Estratégia de oceano vermelho e estratégia de oceano azul: Encontrar uma estratégia competitiva eficaz no mercado é um grande desafio, pois estamos perante um cenário em que a competição entre as empresas é cada vez mais feroz, há globalização, produtos importados, produtos genéricos, avanço da tecnologia, etc.. É o chamado “Oceano Vermelho”, com modelos de competição muito parecidos que acabam por diminuir as margens de lucratividade da maioria das empresas. No Oceano Vermelho, o lema é “A única maneira de superar os concorrentes é não mais tentar superar os concorrentes”. As fronteiras são definidas e aceites, e as regras do jogo são conhecidas e as empresas tentam superar as suas rivais para abocanhar a maior fatia da procura existente. À medida que o espaço de mercado fica cada vez mais apinhado, as perspectivas de lucro e de crescimento são menores: produtos transformam-se em commodities. Mas como é possível ser mais produtivos em termos de vendas? Que novas oportunidades não estão a ser exploradas? Será que nossos principais concorrentes estão a preparar algumas “surpresas”, para dominar o mercado que já é nosso? Como podemos convencer os clientes de que os nosso produtos são os mais vantajosos? A estratégia do Oceano Azul ajuda a responder estas questões de forma inovadora, possibilitando uma posição vantajosa face à concorrência. As empresas criadoras de oceanos azuis não recorrem à concorrência como paradigma. Em vez disso, adoptam uma lógica estratégica diferentes que consiste na inovação de valor, pois em vez de se esforçarem para superar os concorrentes, concentraram o seu foco em tornar a concorrência irrelevantes, oferecendo saltos no valor para os compradores e para as próprias empresas, que assim desbravaram novos espaços de mercado inexplorados. Estas empresas alinham inovação com utilidade, preços e ganhos de custo, em vez de se esforçar para vencer o concorrente. O Oceano Azul exige uma postura pró-ativa, exige disposição para superar desafios, exige quebra de paradigmas e exige uma estratégia competitiva de marketing tipo “Bottom-Up” (primeiro encontrar táticas eficazes para conquistar mercados e vender produtos para depois procurar alcançar as metas). As ideias inovadoras devem ser buscadas com audácia e inteligência, e com sensibilidade em relação aos desejos, interesses e necessidades dos clientes. O grande desafio é ter visão de futuro, e não apenas pensar em cumprir metas estipuladas, mas encontrar fórmulas de superá-las. Oceano vermelho: concorrer no espaço existente; vencer a concorrência, explorar a procura existentes; reger-se pelo trade-off entre valor e custo; alinhar todo o sistema de actividades de uma empresa com a sua escolha entre a diferenciação e baixo custo. – Gestão do Pessoal; web 2.0; funções estandardizadas. Oceano Azul: criar espaço de mercado não disputado; tornar a concorrência irrelevante; criar e conquistar nova procura; quebrar o trade-off entre valor e custo; alinhar todo o sistema de actividades de uma empresa na procura da diferenciação e do baixo custo. – Gestão de RH e de Pessoas; web 3.0; diferenciação; ser diferente; e-Recruitment; mobilidade; produtos únicos; disputa um mercado único.
12
Embed
Estratégia de oceano vermelho e estratégia de oceano azul ...pro-thor.com/wp-content/uploads/Apontamentos-RH-1.pdf · encontrar táticas eficazes para conquistar mercados e vender
This document is posted to help you gain knowledge. Please leave a comment to let me know what you think about it! Share it to your friends and learn new things together.
Transcript
Estratégia de oceano vermelho e estratégia de oceano azul:
Encontrar uma estratégia competitiva eficaz no mercado é um grande desafio, pois estamos
perante um cenário em que a competição entre as empresas é cada vez mais feroz, há globalização,
produtos importados, produtos genéricos, avanço da tecnologia, etc.. É o chamado “Oceano Vermelho”,
com modelos de competição muito parecidos que acabam por diminuir as margens de lucratividade da
maioria das empresas.
No Oceano Vermelho, o lema é “A única maneira de superar os concorrentes é não mais tentar
superar os concorrentes”. As fronteiras são definidas e aceites, e as regras do jogo são conhecidas e as
empresas tentam superar as suas rivais para abocanhar a maior fatia da procura existente. À medida que o
espaço de mercado fica cada vez mais apinhado, as perspectivas de lucro e de crescimento são menores:
produtos transformam-se em commodities.
Mas como é possível ser mais produtivos em termos de vendas? Que novas oportunidades não
estão a ser exploradas? Será que nossos principais concorrentes estão a preparar algumas “surpresas”,
para dominar o mercado que já é nosso? Como podemos convencer os clientes de que os nosso produtos
são os mais vantajosos?
A estratégia do Oceano Azul ajuda a responder estas questões de forma inovadora,
possibilitando uma posição vantajosa face à concorrência. As empresas criadoras de oceanos azuis não
recorrem à concorrência como paradigma. Em vez disso, adoptam uma lógica estratégica diferentes que
consiste na inovação de valor, pois em vez de se esforçarem para superar os concorrentes, concentraram o
seu foco em tornar a concorrência irrelevantes, oferecendo saltos no valor para os compradores e para as
próprias empresas, que assim desbravaram novos espaços de mercado inexplorados. Estas empresas
alinham inovação com utilidade, preços e ganhos de custo, em vez de se esforçar para vencer o
concorrente.
O Oceano Azul exige uma postura pró-ativa, exige disposição para superar desafios, exige
quebra de paradigmas e exige uma estratégia competitiva de marketing tipo “Bottom-Up” (primeiro
encontrar táticas eficazes para conquistar mercados e vender produtos para depois procurar alcançar as
metas). As ideias inovadoras devem ser buscadas com audácia e inteligência, e com sensibilidade em
relação aos desejos, interesses e necessidades dos clientes. O grande desafio é ter visão de futuro, e não
apenas pensar em cumprir metas estipuladas, mas encontrar fórmulas de superá-las.
Oceano vermelho: concorrer no espaço existente; vencer a concorrência, explorar a procura
existentes; reger-se pelo trade-off entre valor e custo; alinhar todo o sistema de actividades de uma
empresa com a sua escolha entre a diferenciação e baixo custo. – Gestão do Pessoal; web 2.0; funções
estandardizadas.
Oceano Azul: criar espaço de mercado não disputado; tornar a concorrência irrelevante; criar
e conquistar nova procura; quebrar o trade-off entre valor e custo; alinhar todo o sistema de actividades
de uma empresa na procura da diferenciação e do baixo custo. – Gestão de RH e de Pessoas; web 3.0;
diferenciação; ser diferente; e-Recruitment; mobilidade; produtos únicos; disputa um mercado único.
Funções da GRH
No início do séc. XX, o papel da GRH era ser um zelador, com foco nos empregados e nos
registos. Hoje, é um departamento estratégico que pretende o desenvolvimento dos colaboradores e o
custo-eficácia. Tem como desafios competitivos: a globalização, tecnologia, adaptação à mudança, capital
humano, capacidade de resposta e a contenção dos custos.
Tem como funções: planeamento, recrutamento, staffing, job design, desenvolvimento e
formação; avaliação do desempenho; comunicação; compensação e salários; benefícios; relações de
trabalho. As preocupações com os trabalhadores são: distribuição etária, diversidade dos backgrounds,
segurança do trabalho, níveis de educação, direitos do trabalhador, questões de privacidade, atitudes de
trabalho, questões familiares e de género.
Abordagem Hard e Soft da GHR – unem-se na gestão de pessoas
Hard – enfatiza os aspetos quantitativos, calculativos e estratégicos do negócio na gestão dos
RH de uma forma tão racional como para outro fator qualquer. Adopta uma filosofia orientada para o
negócio que enfatiza a necessidade de gerir as pessoas de forma a conseguir extrair destes um valor
acrescido que permite alcançar uma vantagem competitiva. Encara as pessoas como capital humano, a
partir do qual é possível obter um retorno ao investir judicialmente no seu desenvolvimento.
Soft – enfatiza a comunicação, motivação e liderança e a necessidade de conseguir o
compromisso dos trabalhadores através do envolvimento, comunicação e outros métodos que permitam
desenvolver um elevado compromisso e confiança na empresa. A cultura organizacional tem aqui um
papel importante, pois foca-se na mutualidade: os interesses da gestão e dos trabalhadores devem
coincidir.
Definições de GRH
A GRH pode ser definida com uma abordagem estratégica e coerente da gestão dos atributos
mais valiosos de uma empresa: as pessoas que aí trabalham e que contribuem, individual e coletivamente,
para alcançarem os objetivos da empresa. Hoje, ter instalações modernas não garante às empresas uma
posição competitiva nos mercados, é preciso contar com processos de inovação permanente e dispor de
pessoas com competências adequadas, garantir a fidelidade dos clientes, a credibilidade da direção,
habilidade para reter e atrair os melhores profissionais, etc. Assim, o desenvolvimento de um conjunto de
fatores intangíveis está a converter-se num dos principais pilares das empresas, num contexto de uma
economia baseada no conhecimento. Além disso, o ativo humano é valorizado e está ligado ao branding
da empresa: identificar a staff do hotel; saber que é o hotel X… Se o objetivo de uma estratégia
empresarial é criar uma vantagem competitiva, o objetivo da estratégia de GRH é claro: maximizar a sua
contribuição para conseguir o mesmo objetivo e criar, dessa forma, valor para os acionistas.
Atividades principais da GRH
Organização: desenho organizacional, desenho das funções, desenvolvimento organizacional.
Relação com os trabalhadores: melhorar a qualidade das relações ao criar um ambiente de confiança,
desenvolvendo um contacto psicológico mais positivo. Afetação de recursos (resoucing): planeamento
dos RH, recrutamento e seleção. Gestão do desempenho: obter melhores resultados ao medir e gerir o
desempenho de acordo com requisitos de objetivos e competências; avaliar e melhorar o desempenho;
identificar e satisfazer as necessidades de formação e desenvolvimento. Desenvolvimento dos RH:
aprendizagem ao nível organizacional e individual; desenvolvimento da gestão; desenvolvimento e
carreiras. Benefícios: pay systems; paying for contribution; non-financial rewards. Relações dos
trabalhadores: relações industriais; envolvimento e participação dos trabalhadores, comunicação.
Estas atividades devem enfatizar e estar alinhadas com os seguintes requisitos:
- Apoiar o alcançar dos objetivos e estratégias organizacionais;
- Assegurar que o valor adicionado é obtido a partir de todas as atividades de RH;
- Ter por base programas de mudança cultural;
- Libertar e desenvolver as capacidades inerentes às pessoas;
- Desenvolver processos que maximizem as contribuições das pessoas;
- Permitir àqueles com potencial uma perspetiva de gestão e organizacional já no início das suas carreiras.
Gestão de pessoal, GRH e gestão de pessoas
Management Moldura Enfoque Ente Humano Arquitetura
Planear, controlar,
organizar, dirigir
Função Pessoal -
Ordem na Ordem
Burocrático,
administrativo –
Administração de RH
Gestão de Pessoal
Assalariado,
trabalhador
Especialização (estruturas
primárias)
Planear, (…),
apreciar, formar,
motivar
Função RH – Amor à
camisola, desordem
na ordem
Gestão de RH Funcionários,
empregados
Polivalência
(reestruturação, downsizing,
Lean Management)
Planear (…),
inovar, comunicar,
mobilizar
Função Marketing-In
– Já não se fazem
tatuagens no corpo
Gestão estratégica de
RH – Gestão de Pessoas
Cliente interno,
associados,
colaboradores
Empowerment
(reengenharia, rightsizing;
estruturas planas, em treno,
rede, 3I)
O setor de Recursos Humanos de uma empresa começou inicialmente como um mero
departamento mecanicista cujo enfoque (Fayol, por exemplo) se restringia ao processamento de salários,
controlo da pontualidade/assiduidade, aplicação da disciplina, etc.. Cingia-se aos aspetos burocráticos e
administrativos dos RH: Exigia aos seus profissionais – assalariados ou trabalhadores, apenas
experiência, repetição e especialização e técnica. O trabalhador não é pago para pensar nem para se
divertir e a formação (quando existe) é restrita aos quadros superiores. É uma estrutura reativa, com falta
de criatividade, baixo nível de motivação e elevado nível de stress.
Com o tempo, esta Gestão de Pessoal evolui para uma Gestão de Recursos Humanos, a qual
começa a dar importância não só ao planeamento formal, mas também à motivação, à apreciação e à
formação dos seus funcionários ou empregados (Maslow, Herzberg). Assume uma arquitetura de
polivalência, por oposição à especialização anterior.
Atualmente, surge-nos uma nova direção para a Gestão de Recursos Humanos: a Gestão de
Pessoas caracterizada pela participação, capacitação, envolvimento e desenvolvimento do bem mais
precioso de qualquer organização – o seu capital humano, isto é, as pessoas que a compõem. A Gestão de
Pessoas visa humanizar as empresas assumindo uma gestão estratégica dos RH e focando-se no
empowerment dos seus associados ou colaboradores. Estes são encarados como clientes internos da
empresa e um cliente interno satisfeito é sinónimo de um cliente externo satisfeito, logo, sucesso da
empresa. No entanto, apesar de ser um assunto atual, é ainda um discurso para muitas organizações.
Ao optar por uma Gestão de Pessoas, a empresa obterá resultados benéficos na sua saúde
organizacional, aumentando a produtividade, melhores níveis de desempenho, uma melhor notoriedade e
branding social, garantido a sobrevivência do negócio e aumentando a satisfação e motivação dos seus
clientes internos e externos. Tal é conseguido através da ênfase nas competências, na compreensão
estratégica, na orientação para resultados, na liderança de pessoas, na motivação, na criatividade e
inovação, na irreverencia e pro-atividade, no trabalho em equipa e numa atmosfera de trabalho
incentivadora da criatividade e desenvolvimento. O alinhamento das políticas de RH com a estratégia de
negócio e a criação de sistemas de elevado desempenho irá possibilitar às organização maximizar o seu
capital humano, atraindo, desenvolvendo e retendo os melhores talentos e equipas ganhadoras.
Sistemas de recrutamento
O recrutamento é o conjunto de atividades e procedimentos desenhados para atrair candidatos
potencialmente qualificados e capazes de ocupar cargos dentro da empresa. Antecede a seleção. Tem
como objetivos: determinar as necessidades presentes e futuras de recrutamento em conjunto com o
planeamento de RH e a análise do trabalho; aumentar o leque de candidatos qualificados com um custo
mínimo para a organização; aumentar a taxa de sucesso do subsequente processo de seleção reduzindo o
número de candidatos subqualificados; diminuir a probabilidade dos selecionados virem a deixar a
organização, por terem recebido informação suficiente sobre esta; ir ao encontro das responsabilidades
legais e sociais da organização; aumentar a eficácia individual e organizacional no curto e longo prazo;
avaliar a eficácia das várias técnicas e locais para recrutar todo o tipo de candidatos. Sistemas:
- Convencionais
- E-Recruiment
- Pesquisa direta
- Fontes: primárias (procura direta através de jornais, etc.) e secundárias (procura através de
intermediários - agências de trabalho temporário; empresas de placement ou consultadoria).
- Tipos: externo (lugar vago para preencher com pessoal externo à empresa) – centro de
emprego, informal, head-hunting, anúncio, recrutamento online ou através de empresas especializadas,
etc.; interno (lugar vago para preencher com pessoal da própria empresa) – transferência, reconversão ou
promoção; misto.
E-Recruiment
E-Recruitment or eRecruitment is the process of personnel recruitment using electronic resources, in
particular the internet.[1] Companies and recruitment agents have moved much of their recruitment
process online so as to improve the speed by which candidates can be matched with live vacancies. Using
database technologies, and online job advertising boards and search engines, employers can now fill posts
in a fraction of the time previously possible. Using an online e-Recruitment system may potentially save
the employer time as usually they can rate the eCandidate and several persons in HR independently
review eCandidates. Some recruiting companies have set up their own systems like Taleo, and even
Unicef,[2] while also new companies were created to provide these services like Jobtrain, Ivy Exec, and
HireServe.
The internet, which reaches a large number of people and can get immediate feedback has become the
major source of potential job candidates and well known as online recruitment or E-recruitment.
However, it may generate many unqualified candidates and may not increase the diversity and mix of
employees.[3]
In terms of HRM, the internet has radically changed the recruitment function from the organisational and
job seekers' perspective. Conventional methods of recruitment processes are readily acknowledged as
being time-consuming with high costs and limited geographic reach. However, recruitment through
World Wide Web (WWW) provides global coverage and ease. Likewise, the speedy integration of the
internet into recruitment processes is primarily recognised due to the internet's unrivalled communications
capabilities, which enable recruiters for written communications through e-mails, blogs and job portals.
Seleção
O recrutamento termina a partir do momento em que se decide não aceitar mais candidatos para
o lugar, iniciando-se então a Seleção: processo de escolher o melhor candidato para o cargo, isto é, pelo
qual uma organização escolhe, de uma lista de candidatos, a pessoa que melhor alcança os critérios de
seleção para a posição disponível, considerando as atuais condições do mercado. Técnicas: Psicometria,
Testes de personalidade, Provas de conhecimento, Provas de dinâmica de grupo, Testes de inteligência
emocional, Técnicas de simulação, Entrevista de Seleção.
Entrevista de seleção – individual / grupo: técnica mais utilizada; tem um duplo objetivo –
visa dar informações ao candidato e esclarecer ao suas dúvidas acerca do cargo e visa obter informação
acerca das suas aptidões técnicas, dimensões comportamentais, potencial e capacidade de integração e
aceitação na empresa. As condições físicas da mesma podem variar: mesa redonda; informal; etc.
Existem diversos tipos: estruturada (o entrevistador conduz o diálogo com base num plano rígido
de questões); não estruturada (não existe um plano de entrevista rígido, o entrevistado expõe as suas
opiniões de forma livre e aberta, desenvolvendo-se temas ao longo do diálogo); mista (existem temas
previamente seleccionados, mas os intervenientes assumem papeis activos, permitindo introduzir alguma
dinâmica); comportamento (visa saber como o entrevistado actua em dadas situações); de stress
(entrevistador assume um papel hostil, provocador e coloca o candidato, de forma inesperada, perante
uma questão desconfortante para perceber o seu comportamento e controlo emocional).
Etapas: degelo (desinibir, colocar o candidato mais à vontade); exploração (conhecer o
entrevistado, entrevista propriamente dita), conclusão (despedida); relatório da entrevista.
Como entrevistador não devemos assumir atitudes avaliativas, emotivas ou interpretativas ou de
resolução de problemas, pois tendem a fechar mais o entrevistado e provocam o bloqueio da
comunicação, não sendo benéficas durante uma entrevista. Devemos assumir uma atitude exploratória
ou empática, pois estas fazem-no sentir-se escutado, compreendido e desinibido: passa a ser ele próprio.
Na empática, o entrevistado tem de estar em sintonia com o entrevistador – colocar-se no mesmo
referencial. Na exploratória tentamos saber mais sobre a pessoa.
Técnica de reformulação: durante uma entrevista, as mensagens passadas pelo entrevistado são
compostas de factos, opiniões e sentimentos. E a mesma palavra ou mensagem tem por vezes significados
distintos (para pessoas diferentes ou até para a mesma pessoa). Assim, pode acontecer que o entrevistado
diga uma coisa e o ouvinte perceba outra. Para garantir a interpretação correta das palavras, o
entrevistador deve perguntar-se: compreendi exatamente o que me foi transmitido? Esta técnica ajuda a
clarificar ou a confirmar a compreensão da mensagem e consiste em resumir, por palavras próprias, de
forma clara e breve, as ideias emitidas pelo entrevistado (se não me engano você está a dizer-me que…) e
depois interrogar este se está de acordo com a reformulação feita (foi isto que me quis dizer?).
Para clarificar qualquer dúvida, o melhor será pedir ao entrevistado que esclareça o real sentido
da sua mensagem. A reformulação é um sinal de estima e apreço pelos outros, na medida em que temos
cuidado na interpretação das suas palavras. Mas o seu objetivo essencial é garantir que haja uma
comunicação sem distorções.
Para sermos honestos na nossa avaliação é importante não interpretarmos apressadamente as
mensagens dos outros. Pois nem sempre é fácil captar o essencial da verdade que a outra pessoa
transmite. E, havendo má interpretação, espreita o desentendimento. A linguagem das palavras é pobre,
pois nunca exprime, com exatidão, as ideias e muito menos os sentimentos Na comunicação face a face,
as posições corporais, o movimento das mãos, os gestos, o olhar, a voz, as lágrimas, o riso, a respiração e
os silêncios manifestam mais do que as simples palavras.
Acolhimento e integração na empresa
Consiste na receção aos novos colaboradores, nas boas-vindas, e na planificação de todo um
conjunto de ações que vão permitir tornar o novo colaborador autónomo no seu posto de trabalho.
Janela de Joahri
Aplica-se ao estudo da interação e das relações interpessoais e do modo como lidamos com as
diferentes situações que se apresentam no trabalho e em qualquer outro lugar, o que é determinante para o
sucesso pessoal e da organização.
- Eu oculto (conhecido do próprio e desconhecido dos outros): desconfiança; irritação;
sentimento de rejeição; baixo risco; controlo dos outros; sabe a posição dos outros;
- Eu aberto (conhecido do próprio e outros): franqueza, espontaneidade, confiança, criatividade;
- Eu desconhecido (desconhecido do próprio e dos outros): potencial inexplorado, criatividade
reprimida; aversão a riscos; observador; burocrata; comportamentos rígidos;
- Eu cego (conhecido dos outros e desconhecido do próprio): comunicação incidente; crítico;
autoritário; hostil; egocêntrico; exagerado.
Redesenho do Processo empresarial: da reestruturação à reengenharia
Reestruturação: estruturas piramidais; especialização e polivalência; gestão de pessoal e RH.
Estrutura piramidal: responsabilidade e autoridade crescente (das decisões operacionais à
táticas e depois às estratégicas); formalização e especialização das tarefas; burocracia, impessoalidade;
hierarquia muito grande; instituições tradicionais; presidente no topo e funcionários na base da pirâmide;
sem ou com pouca autonomia; regras, controlo e rigidez.
Reengenharia: estruturas planas, em trevo e em rede; empowerment; gestão de pessoas; ser
empreendedor; inovar e ter visão; ser flexível e dinâmico; procura da eficiência através da eficácia;
objetivos – aumentar a qualidade dos serviços, produtividade, competitividade e reduzir custos;
downsizing (diminuir a distância entre as pessoas; reduzir o pessoal) e rightsizing (simplificação do
trabalho e alcançar o tamanho certo em termos de nº de pessoas).
Estrutura plana: hierarquia com menos níveis que a piramidal (diretores, gestores, líderes,
trabalhadores); adaptada a ambientes competitivos; vários níveis de especialização e de polivalência.
Estrutura em trevo: fragmentação da cadeia de valor da empresa para atingir a máxima
concentração de atividades, com eficiência, flexibilidade e integração. Formada por 4 grupos: núcleo
profissional, que reúne as atividades próprias da empresa e os seus colaboradores permanentes (bem
retribuído, formação frequente, reduzido, rotação elevada, motivados); subcontratação, grupo de
funcionários que não precisam de trabalhar em exclusivo para a empresa, correspondendo a todo o
trabalho acessório contratado fora da organização (outsourcing; mais barato); trabalho flexível, composto
por colaboradores em tempo parcial e/ou trabalhadores temporários, requisitados em função das
necessidades (mais baratos, difíceis de gerir, rápido crescimento); auto-serviço (reduz custos e evita
trabalho; os clientes fazem o serviço); e no meio de todos os grupos está o Top Management.
Estrutura em rede: no centro está a organização principal e em torno desta estão diversas outras
entidades que prestam serviços à primeira (outsourcing, informática).
Modelos de gestão bottom-up e top-down
Top-down: segue o modelo hierárquico clássico da pirâmide; o pressuposto básico é o de que
somente os quadros superiores podem criar conhecimento e intervir na gestão.
Down/bottom-up: modelo top-down invertido. Os altos gerentes dão poucas ordens e instruções,
tendo como função patrocinar os funcionários empreendedores da linha de frente. O conhecimento é
criado por esses funcionários, que trabalham como agentes independentes e isolados, preferindo agir por
conta própria. É adequado para lidar com conhecimento tácito.
Avaliação do desempenho humano
Características: cíclica, reativa, observação continuada do desempenho, justa, objetiva,
diferenciada, equitativa; avalia o desempenho da empresa, da equipa e do individuo; promover de acordo
com o potencial; remunerar de acordo com o desempenho; o desempenho humano é a soma das suas
competências com a sua motivação.
Principais métodos de avaliação do desempenho humano
Heteroavaliação: analítica, funcional e global; por parte da hierarquia imediata (perspetiva
concenvional), clientes, pares, subordinados. Auto-avaliação. Entrevista de avaliação.
Avaliação de 360º: importante ferramenta de Gestão de Pessoas e corresponde a uma análise
sistemática do desempenho profissional em função das atividades que realiza, das metas estabelecidas,
dos resultados alcançados e do seu potencial de desenvolvimento. O seu objetivo final é contribuir para o
desenvolvimento das pessoas na empresa, para a sua eficácia profissional e para a sua qualidade de vida
no trabalho. Consiste num processo dinâmico, objetivo, imparcial, de maior equidade, justo fácil,
anónimo e credível em que cada pessoa é avaliada (heteroavaliação) por parte da hierarquia, pares, cliente
e subordinados. O trabalhador é ainda alvo de uma auto-avaliação e de uma entrevista de avaliação.
Formação e desenvolvimento profissional
Formação profissional: processo educacional, aplicado de forma sistemática e organizada,
através do qual as pessoas aprendem conhecimentos, atitudes e habilidades (ao nível do saber: saber-ser;
saber-fazer e saber-saber) em função de objetivos definidos: organizacionais (ao nível da empresa para
obter resultados organizacionais); da equipa (ao nível dos centros de proveitos e respetivos resultados); e
do indivíduo (ao nível das suas funções e respetivos resultados funcionais). É um processo aplicado de
forma continuada, sistematizada e organizada, através do qual o entre humano: aprende, desenvolve,
modifica e potencia conhecimentos, habilidade e atitudes, em função de objetivos organizacionais
previamente definidos.
Aprendizagem organizacional: aquisição de novos conhecimentos pelos actores
organizacionais que são capazes e estão dispostos a aplicar esse conhecimento na tomada de decisões ou
na influencia de outras pessoas na organização.
A gestão da formação, no contexto de gestão de pessoas, está envolvida na gestão salarial, na
gestão do desempenho humano, de competências e de carreiras. Tem várias fases: identificação das
necessidades de formação e desenvolvimento, sensibilização para a formação e desenvolvimento, desenho
da formação e estratégias de desenvolvimento e plano, testagem/ensaio, implantação e implementação do
plano, controlo e acompanhamento do plano. Duas das suas ferramentas são o coaching e o mentoring.