Exportações Brasileiras: descendo o abismo da competitividade Otaviano Canuto Matheus Cavallari José Guilherme Reis Discente: Débora Chaves Meireles UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA APLICADA ECONOMIA BRASILEIRA
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Exportações Brasileiras: descendo o abismo da
competitividade
Otaviano CanutoMatheus CavallariJosé Guilherme Reis
Discente: Débora Chaves Meireles
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA APLICADA
ECONOMIA BRASILEIRA
Introdução
• Contextualização:
• A economia brasileira está enfrentando desafios de competitividade consideráveis.
• Após vários anos de forte expansão, a recente desaceleração parece estar associada a dificuldade
do lado da oferta decorrentes de uma vasta gama de ineficiências e aumento dos custos, em vez de
demanda agregada insuficiente.
• Isso têm mostrado sinais de agravamento nos últimos anos.
Objetivo Geral
• Examinar em detalhe o desempenho das exportações brasileiras ao longo dos últimos 15 anos.
Objetivos Específicos
• Com foco sobre as diferentes dimensões de desempenho, incluindo a diversificação, sofisticação e
dinâmica das empresas.
• Gerar hipóteses para identificar os fatores que foram inibidores das exportações e da expansão da
produção industrial.
Metodologia
• Utiliza comparações internacionais;
• Explora diferentes bases de dados, incluindo .dados recentemente publicados pelo Banco
Mundial.
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Desempenho da exportação: 1998-2011
Crescimento, composição e destino
• Contextualização do comércio exterior brasileiro:
• Últimos 10 anos foi considerado favorável.
• No ambiente de crescimento econômico global, a expansão do comércio internacional, bem como
os preços das commodities: as exportações brasileiras de bens e serviços cresceram 262% entre
2000 e 2010, quase o dobro da média global, de 135%!!!!!
• Desempenho das exportações do Brasil é menor comparado com outros países emergentes.
• Foi significativamente inferior ao 439%o de crescimento nos demais países do BRICS (Brasil, a
Rússia, Índia, China e África do Sul).
• Entre BRICS, o caso de maior sucesso foi a Índia.
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• Índia: aumentou a proporção de exportações para o PIB 13.2 para 21.5% entre 2000
e 2010, seguido por China, 23.3 para 29.6 % durante o mesmo período.
• Brasil: está entre os países que menos exploram as potencialidades do comércio
internacional e esse quadro não mudou nos últimos anos.
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• A abertura comercial no Brasil, considerando o nível de renda pc são os mais baixos do mundo.
• Economias maiores tendem a ser mais dependentes de seus mercados internos, e, portanto, não
deve ser uma surpresa ver Brasil abaixo do nível.
• Comparado com outros BRICS: o nível de integração comercial permanece abaixo da linha.
• Ao longo da última década: o comércio corrente em relação ao PIB no Brasil passou de 20.2%
em 2000 para 22.8% em 2010.
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• Os benefícios econômicos de um maior envolvimento no comércio internacional são derivadas de
importações e de exportações.
• O aumento das exportações:
• ganhos de eficiência estáticos derivados da exploração das vantagens comparativas e;
• ganhos dinâmicos do setor de exportação derivados dos ganhos de produtividade gerados pelo
aumento da concorrência, das economias de escala, melhor utilização da capacidade,
disseminação do conhecimento e absorção do progresso tecnológico.
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• As mais importantes exportações brasileiras são: minerais (25,2 %), produtos alimentares (13,8 %) e hortaliças (12,3 %).
Apresentam o maior crescimento médio no período pós-crise de 2009-11.
• As taxas de crescimento nesses setores em relação à média para 2006-8 foram significativos: 77 %, 46% e 50%, respectivamente.
• O setor com o maior ganho de participação desde o período 1996-1998: setor mineral.
• Os setores que mais perderam participação no total das exportações foram: meios de transporte (8,4%), máquinas e
eletroeletrônicos (8,2%) e metais (8,7%).
• Quase 70% das exportações brasileiras estão concentradas em 5 dos 15 setores nesta classificação.
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• Uma medida de Vantagem Comparativa Revelada (RCA): comparação da participação das exportações em um determinado
setor de um país com a participação do setor nas exportações mundiais.
• RCA superior a 1: indica uma vantagem revelada por aquele setor.
• Os gêneros alimentícios, produtos hortícolas, e os setores de origem animal são aqueles com maior RCA média em 2009-11.
• Maior ganho RCA: no setor mineral, seguido pelos setores de vegetais e de gêneros alimentícios, quando se comparam as
médias para 2006-8 com 2009-11.
• Maior perda RCA: em calçados e peles, respectivamente.
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• Os principais parceiros comerciais do Brasil: Europa, China, Estados Unidos, Argentina e Japão
60,9% das vendas totais em 2009-11.
• Os cinco principais destinos foram responsáveis por 66,9% em 1996-98 e 59,9% em 2006-8.
• China: apresentou o maior crescimento nas exportações brasileiras 14% em relação ao período de
1996-98 a 2006-8, seguido por Índia e St. Lucia, ambos até 1,4% cada.
• Europa, Estados Unidos e Argentina foram os maiores declínios nas partes das exportações brasileiras.
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Diversificação das exportações
• A recente crise econômica mundial tem destacado a importância da diversificação (produtos,
mercados e empresas) para reduzir os riscos associados com a volatilidade do crescimento.
• Por outro lado:
• A globalização intensificou e contribuiu para o ressurgimento de especialização em diversas
economias.
• O grau de especialização vertical surpreendeu a muitos com sua intensidade, a partir de uma
fragmentação crescente do comércio de cadeias de suprimentos globais.
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• O Brasil é reconhecido como um comerciante global, dotado de uma ampla gama de recursos
naturais, além de uma estrutura industrial bastante diversificado. Isso se traduz em um
impressionante nível de diversificação das exportações, não só em termos de número de destinos,
mas também de produtos.
• Comparado com outros países a economia brasileira mostra-se capaz de vender um grande
número de produtos em muitos mercados.
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• Avaliar a evolução recente da diversificação das exportações do Brasil: o Índice Herfindahl de países.
• Quanto menor o índice, menos concentrada da pauta de exportação e maior o nível de diversificação.
• Em termos demercado, o índice mostrou uma redução no grau de concentração.
• A maioria dos países foram capazes de aumentar a diversificação para acessar diferentes mercados.
• O desempenho da China destaca-se por causa do número significativo de novos destinos.
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• Em termos de produtos, o quadro não é tão favorável.
• As exportações brasileiras apresentaram aumento da concentração de produtos nos últimos anos (produtos
de base).
• Chile e Rússia: desempenho semelhante.
• China: apresentou uma ligeira deterioração, mas a partir de um baixo nível de concentração.
• Brasil: apesar de algum agravamento nos últimos anos, o país ainda apresenta baixos níveis de concentração
quando se considera o nível de PIB per capita.
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• O tamanho do círculo: mostra a representatividade desse produto específico no total das exportações.
• Acima da linha: mostra que as vendas brasileiras cresceram mais do que as exportações deste produto específico no
comércio internacional.
• Entre os 20 maiores produtos exportados, o Brasil está perdendo participação no mercado internacional em apenas
dois deles (petróleo e automóveis), que reflete a alta competitividade alcançada em produtos de base.
• O Brasil aumentou sua participação em 11 mercados: 58.7 % do total, com exceção dos EUA, CH, ARG.
• O crescimento das exportações brasileiras para a China mais do que dobrou a expansão dos demais países no período
recente. Esse desempenho tem uma conexão direta com o aumento da demanda chinesa por commodities.
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• A Figura 7 mostra todas as relações comerciais bilaterais de 181 países (pontos cinza claro).
• Exportações bilaterais do Brasil são coloridos de azul;
• E os principais parceiros comerciais são rotulados de acordo com sua ISO em vermelho.
• Se uma observação está acima (abaixo) da linha de 45 graus, a relação exportação observada no período é
maior (menos) do que o que o modelo prevê a gravidade e o exportador é dito ser overtrading (undertrading)
com o seu parceiro comercial.
• Esta análise sugere que o país está a ser negociado acima do nível previsto com China e Rússia.
• Modelo gravitacional: avaliar as relações
de exportação do Brasil com parceiros
comerciais entre 2005 e 2010.
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• A diferença entre as exportações prevista com a Rússia está diminuindo ao longo do
tempo, a diferença com a China parece ter aumentado nos últimos tempos .
• Por outro lado, o Brasil negocia a menos do que o modelo prevê com os Estados
Unidos, com as exportações reais ficando para as exportações previstas por cerca de 5 % sobre a
maior parte deste período.
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• A proporção de produtos de alta tecnologia diminuiu 10,4 - 5% entre 2000 e 2010.
• As exportações de produtos de baixa tecnologia também diminuiu 13,4 - 9,9% entre 2000 e 2010 resultado do
excelente desempenho dos produtos de base no Brasil.
• Entre 2000 e 2010, as exportações brasileiras de produtos de alta tecnologia cresceu 36%.
• Comparado com outros BRICS, o Brasil está entre os mais fracos, juntamente com a Rússia.
• Nos mesmos 10 anos, a China e a Índia aumentou as exportações desses produtos por 873 e 389%, respectivamente.
• Em 2000, o Brasil exportou cerca de 14% dos chineses exportações de alta tecnologia e 290% da Índia, enquanto que estes
valores caíram para 2 % e 80%, respectivamente, em 2010.
A questão discutida: é saber se o que um país produz e
exporta tem relevância para o desenvolvimento econômico.
Avaliar o conteúdo tecnológico das exportações brasileiras:
há uma clara redução da participação de produtos
de alta tecnologia nos últimos anos.
Produtos baseados em recursos primárias ganhou
importância significativa entre 2000 e 2010.
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Dinâmica ao nível da empresa de exportações
• A recente disponibilidade pública de microdados permite a avaliação crucial do desempenho das
exportações, ou seja, a entrada, saída e dinâmica de sobrevivência das empresas em mercados
globais.
• O Banco Mundial montou recentemente um banco de dados Exportador Dynamics;
• Inclui características de exportador e medidas de crescimento exportador baseado em
informações aduaneiras ao nível da empresa a partir de 38 países em desenvolvimento e 7 países
desenvolvidos, para o período entre 2003 e 2010.
• Comparar as exportações brasileiras com outras economias de renda média no mundo.
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•A taxa de sobrevivência das empresas exportadoras do
Brasil situou-se em níveis muito elevados durante 2003-9
(figura 11), apenas inferior aos níveis observados na Turquia.
•Embora este resultado pode ser considerado positivo, reflete uma
taxa de entrada pequena e decrescente de empresas em
comércio exterior.
• A taxa de entrada de exportadores já estava baixo no
Brasil, e caiu mais de 22%.
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• Clerides, Lach e Tybout (1998): Colômbia, México e Marrocos; e Bernard e Jensen (1999): EUA;
• Os novos exportadores são, em média, mais eficiente do que as não exportadoras.
• Taxas de entrada baixa e decrescente: associado com baixa produtividade e/ou custos elevados.
• Falta de integração em cadeias globais de valor: explica os baixos níveis de dinamismo do setor
exportador.
• O surgimento de redes globais de produção: mudou o panorama do comércio mundial.
• América Latina (países do Sul) não tem sido um participante ativo neste novo acordo comercial.
• A medida em que o Brasil está fora da cadeia de fornecimento global ao comércio de peças e
componentes.
• O aumento das importações de peças e componentes indicam aumento da atividade de montagem de
um país, ao passo que um aumento das suas exportações sugere sua crescente importância na cadeia de
abastecimento global.
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• A Figura 14 apresenta a média de crescimento anual de peças e componentes das exportações durante o período de pré
crise (1998-2008).
• Todos as 32 performers exportação viram suas peças e componentes de exportação crescem durante período 1998-2008.
• Entre os países com maior crescimento em peças e componentes são:
• dois países do Leste Europeu, a Albânia e a Bósnia e Herzegovina;
• um país latino-americano, a Nicarágua;
• e dois países do Leste da Ásia, China e Vietnã.
• Como esperado, o Brasil, como outros países sul-americanos incluídos na lista, está entre os países que tiveram o menor
crescimento em peças e componentes das exportações durante o período.
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Os resultados da análise comparativa das exportações brasileiras:
Efeitos de composição do crescimento das exportações
• Argumentar que um país é "mais competitivo" no comércio exterior do que outros países apenas por causa de
seu melhor desempenho das exportações: Pode levar a erros de interpretação!!
• Em primeiro lugar, o crescimento das exportações pode ser associado com a existência de efeitos de
composição (pull) e também efeitos de desempenho (push).
• Em segundo lugar, dois países podem ter igualmente exportadores competitivos, mas os resultados das
exportações pode ser diferente, a curto e médio prazo, devido à diferente composição das exportações em
termos de composição geográfica e setor de cestas de exportação.
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• Os principais resultados apresentados na tabela 4 são:
• (i) Entre 2005 e 2011, o crescimento médio anual das exportações brasileiras chegaram a quase 15%, com a sua participação no mercado
mundial aumentando em 5,6%. Este aumento da quota de mercado é o segundo mais alto entre os países selecionados para comparação, o
equivalente a Índia e abaixo apenas o desempenho da China.
• (ii) A soma dos efeitos geográficos e do setor no Brasil (3,3%) é o segundo mais elevado, menor apenas do que o impacto observado na
Rússia.
• (iii) Para o mesmo período, o efeito composição geográfica predominou, no caso brasileiro, o que tem a ver com o rápido crescimento da
economia chinesa, que explica por que apenas a Coreia tem um efeito geográfica mais intenso do que o do Brasil.
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• (iv) Excluindo-se os efeitos de composição, o crescimento da participação das exportações brasileiras associadas mais diretamente a
competitividade é reduzida para 1,8%, em média, por ano, ainda é significativa, mas menos do que vários dos outros BRICS (China e Índia)
e MIST ( México e Turquia) países.
• (v) O forte crescimento das exportações no subperíodo pós-crise foi generalizada, com países em desenvolvimento (BRICS) ganhando
quotas de mercado (com exceção da Turquia), e, em paralelo, os países desenvolvidos a perder quotas.
• (vi) Por fim, excluindo-se os efeitos de composição, a participação de crescimento das exportações brasileiras após a crise financeira global,
que pode ser ligado a competitividade foi de apenas 1,1%, a mais baixa entre os países em desenvolvimento (incluindo a Turquia).
• Estes resultados sugerem que, apesar da recente bom desempenho agregado, as exportações brasileiras foram
principalmente beneficiando de efeitos geográficos e setoriais de composição.
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Exportações e penetração das importações: análise setor
• As exportações da produção industrial brasileira: ascendente.
• Em 2000, o coeficiente de exportação de 12,3%, atingiu um pico em
2006, em 20,4%, e caindo para 17,5% em 2010 (Figura 15).
• Primeira explicação: o Brasil perdeu competitividade
internacional nos últimos anos.
• Segunda: o impacto da falta de dinamismo da economia global,
que poderia ter reduzido a demanda por produtos brasileiros.
• Os ganhos de diversificação para novos mercados poderia ter sido
um reflexo do menor crescimento dos países desenvolvidos.
• Terceira: a forte demanda interna poderia ter sido absorvida parte
da produção exportada no passado.
• Há uma nova evidência da incapacidade do lado da oferta para
entregar ao dinamismo da procura interna, além da economia
mundial lenta.
• O coeficiente de penetração aumentou de 13,4-20,3% entre 2000 e
2010.
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• A análise dos coeficientes de penetração e exportação por setores mostram o mesmo padrão (Figura 16).
• Houve uma oferta crescente através de importações da procura interna, com uma redução no valor exportado em 2000 a 2010.
• Em geral, uma maior penetração das importações é concomitante ao coeficientes de exportação mais elevados.
• Houve uma mudança neste padrão entre 2000 e 2010!!
• Para um determinado nível de penetração, o valor exportado foi menos expressiva.
• Apoia a hipótese de falta de competitividade do lado da oferta como um fator relevante para explicar recentes performances sem
brilho de produção industrial e das exportações.
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Elementos potencialmente associados com a baixa competitividade:
Ganhos de baixa produtividade
• Ao contrário do que o padrão observado no
passado, a produtividade do trabalho no
setor industrial ficou para trás da
produtividade global da economia nos
últimos anos.
• A produtividade global do trabalho mostrou
recentemente sinais de acomodação.
• Melhorias na eficiência dos setores de
serviços são fundamentais para melhorar a
produtividade de todos os outros setores da
economia.
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Termos de nível comércio e emprego
• O ganho em termos de comércio foi de
aproximadamente 40% desde 2004 (Figura 18) e
ajuda a explicar o forte dinamismo no consumo interno, ao
lado do bônus demográfico e da emergência de uma nova
classe média estimulada por políticas de inclusão social.
• Concorrência estrangeira restringe a capacidade da
indústria local de repassar os custos crescentes, mesmo em
um ambiente de forte demanda interna.
• No entanto, como setores de serviços pode definir preços
muito mais facilmente, o seu poder de contestar fatores de
produção é maior internamente.
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• Analisando os diferentes ganhos salariais por parte
dos consumidores e dos produtores.
• Por um lado, os ganhos realizados pelos
consumidores pode ser medido através da deflação
dos salários pelo IPCA.
• Por outro lado, os produtores podem tirar
vantagem parcial de melhores preços e pagar salários
mais altos, aliviando algumas das pressões de custo.
• Os setores de serviços: da demanda doméstica mais
forte e pode acomodar aumentos salariais.
• De 2004 a 2011, os ganhos reais dos salários
percebidos pelos consumidores foram cerca de quatro
vezes mais forte do que na percepção dos
fornecedores do setor de serviços.
• O mesmo tipo de dinâmica foi observada no lado de
indústria, embora um tanto menos importante.
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Custos unitários do trabalho
• Aumentos nos salários médios reais concorrentes à produtividade
do trabalho estagnado ou em queda afetou negativamente a
competitividade das exportações do Brasil.
• Pastore, Gazzano, e Pinotti (2012): os custos unitários do trabalho
mais elevados representam uma importante fonte de perda de
dinamismo no crescimento da indústria desde 2010.
• As duas tendências têm sido observadas no Brasil após a sua
rápida recuperação a partir da mais recente crise global.
• Este efeito não foi observado antes de 2010, e pode ser
caracterizado como um choque negativo adicional para o
desempenho das exportações nos últimos anos (Figura 20).
• Apesar de melhores condições de comercialização mitigou o
impacto dos custos unitários do trabalho mais elevados, e aliviou
esta tendência de alta por cerca de um quarto depois de 2010.
• Um aumento dos custos unitários do trabalho, explica em parte a
perda de competitividade industrial (período mais recente).
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Taxas de câmbio
• A valorização do real índice cambial efetivo não é
insignificante (figura 21).
• O nível médio ao longo de 2010 atingiu 70.
• A unidade do nível de custo do trabalho em dólar
chegou a 202 em 2010.
• Embora a apreciação da taxa de câmbio parece ser um
dos elementos da baixa competitividade das
exportações brasileiras, o desempenho da
produtividade do setor industrial lento e salários reais
mais elevados parecem ser mais responsável pela
situação atual
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Ambiente de negócios e custos logística
• Entre os 183 países avaliados, o Brasil está na metade inferior da classificação geral.
• Entre as 10 categorias analisadas, Brasil tem tarifas relativamente melhor em apenas duas categorias: a obtenção de energia elétrica (51) e
que protegem os investidores (79).
• Entre BRICS, o grande destaque é a África do Sul, que apresenta na metade superior em 8 de 10 categorias, incluindo pela primeira vez na
obtenção de crédito e décimo em proteger os investidores.
• Indicadores de Doing Business levantam preocupações sobre aumento das despesas no comércio internacional.
• O custo de lidar com contêineres foi de US $ 2.215 no Brasil em 2011, em comparação com apenas US $ 500 na China (figura 22).
• Esse custo tem experimentado uma tendência de alta significativa, o que não foi observado em outros BRICS.
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• O Banco Mundial compila o Índice de Desempenho Logístico (LPI): identificar os principais desafios
para entrar em cadeia de fornecimento global.
• Utilizado para classificar 155 países em 2007, 2010, e 2012.
• Em relação à LPI, o Brasil subiu 20 posições para 41 em 2007-2010, mas diminui para 45 em 2012.
• As melhorias vieram de todos os pilares em 2007-12, mas, principalmente, do acompanhamento e
capacidade de rastreamento.
• Nos últimos dois anos, a posição brasileira deteriorou-se significativamente em pontualidade dos
embarques e serviços de logística, e na qualidade do comércio e das infra-estruturas relacionadas com
os transportes.
• O Brasil ocupa a 4ª posição no BRICS em 3 pilares: os costumes, as competências de logística e
atualidade.
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Considerações Finais
Entre 2000 e 2010, Brasil exportou quase duas vezes mais do que a média global. Ainda assim, falta competitividade ao comércio exterior do país, segundo um novo estudo.
O relatório também mostra que, no mesmo período, os produtos de alta tecnologia perderam espaço na pauta de exportações brasileiras.
A produtividade e o comércio exterior no país podem melhorar com mais investimentos em portos, aeroportos, estradas, maquinário e software.
A principal mensagem é que, embora o Brasil tenha exportado quase o dobro da média global entre 2000 e 2010,
as exportações do país ainda precisam de competitividade
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O Brasil se beneficiou da alta procura global por commodities, como minerais e alimentos. Mas, se não fosse por isso, o país não teria ido tão bem.
Comparados com os números da China, Rússia, Índia e África do Sul, os do Brasil
chegam a parecer tímidos. Em média, as exportações desses países emergentes
cresceram 439% no mesmo período.
Para ganhar competitividade, o Brasil precisa investir mais em educação – o que
melhoraria a nossa força de trabalho – infraestrutura e logística.
Além de melhorar portos, aeroportos e estradas, a indústria brasileira precisa de investimentos em maquinário e software. E, ainda, de ações capazes de diminuir