0 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PATOLOGIA ORAL NATÁLIA GUIMARÃES BARBOSA ESTUDO CLÍNICO E NÍVEIS DE ANSIEDADE EM UMA SÉRIE DE CASOS DE LÍQUEN PLANO ORAL Natal / RN 2012
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ESTUDO CLÍNICO E NÍVEIS DE ANSIEDADE EM UMA SÉRIE … · 2 Barbosa, Natália Guimarães. Estudo clínico e níveis de ansiedade em uma série de casos de líquen plano oral / Natália
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PATOLOGIA ORAL
NATÁLIA GUIMARÃES BARBOSA
ESTUDO CLÍNICO E NÍVEIS DE ANSIEDADE EM UMA SÉRIE DE CASOS DE
LÍQUEN PLANO ORAL
Natal / RN
2012
1
NATÁLIA GUIMARÃES BARBOSA
ESTUDO CLÍNICO E NÍVEIS DE ANSIEDADE EM UMA SÉRIE DE CASOS DE
LÍQUEN PLANO ORAL
Dissertação apresentada ao Colegiado do Programa de Pós-Graduação em Patologia Oral da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre em Patologia Oral.
Orientadora: Profª. Drª. Ana Miryam Costa de Medeiros
Natal / RN
2012
2
Barbosa, Natália Guimarães. Estudo clínico e níveis de ansiedade em uma série de casos de líquen plano oral / Natália Guimarães Barbosa. – Natal, RN, 2011.
94 f. : il.
Orientadora: Profª. Drª. Ana Miryam Costa de Medeiros. Dissertação (Mestrado em Patologia Oral) – Universidade Federal do Rio
Grande do Norte. Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Patologia Oral.
1. Líquen Plano Oral – Dissertação. 2. Diabetes Melitus – Dissertação. 3. Hipertensão Arterial – Dissertação. 4. Ansiedade – Dissertação. I. Medeiros, Ana Miryam Costa de. II. Título.
RN/UF/BSO Black D65
Catalogação na Fonte. UFRN/ Departamento de Odontologia
Biblioteca Setorial de Odontologia “Profº Alberto Moreira Campos”.
3
4
“Os sonhos devem ser ditos para começar a se realizarem. E como todo projeto, precisam
de uma estratégia para serem alcançados. O adiamento destes sonhos desaparecerá com o
primeiro movimento”.
(Paulo Freire)
DedicatóriaDedicatóriaDedicatóriaDedicatória
5
A Deus, porque “tudo foi feito por ele, e sem ele nada foi feito”
João 1,3
Aos meus pais, Marcos e Vânia,
As minhas irmãs, Renata e Laíssa,
E à tia Lélia e vó Joana,
Pelo amor incondicional destinado a mim, e pelo apoio e incentivo nos momentos de
dificuldades...
...dedico.
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“A natureza nos uniu em uma imensa família, e devemos viver nossas vidas unidos, ajudando
À minha orientadora Profª Drª Ana Miryam Costa de Medeiros, pela sua dedicação
na elaboração deste estudo, mostrando-se sempre disponível às dúvidas e esclarecimentos.
Obrigada pela orientação com tamanha humildade, me deixando à vontade para que eu
pudesse expressar minhas opiniões e escutando tudo sempre com respeito e atenção. Sou grata
também pela sua compreensão e paciência diárias, entendendo sempre com serenidade que,
como qualquer ser humano, tenho minhas limitações. Levarei comigo todos os seus
ensinamentos, os quais contribuíram grandemente para minha formação, tanto científica como
humana.
Aos professores do Programa de Pós-Graduação em Patologia Oral, Dr. Leão Pereira
Pinto, Drª Lélia Batista de Souza, Drª Roseana de Almeida Freitas, Drª Lélia Maria
Guedes Queiroz, Drª Hébel Cavalcanti Galvão, Dr. Antonio de Lisboa Lopes Costa, Drª
Márcia Cristina da Costa Miguel, Dr. Manuel Antonio Gordón Nuñez, e especialmente à
Drª Éricka Janine Dantas da Silveira, pelas sugestões, conselhos e entusiasmo
demonstrados em relação a este e outros trabalhos realizados, que me contagiaram e me
ajudaram a perseverar no caminho escolhido.
Ao Profº Dr. Kênio Costa Lima, pela ajuda inicial importantíssima no delineamento
deste estudo e pelos conhecimentos de bioestatística transmitidos, sem os quais este estudo
não teria se concretizado. À Profª Drª Patrícia Teixeira de Oliveira, pela prestatividade nos
momentos que precisei de seu auxílio durante todas as fases de elaboração desta pesquisa,
inclusive por suas sugestões na qualificação e em sua redação final. À Profª Drª Maria Sueli
Marques Soares e Profº Dr. Lino João da Costa, pelo excelente acolhimento na Clínica de
Estomatologia da UFPB e colaboração quando permitiram que eu tivesse acesso a seus
pacientes.
À Barbara Monteiro e Stefânia Jerônimo, pelo companheirismo no dia-a-dia,
momentos de alegria e descontração, e também pelos de discussão e desabafo, tão comuns
entre pessoas que se respeitam e se importam verdadeiramente umas com as outras. Vou ser
eternamente grata pela amizade de vocês!
Aos amigos que conquistei no mestrado, Ana Luiza, Clarissa, Denise, Dmitry,
Edilmar, Lucinha, Pedro Carlos e Rose, por me proporcionar o convívio com pessoas
8
muito especiais, que me ensinaram que a união deve sempre prevalecer sobre a competição e
o individualismo.
À Emeline Lima, pela ajuda constante em todo o processo de elaboração deste estudo
e por ter me recebido tão bem como sua “irmãzinha”. Sua humildade e generosidade
contagiam todos que estão a sua volta e nos faz querer ser pessoas melhores.
Aos colegas de doutorado, Águida, Adriana, Alessandra, Ana Rafaela, Cyntia,
Emília, Felipe, Joabe, Keila, Maiara, Nazareno, Pedro Paulo e Rodrigo, pela atenção
dada, conhecimentos compartilhados e momentos de descontração.
Aos funcionários Canindé, Gracinha, Idelzuite, Hévio, Lourdinha, Ricardo e
Sandrinha, e especialmente Patrícia, por toda ajuda prestada.
Aos pacientes participantes deste estudo, porque sem sua colaboração e interesse,
nada poderia ter sido realizado.
À CAPES, pelo incentivo financeiro, que meu permitiu dedicação integral ao curso de
mestrado.
"É graça divina começar bem. Graça maior persistir na caminhada certa. Mas graça das
graças é não desistir nunca".
(Dom Hélder Câmara)
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ResumoResumoResumoResumo
10
RESUMO
O Líquen Plano Oral (LPO) é uma doença inflamatória crônica relativamente comum. Sua etiopatogenia não está completamente esclarecida e diversos fatores foram propostos na tentativa de explicar o surgimento, variedade de aspectos clínicos e os períodos de remissão e exacerbação dos sintomas das lesões. O objetivo deste trabalho foi estudar a presença de fatores locais, alterações sistêmicas e níveis de ansiedade em pacientes com LPO, investigando sua associação com as características clínicas das lesões. A amostra foi constituída por 37 pacientes com LPO confirmado histopatologicamente, os quais foram submetidos a exame clínico para avaliar a presença do tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas, diabetes mellitus, hipertensão arterial e infecção pelo vírus da hepatite C (HCV). A existência de lesões cutâneas, bem como o tempo de evolução, padrão clínico, sintomatologia, quantidade e localização das lesões orais também foram registradas. O traço ansioso foi mensurado através do Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE) de Spielberger, e para associar as variáveis, foram utilizados o teste qui-quadrado de Pearson ou o teste exato de Fisher. Observou-se que o gênero feminino foi o mais afetado (75%) e a média de idade dos pacientes foi 53,3 anos. A maioria dos casos eram não-fumantes (97,3%) e nenhum era etilista. A diabetes mellitus e a hipertensão arterial estiveram presentes em 10,8% e 16,2% da amostra, respectivamente e apenas um paciente era HCV-soropositivo (2,7%). Níveis moderados de ansiedade foram vistos na maioria dos casos (78,4%) e 21,6% tinham níveis elevados. As lesões orais persistiram em 95% da amostra por período de 6 meses a 13 anos. A forma erosiva foi a mais prevalente (57,1%) e os sintomas foram relatados por 45,7% dos casos. Lesões múltiplas foram freqüentes (60%), surgindo principalmente na mucosa jugal, seguida da gengiva e língua. Não houve associação estatisticamente significativa da presença de diabetes mellitus, hipertensão arterial e os níveis de ansiedade com a forma clínica e a sintomatologia das lesões (p>0.005), apesar da tendência dos pacientes hipertensos a apresentar lesões erosivas. Concluiu-se que, na amostra estudada, níveis moderados de ansiedade foram frequentemente observados, e a infecção pelo HCV aparentemente não está relacionada ao surgimento do LPO. Neste estudo, a presença da diabetes mellitus, hipertensão arterial e os níveis de ansiedade parecem não estar associados às características clínicas das lesões de LPO.
Palavras-chave: líquen plano oral; diabetes mellitus; hipertensão; hepatite C; ansiedade.
11
AbstractAbstractAbstractAbstract
12
ABSTRACT
Oral Lichen Planus (OLP) is a relatively common, cronic inflammatory disease. Its etiopathogenesis is no completely understood and several factors have proposed in attempt to explain the appearance, variety of clinical manifestations and periods of exacerbation and remission of the symptons of the lesions. The objective of the present study was to assess the presence of local factors, systemic diseases and levels of anxiety in patients with OLP, investigating their association with the clinical characteristics of the lesions. The sample consisted of 37 patients with histopathologically confirmed OLP that were submitted to a clinical exam to evaluate the presence of smoking habits, consumption of alcoholic beverages, diabetes mellitus, hypertension and hepatitis C virus (HCV) infection. The existence of skin lesions, as well as the time course, clinical form, symptomatology, number and location of the oral lesions were also registered. The trait anxiety was measured by Spielberger’s Stai-Trait Anxiety Inventory (STAI), and to associate the variables we used the chi-square or Fisher’s exact test. It was observed that females were the most affected (75%) and the mean age of the patients was 53,3 years. Most cases were non-smoker (97,3%) and none was drinker. Diabetes mellitus and hypertension were present in 10,8% e 16,2% of the sample, respectively and only one patient was HCV-seropositive (2,7%). Moderate levels of anxiety were seen in most cases (78,4%) and 21,6% had elevated levels. The oral lesions persisted in 95% of the cases for a period of 6 months to 13 years. The erosive form was the most prevalent (57,1%) and symptons were reported by 45,7% of the patients. Multiple lesions were frequent (60%), affecting mainly the buccal mucosa, followed by gums e tongue. There was no significant association of the presence of diabetes mellitus, hypertension and levels of anxiety with the clinical form or symptomatology of the oral lesions (p>0,005), despite a trend in patients with hypertension to have erosive lesions. It was concluded that, in the sample studied, moderate levels of anxiety were commonly observed, and the HCV infection apparently is not related to the onset of the OLP. In this study, the presence of diabetes mellitus, hypertension and levels of anxiety seem not to be associated with the clinical characteristics of the lesions of OLP. Key-words: lichen planus, oral; diabetes mellitus; hypertension; hepatitis C; anxiety.
13
Lista de IlustraçõesLista de IlustraçõesLista de IlustraçõesLista de Ilustrações
14
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Gráfico 1. Distribuição relativa e absoluta da presença de lesões de líquen
plano cutâneo nos pacientes da amostra. Natal/RN, 2012..............
50
Gráfico 2. Distribuição relativa e absoluta da presença de lesões de líquen
plano oral nos pacientes da amostra. Natal/RN, 2012.................... 51
Gráfico 3. Distribuição relativa e absoluta da forma clínica das lesões de
líquen plano oral nos pacientes da amostra. Natal/RN, 2012......... 52
Gráfico 4. Distribuição relativa e absoluta do uso de corticóides para o
tratamento das lesões de líquen plano oral nos pacientes da
1. Distribuição relativa e absoluta da presençe líquen plano cutâneo nos pacientes da amoN, 2012.
50
gênero e faixa etária dos
TOTAL
N %
3
9
15
7
3
8,1
24,3
40,5
18,9
8,1
37 100,0
odermas, 35,1% (n=13)
ões de LP em pele foi
LESÕES DE LÍQUEN
esente
sente
nça de mostra.
Ao avaliar a persistê
da amostra (n=2) (Gráfico
paciente conviveu com as
clínico variou de 6 meses a
pacientes (80,0%; n=28) tiv
Tabela 3. Distribuição absplano oral nos pacientes da
Tempo de diagnóstico (t)
t ≤ 5 anos
5 < t < 10 anos
t ≥ 10 anos
TOTAL
Fonte: Programa de Pós-Graduaç
Em relação à forma
2, 4 e 6) em relação às reticu
Gráfico 2lesões de Natal/RN,
istência das lesões de LPO, observou-se remis
co 2). O tempo de diagnóstico do LPO, ou s
as lesões desde o dia de seu diagnóstico até o
s a 13 anos com média e desvio-padrão de 3,47±
tiveram o LPO por 6 meses a 5 anos (Tabela 5).
absoluta e relativa do tempo de diagnóstico cada amostra. Natal/RN, 2012. (t) N
28
4
3
35
uação em Patologia Oral/UFRN.
a clínica, observou-se maior número de lesõe
ticulares (Figuras 3 e 5) (Gráfico 3).
95%(n=35)
5%(n=2)
Presença da lesão
S
N
2. Distribuição relativa e absoluta da presençde líquen plano oral nos pacientes da amoN, 2012.
51
issão em 5% dos casos
u seja, o período que o
é o momento do exame
47±3,44, e a maioria dos
5).
categorizado de líquen
%
80,0
11,4
8,6
100,0
sões erosivas (Figuras 1,
Sim
Não
nça de mostra.
O gênero e faixa et
associados ao tipo de LPO
estava presente no gênero m
se no gênero feminino. Es
verificou-se que aqueles co
erosivas, enquanto que o
porcentagem de lesões retic
Quanto à presença de sinto
formas clínicas do LPO, ape
4
Gráfico 3das lesõesNatal/RN,
etária dos pacientes, bem como a sintomatolo
PO (Tabela 7). Foi observado que a maioria
o masculino, enquanto que a maioria das lesões
Este resultado foi estatisticamente significati
com mais de 50 anos de idade tinham maior p
os com faixa etária inferior a 50 anos
eticulares, porém não foi encontrada diferença
intomatologia, não houve diferença significativ
apesar do maior número de lesões erosivas dent
57%(n=20)
43%(n=15)
Forma clínica da lesão
Erosiv
Reticu
3. Distribuição relativa e absoluta da forma clíes de líquen plano oral nos pacientes da amoN, 2012.
52
tologia das lesões foram
ia das lesões reticulares
es erosivas apresentava-
ativo (p=0.027). Ainda,
r porcentagem de lesões
s apresentavam maior
ça estatística (p=0.266).
ativa (p=0.557) entre as
entre as sintomáticas.
siva
icular
clínica mostra.
53
Tabela 4. Distribuição absoluta e relativa e significância estatística do gênero, faixa etária e sintomatologia das lesões de líquen plano oral em relação ao seu padrão clínico. Natal/RN, 2012.
Variável
Padrão clínico do LPO
TOTAL
n(%)
p Erosivo
n(%)
Reticular
n(%)
Gênero Feminino
Masculino
TOTAL
19(67,9)
1(14,3)
20(57,1)
9(32,1)
6(85,7)
15(42,9)
28(100)
7(100)
35(100)
<0.027¹*
Idade
≥ 50 anos
< 50 anos
TOTAL
16(64,0)
4(40,0)
20(57,1)
9(36,0)
6(60,0)
15(42,9)
25(100)
10(100)
35(100)
0.266¹
Sintomatologia
Ausente
Presente
TOTAL
10(52,6)
10(62,5)
20(57,1)
9(47,4)
6(37,5)
15(42,9)
19(100,0)
16(100,0)
35(100,0)
0.557²
Fonte: Programa de Pós-Graduação em Patologia Oral/UFRN. 1: Teste Qui-quadrado de Pearson 2: Teste Exato de Fisher *: diferença significante a 5,0%.
Quanto à localização das lesões, a mucosa jugal foi a região mais acometida por
ambas a formas clínicas. A gengiva foi a segunda localidade mais atingida, seguida da língua,
mucosa labial e palato. Todas as lesões em mucosa labial e palato foram do tipo erosivo
(Tabela 8).
54
Tabela 5. Distribuição absoluta e relativa da localização das lesões de líquen plano oral de acordo com o seu padrão clínico. Natal/RN, 2012.
Localização
Padrão clínico TOTAL (n=35)
Erosivo (n=20) Reticular (n=15)
n %* n %* N %
Mucosa jugal
Gengiva
Língua
Mucosa labial
Palato
16
13
7
7
5
80,0
65,0
35,0
35,0
25,0
13
3
3
0
0
86,7
20,0
20,0
0,0
0,0
29
16
10
7
5
82,9
45,7
28,6
20,0
14,3
Fonte: Programa de Pós-Graduação em Patologia Oral/UFRN. *porcentagem do subgrupo
A maioria dos pacientes apresentava lesões em mais de uma localidade (60%; n=21).
A maior parte dos pacientes com lesões múltiplas tinham lesões erosivas, ao passo que a
maioria daqueles com lesões isoladas apresentavam lesões reticulares. Esta diferença foi
estatisticamente significativa (Tabela 9).
Tabela 6. Distribuição absoluta e relativa e significância estatística da quantidade de lesões de líquen plano oral em relação ao seu padrão clínico. Natal/RN, 2012.
Quantidade de lesões
Padrão clínico do LPO
TOTAL
n(%)
p¹
Erosivo
n(%)
Reticular
n(%)
Únicas
Múltiplas
4(28,6)
16(76,2)
10(71,4)
5(23,8)
14(100,0)
21(100,0) <0.005*
TOTAL 20 (57,1) 15 (42,9) 35(100,0)
Fonte: Programa de Pós-Graduação em Patologia Oral/UFRN. 1: Teste Qui-quadrado de Pearson. *: diferença significante a 5,0%.
Considerando apenas os pacientes com lesões únicas (40%; n=14), a mucosa jugal foi
a região mais acometida por ambas as formas clínicas. A língua foi a segunda localidade mais
atingida, seguida da gengiva. Lesões isoladas não foram observadas em mucosa labial e palato
(Tabela 10).
Tabela 7. Distribuição absooral de acordo com o seu pa
Localização
Mucosa jugal
Gengiva
Língua
Mucosa labial
Palato
TOTAL
Fonte: Programa de Pós-Graduaç
Em relação ao u
aproximadamente metade d
(Gráfico 3); destes, apenas 2
Gráfico 4corticóideoral nos pa
bsoluta e relativa da localização das lesões iso padrão clínico. Natal/RN, 2012.
Padrão clínico
Erosivo Reticular
N % n %
3
1
0
0
0
75,0
25,0
0,0
0,0
0,0
8
0
2
0
0
80,0
0,0
20,0
0,0
0,0
4 100,0 10 100,0
uação em Patologia Oral/UFRN.
uso de corticóides para o tratamento d
e dos pacientes (49%; n=18) afirmaram o uso
as 2 relataram a necessidade do uso de corticóid
51%(n=19)49%(n=18)
Tratamento com Corticóides
N
S
o 4. Distribuição relativa e absoluta do usoides para o tratamento das lesões de líquen ps pacientes da amostra. Natal/RN, 2012.
55
isoladas de líquen plano
TOTAL
N %
11
1
2
0
0
78,6
7,1
14,3
0,0
0,0
14 100,0
das lesões de LPO,
so destes medicamentos
óides sistêmicos.
Não
Sim
uso de n plano
56
5.2 PRESENÇA DE IRRITANTES LOCAIS, ALTERAÇÕES SISTÊMICAS E NÍVEIS DE
ANSIEDADE
Com relação ao uso do tabaco e consumo de bebidas alcoólicas, observou-se apenas
um paciente tabagista e nenhum etilista. Na amostra estudada, 10,8% e 16,2% dos pacientes
apresentavam DM e hipertensão arterial, respectivamente. Dentre os pacientes avaliados,
observou-se apenas um exame anti-HCV reativo (Tabela 3).
Tabela 8. Distribuição absoluta e relativa da presença de diabetes mellitus, hipertensão arterial, tabagismo, etilismo e do resultado do exame anti-HCV de acordo com o gênero dos pacientes. Natal/RN, 2012.
Variável
Gênero TOTAL
Feminino Masculino
n % n % n %
Tabagismo
Sim
Não
1
27
3,6
96,4
0
9
0,0
100,0
1
36
2,7
97,3
Etilismo
Sim
Não
0
28
0,0
100,0
0
9
0,0
100,0
0
37
0
100,0
Diabetes mellitus
Sim
Não
2
26
7,1
92,9
2
7
22,2
77,8
4
33
10,8
89,2
Hipertensão arterial
Sim
Não
5
23
17,9
82,1
1
8
11,1
88,9
6
31
16,2
83,8
Anti-HCV
Reativo
Não-reativo
0
28
0,0
100,0
1
8
11,1
88,9
1
36
2,7
97,3
TOTAL 28 100,0 9 100,0 37 100,0
Fonte: Programa de Pós-Graduação em Patologia Oral/UFRN.
57
A aplicação do IDATE evidenciou nível moderado de ansiedade em 78,4% (n=29) dos
pacientes e nível elevado em 21,6% (n=8), enquanto que nenhum dos casos apresentou
ansiedade leve. Ao observar os níveis de ansiedade dos gêneros feminino e masculino
individualmente, não foi observada diferença estatisticamente significativa (p=0.649) (Tabela
4).
Tabela 9. Distribuição absoluta e relativa e significância estatística dos níveis de ansiedade em relação ao gênero dos pacientes. Natal/RN, 2012.
Nível de ansiedade
Gênero
TOTAL
n(%)
p¹
Feminino
n(%)
Masculino
n(%)
Moderado
Elevado
21(72,4)
7(87,5)
8(27,6)
1(12,5)
29(100,0)
8(100,0) 0.649
TOTAL 28(75,7) 9(24,3) 37(100,0)
Fonte: Programa de Pós-Graduação em Patologia Oral/UFRN. 1: Teste Exato de Fisher.
5.4 ASSOCIAÇÃO DA DIABETES MELLITUS, HIPERTENSÃO ARTERIAL E NÍVEL
DE ANSIEDADE COM O PADRÃO CLÍNICO DAS LESÕES DE LÍQUEN PLANO ORAL
Ao associar a presença de DM com o tipo de LPO, houve distribuição equilibrada de
diabéticos entre as duas formas clínicas, não sendo observada diferença estatisticamente
significativa (p=1.000). Em relação à hipertensão arterial, todos os hipertensos possuíam
lesões erosivas (Tabela 11).
58
Tabela 10. Distribuição absoluta e relativa e significância estatística da presença de diabetes mellitus e hipertensão arterial em relação ao padrão clínico do líquen plano oral. Natal/RN, 2012.
Variável
Padrão clínico do LPO
TOTAL
n(%)
p¹ Reticular
n(%)
Erosivo
n(%)
Diabetes
mellitus
Não
Sim
TOTAL
13(41,9)
2(50,0)
15(42,9)
18(58,1)
2(50,0)
20(57,1)
31(100)
4(100)
35(100)
1.000
Hipertensão
arterial
Não
Sim
TOTAL
15(50,0)
0(0,0)
15(42,9)
15(50,0)
5(100)
20(57,1)
30(100)
5(100)
35(100)
0.057
Fonte: Programa de Pós-Graduação em Patologia Oral/UFRN. 1: Teste Exato de Fisher.
Quanto ao nível de ansiedade dos pacientes da amostra (Tabela 12) em relação ao
padrão clínico do LPO, observou-se que a maioria dos pacientes com ansiedade moderada
apresentava lesões erosivas, ao passo que a maior parte dos pacientes com nível elevado de
ansiedade apresentava lesões reticulares, porém, esta associação não foi estatisticamente
significativa (p=0.246).
Tabela 11. Distribuição absoluta e relativa e significância estatística dos níveis de ansiedade em relação ao padrão clínico do líquen plano oral. Natal/RN, 2012.
Nível de ansiedade Padrão clínico do LPO
TOTAL
n(%)
p¹ Reticular
n(%)
Erosivo
n(%)
Moderado
Elevado
10(37,0)
5(62,5)
17(63,0)
3(37,5)
27(100,0)
8(100,0) 0.246
TOTAL 15(42,9) 20(57,1) 35(100,0)
Fonte: Programa de Pós-Graduação em Patologia Oral/UFRN. 1: Teste Exato de Fisher.
59
5.4 ASSOCIAÇÃO DA DIABETES MELLITUS, HIPERTENSÃO ARTERIAL E NÍVEL
DE ANSIEDADE COM A SINTOMATOLOGIA DAS LESÕES DE LÍQUEN PLANO
ORAL
Não houve associação estatisticamente significativa entre a presença de DM,
hipertensão arterial (Tabela 13) e níveis de ansiedade (Tabela 14) com a sintomatologia das
lesões de LPO (p=1.000).
Tabela 12. Distribuição absoluta e relativa e significância estatística da presença de diabetes mellitus e hipertensão arterial em relação à sintomatologia das lesões de líquen plano oral. Natal/RN, 2012.
Variável
Sintomatologia
TOTAL
n(%)
p¹ Ausente
n(%)
Presente
n(%)
Diabetes
mellitus
Não
Sim
TOTAL
17(54,8)
2(50,0)
19(54,3)
14(45,2)
2(50,0)
16(45,7)
31(100)
4(100)
35(100)
1.000
Hipertensão
arterial
Não
Sim
TOTAL
16(53,3)
3(60,0)
19(54,3)
14(46,7)
2(40,0)
16(45,7)
30(100)
5(100)
35(100)
1.000
Fonte: Programa de Pós-Graduação em Patologia Oral/UFRN. 1: Teste Exato de Fisher.
Tabela 13. Distribuição absoluta e relativa e significância estatística dos níveis de ansiedade dos em relação à sintomatologia das lesões de líquen plano oral. Natal/RN, 2012.
Nível de ansiedade
Sintomatologia
TOTAL
n(%)
p¹ Ausente
n(%)
Presente
n(%)
Moderado
Elevado
15(55,6)
4(50,0)
12(44,4)
4(50,0)
27(100,0)
8(100,0) 1.000
TOTAL 19(54,3) 16(45,7) 35(100,0)
Fonte: Programa de Pós-Graduação em Patologia Oral/UFRN. 1: Teste Exato de Fisher.
60
Figura 1. Lesão de Líquen Plano Oral com regiões do tipo erosivo intercaladas com áreas reticulares localizada em região dorsal de língua de paciente do gênero feminino.
Figura 2. Lesão de Líquen Plano Oral do tipo erosivo localizada em gengiva de paciente do gênero masculino.
61
Figura 3. Lesão de Líquen Plano Oral do tipo reticular localizada em mucosa jugal esquerda de paciente do gênero masculino
Figura 4. Lesão de Líquen Plano Oral do tipo erosivo localizada em gengiva inserida inferior associada à lesão do tipo reticular localizada em região de vestíbulo inferior de paciente do gênero masculino.
62
Figura 5. Lesão de Líquen Plano Oral do tipo reticular localizada em mucosa jugal direita de paciente do gênero masculino.
Figura 6. Lesão de Líquen Plano Oral do tipo erosivo localizada em borda esquerda de língua em paciente do gênero feminino.
63
DDDDiscussãoiscussãoiscussãoiscussão
64
6 DISCUSSÃO
O LPO é uma doença com etiopatogenia e curso clínico pouco compreendidos.
Usualmente afeta o gênero feminino mais do que o dobro em relação ao masculino (ALVES
et al., 2010; CARBONE et al., 2009; CASTELLS et al., 2010; EISEN, 2002; FENOLL et al.,
2010; INGAFOU et al., 2006; PAKFRETAT et al., 2009; XUE et al., 2005), e a maioria dos
pacientes acometidos encontra-se na quinta e sexta décadas de vida, com média de idade que
varia de 41,6 a 59,0 anos (CASTELLS et al., 2010; FENOLL et al., 2010; PAKFRETAT et
al., 2009; INGAFOU et al., 2006): 49,0 a 61,4 anos para as mulheres e 47,0 a 58,3 para os
homens (ALVES et al., 2010; CARBONE et al., 2009; EISEN, 2002; INGAFOU et al., 2006;
XUE et al., 2005).
Neste estudo, as características clínico-demográficas dos pacientes com LPO
participantes deste estudo foram similares às relatadas na literatura. Nossa amostra foi
constituída principalmente por mulheres, numa proporção de aproximadamente 3:1 em
relação aos homens. A maioria dos pacientes (64,8%) encontrava-se na quinta e sexta décadas
de vida, e a média de idade foi de 53,3 anos: 55,4 para o gênero feminino e 47,7 para o
masculino. Este último resultado confirma o desenvolvimento da doença mais precocemente
no gênero masculino em relação ao feminino, como foi visto por Carbone et al. (2009), Eisen
(2002) e Ingafou et al. (2006).
Os pacientes com LPO podem desenvolver lesões que afetam a pele, os anexos
cutâneos ou outras mucosas (SCULLY; CARROZZO, 2008). As lesões em pele são vistas
principalmente nas superfícies flexoras dos antebraços e caracterizam-se por pápulas
pruríticas poligonais achatadas, com coloração eritematosa a violácea, que apresentam linhas
brancas finas e entrelaçadas (estrias de Wickham) em sua superfície (EISEN, 1999). Neste
estudo observou-se lesões cutâneas em 19% da amostra, freqüência superior à encontrada por
Castells et al. (2010) (6,2%) e Fenoll et al. (2010) (2,5%), mas semelhante à vista por Ingafou
et al. (2006) (12,6%), Pakfretat et al. (2009) (15,5%) e Xue et al. (2005) (11,4%). Logo,
aparentemente, as manifestações extra-orais do LPO, em particular na pele, não são tão
incomuns.
O LPO é uma entidade de natureza crônica e persistente, e sua remissão completa é
rara. Bidarra et al. (2008) observaram que a maioria dos pacientes da sua amostra conviveram
com os sinais e sintomas do LPO por período que variou de 1 a 10 anos, e 14% e 8% tiveram
a doença por mais de 11 e 15 anos, respectivamente. No presente estudo, os pacientes
65
conviveram com as lesões de LPO por 6 meses a 13 anos, e 11,4 e 8,6% por mais de 5 e 10
anos, respectivamente. Portanto, tanto o estudo anterior como este ratificam a cronicidade e
persistência do LPO. Em relação à raridade de remissão do LPO, Carbone et al. (2009)
confirmaram tal característica ao observar que ínfima porcentagem de seus pacientes (2,47%;
n=20) apresentaram cura completa de suas lesões. No presente estudo, houve remissão em 5%
(n=2) dos casos.
O LPO possui ampla variedade de aspectos clínicos e são descritos na literatura seis
diferentes padrões: reticular, erosivo, atrófico, placa, papular e bolhoso (MOLLAOGLU,
2000; SCULLY; CARROZZO, 2008). De acordo com Neville et al. (2009), existem duas
formas clínicas principais de LPO: a reticular e a erosiva. No tipo reticular estão incluídas as
lesões brancas, usualmente assintomáticas, na forma de placas, pápulas ou estrias finas
entrelaçadas, e o tipo erosivo abrange as lesões eritematosas e/ou ulceradas frequentemente
associadas à dor e/ou ardor. Grande parte dos estudos (ALVES et al., 2010; CARBONE et al.,
2009; CASTELLS et al., 2010; FENOLL et al., 2010), inclusive este, utilizou esta última
classificação para as lesões de LPO, para facilitar a coleta de dados e a análise estatística.
Semelhante ao indicado por Carrozzo e Thorpe (2009) e realizado por Carbone et al. (2009),
quando nossos pacientes apresentavam mais de uma forma clínica de lesão, tanto reticular
como erosiva, a forma mais severa da doença (erosiva) foi utilizada para classificar as lesões.
Na maioria dos estudos, as lesões reticulares são mais frequentes do que as erosivas.
Alves et al. (2010) observaram a forma reticular em 81,8% dos pacientes de sua amostra.
Carbone et al. (2009) e Castells et al. (2010) também encontraram maior prevalência de lesões
reticulares, 58,9 e 66%, respectivamente. Já Fenoll et al. (2010) constataram predominância
da forma erosiva (64,2%), semelhante ao observado no presente estudo, no qual as lesões
erosivas foram mais frequentes (57,1%) em relação às reticulares (42,9%). Acreditamos que a
maior porcentagem de lesões erosivas vista neste e em alguns estudos seja atribuída ao fato de
que os pacientes com lesões reticulares tendem a não procurar o cirurgião-dentista, já que a
maioria permanece assintomática e são diagnosticadas em exame clínico oral de rotina. Em
contraste, pacientes com lesões erosivas tendem a procurar ajuda profissional por causa da dor
ou ardor frequentemente associadas a esta forma clínica. Ainda, o uso da classificação
sugerida por Carrozzo e Thorpe (2009) em também pode ter contribuído para a maior
frequencia de lesões erosivas em nosso estudo.
Em estudo realizado por Xue et al. (2005), o gênero dos pacientes foi associado ao
padrão clínico das lesões de LPO, observando que o gênero feminino apresentava quantidade
significativamente maior de lesões reticulares do que erosivas, resultado contrário ao do
66
estudo em questão, o qual constatou que a maioria das lesões erosivas apresentavam-se no
gênero feminino (67,9%), enquanto que as reticulares foram mais freqüentes no masculino
(85,7%), sendo esta diferença estatisticamente significativa (p=0.027).
Xue et al. (2005) correlacionaram a idade dos pacientes com as formas clínicas do LPO
e observaram que as formas erosivas foram mais prevalentes em pacientes com mais de 60
anos de idade. Chainani-Wu et al. (2001) viram que a média de idade dos pacientes com
lesões erosivas foi de 57 anos, contrastando com 51,3 anos para aqueles com lesões
reticulares. Similarmente, Fenoll et al. (2009) observaram idade média de 58,33 e 52,64 anos
para os pacientes com as forma erosiva e reticular, respectivamente, sendo esta diferença
estatisticamente significativa. Neste estudo, associamos a faixa etária com o padrão clínico
das lesões e constatamos maior porcentagem de lesões erosivas (64%) nos pacientes acima de
50 anos de idade, ao passo que naqueles com menos de 50 anos de idade foi detectada uma
maior quantidade de lesões reticulares (60%).
Os sintomas do LPO podem variar de acordo com o tipo clínico e dependem da
severidade das lesões. Como foi dito, a forma reticular é usualmente assintomática, enquanto
que a erosiva geralmente causa sintomas (CARBONE et al., 2009; XUE et al., 2005),
particularmente dor e prurido, dependendo da extensão e natureza agressiva das lesões
(FENOLL et al., 2009). Eisen (2002) encontrou sintomas na maioria de seus pacientes e em
todos que apresentavam lesões erosivas. Alves et al. (2010) observaram sintomatologia
dolorosa em 42,27% dos casos; destes, 76,08% tinham a forma erosiva do LPO. No estudo
em questão, a presença de sintomatologia foi relatada por 45,7% dos pacientes; destes, a
maioria (62,5%) apresentavam lesões erosivas.
Alves et al. (2010) observaram em seu estudo que a maioria dos pacientes com LPO
apresentava lesões múltiplas. A mucosa jugal foi a região da cavidade oral mais afetada,
seguida da língua e gengiva, sendo as lesões em mucosa labial e palato menos frequentes.
Outros autores também encontraram dados semelhantes (CARBONE et al., 2009;
CASTELLS et al., 2010; EISEN, 2002; INGAFOU et al., 2006; PAKFRETAT et al., 2009).
Os resultados deste estudo concordam em grande parte com os citados, diferindo apenas na
segunda localização mais comum, que foi a gengiva, seguida da língua, o que também foi
constatado por Fenoll et al. (2010). Como dito, o envolvimento gengival no LPO é
frequentemente observado, caracterizando a gengivite descamativa, a qual também é
observada no pênfigo vulgar e no penfigóide das membranas mucosas, fato que pode levar a
erros de diagnóstico (MIGNONA; LO RUSSO; FEDELE, 2005). O acometimento da gengiva
foi observado em 45,7% dos nossos pacientes e, ao contrário do observado por Alonso, Jornet
67
e Fenoll (2007), as lesões erosivas foram mais frequentes nesta região. Outro resultado
interessante do presente estudo foi que os pacientes com lesões isoladas apresentaram maior
número de lesões reticulares, enquanto que aqueles com lesões múltiplas tinham mais lesões
erosivas, sendo esta diferença estatisticamente significativa (p=0.005). Observações similares
foram relatadas por Seoane et al. (2004) e Xue et al. (2005).
As lesões erosivas tendem a ter um curso clínico mais grave do que as reticulares.
Segundo Redahan et al. (2005), as lesões erosivas apresentam exacerbações frequentes e
imprevisíveis, e dificilmente exibem remissões. Brant, Vasconcelos e Rodrigues (2008)
afirmam que a forma erosiva do LPO corresponde a uma fase mais destrutiva e avançada da
doença em comparação com a forma reticular, e certas características histopatológicas como
maior intensidade do infiltrado inflamatório, bem como da apoptose e atrofia epitelial no
padrão erosivo suportam tal afirmação. O presente estudo procurou associar certos fatores
locais e sistêmicos com a forma clínica e sintomatologia das lesões de LPO, as quais de certa
forma traduzem a gravidade e progressão da doença.
A relação do uso do tabaco e do consumo de bebidas alcoólicas com o LPO tem sido
investigada, principalmente quanto ao seu papel no possível potencial de malignização da
doença. Pesquisas que objetivaram associar tais hábitos nocivos com as características
clínicas do LPO são escassas na literatura. Gorsky et al. (1996), em estudo retrospectivo de
157 pacientes com LPO, observaram que 27,4% (n=43) eram fumantes e apenas 3 eram ex-
consumidores de bebidas alcoólicas. Ao associar a presença do tabagismo com o tipo clínico e
sintomatologia das lesões, viram que, dentre as formas mais sintomáticas do LPO (atrófica e
erosiva), apenas 21 e 4% dos pacientes, respectivamente, fumavam, ou seja, a prevalência de
fumantes diminuiu à medida que a prevalência dos sintomas aumentou. Ao explicar este
resultado, os autores sugeriram que o calor gerado na cavidade oral de um paciente fumante
com LPO aumenta a irritação da mucosa afetada pela doença. Devido à alteração clínica da
mucosa ser mais severa nas formas atrófica e erosiva do que na reticular, o fumo
provavelmente causa mais irritação e dor, o que exerce influência importante na decisão do
paciente (daqueles que fumavam antes do início do LPO) em parar. No estudo acima, a
associação do etilismo com as manifestações clínicas do LPO não foi possível, pois em sua
amostra havia apenas três ex-etilistas.
Gorsky et al. (2004) realizaram estudo semelhante ao supracitado com o objetivo de
avaliar a associação entre o hábito de fumar e os subtipos clínicos e sintomatologia das lesões
de LPO. Reuniram 187 pacientes com a doença, com estabelecimento de um grupo-controle
de 76 indivíduos saudáveis. Observaram menor prevalência de fumantes no grupo com LPO
68
do que no grupo-controle e também que, dentre os fumantes, havia maior número de lesões
reticulares do que erosivas, não havendo diferença significativa quanto à sintomatologia das
lesões. Estes autores sugerem ainda que, como existem menos fumantes portadores de LPO, e
devido ao possível potencial maligno da doença, a transformação do LPO pode ter uma
etiopatogenia diferente da do CEO comum.
Não há dados na literatura que indicam prevalência elevada de fumantes ou de consumo
de álcool entre os pacientes com LPO comparando com a população geral (EISEN, 2002).
Xue et al. (2005) viram que, dentre 674 portadores de LPO, aproximadamente 25,8%
fumavam e 24,0% consumiam bebidas alcoólicas. Carbone et al. (2009) viram que a maioria
de sua amostra não fumava (77,8%) e não bebia (87,7%). Alves et al. (2010) observaram que,
dentre 110 portadores de LPO, 18,8 e 29,09% eram fumantes e consumiam bebidas
alcoólicas, respectivamente. Castells et al. (2010), em estudo com 65 pacientes, observaram
que 27,7% eram fumantes ou ex-fumantes, e 20% eram etilistas ou ex-etilistas. O estudo em
questão observou apenas um paciente tabagista do gênero feminino (3,6%) e nenhum etilista.
Este resultado pode ter sido atribuído ao tamanho da amostra, com pequeno número de
participantes. Ainda, não foi incluída uma variável para avaliar a prevalência de ex-fumantes
e ex-etilistas. A associação do tabagismo com o padrão clínico e a sintomatologia das lesões
não foi possível, devido à ínfima quantidade de pacientes portadores deste hábito.
A prevalência da hipertensão arterial e da DM nos portadores de LPO tem sido
estabelecida em alguns estudos, porém a influência que estas alterações sistêmicas exercem
no curso clínico da doença ainda não está esclarecido. Em relação à hipertensão arterial,
Chainani-Wu et al. (2001) observaram que 19% de 229 pacientes com LPO tinham a alteração
sistêmica. Eisen (2002) viu que, dentre 723 portadores de LPO, 21% eram hipertensos. Já
Carbone et al. (2009), em uma série de 808 casos de LPO, e Fenoll et al. (2010), em estudo de
550 pacientes, encontraram que 20,5% e 23,1% apresentavam a hipertensão arterial,
respectivamente. Neste estudo, a hipertensão estava presente em 16,2% dos pacientes,
porcentagem um pouco menor, porém semelhante a dos estudos acima, apesar do tamanho da
amostra não ser comparável. Adicionalmente, observamos que a maioria dos hipertensos em
nosso estudo era do gênero feminino e na associação com padrão clínico das lesões, vimos
tendência destes a apresentar lesões erosivas.
A relação entre o LP e a DM tem sido bastante estudada, porém os resultados são
controversos. Alguns estudos defendem esta associação baseando-se na maior prevalência de
DM em pacientes com LP do que na população geral e nas alterações imunológicas
observadas em ambas as enfermidades. Também, tem-se sugerido que os pacientes com LPO
69
e DM apresentam formas clínicas mais agressivas (atrófico-erosivas). Romero et al. (2002)
observaram que, dentre 62 pacientes com LPO, 27,4% tinham DM. A partir deste resultado,
procuraram comparar a apresentação clínica, a localização e o número de lesões entre
diabéticos e não-diabéticos, porém, não foram estabelecidas diferenças significativas. Em
estudos de caso-controle, Denli et al. (2004), Ali e Suresh (2007) e Seyhan et al. (2007)
observaram maior prevalência de DM no grupo com LPO do que no grupo sem a doença.
Atribuíram então, um possível papel da DM na patogenia do LPO, que necessita de maiores
investigações.
Eisen (2002) encontrou apenas 2% de diabéticos em sua amostra, constituída por 723
pacientes com LPO. Já Carbone et al. (2009) observaram prevalência um pouco maior, 8,1%
em 808 casos de LPO. Xue et al. (2005) não defendem uma associação entre a DM e o LPO, e
dizem que a presença concomitante destas enfermidades parece ser totalmente acidental e
compatível com a média de idade dos pacientes. Castells et al. (2010) observaram que os
pacientes com DM apresentavam número significativamente maior de lesões erosivas. O
presente estudo, no entanto, não evidenciou associação estatisticamente significante da
presença da DM com o padrão clínico e sintomatologia das lesões (p=1.000).
A relação entre o LP e o HCV tem sido exaustivamente investigada e os resultados são
muito variados. Estuda-se o LP como uma possível manifestação extra-hepática da hepatite C,
e alguns pesquisadores sugerem que o vírus exerça função direta na etiopatogenia do LP, já
que sequências virais do HCV foram encontradas em amostras de mucosa oral de pacientes
com LPO (CARROZZO et al., 2002).
Na literatura, inúmeros relatos de casos e estudos de coorte e de caso-controle em
diversas regiões do mundo foram realizados na tentativa de esclarecer a possível associação
entre o LP e a infecção pelo HCV. Para testar a qualidade destes estudos e confirmar a inter-
relação entre as duas enfermidades, algumas revisões sistemáticas e meta-análises foram
publicadas, e a maioria observou associação estatisticamente significativa entre o HCV e o
LP, como também prevalência significativamente maior de pacientes com LP em indivíduos
com infecção pelo HCV (LODI et al., 2004; LODI; PELLICANO; CARROZZO, 2010;
SHENGYUAN et al., 2009). Tais pesquisas afirmaram ainda que a inter-associação entre o
LP e o HCV parece depender especialmente da região geográfica natural dos pacientes, sendo
encontrada principalmente nos países mediterrâneos, Japão e Estados Unidos da América. A
razão exata para a referida preferência de associação em determinadas regiões geográficas não
é conhecida, porém Lodi, Pellicano e Carrozzo (2010) sugerem que a alta variabilidade da
prevalência da infecção pelo HCV ao redor do mundo, as diferenças nas características virais
70
do HCV e as diferenças genéticas na susceptibilidade ao LP induzido pelo HCV podem
explicar este fato.
No Brasil, Issa, Gaspar e Kalil-Gaspar (1999) observaram a prevalência da infecção
pelo HCV em pacientes com LP, não encontrando associação estatisticamente significativa
entre as duas doenças, pois apenas dois de 34 pacientes do grupo-caso estavam infectados
pelo HCV, comparando com um de 60 do grupo-controle. Da mesma forma, Grossman et al.
(2007) observaram apenas um caso de infecção pelo HCV em 50 pacientes com LPO, não
sendo constatada diferença significativa com a prevalência de hepatite C na população geral.
No estudo em questão, encontramos o exame anti-HCV reativo em apenas um dos 37
pacientes da amostra, corroborando os autores citados acima, o que sugere que a infecção pelo
HCV não está relacionada ao LPO, pelo menos nas regiões brasileiras estudadas. Mesmo
assim, como as amostras dos estudos realizados foram relativamente pequenas, talvez fosse
necessário um estudo brasileiro envolvendo maior número de pacientes com LPO para
confirmar a existência ou não de sua relação com a hepatite C.
Em relação à agressividade das lesões de LPO em pacientes com doenças hepáticas
crônicas, alguns estudos mostraram que quanto mais grave a doença hepática, maior a
agressividade das lesões de LPO (ALI; SURESH, 2007). No entanto, Castells et al. (2010)
não observaram associação significante entre doenças hepáticas e a agressividade das lesões
em pacientes com LPO. Em nosso estudo, a associação da infecção pelo HCV com a forma
clínica e sintomatologia das lesões não foi possível porque apenas um paciente estava
infectado, o que tornou inviável a análise estatística.
O relacionamento dos transtornos emocionais, em especial o estresse, a ansiedade e a
depressão, com o LPO é assunto bastante controverso, principalmente devido à divergência de
resultados observados na literatura. Não se sabe ao certo se as alterações emocionais são
apenas exacerbadoras do quadro clínico ou conseqüência do conhecimento da doença por
parte do paciente, ou se realmente estão envolvidas na etiopatogenia do LPO.
Eisen (2002), Xue et al. (2005) e Pakfretat et al. (2009) afirmam que as lesões
reticulares assintomáticas podem se transformar em erosivas sintomáticas durante crises
agudas e observaram em seus estudos que o estresse foi o principal fator de exacerbação das
lesões de LPO. Eisen (2002) alega ainda que, em adição ao desconforto crônico que pode
intensificar o estresse, os pacientes com LPO são preocupados sobre a possibilidade de
malignização da doença, se esta é ou não contagiosa, e sobre a falta de esclarecimento por
parte dos profissionais da saúde, tanto cirurgiões-dentistas como médicos. Neste estudo, não
avaliamos o estresse e sim a ansiedade nos pacientes com LPO. Porém, na coleta de dados, foi
71
interessante notar a visível relação de situações ditas como “estressantes” vivenciadas pelos
pacientes, principalmente do gênero feminino, com a exacerbação das lesões, as quais
tendiam a surgir em outras localidades da cavidade oral e a tornarem-se sintomáticas. O
esclarecimento dos pacientes com LPO sobre a sua doença no momento do diagnóstico pode
aliviar significativamente a ansiedade, especialmente naqueles que buscaram o cuidado de
cirurgiões-dentistas e médicos que não foram capazes de estabelecer um diagnóstico
definitivo ou um plano de tratamento adequado.
Vallejo e Zarabozo (2000), Vallejo et al. (2001), Koray et al. (2003), Araya, Alcayaga e
Esguep (2004), Chaudhary (2004) e Shah, Ashok e Sujatha (2009) evidenciaram associação
positiva entre a presença de ansiedade, depressão ou estresse e o LPO. Entretanto, os estudos
de Hirota (2007) e Girardi et al. (2011) não suportaram tal hipótese. Inventários psicométricos
têm sido aplicados nos pacientes com LPO com o objetivo de determinar o perfil psicológico
dos mesmos, e confirmar ou não, a etiologia psicogênica da doença. A utilização de diferentes
inventários, como também a subjetividade dos mesmos e a falta de padronização da
metodologia dos estudos são os possíveis fatores que pode dificultar a conclusão sobre o
papel dos transtornos emocionais na etiopatogenia do LPO (VENTURINI et al. 2006).
Koray et al. (2003) utilizaram o IDATE em 40 pacientes com LPO e 40 indivíduos
saudáveis do grupo-controle, e observaram níveis mais elevados de ansiedade no primeiro
grupo. Hirota (2007) aplicou o IDATE em 52 portadores de LPO e em 35 participantes do
grupo-controle. Observou que a maioria dos pacientes com LPO apresentavam níveis
moderados de ansiedade (53,9%), e 44,2 e 1,9% tinham níveis elevados e baixos de
ansiedade, respectivamente. Ao comparar os resultados da aplicação do IDATE entre os
gêneros feminino e masculino, viu que as mulheres apresentavam níveis de ansiedade mais
elevados do que os homens, porém não observou diferença estatisticamente significativa com
o grupo-controle. O presente estudo corrobora em parte o supracitado, pois a maioria de nossa
amostra mostrou níveis moderados (78,4%), e 21,6% tinham níveis elevados de ansiedade;
nenhum paciente apresentou nível baixo de ansiedade. Na comparação entre os gêneros, não
houve diferença significativa na distribuição dos níveis de ansiedade (p=0.649).
Pesquisas indicam que níveis mais elevados de ansiedade estão relacionados às lesões
mais graves de LPO, ou seja, sugere-se que os pacientes com lesões erosivas têm níveis de
ansiedade maiores do que aqueles com lesões reticulares, fato observado por Vallejo e
Zarabozo (2000) e Lundqvist et al. (2006), porém não confirmado por Shah, Ashok e Sujatha
(2009). Este estudo também procurou associar os níveis de ansiedade com o padrão clínico e
72
sintomatologia das lesões, no entanto, não foi encontrada diferença estatisticamente
significativa (p=0.246 e p=1.000, respectivamente).
Os pacientes que constituíram a amostra deste estudo foram esclarecidos sobre a
inexistência da cura do LPO, e que seu tratamento é apenas paliativo. Cerca de 50% já faziam
uso de corticóides tópicos para alívio dos sintomas das lesões, e o uso de corticóides
sistêmicos foi relatado por apenas dois pacientes. Aproximadamente 46% apresentavam
lesões sintomáticas. Naqueles que já estavam sob tratamento, este foi revisado e, quando
necessário, melhor adequado ao paciente; naqueles sem acompanhamento terapêutico, foram
prescritos os medicamentos apropriados (corticóides tópicos e/ou sistêmicos). Os portadores
de LPO deste estudo continuam em acompanhamento periódico nas Clínicas de
Estomatologia da UFRN e UFPB.
O LPO é uma doença relativamente comum com características clínico-patológicas
definidas, no entanto, vários aspectos de sua etiopatogenia e curso clínico permanecem
obscuros. Em resumo, os dados do presente estudo mostram que a presença de fatores locais e
alterações sistêmicas, como também os níveis de ansiedade e a infecção pelo HCV não
constituíram fatores diretamente envolvidos no surgimento, agravamento e progressão das
lesões de LPO na amostra estudada.
73
ConclusõesConclusõesConclusõesConclusões
74
7 CONCLUSÕES
De acordo com a metodologia empregada e resultados obtidos no presente estudo, pode-se
concluir que:
• O LPO é uma doença crônica, persistente que raramente regride. As lesões erosivas
foram mais freqüentes do que as reticulares, presentes em número significativamente
maior no gênero feminino e com tendência a surgir em pacientes acima de 50 anos de
idade. Lesões múltiplas foram observadas na maioria dos pacientes, acometendo
principalmente a mucosa jugal, gengiva e língua.
• A infecção pelo HCV, na região estudada, não parece estar associada ao surgimento
do LPO. Níveis moderados de ansiedade foram frequentemente associados ao LPO.
• A presença da DM e hipertensão arterial, bem como os níveis de ansiedade
aparentemente não estão associados à gravidade e progressão do LPO.
75
ReferênciasReferênciasReferênciasReferências
76
REFERÊNCIAS
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86
ApêndicesApêndicesApêndicesApêndices
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APÊNDICE A
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PATOLOGIA ORAL
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Este é um convite para você participar da pesquisa intitulada “ESTUDO CLÍNICO E
NÍVEIS DE ANSIEDADE EM UMA SÉRIE DE CASOS DE LÍQUEN PLANO ORAL”,
que é coordenada por pela Profª Drª Ana Miryam Costa de Medeiros. Sua participação é
voluntária, o que significa que você poderá desistir a qualquer momento, retirando seu
consentimento, sem que isso lhe traga nenhum prejuízo ou penalidade. O objetivo desse
estudo será descrever as características clínicas de pacientes com líquen plano oral e
avaliar a presença de fatores locais como o fumo e o consumo de bebidas alcoólicas, de
doenças sistêmicas como a diabetes e a hipertensão, dos níveis de ansiedade e da infecção
pelo vírus da hepatite C, investigando sua associação com a gravidade e progressão das
lesões.
Através desse termo, solicitamos sua permissão para ter acesso ao seu prontuário
odontológico e manuseá-lo com o objetivo de obter informações, assim como realizar exame
clínico de sua boca. Todos estes procedimentos serão feitos por profissional especializado.
Caso decida aceitar o convite, você será submetido(a) ao(s) seguinte(s) procedimentos:
revisão dos prontuários odontológicos, entrevista, exame clínico da boca e aplicação de
questionário sobre ansiedade. Os riscos envolvidos com sua participação são inerentes ao
exame clínico, que serão minimizados através das seguintes providências: utilização de
equipamento de proteção individual adequado como jaleco, gorro, máscara e luvas
descartáveis, além da esterilização dos instrumentais indispensáveis. Você terá os
seguintes benefícios ao participar da pesquisa: avaliação das lesões de Líquen Plano Oral
por uma equipe (cirurgiões-dentistas do Departamento de Odontologia da UFRN) capaz
de diagnosticar complicações e indicar tratamento apropriado quando for preciso.
Todas as informações obtidas serão sigilosas e seu nome não será identificado em
nenhum momento. Os dados serão guardados em local seguro e a divulgação dos resultados
será feita de forma a não identificar os voluntários.
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Se você tiver algum gasto devido à sua participação na pesquisa, será devidamente
ressarcido, caso solicite. Em qualquer momento, se você sofrer algum dano comprovadamente
decorrente desta pesquisa, terá direito a indenização.
Você ficará com uma cópia deste Termo e qualquer dúvida que você tiver a respeito
desta pesquisa, poderá perguntar diretamente ao responsável (Profª. Ana Miryam Costa de
Medeiros) no Departamento de Odontologia da UFRN, no endereço: Av. Senador Salgado
Filho, 1787 - Lagoa Nova – CEP: 59056-000 - Natal - RN – Brasil, ou pelo telefone: (84)
3215-4138. Dúvidas a respeito da ética dessa pesquisa poderão ser questionadas ao Comitê de
Ética em Pesquisa da UFRN, localizado no Campus Universitário da UFRN, ou pelo telefone:
Leia cada pergunta e faça um círculo ao redor do número à direita que melhor indicar como você geralmente se sente. Não gaste muito tempo numa única afirmação, mas tente dar a resposta que mais se aproximar de como você se sente geralmente. AVALIAÇÃO Quase sempre..........4 Frequentemente..........3 Às vezes..........2 Quase nunca..........1