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Aug 13, 2020

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EspecialSugestões para o Dia dos Namorados . . . . . . . . . . . . 8

ArteAssociação de Antiquários do Algarve e Alentejo . . .10

ReportagemAlbufeira inaugura Cantina Social . . . . . . . . . . . . . . . 12Portimão aposta no apoio aos carenciados . . . . . . . .16Lagoa com mais pedidos de ajuda . . . . . . . . . . . . . . . .18

LagoaFestival Sons do Fado já mexe . . . . . . . . . . . . . . . . . . .19Humorfest faz rir em Março . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

Portimão‘Sabores da Europa’ no Museu . . . . . . . . . . . . . . . . . 23Supertaça dinamizou fim-de-semana . . . . . . . . . . . . 24

Albufeira‘Aquecimento’ para o Festival Artes . . . . . . . . . . . . . 30Desidério em balanço . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

AmbienteViver sem sacos plásticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32

AutomóveisConheça o novo Mercedes-Benz SLK . . . . . . . . . . . 36

este mês

3

Sumário

Edito

rial

Depois de em finais de 2010 ter chegado o momento de, quase obrigado pelos parceiros

europeus, nomeadamente pela Alemanha, o Governo português avançar para os cortes

nos salários dos funcionários públicos, eis que, agora, no início de 2011, chega a hora de se

avançar com os cortes aos cortes, ou não fossemos nós portugueses, egoístas, e quase

fatalmente ansiosos em ser gregos e atingir a situação que a Grécia atravessa. Por isso,

toca a arranjar excepções e ver quem consegue escapar aos cortes. Primeiro foram os

Açores, seguiram-se alguns organismos e empresas públicas … Se calhar, ainda vamos

dar graças a estas egoístas excepções, pois assim o FMI chega mais depressa e faz,

quanto antes, o que tem mesmo de ser feito…

Na edição deste mês, dedicamos especial atenção aos apoios sociais concedidos pelas

autarquias às pessoas mais necessitadas. Todos ouvimos falar, por alto, desses apoios,

mas poucos os conhecem em concreto, excepto os que deles beneficiam. Por isso, é de

sublinhar o papel desenvolvidos por muitas autarquias no apoio às pessoas, muitas delas

em situações dramáticas. Mas atenção que também há excessos e fraudes!

Para muitos pode parecer excessivo e uma espécie de auto-promoção, mas o balanço

que Desidério Silva fez ao trabalho de nove anos de autarca, com uma conferência orga-

nizada para o efeito, não deixa de ter o seu sentido. Porque, de facto, há muita coisa que

mudou e melhorou em Albufeira desde 2002, quando chegou à presidência. Nem todos

os autarcas podem gabar-se do mesmo. Além disso, Desidério não falou só das grandes

obras, sublinhando também coisas à primeira vista pequenas, mas que são de extrema

importância para as pessoas. Outro aspecto: hoje em dia há uma questão vital, quando

se faz é preciso mostrar que se faz, caso contrário, para muita gente, é como se não se

tivesse feito, e para outros, a memória é curta. E Desidério sabe isso bem.

A partir de 23 de Fevereiro, a Algarve Vivo passará a estar on-line. Assim pretendemos

chegar a mais pessoas, a novos leitores e apresentar outros conteúdos. A edição em

papel estará disponível no nosso sítio da Internet, em www.algarvevivo.com, num espaço

onde poderá encontrar outras informações, mais actualizadas, e sugestões para desfrutar

do melhor que o Algarve tem para oferecer. Por outro lado, o início de 2011 marca

também o regresso da Opinião à nossa revista. Para já, com Joaquim Cabrita, advogado,

e Isabel Guerreiro, vereadora da Câmara de Portimão, mas outros colunistas vão juntar-se,

em breve, a este painel, entre colaborações fixas e outras pontuais.

A hora dos cortes nos cortes

Ficha técnicaProprietário e Editor: PressRoma, Edição de Publicações Periódicas, Lda. Morada: Rua Direita, nº 13 8400-483 Porches Contribuinte: 508134595 ALGARVE VIVO Director: Rui Pires Santos Colaboradores: Alexandre Pires, Filipe S. Pratas, Júlia Lameiras, Lélia Madeira, Marisa Avelino, Miguel Santos, Ricardo Tello e Rui Pando Gomes Fotografia: Eduardo Jacinto e Paulo Arez Projecto Gráfico: Sérgio Costa Grafismo: Sérgio Costa (editor) e Filipe Santos Assinaturas: Telefone: 282381546 Preço anual: 22 euros (12 números) Redacção: Rua Direita nº13 8400-483 Porches Telefone: 282381546/967823648 E-mail: [email protected] Nº do Depósito Legal: 260121/07 Nº de registo na ERC: 125192 Tiragem: 2000 exem-plares Periodicidade: Bimestral Impressão: Litográfis – Artes Gráficas, Lda. Pavilhão A – Vale Paraíso, 8200-567 Albufeira

Rui Pires SantosDirector

Algarve Vivo Fevereiro / março 2011

Foto de CapaPaulo Arez

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em resumo

A empresa de reparação de calçado Botaminuto lan-çou a campanha solidária ‘Sapatos com Histórias’, que convida as pessoas a desfazerem-se dos sapa-tos que já não usam e deixá-los em qualquer loja desta cadeia. Depois de arranjado, todo o calçado é encaminhado para instituições de solidariedade social e ajuda a aquecer os pés frios de Norte a Sul do país.

Até 15 de Fevereiro, participe nesta iniciativa e entre-gue os seus sapatos usados, de adulto ou criança, no ponto de recolha mais perto de si. No Algarve, poderá encontrar uma loja Botaminuto em Tavira, no Centro Comercial Gran Plaza. Este é o quarto ano consecutivo desta campanha, sendo que em 2010 foram angaria-dos nove mil pares de sapatos.

Sapatos solidários

Pela primeira vez, o Salão de Literatu-ra, uma iniciativa cultural da Associa-ção ALFA, vai realizar-se em bilingue: alemão e português, decorrendo na Quinta dos Vales, em Estombar, a 17 de Fevereiro (19h30). A iniciativa con-tará com a presença da escritora Lídia Jorge.

> Literatura na Quinta

O ‘resort’ de cinco estrelas Vila Sol, em Vilamoura, vai passar a ser gerido pelo grupo Pestana, que passa assim a con-tar com oito hotéis no Algarve. O hotel reabriu a 1 de Fevereiro em regime de ‘soft opening’ e já rebaptizado de Pes-tana Vila Sol Golf & Resort Hotel.

> Pestana vai gerir Vila Sol

Um estudo britânico revelou que o Facebook é uma das causas de se-paração de casais mais evocadas nos últimos meses, sendo um instrumento para a infidelidade. E até já há em-presas a desenvolver softwares para que as pessoas possam espiar os seus companheiros nas redes sociais.

> Divórcios no FacebookIlustres na Volta ao Algarve

A Volta ao Algarve, cuja 37.ª edição decorre entre 16 e 20 de Fevereiro, vai contar do com a presença de 12 das 18 equipas principais do pelotão nacional. Do ciclismo internacional es-tarão entre nós corredores como o checo Roman Kreuziger (Astana), o espanhol Leon Sanchez (Rabobank), o alemão Tony Martin (HTC), o norte-americano Tyler Farrar (Garmin) ou o germânico Andreas Kloeden (RadioShack), companhei-ro de Sérgio Paulinho e Tiago Machado.

Cortes na promoção A promoção interna turística do Algarve vai sofrer cortes este ano, na sequência de uma reunião entre as Entidades Regionais de Turismo e o secretário de Estado do Turismo, Bernardo Trindade, onde fi-cou claro que a decisão de reduzir os orçamentos disponíveis é para aplicar. O presidente do Turismo do Algarve, Nuno Aires, já admitiu que “vai rever o plano de promoção interna”, de forma a “minimizar os estragos” provocados pelos cortes orçamentais.

O Algarve foi galardoado com o pré-mio ‘Best Sun Destination’ (Melhor Des-tino Turístico de Sol & Praia) na ‘Holiday World’, a maior feira irlandesa de turis-mo. A Associação de Turismo do Algar-ve (ATA) congratula-se com o galardão e com o aumento do conhecimento da marca Algarve junto do ‘trade’ irlandês.

> Região distinguida

4 Algarve Vivo Fevereiro / março 2011

D.R.

CMP/FILIPE DA PALMA

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destAques

teAtro: ‘HIstÓrIAs dA moNArquIA’

‘Histórias da Monarquia’ conta com oito actores empenhados em retra-tar a história da monarquia portu-guesa, com especial incidência na cultura e tradições dos diversos períodos da história, sempre com um sorriso nos lábios...

19 Fevereiro – 16h00Auditório Municipal de Olhão

VII FestIVAL dAs soPAs O 7.º Festival das Sopas promete aquecer e aconchegar os estôma-gos, com uma variedade surpre-endente de sopas derivadas de vários restaurantes do Concelho. Este evento tem como objectivo angariar fundos para o projecto Aldeia da Solidariedade.

27 Fevereiro Espaço Multiusos de Albufeira

teAtro: os 39 deGrAus

Quando um ilustre e bem pare-cido gentleman inglês é pro-curado por um crime que não cometeu e se vê enredado numa teia de espiões, isto significa que estamos perante “Os 39 De-graus”. Adaptado do clássico de Hitchcock, ‘Os 39 Degraus’.

25 e 26 Fevereiro – 21h30 Teatro das Figuras – Faro

tAÇA de PortuGAL em PÁrA-quedIsmo

Portimão recebe mais uma vez a Taça de Portugal em pára-quedis-mo, num evento de invulgar beleza nos primeiros três fins-de-semana de Fevereiro. Dias 5 e 6 – Skysurf; Dias 12 e 13 – VF4; Dias 19 e 20 – Freefly.

CAmANÉ ‘do Amor e dos dIAs’ Camané regressa ao Algarve, des-ta feira a Faro para apresentar o disco ‘Do amor e dos dias’. Uma das grandes vozes do fado nacio-nal promete um bonito espectáculo e uma oportunidade de contemplar um grande momento de fado.

‘deZ moNumeNtAIs esCuLturAs BrItÂNICAs’, eXPosIÇÃo BerArdo ‘Dez Monumentais Esculturas Britânicas’ apresenta 10 esculturas integradas no campo arqueológico romano Cerro da Vila, estabelecendo uma relação directa e harmoniosa com a paisagem e a arquitectura do lugar.

Até 10 Setembro – 09h30 às 12h30 e 14h00 às 18h00 – 5€Cerro da Vila – Vilamoura (Loulé)

Em FEvErEiro acontEcEEm Fevereiro acontece

Correr o FAdo, quorum BALLet

Para celebrar o Fado, a mais re-presentativa forma de expressão da cultura tradicional portuguesa, o Quorum Ballet propõe, com esta criação, um novo encontro com o género musical que é um dos pas-saportes da cultura portuguesa no estrangeiro.

11.o FestIVAL de mÚsICA AL-mutAmId O Festival de Música Al-Mutamid apresenta na sua 11.ª edição três espectáculos de enorme beleza visual e sonora. Nos dias 11 e 12 em Albufeira e Lagos (Ibn Misjan Ensemble), no dia 18 em Loulé, Rasha, e a 19, em Lagoa Jesus Herrera y Su Cuadro Flamenco.

11, 12, 18 e 19 Fevereiro – 21h30Albufeira, Lagos, Loulé e Lagoa

12 Fevereiro – 21h30 – 15€Teatro das Figuras – Faro

26 Fevereiro – 21h30 – 10€TEMPO (Grande Auditório Nuno Mergulhão)

5 a 20 Fevereiro – A partir das 10h30Aeródromo Municipal de Portimão

6 Algarve Vivo Fevereiro / março 2011

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esPeCIAL

Algarve Vivo Fevereiro / março 2011

PPara muitos, o Dia de São Valentim é uma banalidade, como muitos outros dias que deveriam ser assinalados, de forma a quebrarmos a rotina . Mas, para quem gosta de aproveitar a vida, de surpreender a sua cara-metade, de fazer surpresas ou tornar alguns dos dias do ano memoráveis, para um dia mais tar-de recordar, eis que apresentamos algumas sugestões de requinte e que podem surpreender .

O Hotel Suites Alba Resort, jun-to à Praia de Albandeira, no con-celho de Lagoa, tem um programa especial para este dia e que pode-rá ser aproveitado entre 1 e 28 de Fevereiro, disponibilizando para o

Conheça algumas propostas únicas e inesquecíveis para o Dia dos Namorados

Para o dia dos Namorados, apresentamos algumas sugestões bem agradáveis, com muita classe e ‘glamour’. Num restaurante ou num hotel, escolha qual a que melhor se enquadra no seu gosto para um dia ou uma noite que a sua cara-metade não vai esquecer tão cedo.

São Valentim no Algarveefeito três pacotes específicos .

Qualquer um dos programas – Luxos de Amor (desde 159€/1 noite) e Tentações (179€/1 noi-te) e Travessuras (199€/1 noite) disponibilizam-lhe um verdadeiro serviço VIP à chegada, um peque-no-almoço buffet no Restaurante Morgadinho para dois, onde tam-bém poderá desfrutar de um jantar à luz das velas ou, se desejar, um cenário com maior intimidade e romantismo, na sua suite, especial-mente decorada para o efeito . Os programas Tentações e Travessu-ras levam até si também o mistério e a paixão dignos do São Valentim, oferecendo-lhe uma surpresa à

chegada, consoante a escolha entre a Escapadinha Travessuras, menos atrevida, e a Escapadinha Tenta-ções, mais atrevida .

Em qualquer destes programas terá acesso às piscinas exterior e interior, jacuzzi panorâmico, sauna, banho turco, ginásio, duche sen-sações e sala de relaxamento com camas de água aquecidas . Mas há mais surpresas… para mais infor-mação consulte http://www.suite-salbaresort.com/.

romantismo no Pimenta PretaNo restaurante mediterrânico Pi-menta Preta, situado no aldeamen-to Pestana Palm Gardens, poderá,

na noite do dia 14, desfrutar de mo-mentos únicos . Num ambiente que transmite uma sensação de grande tranquilidade, terá um menu de São Valentim com pratos únicos, apela-tivos e bem saborosos, com iguarias criadas especialmente para este dia . O menu inclui ‘Camarão seduzido pela fruta da paixão’, ‘Castanha derretida de amor pela baunilha’, ‘Peixe entre dois amores, o ketchup de abóbora e a esmagadas de Ervi-lhas’, ‘Faisão e a farinheira metidos numa cama de legumes e com mo-lho afrodisíaco de Canela’ . Para so-bremesa, uma ‘União do chocolate e da Amêndoa apesar de amargos’ . Pratos bem sugestivos e bem à imagem da cozinha saudável, num menu que custa 32€/pessoa (962 441 493, contacto para reservas) .

Xarme AfrodisíacoEm Lagos, o restaurante Xarme apresenta também um programa di-ferente . A degustação de três pratos afrodisíacos, com três copos de vi-nhos . Sopa fria de tomate e morango picante com gelado de tomate e man-jericão, Tornedó/batata gratinada/molho de chocolate e tomilho e Bolo de uvas pretas/requeijão/gengibre/Gelado de azeite/Molho iogurte e uvas pretas são as sugestões por um preço de 60€ por casal. Reservas pelo telefone 917 818 412 .

D.R.

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São Valentim no Algarve

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AA 6A – Associação dos Ami-gos das Artes e Antiquários do Al-garve e Alentejo foi, recentemente, formada com o objectivo de honrar o mercado das artes e antiguidades . Após alguns anos a lutar para que o projecto ganhasse vida, Sérgio Hapetian, presidente da 6A e anti-go comerciante de tapetes orientais,

Conceito europeu ganha forma no Algarve

Feiras, mercados, conferên-cias, palestras e leilões são algumas das valências que a 6A – Associação dos Amigos das Artes e Antiquários do Algarve e Alentejo pretende colocar ao dispor dos aman-tes da arte antiga, antigui-dades e coleccionismo, e do público em geral.

Texto: Marisa AvelinoFotos: Eduardo Jacinto

‘Antiquários do Sul’ para dignificar a arte antigaArte

conseguiu, finalmente, criar uma es-trutura que dignifica as feiras de arte antiga . Desde há muito que Hapetian tem vindo a lutar para que as feiras de antiguidades tenham a importân-cia e reconhecimento devidos por parte das autarquias e público em geral .

Nesse sentido, a associação vem preencher uma lacuna existente, ve-rificada ao longo dos anos por parte dos apreciadores da arte antiga, anti-guidades e coleccionismo . “Isto é um velho sonho meu . Quando cheguei ao Algarve, as feiras apresentavam todos os artigos misturados; frutas, roupas, velharias, electrodomésticos, entre outros produtos . Perante tal

cenário, decidi criar uma estrutura que permitisse promover e realizar feiras de antiguidades, dignifican-do-as, tal como acontece no resto da Europa”, conta Sérgio Hapetian à Algarve Vivo . E assim foi . Enfren-tando tempos de crise, os membros da 6A arregaçaram as mangas e, jun-

tos, trabalharam a fim de encontrar uma solução para desenvolver a sua arte, dirigindo-se às autarquias que se mostraram receptivas em ajudar, pois também elas têm interesse em dinamizar o turismo nos seus con-celhos . Uma das câmaras municipais interessadas em colaborar com a as-sociação, no sentido de promover a cultura e a arte, é a de Faro, embora

não haja, ainda, qualquer projecto definido .

Instruir clientesO facto de haver pessoas, na sua maioria estrangeiras, com coragem e vontade de trabalhar e promover a cultura dentro desta área, fez com que a 6A conseguisse dar os primei-ros passos . Na opinião de Sérgio Ha-petian, há muita gente em Portugal que está dentro da arte antiga e que se interessa, mas sem grande von-tade de ir mais além, daí haver mais estrangeiros interessados pelas anti-guidades .

Apesar de muito recente, a 6A está a fazer diligências junto da Câmara Municipal de Loulé com o objectivo de realizar o seu primeiro evento, uma Feira de Páscoa . “Neste espaço as pes-soas vão poder encontrar tudo o que é antiguidades com seriedade, peças autênticas”, adianta o presidente da Associação dos Amigos das Artes e Antiquários do Algarve e Alentejo .

Pub

ASSoCIAção PRetenDe ReALIzAR umA FeIRA De AntIguIDADeS, Com PeçAS AutêntICAS, nA PáSCoA

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11Algarve Vivo Fevereiro / março 2011

‘Antiquários do Sul’ para dignificar a arte antiga

As iniciativas que pretende reali-zar não se limitam à compra e venda de peças de arte antiga, bem como de outros artigos, mas, também, a uma partilha de informação onde os expositores participantes se disponi-bilizam analisar, avaliar e, caso haja interesse, até comprar peças aos vi-sitantes . Este é, de facto, um conceito novo que já se verifica um pouco por toda a Europa . Trata-se de “partilhar conhecimento e experiência para que todos, vendedores e compradores, enriqueçam o seu saber na área das antiguidades” . “Não queremos, ape-nas, vender mas, também, instruir

os nossos clientes sobre aquilo que estão a adquirir . Além da compra e venda, os visitantes vão ter a possi-bilidade de encontrar um manancial de informação cultural”, frisa Sérgio Hapetian . De facto, um dos principais objectivos desta associação é promo-ver cultura, criando todo o tipo de eventos culturais que possam digni-ficar a sua arte através da promoção, organização e dinamização de feiras, mercados, conferências, palestras, leilões ou qualquer evento histórico-cultural, com ou sem fins lucrativos, em colaboração com entidades públi-cas ou privadas .

Ter uma casa aberta com algu-mas peças, mostrando o que a 6A tem de melhor, é um dos pro-jectos para o futuro. No entanto, as ideias não ficam por aqui e Sérgio Hapetian considera que, a longo prazo, possa vir a construir um museu. Após apresentar-se e dar a conhecer os seus objectivos através da sua página do Face-book – ‘Antiquários do Sul’ –, a 6A tem vindo a ter um feedback bastante positivo junto do públi-

À espera de resposta das câmarasco. Ainda sem grandes apoios, a associação garante que “há muita vontade em conhecer e dignificar o seu trabalho”, encontrando-se, ainda, num processo de divulga-ção. “Continuamos à espera de resposta às nossas propostas por parte das câmaras no sentido de podermos trabalhar em conjunto”, finaliza Sérgio Hapetian, um dos membros fundadores da 6ª, a par de Eduardo Cid, Derek Tomlin, Ulf Norén e Pedro Soares.

Sérgio Hapetian é um antigo comerciante de tapetes orientais

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rePortAGem

Algarve Vivo Fevereiro / março 2011

AAo jantar, a Cantina Mu-nicipal de Albufeira transforma-se em Cantina Social . É assim desde 17 de Janeiro deste ano . Nesse dia, foram servidas 66 refeições, um nú-mero que foi subindo à medida que a acção foi sendo divulgada . Agora, a média diária é de 160, embora es-tejam registados 206 beneficiários. A maioria das pessoas que recorre a esta ajuda prefere levar a comida para casa . Um desses casos é Joana, nome fictício . Tem 28 anos e começou a sentir dificuldades monetárias “há cerca de nove meses”, porque ficou “doente e no desemprego”, conta à Algarve Vivo enquanto aguarda que lhe sirvam o jantar para si, para os seus três filhos e para o seu marido, “que neste momento tem trabalho” . Sem emprego desde o ano passado está José Barbosa, de 40 anos, dos

Número de beneficiados ascende já aos 200

Com os efeitos da crise a agudizarem-se, aumentam os pedidos de ajuda das pessoas, que recorrem, em primeira instância, às autarquias. A Algarve Vivo foi conhecer os apoios disponíveis em três câmaras algarvias e ficou a saber as inúmeras medidas tomadas em Lagoa, Portimão e Albufeira para dar resposta às necessidades e desespero da população. Nesta última localida-de, o primeiro mês de 2011 ficou marcado pelo arranque de uma cantina social, que serve refeições às pessoas em situação de carência e exclusão.

Lélia Madeira

Albufeirenses dizem

“eu Ajudo”

poucos que janta nas instalações da Cantina Social, um projecto que, no seu entender, é “excelente” e que “devia ter surgido há mais tempo” . Opinião partilhada por Valdemar Trocato, de 42 anos, o qual vive em si-tuação de carência financeira há mais de um ano, “devido ao desemprego” . “E a certos problemas que eu próprio criei e à toxicodependência que te-nho”, acrescenta num desabafo à nos-sa revista, dizendo, ainda, que preten-de usufruir todos os dias deste apoio . Valdemar pode fazê-lo, porque as

refeições, compostas de sopa, prato principal, pão, bebidas e fruta, são servidas realmente todos os dias, incluindo fins-de-semana e feriados, das 18h00 às 20h00.

A importância do voluntariadoTal só é possível graças à disponi-bilidade de mais de uma centena de voluntários . Entre eles, encontra-se Susana Fernandez, uma jovem de 20 anos, que se estreia no voluntariado com esta iniciativa, que considera “bastante boa, porque todas as pessoas

merecem uma refeição quente por dia e nem todas têm essa possibilidade” . Os primeiros voluntários chegam duas horas antes de as portas abri-rem aos utentes . Há muito para fa-zer . Que o diga o chefe de cozinha Ricardo Sousa, que está “envolvido neste projecto desde o início e, nos primeiros tempos, vou tentar estar aqui todos os dias . Não é muito fácil conciliar com o meu trabalho, mas, felizmente, temos tido voluntários que nos têm ajudado bastante . Não são suficientes, precisamos sempre de mais, mas, por enquanto, temos conseguido dar resposta”, refere . Ricardo Sousa enaltece também a contribuição dos supermercados, das associações e de particulares, que se associaram à iniciativa, doando gé-neros alimentares . De acordo com Ricardo, “as pessoas estão a aderir

São já mAIS De 100 oS VoLuntáRIoS Que ADeRIRAm A eStA CAuSA e ConCeDem um PouCo Do Seu temPo A Quem PReCISA

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13Algarve Vivo Fevereiro / março 2011

A concretização de uma iniciativa como a Cantina Social de Albufeira depende do empenho de várias pessoas e instituições. Muitas já se disponibilizaram, mas são necessá-rias sempre mais. Como tal, se quer dar algum do seu tempo a quem mais precisa, inscreva-se nos Ser-viços de Acção Social da autarquia ou em www.cm-albufeira.pt. Outra forma de ajudar é doando géneros alimentares, como massas, azeite, óleo, feijão, grão, batatas, tomate, atum, pão, entre outros. Os dona-tivos podem ser depositados num recipiente próprio colocado no edifí-cio da câmara. Quanto aos produtos perecíveis, como frutas, legumes, carnes, peixes ou congelados, esses devem ser entregues na Cantina Municipal, das 9h00 às 15h00. Para demais esclarecimentos os interes-sados deverão usar os telefones 289 570 748 ou 289 598 809.

também quer ajudar?

bastante . Temos muitos bens não perecíveis . Tem sido um pouco mais complicado arranjar produtos fres-cos, mas até agora tem dado” .

os promotoresSob o mote ‘Eu Ajudo’, a Cantina So-cial de Albufeira é promovida pela câ-mara e junta de freguesia locais . Uma semana antes de serem servidas as primeiras refeições, as duas entidades juntaram-se para explicar publica-mente os objectivos desta iniciativa . Na ocasião, o líder da autarquia, Desidério Silva, começou por su-blinhar que “era bom que este projecto não fosse apresentado” . “Seria bom que não estivéssemos aqui hoje… seria sinal que as pesso-Na Câmara Municipal de Albufeira há um depósito para depositar donativos alimentares

CMA/Rui Gregório

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mais de 100 voluntáriosAté finais de Janeiro, o número de voluntários inscritos ultrapassava a cen-tena . O empenho é a palavra de ordem para esta equipa desde o primeiro dia . Estas pessoas asseguram a execução de inúmeras tarefas, desde o con-trolo de entradas, orientação de equipas de escalonamento de tarefas, con-trolo e aprovisionamento de dispensa, supervisão de cozinha e limpeza .

meia tonelada de alimentosNo primeiro dia oficial da campanha foi recolhida cerca de meia tonelada de alimentos, só de doadores que assistiram à apresen-tação do projecto . Além do depósito colocado na câmara, pode doar produtos nas grandes superfícies do concelho que aderiram ao projecto .

O novo equipamento funciona dia-riamente nas instalações da Canti-na Municipal, das 18h00 às 20h00, e serve perto de 206 indivíduos sinalizados pela autarquia, que compõem 75 agregados familia-res. “Estes são os números de que dispomos actualmente, mas que contamos que venham a aumen-tar após a divulgação do projecto”, refere Marlene Silva, vereadora da Acção Social do município de Albu-feira. “É muito importante que toda a comunidade abrace esta causa e nos ajude a divulgá-la”, acrescen-tou. A vereadora agradeceu publi-camente o empenho de todos os voluntários, com especial ênfase para as empresas e particulares que estão a patrocinar o projecto: Continente, Modelo, Makro, Recheio, Pingo-Doce, Mercado de Albufeira (peixaria), e a Associação dos Profis-sionais de Pesca de Albufeira.

Apoio a 45 agre-gados familiares

as não precisavam de ajuda . Sei que há pessoas que não gostam que se fale destas coisas, mas pior do que não falar é não agir”, acrescen-tando que este “projecto pretende dar respostas a pessoas que estão a passar por uma fase de fragilida-de, que procuraremos minimizar” . Até há poucos meses atrás, não era assim, não havia as necessidades

que existem actualmente . “Albufei-ra era uma cidade onde as pessoas viviam um pouco acima da média”, recordou o presidente da junta de freguesia, Hélder Sousa: “de um momento para o outro, ficámos numa situação complicada . Era bom que nos apercebêssemos dis-so . Cada vez mais vemos pessoas dirigirem-se à junta para preen-

cherem a confirmação quinzenal do desemprego . Foi este um dos mo-tivos que nos fez agarrar este pro-jecto”, que começou a ser pensado em Outubro último e que depressa conseguiu estabelecer parcerias com particulares, associações e su-permercados sediados no concelho . Helder Sousa adiantou também que esta ideia será posta em prática nas

outras freguesias, a começar por Ferreiras, que é a segunda mais po-pulosa e com mais casos problemá-ticos . Enquanto isso não acontece, todos os munícipes podem recorrer à Cantina Social de Albufeira, desde que estejam em situação de carên-cia e exclusão e que se inscrevam no Gabinete da Família, situado na Quinta da Palmeira .

14 Algarve Vivo Fevereiro / março 2011

Uma equipa de voluntários Desidério Silva dá o exemplo

Paulo Arez CMA/Rui Gregório

Paulo ArezPaulo Arez

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CMA/Rui Gregório

15Algarve Vivo Fevereiro / março 2011

A“As pessoas quando chegam à câmara querem ajuda de qualquer maneira, mas não sabem bem o que pretendem”, afirma à Algarve Vivo a vereadora de Acção Social da au-tarquia de Albufeira . Marlene Silva é uma das pessoas que mais directa-mente lida com os problemas das fa-mílias do concelho . Quando fomos ao seu encontro, o primeiro mês de 2011 ainda não tinha acabado e a autarca já notava que “aumentou a necessidade de apoio” .

Era dia de atendimento ao públi-co e “a maioria dos munícipes pediu ajuda para alimentação e habitação” . Relativamente à alimentação, os que mais precisam podem contar agora com uma refeição quente por dia servida pela Cantina Social, um projecto de solidariedade nascido este ano, que beneficia 75 famílias, num total de 206 pessoas.

Na habitação, Marlene Silva diz que “o que vêm pedir é habitação social, mas, neste momento, todas as casas estão sobrelotadas e é ób-vio que não vão vagar de maneira nenhuma . Explico às pessoas que a única hipótese é o apoio ao arren-

Para conseguirem fazer face às despesas

A câmara albufeirense dis-ponibiliza, desde 2009, uma série de programas sociais às pessoas mais desfavo-recidas. Dois anos depois, as solicitações são cada vez maiores, sobretudo de apoio ao arrendamentos.

mais famílias recorrem à autarquia

Lélia Madeira

damento”, um dos programas cria-dos em 2009 e o mais concorrido. Através desta medida, os agregados familiares mais carenciados têm comparticipação da autarquia no pagamento das suas rendas . Des-ta medida beneficiam 175 famílias, num custo anual de cerca de 460 mil euros .

Apoio aos estratos desfavorecidosEm vigor há dois anos está também o Programa de Apoio aos Estratos Sociais Desfavorecidos, que consti-

tui uma ajuda nas despesas com cre-ches, jardins-de-infância, ATL, aná-lises, medicamentos, transportes ou obras de conservação na habitação, entre outras . Neste capítulo, em 2010, foram prestados 38 apoios, num total de quase 16 mil euros.

Marlene Silva lamenta à nos-sa revista que se depara diaria-mente “com problemas muito graves, porque existem famílias inteiras a sobreviver com o ren-dimento mínimo ou com o sub-sídio de desemprego . Não fazia

a mínima ideia que íamos passar todos por isto, uns porque estão a sofrer na pele os problemas e outros porque sentem obrigação de ajudar e não podem chegar a todos . É o nosso caso”, salienta . Não podem chegar a todos, mas po-dem chegar a alguns . Por isso, a res-ponsável apela “a que recorram àqui-lo que temos possibilidade de dar”, sublinhando que “as pessoas têm de perceber que não são as únicas a passar necessidades e que não devem sentir vergonha de pedir” .

Muitos utentes optam por levar comida para casa

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16 Algarve Vivo Fevereiro / março 2011

Portimão gasta cerca de 1,5 milhões em medidas sociais

Apoio ao arrendamento é o mais solicitado

FFoi a partir de meados de 2009, quando os efeitos da crise mun-dial se começaram a sentir com mais gravidade que a Câmara Municipal de Portimão foi aprovando uma vasta de medidas de apoio social, comple-mentando algumas já existentes . Os números de pessoas e famílias apoia-das foi crescendo à medida que a con-juntura se foi agravando e em 2010 foram gastos cerca de 1,5 milhões de euros em acção social, num valor que deverá subir este ano .

A vereadora Isabel Guerreiro, responsável pelo pelouro de Acção Social da câmara, destaca, entre to-das as medidas, o subsídio de Apoio ao Arrendamento, aquele que, por si só, tem um custo de cerca de 1,3 mi-lhões de euros . “Actualmente temos 533 famílias a serem apoiadas, numa medida pioneira a nível nacional e, obviamente, no Algarve, no momen-to em que foi criada, em 2007. Na altura, surgiu como resposta a famí-lias com necessidades habitacionais e que já estavam identificadas . Neste momento, essa carência veio a agra-

A acção social tem sido um cavalo de batalha em Portimão. Desde 2009 que a autarquia tem dado resposta às necessidades dos muní-cipes mais carenciados, nas mais diversas áreas.

Rui Pires Santos

var-se, mas por questões financeiras das famílias por via do desemprego”, explica Isabel Guerreiro à Algarve Vivo .

Mas no que aos apoios diz res-peito, tudo começa no Atendimento Social Integrado, por onde passam 3432 pessoas por ano, numa média de 12 por dia . “É neste atendimento que todas as famílias do município com carências podem ser atendidas diariamente . A partir daí, em função das suas necessidades, são encami-nhadas para as soluções que temos disponíveis para cada caso .

Apoio ao arrendamentoUma das soluções disponíveis e uma das mais solicitadas é o Apoio ao Ar-rendamento . “

“Nesta medida comparticipamos até um valor de 60 por cento da ren-

da, numa situação que é avaliada anu-almente . Isto permitiu aliviar situa-ções de grande carência habitacional, com famílias em casa sobrelotadas ou em casas degradadas . Esta é uma medida transitória, uma vez que se, entretanto, as famílias melhorarem a sua condição financeira, é cancelado o subsídio”, salienta .

O avolumar da crise e o aumento constante do desemprego, com o Al-garve a afirmar-se como umas das re-giões do país mais afectada, obrigou a que outras medidas fossem gradu-almente tomadas em Portimão .

A Tarifa Social de Água, da qual beneficiam 665 famílias, foi outro dos apoios dados, resultando daqui um custo reduzido de água para famílias . Acresce também a ‘Medida Social de Aquisição de Bens de Primeira Necessidade’, na qual foram passa-

das 1300 credenciais de alimentação para 180 famílias, utilizadas em al-guns talhos, peixarias e mercearias do município, na sequência de acordo estabelecidos com a autarquia . “O serviço de Atendimento Social In-tegrado emite umas credenciais que são depois apresentadas nos estabe-lecimentos com os quais temos acor-dos e as pessoas têm assim acesso a

Medidas No.Beneficiários CustoAnual

Atendimento Social Integrado 3432 (pessoas) -

Subsidio de Apoio ao Arrendamento 533 1.362.000€

Refeitório Social 92 (pessoas) -

Comparticipação Municipal em Medicamentos 275 (famílias) 75.000€

Atendimento e Apoio Social de Proximidade 96 (famílias) -

Aquisição de Bens de Primeira Necessidade 180 (famílias) 66.000€

Portimão Solidário 1080 atendimentos 120.000€

Tarifa Social Água 665 (famílias) 50.000€

Loja Social 150 (famílias) 24.000€Fonte: Câmara Municipal de Portimão | Valores referentes a 2010

Principais apoios

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17Algarve Vivo Fevereiro / março 2011

Apoio ao arrendamento é o mais solicitado

Apoios continuam e aumentamAs previsões para 2011 não são ani-madoras . As dificuldades económico-financeiras e a austeridade vieram para ficar, mas Portimão garante que vai continuar a apoiar a população, apesar das dificuldades que a própria autarquia atravessa . “Pretendemos manter a agenda social, apesar das dificuldades por que passamos actu-almente”, sublinha Isabel Guerreiro, acrescentando que para que isso seja possível, serão necessários cortes noutras áreas, “nomeadamente nos eventos culturais e desportivos, onde se vai fazer menos, mas com selo de

qualidade” . Defensora acérrima dos apoios

sociais, a vereadora diz que a autar-quia não pode ficar indiferente às dificuldades e desespero de algumas pessoas . “As Câmaras Municipais são as que mais próximas estão das pessoas . Uma coisa é quando uma família se desloca à Segurança Social e ouve de uma técnica dizer que não tem verba . Outra somos nós, autar-cas, que estamos nas câmaras, com o gabinete aberto, e não podemos dizer isso às pessoas . Se nos procuram, nós tentamos sempre dar uma resposta para ajudar” .

Com a conjuntura de crise a adensar-se, não são só os que perderam o emprego que vêem a sua vida ficar mais difícil. Também os mais velhos ficam com menos recursos e mais isolados. É nesse sentido que surge o ‘Portimão Solidário’, “dirigido a seniores com passaporte sénior ou a titulares do cartão de pessoa com defici-ência”. “Nesta medida, as pessoas podem solicitar pequenas reparações nas suas casas. Há uma carrinha que se desloca às casas para pequenas reparações ou limpezas, havendo ainda a possibilidade de ajudar no transporte destas pessoas”, explica Isabel Guerreiro. Também direccionado para os mais idosos, há ainda o ‘Atendimento e Apoio Social de Proximidade’, direccionado para residentes em zonas periféricas da cidade. Técnicos da câmara deslocam-se à casa das pessoas acompanhados de uma enfermeira para prestar auxilio a pessoas que precisam de cuidados.Para os seniores que vivem na cidade e têm facilidade de deslocar-se, a autarquia disponibiliza o Centro de Convívio Sénior, junto aos Bombeiros Voluntários, onde existem uma série de actividades, desde computadores, ‘crochet’, entre outros, num local saudável de convívio. As pessoas levam os seus lanches, os seus bo-linhos, partilhando inclusive entre si, passando tardes agradáveis e acompanha-das, num local que funciona como um centro de dia. Há ainda outro Centro de Convívio Sénior, este na Aldeia das Sobreiras, direccionado para idosos com mais carências e onde é servido almoço.

uma atenção especial aos seniores

alimentos”, refere Isabel Guerreiro, destacando também a ‘Compartici-pação Municipal em Medicamentos’, apoio iniciado em Abril de 2009: “Estabelecemos igualmente acordos com todas as farmácias do município e mediante a apresentação de creden-ciais que os nossos serviços emitem apoiamos 275 famílias na compra de medicamentos” .

Na Loja Social, são entregues mensalmente a famílias bens de pri-meira necessidade, num serviço que beneficia 150 famílias. No refeitório social do Centro Paroquial e Social da Nossa Sra . do Amparo são rece-bidas cerca de 92 pessoas/dia para fazer refeições grátis, após o devido encaminhamento do Atendimento Social Integrado da autarquia .

O Portimão Solidário é uma das medidas de apoio social da autarquia

CM Portimão

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18 Algarve Vivo Fevereiro / março 2011

AA crise também se faz sentir de forma dura em Lagoa . É cada vez maior o número de pessoas que tem acorrido à câmara e às Instituições de Solidariedade Social do concelho a pedir ajuda . A autarquia tem uma série de medidas destinadas ao au-xílio daqueles que têm maiores ca-rências, mas procura ser criteriosa e rigorosa na atribuição dos apoios .

“Um subsídio importante que disponibilizamos é o apoio ao arren-damento por 12 meses, com possi-bilidade de prorrogação por mais seis . É portanto, transitório”, refere Rui Correia, vice-presidente da au-tarquia e responsável pelo pelouro

Medidas de apoio aos carenciados

O Programa Lagoa Social en-globa uma série de medidas de apoio aos munícipes ca-renciados, nas mais diversas valências, tendo um custo de cerca de 1,2 milhões de euros.

Lagoa aposta em parcerias com IPSSda Acção Social . Depois, passado este período as pessoas têm de alu-gar uma casa mais pequena, pois na maior parte dos casos “querem ca-sas maiores”

“Tenho o exemplo de um caso recente . Uma senhora, mãe solteira, com dois filhos, e com um ordenado de 700 euros, estava a pagar 500 de renda por um t3 . Ela estava no perí-odo de renovação por mais seis me-ses e fiz-lhe a pergunta: E a seguir, o que vai fazer? Ela respondeu logo se vê . Ainda lhe sugeri que procurasse, desde logo, uma casa mais pequena, um t2, mais barato e que poderia servir, mas as pessoas querem ca-sas maiores, ainda que não as pos-sam suportar”, afirma, destacando a importância da fiscalização eficaz . “Já descobrimos inúmeros casos de fraude . Um deles foi de uma mãe a alugar uma casa a um filho e ele a tentar candidatar-se ao apoio, ocu-pando a casa gratuitamente e rece-bendo o dinheiro da autarquia . Daí ser fundamental uma fiscalização e um trabalho de rua eficaz”, salienta .

Deste apoio, beneficiam, em Lagoa, cerca de 70 famílias.

IPss parceiros importantesO Cartão Lagoa Social (assistência ao lar, teleassistência e apoio à ter-ceira idade, pequenas reparações) é outra das medidas em vigor e di-reccionadas para idosos que vivem sozinhos e estão isolados .

Um dos aspectos mais impor-tantes dos apoios concedidos é a parceria com as IPSS (Institui-ções Particulares de Solidariedade Social) do concelho . A autarquia concede-lhes uma verba anual na ordem dos 500 mil euros, reen-caminhando para elas as pessoas que pedem apoio na autarquia, em função das necessidades de cada um, desde a alimentação, medica-mentos, exames médicos e todo o amparo necessário .

Há ainda os apoios a bolsas de estudo e o Gabinete de Inserção Profissional (GIP), que ajuda os munícipes a procurar emprego . “Temos uma bolsa significativa

de empresários do concelho e fora dele, para onde reencaminhamos pessoas com o perfil solicitado por eles . Tem sido um serviço com óptimos resultados”, des-taca Rui Correia . No GIP foram apoiados 1048 desempregados, que constitui cerca de 66% dos desempregados do concelho .

Fundo de emergênciaJá em 2011, a autarquia criou o Fundo Social de Emergência, direccionado para casos muito urgentes, em que “não se pode esperar cinco ou seis dias, onde é preciso agir de imediato” . Se-gundo Rui Correia, todas estas medidas de apoio às pessoas cus-tam à câmara “cerca 1,2 milhões de euros” .

Refira-se que, actualmente, os Serviços de Acção Social, Habita-ção e Saúde acompanham cerca de 1500 famílias do concelho, distri-buídas pelas várias medidas que constituem o Programa Lagoa Social .

Rui Pires Santos

Rui Correia, vice-presidente da autarquia

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19Algarve Vivo Fevereiro / março 2011

Concurso vai percorrer o concelho em Fevereiro

OOs espectáculos de fado sus-citam sempre grande afluência de público em Lagoa, nomeadamente o concurso de fado amador que anual-mente se realiza no concelho – Festi-val Sons do Fado – e este ano prome-te não ser excepção, até porque em todas as datas, além da actuação dos concorrentes, há sempre um artista convidado . As eliminatórias têm en-trada gratuita, mas na final, realizada no Auditório Municipal, as entradas custam seis euros .

A primeira eliminatória vai reali-zar-se na Académica da Bela Vista (Parchal) a 5 de Fevereiro (16h00), sendo que o fadista convidado é Jor-ge Duarte . A segunda terá lugar em Carvoeiro, na Sociedade 20 Janeiro, no dia 12 (16h00), contando com Maria da Saudade como convidada .

LAGoA

Cheira a ‘Sons do Fado’O Festival Sons do Fado vai passar pelas freguesias de Parchal, Carvoeiro e Porches, antes da final, a decorrer dia 26 no Auditório Municipal de Lagoa.

Rui Pires Santos

A última eliminatória, agendada para 19 de Fevereiro (16h00), vai decor-rer no Centro Cultural D . Dinis, em Porches, onde Raquel Peters é a con-vidada .

À grande final, no dia 26 (21h30), passarão os melhores concorrentes, num espectáculo que vai contar com a participação de Cristina Nóbrega, fadista que em Maio de 2009, con-quistou o ‘Prémio Artista Revelação 2009’, atribuído pela Fundação Amá-lia Rodrigues . Refira-se que os bilhe-tes para a final costumam esgotar duas três semanas antes da mesma, situação que tem acontecido sistema-ticamente nos últimos anos, pelo que poderá efectuar a compra de ingres-sos no Convento de S . José ou pedir informações através do telefone 282 380 473.

Programa1.ªEliminatória 5Fevereiro–16h00(EntradaLivre)Associação Académica da Bela Vista (Parchal)Fadista convidado: Jorge Duarte 2.ªEliminatória12Fevereiro–16h00(EntradaLivre)Sociedade 20 Janeiro (Carvoeiro)Fadista Convidada: Maria da Saudade 3.ªEliminatória 19Fevereiro–16h00(EntradaLivre)Centro Cultural D. Dinis (Porches)Fadista Convidada: Raquel Peters

Final26 Fevereiro – 21h30 (6€)Auditório Municipal Lagoa | 21:30hFadista Convidada: Cristina Nóbrega

Pub

D.R.

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Opinião

A repentina crise e sublevação popular porque passam alguns dos países Árabes e que ameaça

estender-se a outros é um sinal dos nossos tempos e parece ser a vitória da comunicação. Efecti-

vamente, foi a Internet, foram as redes sociais, foram os novos suportes comunicacionais e a sua

facilidade de uso que, desde logo, permitiram a percepção e a vontade de rebelar-se.

Terá sido o contacto e o conhecimento de outros ‘modus vivendi’ que pôs a nu a triste e injusta

situação em que se encontravam. Foi esta facilidade de contacto que tem permitido a organiza-

ção e a mobilização para os protestos e o sucesso destes ao enfrentar as forças de segurança

dos até aqui todo-poderosos Estados.

A globalização, que tem sido acusada de ser a causa dos males do ocidente, responsabilizada

pela interpenetração das realidades, pela ampliação dos efeitos, pela desgraça das economias,

pela perda dos valores, afinal, por não ser mais que o resultado da existência das novas reali-

dades comunicacionais, da internet e agora das redes sociais, constituiu o veículo da abertura e

uma cruzada por valores contrários às acusações de que tem sido alvo.

As verdadeiras revoluções a que assistimos no mundo Árabe são encabeçadas por gente jovem,

por gente esclarecida, pelos que têm acesso à informação. Foram estes que perceberam a

injustiça a que estavam a ser submetidos e, atrás de si, têm arrastado o povo.

Em todas as sociedades, da Antiguidade aos nossos dias, quem tem acesso à informação tem

o poder. Quem sabe o que se passa, antecipa a reacção, quem conhece os movimentos que se

geram sabe como planear o futuro.

Ora, aquelas sociedades, melhor, aqueles ditadores (como provavelmente outros) ignoraram que

a globalização, assente na Internet, nas redes sociais, enfim, na livre, imediata e fácil circulação

da informação a nível mundial era, afinal, o mais democrático dos veículos, capaz de abrir

brechas e, quiçá, destruir a muralha do obscurantismo e do autoritarismo.

Não deixa de ser curioso, que tenha sido a Internet (nascida e desenvolvida pelo mundo dos

negócios) a ser capaz de fazer mais pela democracia, pela abertura de regimes e sociedades

autocráticas e pela aproximação entre os povos do mundo que todos os milhões do esforço de

guerra americano.

Mais uma vez, parece poder provar-se que pela via pacífica e pelo conhecimento se pode

atingir o que pela força e pela guerra não se consegue atingir. Mas também, mais uma vez se

prova, que é pela informação, pela transmissão do conhecimento e pela cultura que as grandes

revoluções se podem fazer.

Percebe-se porque todos os regimes autoritários têm medo da informação e da formação, mas

compreende-se também, que uma sociedade que não aposte na formação e tenha medo da

informação nunca terá viabilidade e nunca será, verdadeiramente, grande.

o poder da Internet e da globalização

Joaquim Martins CabritaAdvogado

octávio matos volta ao Humorfest‘Vamos Contar mentiras’, de Octávio Matos, é um dos destaques da edição de 2011, que terá lugar no Auditório Municipal nos dias 12, 19, 20, 26, 27 e 31 de Março.

Quatro peças para seis dias de bom teatro

AA comédia será a rainha este ano no Humorfest, festival de humor já com tradição em Lagoa e que ultrapassa já a esfera local . Das quatro peças a apresentar, três são de comédia, sendo que, à data do fecho desta edição, estava ainda por confirmar a peça de abertura do evento (12 Março), que não será comédia, mas segundo os serviços culturais da autarquia será “um es-pectáculo de grande qualidade” . Certo é que Octávio Matos está de regresso, depois de ter marcado presença na edição de 2010. ‘Vamos contar mentiras’, estará em cena a 19 e 20 de Março, contando no elenco com Octávio Matos e Luís Aleluia . Esta é uma divertida comédia de en-

ganos sobre um casal e a festa de co-memoração dos seus 15 anos de ma-trimónio . As peripécias causadas pela esposa, que é mentirosa compulsiva, e o plano de assalto que a empregada doméstica preparou para essa noite .

A peça ‘O Primeiro’, da ACTA – Companhia de Teatro do Algarve é também um dos destaques, estan-do em palco a 26 e 27 de Março. A também comédia ‘O Herdeiro de Vila Vinho e Paumole’, do grupo Barra-ca Armada, de Portimão, estará em cena a 31 de Março e é outro dos es-pectáculos a não perder .

Como é habitual, a gargalhada está garantida em Março, com os espectáculos a terem início sempre às 21h30. R.P.S.

20 Algarve Vivo Fevereiro / março 2011

Paulo Arez

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LagoaAgenda

O mês e a culturaO mês e a cultura

serÕes do CoNVeNto – FAdo ALeIXo 24 Fevereiro – 21h30 Convento S. José

eXPosIÇÃo de PINturA de PAuLA WILL

Paula Sá Fernandes, que assina as suas obras como Paula Will, nasceu na Madeira em 1960. Há cerca de duas décadas foi viver para o Quénia e foi nesse país africano que nasceu a sua pintura. Os jardins têm enorme importância na pintura e na vida de Paula.

CoNCerto ‘o VIoLINo CIGANo’ O novo ciclo de Concertos Pro-menade 2011 traz o imaginário da fantasia através de Contos Musica-dos. O primeiro concerto apresen-ta-nos ‘O Violino Cigano’, obra de Pedro Faria Gomes, que narra um conto tradicional cigano, em que a expressão de sentimentos desta cultura se alia ao fantástico, quan-do a figura do diabo personifica um violino.

4 Fevereiro a 5 Março Sala de Exposições Temporárias Manuel Gamboa (Convento S. José)

5, 12, 19 e 26 Fevereiro Freguesias do concelho

13 Fevereiro – 15h30 Auditório Municipal Lagoa

19 Fevereiro – 21h30 Auditório Municipal Lagoa

FestIVAL soNs do FAdo À semelhança de anos anteriores, este concurso de fado amador vai ter três eliminatórias que vão decorrer nas freguesias de Parchal, Carvoei-ro e Porches, antes da grande final a realizar no dia 26 de Fevereiro no Auditório Municipal de Lagoa. Todas as eliminatórias vão contar com a actuação de um fadista convidado, sendo que a final contará com a ac-tuação de Cristina Nóbrega (Prémio Amália, artista revelação 2009).

FestIVAL de mÚsICAAL-mutAmId

Este ano, o Grupo Jesus Herrera y su Cuadro Flamenco apresenta um novo espectáculo denominado ‘Fe-lah-Mengus’, que pretende ser uma homenagem aos ‘palos’ flamencos mais antigos e tradicionais. ‘Felah-Mengus’ caracteriza-se por mo-mentos festivos através de alegrias, tangos e bulerías magistralmente interpretados por uma guitarra com identidade própria.

ALFA-CINemA: WHIsKY mIt VodKA 22 Fevereiro – 19h30 Auditório Municipal

sALÃo de LIterAturA ALFA17 Fevereiro – 19h30 Quinta dos Vales (Estombar)

CINemA de PALmo e meIo ‘o mÁGICo’27 Fevereiro – 15h00 Auditório Municipal Lagoa

22 Algarve Vivo Fevereiro / março 2011

Pub

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PortImÃo

23Algarve Vivo Fevereiro / março 2011

Projecto comunitário sobre hábitos alimentares

AAs exposições ‘Sabores da Europa’ e ‘Azeite – Saberes com sabor’ são os grandes destaques no Museu de Portimão nos próximos tempos . Patentes ao público até 31 de Julho, as duas mostras resultam de um projecto europeu do qual fa-zem parte este equipamento cultu-ral e outros oito museus .

‘Sabores da Europa’ (‘A taste of Europe’) debruça-se sobre a ques-tão “porque comemos o que come-mos”, fazendo uma reflexão em diversos níveis como a ecologia, a tradição ou a indústria, entre ou-tros, tendo o Museu de Portimão contribuído com o tema ‘Azeite – Saberes com sabor’, exposição que foca um produto caracterís-tico de Portugal, não só a nível gastronómico, mas também como componente essencial da cultura e da dieta mediterrânica, sem es-quecer as implicações quer para a saúde, enquanto gordura vegetal de excepcional qualidade .

No que toca aos núcleos em exposição, eles também revelam

‘Sabores da europa’ em exposiçãoMostra está patente até 31 e de Julho no Museu de Portimão e tem gerado uma procura assinalável desde a sua inauguração, a 26 de Janeiro. Para ver, às terças-feiras, das 14h30 às 18h00, e de quarta a domingo, entre as 10h00 e as 18h00.

a evolução histórica do produto escolhido, dos olivais tradicionais aos novos cultivares intensivos, do percurso milenar dos antigos lagares de varas às mais recentes tecnologias utilizadas nos moder-nos lagares, totalmente automati-zados .

O ‘carro dos azeiteiros’ que per-corria Portimão, parte do espólio da antiga mercearia Bia Flóro de

Alvor, onde se destaca a bomba manual de azeite, o “carro aranha” da Fábrica Fialho, no qual eram transportados os bidões de azei-te para as suas conservas, até à mais recente maqueta do moderno Lagar da Quinta do Marmelo do Grupo Sovena são, entre outras peças pela primeira vez expostas, um importante acervo do nosso património cultural e um olhar

actual na relação histórica entre a memória, a actualidade e a vitali-dade deste sector .

Construída a partir dos nove produtos alimentares, escolhidos por cada museu, a exposição tran-sita do Arbetets Museum (Museu do Trabalho) da cidade sueca de Norrköping, realça diferenças e semelhanças na alimentação de cada país e visa estimular o co-nhecimento e a reflexão sobre a alimentação, o património, o am-biente, a produção e o consumo di-ário, especialmente entre os jovens europeus .

Refira-se que o projecto ‘A taste of Europe’ (http://www.ataste-ofeurope.eu/) envolve museus da Suécia, República Checa, Dinamar-ca, Estónia, Finlândia, Hungria, Portugal, Escócia e Eslovénia, desenvolvendo uma exposição e actividades educativas sobre a pro-dução e consumo alimentar na Eu-ropa e contando para o efeito com o apoio do Programa ‘Culture 2007 – 2013’, da União Europeia.

Devido ao grande interesse suscitado junto do público, a mostra ‘Portimão nos Alvores do Século XX’ prolonga, pela segunda vez, o seu período ex-positivo e poderá ser vista até 30 de Abril próximo

na sala de exposições temporárias do Museu de Portimão, com entrada livre. Refira-se que a ex-posição apresenta alguns dos principais aspectos da evolução da antiga Vila Nova de Portimão no

primeiro quartel do século XX, durante a transição da monarquia para o regime republicano, focan-do as mais significativas alterações realizadas nessa época.

o sucesso de ‘Portimão nos Alvores do século XX’

CM Portimão

Muito público acorreu à inauguração da exposição

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24 Algarve Vivo Fevereiro / março 2011

AA sorte do sorteio ditou que Benfica e FC Porto se encontrariam nos jogos de grupos, o que invalida-ria um final entre as duas equipas . Esse foi, compreensivelmente, o jogo que atraiu mais público ao Portimão Arena, mas a final, entre os ‘encarna-dos’ e a formação do Águas Santas, acabou por ser a partida da festa, com o triunfo a sorrir aos benfiquistas por 28-20.

Cerca de 1500 espectadores puxa-ram pelas equipas e viram o Águas Santas começarem melhor . Aguen-taram quase toda a primeira parte à frente do marcador e chegaram a ter três golos de vantagem . A festa era dos adeptos da formação do norte, que se apresentaram em Portimão com uma claque organizada . Contu-do, no segundo tempo, o Benfica gal-vanizou-se e partiu para uma vitória mais dilatada do que o esperado, tendo em conta o que havia sucedido nos primeiros 30 minutos.

Na atribuição dos 3º e 4º lugares, o Madeira SAD bateu o FC Porto por 29-25, enquanto o Sporting se

Supertaça de andebol traz emoção ao Portimão Arena

Durante quatro dias, a festa do andebol foi em Portimão, com a Supertaça disputada por seis equipas. Além da competição, a prova apresen-tou uma componente social de salutar.

Texto: Rui Pires SantosFotos: Paulo Arez

Benfica triunfa e faz festa com adeptos

impôs ao ABC de Braga por 26-15, na discussão dos 5º e 6º lugares da classificação .

Com este triunfo, o Benfica garan-tiu a presença na ‘Challenge Cup’ na próxima temporada se, entretanto, não assegurar, através da Taça de Portugal ou Andebol 1, a presença noutra prova europeia de maior im-portância .

o lado socialAlém da vertente desportiva e competitiva, esta é uma competi-

A equipa da Maia foi das que mais apoio recebeu dos adeptos. Com uma claque organizada, apresen-tou-se em Portimão com cerca de 20 adeptos todos vestidos a rigor. De garganta afinada, megafone e tambores foram, seguramente, os mais barulhentos. E, neste capítulo, só foram ultrapassados pelos adep-tos benfiquistas depois de garantida a vitória ‘encarnada’.

Águas santas

Houve bons momentos de andebol em PortimãoUma família entusiasmada e a vibrar com a festa do andebol

Houve bons momentos de andebol em PortimãoUm adepto benfiquista bem caracterizado

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25Algarve Vivo Fevereiro / março 2011

Benfica triunfa e faz festa com adeptos

ção que pretende ter bem vincado um aspecto social . Nesse sentido, os atletas das equipas que disputa-ram a Supertaça visitaram algumas escolas de Portimão, num contacto com os alunos que visa estimular o gosto dos mais jovens pela prática do andebol . Houve ainda oportu-nidade para visitarem instituições de carácter social como o Centro Hospitalar do Barlavento Algar-vio, o Lar da Criança de Portimão, a CRACEP, a Catraia e o Lar Bom Samaritano .

A Supertaça de andebol é uma competição que desde há alguns anos se realiza em Portimão. É uma aposta da autarquia portimonense, que é para continuar, uma vez que, segundo Isabel Guerreiro, vereado-ra com o pelouro do Desporto, os benefícios para a cidade têm sido evidentes.“Este ano tivemos cá cerca de 200 técnicos da modalidade a fazer for-mação, o que beneficiou o comércio local. Além disso, tivemos seis equi-pas alojadas na hotelaria do mu-nicípio, o que dinamizou a cidade nestes dias. Recebemos a visita de pessoas de vários pontos do país, do Porto, Lisboa, Madeira e do resto do Algarve. Esta é uma aposta para continuar, pois os custos que o even-to tem são compensados pela reper-cussão económica que traz à cidade e ao concelho”, salientou a autarca, destacando ainda a vertente social que a Câmara procura também con-ferir a esta prova.“Além do espectáculo desportivo, dos benefícios para a cidade, temos tam-bém de sublinhar a dimensão social do evento. Temos uma equipa de desporto adaptado que pratica an-debol e teve aqui uma oportunida-de para competir e mostrar a sua ca-pacidade. E ao nível do fomento do desporto escolar, tivemos a visita dos atletas às escolas e às instituições de solidariedade social”, finalizou.

“supertaça com balanço positivo e uma aposta para continuar”

A festa no final foi do Benfica

Os cartazes com mensagens também não faltaram

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26 Algarve Vivo Fevereiro / março 2011

Opinião

A entrada em vigor do Dec. Lei nª 70/2010 de 16/06 tem suscitado inúmeras

questões.

É sabido que veio redefinir as regras de atribuição e manutenção das prestações

do regime não contributivo da Segurança Social, vulgarmente entendidas como

prestações de combate à pobreza, nomeadamente o subsídio social de desem-

prego, a pensão de sobrevivência, o rendimento social de inserção, a bolsa de

estudo, entre outras, numa óptica de gestão de recursos financeiros escassos e

da imperativa necessidade de os distribuir de forma transparente e equitativa.

Centrar-me-ei na discussão do papel do poder autárquico no actual contexto

social, designadamente nos apoios económicos traduzidos em subsídios de apoio

ao arrendamento concedidos às famílias pelos Municípios, como condição de

recursos para efeito de manutenção das prestações sociais da Segurança Social.

No caso do Município de Portimão, o subsídio de apoio ao arrendamento foi

criado em Abril 2007, como medida alternativa à habitação social, visando contri-

buir para a eliminação das situações de precariedade habitacional.

Contrariamente ao regime legal de arrendamento social que continua cristalizado,

e por isso, causador de injustiças sociais gritantes, o subsídio de arrendamento

surgiu como uma medida administrativa inovadora, tendo sido adoptado por mais

de duzentos Municípios de Norte a Sul do País.

Além de ter um carácter temporário, foi criado com o intuito de contribuir para

a reorganização socioeconómica das famílias que dele beneficiassem, visando

criar os ‘alicerces sociais’ que permitissem às famílias, concretizar um direito

fundamental, o direito a uma habitação condigna, promovendo, desta forma, a

sua progressiva inserção social e profissional, com um custo sustentado.

Com o fim da reavaliação extraordinária das prestações sociais pela Segurança

Social, iniciada em Agosto de 2010, são já perceptíveis os efeitos da contabi-

lização de apoios ‘em espécie’, da habitação, como ‘rendimentos financeiros’,

provocando o corte das prestações sociais.

Pondo em causa o projecto de vida delineado pelas famílias, porquanto ao não

conseguirem satisfazer as necessidades básicas de alimentação e medicação,

entram em incumprimento no pagamento das rendas.

Incumprimento que inviabiliza a entrega do respectivo recibo de renda nos

serviços municipais, impossibilitando o pagamento do valor do subsídio. Dando

origem, a prazo, à interposição de acções de despejo, com a perda dos respec-

tivos rendimentos para os senhorios e de receitas fiscais para o Estado.

Há que ponderar a autonomia do poder local, no âmbito da descentralização

democrática, como colectividade territorial portadora de vontade e poder próprios,

ou então como mera extensão do poder central!

Alterações às políticas sociais e a autonomia do Poder Local

Isabel GuerreiroVereadora da Câmara Municipal de Portimão

Adrenalina nos céus de PortimãoOs três primeiros fins-de-semana de Fevereiro vão encher-se de adrenalina nos céus de Portimão, devido à realização de diferentes provas a contar para a Taça de Portugal da modalidade.

Taça de Portugal em Pára-quedismo

AAlguns dos melhores praticantes nacionais da modalidade vão estar du-rante três fins-de-semana no Aeródromo Municipal, a partir das 10h00, numa pro-va de uma beleza ímpar . Assim, nos dias 5 e 6 de Fevereiro, realiza-se a primeira prova da 10ª Taça de Portugal de Sky-surf, com as equipas a efectuar perigosas coreografias a 4.200 metros de altitude, sendo a pontuação atribuída pelo visio-namento das imagens captadas pelos ca-meraflyers durante a queda livre.

A primeira prova da 10ª Taça de Por-tugal de Voo de Formação a Quatro, de-correrá no fim-de-semana de 12 e 13 de Fevereiro, com os pára-quedistas a salta-rem de uma altura de 15.000 pés (aproxi-madamente 4.500 metros), para cerca de um minuto em queda livre, a uma veloci-dade próxima dos 200 km/hora.

A enriquecer este programa, a partir das 15h00 do dia 13 vão ter lugar saltos de exibição no areal da Praia da Rocha,

junto à Fortaleza de Stª Catarina.Por fim, o Aeródromo recebe no fim-

de-semana de 19 e 20 de Fevereiro a primeira prova da 8ª Taça de Portugal Freefly, que reúne a elite nacional da es-pecialidade em mais uma arrojada com-petição .

distinçãoO Aeródromo Municipal de Portimão acaba de receber o Troféu Internacio-nal de Turismo, atribuído pelo Trade Leader’s Club, como reconhecimento pela sua crescente importância enquanto terminal aeroportuário, e também devi-do à valência que representa para a ofer-ta turística da região . Com cerca de 15 mil voos registados em 2010, o Aeródro-mo posicionou-se como o terceiro mais movimentado do país, sendo de referir a título de curiosidade que há dez anos atrás esse movimento não ultrapassava as mil utilizações anuais .

José Veras

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27Algarve Vivo Fevereiro / março 2011

Autarquia assinala um ano após morte do escritor

OO concerto da Orquestra do Algarve, agendado para o dia 5 de Fevereiro (21h30), no Grande Auditório Nuno Mergulhão, é um dos grandes espectáculos desta homenagem, num programa apre-sentado pela Orquestra do Algar-ve, sob a direcção do maestro Os-valdo Ferreira . Na primeira parte, serão interpretados temas da ban-da sonora do documentário ‘José e Pilar’, compostas pelos jovens mú-sicos Noiserv e Pedro Gonçalves (Dead Combo), dois nomes que marcam o panorama da música ac-tual . Na segunda parte, a Sinfonia Nº 104 de Franz Joseph Haydn, o compositor da obra As Sete Últi-mas Palavras de Cristo para a qual Saramago escreveu, a convite de Jordi Saval, o texto As Sete Pala-vras do Homem . A entrada custa 10€, mas estão disponíveis des-contos de 50% para portadores de Passaporte Sénior, Cartão Jovem Municipal, Cartão Municipal de Pessoa Portadora de Deficiência . Jovens até 30 anos pagam 5€.

Mas esta homenagem a Sarama-go começa logo no dia 2 (21h00), no Pequeno Auditório do TEMPO, com a projecção do filme ‘Janga-da de Pedra’, de George Sluizer . A entrada é livre, mas sujeita a levan-tamento prévio de bilhete . No dia

temPo de homenagem a Saramago Oito meses após a sua morte, José Saramago vai ser alvo de uma homenagem da câmara portimonense. Uma programação especial, a ter lugar no TEMPO – Teatro Municipal de Portimão, que terá como um dos pontos altos um concerto pela Orquestra do Algarve dedicado ao escritor é a garantia de um digno tributo ao Nobel da Literatura.

Miguel Santos

seguinte, na mesma sala e à mesma hora, passa o filme ‘Embargo’, de António Ferreira, baseado num con-to de Saramago. No dia 4, às 21h30, é projectado o documentário ‘José e Pilar’, também com entrada livre .

No dia 5, às 17h30, o Café Con-certo do TEMPO promove uma leitura partilhada do livro ‘A Via-gem do Elefante’ . Uma mostra de fotografias da rodagem do docu-

mentário ‘José e Pilar’ vai estar em exposição, entre 4 e 27 de Fevereiro no Teatro Municipal de Portimão . A inauguração desta mostra é no dia 4, às 21h00, com a presença do realizador . A entrada é livre e a ex-posição pode ser visitada de terça-feira a sábado das 14h00 às 19h00 e em dias de espectáculo das 14h00 às 21h30.

Recorde-se que José Saramago,

autor dos romances ‘Memorial do Convento’, ‘Ensaio sobre a Ceguei-ra’ ou ‘O Ano da Morte de Ricardo Reis’, morreu a 18 de Junho de 2010, aos 87 anos .

Para que esta homenagem não pas-se ao lado de ninguém, está tam-bém prevista uma oficina de dança e expressão plástica para crianças. Agendada para o dia 5 (16h00) no Black Box do TEMPO, esta é uma ofi-cina pensada e concebida a partir do conto para crianças “A maior flor do mundo” de José Saramago, adap-tado para cinema, em 2006. Uma história que inspira múltiplas possi-bilidades, sobretudo a de a contar e recontar de maneiras diferentes, através da música, da dança e da expressão plástica. A partir da visua-lização deste filme de animação, as monitoras propõem um conjunto de actividades incidindo sobre acções e emoções que abrem novas possibili-dades para a criação de outros finais possíveis para a história, incentivan-do e respeitando a expressão indivi-dual e a realidade de cada criança participante. A iniciativa vai também decorrer para as escolas nos dias 3 e 4, em dois horários (9h30 e 14h30).

saramago para os mais pequenos

Arquivo CM Albufeira

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O mês e a culturaPortimãoAgenda

O mês e a cultura

eXPosIÇÃo AZeIte – sABeres Com sABorAté 31 JulhoMuseu de Portimão

o Amor em VIsItA14 Fevereiro – 20h00 TEMPO (Café Concerto)

CAmPeoNAto NACIoNAL de NAtAÇÃo de INVerNo 2011 5 e 6 FevereiroComplexo Desportivo da Mexi-lhoeira GrandeOrg: ANDDI (Associação Nacio-nal do Desporto para a Deficiên-cia Intelectual)

tAÇA de PortuGAL em PÁrA-quedIsmoDias 5, 6, 12, 13, 19 e 20 Feve-reiro – 10h30 Aeródromo Municipal de Porti-mão

CoNCerto de HomeNAGem A JosÉ sArAmAGo

Da convivência com José Saramago, Miguel Gonçalves Mendes, o reali-zador do documentário José e Pilar, descobriu que a música marcava os dias do escritor. Os seus gostos musicais eram muito versáteis. O programa apresentado pela Orques-tra do Algarve, sob a direcção do maestro Osvaldo Ferreira, vem ao encontro desta versatilidade.

‘tANtAs LIsBoAs’, mArCo rodrIGues Marco Rodrigues é um dos nomes já consagrados da actual nova geração do Fado. Neste concerto onde apresenta Tantas Lisboas, dará a escutar alguns clássicos (como o lendário Fado do Estudan-te, interpretado por Vasco Santa-na no filme A Canção de Lisboa) e muitos originais, incluindo dois temas com música composta pelo próprio Marco Rodrigues.

5 Fevereiro – 21h30TEMPO (Grande Auditório Nuno Mergulhão)

24 Fevereiro – 21h00TEMPO (Pequeno Auditório)

25 Fevereiro – 22h00Café Concerto do TEMPO

Dia 26 - 21h30 TEMPO (Grande Auditório Nuno Mergulhão)

FAdos (2007), de CArLos sAurA Documentário de 90 minutos, com Chico Buarque, Camané, Carlos do Carmo, Lila Downs e Lura.

Correr o FAdo, quorum BALLet

Para celebrar o Fado, o Quorum Ballet propõe um novo encontro com o género musical que é um dos passaportes da cultura portuguesa no estrangeiro. Numa multiplicidade de movimentos, sons, sensações e sentimentos, os bailarinos do Quorum Ballet transmitem-nos extrema beleza, inexcedível sensibilidade e apa-rente facilidade.

APreseNtAÇÃo do FILme ‘o ALAr dA rede’5 Fevereiro – 18h00Local: Museu de Portimão

WorKsHoP de dANÇA CoNtemPorÂNeA23 a 25 Fevereiro – 18h30-20h30TEMPO (Sala de Ensaios)

eXPosIÇÃo sABores dA euroPAAté 31 JulhoMuseu de Portimão

dANAe & os NoVos CoNVIdAdos3 Abril – 21h30 Teatro Municipal de Portimão (Pequeno Auditório)

CICLo NoVos soNs – NoIserV 11 Fevereiro – 22h00Café Concerto do TEMPO – Te-atro Municipal de Portimão

CICLo de CINemA ‘oLHAr sArAmAGo’Dia 2: Jangada de Pedra (2000), de George Sluizer; Dia 3: Em-bargo, de António Ferreira; Dia 4: José e Pilar (2010) de Miguel Gonçalves Mendes.2,3 e 4 Fevereiro – 21h30 – En-trada LivreTEMPO (Pequeno Auditório)

PAsseIo de todo-o-terreNo12 Fevereiro

CHeGAdA dA VoLtA Ao ALGArVe em BICICLetA20 FevereiroJunto ao Jardim Bívar

torNeIo de NAtAÇÃo19 Fevereiro – 15h00 Piscina Municipal de Portimão

PortImÃo tIVoLI LAdIes oPeN 201119 a 27 Fevereiro – Todo o diaComplexo Municipal de Ténis

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ALBuFeIrA

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OO Festival de Artes Infan-til e Juvenil vai realizar-se entre 5 e 19 de Março, mas as inscrições estão abertas até ao dia 9 de Fe-vereiro, na Divisão de Assuntos Culturais da Câmara Municipal de Albufeira, situada na Bibliote-ca Municipal Lídia Jorge .

Este é um evento já com algu-ma tradição em Albufeira, reunin-do o melhor dos mais pequenos e

Evento é já uma referência no concelho e uma mostra de arte e talento dos mais novos.

Concurso na área da doçaria

À procura de talentosjuntando as famílias para conví-vios saudáveis, num espaço onde os jovens talentos podem pôr à prova as suas aptidões artísticas .

A iniciativa pretende incentivar crianças e jovens para a prática de actividades artísticas e promover a descoberta de novos talentos nas modalidades de música (ins-trumento), canto, dança (moder-na, clássica, tradicional e salão), ilusionismo e artes circenses (ma-labarismo, equilibrismo) .

O Festival vai ter lugar entre 5 e 19 de Março, no Auditório Municipal, e as eliminatórias es-tão agendadas para os dias 5 e 12

de Março, sendo que a final será então a 19. Crianças dos 6 aos 17 anos podem inscrever-se, sendo que os participantes serão dividi-dos em duas vertentes, dos 6 aos 11 anos e dos 12 aos 17, podendo concorrer a um máximo de duas modalidades diferentes .

Refira-se que neste festival to-dos os concorrentes recebem pré-mios de participação, cabendo aos três primeiros de cada vertente prémios monetários que lhes per-mitem assegurar a continuidade dos estudos nas áreas artísticas .

Albufeira prepara doce típico

Festival de Artes Infantil e Juvenil com inscrições abertas até 9 de Fevereiro

A Câmara Municipal de Albu-feira está a organizar um con-curso de ideias para a criação de um doce associado à tradi-ção gastronómica do concelho e da região . A ideia é que Al-bufeira passe a ter um doce ou bolo local . Cada concorrente terá que confeccionar uma re-ceita original que inclua figo, amêndoa, mel, laranja ou al-farroba . O vencedor receberá um prémio monetário no va-lor de 1500 euros. Os interes-sados podem inscrever-se até 28 de Fevereiro no Gabinete de Apoio ao Munícipe .

Desde 22 de Janeiro

Piscinas com novo horárioDesde finais de Janeiro que as Piscinas Municipais de Albufei-ra passam a funcionar com um novo horário ao fim-de-semana . Assim, as instalações vão estar abertas ao público ao sábado, das 9h00 às 14h00, e passam a encerrar ao domingo . Durante a semana, o horário mantém-se das 9h00 às 14h00 e das 15h00 às 21h00.

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Foi de forma descontraída e informal que Desidério Silva falou dos seus nove anos enquanto autarca. Um balanço positivo onde falou, sem recorrer a discursos, da obra feita, dos números, dos objectivos cumpridos, mas também do futuro.

nove anos de DesidérioAutarca faz balanço e recorda trabalho de fundo

Rui Pires Santos

PPerante uma sala que con-tou com a presença em massa dos órgãos de comunicação social do Algarve, Desidério Silva mostrou que é o homem do leme em Albu-feira . Falou do passado, do presente e do futuro, apesar de em 2013 não poder recandidatar-se à liderança da câmara . Justificou esta iniciativa com “o dever dos autarcas em mostrar e apresentar o trabalho realizado” . “Às vezes a memória é curta e nem sem-pre as pessoas se lembram de quando entraram em funcionamento alguns serviços ou infra-estruturas, se foi há sete, nove ou 12 anos”, atirou .

Recordou a Albufeira que encon-trou, bem diferente da que conhece actualmente . “Era um concelho mui-to deficiente em termos de equipa-mentos estruturantes, como pavi-lhões desportivos, biblioteca, escolas, transportes, acessibilidades, parques de estacionamento, etc . Hoje é muito diferente e está à vista das pessoas . E todos os equipamentos são utiliza-dos, não temos equipamentos vazios, estão a ser utilizados pela população, pelos clubes e associações, e pelos nossos jovens”, sublinhou .

‘educação’ sem Governo centralNa sua passagem pela Educação,

área onde a autarquia realizou um trabalho meritório, Desidério lan-çou uma mensagem ao Governo de Sócrates, na sequência da ‘Operação

Inaugurações’ no último fim-de-semana de Janeiro feita por vários ministros . “O Governo faz uma grande festa quando inaugura ou remodela uma escola, mas em Al-bufeira e na escola da EB 1,2,3 da Guia, onde nós gastamos cerca de seis milhões de euros e o execu-tivo apenas contribuiu com per-to de 600 mil euros, isso não vai acontecer . É um esforço tremendo

da câmara e comigo o Estado não inaugura nada!”, rematou .

Desidério destacou ainda o tra-balho feito na promoção turística do município . “Esta foi uma área na qual me empenhei pessoalmen-te para valorizar e levar a marca Albufeira a novos mercados tu-rísticos”, referiu, recordando “um estudo recente que mostrou que, em alguns locais do Reino Unido,

a marca Albufeira é mais conheci-da que a marca Algarve” .

Apesar da obra feita, o autarca ata-ca já o futuro e pensa nos novos de-safios, como são “o Grande Auditório do Algarve e o Museu do Barrocal”, sem esquecer a batalha da ligação de Albufeira à Via do Infante, que está nas mãos do Governo, mas onde a autarquia tem feito forte pressão para que este projecto possa avançar .

31Algarve Vivo Fevereiro / março 2011

Desidério Silva, entre Carlos Silva e Sousa e José Carlos Rolo

CM Albufeira/Rui Gregório

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AmBIeNte

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DDesde o dia 1 de Janeiro de 2011 a Itália proibiu a distribui-ção de sacos de plástico nas lojas e supermercados . Esta interdição já se aplica em várias cidades dos Estados Unidos, enquanto noutros países europeus como a Alemanha, Dinamarca e Irlanda se criaram ecotaxas elevadas, da ordem dos 20 cêntimos, por cada saco plástico utilizado .

Por cá, em Dezembro do ano passado a Assembleia da República aprovou um projecto de lei do PSD que impõe uma redução de 90% no fornecimento de sacos de plástico nos supermercados até 2016, e um outro do PS que obriga as superfí-cies comerciais a fazer um descon-to de pelo menos 5 cêntimos por cada 5 euros de compras a quem prescinda totalmente destes sacos . Também várias cadeias comerciais, como o Pingo Doce ou Intermar-ché, começaram a cobrar uma taxa de cerca de 2 cêntimos por cada saco solicitado .

Legislação vai impor limites da sua utilização até 2016

Todos os anos são utilizadas 60 milhões de toneladas de sacos plásticos em todo o mundo. No entanto, os seus impactes no ambiente e na produção de resíduos são uma preocupação. Um saco de plástico pode levar até 500 anos a decompor-se.

Ricardo Tello

Sacos plásticos – poderemos viver sem eles?

Todas estas medidas visam redu-zir o uso dos sacos de plástico e pre-venir os seus impactes ambientais, já que apenas uma pequena parte é reciclada depois de ser utilizada . A grande maioria acaba incinerada, em aterros sanitários ou espalhada no ambiente, onde demora pelo menos 200 anos a degradar-se.

os impactesDurante este lento processo, os plás-ticos decompõem-se em polímeros de petróleo, que acabam por conta-minar os solos, as águas e entrar na cadeia alimentar . Especial motivo de preocupação tem sido a cada vez maior quantidade de sacos de plás-tico que se encontra à deriva nos

oceanos, afectando várias espécies da fauna marinha: baleias, golfinhos, focas e tartarugas acabam por mor-rer depois de os ingerirem, pensando que são medusas ou alforrecas, sua alimentação habitual .

Tendo em conta estes aspectos ne-gativos, a indústria tem-se esforçado por encontrar alternativas . Ultima-

Os sacos de papel para compras são de utilização obrigatória nos Estados Unidos e em Itália.Os tradicionais sacos plásticos podem demorar entre 200 a 500 anos a degradar-se em aterro ou no meio ambiente.

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200 Anos é o tempo mínimo que os sacos plásticos levam a

degradar-se

60 Milhões de toneladas de sacos usados em

todo o mundo

Algarve Vivo Fevereiro / março 2011

Sacos plásticos – poderemos viver sem eles?

mente têm aparecido no mercado os chamados sacos biodegradáveis, que se decompõem em cerca de 2 anos . Estes são essencialmente de dois ti-pos, os oxo-biodegradáveis, que con-têm um aditivo que facilita a sua de-composição, e os vegetais, feitos com amido de milho . No entanto, também estes sacos não são consensuais, dado

que os recicladores de plástico referem que estes prejudicam o seu processo tradicional, dificultando-o e alterando as propriedades mecânicas do produ-to final . Chegam mesmo a defender que, se a utilização dos biodegradá-veis crescer, será necessário criar um circuito separado de recolha para eles, fora dos ecopontos amarelos .

‘saco Verde’Pesando os prós e contras, talvez seja mais seguro recuperarmos hábitos antigos e voltar a utilizar os sacos de pano e as velhas cestas de compras . Também é já possível adquirir um Saco Verde nas lojas do Continente, Jumbo, Modelo, Pão de Açúcar, Pingo Doce e Sta-

ples . Este saco é produzido com um material inovador, constituído em 99% por garrafas de plástico recicladas, pode sempre ser troca-do por um novo nos supermerca-dos aderentes e é mais resistente, para poder ser reutilizado várias vezes . São opções económicas e o Ambiente agradece .

Os sacos de papel para compras são de utilização obrigatória nos Estados Unidos e em Itália.

Os sacos recicláveis são uma solução mais amiga do ambiente, pois a sua degradação demora dois anos.

o ‘SACo VeRDe’ é umA BoA SoLução AmBIentAL, PoIS é mAIS ReSIStente e PoDe SeR ReutILIzA-DA VáRIAS VezeS

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JuVeNtude

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CCom a antiga tuna do Ins-tituto Superior Manuel Teixeira Gomes (ISMAT) extinta há algum tempo, vários alunos, alguns per-tencentes à formação anterior, de-cidiram unir esforços a fim de tra-zer de volta a tradição académica ao seio da universidade, formando outra tuna académica . O início da caminhada não foi fácil mas o empenho e a dedicação levaram a melhor e eis que, a 10 de Dezem-bro de 2008, surge, finalmente, a IsmaTuna cujo hino continua a ser ‘In Veritas Marafadus Sumus’ .

“Mantivemos o hino da antiga

1º Encontro de Tunas reaviva tradição académica em Portimão

A IsmaTuna foi fundada há pouco mais de dois anos e, apesar de muito recente, organizou o seu primeiro encontro de tunas em Portimão, recebendo críticas bastante positivas por parte do público. Ser reconhecida como uma verdadeira tuna, incutir o espírito académico no seio da comunidade universitária e gravar um cd são os principais objectivos da IsmaTuna, que tem como ‘magister’ (presidente) Sandra Gaio

Marisa Avelino

Ismatuna devolve o grito académico ao ISmAtFalta tradiçãoA IsmaTuna pretende ser reconhe-cida pelos seus pares e restante co-munidade universitária como uma verdadeira tuna, no entanto, a falta de espírito académico no ISMAT e nos seus caloiros tem sido um en-trave ao seu desenvolvimento . Para Sandra Gaio, trata-se de uma ques-tão cultural, própria da região al-garvia, e a única solução passa por uma observação cuidada de outras universidades, mais experientes, e das suas tradições . “Não há muita tradição académica no Algarve e as tunas que existem sofrem com isso . Aqui, as universidades fogem muito à tradição e à praxe também”, refere . “É preciso ver outras tradições, o que

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tuna porque representa a nossa própria história e, por isso, não fazia sentido mudá-lo”, conta San-dra Gaio, magister da IsmaTuna, à Algarve Vivo . O crescimento tem sido gradual e trabalhoso . Actualmente, a tuna conta com cerca de 25 membros e consegue apresentar uma grande variedade de instrumentos musicais nas suas actuações, tais como pandeiretas, tambores, djembê, reco-reco, pau-de-chuva, bandolim, cavaquinhos, violas e acordeão . Aos poucos, a tuna do ISMAT vai se apresen-tando através de arruadas, festas e encontros académicos, onde tenta angariar fundos que lhe permita ampliar o seu trabalho .

os outros fazem . Quando queremos começar ou melhorar algo temos de aprender com quem sabe”, sublinha .

Além da falta de tempo que têm para ensaiar (duas vezes por se-mana), dominar os instrumentos e aprender as canções, além dos parcos recursos, são outro obstáculo para o crescimento da tuna . O único apoio vem do ISMAT, que se disponibiliza com aquilo que pode consoante as necessidades da tuna . Por não ter um patrocinador oficial, a IsmaTu-na aproveitou para tentar conseguir arranjar um quando, em Dezembro passado, organizou o 1 .º Encontro de Tunas em Portimão (ver caixa) . “No início, a principal dificuldade foi arranjar instrumentos suficientes e

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Ismatuna devolve o grito académico ao ISmAt

pessoas aptas para ensiná-los . Não foi fácil mas, hoje, posso dizer que esta tuna tem pernas para andar, em-bora ainda se encontre muito verde”, frisa Sandra Gaio .

“ser magister é gratificante”Uma tuna académica continua a ter uma grande importância no seio de uma universidade, porque é o único

grupo de estudantes que consegue manter, reavivar e demonstrar as tradições da universidade que repre-senta . Assim, formar uma tuna com bases sólidas para crescer e que re-presente condignamente o ISMAT é o que Sandra Gaio se propõe fazer . “Ser ‘magister’ da IsmaTuna tem sido muito gratificante . Para mim, é uma realização pessoal . Apesar do

esforço, os resultados têm sido po-sitivos e agora é olhar para o futuro e fazer mais e melhor para que esta tuna se torne numa referência acadé-mica”, remata .

Refira-se que a IsmaTuna é inde-pendente da Associação de Estudan-tes do ISMAT e está a tentar tornar-se numa associação juvenil sem fins lucrativos .

O 1.o Festival de Tunas realizou-se, entre 10 e 12 de Dezembro, no Auditório Municipal de Portimão, e contou com a participação de várias tunas da cidade (IsmaTuna e Tu-naBebes), Silves (XelbTuna), Lisboa (FerisTuna, SamariTuna e Tusófona) e Porto (Copófona). Segundo Sandra Gaio, apesar da iniciativa ter regis-tado uma afluência fraca (cerca de 70 pessoas por dia), o ‘feedback’ do público e das tunas participantes foi bastante positivo. O facto do evento decorrer na mesma altura das cele-brações do Dia da Cidade fez com que não tivesse grande visibilidade. Ainda assim, a organização faz um balanço positivo e já se encontra a planear o 2.ª Encontro de Tunas que, tudo aponta, vai realizar-se entre 9 e 11 de Dezembro deste ano, continu-ando integrado nas comemorações do Dia da Cidade.

1.o encontro de tunas em Portimão

Paulo Arez

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AutomÓVeIs

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AA primeira geração do Mer-cedes-Benz SLK, lançada em 1996, teve a sua principal novidade no prático tejadilho metálico retrác-til, que com o simples premir de um botão no interior permitia em segundos passar de coupé a des-capotável, e vice-versa . A segunda geração, surgida em 2008, distin-giu-se pelo sistema ‘Airscarf ’, com-posto por duas saídas no encostos de cabeça por onde é expelido ar quente para os ombros e nuca, po-dendo-se assim circular de capota aberta mesmo em dias mais frios . Agora, o novo Mercedes-Benz SLK

Por último, é de assinalar que esta geração do Mercedes-Benz SLK vai estar disponível com uma gama de novos e modernos motores de qua-tro e seis cilindros, com potências entre 184 e os 306 cv, sendo também ainda mais eficientes ao disporem de série do sistema Eco Start-Stop, destinado não apenas a reduzir as emissões de gases poluentes como a torná-los mais económicos . Para Dezembro deste ano está previs-ta a introdução do primeiro motor turbodiesel deste descapotável, sob a designação de SLK 250 CDi, com uma potência de 204 cv. Segir-se-á a versão mais potente da gama: SLK 55 AMG .

O novo Mercedes-Benz SLK, que vai estar à venda no mercado nacional já a partir de Março, segue as pisadas dos seus antecessores e volta a introduzir inovações assentes em soluções inéditas, fazendo com que a terceira geração deste descapotável de dois lugares continue a ser um objecto de desejo.

Alexandre Pires mã assinalar a efeméride com o lan-çamento deste novo descapotável bi-lugar . E outra das novidades desta terceira geração é o ‘Airguide’, que consiste em vidros acrílicos fixados no arco de protecção destinados a reduzir a corrente de ar no interior, constituindo uma alternativa aos deflectores tradicionais de vento . Do ponto de vista estético, o que chama desde logo a atenção neste novo ‘roadster’ é a grelha do ra-diador, onde sobressai uma estrela mais proeminente e em posição cen-tral . Além disso, os faróis dianteiros recordam o lendário Mercedes-Benz 190 SL, dos anos 50, consi-derado por muitos o ‘SLK’ original .

surpreende com a estreia mundial do tecto panorâmico vario, deno-minado ‘Magic Sky Control’, um opcional que mais não é do que um tejadilho em vidro que tem a parti-cularidade de poder tornar-se trans-parente ou escurecido . Para tanto, basta premir um simples botão e em poucos segundos o tejadilho assume a protecção desejada, de forma a proporcionar a protecção necessá-ria para prevenir o aquecimento do habitáculo sob forte incidência solar . Mas esta não é a única novidade da terceira geração deste ‘roadster’ da Mercedes-Benz, que este ano com-pleta 125 anos de existência, sendo esta uma boa maneira da marca ale-

Mercedes-Benz SLK

objecto de desejo

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VILAMOURA: Aldeia do Mar - tel:289 313 324 | Lago Azul - tel: 289 321 633 | Old Village - tel: 289 380 952 | Marina Mar - tel:289 323 941

QUARTEIRA: Rua 25 de Abril - tel: 289 389 071 | Largo do Mercadoo - tel: 289 355 854 | Quinta do Romão - tel: 289 388 425

QUINTA DO LAGO: Four Seasons Fairways - tel: 289 398 692 | Vilar do Golfe - tel: 289 396 649

ARMAZÉM: Zona Industrial - Vilamoura - tel: 289 321 183 | fax: 289 321 774

“A fruta e os legumes mais frescos”

“Porque a qualidade é importante”

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AAbordando um tema que cada vez mais está na moda – o fim do mundo ditado pelo calendário maia – William Gladstone conseguiu em Os Doze criar uma narrativa fluida, com leves e interessantes pitadas de aventura, proclamando uma busca incessante pela sobre-vivência da humanidade e pela descoberta efectiva de Os Doze (conjunto de pessoas cuja missão é unir-se e salvar a Terra da destruição) . Lançado pela Pergaminho este é um romance que combina elementos de esoterismo, aventura e mistério, em redor da antiga profecia Maia, que aponta o 21 de Dezembro de 2012 como o final dos tempos .

A obra conta a história de Max, um herói invulgar que é lançado pelo destino numa viagem à descoberta do se-gredo por detrás da antiga profecia Maia sobre o final dos tempos, previsto para 21 de Dezembro de 2012.

Em criança, Max vivia isolado num mundo feito de padrões numéricos e cromáticos, e só começou a falar aos seis anos de idade . Aos quinze anos sofreu uma experiên-cia de quase-morte durante a qual tem uma visão que lhe revela o nome de doze pessoas . Embora não consiga com-preender o sentido desta revelação, Max sente que tem um significado profundo: todos Os Doze parecem estar ligados entre si e todos eles têm um papel a desempenhar no momento em que o mundo chegar ao fim .

Através de várias aventuras espectaculares em Jeru-

salém, Atenas, Londres, Índia, Istambul, China, Japão e México, vai sendo revelado aos leitores como Max e Os Doze cumprem a missão que o destino lhes reserva: des-cobrir o verdadeiro sentido da misteriosa data de 21 de Dezembro de 2012.

Estará a antiga profecia Maia correcta? Estará de facto próximo o fim do mundo tal como o conhecemos?

Combinando elementos de esoterismo, aventura e mis-tério, Os Doze é um romance a não perder para leitores de O Alquimista, A Cabana e O Código Da Vinci .

o fim em 2012?Obra de William Gladstone baseada em antiga profecia Maia

Estará a antiga profecia Maia correcta? Estará de facto próximo o fim do mundo tal como o conhecemos? Ou haverá um sentido oculto, mais profundo e misterioso, para esta profecia arcana?

Miguel Santos

PerfilWilliam Gladstone é formado em Antropologia Cultural pela Universidade de Harvard. Ao longo da sua vasta carreira em edição, já trabalhou com alguns dos autores mais influentes e respeitados dos nossos dias, incluindo Eckhart Tolle, Deepak Chopra e Barbara Marx Hubbard. Participou ainda em projectos pioneiros, tendo contribuído para a criação da primeira editora de print-on-demand, e colaborou com alguns dos empreendedores de maior visão do mundo dos negócios, incluindo Tom Anderson, o fundador da MySpace, e Linus Torvalds, criador do sistema operativo Linux.

LIVros

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os mais vendidos

Solidão Povoada – As Histórias que nunca ConteiCarlos Castro Preço: 4,90 euros

O Sonho do CeltaMario Vargas Llosa Preço: 17,06 euros

• O Quinto da DiscórdiaRobertson Davies(ed. Ahab)

• A Costa dos MurmúriosLídia Jorge (ed Dom Quixote)

• A Ilha do TesouroRobert Louis Stevenson (ed. Clube do Autor)

Sugestões de leitura

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Jogos na NoiteSherrilyn Kenyon Preço: 16,97 euros

A Ilha dos EncantosMary Nickson Preço: 16,16 euros

Os Pilares da Terra I Ken Follett Preço: 16,15 euros

O Anjo Branco José Rodrigues dos Santos Preço: 22,05 euros

Laços de SangueCharlaine Harris Preço: 16,07 euros

Um Refúgio para a VidaNicholas Sparks Preço: 16,65 euros

Amor sem DúvidaMaria do Céu Santo Preço: 14,40 euros

Os Pilares da Terra IIKen Follett Preço: 20,19 euros

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