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Linfomas e Leucemias 1
Faculdade de Medicina da Universidade do Porto 23 Seminrio de
Biopatologia
Linfomas e Leucemias
Prof. Clara Sambade 18/04/07 Pessoal, a este tipo de letra
encontram-se as respostas s perguntas baseadas no que a professora
falou e/ou apontamentos das aulas. As perguntas esto com o nosso to
bem conhecido Comic Sans MS e, para inovar, a informao adicional do
Robbins est a Book Antiqua. Por isso, escusam de ler o livro mas se
quiserem ns perdoamos. =) E est ento a comear uma das melhores
desgravadas de sempre Enjoy!
Informao adicional do Robbins
Neoplasias mielides: origin form hematopoietic progenitor cells
capable of giving rise to terminally
differentiated cells of the myeloid series (eritrcitos,
granulcitos, moncitos e plaquetas. Envolvem
primariamente a medula ssea e, em menor grau, os rgos
hematopoiticos secundrios (bao, fgado e
gnglios linfticos) e apresentamse com a hematopoiese alterada. H
3 categorias.
Leucemias mielides agudas acumulao de formas mielides imaturas
na medula ssea e
supresso da hematopoiese normal;
Sndromes mielodisplsicas hematopoiese ineficaz e citopenias
associadas;
Doenas mieloproliferativas crnicas aumento da produo de clulas
mielides terminalmente
diferenciadas.
Estas neoplasias tendem a evoluir no tempo para formas mais
agressivas de doena. Tanto as sndromes
mielodisplsicas como as doenas mieloproliferativas crnicas
muitas vezes se transformam em leucemias
mielides agudas.
CASO 1 (variaes sobre um caso j estudado)
Indivduo de gnero feminino, de 44 anos, apresentava queixas de
fadiga, perda de peso e mal-estar abdominal com 2 meses de evoluo.
O exame fsico evidenciou esplenomegalia; o exame do sangue
perifrico revelou 225.000 leuccitos/mm3 (normal: 4,1-10,9X103) a
maioria dos quais de linhagem mielide, em estadios finais e
diferenciao.
(Este caso diz variaes sobre um caso j estudado, referindo-se a
um j apresentado no seminrio
de neoplasias em geral.)
Particularmente notrios, para alm da esplenomegalia, eram os
valores do sangue perifrico com
muitssimos leuccitos.
As Figs. 1, 2 e 3 documentam resultados de estudos que permitem
estabelecer o diagnstico. Interprete cada uma das Figuras.
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Linfomas e Leucemias 2
E o que que se passa neste esfregao sanguneo? Apresenta
clulas da linhagem mielide imaturas, diz uma colega. Vou
corrigir
ligeiramente a resposta, porque a partir desta fase temos de
ter
cuidado com a palavra imaturo, visto que h vrios graus de
imaturidade. Portanto estas so imaturas para estar no sangue
perifrico, no entanto j muito avanadas na maturao. Chamam-se
metamielcitos.
(Surgem contestaes, em como alguns seriam mieloblastos.)
Mieloblastos, em termo geral, tudo o que mielcito imaturo. E o
mieloblasto tem vrios graus de
maturao. Esta uma clula j muito granulada, e com o ncleo pouco
lobulado. um metamielcito,
querendo isto dizer que est j numa fase bastante avanada da
diferenciao. melhor no dizermos, a
partir de agora, a palavra mieloblasto, porque pode ter
implicaes muito mais graves e muito mais srias.
Portanto preciso aprimorar a linguagem.
Informao adicional do Robbins
Exames do sangue perifrico revelam marcada leucocitose (mais de
100,000 clulas/mm3). Predominam
em circulao neutrfilos, metamielcitos e mielcitos, com menos de
10% de mieloblastos. So comuns
eosinofilia e basofilia, e 50% dos pacientes, no incio da doena,
tm trombocitose.
Tm uma imagem do caritipo, que tambm j viram, e no tm
nenhuma dificuldade em perceber que aqui est o cromossoma de
Filadlfia translocao 9;22. para relembrar, as suas
consequncias
so a constituio de um gene hbrido, chamado BcrAbl, e a
figura
seguinte no mais que a demonstrao dessa translocao pelo
mtodo de FISH. Marcam-se com sondas as regies prprias dos
genes abl e bcr, que em consies normais esto separadas. Isto
pode
ser feito em interfase e em mitose.
Muitas neoplasias hematolgicas associam-se a translocaes
especficas, e nem todas no mbito de doenas hematolgicas, ou
outras podem ser estudadas por este mtodo, pela razo simples
que
este mtodo exige a existncia e a fabricao de uma sonda
prpria.
Isto s possvel se os locais de ruptura dos genes forem
razoavelmente constantes. Por exemplo, a translocao associada ao
linfoma de burkitt extremamente
difcil estudar por este mtodo porque um dos genes parte em stios
muito distintos, e as sondas que
usamos no cobrem o gene todo.
Indique o diagnstico leucemia mielide crnica.
Informao adicional do Robbins
Morfologia: em contraste com as medulas normais, que tm 50% de
contedo celular e 50% de gordura,
nesta doena h 100% de celularidade, sendo a maioria precursores
granulocticos em maturao. Um
aumento do nmero de megacaricitos (em formas displsicas
pequenas) e um normal ou decrescido
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Linfomas e Leucemias 3
nmero de eritrides esto presentes. H um aumento de deposio de
fibras de reticulina, mas rara a
fibrose generalizada.
Hematopoiese extramedular neoplsica na polpa vermelha esplnica
causa esplenomegalia marcada,
muitas vezes complicada por enfartes focais. A hematopoiese
extra-medular tambm pode originar
hepatomegalia ou linfadenopatia ligeira.
As Figs. 4A e 4B documentam aspectos da biopsia da medula ssea
de um doente com quadro clnico idntico ao descrito. Descreva as
caractersticas gerais da medula ssea e identifique os elementos das
diferentes linhagens assinalados em 1, 2 e 3.
Isto que ainda no tinham visto. Imagens da medula ssea de
doentes com esta patologia.
Conseguem reconhecer que uma medula ssea bem
diferente das que tm visto nas aulas prticas, que so
aquela lstima de tecido muito desfeito, que preciso ver
muitos fragmentos, tudo muito negro e estragado. Esta
uma biopsia de uma medula ssea feita para estudos de
doena hematolgica, e portanto feita de uma forma
particular, em que se consegue uma excelente
preservao das estruturas, permitindo identificar as
populaes que l esto, e estudar em detalhe este
rgo.
Est ali a trabcula (em cima). Esta uma colorao especial que
permite ver muito bem a
diferenciao do citoplasma, por isso que no aparecem os
citoplasmas todos cor-de-rosa. Vm que a
imagem um pouco mais azul que o que costume. Isto uma tcnica
especial, o Giemsa no modificado
(por oposio ao modificado, com que se identifica a H. pylori),
que permite uma excelente diferenciao,
quer das caractersticas do ncleo que do citoplasma.
Na medula ssea produzem-se clulas sanguneas
de diferentes linhagens. Da linha vermelha, eritrides;
da linha branca, mielides; megacaricitos e linfcitos.
No nmero 1 temos clulas da linhagem mielide,
imaturas. a zona prpria, junto das trabculas, de
formao da populao mielide. Se repararem,
medida que vm da trabcula para as zonas mais
profundas vo amadurecendo. Mais inferiormente na
figura j vm neutrfilos, clulas pequenas, de ncleo
muito denso e multilobado, irregular. Reparem que se
prestarem ateno at conseguem ver cores diferentes
no citoplasma, diferentes tons de rosa. Por isso que se usa esta
colorao, que permite diferenciar as
diferentes linhagens mielides, dependendo da natureza dos
grnulos. Esta ento a zona de populao
mielide imatura em maturao.
O que est marcado com 2, na figura seguinte, a linhagem
eritride. As clulas eritrides tm uma
caracterstica muito fcil de reconhecer, pese embora neste doena
poderem passar despercebidas:
gostam imenso de estar agrupadas. Viram isso tambm na
hematopoiese do fgado das crianas. Um
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Linfomas e Leucemias 4
fgado cheio de hematopoiese, com clulas eritrides todas muito
iguais, pequeninas, com ncleos
redondos e muito pretos. E estavam sempre em grupos pequenos,
nos sinusides. Agrupam-se em redor
de clulas que contm o ferro, de que precisam para produzir
hemoglobina.
Portanto a populao eritride est sempre em grupinhos,
amadurecendo toda ao mesmo tempo.
As clulas assinaladas com o nmero 3 so megacaricitos. Clulas
enormes, de ncleo enorme,
comparadas com as outras. Em boa verdade, estes megacaricitos so
pequenos para o que deviam ser.
So os chamados micromegacaricitos. Mesmo quando eles so anes, so
muito grandes. No se sabe
porque assim , sendo prprio desta doena.
O que que vos impressiona nesta medula ssea? No se v uma nica
clula de tecido adiposo,
estando absolutamente cheia, custa das clulas das vrias
linhagens. Para que no seja um salto de f, o
afirmar que todas as linhagens esto em excesso, fiquem com a
ideia de que, por 3 a 5 campos de grande
ampliao, devemos ver 3 ou 4 megacaricitos. A medula ssea est
cheia de clulas que no so apenas
mielides.
(aqui a professora pedia a explicao molecular desta patologia a
uma aluna, e como na gravao no se ouve essa resposta, vou traduzir
o que
diz no Robbins acerca disto mesmo)
Informao adicional do Robbins
O gene hbrido resultante, BCR-ABL, dirige a sntese de uma
protena de fuso com 210-kDa com
actividade de tirosina cinase. ()
A activao de diversas tirosina cinases normalmente regulada por
dimerizao mediada por ligandos,
seguida de activao de mltiplas vias, que controlam a
sobrevivncia e proliferao da clula.
O BCR contribui com um domnio de dimerizao que promove a
auto-associao da protena de fuso
BCR-ABL, resultando na autofosforilao constitutiva do BCR-ABL e
activao das subsequentes vias. Como
resultado existe inibio da apoptose e diviso celular,
independentemente da ligao de ligandos.
A causa molecular da doena acontece em clulas estaminais, que
mantm a capacidade de
diferenciao trilinear.
Ento porque se chama leucemia mielide crnica, quando as outras
linhagens tambm abundam?
Porque no sangue perifrico predomina largamente a populao
mielide.
Informao adicional do Robbins
O incio da leucemia mielide crnica insidioso. Como consequncia
do aumento do turnover celular,
surge anemia e hipermetabolismo que levam a fatigabilidade,
fraqueza, perda de peso e anorexia. Por vezes
o primeiro sintoma uma sensao no abdmen, graas esplenomegalia
macia, ou dor de incio sbito no
quadrante superior esquerdo, devido a enfartes esplnicos.
Mesmo sem tratamento, a sobrevida mdia de 3 anos, graas sua
lenta progresso.
Aps, aproximadamente 3 anos, 50% dos pacientes entra numa fase
de acelerao, com aumento da
anemia e trombocitopenia, e por vezes basofilia perifrica. Em 6
a 12 meses, a fase acelerada termina num
quadro semelhante a leucemia aguda. Nos restantes 50% dos
doentes, esta leucemia aguda manifesta-se
abruptamente, sem a fase acelerada.
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Linfomas e Leucemias 5
Existem frmacos inibidores da cinase BCR-ABL, que induzem
remisses hematolgicas completas em
mais de 90% dos doentes. No entanto, estes inibidores suprimem,
mas no extinguem a causa, podendo no
prevenir a leucemia aguda.
Como designa o grupo de neoplasias hematolgicas que inclui a
situao descrita? Doenas mieloproliferativas crnicas. um nome
traioeiro, porque no transmite facilmente a ideia de
ser uma neoplasia.
Quais so os outros membros do referido grupo? Policetemia vera
(predomnio de glbulos rubros).
Trombocitemia essencial (predomnio de plaquetas).
Mielofibrose idioptica (no existe predomnio de um grupo
particular). H mielofibroses (no
ideopticas) que so uma das formas de evoluo possvel de qualquer
uma das outras doenas
mieloproliferativas crnicas.
A que tem um predomnio de linhagem mais acentuado mesmo a
leucemia mielide crnica, da que
seja a nica que se chame assim. O seu predomnio de clulas de
linhagem mielide em relao s outras
tal, que durante muito tempo de considerou uma neoplasia de
clulas dessa linhagem. Na policitemia vera
e na trombocitemia essencial o predomnio das clulas
(eritrcito/plaquetas) no to acentuado.
A mielofibrose idioptica tem de facto fibrose e aumento do
estroma, da o nome. No entanto este
aumento de estroma num contexto de proliferao das clulas
sanguneas. tambm uma neoplasia,
tendo um curso clnico que distinto.
O curso clnico de cada uma destas doenas diferente, bem como o
tratamento.
Quais so os elementos comuns s diferentes doenas em causa e
quais so as bases e a relevncia clnica do diagnstico diferencial
entre essas doenas?
Todas elas so neoplasias provenientes de clulas estaminais que
mantm a capacidade de se
diferenciar em diferentes linhagens. Distinguem-se entre si pela
proporo relativa das sub-linhagens, por
alteraes moleculares, (a translocao que forma o cromossoma de
Filadlfia tpica da leucemia mielide
crnica) e por pequenas subtilezas bioqumicas das clulas que no
vamos detalhar.
A doente foi submetida a teraputica mdica e os valores
hematolgicos normalizaram ao fim de 1 ms. Cerca de 3 anos aps o
diagnstico inicial, a doente apresentou queixas de dores sseas e
perda de peso acentuada; nesta fase, o exame fsico revelou
esplenomegalia macia. As Figuras seguintes documentam os resultados
de estudos complementares efectuados nesta fase da doena.
A doente ter sido tratada com um inibidor especfico do gene
hbrido, ainda que iniba outras cinases.
Foi especialmente produzido para esta patologia, tendo sido
experimentado em mais duas ou trs
patologias raras.
Alguns doentes deixam de responder ao tratamento ao fim de algum
tempo voltando a ter a leucemia
mielide crnica. Isto acontece porque adquirem mutaes no local de
ligao do frmaco.
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Linfomas e Leucemias 6
Na Fig. 5 descreva os aspectos essenciais do esfregao sanguneo.
Que diagnstico prope? Porqu?
Esta imagem diferente da do seminrio de neoplasias em
geral, da as pequenas variaes.
Estas clulas so ento imaturas e mielides. So mielides
porque o citoplasma abundante e com grnulos, ainda que
poucos. uma situao de circulao de clulas agora sim
imaturas. Mais imaturas que os metamielcitos que tinham
aparecido na primeira parte do caso.
Diagnstico leucemia mieloblstica aguda. Mas convm
confirmar.
Informao adicional do Robbins
Morfologia: o diagnstico de leucemia mielide aguda baseia-se em
encontrar blastos mielides em
mais de 20% das clulas da medula ssea.
Mieloblastos cromatina nuclear delicada, 2 a 4 nuclolos, e
citoplasma mais volumoso que os
linfoblastos. Citoplasma com pequenos grnulos azuroflicos,
peroxidase positivos.
Monoblastos ncleo dobrado ou lobular, peroxidase negativos e
esterase inespecfica positivos.
O nmero de clulas leucmicas no sangue perifrico muito varivel.
Podem ser mais de 100,000
blastos por microlitro, mas em cerca de 50% dos pacientes
contam-se menos de 10,000.
Patofisiologia: afecta principalmente adultos (15-39 anos),
tambm observada em adultos mais velhos e
crianas. A maioria das leucemias mielides agudas associam-se a
alteraes genticas adquiridas que
inibem a diferenciao mielide terminal (fragmentam genes que
codifical factores de transcrio necessrios
a uma normal diferenciao mielide). Assim, os elementos normais
da medula so substitudos por blastos
relativamente indiferenciados. A taxa de replicao destes mais
baixa que nos progenitores mielides
normais, realando a importncia patognica do bloqueio da maturao
e aumento da sobrevivncia.
A acumulao de clulas na medula suprime as restantes clulas
normais. Da hematopoiese alterada
resulta anemia, neutropenia e trombocitopenia, que causam a
maioria das complicaes clnicas da doena.
O objectivo teraputico eliminar os clones leucmicos da medula,
permitindo o recomear de uma
hematopoiese normal. Isto pode ser conseguido com frmacos
citotxicos.
Caractersticas clnicas: anemia, neutropenia e trombocitopenia,
que levam a fadiga, febre e hemorragias
mucosas e cutneas espontneas. Petquias e equimosas, hemorragias
serosas e mucosas, infeces (muitas
vezes por agentes oportunistas fungos, Pseudomonas, comensais),
e linfadenopatias e organomegalias
moderadas.
Prognstico: uma doena difcil de tratar. Aproximadamente 60% dos
doentes entram em remisso
completa aps quimioterapia, mas s 15-30% se mantm livres da
doena por 5 anos.
A Fig. 6 documenta o resultado de estudo histoqumico, efectuado
no esfregao de sangue perifrico, para deteco de uma enzima qual
essa enzima e qual o significado do resultado obtido?
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Linfomas e Leucemias 7
E aqui apresenta-se a imagem de um estudo que o mais simples que
h, o
estudo citoqumico. fcil de fazer, na lmina do esfregao. Estamos
procura da
enzima mieloperoxidase. Uma forma simples de confirmar que
estamos perante
clulas mielides imaturas leucemia mielide aguda. Mas no chega
dizer assim,
porque h vrios tipos. Uma das formas usar mtodos adicionais,
custa dos
marcadores superficiais que estas clulas possam exprimir. A
maturao mielide
um pouco pobre nestes marcadores. A diferenciao linfide um pedao
mais
complicada. Ainda assim faz-se o estudo da membrana dos
mielcitos atravs
deste mtodo que se chama citometria de fluxo.
A Fig. 7 documenta os resultados de um outro tipo de estudo
complementar efectuado para caracterizao precisa de populaes
celulares (a populao anormal est evidenciada em vermelho). Qual foi
o mtodo utilizado e como interpreta os resultados documentados? Que
diagnstico prope? Como se sub-classificam os diferentes tipos de
neoplasias do grupo documentado no 2 episdio da doena?
Estas imagens chamam-se histogramas. Os resultados
podem ser representados de formas muito diferentes, em
funo daquilo que se estiver a estudar.
O que o citmetro faz quantificar simultaneamente duas
variveis, sendo esta a forma mais simples de o representar.
O
nmero de partculas representado por cada uma das
pintinhas.
Portanto qual o fentipo desta populao? CD34+/CD64-; isto quer
dizer que so clulas mielides
muito imaturas. A negatividade para o 64 diz que no so maduras,
e a positividade para o 34 afirma a sua
imaturidade. Analisam-se ambos os parmetros porque convm sempre
cruzar informao.
CD33 positivo afirma tambm a sua imaturidade. O CD15 na maioria
negativo.
Existe este tipo de estudo para caracterizar melhor cada tipo de
leucemia.
Existem duas classificaes: (E nesta parte no entendi muito bem o
que a professora queria dizer, mas deixo-
vos os quadros e uma tentativa de desgravao lgica) A de FAB, que
se baseia essencialmente na morfologia das clulas, com a
identificao do seu
grau de amadurecimento, e baseada na citoqumica. Continua a
usar-se.
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Linfomas e Leucemias 8
Outra mais recente baseia-se largamente na existncia de
translocaes especficas de tipos
particulares de leucemias mielides agudas. Algumas das quais tm
significado prognstico
favorvel, outras desfavorvel, e outro grupo com prognsticos
tambm desfavorveis, com
uma particularidade: independentemente de que fase , no tm
nenhuma destas
translocaes, mas tm ali um sinal que displasia, isto , qualidade
diferente da maturao
mielide. E a outra, que tambm tem muitas vezes displasia, faz um
grupo ao lado porque se
sabe que relacionado com teraputica anterior. E depois existe um
outro, sem qualquer tipo
de categorizao, ser o resto, mas ateno que o resto pode bem ser
a maioria.
Informao adicional do Robbins
Imunofenotipagem: como morfologicamente difcil distinguir
mieloblastos e linfoblastos, o
diagnstico de leucemia mielide aguda tem de ser confirmado com a
colorao de clulas para marcadores
de superfcie especificamente mielides.
CD34 marcador de stem cells multipotentes; CD64 marcador de
clulas mielides maduras; CD33
marcador de clulas mielides imaturas; CD15 marcador de clulas
mais maduras; (portanto as clulas
analisadas no seminrio seriam clulas mielides minimamente
diferenciadas)
Classificao: a classificao de FAB divide a leucemia mielide em 8
categorias, tomando em
considerao os graus de maturao e a linhagem dos blastos
leucmicos. Para estas definies entram em
linha de conta histochemical stains for peroxidase, specific
esterase and nonspecific esterase and
immunostatins for myeloid specific antigens.
A classificao WHO mantm as categorias na FAB, acrescentando
outras para leucemias mielides
agudas associadas a aberraes cromossmicas particulares, que
surgem aps anterior quimioterapia ou
aps uma sndrome mielodisplsica.
Quais so as outras evolues possveis no tipo de situao
apresentada?
Leucemia linfoblstica aguda.
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Linfomas e Leucemias 9
Leucemia mielide aguda.
Mielofibrose.
CASO 2 Indivduo do gnero masculino, de 62 anos, foi internado
por queixas de astenia
progressiva, palidez da pele e mucosas, hemorragias gengivais e
epistaxis frequentes. Os valores do hemograma (Hb:6,5g/L;
Hematcrito:17,9%, Glbulos brancos:2.200/mm3; Plaquetas:42000/mm3)
determinaram a realizao de uma biopsia de medula ssea.
Este doente tem falta de clulas sanguneas de todas as linhagens
(quadro hematolgico de
pancitopenia).
-Descreva os aspectos mais salientes da biopsia da medula ssea
documentada na Fig. 8.
Esta medula ssea anormal porque est
repleta de clulas sanguneas e no tem nenhuma
rea de tecido adiposo identificada. Portanto, uma
medula ssea hipercelular. Nesta ampliao
impossvel saber se esto presentes as linhagens
todas, se tem apenas uma ou duas.
- Com base nos dados de que dispe quais so as duas hipteses de
diagnstico de doenas hematolgicas primrias que deve considerar?
A partir deste quadro clnico (o doente tem poucas clulas
sanguneas a circular) e da biopsia medular
(tem uma medula ssea cheia de clulas sanguneas), as duas grandes
hipteses de diagnstico so:
Leucemia mielide/linfide aguda (aumento das clulas claramente
anormais no sangue perifrico >20%). Trata-se de uma neoplasia de
clulas muito imaturas que tm dificuldade (seja
qual for a linhagem das clulas) em sair da medula ssea e que
ocupam o espao e obviamente
isto vai-se repercutir nas outras linhas que deixam de fazer as
clulas que devem (quadro de
leucemia aguda).
Sndrome mielodisplsico. Grupo de doenas consideradas neoplasias
hematolgicas. um problema de displasia, de formao deficiente e de m
qualidade de todas as linhas hematolgicas.
Fazem-se mal leuccitos, plaquetas, eritrcitos e por isso o
doente tem pancitopenia. Os doentes
podem morrer devido a complicaes relacionadas com as citopenias
(hemorragia, infeces, etc.)
ou por evoluo da doena, sendo que a evoluo clnica mais provvel
do Sndrome
mielodisplsico , ao fim de alguns anos, transformar-se em
Leucemia mielide aguda (ver quadro
de classificao da OMS quadro 2). A maior parte das vezes
idioptico mas alguns doentes
tambm desenvolvem doena devido exposio a certas substncias como
tintas, radiaes,
frmacos. Assim, alguns grupos profissionais tm maior risco de
ter sndromes mielodisplsicos.
Clulas hematolgicas no espao trabecular
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Linfomas e Leucemias 10
Qual o significado da esplenomegalia neste tipo de situaes?
pergunta feita pelo Z.
A esplenomegalia das doenas mieloproliferativas crnicas a doena
da clula stem que cresce
continuamente e ocupa todo o espao que pode da medula ssea. Mas
continua a fazer-se sangue, no
bao e no fgado. Assim, a esplenomegalia das doenas
mieloproliferativas crnicas significa expanso da
medula ssea que continua a fazer sangue em territrios que, na
vida adulta j no devia fazer mas faz
durante a vida embrionria. Temos assim metaplasia mielide no bao
e fgado. Estas clulas funcionam
mas o problema que a massa sangunea vai aumentando. Sendo assim,
os doentes com leucemia
mielide crnica tm clulas a mais e podem morrer devido a
complicaes como acidentes vasculares
cerebrais, rupturas vasculares.
Quais so os critrios que definem um quadro de "leucemia
aguda"?
O diagnstico diferencial faz-se olhando para as clulas. Num
Sndrome mielodisplsico, temos que ter
clulas das diferentes linhas (tortas, mas das diferentes
linhas). Se for uma Leucemia aguda, temos que ter
uma populao claramente anormal (apenas uma).
Informao adicional do Robbins
Leucemias agudas:
Nas leucemias agudas h um bloqueio na diferenciao e os blastos
neoplsicos tm um longo perodo
de regenerao. Assim, a acumulao de blastos resulta da expanso
clonal e na falncia da maturao dos
progenitores em clulas maduras. Os sinais clnicos das leucemias
agudas so:
os sintomas aparecem rpida e abruptamente e esto relacionados
com a depresso da funo
normal da medula ssea (fadiga, anemia, febre, infeces que
resultam da ausncia de leuccitos
maduros, hemorragias secundrias a trombocitopenia);
linfadenopatia generalizada, esplenomegalia e hepatomegalia
resulta da disseminao das clulas
leucmicas;
manifestaes do SNC.
Leucemia linfide aguda (LLA)
Os ncleos dos linfoblastos, nas preparaes coradas com
Wright-Giemsa, apresentam cromatina
agregada e um ou dois nuclolos. Geralmente, apresentam agregados
de material PAS positivo enquanto
que nos mieloblastos o material peroxidase positivo.
Leucemia mielide aguda (LMA)
Afecta primariamente adultos. Os sinais clnicos e sintomas so
semelhantes aos da leucemia linfide
aguda e esto relacionados com a falncia da medula ssea causada
pela substituio dos elementos normais
da medula por blastos leucmicos. Idealmente, o diagnstico e
classificao da LMA so baseados na
morfologia, histologia, imunofenotipagem e estudos do
caritipo.
Na maioria dos casos os mieoloblastos distinguem-se dos
linfoblastos uma vez que os primeiros, na
colorao de Wright-Giemsa, apresentam cromatina nuclear mais
fina, trs a cinco nuclolos e ainda
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Linfomas e Leucemias 11
grnulos azuroflicos no citoplasma (que mais abundante). Em
alguns casos, esto ainda presentes outras
estruturas corpos de Auer que ajudam na realizao do
diagnstico.
Sndrome mielodisplsico:
Grupo de doenas caracterizadas por defeitos na maturao, o que
resulta numa hematopoiese ineficaz e
num aumento do risco de transformao em leucemias mielides agudas
(10% 40% dos doentes). A
medula ssea normalmente hipercelular ou normocelular mas o
sangue perifrico apresenta-se com
quadro de pancitopenia. Algumas anormalidades no caritipo
incluem a perda dos cromossomas 5 ou 7 ou
ainda a deleco dos seus braos longos. Morfologicamente, a medula
ssea apresenta clulas aberrantes
como micromegacaricitos, blastos com aspecto bizarro e
precursores eritrides megaloblastides, entre
outros. O prognstico varivel (sobre-vida: 9 a 29 meses).
- Na Fig. 9 descreva as caractersticas gerais do esfregao
sanguneo (do sangue perifrico) documentado e identifique as
estruturas assinaladas.
Estas clulas esto cheias de grnulos.
So clulas mielides pouco maduras mas
suficientemente maduras para estarem
carregadinhas de grnulos (azuroflicos).
As formaes compridas (apontadas pela
seta na figura) chamam-se corpos de Auer,
que so a confluncia do material que
constitui os grnulos. A existncia de corpos
de Auer patognemnico de Leucemia
mielide aguda. Nunca h corpos de Auer
sem ser em clulas mielides malignas. No
entanto, os corpos de Auer no aparecem apenas na leucemia
promieloctica e, por outro lado, no
aparecem em todos os casos de leucemia.
Que hiptese de diagnstico prope? Leucemia promieloctica aguda
(M3). As clulas esto carregadinhas de grnulos e parecem ter
dois ncleos (identao dos ncleos) so estes os aspectos que
definem que se trata de uma leucemia
promieloctica.
- O estudo citogentico revelou a presena de t(15;17). Quais so
as consequncias moleculares da anomalia citogentica detectada?
Esta translocao s acontece neste tipo de leucemia mas no
acontece em todas as leucemias
promielocticas, ou seja, uma translocao especificamente
associada a este tipo de leucemia mas nem
todos os doentes com leucemia promieloctica tm esta translocao.
Perante um diagnstico de leucemia
promieloctica feito com facilidade, muito importante saber,
pelos mtodos adequados, se aquela leucemia
promieloctica tem ou no a translocao.
Corpos de Auer
Identao dos ncleos (aspecto binucleado)
-
Linfomas e Leucemias 12
Perante este facto, quais so as consequncias moleculares?
Esta translocao origina um gene de fuso ou hbrido RARA/PML,
havendo produo de uma
protena nica prpria daquela translocao, que tem o papel de
bloquear a diferenciao mielide (a
maturao pra). Esta protena um marcador seguro da doena, mesmo
que a funo seja normal (como
a protena cinase apenas aumentada).
Qual a relevncia desta informao?
uma translocao especfica associada Leucemia mielide aguda M3,
embora no ocorra em
100% dos casos, e a base molecular para a teraputica com o cido
transretinico (que s responde se
houver translocao). O cido transretinico reverte o bloqueio
causado pela protena anormal e as clulas
neoplsicas amadurecem, uma vez que permite a diferenciao. O
esquema teraputico nestes doentes
no passa apenas pelo cido transretinico (apesar de ser bastante
til) mas tambm por citostticos. A
base molecular da teraputica a existncia deste gene tal como a
base molecular da teraputica com
Gleevec a existncia do gene hbrido BCR-ABL.
Informao adicional do Robbins
A translocao t(15;17) resulta na fuso do gene do receptor para o
cido retinico (RARA) do
cromossoma 17, com o gene PML no cromossoma 15. O gene hbrido
produz uma protena anormal
PML/RARA que bloqueia a diferenciao mielide na fase de
promielcito, provavelmente ao inibir a
funo normal dos receptores RARA. Doses de cido retinico so
capazes de reverter este bloqueio, fazendo
com que os promielcitos neoplsicos terminem a sua diferenciao em
neutrfilos, acabando por morrer.
Assim, o tumor rapidamente regride havendo remisso numa
percentagem alta de doentes.
CASO 3
Criana do gnero feminino, de 2 anos de idade, com palidez
acentuada e mau estado geral, foi internada aps obteno dos
resultados do hemograma que revelaram um quadro leucmico agudo.
Quadro leucmico blastos no sangue perifrico.
Descreva as caracterstica do esfregao sanguneo representado na
Fig. 10 e proponha um diagnstico.
As clulas parecem mais linfides do que mielides devido
escassez do citoplasma e ausncia de grnulos.
Muito provavelmente uma leucemia aguda com
morfologia compatvel com filiao linfide (cuidado!na
leucemia mielide aguda, em M0 e M1, as clulas podem
confundir-se com linhagem linfoctica!).
-
Linfomas e Leucemias 13
Informao adicional do Robbins
Os tumores de clulas percursores B e T tm geralmente uma
apresentao clnica de leucemia aguda
linfoblstica em alguma fase do seu desenvolvimento. Em conjunto,
as leucemias linfoblsticas agudas
correspondem a 80% das leucemias das crianas (pico de incidncia
aos 4 anos), sendo a maioria de clulas
B. As neoplasias de clulas percursoras T so mais comuns nos
adolescentes do sexo masculino (pico de
incidncia entre os 15 e os 20 anos).
- Que hipteses de diagnstico deve considerar sabendo que as
clulas observadas expressam TdT?
TdT + - leucemia linfoblstica aguda/linfoma de clulas
percursoras.
O linfoma de clulas percursoras pode ser B ou T. Para
identificarmos o tipo:
- citometria de fluxo, desde que existam suspenses
celulares;
- imunocitoqumica, se houver um fragmento do tecido.
- Como interpreta os resultados do estudo complementar
representado na Fig. 11?
TdT + /CD10+ /CD19+/CD22+
Clulas da linhagem B
- A TdT um marcador de linhagem linfide e de
clulas imaturas. Logo, so clulas linfides B ou T imaturas. A
enzima uma transferase de
desoxinucletidos terminal.
O que que necessita de transferncia de desoxinucletidos nas
fases precoces do desenvolvimento
linfide?
Os rearranjos dos receptores.
Temos TdT em todas as clulas (difcil revelar). normal revelar
TdT na apoptose: o DNA est a ser
cortado e a clula tenta resolver o problema transferindo
nucletidos para esse local.
- O CD10 expresso na fase de linfcitos B imaturos e volta a ser
expresso no centro germinativo (ao
contrrio da TdT, apenas expressa na fase imatura).
- O CD19 e o CD 22, o primeiro e o ltimo a serem expressos, so
marcadores de linhagem B.
- Qual o diagnstico?
Leucemia/Linfoma de clulas percursoras B (leucemia linfoblstica
aguda B).
-
Linfomas e Leucemias 14
A barra quer dizer que a mesma coisa. Linfoma significa
neoplasia de clulas linfides (salienta a
natureza das clulas). Leucemia quer dizer neoplasia hematolgica
em que parte das clulas
(mielides/linfides) est em circulao. No caso de a leucemia ser
de clulas linfides naturalmente um
linfoma.
Linfoma de clulas percursoras o nome oficial da OMS.
Qual o prognstico (geral) deste tipo de neoplasias?
Os linfomas de clulas percursoras B tm globalmente bom
prognstico, com taxas de remisso que
chegam aos 85 %. Remisso no sinnimo de cura. Remisso significa
sem deteco de doena
neoplsica pelos mtodos clssicos.
1/3 das crianas com neoplasias de clulas percursoras B vai
recidivar.
Informao adicional do Robbins
As crianas entre os 2 e os 10 anos com neoplasia de clulas
percursoras B so as que apresentam melhor
prognstico.
Factores associados a pior prognstico incluem o sexo masculino,
idade inferior a 2 e superior a 10 anos
e uma contagem de leuccitos elevada no momento do
diagnstico.
As diferenas de prognstico relacionadas com a idade podem ser
explicadas pelas anormalidades
cromossmicas: as neoplasias com rearranjos no cromossoma Ph ou
MLL (mau prognstico) so mais
comuns em crianas com menos de 2 anos e em adultos, enquanto que
os tumores que apresentam uma t
(12;21) ou hiperploidia (bom prognstico) tm uma frequncia
superior nas crianas entre os 2 e os dez anos
de idade.
- Que diagnstico proporia se o tipo de estudo anterior tivesse
documentado um fentipo CD2+/CD3-/CD4+/CD5+/CD7+/CD8+?
Parece ser uma neoplasia de clulas percursoras T.
O CD2, o CD5 e o CD7 so antignios associados, mas no restritos
(tambm podem existir nas clulas
mielides), diferenciao T. O CD4 e o CD8 tambm no so especficos.
O marcador de linhagem
seguro o que falta aqui: CD3.
- Nestas circunstncias que tipo de estudo complementar seria
relevante, no diagnstico e, eventualmente, no seguimento do doente
aps teraputica?
Para termos a certeza do diagnstico teramos que estudar os genes
das imunoglobulinas e dos
receptores das clulas T e verificar se estavam em configurao
germinativa ou rearranjados (anlise
molecular da clonalidade linfide). Este estudo tambm importante
no seguimento do doente.
(clulas B - rearranjam as imunoglobulinas | clulas T -
rearranjam o receptor das clulas T)
-
Linfomas e Leucemias 15
- Que outro tipo de estudo complementar pode fornecer informaes
clinicamente relevantes?
Outro estudo til seria o caritipo, uma vez que 90% das
neoplasias de clulas linfides percursoras tem anomalias
cromossmicas. Algumas destas anomalias tm relevncia prognstica. Por
outro lado, a presena destas anomalias cromossmicas pode constituir
um instrumento de quantificao das clulas que
tm aquela anomalia e permite identificar populaes neoplsicas
relativamente restritas.
Informao adicional do Robbins
Tipo Frequncia Morfologia Imunofenotipo Outras
caractersticas
Leucemia/linfoma de
clulas percursoras B
80 % das leucemias
das crianas; menos
frequente nos
adultos.
Linfoblastos
com cromatina
dispersa,
nuclolos
pequenos,
citoplasma
escasso.
Clulas imaturas B TdT+
(CD19+,CD10+)
Apresentao
clnica: leucemia
aguda. Prognstico
relacionado com o
caritipo.
Leucemia/linfoma de
clulas percursoras T
20 % das leucemias
das crianas; 80%
dos linfomas das
crianas.
Linfoblastos
com contornos
nucleares
irrgulares,
cromatina
dispersa,
nuclolos
pequenos e
citoplasma
escasso.
Clulas imaturas T TdT+
(CD2+,CD7+)
Apresentao
clnica: massa
mediastnica ou
leucemia aguda.
Caritipo distinto
das neoplasias de
clulas percursoras B
e no relacionado de
forma clara com o
prognstico.
CASO 4 Indivduo do sexo masculino, de 53 anos, apresentava
linfadenopatias cervicais e
axilares bilaterais e esplenomegalia moderada. Os valores
analticos evidenciaram anemia hemoltica. O doente foi submetido a
esplenectomia.
Neste contexto, se calhar o bao estava a contribuir para a
destruio dos glbulos rubros. Um bao
grande fica sempre hiperfuncional e como o doente tinha uma
anemia hemoltica, retiraram cirurgicamente o
bao, resolvendo assim dois problemas: tinham material para
diagnstico da doena e tiraram o bao que
lhe causava anemia.
- Descreva e interprete as caractersticas da superfcie de corte
do bao
representado na Fig. 12. Que diagnsticos pode considerar como
mais plausveis? Este bao tem muitos focos brancos (acumulao de
clulas) dispersos num fundo acastanhado
(normalmente o bao muito vermelho). Em crianas existem muitos
focos brancos que so folculos
-
Linfomas e Leucemias 16
Ndulos mltiplos muito pequenos
Expanso da polpa branca
linfides; em jovens da nossa idade, o bao
vermelho, podendo aparecer alguns (poucos) focos
brancos; nas pessoas da idade mais avanada e
sem qualquer doena, o bao aparece normalmente
todo vermelho.
Um bao com este aspecto um bao que tem
uma quantidade de polpa branca verdadeiramente
anormal, tendo uma neoplasia de clulas linfides,
que cresce devagar (caso contrrio os focos
confluam, ficando maiores).
Os diagnsticos plausveis so todo e qualquer linfoma de curso
clnico relativamente arrastado.
Existe apenas um linfoma de curso clnico arrastado em que o bao
no tem este aspecto, uma vez que
as clulas neoplsicas no esto na polpa branca mas sim na polpa
vermelha: Leucemia de clulas em
cabeleira, em que o bao apresenta todo ele o mesmo aspecto. As
clulas esto dentro dos sinusides. o
nico linfoma indolente que no ocupa a polpa branca, clinicamente
muito tpico (ver imagens da aula
prtica 23, documento 3).
No (vasto) grupo das doenas neoplsicas hematolgicas que
diagnsticos pode excluir perante as caractersticas macroscpicas do
bao?
No pode ser um linfoma de alto grau de malignidade.
Este bao no poderia ser um bao de uma doena mieloproliferativa
crnica porque nestas doenas o
bao readquire a capacidade de fazer sangue (no se faz sangue nos
folculos linfides!!!)
As Figuras seguintes documentam os aspectos histolgicos e os
resultados de estudos complementares de 2 dos cenrios possveis (A e
B). Descreva as caractersticas histolgicas das leses A e B
documentadas na Fig. 13 e interprete os resultados dos respectivos
estudos imunocitoqumicos documentados na Fig. 14.
O bao da Fig. 12 podia ter vrios tipos de linfomas diferentes e
nesta imagem esto representados
dois cenrios diferentes, que apresentam a mesma macroscopia.
-
Linfomas e Leucemias 17
Em A, na imagem 2, as clulas so maiores e todas as outras clulas
do uma aparncia de maior
variabilidade, em comparao com a imagem 2 de B, cujo aspecto
mais uniforme. Portanto,
morfologicamente so diferentes.
Informao adicional do Robbins
Linfoma de centro folicular
Este tipo de tumores caracterizado por uma arquitectura
folicular ou nodular e so extremamente
comuns.
Morfologia:
Os ndulos linfticos so eliminados por proliferaes com aparncia
nodular. Geralmente, as clulas
neoplsicas dominantes so centrcito-like, as mais predominantes,
e que so um pouco mais largas que a
generalidade dos linfcitos, com um contorno nuclear
caracterizado por proeminentes identaes (ver
Figura 12-17B, pgina 427 do Robbins 7 Edio). A cromatina nuclear
condensada e o nuclolo indistinto.
Existe ainda outro tipo de clulas centroblasto-like que so 4
vezes maiores que os linfcitos. Estas
apresentam cromatina vesicular, vrios nuclolos e pouco
citoplasma. Na maioria dos tumores, estas clulas
representam uma minoria da populao celular, as mitoses so muito
pouco frequentes e no se vm clulas
em apoptose.
Clulas maiores
Aspecto nodular de centros germinativos semelhante arquitectura
normal
Padro difuso / homogneo
Clulas pequenas Padro mais uniforme
-
Linfomas e Leucemias 18
Protena nuclear
Linfoma mantelar
Este tipo de linfomas constitudo por clulas B que se assemelha
zona mantelar dos folculos
linfides.
Morfologia:
Apresentam uma arquitectura vagamente nodular. Na maioria dos
casos, as clulas tumorais so um
pouco mais largas que os linfcitos normais, apresentando um
ncleo irregular. Menos frequentemente, as
clulas podem ser maiores e morfologicamente semelhantes a
linfoblastos. A medula ssea est envolvida na
maioria dos casos, tendo uma apresentao leucmica em 20% dos
mesmos. Existe a tendncia para o
envolvimento do tracto gastrointestinal (ainda no explicado),
por vezes na forma de ndulos multifocais da
submucosa que se assemelham a plipos polipose linfomatide.
BCL-2 um marcador para o linfoma de centro
folicular expresso, nestes casos, no centro
germinativo das clulas B. Linfoma devido a
translocao t(14;18) nas clulas linfides.
Muitas clulas positivas para a ciclina D1.
A ciclina D1 a primeira das ciclinas do ciclo celular, a
ciclina de arranque da fase G1. a nica ciclina cuja
regulao depende da influncia de factores de crescimento
externos.
A expresso desta ciclina D1 absolutamente tpica deste tipo de
linfoma, resulta de uma anomalia
molecular tpica deste tipo de linfoma.
Este linfoma tem as suas caractersticas morfolgicas prprias, a
sua expresso imunolgica prpria, a
sua biologia molecular prpria.
- Qual o diagnstico em A? Porqu? Linfoma de centro folicular
porque expressa BCL-2. - Qual o diagnstico em B? Porqu? Linfoma
mantelar ou linfoma do manto porque expressa ciclina D1. - Que
outros marcadores imunofenotpicos podem ser teis na caracterizao de
cada
um dos dois tipos de linfoma documentados? A CD10+, BCL6+,
t(14;18) em 90% dos casos a sobre-expresso do gene BCL bloqueia
apoptose.
Centro germinativo no reactivo
-
Linfomas e Leucemias 19
Este tipo de tumores apresenta marcadores como o CD19 e CD20 e
muitos so os casos de expresso de
marcadores especficos das clulas B como o CD10. As clulas
neoplsicas expressam ainda a protena BCL-2
(um facto que as distingue das clulas B normais do centro
germinativo, que so BCL-2 negativas).
B CD5+, CD23-, t(11;14) em 60% dos casos a sobre-expresso de
ciclina D1 facilita a progresso em G1/S.
As clulas tumorais normalmente co-expessam sua superfcie IgM e
IgD, antignios CD19, CD20,
CD22 e CD5. O linfoma do manto apresenta anormais nveis da
protena ciclina D1 e ausncia de
proliferao dos centros (o que o distingue da leucemia linfide
crnica).
- Que mecanismos moleculares esto envolvidos na patognese de
cada um dos dois tipos de linfoma documentados?
A A translocao t(14;18) nas clulas linfides.
Na maioria dos doentes, as clulas tumorais revelam uma
translocao caracterstica t(14;18). O ponto
de quebra no cromossoma 18 envolve 18q21, onde foi mapeada a
anti-apoptose do gene BCL-2. Esta
translocao causa a sobre-expresso da protena BCL-2.
B A translocao t(11;14) no detectada em todos os casos de
linfoma das clulas do mantomas todos os casos tm sobre-expresso da
ciclina D1 logo, outras anomalias genticas devem ser responsveis
pelo
aumento da expresso de ciclina D1.
A maioria destes tumores (ou at mesmo todos eles) tm a
translocao t(11;14) que funde o gene da
ciclina D1 do cromossoma 11 com a imunoglobulina do cromossoma
14. Esta translocao desregula a
expresso da ciclina D1, um regulador do ciclo celular, e serve
como base para o caracterstico aumento dos
nveis desta protena.
- Qual a evoluo clnica previsvel de cada uma das situaes?
A O prognstico razovel. Longa histria de sobrevivncia natural (7
a 9 anos) sendo muito difcil de tratar. Os doentes vivem bem
contudo, ao longo do tempo as clulas vo sofrendo mais alteraes
genticas ocorrendo transformao num linfoma de potencial
agressivo acentuado. Em 40% dos casos
evolui para um linfoma de clulas B difuso, associado a mutaes no
gene TP53.
B O prognstico reservado. So tumores muito agressivos e
incurveis, com sobrevivncia mdia de 3 a 5 anos (baixa) apesar do
doente no aparentar qualquer sintoma. A fadiga e linfadenopatia so
encontradas
em doentes j com a doena generalizada, envolvendo a medula ssea,
bao, fgado e, por vezes, o tracto
GI.
CASO 5
Criana do gnero masculino, de 7 anos, foi internada por quadro
de ocluso intestinal que determinou interveno cirrgica para resseco
de tumor intestinal.
-
Linfomas e Leucemias 20
- Descreva os aspectos histolgicos da leso, documentada na Fig.
15, e proponha um diagnstico.
A e B linfoma constitudo por clulas grandes, com
cromatina fina dispersa. de notar a grande actividade
mittica e a presena de macrgafos e de corpos
apoptticos.
Neoplasia intestinal Linfoma de alto grau de
malignidade
- O estudo imunocitoqumico demonstrou o fentipo CD45+/ CD20+/
CD3-/ CD10+. Qual o diagnstico mais provvel?
CD3- no T
CD10+ marcador universal B
CD45+ marcador de linfcitos
CD10+
- Que informao adicional permitiria confirmar o diagnstico?
Porqu?
t (8;14), t (2;8) ou t(8;22)
Este tipo de tumor est muitas vezes associado a translocaes que
envolvem o gene MYC
(cromossoma 8) e o gene IgH (cromossoma 14). Podem tambm ocorrer
translocaes envolvendo as
cadeias leves e (cromossomas 2 e 22). Destas alteraes resulta um
aumento da expresso da protena
MYC.
- Perante a confirmao do diagnstico, que prognstico possvel
estabelecer?
Linfoma B perifrico do tipo linfoma de Burkitt
-
Linfomas e Leucemias 21
O linfoma de Burkitt raramente atinge os gnglios linfticos. A
apresentao leucmica pouco comum.
Apesar de ser o tumor com maior taxa de crescimento, possvel
atingir nveis de remisso de 80 a 90
%.
Informao adicional do Robbins Tipo Frequncia Morfologia
Imunofenotipo Outras caractersticas
Linfoma de
Burkitt
-
Linfomas e Leucemias 22
As clulas neoplsicas apresentam
dimenses bastante superiores s dos
linfcitos normais presentes (clulas ovais de
ncleo basfilo que ocupa a maior parte do
citoplasma). Possuem ncleos grandes, com
cromatina descondensada (pouco densos) e
nuclolos proeminentes. Estas clulas
apresentam um padro difuso de crescimento.
- Que fentipo imunolgico espera detectar na leso documentada?
CD19+ e CD20+ (marcadores de linfcitos B) CD45+ CD3
So tambm indicados pelo Robbins:
CD10+ e BCL6+ (marcadores de centro germinativo).
TdT
A maior parte possui Igs de superfcie.
- Como interpreta os resultados representados na Fig. 18,
sabendo que o resultado para as cadeias K foi negativo?
Estas clulas neoplsicas expressam cadeia
e no expressam cadeia K. So +/K . Existe
monoclonalidade das cadeias leves, o que valida a
natureza neoplsica desta situao.
- Qual o diagnstico? Este tipo do linfoma frequente ou raro? Que
factores
condicionam o prognstico? O diagnstico de uma situao de linfoma
de clulas grandes. Esta importante categoria de dignstico
engloba um grupo heterogneo de tumores que conjuntamente
constituem cerca de 20% de todos os
linfomas no-Hodgking, 60% a 70% dos neoplasmas linfides
agressivos e cerca de 5% dos linfomas em
crianas.
O prognstico est relacionado com o tipo histolgico de linfoma
(aspecto mais importante); com o
estadiamento e volume tumoral; e ainda factores adicionais
(diferente expresso de genes, entre outros).
O prognstico est largamente dependente da celeridade com que se
inicia a quimioterapia, uma vez
-
Linfomas e Leucemias 23
que estes tumores so francamente agressivos e rapidamente fatais
se no tratados (com a terapia pode-se
atingir remisso completa do linfoma em 60% a 80% dos pacientes,
e aproximadamente 50% mantm-se
livre da doena por vrios anos podendo ser considerado como
curado). Um outro importante factor de
prognstico o padro de distribuio da neoplasia, pelo que doentes
com uma doena limitada possuem
um prognstico mais favorvel que pacientes com uma doena
disseminada ou com uma larga e tumefacta
massa tumoral.
CASO 7
Indivduo do gnero masculino, de 64 anos, com histria de febre,
prurido e perda de peso, apresentava linfadenopatias generalizadas.
O estudo laboratorial revelou anemia e hipergamaglobulinemia. Foi
efectuada biopsia ganglionar.
- Descreva os aspectos mais salientes da leso documentada na
Fig. 19.
Em primeiro lugar nota-se alguma
desorganizao da arquitectura nodular. Distingue-
se uma elevada quantidade de linfcitos que
compe uma mistura pleomrfica de clulas
pequenas, intermdias e de grandes dimenses.
Observa-se tambm um nmero moderado de
eosinfilos (representados pelas setas na imagem).
Nota terica: o prurido desenvolvido pelo
indivduo tem uma forte associao com os
eosinfilos presentes e circulantes. Estas clulas,
macrfagos e outras clulas reactivas so
provavelmente atradas por citocinas derivadas das
clulas T.
- Como interpreta o resultado do estudo
imunocitoqumico documentado na Fig. 20?
As clulas apresentadas so CD3+, o que indica que as clulas
potencialmente neoplsicas so clulas linfocitrias de linhagem
T.
- Que diagnstico prope?
O diagnstico mais provvel tendo em conta os dados disponveis
linfoma perifrico
angioimunoblstico de clulas T.
- Que mtodo complementar usaria para comprovar o diagnstico?
Porqu?
Poder-se-ia recorrer a uma tcnica de PCR para avaliar a presena
de rearranjos do TCR e atravs
-
Linfomas e Leucemias 24
destes, avaliar a clonalidade (mono ou policlonalidade) da
populao de linfcitos estudada. Tendo em
conta que este tipo de tcnica de biologia molecular revela, nas
leucemias perifricas de clulas T,
rearranjos monoclonais de pelo menos um locus de TCR, a pesquisa
da clonalidade o mtodo mais eficaz
para comprovar o diagnstico de neoplasia (o fentipo maduro de
clulas T determinado por
imunofenotipagem no implica, por si s, que haja
monoclonalidade). Enquanto que nas neoplasias
perifricas de clulas B se pode avaliar a natureza neoplsica da
leso via monoclonalidade das clulas
atravs da anlise das cadeias leves expressas, no caso de
leucemias perifricas de clulas T, este o
mtodo mais fivel.
- No contexto do diagnstico efectuado, como interpreta a presena
de hipergamaglobulinemia? Como poderia comprovar a interpretao
proposta? Este facto pode contribuir para o diagnstico?
A presena de hipergamaglobulinemia deixa adivinhar um aumento do
nmero e actividade de linfcitos
B. Este aumento pode ocorrer como reaco debilidade imunolgica
provocada pelo certo grau de
imunodeficincia promovido pela patologia. Por exemplo, bastante
frequente a infeco dos indivduos
com esta neoplasia pelo vrus Epstein-Barr (EBV), sendo o EBV
encontrado, nestas situaes, no interior
dos linfcitos B que incorporam o infiltrado polimrfico desta
doena. Na verdade o vrus j provou ser,
nestas situaes, um forte indutor da proliferao linfide B.
Poder-se-ia comprovar a proliferao lifide atravs de uma contagem
de linfcitos B perifricos e
imunofenotipagem. Pode-se tambm pesquisar a presena do vrus.
Em certa medida este facto pode contribuir para o diagnstico
devido forte associao epidemiolgica
entre a infeco por EBV e os casos de leucemia perifrica de
clulas T. O aumento das infeces num
indivduo com esta leucemia devido ao estado de imunodeficincia
desenvolvido e o facto de haver uma
consequente expanso do compartimento B reactivamente, tambm um
dado que pode reforar o
diagnstico.
Nota: no existem gravaes que respondam a esta questo, nem foi
encontrado qualquer dado no livro
recomendado ou aulas desgravadas anteriores, que permitisse
responder. Deste modo a resposta foi
delineada com base em informao recolhida noutras fontes e
adaptada ao caso clnico, sendo portanto
uma hiptese de resposta no revista por docentes ou concordante
com a bibliografia recomendada.
E por fim as ditas palavras do glossrio
ORGANELOS/CLULAS/TECIDOS/RGOS/LOCALIZAES ANATOMIA NORMAL Bao Fgado
Gnglios linfticos Linftico(s) Linfcito(s) B Linfcito(s) T
Macrfago(s) Medula ssea Ncleo Nuclolo(s) MICROORGANISMOS/OUTROS
AGENTES AGRESSORES EBV(Epstein Barr vrus)
MECANISMOS/LESES/MEDIADORES DOS PROCESSOS DEGENERATIVOS,
INFLAMATRIOS E NEOPLSICOS
-
Linfomas e Leucemias 25
Apoptose Expanso clonal Leso neoplsica Metastizao Mutao(es)
Progresso neoplsica Susceptibilidade gentica Translocao(es) GENES
/PRODUTOS DE GENES/ BLOQUEADORES DE GENES/MARCADORES CELULARES E
EXTRACELULARES BCL2 (B cell lymphoma) CD10 CD15 CD34 Ciclinas
Imunoglobulina(s) Mieloperoxidase p53 p53 mutado(a) Tdt MTODOS /
PROCEDIMENTOS Citometria de fluxo Imunocitoqumica PCR (polymerase
chain reaction) NEOPLASIAS/LESES NEOPLASIFORMES/LESES
PRECURSORAS/LESES PR-MALIGNAS Leucemia Leucemia linfoide crnica(B)
Leucemia mieloblstica Leucemia mieloide crnica Linfoma Linfoma de
Burkitt Linfoma de clulas percursoras B Linfoma de clulas
percursoras T Linfoma do centro folicular Linfoma mantelar
Linfoma(s) B perifrico(s) Linfoma(s) T perifrico (s) Neoplasia
DOENAS/SINDROMES Doena neoplsica
Torna-se complicado desgravar um seminrio quando existe a gravao
de apenas 3 casos E, por
isso, gostaramos de agradecer a todas as pessoas que ajudaram na
desgravao deste seminrio ao
cederem-nos to prontamente os seus apontamentos e gravao: Cludia
Patraquim, Raquel Diz (e
tambm Susanita) e Teresa Pena. Obrigada! =)
Eu (Leonel) gostaria de agradecer ao mundo por ser to grande e
azul e verde, e s nsperas por
fazerem sempre parecer que Vero em casa de quem as invoca.
Obrigado! :) (e peo desculpa ao meu
smiley por ter olhos mais pequenos e menos fendidos que o
irmozinho que diferente).
Boa sorte para os exames!!! =)
Leonel Barbosa Mariana Afonso
Marta Sousa Patrcia Fernandes
Turmas 3 e 16