évora local Deliberações da C.M. de Évora TEATRO Garcia de Resende pág.05 pág.07 pág.09 Câmara Municipal de Évora / Director: Carlos Pinto de Sá // Semanário, 19 Dezembro de 2013 Sabia que... A origem do presépio é atribuida a S. Francisco de Assis no século XIII? 173 Câmara de Évora assinou acordo de colaboração: Criada Rede Regional de Apoio e Proteção a Vítimas de Tráfico de Seres Humanos Um acordo de colaboração para a constituição da Rede Regional do Alentejo de Apoio e Proteção a Vítimas de Tráfico de Seres Humanos (TSH) foi assinado nos Paços do Concelho de Évora. Trata-se da criação de uma rede de cooperação e de partilha de informação, com atuação no Alentejo, visando a prevenção, proteção e reintegração das vítimas de TSH. Cinema pág. 09
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Deliberaçõesda C.M. de Évora
TEATROGarcia de Resende
pág.05 pág.07 pág.09
Câmara Municipal de Évora / Director: Carlos Pinto de Sá // Semanário, 19 Dezembro de 2013
Sabia que... A origem do presépio é atribuida a S. Francisco de Assis no século XIII?
173
Câmara de Évora assinou acordo de colaboração: Criada Rede Regional de Apoio e Proteção a Vítimas de Tráfico de Seres Humanos
Um acordo de colaboração para a constituição da Rede Regional do Alentejo de Apoio e Proteção a Vítimas de Tráfico de Seres Humanos (TSH) foi assinado nos Paços do Concelho de Évora. Trata-se da criação de uma rede de cooperação e de partilha de informação, com atuação no Alentejo, visando a prevenção, proteção e reintegração das vítimas de TSH.
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Um acordo de colaboração para a constituição da Rede Regional do Alentejo de Apoio e Proteção a Vítimas de Tráfico de Seres Humanos (TSH) foi hoje (dia 13) assinado nos Paços do Concelho de Évora. Trata-se da criação de uma rede de cooperação e de partilha de informação, com atuação no Alentejo, visando a prevenção, proteção e reintegração das vítimas de TSH.A Rede, cuja dinamização pertence à Associação para o Planeamento da Família (APF) - Delegação Regional do Alentejo, é composta por cerca de duas dezenas de entidades governamentais, não-governamentais e autarquias locais da Região Alentejo, entre elas a Câmara de Évora, com intervenção direta ou indireta sobre o fenómeno do TSH, estando aberta à participação de mais parceiros.
Esta cerimónia contou com breves intervenções por parte de Fátima Breia (Presidente da Delegação Regional do Alentejo da APF) e do Presidente da Câmara Municipal de Évora, Carlos Pinto de Sá, que mostrou total disponibilidade camarária para colaborar na prossecução dos objetivos da Rede. Após as intervenções, seguiu-se a leitura do acordo pela coordenadora do projeto, Rita Fonseca.Constituem seus objetivos adotar uma resposta de intervenção em rede que integre as componentes de apoio e assistência às vítimas de TSH, na Região Alentejo e também instrumentos e canais
de comunicação que facilitem a resposta, no quadro da competência específica decada parceiro, por forma a assegurar a efetiva assistência e proteção da vítima, bem como a sua integração.Incluem igualmente prestar apoio especializado e multidisciplinar às vítimas; prevenir as situações de revitimação, promovendo as capacidades e competências das vítimas; proporcionar às vítimas estrangeiras apoio técnico especializado enquanto decorrer o período de reflexão e de colaboração com a justiça, o retorno assistido aos seus países de origem, ou a integração em território nacional, disponibilizando informação sobre os recursos existentes.Faz ainda parte dos objetivos sensibilizar e formar técnicos/as e outros públicos-alvo; publicitar linhas de apoio a vítimas, sensibilizar para a importância da denúncia, ainda que anónima, de casos de TSH; e articular, com a RAPVT (Rede Nacional de Apoio e Proteção), adotando os instrumentos delineados para a sinalização e encaminhamento das vítimas.
Câmara de Évora assinou acordo de colaboração: Criada Rede Regional de Apoio e Proteção a Vítimas de Tráfico de Seres Humanos
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Deliberaçõesda Câmara Municipal de Évora
Em reunião pública de 11 de Dezembro
Câmara de Évora aprovou moção em defesa da instalação do Museu da Música em Évora
A Câmara Municipal de Évora aprovou por unanimidade uma moção, apresentada pelo Vereador Eduardo Luciano (CDU), que defende a instalação do Museu da Música em Évora, tal como previsto, e repudia afirmações do secretário de Estado da Cultura sobre uma eventual transferência deste museu para Mafra.“Repudiamos veementemente a possibilidade de incumprimento da instalação do Museu da Música no Convento de S. Bento de Castris, lembramos ao senhor secretário de Estado que os compromissos devem ser honrados e esperamos que o alegado “estudo” resulte de um lapso de memória e que seja prontamente corrigido”, lê-se na moção, considerando que “foi com surpresa e indignação que lemos na comunicação social afirmações do secretario de Estado da Cultura dizendo que «está a ser estudada a transferência do Museu da Música para o Palácio Nacional de Mafra»”. Esta moção recorda também o historial do processo, que começa em Maio de 2009, quando o então secretário de Estado da Cultura, anunciava a transferência do Museu Nacional da Música, a funcionar na estação do Alto dos Moinhos do Metro de Lisboa, para o Convento de São Bento de Cástris, em Évora. Decisão que se manteve ao longo do tempo, inclusive em 12 de Março de 2012, quando o então secretário de Estado da Cultura, reiterava a intenção de transferência do Museu para Évora afirmando no entanto que o processo estava bloqueado por falta de recursos financeiros.A implantação do Museu em Évora, considera a autarquia eborense, “ constituir-se-ia como um importante elemento âncora do desenvolvimento do Concelho e da Região, contribuindo para subverter os efeitos de interioridade que decorrem de políticas erradas de planeamento territorial que têm como resultado a desertificação de todo o interior do país”. Um voto de pesar pelo falecimento de Nelson Mandela, lido pela vice-Presidente da Câmara Évora, Élia Mira, mereceu também aprovação unânime, no qual a autarquia “expressa o mais profundo pesar ao
povo da África do Sul pela perda de Nelson Mandela, o seu líder histórico da luta pela liberdade, a democracia, a justiça social, contra a forma mais elaborada e cruel da desigualdade social e política, o apartheid”.O Município afirma ainda que este líder “permanecerá na memória coletiva dos povos de todo o Mundo como um símbolo de Humanismo, inspirador na luta contra todas as formas de descriminação e injustiça social” e que “o exemplo de coragem, coerência, determinação e luta de Nelson Mandela continuará vivo em todos aqueles que desejam e agem em prol de um Mundo mais justo, livre e de progresso e paz”.Um voto de congratulação pela entrega da insígnia da Ordem de D. Henrique por parte da Presidência da República à Fundação Eugénio de Almeida, formulado pelo Vereador Paulo Jaleco (PSD), mereceu também a concordância de toda a Câmara.De salientar, entre outros assuntos tratados, a aprovação por unanimidade do estabelecimento de parceira da Câmara Municipal para constituição da Rede Regional do Alentejo de Apoio e Proteção a Vítimas de Tráfico de Seres Humanos, através da assinatura de acordo de colaboração com a Associação para o Planeamento da Família – Delegação Regional do Alentejo, cuja cerimónia terá lugar na sexta-feira (dia 13), pelas 09:30 horas, no Salão Nobre dos Paços do Concelho.Foi também aprovado por unanimidade a ratificação do despacho de concessão de apoio – isenção de pagamento de taxa de ocupação de espaço público – à Associação de Artes e Ofícios de Évora, no âmbito da realização da VIII Mostra de Artesanato da ARTOÉ, que decorre entre 17 e 24 de Dezembro, na Praça Joaquim António de Aguiar.Ficou ainda agendada a realização de uma reunião pública extraordinária no próximo dia 20 (sexta-feira), a partir das 14:30 horas, no Salão Nobre dos Paços do Concelho.
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Sabia queA origem do presépio é atribuida a S. Francisco de Assis no século XIII?
O PRESÉPIOGÉNESE E SIMBOLOGIA
Presépio da Col. Túlio Espanca. (Aspecto Parcial)
O fim de Dezembro é desde eras remotas, e para muitos povos e culturas, época de celebrações religiosas, quase todas associadas ao Solstício de Inverno e ao nascimento de um Deus Sol, renovador e salvador. Druidas, persas, egípcios, gregos e fenícios celebravam, também a 25 de Dezembro, tal como o fazem ainda hoje os hindus, o nascimento de um ser divino, criador e eterno, sinónimo de luz e esperança.A Igreja de Roma sacraliza depois essa data, já há muito assinalada por gentes pagãs, e o dia do nascimento de Jesus adquire uma importância ímpar, desde os primórdios da história cristã, sendo canonicamente instituído como festivo no século IV, pelo Papa Júlio I.Mas, se a nascença de um Menino-Rei de uma Virgem não é exclusiva dos cristãos, a representação da Natividade de Jesus adquire, ao longo dos tempos e por toda a geografia cristã, contornos únicos.E de entre as várias manifestações e símbolos do espírito do Natal uma delas sobressai, como sendo talvez a mais universal, popular e significativa: o presépio.Palavra de origem latina, que significa “local onde se recolhe o gado”, o presépio é uma representação de cariz espiritual da cena do nascimento de Jesus, que assume contornos poéticos e bucólicos, em que não faltam animais de estábulo, pastores, anjos e reis magos.Atribui-se a S. Francisco de Assis, no século XIII, a ideia de encenar o nascimento de Jesus, tal qual este se deu numa gruta em Belém. Existem registos de que o terá então feito, em 1223, numa gruta da cidade italiana de Greccio, para a qual, se diz, levou uma vaca e um burro e onde mandou instalar uma manjedoura, cheia de feno, para festejar a vinda do Filho de Deus à terra com as mesmas condições que rodearam o seu nascimento: pobreza, simplicidade, humildade, encanto e fraternidade de Deus com os homens. A sua intenção era dar um sentido de actualidade à Natividade e reviver a Eucaristia, trazer de novo o Evangelho para o espaço natural de vida dos homens. O presépio de S. Francisco não tinha, por isso, figuras, Jesus era representado pela hóstia.Depois desta pioneira representação da descida de Deus à humanidade, outros presépios, já com figuras, começam a surgir. A tendência começa noutros conventos franciscanos em Itália, a que se seguem igrejas e casas particulares, das mais nobres às mais humildes, e estende-se depois a toda a Europa.Em Portugal, o culto do presépio terá surgido ainda no fim do século XV, sendo do início do século XVI os primeiros documentos que o referenciam. O grande desenvolvimento desta tradição, porém, dá-se sobretudo com as contratações de artistas para a construção de presépios pelos reis D. João II, D. Manuel I, D. João III e, mais tarde, D. João V, o que terá contribuído largamente para a sua generalização no país. Surgem presépios muito famosos como o da Basílica da Estrela e de S. Vicente, em Lisboa, da autoria do escultor Machado de Castro, o do Convento de Mafra, o dos Marqueses de Borba e vários presépios eborenses, entre os quais os dos Conventos do Paraíso, de Santa Clara e de S. Bento de Cástris.O presépio entranha-se assim definitivamente na cultura portuguesa, entre os séculos XVII e XVIII, e vários são os barristas e escultores famosos que, desde então, e até ao século XX, alimentam a procura de figuras para a encenação da Natividade, quer em conventos, quer em casas particulares. Oriundos de olarias e escolas de Alcobaça, Barcelos, Coimbra, Évora, Estremoz, Lisboa, Mafra e Tomar, entre os principais nomes responsáveis pelas figuras características do presépio popular português encontram-se Francisco de Holanda (residente em Évora), José de Almeida, Joaquim Machado de Castro, Francisco Xavier (eborense) e António Ferreira (…)