodoviária de autoatendimento de Passo Fundo/RS
Passo Fundo 2016
Luciano Bittencourt do Prado
Estação Rodoviária de autoatendimento de Passo Fundo/RS
Trabalho de conclusão de curso da Escola de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade Meridional- IMED, como requisito parcial para a obtenção do grau de Arquiteto e Urbanista, sob orientação da Professora Me. Mariane Gampert Spannemberg Casa.
Passo Fundo 2016
Luciano Bittencourt do Prado
Estação Rodoviária de autoatendimento de Passo Fundo/RS
Banca examinadora:
Profª Me. Mariane Gampert Spannemberg Casa
Profª. Me. Renata Postay
Profª. Esp. Eliká Deboni Ceolin
Passo Fundo 2016
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo apresentar uma Rodoviária de autoatendimento para a
cidade de Passo Fundo - RS, com a finalidade de proporcionar ao município uma estrutura ampla
e funcional, otimizando o tempo de quem utilizar a estação. O foco principal do trabalho é levar a
estrutura da estação rodoviária para um ponto onde a cidade está propícia a desenvolver, dessa
forma desafogando o tráfego de ônibus pelo centro do município. O trabalho foi desenvolvido tendo
por base estudos de caso de edificações internacionais e nacionais, onde foi possível identificar
pontos fortes e relevantes para o desenvolvimento dessa proposta, tais como a localização das
estações nas cidades implantadas, que por sua vez são propostas nas bordas urbanas. Ao final das
análises, foi percebido a deficiência de espaços de recreação, e espaços que otimizem o tempo dos
usuários, dessa forma a presente proposta busca a melhor viabilidade de fluxo interno e externo.
Palavras-chave: Estação Rodoviária. Mobilidade Urbana. Transporte de Passageiros. Equipamento Público.
ABSTRACT
This study aims to present a self-service bus to the city of Passo Fundo - RS, in order to give the
city a wide and functional structure, optimizing the time of those who use the station. The main focus
of the work is to take the structure of the bus station to a point where the city is conducive to
development, thus relieving the bus traffic by the city center. The work was based on case studies
of national and international buildings, where it was possible to identify strong and relevant for the
development of this proposal, such as the location of stations in established cities, which in turn are
proposed in urban edges. At the end of the analysis, it was realized the recreation areas of disability,
and spaces that optimize the users' time, thus this proposal seeks the best feasibility of internal and
external flow.
Keywords: Bus Station. Urban mobility. Passenger transport. Public equipment.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 01 – Localização Cidade Nova – Terreno 12
Figura 02 - Implantação Estação 16
Figura 03 – Espaços abertos x malha urbana 16
Figura 04 – Relação interno x externo na edificação 16
Figura 05 – Fluxograma 17
Figura 06 – Planta de Fluxos 17
Figura 07 – Zoneamento Trujillo 17
Figura 08 – Croqui do Arquiteto 18
Figura 09 – Esquema da forma 18
Figura 10 – Forma e massa 18
Figura 11 – Ritmo 18
Figura 12 – Simplicidade edificação 19
Figura 13 – Acessos 19
Figura 14 – Técnicas de habitabilidade 19
Figura 15 – Tecnologias e materiais 19
Figura 16 – Implantação do Terminal de Kayseri 20
Figura 17 – Espaços abertos x malha urbana 20
Figura 18 – Relação interno x externo na edificação 20
Figura 19 – Zoneamento Kayseri 20
Figura 20 – Fluxograma Kayseri 20
Figura 21 – Planta de Fluxos Kayseri 21
Figura 22 – Planta e esquema FORMA linear 21
Figura 23 – Esquema para criação da forma 21
Figura 24 – Aspectos quanto a forma e massa 22
Figura 25 – Contraste forma x entorno 22
Figura 26 – Marquise x acesso 22
Figura 27 – Acessos 22
Figura 28 – Materiais e modulação 22
Figura 29 – Implantação Nevsehir 23
Figura 30 – Integração interno x externo 23
Figura 31 – Zoneamento terminal de Nevsehir 23
Figura 32 – Planta de fluxos de Nevsehir 23
Figura 33 – Fluxograma terminal de Nevsehir 24
Figura 34 – Organização Planta baixa 25
Figura 35 – Forma 25
Figura 36 – Membrana x peso composição 25
Figura 37 –Membrana x peso na composição 25
Figura 38 – Focos de Luz 25
Figura 39 – Modulação pilar e materiais 26
Figura 40 – Implantação Terminal de Brasília 27
Figura 41 – Malha urbana e implantação (Brasília) 27
Figura 42 – Interno/Externo (Brasília) 27
Figura 43 – Fluxograma terminal Brasília 27
Figura 44 – Fluxos terminal Brasília 27
Figura 45 – Zoneamento terminal Brasília 27
Figura 46 – Forma Centralizada 28
Figura 47 – Colisão Formal de geometria 28
Figura 48 – Ritmo / textura 28
Figura 49 – Acesso Terminal de Brasília 28
Figura 50 – Forma x implantação 29
Figura 51 – Simetria Brasília 29
Figura 52 – Habitabilidade terminal de Brasília 29
Figura 53 – Cobertura estendida Brasília 30
Figura 54 – Tecnologia terminal de Brasília 30
Figura 55 – Localização Rio Grande do Sul – Passo Fundo – Centro urbano cidade 31
Figura 56 – Mapa Nolli. 31
Figura 57 – Sistema Viário 32
Figura 58 – Largura ruas 32
Figura 59 – Uso e ocupação do solo 33
Figura 60 – Infraestrutura Urbana 34
Figura 61 – Implantação Topografia 35
Figura 62 – Projeções de sombra no terreno de intervenção: Dia 13/06 – 15:52 35
Figura 63 – Projeção de sombra no terreno de intervenção: Dia 13/06 – 13:00 36
Figura 64 – Vistas do terreno 36
Figura 65 – Espaços abertos 38
Figura 66 – Equipamentos urbanos – (Praças) 38
Figura 67 – Relação massas verdes no entorno 38
Figura 68 – Relação eixos ordenadores 38
Figura 69 – Organograma 1º Pavimento 41
Figura 70 – Organograma 2º Pavimento 41
Figura 71 – Fluxograma 1º Pavimento 41
Figura 72 – Fluxograma 2º Pavimento 42
LISTA DE TABELAS
Tabela 01 – Dimensões Trujillo 17
Tabela 02 – Dimensões Kayseri 21
Tabela 03 – Dimensões de Nevsehir 24
Tabela 04 – Índices Urbanísticos 37
Tabela 05 – Diretrizes Urbanas propostas 39
Tabela 06 – Pré-dimensionamento 40
Tabela 07-PropostasdeZoneamento 42
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 12
1.1 Justificativa ........................................................................................................ 13
1.2 Objetivos ............................................................................................................ 13
1.2.1 Objetivo Geral ...................................................................................................... 13
1.2..2 Objetivos Específicos ........................................................................................... 13
1.3 Delimitação Do Tema ......................................................................................... 14
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .......................................................................... 15
2.1 Estação Rodoviária de Autoatendimento de Passo Fundo/RS...................... 15
2.2 Estudos de Casos .............................................................................................. 16
2.2.1 Estação de ônibus de Trujillo ............................................................................... 16
2.2.2 Implantação ......................................................................................................... 16
2.2.3 Função ................................................................................................................. 17
2.2.4 Dimensão dos espaços ........................................................................................ 17
2.2.5 Forma ................................................................................................................... 17
2.2.6 Habitabiliade......................................................................................................... 19
2.2.7 Tecnologia ............................................................................................................ 19
2.2.8 Terminal de Oeste de Kayseri .............................................................................. 19
2.2.9 Implantação .......................................................................................................... 19
2.2.10 Função ................................................................................................................. 20
2.2.11 Dimensão dos espaços ........................................................................................ 21
2.2.12 Forma ................................................................................................................... 21
2.2.13 Tecnologia ............................................................................................................ 22
2.2.14 Terminal de Ônibus Nevsehir ............................................................................... 23
2.2.15 Implantação .......................................................................................................... 23
2.2.16 Função ................................................................................................................. 23
2.2.17 Dimensão dos espaços ........................................................................................ 24
2.2.18 Forma ................................................................................................................... 24
2.2.19 Habitabiliade......................................................................................................... 25
2.2.20 Tecnologia .............................................................................................................. 6
2.2.21 Terminal Rodoviário em Brasília. ......................................................................... 26
2.2.22 Implantação .......................................................................................................... 26
2.2.23 Função ................................................................................................................. 27
2.2.24 Forma ................................................................................................................... 28
2.2.25 Habitabiliade......................................................................................................... 29
2.2.26 Tecnologia ............................................................................................................ 30
3 DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO .................................................. 30
3.1 Diagnóstico da área de Implantação ................................................................. 30
3.1.1 Contextualização Regional ................................................................................... 30
3.1.2 Mapa Nolli ............................................................................................................ 31
3.1.3 Infraestrutura: Sistema Viário ............................................................................... 31
3.1.4 Uso e Ocupação do Solo ..................................................................................... 32
3.1.5 Mapa de Infraestrutura Urbana ............................................................................ 33
3.1.6 Transporte ............................................................................................................ 34
3.2 Área de Implantação .......................................................................................... 34
3.3 Síntese da Legislação Geral e Específica do Tema ........................................ 36
3.3.1 Plano Diretor ........................................................................................................ 36
3.3.2 Código de Obras .................................................................................................. 37
3.3.3 NBR 9050 (Acessibilidade a Edificação, mobiliário, espaços e equipamentos
urbanos). ........................................................................................................................... 37
3.3.4 NBR 9077 (Saídas de emergência em edifícios).................................................. 37
4 CONCEITO E DIRETRIZES DO PROJETO ........................................................ 38
4.1 Conceito da Proposta ........................................................................................ 38
4.2 Carta de Intenções ............................................................................................. 38
4.3 Diretrizes de Projeto .......................................................................................... 39
4.4 Diretrizes Urbanas Propostas ........................................................................... 39
5 PARTIDO GERAL ................................................................................................ 40
5.1 Programa De Necessidades e Pré-Dimensionamento .................................... 40
5.2 Organograma ...................................................................................................... 41
5.3 Fluxograma ......................................................................................................... 41
5.4 Partido Geral – Zoneamento.............................................................................. 42
6 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 46
12
1 INTRODUÇÃO
Passo Fundo é um polo regional em diversas áreas como: saúde, educação e cultura resultando
em um grande fluxo de pessoas na cidade, que por sua vez aumenta regularmente, assim cada vez
mais é necessária uma instalação digna para a Estação Rodoviária de Passo Fundo. Estrutura essa
que cumpra com o papel designado a desenvolver e ainda se preocupe com a mobilidade que a
envolve, proporcionando um acesso fácil e rápido, afim de desafogar o trânsito no centro da cidade,
reduzindo o tráfego de ônibus interurbanos nas ruas.
Para que sejam cumpridas as metas mencionadas anteriormente, o presente trabalho propõe a
instalação de uma nova estrutura para a estação rodoviária de Passo Fundo, que será proposta em
um terreno localizado no Bairro Cidade Nova, onde coleta a maioria das entradas e saídas da
cidade, contando com o auxílio de uma Rodovia para o acesso até ela (Figura 01).
Figura 01 – Localização Cidade Nova - Terreno
Fonte: Do autor
A estação existente na cidade de Passo Fundo, é notoriamente imprópria para a utilização, pois
não traz segurança e comodidade aos seus usuários. Dessa forma, serão propostos em sua nova
13
estrutura espaços que agradem a quem utilizar os serviços da estação, ainda contemplarão locais
de leitura, que sejam adequados e que facilitem a atenção. Serão criados espaços para que as
crianças possam interagir e brincar e também, serão designadas salas a serem utilizadas para
diversos fins comerciais, afim de tornar a nova estrutura atraente. Propõe-se criar espaços amplos,
ventilados e principalmente com segurança, afim de tranquilizar os usuários. A proposta da nova
estrutura tem intuito de facilitar o acesso e a utilização dentro da estação rodoviária, à vista disso
serão instalados quiosques de autoatendimento1 afim de otimizar o tempo dos usuários.
1.1 JUSTIFICATIVA
Nas últimas décadas a cidade de Passo Fundo tem sentido um grande crescimento
estrutural e populacional, dessa forma o município cada vez mais está acolhendo pessoas
de várias cidades da região e do estado e até mesmo do exterior. Porém, comparando com
outros meios de transportes mais rápidos e mais eficientes, o ônibus continua sendo o meio
de transporte mais utilizado na região.
Visando as problemáticas apresentadas anteriormente, o projeto se propõe a trazer
para a cidade e para a região uma estrutura que seja adequada as demandas existentes,
tais como o fluxo de pessoas, e o raio de abrangência que a cidade de Passo Fundo alcança
em seu âmbito educacional e de saúde, bem como viabilizar os fluxos de carros e ônibus
até a rodoviária, apontando as melhorias nessa estrutura de passagem fazendo com que
se torne prazerosa a estada mesmo que por alguns minutos dentro da Estação Rodoviária.
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Objetivo Geral
O projeto tem como objetivo coletar informações, para posteriormente projetar um
espaço que proporcione ao município de Passo Fundo uma estação rodoviária com
estrutura que acomode de forma digna, as pessoas que por ali passam, visando o bem-
estar da população, viabilizando o trânsito e a chegada até ele, tendo em vista a sua
implantação, que será em uma localização que está próxima as principais saídas e entradas
da cidade, bem como acesso fácil ao centro.
1.2.2 Objetivos Específicos
Para chegar ao objetivo principal e final, foram definidos alguns critérios para a
elaboração do projeto da nova Estação Rodoviária, critérios esses que são:
1 Terminais eletrônicos, onde os usuários pesquisam seu destino, seu lugar e inserem seu cartão para que seja efetuado o
pagamento.
14
Mobilidade Urbana: Viabilizar a mobilidade do local onde será inserida a estação,
para que possa ter um acesso fácil, rápido e condizente com a estrutura proposta.
Acesso universal: Propor para a nova estrutura, as formas de acesso universal, tais
como: rampas de acesso, lugares planos onde possam circular com facilidade, elevadores
para a circulação vertical, visando a inclusão no município.
Integração do interno x externo: Utilizar bastante vidro, visando a integração entre
os ambientes (interno e externo), trazendo iluminação natural para o projeto.
Facilidade na utilização: Trabalhar com o autoatendimento, dessa forma as
pessoas que optarem por ela, terão à sua disposição totens espalhados pela estação para
melhor aproveitar o seu tempo.
Momentos de distração: Proporcionar a nova estrutura, lojas, postos de leitura,
acesso fácil e rápido à internet.
1.3 DELIMITAÇÃO DO TEMA
O presente trabalho propõe criar uma nova estação rodoviária para a cidade de
Passo Fundo, o qual será instalada em uma via de acesso mais rápido, ou seja, BR 285, e
em um terreno onde possa atender todas as necessidades em relação a estrutura de uma
Rodoviária.
A presente proposta da Estação Rodoviária para Passo Fundo, visa também
solucionar os problemas mencionados anteriormente, bem como proporcionar mais
facilidade e rapidez no atendimento da comunidade que faz o uso do mesmo, trazendo para
dentro da estação as mais diversas formas de tecnologias, que propicia uma maior
comodidade aos seus usuários.
O sítio onde será implantado, foi escolhido seguindo os critérios de mobilidade
urbana, bem como a localização na cidade, para atender as deficiências de acesso, e dessa
forma tornar o projeto não apenas de abrangência municipal, mas sim regional.
A Lei nº 12.587, de 3 de janeiro de 2012, institui as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana e define mobilidade urbana como “condição em que se realizam os deslocamentos de pessoas e cargas no espaço urbano”. O objetivo da Lei é contribuir para o acesso universal à cidade. Dessa forma, institui infraestruturas de mobilidade urbana, dentre elas, terminais, estações e demais conexões. (SANTOS, 2015, p. 14)
Juntamente com a estrutura da estação rodoviária, será proposto uma área de uso
comum, onde os usuários possam desfrutar durante o tempo em que se encontrarem dentro
15
da rodoviária. Desta forma a estação será composta por uma área de apoio que será
baseada em galerias comerciais.
16
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 ESTAÇÃO RODOVIÁRIA DE AUTOATENDIMENTO DE PASSO FUNDO/RS
Só no Rio Grande do Sul existem 322 Estações Rodoviárias segundo o DAER (Departamento
Autônomo de estradas e Rodagem) (DAER, acesso 24/03/2016).
Durante o passar dos anos, a evolução das estruturas de embarque de passageiros veio
aumentando suas proporções de tamanho e de funcionalidade, dessa forma até chegar aos
terminais rodoviários dos dias atuais, que se distinguem dessas estruturas no início de sua criação,
por se tratarem de locais de estadia mesmo que por muitas vezes breve.
Para Gouveia (1980), por exemplo, os terminais de passageiros ou estações rodoviárias podem ser caracterizados como sendo um elemento de apoio ao sistema de transporte através do qual se processa a interação entre o indivíduo e o sistema de transporte. Tal elemento constitui-se num ponto final de uma viagem ou ainda num ponto intermediário para transferência a outro modal de transporte (aéreo, ferroviário, lacustre; marítimo etc.). Assim, um terminal rodoviário pode ser visto como um ponto destinado ao embarque ou desembarque de passageiros no sistema de transporte. (GONÇALVES, BALBINOTO NETO, 2008 apud GOUVEIA, 1980, p.2).
Baseando-se na questão mencionada anteriormente, podemos notar que um terminal ou uma
estação podem comportar diferentes “modais” dentro de sua estrutura, bem como aéreo, férreo,
marítimo etc., porém para a inserção destes e de outros modais se deve analisar a estrutura da
cidade, vendo o que realmente comporta ser instalado.
Um terminal em uma cidade crescente como Passo Fundo, é muito importante, pois se trata de
uma estrutura que recebe pessoas de diferentes lugares, e com diferentes culturas. Dessa forma a
estação rodoviária deve atender a pessoas que optem por se deslocar entre cidades, estados e até
mesmo para o exterior, usando o ônibus como meio de transporte, sem distinção de idade,
escolaridade, etnia e situação física podendo assim usufruir dos serviços que são oferecidos pela
estação.
Uma estação bem como um terminal rodoviário tem de seguir alguns critérios para a escolha
da sua implantação, para isso deve-se primeiramente analisar os acessos que a cidade possui, bem
como as cidades com as quais o município ou cidade faz divisa, para que então seja escolhido um
lugar propício a ser instalada a estação rodoviária, dessa forma, deve-se atender todas ou a maioria
das vias de acesso para a cidade, bem como analisar o fluxo de ônibus urbano e interurbano dentro
da cidade.
17
2.2 ESTUDOS DE CASOS
2.2.1 Estação de ônibus de Trujillo
Projetada pelo escritório Ismo Arquitectura, localizada em Trujillo, Cáceres, Espanha, apresenta
uma área total de 2643.0 m², e seu ano de construção é 2015
2.2.2 Implantação
A implantação está inserida na divisa entre o campo e a cidade, em um entroncamento (Figura
02), dispões de áreas abertas onde nota-se a carência de um tratamento paisagístico, bem como
áreas verdes onde poderiam ser inseridos espaços que se integrassem com a malha urbana,
mesmo que tendo divisa com o campo (Figura 03). Possuindo ainda grandes aberturar e o constante
uso de vidro o que proporciona uma grande relação interna x externa (Figura 04).
Figura 02 - Implantação Estação
Fonte: Archdaily com intervenção do auto
Figura 03 – Espaços abertos x malha urbana. Figura 04 – Relação interno x externo na edificação.
Fonte: Archdaily com intervenção do autor. Fonte: Archdaily com intervenção do autor.
18
2.2.3 Função
Figura 05 – Fluxograma
Fonte: Do autor.
Figura 06 – Planta de Fluxos Figura 07 – Zoneamento Trujillo
Fonte: Archdaily com intervenção do autor. Fonte: Archdaily com intervenção do autor.
2.2.4 Dimensão dos espaços
Tabela 01 – Dimensões Trujillo
Setor Nome do
compartimento Dimensões em
metros
Área útil em m²
Mobiliário existente
ADM ADM - 357,28 m² Mesa de reuniões e mesa de secretária
Social Circulação - 522,80 m² -
Serviço Restaurante - 471,08 m² -
Serviço Plataforma - 1248,84 -
Serviço Guichês - 40 m² -
Área Total 2640 m²
OBS: áreas calculadas aproximadamente.
Fonte: Do Autor
2.2.5 Forma
A estação de ônibus de Trujillo apresenta sua forma linear, segundo um croqui feito pelo
idealizador do projeto (Figura 08).
19
Figura 08 – Croqui do Arquiteto.
Fonte: Archdaily com intervenção do autor.
Podemos notar as formas geométricas que compõe o projeto, em sua implantação nota-se que
a plataforma de embarque configura uma forma geométrica “aglomerada” a estrutura da estação
(Figura 09), apresentando uma composição brutalista, com o uso do concreto tornando uma massa
“pesada”, entretanto o arquiteto pensou em uma forma diferenciada para a plataforma de embarque,
o que deixa o projeto com um design diferente mesmo que sem fugir de formas quadradas e
pontiagudas (Figura 10), juntamente com o brutalismo da edificação obteve-se o ritmo que se deu
entre os vãos por onde o ônibus encosta na estação (Figura 11).
Figura 09 – Esquema da forma. Figura 10 – Forma e massa.
Fonte: Do autor. Fonte: Archdaily com intervenção do autor.
Figura 11 – Ritmo.
Fonte: Archdaily com intervenção do autor.
Trata-se de uma edificação simples, o que por muitas vezes pode se confundir com os antigos silos de estocagem que existem no terreno de implantação (Figura 12). A marcação de acesso de pedestre se dá pelo acesso da parte da cidade, onde possui um “rasgo” na massa. O acesso de veículos (ônibus) acontece por um portão lateral (Figura 13).
20
Figura 12 – Simplicidade edificação. Figura 13 - Acessos
Fonte: Archdaily com intervenção do autor. Fonte: Archdaily com intervenção do autor.
2.2.6 Habitabilidade
Foi utilizado vidro para possibilitar a entrada de luz natural, que é permitida penetrar através dos grandes rasgos na “rocha” (Figura 14). Figura 14 – Técnicas de habitabilidade. Figura 15 – Tecnologias e materiais.
Fonte: Archdaily com intervenção do autor Fonte: Archdaily com intervenção do autor.
2.2.7 Tecnologia
Construção em concreto o que deixa a edificação brutalista e remete peso, tendo em
contraponto o uso do vidro o que remete a leveza e proporciona iluminação natural para dentro da
edificação e a modulação é resultada em planta livre (Figura 15).
2.2.8 Terminal de Oeste de Kayseri
Projetado pelo escritório Bahadir Kul Architects, localizado em Kayseri. Kayseri Province,
Turquia, apresenta uma área total de 1500 m², e seu ano de construção é 2006
2.2.9 Implantação
Está inserida em uma estrada local, a 8km da cidade, os motivos da escolha foram as linhas
intermunicipais e a linha férrea. (Figura 16), o projeto está inserido em um ponto turístico da cidade,
portanto possui espaços abertos do projeto contempla jardins, estacionamento e caminhos que
servem como passagem na malha urbana. (Figura 17). A edificação possui duas faces que se
repetem, uma das faces é apenas alvenaria com alguns rasgos em sua massa para a iluminação
natural, outra face configura uma pele de vidro com elementos de contravento (Figura 18).
21
Figura 16 – Implantação do Terminal de Kayseri Figura 17 – Espaços abertos x malha urbana.
Fonte: Archdaily com intervenção do autor Fonte: Archdaily com intervenção do autor.
Figura 18 – Relação interno x externo na edificação.
Fonte: Archdaily com intervenção do autor.
2.2.10 Função
Figura 19 – Zoneamento Kayseri
Fonte: Archdaily com intervenção do autor.
Figura 20 – Fluxograma Kayseri
Fonte: Do autor.
22
Figura 21 – Planta de Fluxos Kayseri
Fonte: Do autor.
2.2.11 Dimensão dos espaços
Tabela 02 – Dimensões Kayseri
Setor Nome do
compartimento Dimensões em
metros
Área útil em m²
Mobiliário existente
ADM ADM - 67,98 m² -
Social Circulação - 522,80 m² -
Serviços Banheiros - 81,93 -
Serviço Guichês - 800,29 m² -
Área Total 1473 m²
OBS: áreas calculadas aproximadamente.
Fonte: Do autor.
2.2.12 Forma
A edificação apresenta uma forma linear, partindo de um cubo que se divide em dois ambientes,
configurando dois terminais, um interestadual e um interno da cidade (Figura 22). Ao projetar a obra,
o arquiteto propôs uma metodologia na criação da forma do projeto, sendo que a partir de um
retângulo ele o dividiu em dois surgindo a forma original (Figura 23).
Figura 22 – Planta e esquema FORMA linear. Figura 23 – Esquema para criação da forma.
Fonte: Archdaily com intervenção do autor. Fonte: Archdaily.
O uso do vidro deu ao projeto boa iluminação natural, mesmo apresentando alguns traços
brutalistas pelas grandes paredes de concreto, o arquiteto conseguiu trazer uma boa estética para
23
as fachadas, com formas pontiagudas e pilares em metal (Figura 24). A construção possui uma
forma simples, tem um aspecto grandioso pelo tamanho das paredes, é uma forma moderna em
meio a uma parte antiga da cidade, o que nos aponta um contraste entre a forma que ela apresenta
e o que é encontrado em seu redor (Figura 25).
Figura 24 – Aspectos quanto a forma e massa. Figura 25 – Contraste forma x entorno.
Fonte: Archdaily com intervenção do autor. Fonte: Archdaily/Google maps com intervenção do autor.
A edificação possui balanços com grandes marquises em seus acessos, o que pode vir a marcar o acesso, e trazer peso para a composição (Figura 26). A marcação de acesso na edificação acontece em três ângulos diferentes, dois deles acontecem pela fachada dos fundos, através de rasgos na pele de vidro e na massa de alvenaria, a outra se dá pela fachada principal, também por um rasgo na pele de vidro (Figura 27).
Figura 26 – Marquise x acesso. Figura 27 - Acessos
Fonte: Archdaily com intervenção do autor. Fonte: Archdaily com intervenção do autor.
2.2.13 Tecnologia
O arquiteto utilizou o “peso” das marquises e a iluminação do vidro na construção, usando
também pilares em metal, grandes massas em concreto e a modulação resultante foi de planta livre.
(Figura 28).
Figura 28 – Materiais e modulação.
Fonte: Archdaily com intervenção do autor.
24
2.2.14 Terminal de Ônibus Nevsehir
O terminal Nevsehir foi projetado pelo escritório Bahadir Kul Architects, localizado em Nevsehir,
Nevsehir Merkez, Turquia, apresenta uma área total de 8000 m², e seu projeto é de 2010.
2.2.15 Implantação
O projeto está inserido a 5km do centro da cidade, devido ao terminal já existente não conseguir
dar conta da demanda da cidade, dessa forma a razão pela escolha da implantação foi vincular a
via local com o centro da cidade. A implantação do projeto, por estar fora da malha urbana, não se
limita a condicionantes impostos pela cidade, ou seja, propôs caminhos estacionamentos e
canteiros (Figura 29). Todas as fachadas do projeto possuem rasgos em sua massa, o que
possibilita a entrada de luz natural e também a integração do interno com o externo (Figura 30), na
figura vemos ainda que o arquiteto propôs uma varanda em toda a circunferência da edificação.
Figura 29 – Implantação Nevsehir Figura 30 – Integração interno x externo
Fonte: Archdaily com intervenção do autor Fonte: Archdaily com intervenção do autor
2.2.16 Função
Figura 31 – Zoneamento terminal de Nevsehir. Figura 32 – Planta de fluxos de Nevsehir.
Fonte: Archdaily com intervenção do autor Fonte: Archdaily com intervenção do autor.
25
Figura 33 – Fluxograma terminal de Nevsehir.
1º pav.
2º pav.
Fonte: Do autor.
2.2.17 Dimensão dos espaços
Tabela 03 – Dimensões de Nevsehir
Setor Nome do
compartimento
Dimensões em
metros
Área útil em m²
Mobiliário existente
ADM ADM - 1341,01 m² -
Social Circulação - 7092,74 m² -
Serviço Banheiros - 260,74 m² -
Serviço Geral - 2412,55 m²
Serviço Guichês - 290,74 m² -
Serviço Restaurante - 578,82 m² -
Área Total 11.976,60 m²
OBS: áreas calculadas aproximadamente.
Fonte: Do autor.
2.2.18 Forma
A planta baixa do projeto segue duas regras de organização, linear e aglomerada, que se unem
e juntas formam o layout (Figura 34), Segundo Ching, uma forma linear pode ser manipulada a fim
de circular uma porção de espaço
Uma organização aglomerada pode também constituir em formas que são geralmente equivalentes em tamanho formato e função. Essas formas são visualmente dispostas em uma organização não-hierárquica e coerente não somente pela estreita proximidade umas às outras, como também pela semelhança de suas propriedades visuais. (CHING, F.D.K, 1998, p.66)
A forma que a edificação apresenta configura uma forma geométrica primária o quadrado (Figura
35), toda a obra é rodeada por uma espécie de membrana de concreto e as paredes internas de
26
vidro, o que dá uma relação de equilíbrio entre as texturas (Figura 36). O projeto apresenta uma
forma simples, primária, o que não contrasta com o entorno, por se tratar de um lugar afastado da
cidade, a forma simples da edificação torna ela uma forma simétrica, e o uso de concreto na
“membrana” externa traz ao projeto um peso na composição. (Figura 37).
Figura 34 – Organização Planta baixa
Fonte: Archdaily com intervenção do autor.
Figura 35 – Forma Figura 36 – Membrana x peso composição.
Fonte: Archdaily com intervenção do autor. Fonte: Archdaily com intervenção do autor.
O projeto apresenta uma circulação externa que configura uma varanda, essa por sua vez está
afastada do corpo da edificação, proporcionando um refúgio para os passageiros do terminal, nessa
membrana externa, ficou bem marcado o acesso ao prédio, que por um rasgo na massa de concreto
pela parte frontal da edificação nos dá o acesso principal à obra (Figura 37).
Figura 37 –Membrana x peso na composição Figura 38 – Focos de Luz.
Fonte: Archdaily com intervenção do autor. Fonte: Archdaily com intervenção do autor.
2.2.19 Habitabilidade
O projeto do terminal foi pensado para agradar quem utiliza seus serviços, dessa forma foram
criados focos de luz, que proporciona a iluminação natural dentro da edificação, a membrana criada
27
ao redor do prédio, serve também como brise, por se tratar de uma edificação totalmente com pele
de vidro (Figura 38).
2.2.20 Tecnologia
Os materiais usados pelos arquitetos são o concreto, que traz para o projeto um aspecto de
pedra, o vidro que dá o contraste com a membrana sólida, o que resulta em uma modulação de
planta livre, que por sua vez, possui alguns pilares de sustentação (Figura 39).
Figura 39 – Modulação pilar e materiais.
Fonte: Archdaily com intervenção do autor.
2.2.21 Terminal Rodoviário em Brasília.
Projetado pelo escritório Reis Arquitetura, o terminal está localizado em Brasília DF, Brasil, com
uma área total de 19.800 m² e seu ano de construção foi de 2008 a 2010.
2.2.22 Implantação
O projeto está inserido em um lugar plano, dessa forma a edificação se configura de um
pavimento, dessa forma a implantação localiza-se a poucos metros do aeroporto e no eixo da antiga
estação rodoferroviária, o que evitou alterações no tráfego, situa-se também nas imediações da
estação shopping do metrô (Figura 40). A Implantação está inserida em um terreno de 90.200 m²,
o que possibilitou grandes canteiros verdes, e um grande estacionamento, bem como caminhos pé
atonais, e uma rua que passa no terreno onde está a implantação (Figura 41). O Projeto contempla
de grandes espaços externos, possibilitando a ligação entre interior e exterior da edificação, da
mesma forma que a obra usa bastante vidro, trazendo iluminação natural e integração entre áreas
do projeto (Figura 42).
28
Figura 40 – Implantação Terminal de Brasília
Fonte: Arcoweb/Google Maps com intervenção do autor.
Figura 41 – Malha urbana e implantação (Brasília) Figura 42 – Interno/Externo (Brasília)
Fonte: Arcoweb com intervenção do autor Fonte: Arcoweb com intervenção do autor
2.2.23 Função
Figura 43 – Fluxograma terminal Brasília.
Fonte: Do autor.
Figura 44 – Fluxos terminal Brasília Figura 45 – Zoneamento terminal Brasília
Fonte: Arcoweb intervenção do autor. Fonte: Arcoweb com intervenção do autor.
29
2.2.24 Forma
A planta baixa apresentada no projeto configura uma composição centralizada, o que configura
um número de formas secundárias ao redor de uma matriz central. (Figura 46). Já na forma pode-
se notar uma colisão formal, ou seja, duas formas geométricas que se unem e juntas formam uma
nova forma (Figura 47). As bases geométricas do projeto estão presentes na textura, que configura
as treliças espaciais, e um vidro curvo perto dos espelhos d’água, bem como a aparência das
estruturas metálicas, o ritmo da edificação fica ofuscado pela presença da cobertura que resulta em
uma varanda nas laterais/frontais, ele está presente nos pilares da plataforma de embarque. (Figura
48). Devido a forma da edificação, a hierarquia se ofuscada pela relação entre acessos, ou seja, o
acesso do estacionamento está mais em evidência em relação ao acesso de pedestres, porem o
de pedestres possui uma passarela que liga a via de acesso até a edificação (Figura 48).
Figura 46 – Forma Centralizada Figura 47 – Colisão Formal de geometria
Fonte – Francis D.K. Ching Fonte: Arcoweb com intervenção do autor
Figura 48 – Ritmo / textura
Fonte: Arcoweb com intervenção do autor.
Figura 49 – Acesso Terminal de Brasília
Fonte: Arcoweb/Google imagens com intervenção do autor.
30
O projeto possui uma forma complexa, onde sendo constituída por duas formas geométricas
diferentes, se torna contrastante entre si, a relação entre a cobertura e a edificação, nos dá a
impressão de que a edificação esteja enterrada na implantação (Figura 50). A planta baixa e a forma
vistas de cima, remetem a uma simetria, a cobertura prolongada e diferenciada deu ao projeto um
peso em sua composição (Figura 51). Como mencionado anteriormente, o acesso a partir do
estacionamento está marcado pela grande cobertura que se estende, porem no acesso de
pedestres, ele se diferencia pela configuração da cobertura, mas sem deixar de marcar o acesso
(Figura 49).
Figura 50 – Forma x implantação. Figura 51 – Simetria Brasília
Fonte: Arcoweb intervenção do autor. Fonte: Arcoweb com intervenção
do autor.
2.2.25 Habitabilidade
O projeto está localizado em Brasília, por se tratar de uma área onde o clima é bastante seco,
o arquiteto propôs para a obra alguns meios de tornar a edificação mais habitável, uma dessas
formas de habitabilidade, foi criar espelhos d’água juntamente com a malha de vidro, onde possui
uma ventilação cruzada, o que possibilita que o vapor fresco da água seja levado pelo vento para
dentro da edificação, tornando mais agradável o clima internamente (Figura 52), por se tratar de
uma obra rodeada por vidro, a cobertura que se estende ajudou a edificação a proteger da
incidência do sol nas faces a norte (Figura 53).
Figura 52 – Habitabilidade terminal de Brasília.
Fonte: Arcoweb com intervenção do autor.
31
Figura 53 – Cobertura estendida Brasília. Figura 54 – Tecnologia terminal de Brasília.
Fonte: Arcoweb com intervenção do autor Fonte: Arcoweb com intervenção do autor.
2.2.26 Tecnologia
O projeto apresenta materiais que se complementam, sendo eles o vidro e a estrutura metálica,
juntamente com a estrutura de aço, que possibilita uma configuração com uma modulação de planta
livre (Figura 54).
32
3 DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO
3.1 DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO
3.1.1 Contextualização Regional
Como disse Marilda Kirst em sua obra, Passo Fundo sua história e evolução, aA cidade de
Passo Fundo foi emancipada em 1857, e já estendia seus horizontes através da sua linha ferroviária
para Santa Maria, desde então o município já era referência na economia do estado, servindo
também de passagem para os tropeiros de mula rumo a Sorocaba, sendo a segunda rota comercial
do estado.
A partir de então a cidade começou a se desenvolver, e cada vez mais via o fluxo de pessoas
que chegavam e saiam, foi assim que passou abrigar uma estrutura rodoviária na cidade, o que
contribuía com o desenvolvimento, pois não só mercadorias passavam pela cidade, mas pessoas
estavam começando a explorar as terras.
Localizada a 293 km da capital Porto Alegre, a cidade de Passo Fundo é conhecida como a
capital do planalto médio, considerada cidade referência em educação e saúde na região Norte do
estado. Com aproximadamente 183 mil habitantes e uma extensão territorial de 750,40 Km², o
município tem sua economia baseada no desenvolvimento agropecuário, segundo dados da PMPF
(Prefeitura Municipal de Passo Fundo) (2016).
O sítio escolhido para a implantação do projeto está situado as margens da BR 285 na cidade
de Passo Fundo (Figura 55). Localizado na borda da malha urbana, o Bairro Cidade Nova é
caracterizado por ser um bairro novo, possuindo alguns comércios com abrangência local. O terreno
escolhido explora as faces voltadas para a BR 285, uma das rodovias primordiais e de extrema
importância para a cidade pois serve de ligação entre as cidades vizinhas (Figura 01)
Figura 55 – Localização Rio Grande do Sul – Passo Fundo – Centro urbano cidade.
Fonte: Google Imagens/ Prefeitura municipal de Passo Fundo com intervenção do autor.
3.1.2 Mapa Nolli
Considerando um raio de abrangência de 500 metros, consegue-se chegar a uma análise do
local de implantação do projeto, onde foram retiradas algumas informações quanto ao: Uso e
33
ocupação do solo e volumetria das edificações, bem como através do mapa Nolli (Figura 56),
conseguimos ter uma noção de cheios e vazios dentro da malha urbana da cidade.
Figura 56 – Mapa Nolli.
Fonte: Prefeitura Municipal de Passo Fundo com intervenção do autor
3.1.3 Infraestrutura: Sistema Viário
Na fachada principal (Norte) do terreno tem como divisa a BR 285, que por sua vez conecta as
cidades vizinhas, e possui mão dupla, porém ainda em sua face norte existe uma rua de acesso
secundária Rua Tranquilo Grazziotin, a face traseira (Sul) do terreno faz divisa com a Avenida Dr.
Admar Petraco e também possui mão dupla, na única face lateral livre do terreno (Leste), temos
divisa com a Avenida Dr. Álvaro Severo, e mão dupla também, já na fachada oeste, faz divisa com
uma fábrica (Figura 57).
Figura 57 – Sistema Viário.
Fonte: Prefeitura Municipal de Passo Fundo com intervenção do autor
34
As ruas que circundam o terreno em estudo, possuem dimensões de vias entre, 18.00m
29,00me 15,00m, como mostra na figura 58, possuem ainda pavimentação asfáltica e acostamento
respeitando legislação vigente.
Figura 58 – Largura ruas
BR 285
Avenida Dr. Álvaro Severo
Avenida Dr. Admar Petraco
Fonte: Do autor.
3.1.4 Uso e Ocupação do Solo
Ao analisar o entorno do terreno em um raio de 500m, nota-se que existem espaços com grande
possibilidade de desenvolvimento. Por se tratar de um bairro novo, também através da análise, foi
constatado que o bairro possui uma pequena diversidade de uso (Figura 59), como edificações
residenciais, e algumas de serviço, bem como uma Fábrica que se localiza na divisa Oeste do
terreno. Dessa forma o entorno onde será implantada a estação rodoviária vai trazer ao bairro um
equipamento urbano para explorar os potenciais que o bairro dispõe. Analisando o gráfico 01, temos
a porcentagem do uso do solo no raio de análise do terreno em questão.
35
Figura 59 – Uso e ocupação do solo.
Fonte: Prefeitura Municipal de Passo Fundo com intervenção do autor
Gráfico 01 – Porcentagem uso do solo.
Fonte: Do autor.
3.1.5 Mapa de Infraestrutura Urbana
Devido ao terreno estar inserido na malha urbana, e muito próximo ao centro da cidade, os
arredores do sítio estão bem servidos de uma infraestrutura básica de água e luz (Figura 60),
conforme analisado somente no trecho da Av. Brasil possui drenagem pluvial e em nenhuma via há
o esgoto cloacal, o tratamento é feito no sistema convencional: fossa-filtro-sumidouro.
36
Figura 60 – Infraestrutura Urbana.
Fonte: Prefeitura Municipal de Passo Fundo
3.1.6 Transporte
Os arredores do local de implantação estudado não possuem paradas de ônibus, por se tratar
de um bairro novo e por estar situado em uma das bordas da cidade. Dessa forma, seria
interessante criar, junto às empresas de ônibus coletivos urbanos, algumas linhas que integrassem
o terreno e o bairro com o centro da cidade.
3.2 ÁREA DE IMPLANTAÇÃO
O terreno escolhido para a implantação do projeto da estação rodoviária, é caracterizado por
uma forma irregular, com as seguintes dimensões: 233.92m na face que faz divisa com BR 285 e
com a Rua Tranquilo Grazziotin (Norte), 142.75m na face que faz divisa com o lote lindeiro (Oeste),
128.43m na face que faz divisa com a Avenida Álvaro Severo e 208.15m na face que faz divisa com
a Avenida Dr Admar Petraco. A topografia do lote é de 11m de desnível de frente a fundo, onde, a
menor cota fica voltada para a Rua Tranquilo Grazziotin e a maior voltada para a Avenida Admar
Petraco (Figura 61).
37
Figura 61 – Implantação Topografia.
Fonte: Do autor.
Por se tratar de um terreno que ocupa quase uma quadra inteira, as projeções de sombra
apenas confirmam que o terreno tem a incidência direta e constante do sol (Figura 62 e 63).
Figura 62 – Projeções de sombra no terreno de intervenção: Dia 13/06 – 15:52
Fonte: Do autor.
38
Figura 63 – Projeção de sombra no terreno de intervenção: Dia 13/06 – 13:00
Fonte: Do autor.
Figura 64 – Vistas do terreno. Vista a partir do Terreno.
Vista para o terreno.
Fonte: Google street view (2011)
3.3 SÍNTESE DA LEGISLAÇÃO GERAL E ESPECÍFICA DO TEMA
Para o desenvolvimento do projeto foram analisadas algumas legislações municipais: Plano
Diretor da cidade de Passo Fundo e Código de Obras, bem como foram levadas em conta as
seguintes normativas: NBR 9050 e NBR 9077. Também foram consultadas algumas normas do
DENIT e o DAER.
3.3.1 Plano Diretor (Lei complementar nº 170 de 09 de outubro de 2006)
Analisando o Plano Diretor de Passo Fundo, o terreno localiza-se na Zona de Produção
Urbana (ZPU), dessa forma deve obedecer aos seguintes limites máximos estabelecidos
(Tabela 01) (PDDI, 2006).
39
Tabela 04 – Índices Urbanísticos.
TO = 60% CID = 60 m²
CA = 0,8 LM = 300 m²
Fonte: Do autor.
3.3.2 Código de Obras (Lei complementar nº 5 de 31 de dezembro de 1996)
Para a elaboração do projeto, segundo o Código de Obras da Cidade de Passo Fundo,
considera-se algumas dimensões mínimas, tais como de banheiros: Os sanitários deverão ter no
mínimo: Pé-direito mínimo de 2,20m, piso e paredes até a altura mínima de 1,80m, vaso sanitário
e lavatório, quando coletivo, um conjunto de incomunicabilidade direta com cozinhas, dimensões
tais que permitam a instalação dos aparelhos garantindo: Acesso aos mesmos, com largura não
inferior a 60cm, afastamento de 15cm entre os mesmos, afastamento de 20cm entre a lateral dos
aparelhos e paredes, para fins de dimensionamento dos sanitários serão consideradas as seguintes
medidas mínimas: Lavatório = 50cm x 40cm Vaso e Bidê = 40cm x 60cm Local para chuveiro =
80cm x 80cm Mictório Tipo Calha = 60cm por unidade. Dessa forma também serão consideradas
dimensões mínimas de portas, janelas, escadas, paredes, fachadas e demais dimensões
relacionadas ao projeto.
3.3.3 NBR 9050 (Acessibilidade a Edificação, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos).
A fim de tornar a edificação acessível a todos os públicos, a norma NRB 9050 que firma
dimensões mínimas e cálculos para acessibilidade universal, será estudada seguindo as medidas
e cálculos para: Escadas, áreas de circulações, acessos de restaurantes, centro de leituras,
vestiários e sanitários, vagas de veículos e demais espaços onde a norma se aplique, afim de
garantir acessibilidade integral ao projeto.
3.3.4 NBR 9077 (Saídas de emergência em edifícios).
Firmam medidas mínimas para saídas de emergência de edifícios. Afim de tornar a edificação
segura, a NRB 9077 estabelece dimensões mínimas para a evacuação com fácil acesso, e de fácil
utilização das rotas de saída de emergência, levando em consideração o cálculo de pessoas chega-
se a uma largura e altura de portas, bem como a quantidade a ser utilizada, sinalizações e demais
dimensões que o projeto possa exigir. A classificação do projeto quanto a sua ocupação o encaixa
ao grupo F – Locais de reunião de público – F4 – Estações rodoferroviárias, aeroportos, estações
de transbordo e outros.
40
4 CONCEITO E DIRETRIZES DO PROJETO
4.1 CONCEITO DA PROPOSTA
A proposta de implantar uma rodoviária em uma rodovia que se destaca por ser uma rota de
passagem, tem como conceito firmar um marco referencial e visual para quem vem à cidade,
trazendo formas retas, firmes e pontiagudas, e dessa forma proporcionar um resultado formal
moderno, com tecnologias e materiais que possibilitem a captação de luz e ventilação natural, bem
como proporcionar uma facilidade na utilização dentro da estação rodoviária.
4.2 CARTA DE INTENÇÕES
O objetivo principal do projeto, é propor um novo equipamento urbano para a cidade, onde o
mesmo possa servir como âncora para visitantes e para a comunidade. Dessa forma serão
propostos espaços abertos (Figura 65), equipamentos públicos urbanos como praças (Figura 66),
espaços arborizados, que conversem com o entorno de vegetação existente na volta do terreno
(Figura 67), e ainda o termina irá contemplar um andar de galeria, para a otimização do tempo de
espera dos passageiros.
Figura 65 – Espaços abertos. Figura 66 – Equipamentos urbanos – (Praças)
Fonte: Google Imagens - Deichmann square Fonte: Google Imagens – Praça da Ciência em vitória
A estação busca atender um público variado, sem fazer distinção de cor, raça, credo. Servira
um público que escolha viajar de ônibus, e da mesma forma, trazer para dentro do projeto a
comunidade, proporcionando em seu entorno um eixo de ligação entre o novo bairro na sua volta e
o bairro já existente na configuração da cidade.
Figura 67 – Relação massas verdes no entorno. Figura 68 – Relação eixos ordenadores.
Fonte: Google Mapas com intervenção do autor. Fonte: Google Mapas com intervenção do autor.
41
O terreno escolhido para a implantação da estação rodoviária está inserido na borda da malha
urbana, em um loteamento novo, com diretrizes mais rígidas, faz divisa com um acesso facilitado a
BR 285 que configura um eixo mestre na cidade.
Por ser um dos principais acessos ao município, tem como característica principal uma pequena
porção de massa verde que se encontra no leito do Rio Passo Fundo, em frente ao terreno. Assim
o projeto pretende trazer movimento para a área, buscando valorizar e fomentar a expansão na
região em questão (Figura 69).
4.3 DIRETRIZES DE PROJETO
Equipamento público (áreas externas);
Marco visual ao acesso à cidade;
Abrir o projeto para a comunidade;
Integrar com o entorno;
Buscar formas retas e pontiagudas;
Demarcar o acesso através do trevo;
Executá-lo em estrutura metálica com vidro;
Utilizar da orientação solar para a setorização/implantação;
Fazer uso de energia limpa.
4.4 DIRETRIZES URBANAS PROPOSTAS
Analisando a Tabela 05 a seguir, notamos que o local de implantação apresenta algumas diretrizes urbanas que delimitam o projeto.
Tabela 05 – Diretrizes Urbanas propostas.
Problema
Problema Diretriz Estratégia Imagem
Distância do centro da
cidade
Movimentar a área de
implantação.
Propor lojas, e equipamentos
urbanos possibilitando o
desenvolvimento da área em
questão.
Potencialidade
42
Potencialidade
Diretriz Estratégia Imagem
Topografia do terreno
Explorar visuais
Explorar a topografia onde o sítio se localiza,
fazendo um mirante na parte
superior de edificação,
explorando os visuais a norte.
Fonte: Do autor.
43
5 PARTIDO GERAL
5.1 PROGRAMA DE NECESSIDADES E PRÉ-DIMENSIONAMENTO
Segundo análise, o presente estudo aponta algumas compartimentações que devem compor
uma estação rodoviária, para que possa atender a demanda de Passageiros que a cidade requer.
Tabela 06 – Pré-dimensionamento. ATIVIDADES AMBIENTES MOBILIÁRIO ÁREA TOTAL EM m²
SETOR
ADMINISTRATIVO
Administrativo
Administrativo
Administrativo
Administrativo
Administrativo
Administrativo
Administrativo
Serviço
Órgão Fiscalizador
Órgão Fiscalizador
Sala câmeras
Recepção
Contabilidade/RH
Direção
Sala Reuniões
Almoxarifado
Cofre
Banheiro
Sala DAER
Sala DENIT
Balcão para câmeras
Mesa, cadeiras e poltronas
Mesa, cadeiras e poltronas
Mesa, cadeiras e poltronas
Mesa, cadeiras
Prateleiras
Prateleiras
Pia, vaso sanitário
Mesa, cadeiras e poltronas
Mesa, cadeiras e poltronas
7,90 m²
15, 00 m²
12,00 m²
12,00 m²
20,00 m²
7,90 m²
10,00 m²
7,90 m²
14,00 m²
14,00 m²
SETOR
FUNCIONÁRIOS
Apoio funcionários
Apoio funcionários
Apoio funcionários
Apoio funcionários
Apoio e manutenção
Apoio e manutenção
Apoio e manutenção
Copa
Estar
Banheiro
Vestiário
Manutenção
Almoxarifado
DML
Bancadas, pia, fogão, geladeiras
Mesas, cadeiras, sofás, televisão
Pia, vaso sanitário
Banco, armários, chuveiros
Prateleiras
Prateleiras
Prateleiras
10,00 m²
25,00 m²
20,00 m²
30,00 m²
27,00 m²
20,00 m²
15,00 m²
SETOR
PRESTAÇÃO DE
SERVIÇOS
Atendimento/vendas
Atendimento/vendas
Armazenamento
Atendimento ao cliente
Serviço
Serviço
Atendimento ao cliente
Atendimento ao cliente
Atendimento ao cliente
Estacionamento
Atendimento ao cliente
Guichês
Postos de autoatendimento
Guarda Volumes
Posto de Informações
Guarita de Segurança
Posto Policial
Encomendas
Terminais Bancários
Telefones Públicos
Estacionamento
Táxi
Cadeiras e balcão
Totens autoatendimento
Prateleira e cadeira
Cadeira, balcão e prateleiras
Cadeira e bancada
Cadeira, mesa e poltronas
Prateleiras, bancada e cadeiras
Caixas eletrônicos
Telefones públicos
Vagas
Vagas
40,00 m²
20,00 m²
35,00 m²
20,00 m²
10,00 m²
25,00 m²
35,00 m²
25,00 m²
25,00 m²
SETOR SOCIAL
Circulação/espera
Alimentação
Alimentação
Comércio
Embarque
Desembarque
Serviço
Espera
Espera
Espera
Diversão
Diversão
Hall (Saguão) (4)
Cafeterias
Restaurante
Salas comerciais (8)
Plataforma de embarque (8)
Plataforma de desembarque (8)
Sanitários
Salas de espera
Espera de empresas
Espaços de Leitura
Espaços recreativos
Espaços abertos
Cadeiras, bancos e poltronas
Mesas e cadeiras, apoio coz.
Mesas e cadeiras, apoio coz.
Vitrine
Vagas
Vagas
Pia, vaso sanitário e chuveiro
Cadeiras, bancos e poltronas
Cadeiras, bancos e poltronas
Estantes, livros, poltronas e
mesas
Brinquedos e bancos
Bancos, árvores, lixeiras.
120,00 m²
200,00 m²
300,00 m²
320,00 m²
Vaga
Vaga
50,00 m²
25,00 m²
25,00 m²
25,00 m²
25,00 m²
ÁREA TOTAL 1.887,70 m²
44
5.2 ORGANOGRAMA
Conforme a análise do programa de necessidades através da divisão por setores, resultou em
dois organogramas apresentados nos esquemas abaixo. (Figura 69 e 70).
Figura 69 – Organograma 1º Pavimento. Figura 70 – Organograma 2º Pavimento
Fonte: Do autor. Fonte: Do Autor
5.3 FLUXOGRAMA
Analisando o programa de necessidades apresentado no item 1.1, obteve-se um fluxograma
representado pela Figura 71 e 72.
Figura 71 – Fluxograma 1º Pavimento.
Fonte: Do autor.
45
Figura 72 – Fluxograma 2º Pavimento.
Fonte: Do autor.
5.4 PARTIDO GERAL – ZONEAMENTO
Tabela 07 – Propostas de Zoneamento
Proposta 01 – Centralizada em um Pátio Central
Legenda:
Azul = SOCIAL Amarelo = Setor dos funcionários Verde = SETOR ADM Vermelho = PRESTAÇÃO DE SERVIÇO
46
Legenda:
Azul = SOCIAL Amarelo = Setor dos funcionários Verde = SETOR ADM Vermelho = PRESTAÇÃO
DE SERVIÇO
Forma
A forma apresenta pátio centralizado, onde possibilita a ventilação e iluminação natural. Onde a forma deriva de 3 eixos principais na volta do terreno, o trevo localizado na BR 285 e duas rotulas na divisa dos fundos do terreno.
Sistema construtivo Estrutura metálica, vidro, madeira e alvenaria.
Proposta 02 – Contraposição de Formas.
Anexo 3 – 1º Pav.
Legenda: Azul = SOCIAL Amarelo = Setor dos funcionários Verde = SETOR ADM Vermelho =
PRESTAÇÃO DE SERVIÇO
47
Azul = SOCIAL Amarelo = Setor dos funcionários Verde = SETOR ADM Vermelho =
PRESTAÇÃO DE SERVIÇO
Forma A forma apresenta uma forma espelhada,
trazendo cheios e vazios para o projeto.
Sistema construtivo Estrutura metálica, vidro, madeira e alvenaria.
Proposta 03 – Formas geométricas interseccionadas.
Azul = SOCIAL Amarelo = Setor dos funcionários Verde = SETOR ADM Vermelho =
PRESTAÇÃO DE SERVIÇO
48
Fonte: Do autor.
Após as 3 análises de setorização através da implantação, foram aprimoradas as formas de disposição
de espaços no terreno e foi feito uma adaptação das 3 propostas apresentadas anteriormente, dessa forma
resultado na seguinte setorização (Figura 73).
Legenda:
Azul = SOCIAL Amarelo = Setor dos funcionários Verde = SETOR ADM Vermelho =
PRESTAÇÃO DE SERVIÇO
Forma
A forma é derivada de 3 eixos principais, o trevo localizado na BR 285, e outras duas rotulas localizadas na parte dos fundos do terreno. Trazendo uma intersecção de formas (retângulo).
Sistema construtivo Estrutura metálica, vidro, madeira e alvenaria.
49
6. CONCLUSÕES
O presente estudo apresentou uma proposta de implantação de uma estrutura para uma
Estação Rodoviária para a cidade de Passo Fundo/RS, a fim de ajudar na otimização do tempo de
seus usuários, bem como desafogar o trânsito interno de ônibus.
Para acomodar essas deficiências, foram utilizados estudos de fluxos de acessos de outros
municípios, dessa forma a estrutura apresenta uma forma funcional ampla e de rápido acesso, bem
como uma estrutura organizacional formada por eixos ordenadores existentes no entorno do
projeto.
A escolha do terreno foi baseada primeiramente no fato de ser uma estrutura que tem sua
abrangência não apenas local, mas estadual e nacional. Dessa forma o terreno escolhido para a
implantação localiza-se na borda urbana da cidade e fica às margens da BR 285, no Bairro Cidade
Nova, local esse que contempla a maioria dos acessos à cidade. Assim foi desenvolvido elaborado
o projeto de um Estação de autoatendimento de Passo Fundo/RS.
50
BIBLIOGRAFIA
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Apêndices
Prancha 01 – Conceito e Programa de necessidades.
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Prancha 02 – Implantação
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Prancha 03 – Plantas 1º e 2º Pavimentos e Corte AA.
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Prancha 04 – Planta 3º Pavimento – Plataforma de embarque / desembarque
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Prancha 05 – Perspectivas 3D