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DR. BRUNO BORGES HERNANDES R3 MEDICINA ESPORTIVA ESTERÓIDES ANABOLIZANTES NO ESPORTE
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ESTERÓIDES ANABOLIZANTES NO ESPORTE

Feb 22, 2016

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ESTERÓIDES ANABOLIZANTES NO ESPORTE. Dr. Bruno Borges hernandes R3 medicina esportiva. Conceito. Androgênios : hormonios esteróides secretados 1° pelos testículos e também pela gl . adrenais e ovários. - PowerPoint PPT Presentation
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Page 1: ESTERÓIDES ANABOLIZANTES NO ESPORTE

DR. BRUNO BORGES HERNANDESR3 MEDICINA ESPORTIVA

ESTERÓIDES ANABOLIZANTES NO

ESPORTE

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Conceito

Androgênios: hormonios esteróides secretados 1° pelos testículos e também pela gl. adrenais e ovários.

Testosterona: principal hormonio responsável pelas características sexuais 1° ( in utero e neonatal ). Tb responsável pelas características 2° puberais.

Esteróides anabólicos: derivados da testosterona, cuja estrutura molecular são ajustadas p/ maximizar efeitos anabólicos e diminuir os andrôgenicos.

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Conceito

A produção adrenal dos androgênios está sob controle da corticotropina.

Já a produção das células testiculares está sob controle do GnRH (hormônio de liberação das gonadotrofinas) hipotalâmico.

O GnRH atua na hipófise anterior, promovendo a liberação de FSH, que estimula a gametogênese, bem como a liberação de LH, estimula a secreção de androgênios.

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Fisiologia

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Conceito

A síntese dos hormônios androgênios dá-se a partir do colesterol.

Este irá formar, após sucessivas oxidações, a pregnenolona. A pregnenolona é o principal precursor dos hormônios esteróides.

Durante a conversão da pregnenolona à testosterona, ocorre a formação de desidroepiandrosterona (DHEA), androstenediona e 5- diidrotestosterona ( DHT ).

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Conceito

Dehidroepiandrosterona ( DHEA): - Precursor secretado pela gl. Adrenal. - Promove ↑ massa muscular e perda de peso. - não eleva níveis de Testosterona séricos, nem ganho de

força. - devido potencial androgênico, não é recomendado p/

jovens e mulheres.

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Conceito

Androsterediona: - esteróide fraco disponível em mtos suplementos

nutricionais. - precursor imediato da testosterona, como estradiol e

estroma. - sua atividade anabólica é 1/5 ou 1/10 da testo. - não há evidencias de ganho de massa ou força.

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Conceito

5-Diidrotestosterona ( DHT ): - androgênio ativo em mtos tecidos-alvo, sendo

considerado tão potente quanto a testosterona.

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Conceito

No homem adulto normal, a concentração plasmática de testosterona varia de 300 a 1.000ng/dl e a taxa de produção diária está entre 2,5 e 11mg.

40% da testosterona circulante ligam-se a uma proteína plasmática denominada proteína ligante do hormônio sexual.

aprox 2% estão livres, sendo que o restante está associado à albumina e outras proteínas plasmáticas.

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Uso clínico

1. reposição hormonal 1° ou 2° em hipogonadismo, 2. puberdade e crescimento retardados, 3. micropênis neonatal, 4. def androgênica parcial em homens idosos, 5. def androgênica secundária a doenças crônicas, 6. contracepção hormonal masculina, 7. osteoporose, 8. anemia causada por falhas na MO ou nos rins, 9. CA de mama avançado, 10. obesidade. 11. ↑ massa muscular em DPOC, HIV e distrofias

musculares

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EA no Esporte

1935: testosterona sintetizada pela 1° vez ( Ruzica e Welstein)

1939: Boje sugeriu que horm esteroides poderiam melhorar o desempenho atletico.

1945: popularização “ the male hormone “.

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EA no esporte

1954: franca utilização por atletas russos no campeonato mundial de levantamento de peso.

1956: Laboratorio Ciba criou Metandrosterona, Dianabol.

1964: Olimpíadas de Tóquio largamente utilizado em diversas modalidades

1976: Olimpíada de Montreal inicio do controle de dopagem para detecção de EA.

1986: estudo americano demonstrou que 6,6% homens adultos usaram, sendo 38% antes dos 16ª.

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EA no esporte

3 metodologias de uso: 1. Ciclos: período de utilização de tempos em tempos,

que varia de quatro a 18 semanas;

2. “pirâmide”, começa com pequenas doses, aumentando-se progressivamente até o ápice e, após atingir esta dosagem máxima, existe a redução regressiva até o final do período;

3. “stacking” (uso alternado de esteróides de acordo com a toxicidade), refere-se à utilização de vários esteróides ao mesmo tempo

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Efeitos na performance

Acredita-se que os EA melhoram o desempenho atlético por:

- aumentarem a massa muscular ° aumento da síntese protéica muscular, ° promoção da retenção de nitrogênio, ° inibição do catabolismo protéico ° estimulação da eritropoiese,

- promoverem a agressividade e a motivação.

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Efeito anabólico

Devido a indução de síntese proteica nas cels musculares esqueléticas.

EA atuam em receptores citoplasmáticos específicos, e este complexo ativa o núcleo a sintetizar RNA ribossomal e mensageiro, iniciando a sintese proteica.

Este efeito anabólico pode ser obtido indiretamente pelo ↑ dos níveis de GH endógeno associado à adm de EA.

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Efeito Anticatabólico

Mediado por 2 vias: a) revertendo o ef catabólico dos glicocorticóides

liberados após treinos intensos.

b) melhoram a utilização das proteínas ingeridas, assim ↑ retenção nitrogenada

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Aprimoramento do comportamento agressivo

Encourajamento a treinos mais intensos e adquirir mais vantagens em competições.

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benefícios

A adm de testosterona combinado com treinos de força levam ao ganho de massa corporal, ↑ vol. Muscular e ↓ gordura.

Também usado em esportes de endurance, pelo ef. Anticatabólico, melhorando a recuperação pós-treino e permite maiores volumes de treinos.

Alem de estimular a eritropoiese, ↑ o transporte de oxigênio.

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benefícios

androgênios podem ↑ a síntese protéica, através da estimulação intramuscular da expressão do gene para o IGF-I (insulin-like growth factor-I)

o uso de EAA causa hipertrofia das fibras tipo IIa, aumento mionuclear e formação de novas fibras, nos músculos trapézio e vasto lateral, além de aumento na expressão de receptores androgênicos no músculo trapézio.

Kadi

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Literatura

Diversos trabalhos sugerem que a testosterona age diretamente na expressão do gene da proteína contrátil em animais, uma vez que esta causa aumento na largura das fibras musculares devido a elevação no número de miofilamentos e miofibrilas, além de induzir mudanças na estrutura das isoformas da miosina de cadeia pesada.

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Literatura

Os estudos clínicos no que se refere ao aumento da força e da massa muscular são inconclusivos, muitas vezes por apresentar problemas metodológicos, como o efeito placebo.

Atletas que receberam 100mg de metandienona/dia, durante 6 sem, apresentaram ↑ de peso na massa magra corporal e ↑ do tamanho muscular. A força e o desempenho melhoraram a cada período de treinamento, mas não foi diferente do grupo placebo. As alterações no peso e na composição corporal podem ter sido causadas por ↑ intracelular de fluido.

Hervey et al. 1976

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Literatura

Utilizando 600mg testosterona/semana, durante 10 sem, verificou o ↑ da força e hipertrofia muscular em homens saudáveis.

Seus resultados demonstraram que a testosterona, ppalmente quando combinada com treinamento de força, ↑ a massa livre de gordura, a massa muscular e a força desses indivíduos.

Bhasin et al.

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Literatura

uso de DHEA em atletas australianos, verificou que estes utilizam como agente anabólico para elevar os níveis de testosterona e androstenediol. Entretanto, sua eficácia como agente anabólico e produtor de energia permanece sem comprovação. Assim como a DHEA, a androstenediona tem sido utilizada com o intuito de elevar os níveis de testosterona.

Corrigan,1997

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Literatura

Todavia, demonstrou que a suplementação de androstenediona não elevou as concentrações plasmáticas de testosterona nem promoveu adaptações do músculo esquelético no treinamento de resistência.

King et al,

1999

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Efeitos Adversos

Bastante comuns, ppalmente em mulheres.Normalmente reversíveis com parada do uso.↑ risco de morte 3,1% para 12,9% em levantadores de

peso.↑ risco de mortes violentas por comportamento

impulsivo, agressivo e sintomas depressivos.Além do risco de infecções por HIV, hep B e C, e

formação de abcessos pelo compartilhamento de agulhas.

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Toxidade

Fígado: - 80% dos usuários desenvolvem alt Hepáticas como

hiperbilirubinas e ↑ enzimas. - uso contínuo pode levar obstrução biliar e icterícia,

além do desenvolvimento de Ca hepático. - reversívl com cessação, cerca de 3m.

Tumores: - incluem Wilms, Ca próstata, leucemias. - não é possivel provar a relação direta entre CA e EA.

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Toxidade

Lípides: - ocorre ↓ HDL e ↑ LDL, o que gera o risco de

desenvolvimento DAC. Também reversível.

HAS: - secundário a retenção de sódio e água. - diminuição do relaxamento vascular

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Toxidade

Cardiovascular: - insuf cardíaca, fibrilação ventricular, tromboses, HVE,

dçs isquemicas e IAM.

- devido alteração no metabolismo de lipoproteínas e presença de disf endotelial.

Alem de estimular a agregação plaquetária .

Page 31: ESTERÓIDES ANABOLIZANTES NO ESPORTE

Toxidade

Imunidade: - ↓ da imunidade humoral com ↓ IgG, IgM e IgA.

Pele: - produção excessiva sebácea, inclue Acne, cistos

sebáceos, foliculites, furúnculos, ↑ pêlos e distribuição masculina.

Psicologico: - efeitos na irritabilidade, humor, libido. - esquizofrenia aguda e psicose transiente. - dependencia química, depressão, impotencia e anorexia

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Homens

- por Feedback -, ocorre ↓ da produção pituitária de FSH e LH, promovendo ↓ do tam do testículo e vol espermático.

- HCG não parece ser efetivo. - Clomifeno pode restaurar a disf pituitaria-gonadas

induzida.

- níveis de Estradiol plasmático ↑ consideravelmente, levando a manifestações de feminilização ( ginecomastia ) . Resultado da conversão periférica de EA em estrogenio.

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Mulheres

- ocorre iregularidade menstrual, engrossamento da voz, calvívie, hirsutismo, atrofia uterina e ↑ clitoris.

- mudanças podem ser irreversíveis. - EA durante gravidez pode gerar abortos espontâneos e

anormalidades fetais.

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Adolescentes

- Acne, ↑ pêlos no corpo e face. - fechamento prematuro das epífises - engrossamento fálico - calvície e engrossamento da voz - maturação psicosocial anormal.

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Problemas epidemiológicos

Preocupação sociogovernamental envolvendo o abuso de EAA, dentro e fora do cenário esportivo.

Aumento crescente do uso entre frequentadores de academias e o acesso fácil no mercado negro e em fármacias sem prescrição medica.

Uso maior entre 18-26 anos, porem ocorre entre 9-13anos.

Maior em homens, mas também observa-se o uso crescente entre mulheres.

Relação do EA com outras drogas ilícitas e lícitas.