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A Exposição do Centenário da Abertura dos Portos By Ney Deluiz Música: Flor Amorosa (início do século XX - considerado o 1º Choro) Autor: Joaquim Callado Letra: Catulo da Paixão Cearense Canta: Maria Marta
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Exposição do centenário da abertura dos portos 1908

Jul 05, 2015

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Page 1: Exposição do centenário da abertura dos portos   1908

A Exposição do Centenário da Abertura dos Portos

By Ney Deluiz

Música: Flor Amorosa (início do século XX - considerado o 1º Choro)Autor: Joaquim CalladoLetra: Catulo da Paixão CearenseCanta: Maria Marta

Page 2: Exposição do centenário da abertura dos portos   1908

A Exposição Nacional do Centenário da Abertura dos Portos ocorreu entre 11/Ago e 15/Nov/1908 na Praia Vermelha, num tempo romântico onde as obras eram feitas dentro do prazo e sem licitações de

emergência...

Portão Monumental ©Augusto Malta

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©Augusto Malta

©Augusto Malta

A grande motivação para a Exposição foi mostrar ao Brasil e às autoridades estrangeiras a nova Capital da República que acabara de ser urbanizada pelo prefeito Pereira Passos e saneada por Oswaldo Cruz.

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Na república recém proclamada, a ideia era ressaltar a capacidade empreendedora do Brasil, usando uma arquitetura efêmera comum na época, em que Pavilhões sofisticados eram demolidos após os eventos.

Pavilhão do Distrito Federal ©Augusto MaltaAcervo Olínio Coelho

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Pavilhão de São Paulo©Augusto Malta Acervo Olínio CoelhoPavilhão de Minas Gerais

O governo federal construiu todos os pavilhões e os cedeu gratuitamente aos expositores, que trouxeram mais de 100 mil produtos que foram transportados sem custos pela EFCB. E pensar que o país já foi assim…

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O Brasil dava muita importância às Exposições de Negócios, tendo participado das Exposições de 1862 em Londres, 1867 em Paris, 1873 em Viena, 1876 na Filadélfia, 1889 em Paris e em 1904 em Saint Louis.

Pavilhão da Bahia ©Augusto MaltaAcervo Olínio Coelho

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Em clima de Belle Époque, foram mais de 1 milhão de visitantes quando o Rio tinha 800 mil habitantes.

©Augusto Malta

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Nesta via férrea em miniatura, uma charmosa Maria Fumaça transportava os visitantes entre os Pavilhões.

©Augusto Malta

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O Pavilhão das Indústrias era a antiga Escola Militar, que após a Exposição se transformou no 3ª Regimento de Infantaria, o qual foi bombardeado na revolução comunista de 1935 e acabou sendo demolido.

Pavilhão das Indústrias ©Augusto Malta

Bombardeio na Revolução de 1935

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Neste Pavilhão foram apresentados produtos de mais de 700 estabelecimentos industriais, destacando-se 61 fabricantes de calçados, 29 de chapéus e 19 da indústria têxtil.

Pavilhão das Indústrias ©Augusto Malta

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Uma das presenças mais aguardadas era a do rei de Portugal, Don Carlos I, mas ele foi assassinado em Lisboa num atentado, poucos meses antes do início da Exposição.

Pavilhão de Portugal (Palácio Manuelino) ©Augusto Malta

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O Jardim Botânico, que também comemorava 100 anos em 1908, participou com plantas selecionadas.

Jardim Botânico ©Augusto Malta

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Além de muita música, o Teatro João Caetano estava lá com atrações durante os 3 meses da Exposição.

©Augusto MaltaAcervo Olíneo Coelho

Teatro João Caetano

Pavilhão Egípcio (Pavilhão da Música)

Pavilhão do Corpo de Bombeiros

Pavilhão de Máquinas

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E para a festa ficar completa, havia também 2 restaurantes, um rinque de patinação, queima de fogose até um cinematographo que passava filmes curtos de vários gêneros, já produzidos no Brasil.

Fábrica de Tecidos Bangu Café e Cacau Santa Catarina

Jardins, Caça e Pesca AgriculturaAnexo de Portugal (Belas Artes)

Correios e Telégrafos©Augusto Malta

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Mesmo com parte da iluminação sendo a gás, foram usadas 8.000 lâmpadas e 30 arcos de vapor de mercúrio.

©Augusto Malta

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Aqui temos uma boa ideia sobre a base da economia brasileira nos primeiros anos do século XX.

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A Exposição deu ênfase em estatísticas para mostrar que o Brasil estava crescendo, que a febre amarela tinha sido erradicada no ano anterior, e que menos gente estava morrendo de varíola e peste bubônica.

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Velhos tempos em que o Rio tinha mais do triplo da população de São Paulo, em Belo Horizonte eram só 17 mil, e que o Coeficiente de Nupcialidade (êta ferro… rs) do Rio era quase a metade do de Niterói. (Ah, bão…)

Carros usados pelas autoridades durante a exposição.

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Av. Pasteur

antes do

aterro da

Urca

A construção do bondinho do Pão de Açúcar começou na época da Exposição e terminou em 1912.

©Augusto Malta

Portão MonumentalAv. Portugal atual

Instituto Benjamin Constant

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De todos, somente o Pavilhão dos Estados sobreviveu inteiro e é hoje o Museu de Ciência da Terra.

Pavilhão dos Estados ©Augusto Malta

Museu de Ciência da Terra, onde funcionava a CPRM, na Av. Pasteur

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acervo Olinio Coelho

Já o primeiro pavimento do Pavilhão de Minas Gerais se transformou na Escola Municipal Minas Gerais.

Pavilhão de Minas Gerais ©Augusto Malta

Escola Municipal Minas Gerais, na Av. Pasteur

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Eram 2 restaurantes no evento e o que existe hoje na Praia Vermelha está onde era o Restaurante Rústico.

Restaurante Pão de Açúcar

©Augusto MaltaRestaurante Rústico

Page 23: Exposição do centenário da abertura dos portos   1908

19 – Casa de Santa Catarina20 – Bar21 – Cinema22 – Indústria Herm Stoltz23 – Fábrica Bangu24 – Corpo de Bombeiros25 – Pavilhão Egípcio (Música)26 – Pavilhão do Café e Cacau27 – Correios e Telégrafos28 – Pavilhão da Agricultura29 – Teatro João Caetano30 – Anexo de Portugal (Belas Artes)31 – Corpo de Saúde do Exército32 – Pavilhão das Indústrias33 – Pavilhão Português (Palácio Manuelino)34 – Rinque de Patinação35 – Teatro36 – Cinema37 – Restaurante Rústico38 – Restaurante Pão de Açúcar39 - Terraço

1

2

3

18 5

Praia Ver melha

15

634 35 36

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2821

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Morro da Urca

O mapa do evento, que contava inclusive com baias para cavalos e para o gado vacum.

1 – Portão Monumental2 – Exposição de carros da E.F.C.B3 – Baias para cavalos4 – Exposição de madeiras em toras5 – Palácio dos Estados6 – Coreto

7 – Pavilhão das Máquinas8 – Pavilhão das Viaturas9 – Artes Liberais10 – Pavilhão da Imprensa11 – Pavilhão da Bahia12 - Pavilhão de Minas Gerais

13 – Baias para o gado Vacum14 – Jardim Botânico15 – Pavilhão de São Paulo16 – Pavilhão de Jardins, Caça e Pesca17 – Assistência Municipal18 – Pavilhão do Distrito Federal

Morro da Babilônia

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Morro da Babilônia

Fábrica Bangu

Esta superposição de imagens nos ajuda a inserir a Exposição no contexto do Rio de hoje.

Av. Po

rtug

al

Iate Clube do RJ

Av. Pasteur

IME

Praia Vermelha

MG

Estados

SP

BahiaJardim

BotânicoDF

Restaurante Rústico

Restaurante Pão de Açúcar

Pavilhão das Indú strias

Portugal(Palácio

Manuelino)TeatroJoão

Caetano

Corpo deBombeiros

Agricultura

Correios

AnexoPortugal(Belas Artes)

Cinema

Pavilhão deViaturas

Pavilhão dasMáquinas

Caça e Pesca

Pavilhão Egípcio(Música)

Terraço

Corpo de SaúdeExército

PraçaBrasil

Baias Paragado

Baias para

cavalos

Portão Monumental

Bar

(Superposição originalmente postada por Rafael Netto)

Morro da Urca

Page 25: Exposição do centenário da abertura dos portos   1908

A Praia Vermelha e parte da Urca, hoje. FIM

Morro da Babilônia

Fábrica Bangu

Av. Po

rtug

al

Iate Clube do RJ

Av. Pasteur

IME

Portão Monumental

Praia Vermelha

EscolaMG

CPRM

SP

BahiaJardim

BotânicoDF

Restaurante Atual

Restaurante Pão de Açúcar

Pavilhão das Indú strias

TeatroJoão

Caetano

Morro da Urca

Agricultura

Correios

Cinema

AnexoPortugal(Belas Artes)

Portugal(Palácio

Manuelino)

Pavilhão dasMáquinasPavilhão Egípcio

(Música)

Terraço

Corpo de SaúdeExército

PraçaBrasil

Caça e Pesca

Corpo deBombeiros

Pavilhão deViaturasBaias

Paragado

Baias para

cavalos

Bar

(Mapa originalmente postado por Rafael Netto)