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Revista Ambiente & Água - An Interdisciplinary Journal of Applied Science: v. 8, n.2, 2013. ISSN = 1980-993X doi:10.4136/1980-993X www.ambi-agua.net E-mail: [email protected] Tel.: (12) 3631-8004 Avaliação da cobertura vegetal pelo índice de vegetação por diferença normalizada (IVDN) doi: 10.4136/ambi-agua.959 Gabriela Camargos Lima *1 ; Marx Leandro Naves Silva 1 ; Nilton Curi 1 ; Mayesse Aparecida da Silva 1 ; Anna Hoffmann Oliveira 1 ; Junior Cesar Avanzi 2 Marta Eichemberger Ummus 2 1 Universidade Federal de Lavras Lavras, MG, Brasil 2 EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Palmas, TO, Brasil *Autor correspondente: e-mail: [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected] RESUMO A perda de solo por erosão hídrica é a principal causa da degradação do solo no Brasil. No entanto, a erosão pode ser reduzida pela presença da vegetação. O cálculo do Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (IVDN) permite avaliar o vigor vegetativo de culturas ou vegetação natural o que facilita a identificação de áreas com cobertura vegetal. Esta informação é muito importante para identificar o fenômeno que pode estar ocorrendo em uma determinada área, especialmente aqueles relacionados à degradação do solo por erosão hídrica. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o índice de cobertura vegetal por IVDN e verificar a precisão utilizando o Índice de Cobertura (IC) de Stocking, na sub-bacia das Posses, a qual pertence ao Sistema Cantareira, localizada no município de Extrema, Minas Gerais, Brasil. Para tanto, utilizou-se as imagens Landsat-5 TM. A sub-bacia das Posses mostrou-se alterada quando comparada com a área de entorno. A técnica do IVDN mostrou-se com boa acurácia para identificar os usos que ocorrem na sub-bacia das Posses, sendo validados pela metodologia de Stocking. O mapeamento pelo IVDN permitiu localizar na sub- bacia a distribuição geográfica dos diferentes usos do solo e identificar as áreas críticas em relação à cobertura vegetal, e, assim planejar esforços para recuperação e proteção do solo nas áreas desnudas e com pastagem degradada, visando diminuição dos passivos ambientais. O IC não ultrapassou 40% para a maioria dos usos que ocorrem na sub-bacia (91%), excetuando as áreas de vegetação arbórea. Palavras-chave: IVDN, Planejamento agrícola, Stocking, sub-bacia das Posses, Extrema, MG. Evaluation of vegetation cover using the normalized difference vegetation index (NDVI) ABSTRACT Soil loss by water erosion is the main cause of soil degradation in Brazil. However, erosion can be reduced by the presence of vegetation. The Normalized Difference Vegetation Index (NDVI) makes it possible to identify the vegetative vigor of crops or natural vegetation which facilities the identification of areas with vegetation covers. This information is very important in identifying the phenomena which might be occurring in a particular area, especially those related to soil degradation by water erosion. Thus, the aim of this work was
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Evaluation of vegetation cover using the normalized difference vegetation index (NDVI)

Mar 28, 2023

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Revista Ambiente & Água - An Interdisciplinary Journal of Applied Science: v. 8, n.2, 2013.

ISSN = 1980-993X – doi:10.4136/1980-993X www.ambi-agua.net

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ISSN = 1980-993X – doi:10.4136/1980-993X

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Tel.: (12) 3625-4212

Avaliação da cobertura vegetal pelo índice de vegetação por diferença

normalizada (IVDN)

doi: 10.4136/ambi-agua.959

Gabriela Camargos Lima*1

; Marx Leandro Naves Silva1; Nilton Curi

1;

Mayesse Aparecida da Silva1; Anna Hoffmann Oliveira

1; Junior Cesar Avanzi

2

Marta Eichemberger Ummus2

1Universidade Federal de Lavras – Lavras, MG, Brasil

2EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Palmas, TO, Brasil

*Autor correspondente: e-mail: [email protected],

[email protected], [email protected], [email protected],

[email protected], [email protected],

[email protected]

RESUMO

A perda de solo por erosão hídrica é a principal causa da degradação do solo no Brasil.

No entanto, a erosão pode ser reduzida pela presença da vegetação. O cálculo do Índice de

Vegetação por Diferença Normalizada (IVDN) permite avaliar o vigor vegetativo de culturas

ou vegetação natural o que facilita a identificação de áreas com cobertura vegetal. Esta

informação é muito importante para identificar o fenômeno que pode estar ocorrendo em uma

determinada área, especialmente aqueles relacionados à degradação do solo por erosão

hídrica. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o índice de cobertura vegetal por IVDN e

verificar a precisão utilizando o Índice de Cobertura (IC) de Stocking, na sub-bacia das

Posses, a qual pertence ao Sistema Cantareira, localizada no município de Extrema, Minas

Gerais, Brasil. Para tanto, utilizou-se as imagens Landsat-5 TM. A sub-bacia das Posses

mostrou-se alterada quando comparada com a área de entorno. A técnica do IVDN mostrou-se

com boa acurácia para identificar os usos que ocorrem na sub-bacia das Posses, sendo

validados pela metodologia de Stocking. O mapeamento pelo IVDN permitiu localizar na sub-

bacia a distribuição geográfica dos diferentes usos do solo e identificar as áreas críticas em

relação à cobertura vegetal, e, assim planejar esforços para recuperação e proteção do solo nas

áreas desnudas e com pastagem degradada, visando diminuição dos passivos ambientais. O IC

não ultrapassou 40% para a maioria dos usos que ocorrem na sub-bacia (91%), excetuando as

áreas de vegetação arbórea.

Palavras-chave: IVDN, Planejamento agrícola, Stocking, sub-bacia das Posses, Extrema, MG.

Evaluation of vegetation cover using the normalized difference

vegetation index (NDVI)

ABSTRACT Soil loss by water erosion is the main cause of soil degradation in Brazil. However,

erosion can be reduced by the presence of vegetation. The Normalized Difference Vegetation

Index (NDVI) makes it possible to identify the vegetative vigor of crops or natural vegetation

which facilities the identification of areas with vegetation covers. This information is very

important in identifying the phenomena which might be occurring in a particular area,

especially those related to soil degradation by water erosion. Thus, the aim of this work was

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Avaliação da cobertura vegetal pelo índice de vegetação por diferença normalizada (IVDN). Ambi-Agua,

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to assess the canopy cover by using NDVI, checking the image accuracy using the Coverage

Index (CI) based on the Stocking method, in the Sub-basin of Posses, which belongs to the

Cantareira System, located in the Extrema municipality, Minas Gerais, Brazil. Landsat-5 TM

images were used. The sub-basin of Posses was very altered in comparison to the surrounding

areas. The NDVI technique proved to be a suitable tool to assess the uses that occur in the

sub-basin of Posses, as validated by the Stocking methodology. The map derived from NDVI

allowed the geographic distribution of different land uses to be observed and allowed for the

identification of critical areas in relation to vegetation cover as well. This finding can be used

to optimize efforts to recover and protect soil in areas with bare soil and degraded pasture, in

order to reduce environmental degradation. The CI has not exceeded 40% for land use classes

that occur in the majority of the sub-basin (91%), except in areas of woody vegetation.

Keywords: NDVI, Agriculture planning, Stocking, Posses sub-basin, Extrema, MG.

1. INTRODUÇÃO

A principal causa de degradação do solo nas condições brasileiras, associada

principalmente ao manejo incorreto e ausência de práticas conservacionistas, é a erosão

hídrica (Bertoni e Lombardi Neto, 1999; Ferreira et al., 2011). A exposição da superfície do

solo pela redução da cobertura vegetal é o fator desencadeante do processo erosivo. As perdas

de solo decorrentes podem ocasionar prejuízos ao ambiente e ao setor agrícola, pois resultam

no depauperamento dos solos, poluição e assoreamento dos cursos d’água (Bertoni e

Lombardi Neto, 1999).

Apesar de constituir um fator passivo de proteção do solo, a vegetação possui grande

participação na redução da erosão hídrica (Cardoso et al., 2012). A cobertura vegetal auxilia

na redução da erosão hídrica interceptando as gotas de chuva que impactariam diretamente a

superfície do solo. Como consequência há uma diminuição na energia cinética da chuva

causada pelo impacto da gota de chuva, na desestruturação, no selamento superficial do solo e

na velocidade da enxurrada, aumentando a infiltração de água no solo. Estudos realizados em

áreas florestadas com eucalipto têm mostrado, por exemplo, que a ausência de cobertura

vegetal nos primeiros anos após instalação das florestas tem gerado maiores perdas de água e

de solo sendo que estas perdas são reduzidas após o fechamento das copas (Silva et al., 2011).

Cardoso et al. (2012) avaliaram o uso do feijão de porco, crotalária júncea e milheto como

plantas de cobertura, cultivadas em dois espaçamentos visando a proteção do solo. Neste

estudo, os autores verificaram que diferentes espécies proporcionaram proteção ao solo

distinta, e, portanto, perdas de solo por erosão hídrica. Assim, mudanças na cobertura vegetal

afeta diretamente a taxa de escoamento superficial (Santos et al., 2000) e consequentemente o

assoreamento de mananciais. Neste sentido, a adoção de um manejo que vise a redução da

erosão hídrica em sub-bacias hidrográficas deve considerar a importância da cobertura vegetal

no ciclo hidrológico.

Os índices de vegetação gerados a partir de dados oriundos de sensores remotos

constituem uma importante ferramenta para o monitoramento de alterações naturais ou

antrópicas no uso e na cobertura da terra. Estes índices têm sido usados na estimativa de

diversos parâmetros da vegetação como, por exemplo, o índice de área foliar (Holben et al.,

1980; Baret e Guyot, 1991) e a quantidade de biomassa verde (Tucker, 1979), bem como na

avaliação do uso e manejo do solo e da recuperação de áreas degradadas, estabelecendo

práticas conservacionistas adequadas para cada ambiente (Rizzi e Fonseca, 2001; Okin,

2007).

O índice de vegetação por diferença normalizada (IVDN) permite avaliar o vigor

vegetativo dos estágios sucessionais de determinada vegetação ou cultura, bem como

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identificar e diferenciar áreas com algum tipo de vegetação e áreas sem cobertura vegetal. De

acordo com Epiphanio et al. (1996), os índices de vegetação realçam o comportamento

espectral da vegetação e se correlacionam com o vigor da vegetação verde, porcentagem de

cobertura do solo, atividade fotossintética e produtividade. Assim, as assinaturas espectrais

permitem distinguir a vegetação nativa das áreas com uso agropecuário (Wardlow et al.,

2007), o que facilita o planejamento e direcionamento das políticas públicas e privadas

relacionadas ao manejo e conservação do solo e da água.

Segundo Oliveira et al. (2012), o IVDN foi eficiente em avaliar as variações de

densidade das diferentes coberturas vegetais presentes na área avaliada, a região estudada foi

caracterizada por grande parte de sua área ocupada por pastagens degradadas, possuindo

menor IVDN o que compromete o acúmulo de matéria orgânica (MO) no solo e

consequentemente, a preservação e conservação destes ambientes.

Dada a importância da cobertura vegetal para a conservação do solo e da água, objetivou-

se com esse trabalho a determinação e quantificação das classes de vegetação na sub-bacia

das Posses, Extrema – MG, utilizando o índice de vegetação por diferença normalizada e a

verificação da acurácia da imagem obtida utilizando a metodologia de Stocking.

2. MATERIAL E MÉTODOS

A área de estudo possui 1.200 ha e compreende a sub-bacia das Posses, localizada no

município de Extrema, ao sul do Estado de Minas (figura 1). Esta sub-bacia está inserida na

Bacia do Rio Jaguari, um dos rios que abastece o Reservatório do Sistema Cantareira no

estado de São Paulo. Situa-se entre as coordenadas UTM 374.500 e 371.500 E (longitude

oeste) e 7.468.200 e 7.474.800 N (latitude sul) (Datum SAD 69, Zona 23 S) e entre as

altitudes de 1.144 e 1.739 m. O clima na sub-bacia das Posses é do tipo Cwb, conforme

classificação de Köppen, caracterizado como mesotérmico de verões brandos e suaves e

estiagem de inverno. A temperatura média anual é de 18°C, tendo no mês mais quente e no

mês mais frio temperaturas médias de 25,6 e 13,1°C, respectivamente, com ocorrência anual

de geadas e precipitação média anual de 1.477 mm (Agência Nacional de Águas, 2008). Os

solos ocorrentes na sub-bacia das Posses são Argissolo Vermelho Amarelo, Cambissolo

Háplico, Cambissolo Húmico, Neossolo Litólico e Neossolo Flúvico e o relevo corresponde

principalmente às classes de relevo ondulado e forte ondulado (Silva et al., 2013).

Para o cálculo do IVDN da sub-bacia de Posses, foi utilizada a cena 216/076 obtida

através do satélite LANDSAT, sensor Thematic Mapper (TM), do dia 5 de agosto de 2009,

disponibilizadas gratuitamente pelo site da Divisão de Geração de Imagens (DGI) do Instituto

Nacional de Pesquisas Espaciais (Instituto de Pesquisas Espaciais, 2009).

O pré-processamento da imagem foi realizado através de seu registro com base nos

mosaicos das imagens GeoCover disponibilizados pela National Aeronautics and Space

Administration (NASA). Para a correção geométrica foram utilizados pontos de controle

coletados in situ, a saber: três pontos na classe sem cobertura vegetal, cinco pontos na classe

pastagem degradada, oito pontos na classe de pastagem não degradada, quatro pontos na

floresta de eucalipto e seis pontos na floresta nativa. Foram admitidos erros abaixo de um

pixel.

Ainda na etapa de pré-processamento, realizou-se a correção atmosférica da cena para

atenuar a influência dos constituintes atmosféricos, tais como vapor d’água e aerossóis. Para

tanto, utilizou-se o pacote X-6Scorr (Montanher e Paulo, 2013), o qual se baseia no método

de correção atmosférica 6S, proposto por Vermote et al. (1997).

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Figura 1. Mapa de localização da sub-bacia das Posses e sua rede de drenagem,

Extrema (MG).

O processamento da imagem foi realizado considerando-se as bandas espectrais 3

(Vermelho, faixa de 400 a 700 nm) e 4 (Infravermelho próximo, faixa de 700 a 1300 nm) da

imagem Landsat. Admite-se que essas bandas são mais afetadas pela absorção da clorofila na

folhagem de vegetação verde. O IVDN foi calculado a partir das bandas, empregando a

equação descrita por Asrar et al. (1984):

43

3-4

IVDN

em que:

IVDN = índice de vegetação por diferença normalizada;

ρ3= reflectância na banda 3 e

ρ4= refletância na banda 4

Os valores do IVDN oscilam de -1 a +1, sendo que quanto mais próximo de +1, maior a

densidade da cobertura vegetal (Costa et al., 2007). A água possui refletância na banda 3

maior que na banda 4, portanto, apresenta valores negativos, próximos a -1. O solo desnudo,

ou com vegetação rala e esparsa, apresenta valores positivos, mas não próximos à +1. Nesta

situação, ocorre absorção da radiação na faixa do infravermelho próximo, justificando o baixo

valor de IVDN nessas áreas (Poeking et al., 2007).

Através de medidas radiométricas obtidas em campo, Franco e Rosa (2004)

diferenciaram as pastagens degradadas em três diferentes níveis de degradação, sendo que os

resultados de IVDN variaram entre 0,46 (alto nível de degradação), 0,63 (nível médio de

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degradação) e 0,52 (baixo nível de degradação). De acordo com Eduardo e Silva (2013), o

IVDN após a correção atmosférica em imagens Landsat assumiu valores médios de 0,82 para

vegetações de grande porte, 0,52 para pastagens e 0,05 ou menos para áreas sem cobertura

vegetal.

Dessa forma, considerando a capacidade do IVDN de apontar as diferenças na

intensidade de reflectância de diferentes alvos, principalmente de vegetação, e com base nas

informações obtidas em campo, foi possível assumir para a presente pesquisa os seguintes

valores: locais sem cobertura vegetal (-0,87 a 0,45); pastagem degradada (0,46 a 0,55),

pastagem não degradada (0,56 a 0,75) e locais com vegetação arbórea (0,76 a 1).

Para verificar a acuraria do mapeamento da cobertura vegetal pelo IVDN e validar os

resultados, foi realizada uma avaliação direta em campo utilizando-se a metodologia proposta

por Stocking (1988). Para esta validação foram selecionados 63 pontos aleatoriamente na sub-

bacia. Estes pontos contemplaram os principais usos do solo que ocorrem na sub-bacia

(vegetação arbórea, solo exposto e pastagens).

A metodologia de Stocking consiste em um aparato horizontal (figura 2a) de 2,0 m de

comprimento e 1,5 m de altura do solo. Na parte horizontal do equipamento de campo há 19

orifícios de 9 mm de diâmetro, espaçados 10 cm entre si. Por estes orifícios o operador realiza

visadas de cima para baixo (figura 2b). De acordo com a visualização do operador, da

cobertura presente, pelos orifícios do equipamento registra-se o valor da cobertura vegetal.

Convencionou-se a contagem de 0 para visadas que correspondessem a solo desnudo ou com

restos de vegetação, o valor 0,5 quando a visada foi parcialmente formada por vegetação e o

valor de 1,0 quando se visualizou a própria vegetação (Stocking, 1988). Levando-se em

consideração que a classe arbórea ultrapassa a altura da régua do aparato utilizada para

avaliação, foi colocado um dispositivo espelhado na parte inferior dos orifícios, de maneira a

permitir a visualização de baixo para cima, conforme descrito em Stocking (1988). Nestes

casos, registrou-se o valor 0 quando se visualizou o céu pelo espelho, o valor 0,5 quando a

visada foi parcialmente formada por vegetação aérea e o valor de 1,0 quando se visualizou

somente a vegetação. Após a realização das visadas em campo, determinou-se o índice de

cobertura vegetal em cada ponto por meio da seguinte equação:

100(%) xvisõesdetotal

visõesdenúmeroIC

em que:

IC (%)= índice de cobertura do solo em porcentagem.

Figura 2. Demonstração do aparato vista frontal (a) e visualização de cima (b) para avaliação do índice

de cobertura vegetal conforme Stocking (1988).

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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados do IVDN mostraram que 9% da sub-bacia de Posses é ocupada por

vegetação arbórea (mata nativa e silvicultura), enquanto que 27% de seu entorno é ocupado

pela mesma classe, conforme pode ser observado na Tabela 1 e Figura 3. Apesar da área do

entorno não apresentar grande área ocupada com vegetação arbórea, esse resultado mostra que

a vegetação nativa da sub-bacia das Posses encontra-se bastante alterada quando comparada

com a paisagem do entorno, indicando que o uso do solo na sub-bacia tem reduzido a

cobertura vegetal natural. Isso é comprovado pela alta porcentagem de área da sub-bacia

ocupada por pastagens degradadas ou não degradadas (cerca de 88%), as quais são

representadas principalmente pela pecuária de baixo nível tecnológico, em associação aos

declives acentuados dominantes (relevo ondulado e forte ondulado), favorecendo a redução da

cobertura vegetal proporcionada pela pastagem.

Tabela 1. Distribuição das classes de cobertura do solo obtidas pelo IVDN na sub-bacia

das Posses, Extrema (MG) e na área de entorno obtido pela imagem do satélite Landsat

para o dia 5 de agosto de 2009.

Classe de cobertura do solo Sub-bacia das Posses Área de entorno

ha % ha %

Sem cobertura vegetal 33 2,7 228 4,0

Pastagem degradada 321 26,8 985 17,4

Pastagem não degradada 738 61,5 2.897 51,2

Vegetação arbórea 108 9,0 1.551 27,4

Total 1.200 100,0 5.661 100,0

Figura 3. Mapa de cobertura do solo da sub-bacia das Posses, Extrema (MG),

pontos de coleta de dados e da área de entorno.

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Na sub-bacia das Posses as áreas ocupadas por pastagens degradadas e áreas sem

vegetação ocupam 29,5% da sub-bacia (Tabela 1; Figura 3), caracterizando-se como áreas

críticas em relação à degradação, pois a ausência de vegetação pode aumentar os riscos de

erosão na área, reduzir a capacidade de infiltração de água no solo, por conseguinte, redução

da capacidade do solo em promover a recarga de água nos aquíferos. As perdas de solo ainda

pode causar assoreamento dos mananciais, estes são essenciais ao bom funcionamento do

Sistema Cantareira. A área de entorno, apesar de haver mais áreas desnudas, a porcentagem

de uso do solo com pastagem degradadas é bem inferior ao encontrado na sub-bacia de

estudo.

Os dados obtidos diretamente em campo confirmam a situação da cobertura vegetal na

sub-bacia das Posses obtida por IVDN. Os valores dos índices de cobertura, em porcentagem,

para cada classe de vegetação apresentaram a seguinte variação: i) solo sem cobertura vegetal,

IC de 0 à 5; ii) solo com pastagem degradada, IC de 18 à 26; iii) solo com pastagem não

degradada, IC de 34 a 39 e; solo com cobertura arbórea, IC de 92 à 100. Na Tabela 2 são

apresentados os resultados das classes de vegetação em cada ponto de observação no campo,

pela metodologia de Stocking, e sua respectiva classe de vegetação identificado pelo IVDN.

Tabela 2. Classes de vegetação em cada faixa do índice de cobertura de Stocking e do valor de IVDN.

Stocking IVDN

Sem

cobert.

Past.

degrad.

Past. não

degrad.

Cobertura

arbórea

Sem

cobert.

Past.

degrad.

Past. não

degrad.

Cobertura

arbórea

33 2 31

3 1 2

21 21

6 4 2

Pela Tabela 2 pode-se verifica a acurácia do IVDN com os pontos de checagem no

campo, pelo método de Stocking. Desta maneira observa-se que todos os pontos identificados

no campo como vegetação arbórea caíram dentro da área com os IVDN’s para esta cobertura.

Para os demais usos do solo, esta acurácia foi de 94% para a cobertura com o uso identificado

como pastagem não degradada e de 67% para os usos pastagem degradada e sem cobertura do

solo. Considerando todos os usos, o percentual de acerto foi de 92%.

Em relação aos pontos cobertos por vegetação arbórea verificou-se que esta cobertura

apresenta elevados valores do IC, conforme descrito anteriormente, o que mostra que estas

áreas oferecem uma adequada proteção ao solo. Porém a sub-bacia das Posses, de modo geral,

pode ser caracterizada como bastante degradada, pois dos 63 pontos de checagem no campo,

67% destes locais encontram-se com índices de cobertura do solo inferior a 40%. Em termos

de área pode-se verificar que estes usos, com baixo valor de IC, ocupam 91% da área da sub-

bacia (Tabela 1).

Estudos de erosão conduzidos em diferentes classes de solo sob vegetação de Mata

Atlântica mostraram valores de perdas de solo na ordem de 0,06 Mg ha-1

ano-1

. Já em solo

descoberto o valor médio das perdas de solo foram de 9,48 Mg ha-1

ano-1

(Martins et al.,

2010). Estes resultados reforça a importância da cobertura vegetal na proteção do solo e no

controle da erosão hídrica. Assim, a recuperação das pastagens presentes na sub-bacia das

Posses deverá aumentar a cobertura vegetal do solo e reduzir consideravelmente as perdas de

solo e água nesta região, ocasionando aumento da infiltração de água no solo e posterior

recarga. Além disso, as áreas com pastagens degradadas presentes na sub-bacia das Posses são

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passíveis de recuperação, sem a necessidade de renovação do pasto, pois a distância entre as

plantas das espécies forrageiras é inferior a 2 m (Oliveira e Corsi, 2005).

Pastagens degradadas apresentam rarefação da cobertura do solo, o que pode ser um dos

fatores mais graves no tocante ao impacto ambiental. Conforme Bonato et al. (2007), as

perdas de solos e nutrientes, associadas a menor capacidade de produção de biomassa

condicionam o assoreamento dos mananciais e cursos d’água, dificultando as pastagens

degradadas de manter a conservação do solo e da água. Machado e Vettorazzi (2003) relatam

a forte relação entre o uso do solo e a erosão e produção de sedimento, notadamente para uso

com pastagens.

Do ponto de vista ambiental, a recuperação de pastagens é muito interessante, porque,

entre outras razões, evita o desmatamento de novas áreas para a formação de pastagens,

melhora a conservação do solo, recompõe a fertilidade do solo, aumenta a cobertura do solo,

preserva a matéria orgânica do sistema e aumenta a retenção de água, sendo que estes fatores

são consonantes com a busca da sustentabilidade do ambiente, ou seja, a recuperação da

infraestrutura ambiental mínima para que funções ecológicas possam ser reativadas (Oliveira

e Corsi, 2005).

A área da sub-bacia com solos descoberto foi observado nas classes de solo Argissolo

Vermelho Amarelo e Cambissolo Háplico (Tabela 3). Estes solos estão localizados em relevos

caracterizados como ondulados a forte ondulados. A ocorrência de áreas de pastagens

degradadas também seguiu a mesma tendência, incluindo áreas de solo mais frágeis, como os

Neossolos. A ausência de cobertura vegetal e de pastagens degradadas impacta o ambiente de

maneira que a chuva não é interceptada antes de atingir o solo tendo assim uma maior

desagregação das partículas de solo e, devido ao relevo, a enxurrada atinge velocidade

suficiente para carear estas partículas da superfície do solo. Levando-se em consideração a

velocidade e força com que a água da chuva pode chegar em um solo tendo pouca ou

nenhuma cobertura vegetal, o escoamento superficial nas pastagens degradadas sob Argissolo

Vermelho Amarelo e Cambissolo Háplico é mais favorecido em relação à infiltração de água

no solo. Ressalta-se que áreas de Cambissolo são mais propensas ao selamento superficial,

reduzindo sobremaneira as taxas de infiltração de água no solo (Silva et al., 2005). A

utilização destas ferramentas facilita na tomada de decisão por parte dos produtores e agências

regulatórias em relação à prioridade de implantação de práticas de conservação e de

recuperação do solo.

Tabela 3: Número de observações em cada classe de solo e em seus respectivos valores de IVDN.

Classe de solo

IVDN

Sem

cobertura

Pastagem

degradada

Pastagem não

degradada

Vegetação

arbórea

Argissolo Vermelho

Amarelo 3 3 9 3

Cambissolo Húmico 0 0 6 12

Cambissolo Háplico 2 1 6 3

Neossolo Flúvico 0 1 2 0

Neossolo Litólico 0 1 8 3

Os maiores valores de IVDN foram encontrados em áreas de Cambissolo Húmico, Neossolo Flúvico, Neossolo Litólico, bem como de Argissolo Vermelho Amarelo, indicando as áreas com presença de floresta nativa. Ressalta-se a importância de se preservar estes ambientes nativos, uma vez que estes se encontram, em sua maioria, em solos considerados

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LIMA, G. C.; SILVA, M. L. N.; CURI, N.; SILVA, M. A.; OLIVEIRA, A. H.; AVANZI, J. C.; UMMUS, M. E.

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frágeis ambientalmente. Os resultados obtidos por IVDN foram confirmados com a avaliação em campo, de acordo com a metodologia de Stocking.

4. CONCLUSÕES

A técnica do IVDN permitiu a identificação dos seguintes usos na sub-bacia das

Posses: solo descoberto, pastagem degradada, pastagem não degradada e cobertura arbórea.

Estes usos foram confirmados pela metodologia de Stocking.

A classificação da cobertura vegetal com base no IVDN permitiu localizar na sub-

bacia a distribuição geográfica dos diferentes usos do solo e identificar as áreas críticas em

relação à cobertura vegetal, indicando esforços para recuperação da proteção do solo nas áreas

desnudas e com pastagem degradada, visando a diminuição dos passivos ambientais.

O uso do IVDN para identificação de cobertura vegetal foi validado pela metodogia de

Stocking, apresentando uma acurácia de 92%.

O índice de cobertura do solo, pela metodologia de Stocking, não ultrapassou 40%

para os usos que ocorrem na sub-bacia (91%), excetuando as áreas de vegetação arbórea.

5. AGRADECIMENTOS

À CAPES, FAPEMIG e ao CNPq pela concessão da bolsa aos autores e co-autores deste

trabalho, à FAPEMIG (CAG-APQ-01423-11) e ao CNPq (processo: 471522/2012) pelo

financiamento de parte do projeto e à Prefeitura Municipal de Extrema, Minas Gerais, na

pessoa do secretário de Meio Ambiente, Paulo Henrique Pereira, pelo suporte logístico, e ao

funcionário, Benedito Arlindo Cortes, pelo auxílio nos trabalhos de campo.

6. REFERÊNCIAS

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