Etnografia Virtual

Mestranda: Rebeca [email protected]

Curso de Comunicação DigitalHabilitação Comunicação Digital disciplina Redes Sociais e Comportamento do Consumidor


-‐ método originado pela antropologia para coleta de dados;-‐baseia-‐se no contado do pesquisador com o seu “objeto”;-‐possui uma etapa de observação parEcipante;

Descrição de uma cultura, de um povo!

•Como se comportam?•Como vivem?•O que fazem?•Quais seus rituais?•Quais suas leis?


Argonautas do Pacífico Ocidental é o Ktulo do livro do antropólogo anglo-‐polonês Malinowski (1884-‐1942) considerado a primeira etnografia.

O pesquisador vai até o local de pesquisa e torna-‐se um “membro” da comunidade a qual analisa. Torna-‐se um observador que parEcipa das ações culturais desenvolvidas pelo povo estudado.

“Pesquisar a aldeia NA aldeia...”


•Estudos de tribos indígenas;•Estudo do perfil de alunos de algum curso;•Estudo de uma comunidade religiosa e seus costumes;•Estudo dos valores e costumes de um grupo de jovens skatistas.


Busca invesEgar práEcas sociais

offline online

NetnografiaEtnografia Virtual

-‐Analisa marcadores verbais e não verbais na Internet;-‐Analisa práEcas culturais mediadas pelo computador;-‐Caráter qualitaEvo;-‐Requer a inserção do pesquisador na realidade em análise.

A Internet como artefato cultural e não apenas um meio técnico(Turkle, 1997; Hamman, 1998; Hine, 2000)

Volta-‐se para a compreensão das novas formas de sociabilidade no ciberespaço.

• Surgiu pelo interesse em estudar práEcas sociais e Internet.

As pessoas começaram a criar coisas na Internet, a ter comportamentos que se tornaram caracterísFcos do mundo virtual. Começou a ser desenvolvida uma “nova cultura”!

Não precisa sair de casa;As pessoas criam coisas na Internet;Existência de lugares para a sociabilidade!.


É uma adaptação do método etnográfico – Kozinetz

CrisEne Hine – principal referência


Interações sociais na Internet-‐ Troca de capital social;-‐ Formação de laços sociais;-‐ Formação de comunidades;-‐ Formação de Redes Sociais;-‐ Relacionamentos sociais;-‐ Comportamento social.

Identifica:-Quem são os hubs da rede;-Quem tem maior/menor reputação, popularidade, visibilidade...


•Compreensão da linguagem do grupo;•Saber usar a Internet•A parEcipação no grupo•Observação parEcipante

Em sigilo

Declarada

Não possui “receitas”!!!Permite com que se observe os sujeitos de análise;Permite uma descrição densa dos fenômenos observados;Busca ler o texto e contexto presente na Internet;

Hine (2000) foi uma das primeiras pesquisadoras a uElizar a técnica no ambiente virtual a fim de compreender as comunidades que se formavam no ciberespaço.


Coleta de dados através de:•Entrevistas formais•Entrevistas informais•QuesEonários•Formulários•Observações e anotações

Análise de dados:•A parEr da coleta•Depois da coleta


1. Presença do etnógrafo no campo de pesquisa (Internet);2. Visualização do ciberespaço como campo de pesquisa;3. Considerar as interações como dinâmicas;4. Toda forma de interação é relevante;5. Compreender dinâmica do campo;6. Observar limites entre online e offline (bem como suas conexões);7. Deslocamento do entendimento de tempo e espaço;8. Não é imparcial;9. Precisa-se de tempo e dedicação do pesquisador;10. Necessita da imersão do pesquisador na interação virtual;11. Informantes presentes ou não;12. Divide-se em Análise documental, Observação particiante e

entrevistas.13. É uma etnografia adaptável (ciberespaço).


- Pessoas não treinadas;- É um processo que exige tempo;- Sem parâmetros científicos claros;- Facilmente burlada;- Presença do pesquisador;

1. Análise documental2. Observação Participante3. Entrevistas

a) Entrada cultural; Site/game/rede social/chat


b) Coleta e análise dos dados;

Downloads/cópia arquivos/dia/hora/salvar


Informar da pesquisa/autorização ?

c) ÉEca de Pesquisa;

d) Feedback e checagem de informações com os membros do grupo;

Online/offline – divulgação resultados

ARTIGO Etnografia virtualizada: la observación parEcipante y la entrevista semiestructurada em línea

ENTREVISTAS EM CHATS-‐Divisão em grupos de chats;

1º momento: observação parFcipante•Exploração do local;•Compreensão do sua dinâmica, organização e estrutura;•Diário de campo;•Descrição do local, seus habitantes e interações;

2º momento: entrevistas


ARTIGO Etnografia virtualizada: la observación parEcipante y la entrevista semiestructurada em línea

•Descrição do campo (espaço)

•Descrição das pessoas (habitantes)

Como limitar o espaço virtual?

As relações sociais estariam limitadas neste único lugar?

Com quem eu falo?

Como perceber a hierarquia das relações sociais?

PROBLEMAS:



•Como funciona?•Para que serve?•Quando foi criado?•Há quanto tempo existe?•Histórias sobre.•Quem faz parte?•Quantos fazem parte?•Como está organizado?•Hábitos dos moradores.

Análise documentalColetar dados sobre o ambiente em análise.

Exploração do local e compreensão da dinâmica


•Fazer parte do grupo-‐ Entrar nas normas esEpuladas;-‐ ParEcipar dos “eventos”;-‐ Criar uma IDENTIDADE (nick, avatar, perfil...);-‐ É necessário INTERAGIR;-‐ Formação de laços sociais.


Diário de Campo e descrição do local, seus habitantes e interações

* Anotações (salvar arquivos);* Descrever com detalhes o lugar, as pessoas e como elas interagem tanto entre elas como com o local.

• Construção das perguntas;• “Questões base”;• Parte de uma conversa.

Traz dados que complementam e que não são possíveis de serem

adquiridos apenas pela observação parEcipante.


Interpretação exige conhecimento da forma de linguagem

• O Epo de linguagem é usado para suprir “deficiência” de expressões usicas que contribuem no processo de comunicação.•OEmização do tempo.

:*

Textualidade


• Lag ;• Cair conexão;• Atenção pessoal;• “linguagem cortada”;• Exige paciência ;• Respostas “curtas”;• Respostas adequadas para as perguntas.

Ritmo da conversa

[09:29] 1SER: O que você leva em consideração para adicionar uma pessoas na sua rede social?[09:32] NMarininha: eu vejo se ela é bonita, legal...sei lah...[09:32] NMarininha: vejo se ela eh a fim de fala cmgo e tal :)[09:33] NMarininha: mas se for um mala eu jah bloqueio na h![09:33] 1SER: Você já teve algum amigo virtual que fez questão de conhecer pessoalmente?* NMarininha is offline* NMarinha is online[09:39] NMarininha: ai, caí! Iauhaiuhaiuhaiuha. sorry!


•Pedir dedicação;• Pessoas falam com mais de uma pessoa ao mesmo tempo;• Laços fortes .

-‐Anonimato;-‐Não comparElhar do mesmo espaço usico;-‐Entrevistado no próprio território.

O Contexto

MAIS CONFORTO

dificuldades

vantagens


QUESTÕES

1. A idenFdade do sujeitoSe mostra o que se quer!

VIDA OFFLINE

1. A idenFdade do sujeito

a. É necessário saber com quem se fala “concretamente”?b. Usar fotos?c. Mudar nomes/nicks? d. Pedir autorização?

QUESTÕES

2. IdenFficar-‐se “concretamente” ou não na etnografia virtual?a. Altera a forma dos sujeitos interagirem?b. Observar e interagir sem deixar explícito?c. Somente na entrevista?

QUESTÕES

3. A idenFdade virtual do pesquisadora. Construir uma idenEdade que facilite a interação inicial?b. Desculpa para iniciar uma conversa?

pensar sobre a sua presença!!!Gênero/Tempo/Disponibilidade

QUESTÕES

Não se pode esquecer que, uma vez estabelecido o contato entre pesquisador e sujeitos, estabelece-se também uma relação de poder que vai influenciar os achados da pesquisa.

4. A posição do etnógrafo:a. “Envolver-‐se” mas não envolver-‐se?b. Cuidado para não influenciar?

QUESTÕES


•O ETNÓGRAFO não é um simples voyeur ou um observador desengajado, mas é, em certo senEdo um parEcipante comparElhando algumas das preocupações, emoções e compromissos dos sujeitos pesquisados (HINE, 2000, p.47);

•A ETNOGRAFIA permite compreender melhor as práEcas e interações de sociedades;

•A ENTREVISTA vai trazer dados complementares e que não são possíveis de serem adquiridos apenas pela OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE; -‐ COMPLEMENTAM-‐SE!!!

• Observar o processo de construção idenEtária do etnógrafo.

Mestranda: Rebeca [email protected]


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