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10 ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE CHAPECÓ CHAPECÓ SC, 2013
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ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

Jan 07, 2017

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ESTADO DE SANTA CATARINA

MUNICÍPIO DE CHAPECÓ

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DA EDUCAÇÃO BÁSICA

DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE CHAPECÓ

CHAPECÓ – SC, 2013

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SECRETÁRIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

ASTRIT MARIA SAVARIS TOZZO

DIRETORA DE GESTÃO EDUCACIONAL

MARENI DE FÁTIMA ROSA DA SILVA

DIRETORA PEDAGÓGICA

SUELI SUTTILI

DIRETORA ADMINISTRATIVA

VÂNIA CRISTINA COELHO PICCOLI

GERENTE DE RECURSOS HUMANOS

DANIELA REGINA MORATELLI CUNHA

GERENTE DE ENSINO FUNDAMENTAL

DENISE SIMONE DALMASS

GERENTE DE SUPRIMENTOS

IVANETE APARECIDA MACHADO BERTOTTI

GERENTE DE EJA

IVETE ZANELA

GERENTE DA EDUCAÇÃO INFANTIL

JOVANO ANTONIO BASSANI

GERENTE DE APOIO ADMINISTRATIVO

LUÍZA BROCCO MARAFON

GERENTE DE GESTÃO EDUCACIONAL

MARCIA INES BERNARDT WURZIUS

GERENTE DE ARTICULAÇÃO EDUCACIONAL

MARGARIDA KNIEST DORNELLES PICCOLI

GERENTE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

SARAJANE VOOS

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LISTA DE SIGLAS

ACIC – Associação Comercial e Industrial AEE – Atendimento Educacional Especializado CAE – Conselho de Alimentação Escolar CAIC – Centro de Atendimento Integral a Criança CCE – Consciência Comunitária Escolar CED – Conselho Estadual de Educação CEFET – Centro Federal de Educação Tecnológica CEIC – Centro de Educação Infantil Comunitário CEIM – Centro de Educação Infantil Municipal CEJAM – Centro Educacional de Jovens e Adultos Municipal CEMUT – Centro Municipal de Tecnologia CNB – Comissão Nacional de Bolsas COMED - Conselho Municipal de Educação CONAE - Conferencia Nacional de Educação CREESP - Centro de Referencia em Educação Especial EBM - Escola Básica Municipal EPC – Escola Parque Cidadã EJA – Educação de Jovens e Adultos FME - Fórum Municipal de Educação FNE - Fórum Nacional de Educação FUNDEB – Fundo Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IDEB - Índice de Desenvolvimento da Educação Básica IE – Instituição Educativa IF-SC – Instituto Federal de Santa Catarina INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira LBA – Legião Brasileira de Assistência LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação MEC - Ministério da Educação MOBRAL - Movimento Brasileiro de Alfabetização NTM – Núcleo de Tecnologia Municipal OMEP- Organização Mundial para Educação Pré Escolar PDDE – Programa Dinheiro Direto na Escola PPP - Projeto Político Pedagógico PNUD - PROEJA – FIC – Programa de Educação de Jovens e Adultos - Formação Inicial e Continuada PROMAI – Programa de Avaliação Institucional PRONAICA – Programa Nacional de Atenção à Criança e ao Adolescente SASE – Serviço de Atenção a Saúde do Escolar SEDUC - Secretária Municipal de Educação SRM – Sala de Recursos Multifuncionais TIC – Tecnologia de Informação e Comunicação UFRMs – Unidade Fiscal Municipal ZDP – Zona de Desenvolvimento Proximal

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 População do Município de Chapecó ................................................ 12

Tabela 2 : IDH do Município de Chapecó ......................................................... 13

Tabela 3: Quadro de matriculas, educandos atendidos por nível em 2012 e

2013. ................................................................................................................ 13

Tabela 4: Metas IDEB ...................................................................................... 14

Tabela 5 Taxa de aprovação do Ensino Fundamental ..................................... 15

Tabela 6 - Matrículas Educação Municipal ....................................................... 15

Tabela 7: Educandos com deficiência incluídos no ensino regular. ................. 16

Tabela 8- Habilitação dos educadores ............................................................. 17

Tabela 9: Laboratórios de informática .............................................................. 18

Tabela 10: Educandos com matrículas nas salas de recursos multifuncionais 19

Tabela 11: Educandos matriculados no ensino comum, que frequentam as

instituições parceiras. ....................................................................................... 20

Tabela 12Estrutura organizacional do currículo da rede municipal de ensino de

Chapecó ........................................................................................................... 51

Tabela 13: Matriz Curricular da Educação Infantil ............................................ 76

Tabela 14 Matriz Curricular Do Ensino Fundamental ....................................... 79

Tabela 15: Matriz Curricular Escola Parque Cidadã Educação Integral .......... 80

Tabela 16: Matriz Curricular dos Espaços De Vivências .................................. 81

Tabela 17: Ensino Fundamental – Séries Iniciais – EJA – Fases I e II ............ 85

Tabela 18: Ensino Fundamental – Séries Finais – EJA – Fases III, IV, V e VI . 86

Tabela 19: Matriz Curricular para Educação a Distância – EJA - Ensino

Fundamental - Séries Finais (5ª a 8ª Série) ..................................................... 87

Tabela 20: Matriz curricular Projovem Urbano ................................................. 88

Tabela 21: Carga Horária presencial semanal dos estudantes ........................ 88

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO................................................................................. 10

1 DIAGNÓSTICO.......................................................................................... 11

1.1 ANÁLISE E CONTEXTO DO MUNICÍPIO DE CHAPECÓ.................................. 11

1.2 ANÁLISE E CONTEXTO EDUCACIONAL DO MUNICÍPIO DE CHAPECÓ.......... 12

1.3 CARACTERIZAÇÃO DOS EDUCANDOS.................................................... 19

2 HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO NO MUNICÍPIO DE CHAPECÓ................................21

2.1 CONSELHOS DA EDUCAÇÃO ................................................................27

2.1.1 SECRETARIA EXECUTIVA DOS CONSELHOS DA EDUCAÇÃO..................27

2.1.2 CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO..............................................27

2.1.3 O CONSELHO DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR........................................28

2.1.4 O CONSELHO DO FUNDEB.............................................................29

2.1.5 FÓRUM MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO.........................................................29

3 OBJETIVOS...............................................................................................31

3.1 OBJETIVO GERAL...............................................................................31

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS....................................................................31

4 PRINCÍPIOS...............................................................................................33

5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA........................................................................35

5.1 MATERIALISMO HISTÓRICO DIALÉTICO......................................................35

5.2 TEORIA SÓCIO-HISTÓRICA...................................................................36

5.3 PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA..........................................................44

5.4 DIDÁTICA PARA A PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA................................48

6 OPERACIONALIZAÇÃO DA AÇÃO EDUCATIVA................................................51

6.1 NÍVEIS E MODALIDADE DA EDUCAÇÃO MUNICIPAL.................................52

6.1.1 EDUCAÇÃO INFANTIL.............................................................................52

6.1.2 ENSINO FUNDAMENTAL DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE CHAPECÓ..58

6.1.3 EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS.......................................................60

6.1.4 EDUCAÇÃO ESPECIAL..................................................................... 62

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6.1.5 EDUCAÇÃO INSTITUCIONAL INDÍGENA................................................66

6.1.6 A EDUCAÇÃO DO CAMPO......................................................................68

6.1.7 EDUCAÇÃO INTEGRAL ....................................................................69

6.1.8 PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO..........................................................70

6.1.9 INSTITUIÇÃO CHAPECÓ CRIANÇA – CIDADANIA EM AÇÃO.....................71

6.1.10 PROJETO: ESTÂNCIA AMBIENTAL......................................................72

6.1.11 UAB - UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL......................................73

7 PROPOSTA PEDAGÓGICA.........................................................................75

7.1 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR................................................................ 75

7.1.1. EDUCAÇÃO INFANTIL.................................................................. 75

7.1.3 ENSINO FUNDAMENTAL................................................................77

7.1.4 EDUCAÇÃO ESPECIAL..................................................................81

7.1.5 EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS - EJA......................................84

7.2 TEMAS TRANSVERSAIS........................................................................89

7.3 PRÁTICA PEDAGÓGICA........................................................................90

7. 4 PROCESSO DE AVALIAÇÃO..................................................................... 95

7.4.1 AVALIAÇÃO DA AÇÃO EDUCATIVA.................................................. 95

7.4.2 POSSIBILIDADES PEDAGÓGICAS DE AVALIAÇÃO: RECUPERAÇÃO

PARALELA NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM....................... 97

8 PROJETOS DESENVOLVIDOS PELA REDE MUNICIPAL DE ENSINO...................100

8.1 PROJETO: CONSCIÊNCIA COMUNITÁRIA ESCOLAR - CCE..........................100

8.2 INSTITUIÇÃO CHAPECÓ CRIANÇA – CIDADANIA EM AÇÃO.......................... 100

8.3 PROJETO: BANDAS ESCOLARES................................................................101

8.4 PROJETO: FORMAÇÃO CONTINUADA..........................................................101

8.5 PROJETO: NÚCLEO DE TECNOLOGIA MUNICIPAL........................................102

8.6 PROJETO: ESTÂNCIA AMBIENTAL...............................................................102

8.7 PROJETO: NOSSO PLANETA, NOSSA CASA – JUNIOR ACHIEVEMENT ........103

8.8 PROJETO: PROTETOR AMBIENTAL..........................................................103

8.9 PROJETO: SEMANA DO MEIO AMBIENTE - GINCANA...................................104

8.10 PROJETO: CONCURSO DE REDAÇÃO E DESENHO – CDL.........................104

8.11 PROJETO: ORATÓRIA NAS ESCOLAS.................................................... 104

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8.12 PROJETO: 9ª OLIMPÍADA BRASILEIRA DE MATEMÁTICA DAS ESCOLAS

PÚBLICAS – OBMEP 2013.........................................................................105

9 PROGRAMAS DESENVOLVIDOS PELA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO.................106

9.1 PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO............................................................ 106

9.2 ACESSIBILIDADE.............................................................................. 107

9.3 PROGRAMA DE FORMAÇÃO ESPORTIVA ESCOLAR - ESPORTE NA

ESCOLA/ATLETA NA ESCOLA.......................................................................107

9.4 PROGRAMA PNAIC – PACTO NACIONAL PARA A ALFABETIZAÇÃO NA IDADE

CERTA .................................................................................................. ....108

9.5 PROGRAMAS GOVERNO FEDERAL: PROGRAMA DINHEIRO DIRETO NA

ESCOLA - PDDE........................................................................................109

9.6 PROGRAMA DINHEIRO DIRETO NA ESCOLA – PDDE CAMPO ..............109

9.7 CONVÊNIOS DE ESTAGIÁRIOS (AS) .....................................................109

9.8 CONVÊNIOS CEDÊNCIA DE FUNCIONÁRIOS...........................................109

9.9 CONVÊNIOS DE REPASSE DE RECURSOS: PROGRAMA ESCOLA FORTE...110

9.10 CONVÊNIOS DE REPASSE DE RECURSOS: ESCOLAS AGRÍCOLAS.............110

9.11 CONVÊNIOS DE PARCERIAS .................................................................110

9.12 PROGRAMA PROJOVEM URBANO.........................................................110

10 ORGANIZAÇÃO DA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO............................111

10.1 GESTÃO DAS INSTITUIÇÕES EDUCATIVAS............................................. 111

10.2 CONSELHOS ESCOLARES................................................................ 113

10.3 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL.................................................................115

11 PAPEL DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO................................................117

12 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE GESTÃO EDUCACIONAL(ANEXO 01 )- ..... 120

13 REGIMENTO ESCOLAR UNIFICADO DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO (ANEXO

02).......................................................................................................... 121

REFERÊNCIAS

ANEXOS

ANEXO I-PLANO ESTRATÉGICO DE GESTÃO EDUCACIONAL

ANEXO II -REGIMENTO ESCOLAR UNIFICADO DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO

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IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO

Nome da instituição: Secretaria Municipal de Educação

Entidade mantenedora: Prefeitura Municipal de Chapecó

Endereço: Rua Jonas Rauen, 53 E – Centro, Chapecó – SC.

CEP: 89801-012

Telefone: (49) 3321-8580

Equipe de Elaboração: Planejamento Educacional

Colaboradores: Diretoria de Gestão Educacional, Diretoria Pedagógica,

Diretoria Administrativa, Setor de Educação Infantil, Ensino Fundamental,

Educação de Jovens e Adultos, Educação Especial, CCE, Documentação

Escolar, RH, Convênios, CEMUT, Secretaria de Desenvolvimento Urbano,

COMED, IBGE,

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APRESENTAÇÃO

Este documento consolida ideias a partir do debate sobre a construção e

efetivação do Projeto Político Pedagógico da Rede Municipal de Ensino de Chapecó,

incorporando as contribuições produzidas pelos profissionais através da reflexão

teórico-prática, realizadas desde 2005.

O objetivo deste documento é orientar teórica e metodologicamente as ações

pedagógicas dos profissionais da educação, observando a legislação vigente e a

Organização Curricular da Educação Básica Municipal. Sendo o principal documento

de orientação e definição de todas as normas que determinam a estrutura e

organização da Rede Municipal de Ensino de Chapecó.

O Projeto Político Pedagógico da Rede Municipal de Ensino de Chapecó

pauta-se na Lei de Diretrizes e Bases - LDB – Lei Nº 9394/96, Lei do Sistema

Municipal Nº 48/97, Resoluções do Conselho Municipal de Educação, Plano

Nacional e Plano Municipal de Educação, bem como nas demais legislações

vigentes e orientações estabelecidas nas Diretrizes Curriculares Nacionais.

O documento apresenta um diagnóstico da Rede Municipal de Ensino,

contextualizando historicamente a educação do município e analisando o contexto

da comunidade, os objetivos e princípios dos seus diversos níveis e modalidades, a

fundamentação teórica da Educação Básica, definindo as concepções de educação,

infância, aprendizagem e desenvolvimento e do currículo.

O Projeto Político Pedagógico apresentado refere-se à Educação Básica,

contemplametas e compromissos políticos pedagógicos estabelecidos no Plano

Municipal de Educação e Plano Estratégico de Gestão.

Num primeiro momento, explicita-se a operacionalização da ação educativa

da Educação Básica Municipal, situando os níveis e modalidades atendidos, sua

organização, nomenclatura e idades de atendimento. Em seguida, apresenta-se os

objetivos, princípios, operacionalização da ação educativa, matriz curricular e

avaliação específica dos níveis e modalidades.

Diante disso, torna-se imprescindível adotar um planejamento estratégico que

dê conta de suprir as necessidades do cotidiano educacional, repensando a forma

de gestão, o papel dos profissionais da educação e a forma do processo de

avaliação e o Regimento Escola Unificado da Rede Municipal de Ensino.

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1 DIAGNÓSTICO

1.1 ANÁLISE E CONTEXTO DO MUNICÍPIO DE CHAPECÓ

Na data de 25 de Agosto de 1917, foi fundada a cidade de Chapecó, na

época localizada sua sede no Passo Bormann,até então, conhecida como Passo

dos Índios, que por decreto do governo federal General Ptolomeu Assis Brasil, em 9

de Abril de 1931, passou a denominar-se Chapecó.

Está localizada no oeste de Santa Catarina, Brasil, sendo seus limites ao

Norte Município Norte: Municípios de Coronel Freitas e de Cordilheira Alta, ao Sul o

estado do Rio Grande do Sul, ao Leste Municípios de Itá, Seara, Xaxim e Arvoredo e

a Oeste Municípios de Nova Itaberaba, Guatambú e Planalto Alegre.

O município de Chapecó na atualidade é considerado a Capital do Oeste

Catarinense e pólo de uma região com mais de 200 municípios e com mais de 1

milhão de habitantes, onde se encontram as sedes das principais empresas

processadoras e exportadoras de suínos, aves e derivados do Brasil. Sua população

cresce aceleradamente, assim como sua economia. Possui 626,060km² de unidade

territorial, densidade demográfica 293,98hab./Km², segundo dados do IBGE, 2010.

A cidade tem reconhecimento internacional por ser grande exportadora de

produtos alimentícios industrializados de natureza animal, ocupando lugar de

destaque na economia catarinense. É a capital Latino-Americana de Produção de

Aves e Centro Brasileiro de Pesquisas Agropecuárias.

Também é considerada polo educacional, contando com diversas instituições

de Educação Superior, sendo: particulares, comunitárias, públicas estaduais e

federais.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE de

2010, Chapecó registra uma população de 183.530 habitantes, com projeção para

2013 de 198.188, sendo a 6ª maior cidade do Estado de Santa Catarina.

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Tabela 1População do Município de Chapecó

ANO HABITANTES

POPULAÇÃO

RESIDENTE

DE 0 A 3

ANOS

POPULAÇÃO

RESIDENTE

DE 4 A 5

ANOS

POPULAÇÃO

RESIDENTE

DE 6 A 9

ANOS

POPULAÇÃO

RESIDENTE

DE10 A 14

ANOS

POPULAÇÃO

RESIDENTE

DE 15 A 60 OU

MAIS ANOS

2010 183.530 10.107 5.143 10.383 15.477 144.233

2011* 186.337 __ __ __ __ __

2012* 189.052

__ __ __ __ __

2013*

198.188

__ __ __ __ __

Fonte: IBGE. 2013 Fonte: IBGE: Diretoria de Pesquisas - DPE. Coordenação de População e Indicadores Sociais COPIS.

NOTA: Estimativas da população residente com data de referência 1o de julho de 2011*.

População residente com data de referência 1o de julho de 2012*.

População residente com data de referência 1o de julho de 2013*.

A Educação Básica é atendida pela Rede Municipal, Estadual e Particular. O

Ensino Médio pela Rede Estadual e Particular, o Ensino Fundamental pela Rede

Municipal, Estadual e Particular e a Educação Infantil pela Rede Municipal e

Particular.

Com relação à faixa etária, em idade escolar, perfaz um total de 41.110

habitantes, o que corresponde a 22,40% da população chapecoense.

1.2 ANÁLISE E CONTEXTO EDUCACIONAL DO MUNICÍPIO DE CHAPECÓ

De acordo com o ranking do Programa das Nações Unidas para o

Desenvolvimento - Pnud, intitulado "Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil

2013", realizado pela ONU, O município ocupa o 67° lugar no Brasil e o 18º no

Estado de Catarina. A cidade apresentou um crescimento de 15,83% passando de

0,682 para 0,790 entre 2000 e 2010.

Conforme o Pnud, o maior crescimento foi em relação à educação, conforme

os critérios utilizados:escolaridade, frequência à escola, alfabetização e atraso série-

idade, Chapecó apresentou aumento de 0,176, seguida por renda e longevidade,

esses dados refletem o investimento do município tanto estrutural como em recursos

humanos na educação.

Page 12: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

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Tabela 2: IDH do Município de Chapecó

Ano Ranking

IDHM IDHM

IDHM Renda

IDHM Longevidade

IDHM Educação

1991 417 0.529

0.643

0.758

0.303

2000 252 0.682

0.713

0.807

0.551

2010 0,67 0,790 0,779 0,871 0,727

Fonte: PNUD- Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento2013, (Com dados dos

Censos 1991, 2000 e 2010).

A Educação Básica de responsabilidade do município possui Instituições

Educativas que atendem Educação Infantil (creche e pré-escola), Ensino

Fundamental (anos iniciais e finais), Educação de Jovens e Adultos, totalizando

19.993 educandos atendidos.

Tabela 3: Quadro de matriculas, educandos atendidos por nível em 2012 e 2013.

Fonte:*Educacenso: Os dados do Censo Escolar têm como referência a última quarta-feira do mês de

maio: 29/05/2013.

De acordo com o quadro de matrículas acima são atendidos 19.993

educandos na Rede Municipal, distribuídos em86Instituições Educativas, sendo 28

Escolas Urbanas, 14 Escolas Rurais, 36Centros de Educação Infantil Urbanos, 03

Centros de Educação Infantil Rurais, 05 Centros de Educação Infantil Comunitário e

03Creches Domiciliares, oferecendo atendimento nos diferentes níveis e

modalidades de ensino.

Etapas e modalidade Ano 2012 Ano 2013

Educação Infantil - 0 a 5 anos de idade

8.682 9.168

Ensino Fundamental - 1ª a 9ª série 10.080 10.024

Educação de Jovens e Adultos – EJA 886 801

Total de alunos 19.628 19.993

Page 13: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

14

Para aferir a qualidade de cada Instituição Educativa e Rede de Ensino, o

Ministério da Educação - MEC, criouem 2007, o Índice de Desenvolvimento da

Educação Básica – IDEB. O indicador foi criado pelo Instituto Nacional de Estudo e

Pesquisas Educacionais - Inep e busca representar a qualidade da educação a partir

da observação de dois aspectos: o fluxo (progressão ao longo dos anos) e o

desenvolvimento dos alunos (aprendizado), onde o município tem avançado

consideravelmente tanto nas metas projetadas como no IDEB observado, conforme

tabela abaixo.

Tabela 4: Metas IDEB

IDEB OBSERVADO METAS PROJETADAS

2005 2007 2009 2011 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021

Anos

Iniciais

4,4 4,3 5,3 5,9 4,5 4,8 5,2 5,5 5,7 6,0 6,2 6,5

Anos

Finais

3,4 3,8 4,6 4,8 3,4 3,5 3,8 4,2 4,6 4,9 5,1 5,4

Fonte: BRASIL, MEC, 2013.

Na Rede Municipal de Ensino de Chapecó, o IDEB em 2011, foi de 5,9 nas

séries iniciais, um acréscimo de 13,5% sobre a meta projetada para o mesmo ano

que foi de 5,2. Já nas séries finais o índice observado foi de 4,8 um acréscimo de

26,5% sobre o índice projetado que foi de 3,8. O resultado observado no IDEB de

2011 ultrapassa a meta de 2015 em ambos os níveis.

A superação do IDEB demonstra o comprometimento com o Projeto Político

Pedagógico - PPP da Secretaria Municipal de Educação - SEDUC, aliado ao Plano

Estratégico de Gestão que definem metas e resultados a serem atingidos e

propiciam à qualidade do processo de aprendizagem desenvolvido nas instituições

Educativas. O resultado é constatado na evolução da taxa de matrícula que cresceu

2,072% em relação a 2011, mantendo a taxa de aprovação acima de 90% no Ensino

Fundamental, conforme tabela a seguir:

Page 14: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

15

Tabela 5 Taxa de aprovação do Ensino Fundamental

ANO MATRÍCULA FINAL NÚMERO DE

APROVADOS

PERCENTUAL

2004 10.811 10.559 90,87%

2005 10.789 10.569 92,59%

2006 10.486 8826 85,02%

2007 10.726 9384 88,81%

2008 10.446 9518 90,89%

2009 10.199 9570 93,28%

2010 9.996 9408 94,12%

2011 9.826 9.443 96,10%

2012 10.034 9.479 94,47%

Fonte: Setor de Documentação Escolar e Estatística SEDUC 12/ 2012 – Matrícula Oficial e

Educacenso.

Para que Chapecó conquistasse lugar de destaque na educação, houve

também um grande investimento no setor educacional, aumentando

significativamente o acesso, permanência e sucesso dos educandos chapecoenses,

com destaque para o aumento na matrícula da educação infantil, conforme tabela

comparativa a seguir:

Tabela 6- Matrículas Educação Municipal

Ano Ed. Infantil Ens. Fund. EJA Total

2004 6.350 10.811 2.521 19.682

2005 6.427 10.789 1.839 19.055

2006 6.430 10.486 1.354 18.270

2007 7.022 10.721 1.213 18.956

2008 7.517 10.726 1.455 19.698

2009 8.038 11.650 1.227 20.915

2010 8.292 10.199 1.187 19.645

2011 8.477 9.916 1.026 19.419

2012 8.682 10.080 866 19.628

2013 9.168 10.024 801 19.993

Fonte: Setor de Documentação Escolar e Estatística SEDUC30/05/2013 – Matrícula Oficial e

Educacenso.

Dentre as modalidades de educação, a Educação Especial busca viabilizar

uma prática educativa que valorize as diferenças e o respeito às necessidades de

Page 15: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

16

cada educando, garantindo o direito de pleno acesso e participação nos espaços

comuns de aprendizagem e nas Salas de Recursos Multifuncionais - SRM.

Conforme a Resolução do Conselho Municipal de Educação de Chapecó -

COMED, Nº 001 de 30 de novembro de 2011, em seu Art. 1º, “A Educação Especial

integra o Sistema Municipal de Ensino de Chapecó, caracterizada como modalidade

que demanda um conjunto de procedimentos e recursos específicos que visam ao

ensino, à prevenção e à reabilitação da pessoa com deficiência, transtornos globais

de desenvolvimento, transtornos funcionais específicos e altas

habilidades/superdotação”.

Tabela 7: Educandos com deficiência incluídos no ensino regular.

Ano Educação

Infantil

Ensino

Fundamental

Educação

de Jovens

e Adultos

Total de

alunos

SEM

Imp.

2004 0 59 0 59 -

2005 0 88 0 88 -

2006 0 148 0 148 01

2007 28 154 45 227 02

2008 57 214 70 341 02

2009 47 223 58 328 02

2010 57 157 50 264 14

2011 65 186 40 291 20

2012 75 278 24 377 20

2013 99 332 24 455 20

Fonte: Documentação Escolar SEDUC, 2013 / INEP.

Outro fator relevante para o bom desempenho da rede municipal de ensino é

a qualificação profissional dos educadores, a qual conta com 1.762profissionais da

Educação, com habilitação específica, conforme tabela abaixo:

Page 16: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

17

Tabela 8- Habilitação dos educadores

HABILITAÇÃO DOS PROFESORES Ano 2012 Ano 2013

Professores com Mestrado 13 06

Professores com Especialização 1.724 1274

Professores Graduados (Licenciatura Plena) 256 438

Professores Superior AC 05 07

Professores com magistério - 08

Professores com Estudos Adicionais - 03

Professores 2º Grau AC 14 26

Professores Não Titulados 2º grau 03 -

Total de Profissionais: 2.015 1.762

Fonte: Setor de Documentação Escolar e Estatística SEDUC, 12/09/2013.

Para auxiliar os educadores diariamente nas turmas de Educação Infantil e

em turmas de educandos com deficiência, a Rede Municipal conta com

833estagiários.

Dentro da organização da SEDUC, os educadores dispõem de tempo

semanal para planejamento, estudo e avaliação escolar, sendo garantido 36% da

carga horária de trabalho estipulada na Lei Complementar Nº 132/2001, fato este

que veio contribuir significativamente na qualificação da prática pedagógica em

sala. Também são garantidas 40 horas anuais de cursos de formação continuada

fornecidos pela SEDUC de acordo com as especificidades de cada nível e

modalidade de ensino.

Os Centros Municipais de Tecnologia – CEMUTs estão presentes em todas

as Instituições Educativas do Ensino Fundamental e ampliando gradativamente o

atendimento nos Centros de Educação Infantil, abertos também às comunidades,

para utilização e cursos de informática, conforme necessidade da mesma.

A Rede conta com o Núcleo de Tecnologia Municipal – NTM, no qual é

oferecidos cursos de informática aos educadores e realizada a formação dos

profissionais que atuam nos CEMUTs.

A tabela a seguir mostra a evolução na implantação dos Laboratórios de

Informática, na Rede Municipal de Ensino.

Page 17: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

18

Tabela 9: Laboratórios de informática

DESCRIÇÃO 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

LABORATÓRIOS

URBANOS 03 09 16 20 26 27 28 31 31 31

Nº DE

COMPUTADORES 42 63 83 56 62 135 450 480 509 509

LABORATÓRIOS

RURAIS - - - - - - - 12 12 13

Nº DE

COMPUTADORES - - - - - - - 76 76 81

LABORATÓRIOS

CEIMs - - - - - - - 05 06 06

Nº DE

COMPUTADORES - - - - - - - 40 59

PROJETO UCA - - - - - - - - 550 550

RECURSOS

PRÓPRIOS - - - - - - - 120 24 124

TOTAL

COMPUTADORES 716 1.218 1.306

TOTAL

LABORATÓRIOS 48 49 50

Fonte: Setor de Documentação Escolar e Estatística SEDUC, 2013.

Na Educação de Jovens e Adultos – EJA, um dos fatores positivos é a

redução da demanda, sendo reflexo dos grandes investimentos feitos nos últimos

anos. Cada vez mais, as crianças e adolescentes estão mantendo-se na Instituição

Educacional, atendendo ao objetivo de oportunizar a população chapecoense a

alfabetização e a conclusão do Ensino Fundamental.

Nas últimas décadas, a Educação no Brasil e também no cenário global, tem

sido marcada por várias reformas educativas. Necessidade esta que busca

acompanhar o desenvolvimento social, econômico e tecnológico. Podemos perceber

as alterações no sistema educacional brasileiro desde a implementação da

escolarização como direito e obrigatoriedade a todos os cidadãos, independente da

posição ocupada na sociedade e da qualidade de ensino oferecida.

Page 18: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

19

1.3 CARACTERIZAÇÃO DOS EDUCANDOS

A Rede Municipal de Educação Básica de Chapecó atende atualmente 19.993

educandos sendo 9.168 atendidos na Educação Infantil, 10.024 no Ensino

Fundamental e 801 na Educação de Jovens e Adultos, provenientes das diversas

classes sociais, econômicas, culturais, religiosas.

Na Educação Infantil, o atendimento começa a ser ofertado no berçário para

educandos de 0 (zero) a 2 (dois) anos de idade, no maternal de 2 (dois) a 3 (três)

anos e no Pré-escolar, crianças de 4 (quatro) e 5 (cinco) anos, abrangendo as

modalidades de Educação Indígena e Educação Especial e Instituições Educativas

do Campo.

No Ensino Fundamental, são atendidos educandos de 1ª a 9ª séries, sendo

neste nível de ensino contempladas a educação integral e as modalidades da EJA,

Educação Especial e Instituições Educativas do Campo.

Nas Instituições Educativas do Campo, Educação Especial e Indígena o

atendimento oferecido leva em consideração as especificidades dos educandos.

A EJA atende educandos acima de 15 anos, que não tiveram oportunidade

e/ou possibilidade de concluir a sua escolaridade em idade própria. Jovens e adultos

excluídos ou que se excluíram do processo normal de escolaridade, ou ainda,

trabalhadores que buscam o aperfeiçoamento profissional ou a formação humana.

A Rede Municipal de Ensino garante a inclusão dos educandos com

deficiência em todos os níveis e modalidades de ensino ofertado onde são incluídos

no ensino regular, em classe comum e no contra turno no Atendimento Educacional

Especializado, garantindo-lhes o que rege a legislação. Educandos matriculados no

ensino comum, que frequentam as salas de recursos multifuncionais no contra turno.

Tabela 10: Educandos com matrículas nas salas de recursos multifuncionais

Fonte: Setor de Documentação Escolar e Estatística SEDUC, 2013.

Nº de

Instituições

educativas

Nº DE

Educandos

PS

DI

DF DV OUTROS

BV CEGO

DMU

TGD

DOWN

OUTRAS

SINDRO-

MES

ALTAS

HABILI-

DADES

20

269 26 123 29 15 03 24 20 19 09 01

Page 19: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

20

Tabela 11: Educandos matriculados no ensino comum, que frequentam as instituições parceiras.

Fonte: Setor de Documentação Escolar e Estatística SEDUC 2013

LEGENDA referente à tabela 09 e 10:

TGD - Transtornos Globais do Desenvolvimento DI - Deficiência intelectual

DF - Deficiência física DMU - Deficiência Múltipla

PS - Pessoa com surdez DV - Deficiência visual

BV - Baixa visão

ADNPM- Atraso no desenvolvimento neuropsicomotor

Instituição Deficiências

TGD/

Autismo

DI DF DMU ADNPM SINDROME

DOWN

CAPP

Educandos 4 2 2 - 1 -

APAE

Educandos 2 - 3 2 10 5

Total 6 2 5 2 11 5

Page 20: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

21

2 HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO NO MUNICIPIO DE CHAPECÓ

Os primeiros registros de Instituições Educativas no município de Chapecó

são datados de 1935, conforme arquivos da Secretaria de Educação. A primeira

localizava-se na Linha Rodeio Chato, interior do município, em turma multisseriada.

A documentação escolar e as orientações eram vinculadas ao “Departamento

de Educação do Estado de Santa Catarina – Florianópolis”, a quem o educador

deveria informar todas as situações que ocorriam. O boletim era organizado em

duas vias, uma era entregue ao “Chefe Escolar” e outra era remetida ao

Departamento de Educação.

A abrangência regional das Instituições Educativas pertencentes ao Município

de Chapecó correspondia ao que são hoje os municípios de Cunha Porã, Palmitos,

Faxinal dos Guedes, Barra Grande, Xanxerê, São Lourenço, Caibi, Iraceminha,

Capinzal, Guaramirim, Romelândia e Bandeirante.

Em 1965, as Irmãs de Caridade da Igreja Católica, procedentes de Joinvile

fixaram residência em Chapecó, no bairro São Pedro, com o objetivo de prestar

trabalho assistencial junto às famílias pobres. Criaram, com a ajuda de outras

entidades, uma pequena Instituição Educativa com creche. No ano de 1970, foi

decretada a criação da Escola Reunida Municipal Loteamento “São Pedro” que

estava situada ao lado da igreja católica. Em 1983, a Instituição Educativa mudou

para o atual prédio, que hoje atende a Escola Básica Municipal Victor Meirelles.

O Decreto Nº. 21/1968 criou a primeira Escola Isolada, denominada São

Pedro e São Paulo. No ano seguinte, o Decreto Nº. 28/1969 aprovou a criação da

Escola Isolada Municipal Rodeio Bonito e a Escola Isolada Municipal Santo Antônio

que hoje se denomina Escola Básica Municipal Severiano Rolin de Moura.

Algumas Instituições Educativas iniciaram suas atividades em locais cedidos

pela comunidade e posteriormente eram melhoradas pela Prefeitura Municipal.

Atendiam de 1ª a 4ª séries, na forma multisseriada. O ensino de 5ª a 8ª série

dependia da autorização da Secretaria Estadual de Educação e se dava de forma

gradativa.

De 1969 a 1997, foram criadas 33 Instituições Educativas. Em 1997, foi criado

o Sistema Municipal de Ensino de Chapecó através da Lei Complementar Nº 48 de

22 de dezembro de 1997, que compreende “a Secretaria Municipal de Educação,

Page 21: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

22

como órgão gestor; o Conselho Municipal de Educação, como órgão normativo,

consultivo e fiscalizador; das instituições do Ensino Fundamental e de Educação

Infantil mantidas pelo Poder Público Municipal e Instituições de educação infantil

criadas e mantidas pela iniciativa privada”. Com a criação do Sistema em 1998,

foram municipalizadas 17 Escolas Isoladas Estaduais.

Também em 1997 foi implantada uma nova organização curricular: “Ciclos de

Formação”, o Ensino Fundamental foi ampliado para 9 anos.

Uma experiência diferenciada que ocorreu no município de Chapecó foi a

Escola Agropecuária “Demétrio Baldissarelli” que iniciou suas atividades no ano de

1992, criada para atender inicialmente aos filhos de agricultores. Mantida pela

Prefeitura de Chapecó, oferecia de 5ª a 8ª série, ministrava o ensino de iniciação

agropecuária em período integral, com regime de internato e semi-internato.

Atualmente atende de Pré-escolar até o 5º ano em turno de 4 horas, já de 6ª a 9ª

ano os educandos são atendidos em período integral, sendo que no contra turno são

oferecidas diferentes oficinas pedagógicas.

A Educação Infantil no Município de Chapecó até o ano de 1985 tinha cunho

assistencial, sendo que a primeira instituição de Educação Infantil municipal

localizava-se no Bairro Bela Vista e iniciou suas atividades em 1978 no Jardim de

Infância Cantinho da Criança, ligadas a Secretaria de Promoção Social. O principal

objetivo era a nutrição para as crianças de 3 (três) e 4 (quatro) anos, já os de 5

(cinco) e 6 (seis) anos eram atendidos por monitores que recebiam formação pelo

Movimento Brasileiro de Alfabetização - MOBRAL. Em outras situações, o

atendimento era realizado por mães das comunidades com o apoio da Legião

Brasileira de Assistência - LBA e preferencialmente para crianças que “necessitavam

de assistência social”.

Em 1990, iniciou-se o trabalho e estudos para a implantação da Proposta

Curricular de Santa Catarina na Rede Municipal de Ensino. As orientadoras do setor

de Pré-Escola da Secretaria de Educação e Cultura - SEC orientavam as

educadoras para a construção do planejamento pedagógico, realizado através de

temas de estudo e conteúdos das áreas do conhecimento. Em julho de 1992, surge

a Organização Mundial para a Educação Pré-escolar – OMEP, que contribuiu para

o avanço da Educação Infantil no município.

Através de uma proposta inovadora, em 1993, o Prefeito Dilso Cecchin dá

novos rumos à Educação Infantil do município, criando o Departamento de Creches

Page 22: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

23

e Pré-Escolas, ampliando a qualidade e o atendimento à criança de 0 a 6 anos. As

creches institucionais e domiciliares passaram então da Secretaria de Promoção

Social para a Secretaria de Educação e Cultura.

A Educação de Jovens e Adultos na Rede Municipal de Ensino desenvolve-se

no período de 1993 a 1996, quando se implantou o Programa de Educação Básica a

Jovens e Adultos juntamente com as instituições e empresas, realizado através de

convênios. O suporte financeiro e técnico era de responsabilidade da Prefeitura

Municipal e Secretaria de Educação e Cultura, assim como a estrutura física. O

Programa de Educação Básica para Jovens e Adultos oferecia ensino de 1ª a 4ª

série - SUPLÊNCIA I – (educandos em nível de alfabetização e 1ª Série) e

SUPLÊNCIA II (educandos de 2 ª, 3ª e 4ª séries).

No ano de 1994, iniciou a experiência no Centro de Atendimento Integral a

Criança – CAIC, tendo como princípio norteador a atenção integral à criança e ao

adolescente. Nos anos de 1995 e 1996, a proposta foi implantada nos moldes do

Programa Nacional de Atenção Integral à Criança - PRONAICA, as crianças

matriculadas permaneciam o dia todo na Instituição Educativa e eram atendidas com

os subprogramas que envolviam: Cultura, Esportes, Educação para o Trabalho e

Saúde.

Em 1997, implantou-se a Proposta da Educação Popular e houve a

reorganização curricular na Educação de Jovens e Adultos, trabalhava-se com

totalidades do conhecimento (T1 - alfabetização: 1ª e 2ª séries, T2 – Pós-

alfabetização: 3ª e 4ª séries, T3 - 5ª e 6ª séries e T4 - 7ª e 8ª séries).

No ano de 1998, o Município de Chapecó autoriza o atendimento em

Educação Infantil, na modalidade de Creches Comunitárias, através da Resolução

001/98, ampliando a oferta de vagas. Funcionava através de convênios de

cooperação técnica, financeira e pedagógica entre as entidades comunitárias e o

município. No ano seguinte, é aprovada no Conselho Municipal de Educação a

Resolução Nº004/99 que estabelece normas para a oferta da Educação Infantil no

âmbito do Sistema Municipal de Ensino.

Em 2005, realizou-se uma avaliação com a comunidade escolar (pais,

educandos, educadores, Conselhos Escolares, agentes de serviços gerais) através

do Programa Municipal de Avaliação Institucional – PROMAI. Na ocasião, foram

analisadas as dimensões pedagógicas, administrativas e financeiras da Rede

Municipal de Ensino, visando identificar os avanços e insuficiências, como subsídios

Page 23: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

24

para a tomada de decisões. Os resultados do PROMAI foram divulgados aos

envolvidos no processo para análises e, posteriormente, pensadas ações que

culminaram na IV Conferência Municipal de Educação, realizada no dia 17 de

dezembro de 2005. A referida Conferência aprovou a organização em séries anuais,

com Sistema de Avaliação Numérica.

A partir do ano de 2005, a Proposta Pedagógica da Educação Infantil da Rede

Municipal foi reorganizada juntamente com os profissionais e elaborado um quadro

curricular por níveis (berçário, maternal e pré-escola), considerando as linguagens

da infância. No ano seguinte, implantou-se o Projeto Abraçando a Infância, que

visava à municipalização das Creches Comunitárias, resultando na qualificação do

trabalho pedagógico, da infra estrutura e ampliação do atendimento.

Na Secretaria Municipal de Educação, as discussões sobre Educação

Especial iniciaram nos anos de 2004 e 2005, com palestras para educadores da

rede e de outras instituições.

No ano de 2006, ocorreu a implantação da equipe multiprofissional

denominada Centro de Referência em Educação Especial – CREESP, composta

pelas áreas: Neuropediatria, Fonoaudiologia, Psicologia, Psicopedagogia e uma

coordenadora, atuando nas dependências da Secretaria Municipal de Educação e

nas Instituições Educativas, conforme a necessidade, contribuindo para a efetivação

do processo de inclusão dos educandos com deficiência.

Neste mesmo ano, em parceria com o MEC, implantou-se a primeira SRM, na

EBM Rui Barbosa, iniciando-se o Atendimento Educacional Especializado - AEE.

Também, inicia-se em parceria com o Centro Federal de Educação Tecnológica -

CEFET, atual Instituto Federal de Santa Catarina – IF-SC, o curso de Libras,

oferecido para educadores que atuam na rede municipal. No período de 2006 a

2009, foram implantadas mais 5 SRM.

Em 2007, a proposta pedagógica da EJA passou por alterações, porém

manteve-se dentro da Concepção Histórico cultural da educação, dando ênfase à

elaboração conceitual, partindo do pressuposto de que o educando precisa

desenvolver as capacidades de saber, saber fazer, saber ser e saber conviver.

Então, ofertou-se ensino presencial por fases, as quais são:

- Fase I - Alfabetização e Letramento (anual);

- Fase II - equivalente a 2ª, 3ª e 4ª séries (anual);

Page 24: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

25

- As Fases III, IV, V e VI equivalentes as 5ª, 6ª, 7ª e 8ª séries (semestral).

Outra forma de atendimento é a Educação a Distância através de módulos,

com o objetivo de proporcionar mais uma alternativa aos Jovens e Adultos que não

têm condições de frequentar a Instituição Educativa todos os dias. Essa forma

destina-se àqueles que precisam concluir os anos finais do ensino fundamental.

Outro marco para a Educação do Município de Chapecó foi o Plano Municipal

de Educação, aprovado na Conferência Municipal de Educação, realizada em 21 de

novembro de 2007, o qual delineou metas e diretrizes da educação chapecoense

para os próximos dez anos, contemplando todos os níveis e modalidades de ensino

(desde a Educação Infantil ao Ensino Superior). A elaboração do documento

garantiu o envolvimento das várias Instituições de Ensino, Públicas e Privadas,

Conselhos Municipais e Escolares, Servidores, Profissionais de Ensino das Redes

Municipal, Estadual e Particular, Sindicatos e comunidade em geral.

No ano de 2008, em parceria com o IF-SC Campus Chapecó, foi implantado o

Programa de Educação de Jovens e Adultos – Formação Inicial e Continuada -

PROEJA-FIC, em conformidade ao decreto 5.840/08, que institui o ensino na

modalidade PROEJA, no seu § 2º que prevê o curso articulado ao Ensino

Fundamental.

No decorrer do ano de 2009, houve uma reestruturação da equipe de

Educação Especial, que manteve a continuidade do projeto, com objetivo de

viabilizar o AEE ao educando com deficiência, transtornos globais de

desenvolvimento e altas habilidades/superdotação.

Em 2010, foram implantadas mais 14 SRM, distribuídas em polos conforme

as necessidades, totalizando 20 salas no município. Neste mesmo ano, foi

inaugurado um espaço diferenciado, o Serviço de Atenção à Saúde do Escolar –

SASE, que possui uma equipe formada pelas áreas: Psicologia, Fonoaudiologia,

Psicopedagogia e Neuropediatria e uma coordenadora visando atender aos

educandos encaminhados pelo setor de Educação Especial do município que

necessitam de avaliação e atendimento especializado. Essa estrutura funciona em

local próprio, sendo subsidiada pela SEDUC e o serviço desenvolvido vem qualificar

o processo de ensino e aprendizagem.

Em 2012,a SEDUC garantiu 36% da carga horária de trabalho orientada pela

LEI Nº 11.738, DE 16 DE JULHO DE 2008, em seu Art. 2o, § 4o Na composição da

Page 25: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

26

jornada de trabalho, observar-se-á o limite máximo de 2/3 (dois terços) da carga

horária para o desempenho das atividades de interação com os educandos, ou seja,

estabelece 33%, em hora atividade para estudo e planejamento. Esta organização

na carga horária de trabalho dos educadores, necessariamente proporcionou uma

nova reorganização curricular das Instituições Educativas, que adicionou novas

disciplinas e linguagens na educação Básica Municipal.

Fundamentados pela resolução nº 4 de julho de 2010, em seu Art. 14,§ 2º

estabelece que:

Tais componentes curriculares são organizados pelos sistemas educativos, em forma de áreas do conhecimento, disciplinas, eixos temáticos, preservando-se a especificidade dos diferentes campos do conhecimento, por meio das quais se desenvolvem as habilidades indispensáveis para o exercício da cidadania, em ritmo compatível com as etapas de desenvolvimento integral do cidadão.

Desta forma, como estratégia para o cumprimento da lei, a Secretaria

implantou no Ensino fundamental as disciplinas: Educação e Diversidade, Educação

e Direitos Humanos e Educação Financeira e Sustentabilidade, já na Educação

Infantil dentro da linguagem do movimento e da linguagem artística, a partir de seus

conteúdos: Musicalização e Recreação.

Em 2013,para atingir as mudanças e enfrentar novos desafios, a gestão da

Secretaria de Educação terá como pressuposto a VISÃO SISTÊMICA, com base na

Gestão Estratégica de resultados, sistematizando a missão, o propósito,

reorganizando os princípios norteadores, as metas, as ações e as estratégias como

dispositivos importantes para todas as ações da proposta educacional, visando

qualidade e excelência na educação.

Umas das ações implantadas foi à adesão à metodologia do Sistema SEFE,

com a utilização dos materiais pedagógicos e livros didáticos,o mesmo também

fornece a orientação e formação para educadores da Rede Municipal de Ensino.

Também neste ano, foram realizadas etapas da II Conferência Nacional de

Educação - CONAE, na escola, no município e intermunicipal. Concomitante, foi

dado início a reformulação do Plano Municipal Educação - PME, com discussão nas

Instituições Educativas, como também a elaboração do Plano Municipal de

atendimento Sócio Educativo.

Page 26: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

27

2.1 CONSELHOS DA EDUCAÇÃO

A Secretaria Municipal de Educação, seguindo princípio da LDB no

seu art. 14, II "que afirma necessidade da participação das comunidades escolares e

locais em conselhos escolares ou equivalentes, no intuito de ampliar a participação

na gestão administrativa, financeira e pedagógica das escolas públicas, incentivou a

criação de Conselhos da Educação, pois entende que os mesmos poderão contribuir

significativamente para a qualificação da educação, como também por ser lugar

privilegiado para o exercício da democracia participativa, para o exercício de uma

cidadania consciente e comprometida com os interesses educacionais da escola

pública".

2.1.1 SECRETARIA EXECUTIVA DOS CONSELHOS DA EDUCAÇÃO

A Secretaria Executiva dos Conselhos da Educação é responsável pela

organização das atividades administrativas e técnicas dos seguintes Conselhos:

Conselho Municipal de Educação – COMED;

Conselho de Alimentação Escolar – CAE;

Conselho Municipal do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da

Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação –

FUNDEB;

A Secretaria Executiva do Conselho Municipal de Educação compete orientar

e controlar as funções técnico-administrativas, fixando normas sobre atividades de

pessoal, material, orçamento, patrimônio, divulgação, arquivo, informática,

conservação e limpeza, estando subordinada diretamente ao Presidente do

Conselho Municipal de Educação, sob a direção e supervisão do respectivo

Secretário Executivo.

2.1.2 CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

Os primeiros estudos para a criação do Conselho Municipal de Educação em

Chapecó – COMED ocorreram no ano 1981 através do Decreto Nº. 108/81, que

Page 27: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

28

nomeou a comissão para elaborar minutas, estabelecendo normas para instalação,

funcionamento e atividades do Conselho Municipal de Educação.

O COMED de Chapecó foi criado pela Lei Municipal Nº 102/81, para um

mandato de quatro anos, com a possibilidade de apenas uma recondução imediata.

A indicação dos membros cabia ao Prefeito Municipal, mas a nomeação era

atribuição do Governador do Estado, uma vez que o Conselho Municipal de

Educação era tecnicamente subordinado ao Conselho Estadual de Educação. Cabia

ao Conselho atender em grau máximo o ensino no Município, estabelecendo em

seus incisos o planejamento, as atividades consultivas e as atividades deliberativas.

A Lei Municipal Nº. 3.667/95 redefine o Conselho Municipal de Educação

como órgão permanente, com caráter consultivo, normativo, deliberativo e

fiscalizador, responsável pelas diretrizes e controle do Sistema Municipal de Ensino

de Chapecó, sem prejuízo das funções legislativas.

Em 1997, foi criado o Sistema Municipal de Ensino, a partir da Lei 48/1997 de

22/11/1997, sendo o Conselho Municipal de Educação é um órgão normativo,

consultivo e jurisdicional e de assessoramento com a finalidade de deliberar sobre

matéria relacionada com o ensino na forma da legislação pertinente e fiscalizador do

Sistema Municipal de Ensino e alterando para dezessete, o número de conselheiros.

2.1.3 O CONSELHO DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR

O Conselho de Alimentação Escolar - CAE foi criado atendendo determinação

da Legislação Federal (Lei Nº. 8913 de 12/07/94), através da Lei Nº. 3.616 de 16 de

março de 1995. Era composto por representantes da Associação Comercial e

Industrial - ACIC, educadores das Escolas Municipais, trabalhadores rurais do

município, sendo que a cada membro titular correspondia um suplente, com um

mandato de dois anos, sob a presidência da Secretária da Educação e Cultura. O

objetivo era assessorar o Governo Municipal na execução do programa de

assistência alimentar junto aos estabelecimentos de Educação Pré-Escolar e de

Ensino Fundamental mantido pelo município.

Em 2000, houve a redefinição do Conselho através da Lei Municipal Nº.

4.180, tornando-se um órgão consultivo, fiscalizador e de assessoramento na

execução do programa de alimentação escolar, vinculado à Secretaria Municipal de

Educação e Cultura.

Page 28: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

29

A Lei Municipal Nº. 4.246/2000, altera e incorpora dispositivos à Lei Municipal

Nº. 4180/2000, acrescentando mais competências ao conselho e ao mandato do

presidente e vice, sendo de dois anos.

Em 2010, houve nova alteração na legislação, onde se modificou a

composição, número de conselheiros e o mandato passaram agora para 4 (quatro)

anos.

2.1.4 O CONSELHO DO FUNDEB

O Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do Fundo de

Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos

Profissionais da Educação – FUNDEB, instituído pela Lei Municipal Nº. 296 de 08 de

maio de 2007, e alterado pela Lei Municipal Nº. 337, de 19 de dezembro de 2008,

organizado na forma de órgão colegiado que tem como finalidade acompanhar a

repartição, transferência e aplicação dos recursos financeiros do FUNDEB do

Município de Chapecó.

Em 20 de junho de 2007, foi sancionada a Lei Nº. 11.494 que regulamentou o

Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização

dos Profissionais da Educação – FUNDEB, com alterações na forma da escolha dos

representantes e na própria composição do Conselho, diante desta alteração, foram

necessárias alterações na legislação municipal.

2.1.5 FÓRUM MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

Conforme deliberação da primeira CONAE 2010, criou-se o Fórum Nacional

de Educação – FNE, um espaço inédito de interlocução entre a sociedade civil e o

Estado brasileiro. De caráter permanente, O Fórum Nacional de Educação foi

instituído pela Portaria MEC n.º1.407, de 14 de dezembro de 2010, publicada no

Diário Oficial da União de 16/12/2011.

Por exigência do Fórum Nacional de Educação os municípios foram

incumbidos de criar o seu próprio Fórum, neste sentido a Prefeitura Municipal por

meio da Secretaria de Educação organizou juntamente com as instituições

educativas públicas e privadas, governamentais e não governamentais e demais

Page 29: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

30

setores da sociedade a criação do mesmo, o qual é de caráter permanente com

poder de planejamento, deliberação, execução e de consulta no que se refere às

ações da educação do Município de Chapecó.

Inicialmente a necessidade desta construção antecedeu a organização II

CONAE, no entanto sua atuação se estenderá as demais questões da educação

deste município.

Page 30: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

31

3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

Promover condições para o desenvolvimento integral do educando,

construindo uma escola forte, que garanta o conhecimento e o respeito à

diversidade para o pleno exercício da cidadania.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Promover a inclusão dos educandos no processo de ensino aprendizagem

viabilizando encaminhamentos a outros serviços e promovendo autonomia,

independência, cidadania e acesso ao conhecimento na Educação Básica;

Estabelecer como foco a aprendizagem de qualidade, apontando resultados

concretos a atingir, através do acompanhamento do educando da rede, pela

adoção de práticas significativas nas aulas e também de reforço no contra turno,

estudos de recuperação e progressão parcial visando combater a repetência e a

evasão.

Integrar ações de cuidar e educar para estimular as múltiplas linguagens do

conhecimento a fim de promover o desenvolvimento integral da criança em seus

aspectos físicos, intelectual, social e cultural.

Promover a afirmação da identidade étnica, a recuperação da memória histórica,

a valorização da língua e conhecimento do povo indígena em num ambiente

lúdico, intercultural diferenciado e de qualidade;

Realizar ações junto aos conselhos escolares para que estes desempenhem com

qualidade sua função de consulta , deliberar e fiscalizar questões político-

pedagógico, administrativas e financeiras no âmbito da Instituição Educacional,

na perspectiva dos princípios da gestão democrática, a fim de promover

qualidade em educação.

Contribuir na promoção da qualidade em educação por meio de projetos

educacionais que visem o aprimoramento e a viabilização do processo

educacional, sob a perspectiva sistêmica e democrática de gestão;

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32

Propiciar o desenvolvimento integral do educando da EJA, prepará-lo para o

acesso às competências básicas, facilitando sua inserção no mundo do trabalho,

em estudos superiores e ao mesmo tempo capacitando-o para interagir

socialmente, de forma criativa,consciente, autônoma e responsável.

Favorecer a integração das três etapas da Educação Básica em um todo

articulado, afirmando a mesma importância da educação escolar para os

diferentes momentos da vida.

Garantir condições de pessoal, de infra estrutura e materiais para o bom

funcionamento das Instituições Educativas, visando à melhoria do processo de

ensino e aprendizagem.

Garantir formação continuada adequada às necessidades docente, visando à

qualificação do processo de ensino e aprendizagem, como forma de valorização

dos profissionais da educação. -*'11

Valorizar o mérito do trabalhador da educação, representado pelo desempenho

eficiente no trabalho, dedicação, assiduidade, pontualidade, responsabilidade,

realização de projetos e trabalhos especializados, cursos de atualização e

desenvolvimento profissional.

Conhecer e valorizar a diversidade cultural respeitando diferenças de classe

social, de crenças, de sexo, de etnia ou outras características individuais ou

sociais, promovendo a inclusão dos educandos no processo de ensino e

aprendizagem.

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33

4 PRINCÍPIOS

A Rede Municipal de Ensino estabelece seus princípios educacionais em

consonância ao disposto na Constituição da República Federativa do Brasil (1988),

na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei N.º 9.394, de 20 de

dezembro de 1996), Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil

(2010) na Lei Complementar N° 48/97 e Plano Estratégico de Gestão da Secretaria

de Educação de Chapecó (2013-3016), sendo eles:

I – Éticos: de justiça, solidariedade, liberdade e autonomia; de respeito à dignidade

da pessoa humana e de compromisso com a promoção do bem de todos,

contribuindo para combater e eliminar quaisquer manifestações de preconceito de

origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação, como

também, manter o sigilo das ações diretas e indiretas no processo educacional.

II – Políticos: de reconhecimento dos direitos e deveres de cidadania, de respeito ao

bem comum e à preservação do regime democrático e dos recursos ambientais; da

busca da equidade no acesso à educação, à saúde, ao trabalho, aos bens culturais

e outros benefícios; da exigência de diversidade de tratamento para assegurar a

igualdade de direitos entre os alunos que apresentam diferentes necessidades; da

redução da pobreza e das desigualdades sociais e regionais.

III – Estéticos: do cultivo da sensibilidade juntamente com o da racionalidade; do

enriquecimento das formas de expressão e do exercício da criatividade; da

valorização das diferentes manifestações culturais, especialmente a da cultura

brasileira; da construção de identidades plurais e solidárias.

De acordo com esses princípios, as propostas curriculares visarão

desenvolver o educando, assegurando-lhe a formação comum indispensável para o

exercício da cidadania e fornecer-lhe os meios para progredir no trabalho e em

estudos posteriores, mediante os objetivos previstos para esta etapa da

escolarização, a saber:

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34

I – o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o

pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;

II - o desenvolvimento de habilidades e competências dos conhecimentos Técnico-

científico nas diferentes áreas do conhecimento (Ciências Humanas e suas

Tecnologias, Ciências Naturais e suas Tecnologias, Códigos e Linguagens e suas

Tecnologias, Matemática e suas Tecnologias, a compreensão do sistema político,

das artes), bem como, sujeitos capazes de interferir na sociedade e de dar

continuidade aos estudos.

III - a aquisição e formação atitudes e Valores contemplado no fazer pedagógico

como: o respeito às diferenças, solidariedade, coletividade, responsabilidade e

cooperação em uma educação humanizada que possibilite instrumentos para uma

visão crítica do mundo.

IV – o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e

de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.

V - a responsabilidade de viver no mundo, estar no mundo e participar do mundo

como sujeito comprometido com as questões ambientais, ciente que através de suas

atitudes, contribuirá para a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento

social para o presente e gerações futuras.

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35

5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O Projeto Político Pedagógico da SEDUC tem como fundamento o

Materialismo Histórico Dialético, de Marx e Engels, a Teoria Sócio-Histórica ou

Histórico-Cultural, cujo precursor é Lev Semenovich Vygotsky, a Pedagogia

Histórico-Crítica de Dermeval Saviani e, ainda, a respectiva Didática dessa

pedagogia desenvolvida por João Luiz Gasparin.

O Materialismo Histórico Dialético tem por base o pressuposto de que o que

move a história são as relações materiais de produção, relações estas estabelecidas

entre o homem e a natureza e entre os próprios homens. A Teoria Sócio-Histórica

explica o aprendizado humano a partir de sua natureza social, a Pedagogia

Histórico-Crítica empenha-se em colocar a educação a serviço da transformação das

relações sociais e a Didática da Pedagogia Histórico-Crítica busca traduzir para a

sala de aula o processo dialético – ação – reflexão – ação, trabalhando o

conhecimento científico.

Desta forma, entendemos que o Materialismo Histórico Dialético, a Teoria

Sócio-Histórica e a Pedagogia Histórica-Crítica constituem a fundamentação teórica,

enquanto base para orientar o trabalho do educador, proporcionando um meio de

construção do conhecimento socialmente elaborado.

5.1 MATERIALISMO HISTÓRICO DIALÉTICO

O Materialismo Histórico-Dialético tem como fundamentos: a interpretação da

realidade; a visão de mundo; a práxis (prática articulada à teoria); a materialidade

(organização dos homens em sociedade para a produção da vida); e a

concreticidade (caráter histórico sobre a organização que os homens constroem

através de sua história).

O Materialismo Dialético, segundo Alves (2006), pode ser definido como a

filosofia do materialismo histórico, ou o corpo teórico que pensa a ciência da história.

O princípio básico da lógica dialética é a contradição (tese, antítese e

síncrese).O movimento dialético parte da realidade empírica (baseada na

experiência,no real aparente, o objeto como se apresenta à primeira vista), e por

meios de abstrações (reflexões, teorias elaboração do pensamento), chegar ao

Page 35: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

36

concreto pensado (compreensão elaborada do que há de essencial no objeto-

síntese de múltiplas determinações).

Nesta concepção da lógica dialética, o educador pode superar o senso

comum que está arraigado no ambiente educacional, terá que fazer uma reflexão

teórica para chegar à consciência filosófica. No seguinte movimento: parte do

conhecimento da realidade empírica da educação, e por meio do estudo de teoria,

movimento do pensamento, abstrações, chega à realidade concreta da

educação,concreta pensada, realidade educacional plenamente compreendida.

(GAPARIN, 2005)

O Materialismo Histórico defende que o Homem tem que ser o transformador

da sua história através da materialidade histórica da vida dos homens em sociedade,

ou seja, o que define o homem é o fato de ser produto das ações sociais de todos os

homens constituídas historicamente.

No Materialismo Histórico-Dialético, a consciência é, em suma, a

possibilidade de o homem representar o real simbolicamente e caracteriza-se como

a relação que ele estabelece consigo mesmo, com os outros homens e com o

mundo material. A consciência de cada sujeito é fruto das relações históricas e

sociais, por isso, os indivíduos sempre terão uma consciência condicionada,

contextualizada, que se relaciona com os modos de produção e relações sociais

vigentes. O Materialismo Histórico-Dialético quer, na qualidade de práxis, ser um

conhecimento que contribui para essa transformação material e social.

5.2 TEORIA SÓCIO-HISTÓRICA

A Teoria Sócio-Histórica (ou Histórico-Cultural) tem origem na vertente Russa

da Psicologia e tem como principais representantes Vygotsky, Luria, Leontiev. Os

principais temas pesquisados por eles, sob a coordenação de Vygotsky foram: as

diferenças entre o psiquismo animal e humano, as raízes das funções psicológicas

superiores, a relação pensamento e linguagem, a mediação simbólica, a relação

entre desenvolvimento e aprendizagem que ocorrem no contexto escolar e

extraescolar.

A questão central da Teoria de Vygotsky é a origem e o desenvolvimento dos

processos psicológicos. Acredita-se que o ser humano é capaz de planejar seus atos

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37

e, neste sentido, guiar-se por aquilo que denominou funções psicológicas

superiores, que envolvem consciência, intenção, planejamento, ações voluntárias e

deliberadas, ao contrário do animal que guia sua ação pelas necessidades

biológicas.

O ser humano desenvolve-se a partir do trabalho sobre a natureza, que dá

origem à cultura e às relações sociais, ou seja, a partir do trabalho, o ser humano

interfere na natureza, dominando-a, e dela retirando os elementos de que precisa

para viver. Tal característica diferencia o ser humano dos outros seres, isto é, “o

trabalho que, pela ação transformadora do homem sobre a natureza une homem e

natureza e cria a cultura e a história humana.” (OLIVEIRA, 2005, p. 28).

Na Concepção Sócio Histórica, o desenvolvimento das funções psicológicas

superiores do ser humano e as relações que eles desenvolvem acontecem por meio

da mediação, que ocorre a partir de dois elementos fundamentais definidos como os

instrumentos e os signos.

A utilização de instrumentos tem por função regular as ações das pessoas

sobre os objetos, ou como afirma Oliveira:[...] é um elemento interposto entre o

trabalhador e o objeto de seu trabalho, ampliando as possibilidades de

transformação da natureza. É, pois, um objeto social e mediador da relação entre o

indivíduo e o mundo. (2005, p.29).

Para compreendermos a concepção Vygotskyana a respeito do

funcionamento psicológico, é essencial definir o conceito de mediação. Segundo o

autor a mediação é o processo pelo qual se torna possível à realização de atividades

psicológicas voluntárias, intencionais, controladas pelos indivíduos. "Mediação, em

termos genéricos, é o processo de intervenção de um elemento intermediário numa

relação; a relação deixa, então, de ser direta e passa a ser mediada por esse

elemento" (OLIVEIRA, 2005, p. 26).

Diante disso, o autor deixa claro que a relação do homem com o mundo não é

definida como uma relação direta, mas sim como uma relação mediada, ou seja, são

os elementos mediadores que contribuem para o desenvolvimento e a

aprendizagem.

Vygotsky (1993) denomina os signos de "instrumentos psicológicos" definidos

como elementos que representam objetos, eventos e situações (ex: fazer uma lista

de compras por escrito). Os signos são elementos orientados para o próprio sujeito,

Page 37: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

38

dirigindo-se ao controle de ações psicológicas, seja do próprio indivíduo, seja de

outras pessoas, auxiliando o homem em tarefas que exigem memória e atenção.

Signos e palavras constituem para os educandos, primeiro e acima de tudo, um meio de contato social com outras pessoas. As funções cognitivas e comunicativas da linguagem tornam-se, então, a base de uma forma nova e superior de atividade nos educandos, distinguindo-os dos animais (VYGOTSKY, 2008, p. 31).

Com relação ao uso dos signos, Vygotsky (2008) considera a linguagem

como um dos sistemas simbólicos fundamentais em todos os grupos humanos,

elaborados no curso da história social, que organiza os signos em estruturas

complexas e desempenha um papel imprescindível na formação das características

psicológicas humanas. O autor destaca duas funções básicas da linguagem, a

função de intercâmbio social, ou seja, a linguagem é utilizada pelas pessoas para se

comunicar com seus semelhantes. E a função de pensamento generalizante, ou

seja, a linguagem auxilia a ordenar o pensamento, “fornece os conceitos e as formas

de organização do real que constituem a mediação entre o sujeito e o objeto do

conhecimento” (OLIVEIRA, 2005, p. 43).

Sendo a linguagem característica própria dos seres humanos, entende-se a

importância que o autor atribui à mediação dos outros seres humanos.

O estudo do desenvolvimento da linguagem nos seres humanos e a sua

relação com o desenvolvimento do pensamento foi bastante estudado pela

psicologia soviética e, nesse sentido, os autores pesquisaram todo o caminho

percorrido pelo ser humano na aquisição da linguagem, bem como sua relação com

o pensamento.

A função inicial da linguagem é a comunicação social, enquanto instrumento

do pensamento, que permite à criança representar abstratamente o real e atuar

sobre ele.

Segundo Oliveira (2005, p.42), Vygotsky aponta duas funções básicas da

linguagem no desenvolvimento infantil: a de intercâmbio social e a de pensamento

generalizante. Na função de pensamento generalizante, a linguagem opera com

signos, o que a constitui como instrumento do pensamento. Também como uma

forma de construir conceitos, expressar oralmente sentimentos, valores e

significados.

É a partir disso que a criança é capaz de compreender o mundo em sua

Page 38: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

39

plenitude e representá-lo em nível de ideias, sendo então, possível a abstração e a

ampliação, por exemplo, da noção de caráter temporal, possibilitando a

compreensão pela criança de sua própria existência e em relação ao tempo passado

e futuro.

A relação entre pensamento e linguagem é atribuída à necessidade de

intercâmbio entre os sujeitos, sendo dois processos independentes que após a

aquisição da fala se articulam, formando o pensamento verbal, ou a linguagem

racional. A partir dessainteração social, o ser humano passa a ter um modo de

funcionamento psicológico mediado pelo sistema simbólico da linguagem que age

como organizadora da própria atividade humana, espaço para a construção do

sujeito histórico.

A linguagem constitui-se em um processo histórico-cultural, para além da comunicação. Permite ao sujeito modificar-se a partir das interações sociais, as quais possibilitam a aquisição e elaboração das funções psicológicas superiores, para poder transformar o social no qual está inserido. O signo é o instrumento mediador que tem como função a organização do pensamento, decorrente da possibilidade de generalizar e abstrair as experiências dos sujeitos. (SANTA CATARINA, 1998, p. 17).

Para Vygotsky (1993), o desenvolvimento do pensamento pode ser

demonstrado através do processo de aquisição dos conceitos científicos, que são

diferentes dos conceitos espontâneos.

Os conceitos científicos não ocorrem de forma espontânea, mas da

organização de estratégias específicas que envolvem uma multiplicidade de

linguagens.

Já os conhecimentos cotidianos advêm da prática social. São construídos

pela observação, experiências e vivências, pois participando de situações do dia-a-

dia é que a criança aprende com os adultos ou com outras crianças.

[...] Os conceitos são construções culturais, internalizadas pelos indivíduos ao longo do seu processo de desenvolvimento. Os atributos necessários e suficientes para definir um conceito são estabelecidos por características dos elementos encontrados no mundo real, selecionados como relevantes pelos diversos grupos culturais. É o grupo cultural onde o indivíduo se desenvolve que vai fornecer, pois, o universo de significados que ordena o real em categorias (conceitos), nomeados por palavras da língua desse grupo. (OLIVEIRA, 2005, p. 28).

Além da função da linguagem apontada por Vygotsky como instrumento do

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40

pensamento, em que é dada ênfase à linguagem verbal, não se pode desconsiderar

as demais linguagens da criança como forma de comunicação e expressão, pois é

na interação social que a criança é inserida na linguagem.

Nesse sentido, uma das formas de a criança ler o seu contexto, de se

relacionar com o meio, recriá-lo são as expressões. Isso implica em entender que as

mesmas possibilitam a construção de conhecimento, envolvendo crianças e adultos

em diferentes contextos.

Cada uma das linguagens que permeia o trabalho da educação tem seu

conjunto de regras e princípios de funcionamento próprio. Elas são diferentes umas

das outras, requerendo mediações diferenciadas para serem apropriadas por

educandos e educadores.

Para o ensino, é importante analisar o papel da fala, porque ela se constitui

na forma mais utilizada pelo educador para intervir no processo de aprendizagem

dos educandos. É por meio da mediação da palavra que ele estabelece conexão

com o educando e o universo mais amplo de domínio do educador.

Dessa forma, a mediação passa a ter significativa relevância para a

Concepção Sócio Histórico e está presente na relação entre a aprendizagem e o

desenvolvimento. Para os pesquisadores desta teoria, as pessoas já nascem

dotadas de certas capacidades ontogenéticas características da espécie (herança

genética), mas o desenvolvimento das funções psicológicas superiores, citadas

anteriormente, somente se desenvolvem a partir da mediação com outros seres

humanos.

Vygotsky buscou entender a origem do desenvolvimento enfatizando a

importância do processo de aprendizado. Existe um percurso de desenvolvimento

biológico pertencente à espécie humana, o “aprendizado que possibilita o despertar

de processos internos de desenvolvimento que, não fossem o contato do individuo

com certo ambiente cultural, não ocorreriam.” (OLIVEIRA, 2005, p.56).

Por meio de suas pesquisas, Vygotsky (2008) distinguiu a existência de dois

níveis de desenvolvimento: o real e o potencial. Neste sentido a IE tem um papel

fundamental para o desenvolvimento e formação do educando, pois segundo o

autor oNível de desenvolvimento real:

Refere-se às conquistas que já estão consolidadas no indivíduo. Àquelas funções ou capacidades que ele já aprendeu e domina, consegue utilizar sozinho, sem assistência de alguém mais experiente da cultura. [...] Este

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41

nível indica os processos mentais do indivíduo que já estabeleceram ciclos de desenvolvimento que já se completaram (REGO, 1997, p. 72).

Nível de desenvolvimento potencial: refere-se àquilo que o indivíduo é capaz

de fazer com a ajuda de outra pessoa, por meio do diálogo, da colaboração, da

imitação, da experiência compartilhada e das pistas que lhe são fornecidas.

A distância existente entre esses dois níveis de desenvolvimento chama-se

zona de desenvolvimento proximal e define aquelas funções que ainda não estão

consolidadas no educando. Para Vygotsky (2008), o aprendizado é o responsável

por criar a zona de desenvolvimento proximal.

É interessante mencionar que a mediação é o processo pelo qual se torna

possível à realização de atividades psicológicas voluntárias, intencionais,

controladas pelos indivíduos.

Nesse sentido, a aprendizagem pressupõe uma natureza social específica do

processo de que a criança participa na vida intelectual dos que a rodeiam. Por isso,

as inúmeras possibilidades da criança aprender são realizadas a partir da Zona de

Desenvolvimento Proximal – ZDP. O papel do educador é justamente o de intervir na

zona de desenvolvimento proximal, antepondo o desenvolvimento da criança através

do aprendizado.

Esse conceito refere-se a “um domínio psicológico em constante

transformação: aquilo que uma criança é capaz de fazer com a ajuda de alguém

hoje, ela conseguirá fazer sozinha amanhã” (OLIVEIRA, 2005, p.60). A criança, no

seu processo de maturação, tem uma zona de desenvolvimento real que se refere

às etapas já alcançadas por ela, tarefas que já é capaz de fazer sozinha e uma zona

de desenvolvimento potencial que é aquela em que a criança precisa da ajuda de

uma pessoa mais experiente para realizar tarefas.

Quando o educando interage com outras pessoas, é capaz de colocar em

desenvolvimento vários processos que não seriam possíveis sem essa intervenção.

É preciso analisar o desenvolvimento psicológico do educando de maneira

prospectiva, isto é, para além do momento atual, com referência ao que está por

acontecer na trajetória do indivíduo. Para a escola, é importante refletir sobre sua

função nesse processo para que a mediação ocorra levando em conta este

desenvolvimento.

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42

A contribuição da teoria de Vygotsky nos faz compreender o papel da

linguagem, da brincadeira e das interações no desenvolvimento infantil, apontando

que a construção do conhecimento acontece no desenvolvimento das funções

psicológicas superiores, com a apropriação de signos e instrumentos dentro de um

contexto de interação.

Para Vygotsky (2008), o brinquedo é realmente o caminho pelo qual as

crianças compreendem o mundo em que vivem e que serão chamadas a mudar. As

maiores aquisições de uma criança são conseguidas no brinquedo, aquisições que,

no futuro, tornar-se-ão seu nível básico de ação.

Quando o autor discute o papel do brinquedo, refere-se à brincadeira de faz

de conta, que faz com que a criança passe a agir num mundo imaginário, onde a

situação é definida pelo significado estabelecido pela brincadeira e não pelos

elementos reais presentes.

O brinquedo, além de ser uma situação imaginária, é também regido por

regras, por serem elas que fazem com que a criança se comporte de forma mais

avançada do que a habitual para sua faixa etária.

Não é à toa que se diz que as crianças “aprendem brincando”. Para elas,

brincar é ação e vida, pensamentos e descobertas, palavras e gestos, alegrias,

emoções, tensão e liberdade. O prazer motivado pela curiosidade e pelo desafio

está sempre presente, é razão em si do ato de brincar.

Num contexto educativo, priorizar a brincadeira significa um espaço

adequado, um espaço que possibilite a brincadeira, isto é, explorável. Alimentar o

jogo simbólico, a função simbólica em todas as suas manifestações, desde brincar

com a língua, com a fantasia e apropriação da imagem exterior.

Outro tema de estudo de Vygotsky (2008), diz respeito ao processo de

formação de conceitos que representam um sistema de relações e generalizações

contidas nas palavras e determinado por um processo histórico-cultural.

Ao chegar à IE, o educando já dispõe de um quadro de referência que lhe

permite lidar com os conceitos, porém, de forma ainda sincrética e difusa.

Retomando a importância e a especificidade da Instituição Educativa, Rego

(1997), faz “uma distinção” entre os conhecimentos construídos pela experiência

pessoal, concreta e cotidiana dos educandos, que ele chamou de conceitos

cotidianos e aqueles elaborados na sala de aula, adquiridos por meio de ensinos

sistemáticos, que chamou conceitos científicos.

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43

O compromisso do processo do ensinar e do aprender é, portanto,

desenvolver os conceitos científicos, como destaca Vygotsky (1993), estes conceitos

têm relação com aqueles eventos que não estão diretamente disponíveis à

observação ou ação imediata do educando. São os conhecimentos sistematizados,

construídos nas intervenções escolarizadas. E que quando se refere à ZPD, não

ocorrem de outra forma, senão na IE.

Entretanto, os conceitos científicos não se concretizam para os educandos

senão a partir dos conhecimentos espontâneos que eles constroem por meio da

observação concreta que realizam no cotidiano. Há relação existente entre esses

dois conceitos:

Frente a um conceito sistematizado desconhecido, o educando busca significá-lo, através de sua aproximação com outro já conhecido, já elaborado e internalizado. Do mesmo modo, um conceito espontâneo nebuloso, aproxima-o de um conceito sistematizado, coloca-se num quadro de generalização (FONTANA,apud REGO, 1997, p. 79).

O que permite afirmar que, para que ocorra a aprendizagem significativa,a

escola deve ter um ponto de partida, os conhecimentos espontâneos já construídos

pelos educandos, a partir da intervenção do educador, devem ser ampliados até a

apropriação dos conceitos científicos, assim a escola tem papel fundamental na

construção do ser psicológico dos indivíduos.

Assim, Vygotsky afirma que o papel do professor é essencial, interferindo na

ZDP, provocando avanços para conceitos que não aconteceriam

espontaneamente.(OLIVEIRA, 2005, p.62). “O único bom ensino afirma Vygotsky é

aquele que adianta o desenvolvimento” A intervenção na escola é processo

pedagógico privilegiado.

Na prática pedagógica, essa concepção se constrói a partir da atenção, do

desenvolvimento da memória, da observação, da abstração, da capacidade de

estabelecer comparações e produzir sínteses, o que envolve constante atividade

mental por parte do aprendiz.

Ao fazer uma análise geral a respeito da Concepção Sócio-Histórica, é

possível perceber a importância que ela atribui às interações sociais. Coerente com

os pressupostos marxistas que lhe deram origem. A Concepção Sócio-histórica

reflete sobre a importância do contexto histórico e cultural na formação do indivíduo

e o papel do outro na aquisição do conhecimento. Para que ocorra a aprendizagem,

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44

pode se manifestar por meio de objetos, da organização do ambiente, dos

significados que impregnam os elementos do mundo cultural que rodeia o indivíduo.

5.3 PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA

Na perspectiva de Saviani, a educação constitui-se num dos aspectos

importantes para a transformação da sociedade de forma mediatizada, possibilitando

ao educador a compreensão do seu papel fundamental no processo de ensino e

aprendizagem, à luz destas teorias, com vistas à apropriação efetiva dos

conhecimentos científicos e à formação humana dos educandos.

A Pedagogia Histórico-Crítica teve sua formação no final da década de 70,

marcada pelo desenvolvimento das análises críticas da educação. Foi proposta por

Dermeval Saviani como pedagogia revolucionária, a qual se empenha em colocar a

educação a serviço da transformação das relações de produção. A Pedagogia

Histórico-Crítica tem como fundamento o materialismo histórico.

A expressão pedagogia histórico-crítica é o empenho em compreender a questão educacional com base no desenvolvimento histórico objetivo. Portanto, a concepção pressuposta nesta visão da pedagogia histórico-crítica é o materialismo histórico, ou seja, a compreensão da história a partir do desenvolvimento material, da determinação das condições materiais da existência humana (SAVIANI, 2005, p.88).

Nesta perspectiva - com ênfase na relação dialética da Instituição educativa e

a sociedade - a IE, ainda que elemento condicionado pela sociedade, não deixa de

influenciar o elemento condicionante, à medida que cumpre sua especificidade e sua

função social.

São elementos básicos da Pedagogia Histórico-crítica: a natureza, o objeto e

a especificidade da educação. A natureza da Educação provém da própria natureza

humana.

No processo de sobrevivência, o homem extrai da natureza os meios de sua

subsistência, transformando-a, criando, desta forma, um mundo humano-cultural,

através do “trabalho material”. Porém, para produzir, materialmente, o homem

necessita antecipar e representar as ideias. Esta representação inclui o

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45

conhecimento das propriedades do mundo real - a ciência, a arte, a ética -

traduzindo-se em um trabalho “não material”.

Assim, a educação se situa na categoria do trabalho não material - de uma

forma específica de trabalho - ou seja, seu produto não se separa do ato de

produção; o ato de produção e o ato de consumo imbricam-se. Sendo assim, o

objeto da educação diz respeito à identificação dos elementos culturais que

precisam ser assimilados pelos indivíduos da espécie humana para que eles se

tornem humanos. De acordo com Saviani (2005, p.13), “o trabalho educativo é o ato

de produzir direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade que

é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens”.

A especificidade da Educação é, neste sentido, o conhecimento científico, a

cultura erudita - o saber produzido e sistematizado historicamente pelos homens – e

não o conhecimento espontâneo ou a cultura popular, que faz parte do senso

comum.

Trata-se de um movimento dialético, isto é, a ação escolar permite que se acrescentem novas determinações que enriquecem as anteriores e estas, portanto, de forma alguma são excluídas. Assim, o acesso à cultura erudita possibilita a apropriação de novas formas por meio das quais se podem expressar os próprios conteúdos do saber popular (SAVIANI, 2005, p. 21).

Desta maneira, não se exclui o saber que o aluno já detém, mas através do

acesso ao saber erudito e ao conhecimento científico, na Instituição Educativa, ele

amplia seus conhecimentos, superando o senso comum.

Saviani (2005, p.142), seguindo a lógica do método dialético de elaboração do

conhecimento científico proposto por Marx, explicita o movimento do pensamento

como “a passagem da síncrese à síntese, pela mediação da análise”. Onde a

síncrese corresponde à visão caótica do todo, já a síntese corresponde à visão rica

desta totalidade e a análise, às abstrações e reflexões. Ou seja, o pensamento parte

de uma visão caótica do todo e através da reflexão chega a uma visão mais clara

deste todo, em suas diferentes dimensões.

Saviani, seguindo esta lógica, propôs para o método de ensino os seguintes

passos: a prática social, como ponto de partida; a problematização; a

instrumentalização; a catarse; e a prática social final, como ponto de chegada.

Passos/ Momentos do método de ensino ou método pedagógico:

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46

1º- A Prática Social, comum a educador e educandos, onde o educador tem

uma compreensão sintética precária sobre essa prática, enquanto o educando tem

uma compreensão sincrética da mesma. Segundo Saviani (2005, p. 70-71) a

compreensão do educador é sintética porque implica certa articulação dos

conhecimentos e das experiências que detém relativamente à prática social. Tal

síntese, porém, é precária uma vez que, por mais articulados que sejam os

conhecimentos e as experiências, a inserção de sua própria prática pedagógica

como uma dimensão da prática social envolve uma antecipação do que lhe seja

possível fazer com educandos, cujos níveis de compreensão ele não pode conhecer,

no ponto de partida, senão de forma precária. Por seu lado, a compreensão dos

educandos é sincrética, uma vez que, por mais conhecimentos e experiências que

detenham, sua própria condição de educandos implica uma impossibilidade, no

ponto de partida, de articulação da experiência pedagógica na prática social de que

participam.

2º- A Problematização é o momento em que são detectadas as questões que

precisam ser resolvidas no âmbito da prática social e os conhecimentos que são

necessários para solução da problemática levantada.

3º- A Instrumentalização consiste na apropriação dos instrumentos teóricos

e práticos necessários para resolver os problemas detectados na prática social. De

acordo com Saviani (2005, p. 71), “trata-se da apropriação pelas camadas populares

das ferramentas culturais necessárias à luta social que travam diuturnamente para

se libertar das condições de exploração em que vivem”.

4º- A Catarse é o momento da efetiva aprendizagem pelo educando, a

passagem da síncrese à síntese. Segundo Saviani (2005, p.71), “trata-se da efetiva

incorporação dos instrumentos culturais, transformados agora em elementos ativos

de transformação social”.

5º- O ponto de chegada é a própria Prática Social, porém compreendida,

agora, pelos educandos, não mais de forma sincrética. Reduz-se, também, nesta

etapa, a precariedade do educador, cuja compreensão se torna mais orgânica. “Esta

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47

elevação dos educandos ao nível do educador é essencial para se compreender a

especificidade da relação pedagógica”. (SAVIANI, 2005, p. 72)

A função social da Instituição Educativa reside na socialização do saber

sistematizado às camadas populares, abrindo espaço para que essas forças

emergentes se insiram num processo mais amplo de construção de uma nova

sociedade.

O papel do educador, na perspectiva da Pedagogia Histórico-Crítica,

consolida-se em garantir a apropriação dos conteúdos pelos educandos, com vistas

ao atendimento dos interesses das camadas populares e à democratização da

sociedade brasileira. Este papel “[...] será tanto mais eficaz quanto mais o professor

for capaz de compreender os vínculos da sua prática social global”, de acordo com

Saviani (2005, p.80).

Partindo do princípio da Pedagogia Histórico-Crítica que tem o trabalho

educativo como sendo “o ato de produzir direta e intencionalmente, em cada

indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo

conjunto dos homens”, podemos perceber que a humanidade não é inata ao sujeito,

e ainda, esta humanidade, ou seja, os elementos necessários para essa

humanização são produzidos pela ação dos homens no decorrer do processo

histórico.

Não existe uma essência humana independente da atividade histórica dos seres humanos, da mesma forma que a humanidade não está imediatamente dada nos indivíduos singulares. Essa humanidade, que vem sendo produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens, precisa ser novamente produzida em cada indivíduo singular. Trata-se de produzir nos indivíduos algo que já foi produzido historicamente (DUARTE, 1998, p.1).

Ainda, analisando a concepção de trabalho educativo, como sendo direto e

intencional, percebemos que ele se diferencia essencialmente das outras formas

possíveis de educação.

O trabalho educativo é, portanto, uma atividade intencionalmente dirigida por fins. Daí o trabalho educativo diferenciar-se de formas espontâneas de educação, ocorridas em outras atividades, também dirigidas por fins, mas que não são os de produzir a humanidade no indivíduo. Quando isso ocorre, nessas atividades, trata-se de um resultado indireto e intencional. Portanto, a produção no ato educativo é direta em dois sentidos. O primeiro e mais óbvio, mas também presente é o de que a educação, a humanização do

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48

indivíduo é o resultado mais direto do trabalho educativo. Outros tipos de resultado podem existir, mas serão indiretos (DUARTE, 1998, p.2).

Desta forma, podemos inferir a importância do trabalho educacional, direto,

intencional e sistematizado pelo educador que culmine na apropriação efetiva dos

conhecimentos científicos – produzidos e elaborados historicamente pelos homens -

e, ainda, na formação humana de nossos educandos.

5.4 DIDÁTICA PARA A PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA

Partindo dos pressupostos da Teoria do Conhecimento do Materialismo

Histórico Dialético, da Teoria Histórico-Cultural e da Pedagogia Histórico-Crítica, o

Professor João Luiz Gasparin desenvolveu um trabalho que traduz para o campo

específico da Didática tais fundamentos, consolidando-os em procedimentos práticos

de apoio ao trabalho docente.

Conforme Gasparin (2005), em todo o processo de trabalho docente, a

primeira tarefa do educador deveria ser definir o limiar inferior da aprendizagem - o

nível atual de conhecimento que os educandos já possuem sobre o tema a ser

estudado em outras palavras, seus conceitos cotidianos. O passo seguinte

consistiria em especificar o limiar superior da mesma aprendizagem - o que se

espera e deseja que os educandos alcancem -, isto é, os conceitos científicos. Entre

esses dois extremos, situam-se os demais níveis e todas as ações didáticas do

educador, sua mediação necessária.

A fim de trabalhar o conhecimento cientifico na Educação, a organização do

planejamento, a partir de projetos de trabalho, emerge como forma possível de

enfocar diferentes áreas do conhecimento em uma abordagem globalizada, a partir

do currículo. A função do projeto é favorecer a criação de estratégias para

resolverem um problema proposto, levantar algumas hipóteses referentes a um

determinado tema, pesquisar sobre um assunto/conteúdo, enfim, levar o grupo a

buscar o que lhe é significativo. O projeto auxilia os educandos a serem conscientes

de seu processo de aprendizagem e exige do educador uma postura flexível, de

pesquisador do conhecimento, cujos desafios e conflitos o estimulem e não o

paralisem.

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49

Um projeto tem duração finita, com objetivos claramente definidos, em função

dos conteúdos, oportunidades, necessidades, desafios ou interesses de um sistema

educacional, do educador ou de um grupo de educadores, que organizam os

conhecimentos educacionais.Os projetos precisam ser significativos para educandos

e educadores serem favoráveis ao conhecimento científico, terem previsão como

ponto de partida e chegada, sentido de funcionalidade e avaliação no processo.

Trabalhar com projetos implica ensinar de forma diferente, levando em

consideração como os educandos aprendem e pensam, partindo do que já sabem

sobre o tema e pesquisando suas concepções espontâneas, ou seja, suas ideias a

respeito dos acontecimentos e fenômenos em geral.

Essa forma de estruturar o ensino leva em conta possibilidades,

necessidades e características dos educandos favorecendo um trabalho

interdisciplinar. Entender que o conhecimento não é algo fragmentado e que não

aprendemos a partir de um único enfoque de um tema ou assunto é fundamental no

trabalho com projetos. O ponto de partida é dialogar com os educandos, no sentido

de detectar o que já sabem sobre a temática a ser estudada.

São dois os aportes importantes no trabalho com projetos: a necessidade de

o educador estudar e se aprofundar na temática a ser enfocada e a exploração dos

conhecimentos que os educandos possuem sobre o tema a ser trabalhado.

A organização dos projetos trabalhada na rede municipal de ensino ocorre a

partir do processo didático-pedagógico, através das três fases do método dialético

de elaboração do conhecimento que se expressam no processo: prática-teoria-

prática. Esses três momentos do método fundamentam a teoria histórico-cultural de

Vygotsky: O nível de desenvolvimento atual do educando, isto é, o que o educando

realiza sozinho, independentemente do educador; A zona de desenvolvimento

imediato, que consiste no trabalho de aprendizagem que o educando somente

consegue desenvolver com o auxílio do educador ou de alguém mais experiente; É o

retorno ao nível de desenvolvimento atual em estágio mais elevado e concreto que

passa a ser a nova função da ação do educando, sem a presença do educador.

Essas três fases da ação docente-discente expressam-se na proposta da

pedagogia histórico-crítica de Saviani que se traduz em cinco passos fundamentais:

Prática Social Inicial, Problematização, Instrumentalização, Catarse e Prática Social

Final, que são colocadas dentro da Didática para a Pedagogia Histórico-Crítica,

organizada por Gasparin.

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50

A primeira fase desse processo pedagógico é a prática social inicial. A

segunda fase é a teoria: zona de desenvolvimento imediato do educando (ZDP) que

estrutura-se em três passos: problematização, instrumentalização e catarse. A

terceira fase do método é a nova prática social final, que é o novo nível de

desenvolvimento atual do educando.

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51

6 OPERACIONALIZAÇÃO DA AÇÃO EDUCATIVA

Para a operacionalização da ação educativa na Educação Básica da Rede

Municipal, trabalha-se de forma articulada entre os diversos níveis e modalidades,

observando as orientações das Resoluções da Educação, sendo que a Resolução nº

04/2010, Art. 18, § 1º descreve:

As etapas e as modalidades do processo de escolarização estruturam-se de modo orgânico, sequencial e articulado, de maneira complexa, embora permanecendo individualizadas ao longo do percurso do estudante, apesar das mudanças por que passam.

A transição entre as etapas e fases da Educação Básica requerem formas de

articulação das dimensões orgânica e sequencial que assegurem aos educandos,

sem tensões e rupturas, a continuidade de seus processos peculiares de

aprendizagem e desenvolvimento.

O respeito aos educandos e seus tempos mentais, sócio emocionais, culturais

e identitários é um princípio orientador de toda a ação educativa, sendo

responsabilidade dos sistemas a criação de condições para que crianças,

adolescentes, jovens e adultos, com sua diversidade, tenham a oportunidade de

receber a formação que corresponda à idade própria de percurso educacional.

A Rede Municipal de Ensino de Chapecó oferece Educação Infantil (Berçário,

Maternal e Pré-Escola), Ensino Fundamental (Séries Iniciais e Séries Finais),

Educação de Jovens e Adultos e a Educação Especial que perpassa por todos os

níveis e modalidades da Educação Básica, compreendidos da seguinte forma:

Tabela 12 Estrutura organizacional do currículo da rede municipal de ensino de Chapecó

MO

DA

LID

AD

ES

E N

IVE

IS D

E

EN

SIN

O

EDUCAÇÃO INFANTIL

ED

UC

ÃO

E

SP

EC

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ED

UC

ÃO

A

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ED

UC

ÃO

PE

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Z).

Creche Pré-escola

Berçário Maternal Pré-escola

0 a 2 anos 2e 3 anos 4e 5 anos

ENSINO FUNDAMENTAL

Séries iniciais Séries finais

Alfabetização

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52

1ª série 2ª

série

série

série

série

série

série

série

Série

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Séries iniciais Séries finais

Fase I

Fase II

Fase III

Fase IV

Fase V

Fase VI

EDUCAÇÃOA DISTÂNCIA

Bloco A Bloco B

PROJOVEM URBANO

PBA

ALFABETIZAÇÃO

E

LELTRAMENTO

CICLO I

CICLO II

CICLO III

6.1 NÍVEIS E MODALIDADE DA EDUCAÇÃO MUNICIPAL

6.1.1 EDUCAÇÃO INFANTIL

Devido às rápidas transformações do mundo do trabalho na sociedade

contemporânea, a educação institucionalizada da criança na primeira infância

esteve vinculada a diversas concepções, desde a assistência social, a

compensatória, a higienista...de modo que fossem assistidas e cuidadas enquanto

os pais trabalhavam.

A Educação Infantil passa a ser reconhecida como a primeira etapa da

Educação Básica, a partir da LDB nº. 9394/96, a qual propõe como principal

finalidade o desenvolvimento integral da criança, até seis anos de idade. O

reconhecimento legal deste nível de ensino provocou rupturas também nas

propostas pedagógicas para esta faixa etária. Construir uma proposta pedagógica

que considere todas as especificidades infantis implica num grande desafio de

integrar o processo ensino aprendizagem.

Na Rede Municipal de Ensino, a Educação Infantil está organizada em:

Berçário - 0 a 2 anos, Maternal - 2 e 3 anos e Pré-Escola, 4 e 5 anos.

A Educação Infantil tem por finalidade o desenvolvimento integral da criança

até 6 anos de idade em seus aspectos físicos, psicológicos, intelectual e social,

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53

contemplando a ação da família e sociedade, promovendo o acompanhamento e o

registro do desenvolvimento, dando continuidade no processo educativo

complementar à atuação da família, assumindo assim, caráter educativo. (LDB art.

29 e 30).

A instituição deve através da ação pedagógica, proporcionar aos educandos,

conhecimentos que possibilitem refletir e tomar decisões direcionadas ao

aprendizado com coerência e justiça, e que efetivamente concretizem a vivência

significativa da infância.

Neste contexto, a Educação Infantil de Chapecó tem como finalidade um

trabalho educativo de qualidade, se aproximando de conceitos científicos como meio

de exercício da cidadania, estimulando e motivando a necessidade de ampliar seus

conhecimentos e experiências para alcançar progressivos graus de autonomia frente

as condições de seu meio.

A instituição que desejamos, não deve ser aquela que completa o educando e

sim a que complementa, pois desde que nascem as crianças interagem com o outro

e com isso, ampliam suas capacidades de aprendizagem e desenvolvimento.

Sendo o educando, sujeito ativo no seu processo de desenvolvimento e

aprendizagem, o trabalho pedagógico deve respeitar a infância, neste sentido, os

princípios que a norteiam na Rede Municipal de Ensino de Chapecó, consideram as

especificidades afetivas, emocionais, culturais, sociais e cognitivas, bem como o

exercício da cidadania. O educando deve ser respeitado em todos os seus direitos,

diferenças individuais, sociais, econômicas, étnicas, religiosas e culturais.

Respeitado em seu direito de brincar, ser atendido nos aspectos de cuidados e viver

experiências prazerosas. Entende-se que, enquanto sujeito, constrói seu

conhecimento na interação, na troca de experiência com o outro e com o meio em

que vive.

Brincar na Educação Infantil é fundamental, pois é através do jogo simbólico

que o educando revela sua concepção de mundo, desenvolve sua autonomia,

criatividade, explora conceitos e significados, além de auxiliar na compreensão de

regras sociais.

“A brincadeira favorece o equilíbrio afetivo da criança (...). Cria condições

para uma transformação significativa da consciência infantil, por exigir das

crianças formas mais complexas de relacionamento com o mundo.”

(OLIVEIRA, 2011, pg 164).

Page 53: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

54

Brincando, passa a conhecer melhor os objetos, os acontecimentos sociais,

percebe as diferentes perspectivas de uma situação e novas possibilidades de ação.

A brincadeira é um dos principais recursos para estimular o desenvolvimento dos

processos psicológicos da criança.

“(...) o educador deve conhecer não só teorias sobre como cada criança

reage e modifica sua forma de sentir, pensar, falar e construir coisas, mas

também o potencial de aprendizagem presente em cada atividade realizada

na instituição de educação infantil.” (OLIVEIRA, 2011, pg. 128)

A concepção que envolve o conhecimento de mundo, de infância e de

educação direciona para ações que a Instituição Educativa deve construir na

medida em que, partindo daquilo que o educando já sabe o conhecimento que traz

de seu cotidiano, suas ideias a respeito dos fatos e fenômenos, ele for capaz de

ampliar e desafiar a construção de novos conhecimentos.

No Brasil, a Educação Infantil percorreu um longo caminho, sendo vinculada a

diversas concepções a cerca de sua funcionalidade como também inúmeras

concepções sobre o tempo e espaço nestas Instituições.

O tempo e o espaço da Educação Infantil são organizados a partir das

necessidades de cada instituição e especificidades dos educandos de 0 a 6 anos.

Esta organização é planejada e flexível, considerando o ritmo, a participação, a

relação com o mundo, a imaginação e as diversas formas de socialização das

crianças, permitindo que consigam situar-se com organização e segurança. ,

A Secretaria de Educação, juntamente com educadores da Educação Infantil

Municipal, constroem e têm como base dessas rotinas um Manual de Organização

de Tempos e Espaços que dá suporte às práticas educativas.

“Todo ambiente, sem exceção, é um espaço organizado segundo certa

concepção educacional, que espera determinados resultados. (...) A

criança, desde cedo, reconhece o espaço físico ou atribui-lhe significações,

avaliando intenções e valores que pensam ser-lhes próprios. (OLIVEIRA,

2011, p. 196, 197)

O espaço é visto como parte integrante da ação educativa e deve ser

pensado e planejado no sentido de atender todas as necessidades e

especificidades.

Page 54: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

55

As relações entre as Instituições Educativas e as famílias possibilitam o

desenvolvimento integral da criança, consolidando ações responsáveis de

compartilhamento na educação e na formação da mesma. A questão não é substituir

os cuidados familiares, mas oferecer a elas tudo o que necessitam para

desenvolver-se plenamente. Dessa forma, o ambiente deve ser acolhedor,

agradável, seguro, alegre e que possa oferecer experiências ricas e adequadas.

Segundo Lima (apud MACHADO, 1991, pg 62): “É preciso, pois, deixar o espaço

suficientemente pensado para estimular a curiosidade e a imaginação da criança,

mas incompleto o bastante para que ela se aproprie e transforme este espaço

através de sua própria ação”.

A integração entre cuidar e educar garante o direito da criança de ser cuidada

e educada, não existindo forma de atendimento que dicotomize o cuidar do educar,

tampouco a desqualificação de um ou outro. O cuidar e educar são aspectos

imprescindíveis para o desenvolvimento e aprendizagem. Todos os momentos

vividos pela criança são educativos na medida em que ela está constantemente

aprendendo, através de sua interação com o meio. Nesse sentido, as dimensões do

cuidado relativo às atividades de rotina (alimentação, sono, higiene...) são

educativas, uma vez que cuidar e educar não se dissociam pelo direito da criança

ser educada e cuidada.

O grande desafio é partir dos conhecimentos que culturalmente os educandos

já trazem consigo, valorizando-os e ampliando-os, estimulando a curiosidade,

criticidade e autonomia no seu processo ensino aprendizagem.

Todas as ações que envolvem o educando no seu dia a dia dentro das

instituições de ensino estão relacionadas ao currículo, algo vivo e dinâmico que vai

além do domínio de informações ou simplesmente do desenvolvimento do raciocínio.

Essa experiência é caracterizada pelo desenvolvimento de modos de pensar e de

sentir, que implicam em aspectos como a sensibilidade, a reação frente às situações

vivenciadas e o gosto pelas manifestações culturais.

Na Educação Infantil há uma série de saberes culturais e científicos que

precisam ser conhecidos e de aspectos que ajudam a desenvolvê-los, neste sentido,

os educadores da rede municipal juntamente com a Secretaria de Educação

elaboraram o Currículo da Educação Infantil, o qual traz os conteúdos mínimos que

auxiliam o educador a planejar a parte cheia de seu planejamento.

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56

O Currículo da Educação Infantil esta organizados em Linguagens do

Conhecimento. Entende-se que no processo de construção do conhecimento, os

educandos utilizam – se das mais diferentes linguagens para aprender.

A Linguagem Oral e Escrita possibilita à criança, através de interações em

situações espontâneas ou mediadas, expressar seus desejos e necessidades,

ampliando gradativamente seu vocabulário e a percepção de representações

gráficas.

A Linguagem Artística permite levar o educando a vivenciar as diferentes

formas de expressões artísticas, demonstrando pensamentos e sentimentos na

manipulação de objetos e materiais significativos e, através destes, interagir com o

meio onde vive. Expressar-se demonstrando sua criatividade, sentimentos e

pensamentos através do desenho, da pintura, da modelagem, da música, dos sons,

da dança, das expressões corporais, faciais e ao apreciar obras de artes como

desenhos, fotografias, pinturas, esculturas, etc.

A Linguagem Natureza e Sociedade objetiva, através da interação e da

mediação, proporcionar que ao educando possa estabelecer relações com o meio

ambiente, com as pessoas que convive e principalmente com o seu próprio corpo,

observando as sensações que ele produz.

Através da Linguagem Matemática,o educando tem a possibilidade de

interagir com noções numéricas, espaciais, formas, tamanhos, cores, agrupamentos,

vivenciando os conceitos presentes no seu cotidiano, na exploração de materiais e

atividades lúdicas, estimulando o pensando lógico-matemático.

A Linguagem do Movimento é fundamental nesta faixa etária, pois, o corpo

e o movimento são para o educando seu canal de comunicação com o meio e com o

outro.

Assim, Junqueira (2006) nos coloca que:

(...) do ponto de vista das linguagens geradoras, os conteúdos – linguagens

selecionadas pela professora para a elaboração da parte cheia do

planejamento, ao serem colocados em prática junto às crianças, serão

apresentados a partir de situações de aprendizagem e não de atividades.

(JUNQUEIRA, 2006, pg. 54)

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57

A partir das Linguagens do Conhecimento, cabe ao educador regente da

turma, além do cuidar, criar condições para o desenvolvimento cognitivo, simbólico,

social e emocional, planejar e organizar a prática educativa, centrada no caráter

lúdico da aprendizagem, onde as interações aconteçam através da imaginação, da

brincadeira, das pesquisas, dos desafios cotidianos, no contato com a natureza,

permitindo assim, o desenvolvimento das capacidades de expressão em suas

múltiplas linguagens.

A Musicaliazação / Recreação, partindo da Linguagem Artística e da

Linguagem do Movimento, porém não esquecendo que o conhecimento não é

fragmentado, veio a partir de 2012 como um importante recurso auxiliar do processo

ensino aprendizagem. Cabe ao educador de musicalização / recreação explorar a

ludicidade, o faz de conta integrado ao brinquedo, a brincadeira e ao movimento do

educando. As atividades de música e recreação contribuem para que o educando se

conheça melhor, comunique-se e interaja com o outro, desenvolva a sensibilidade,

criatividade e cooperação, além de estimular canais sensoriais e facilitar a

expressão das emoções, contribuindo para a formação integral.

A Educação Física, ligada diretamente a Linguagem do Movimento, mas

estimulando todas as outras, desde 2005, integra o currículo da Educação Infantil.

Além de estimular o movimento, tem como princípio educar para a vida,

desenvolvendo habilidades necessárias para a sua inserção nos diferentes

ambientes da sociedade. O educador, profissional desta área, planeja e desenvolve

suas aulas com o compromisso de enfatizar a brincadeira com sentido e significado,

brincando com a linguagem corporal, com o corpo, com o movimento. Brincar com a

linguagem corporal significa criar situações nas quais o educando entra em contato

com diferentes manifestações da cultura corporal, criadas pelos seres humanos ao

longo da história, respeitando seus interesses e necessidades e, tendo em vista a

dimensão lúdica como elemento essencial para a ação educativa.

Outro elemento que contribui significativamente na Educação Infantil é a

Avaliação. Esta, descritiva e entendida como processual auxiliar do processo ensino

aprendizagem.

“Nessa etapa, a finalidade básica da avaliação é eu sirva para intervir, para

tomar decisões educativas, para observar evolução e o progresso da

criança e para planejar se é preciso intervir ou modificar determinadas

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58

situações, relações ou atividades na aula.” ( BASSEDAS, HUGUET, SOLÉ,

2011, pg. 173)

Para avaliar, é necessário que o educador conheça o educando de forma

global, sem emitir juízo, comparativo ou rotular e sim aproveitar todas as

possibilidades de ampliação de conhecimento e propor hipótese de mudanças.

O parecer descritivo nas Instituições da Rede Municipal de Chapecó

acontecem em forma de registros descritivos, semestralmente em formulário próprio

e são elaboradas a partir dos projetos e planos de aula elaborados e desenvolvidos

ao longo do semestre, englobando os pareceres do educador regente, de

musicalização/recreação e de educação física.

O documento de avaliação contempla uma produção inicial e final do

educando, o parecer descritivo da turma e dos projetos desenvolvidos, e o parecer

descritivo individual.

Entende-se a avaliação, segundo Bassedas, Huguet, Solé (2001), que esta

também se torna um recurso para o educador avaliar seu projeto e sua prática

pedagógica, se os objetivos que tinham foram alcançados a partir das estratégias ou

se estas precisam ser repensadas.

A avaliação ocorre em todos os momentos, e não se finaliza no documento

descritivo. É realizada em diferentes momentos e com diversas finalidades, ou seja,

como avaliação inicial (Prática Social Inicial e Problematização), e tem como

finalidade diagnosticar os conhecimentos e experiências prévias do educando.

Durante, (objetivos e Instrumentalização), caracterizada pelas estratégias,

habilidades, dificuldades e ao final, pela avaliação somativa (Pratica Social Final e

Avaliação), onde se expressa os resultados e as aprendizagens realizadas.

Avaliar é um momento sério e de muita responsabilidade profissional, não tem

como objetivo a progressão, o mérito ou a promoção e sim um instrumento auxiliar

no processo ensino aprendizagem capaz de dar respostas as diversas necessidades

educativas.

6.1.2 ENSINO FUNDAMENTAL DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE CHAPECÓ

O Ensino Fundamental é uma das grandes responsabilidades do Sistema

Municipal de Educação. Conforme a LDB em seu art. 32, e a Lei do Sistema

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59

Municipal de Ensino - Lei Nº 48/97, o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos,

obrigatório, gratuito na Instituição Educativa pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos

de idade, tem por objetivo a formação básica do educando, mediante:

I O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o

pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;

II A compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da

tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;

III O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a

aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;

IV O fortalecimento dos vínculos da família, dos laços de solidariedade

humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.

O Ensino Fundamental com 9 (nove) anos de duração tem duas fases

sequentes com características próprias, chamadas de séries iniciais, com 5 (cinco)

anos de duração, em regra para estudantes de 6 (seis) a 10 (dez) anos de idade; e

séries finais, com 4 (quatro) anos de duração, para os de 11 (onze) a 14 (quatorze)

anos.

É obrigatória a matrícula no Ensino Fundamental de crianças com 6 (seis)

anos completos ou a completar até o dia 31 de março do ano em que ocorrer a

matrícula, nos termos da Lei e das normas nacionais vigentes.

Para organizar esses 9 anos de escolaridade, foram reorganizados os

tempos escolares visando melhor rendimento. Os primeiros 3 anos se caracterizam

como o Bloco Inicial de Alfabetização. Este tem a finalidade de possibilitar ao

educando a organização de um tempo maior e mais flexível, sem retenção, para o

desenvolvimento e aprendizagem que precisa construir, possibilitando maiores

oportunidades de aprendizado e, com isso, formação mais ampla.

Quando a alfabetização ocorre nesse período, os educandos têm a

possibilidade da continuidade, de permanência na Instituição Educativa, da

eliminação da defasagem série/idade, do combate ao fracasso e evasão escolar,

além da formação global dos sujeitos, partindo do pressuposto de que todos têm

capacidades para aprender, desde que sejam pedagogicamente bem mediados.

O trabalho pedagógico realizado na 4ª e 5ª séries prossegue pautado nos

princípios teórico-metodológico propostos no Bloco Inicial de Alfabetização. Nessas

séries, espera-se que os educandos já tenham incorporado à rotina educacional,

Page 59: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

60

que atuem com maior independência e dominem uma série de conhecimentos, visto

que suas capacidades cognitivas tiveram grandes avanços.

As séries finais têm como principal finalidade ampliar os conceitos adquiridos

nos cinco primeiros anos de escolarização e introduzir novos conhecimentos que

contribuam para sua formação integral.

Na rede municipal, o Ensino Fundamental está progressivamente ampliando a

jornada educacional, a permanência do estudante vincula-se tanto à quantidade e

qualidade do tempo diário de escolarização quanto à diversidade de atividades de

aprendizagens.

Cabe ressaltar que a maior aprendizagem não depende só do aumento do

tempo de permanência na Instituição Educativa, mas também a qualidade deste

tempo.

A jornada em tempo integral com qualidade implica na incorporação efetiva e

orgânica, no currículo, de atividades e estudos pedagogicamente planejados e

acompanhados, como é o caso das Escolas Parque Cidadã em tempo integral.

Educar nesta perspectiva significa ajudar o educando a desenvolver um

conjunto de conhecimentos, atitudes e capacidades, que serão utilizados para

resolver situações, em diferentes níveis, dentro e fora do espaço da Instituição

Educativa.

6.1.3 EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

A Educação de Jovens e Adultos é a modalidade de ensino que recebe os

jovens e adultos, maiores de 15(quinze) anos que por qualquer motivo não

concluíram os anos da educação básica em idade apropriada. É uma alternativa

para melhorara a formação do cidadão, instrumentalizando-o para participar e atuar

na sociedade contemporânea. Não resume-se a transmitir unicamente conteúdos,

informações e instruções, abrange sim, processos formativos que se desenvolvem

na vida familiar, na convivência humana, no mundo do trabalho, na pesquisa, nos

movimentos sociais e nas manifestações culturais.

A Rede Municipal de Ensino de Chapecó oferece Educação de Jovens e

Adultos através das seguintes formas: Ensino Fundamental através do Ensino

Presencial e a Distância, Cursos Básicos de Formação Profissional, Teste de

Escolaridade, Programa Brasil Alfabetizado, e PROJOVEM Urbano.

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61

O Ensino Presencial ministrado através de fases, atende séries iniciais e

finais do ensino fundamental. A fase I é anual e corresponde ao Bloco Inicial de

Alfabetização e Letramento. A fase II também é anual e corresponde a 2ª, 3ª e 4ª

séries. As fases III, IV, V e VI são semestrais e correspondem a 5ª, 6ª, 7ª e 8ª séries

do Ensino Fundamental.

A Educação de Jovens e Adultos a Distância atende educandos das séries

finais do Ensino Fundamental, sendo as turmas compostas de 8 a 15 alunos com

dois encontros presenciais (3 horas semanais), totalizando 36 encontros por

disciplina. O curso é organizado em dois blocos: Bloco A- 5ª e 6ª séries e Bloco B -

7ª e 8ª séries.

Os Cursos Básicos de Formação Profissional possibilitam aos cursistas a

aprendizagem da Língua Inglesa, Espanhola e da Informática, de forma a contribuir

na qualificação e formação pessoal e profissional para o exercício da sua cidadania.

Os Cursos são ofertados à comunidade em geral, acima de 15 anos,

estudantes da EJA ou não. São ministrados nas dependências do CEJAM, ou de

forma descentralizada, nas escolas da rede municipal, estadual ou empresas,

centros comunitários e instituições parceiras.Duração semestral e carga horária de

até 60 horas.

O Teste de Escolaridade realizado na EBM Paulo Freire é um instrumento

que possibilita o acesso à documentação comprobatória de escolaridade para

prosseguimento de estudos. É oferecido à população em nível de conclusão de

séries iniciais do ensino fundamental.Objetiva a avaliação e a certificação de

escolaridade do Ensino Fundamental - Séries Iniciais, à todos que não possuem

documentação comprobatória do referido nível de Ensino, visa a continuidade dos

estudos e/ou a inserção no mercado de trabalho.

Além disso, a Secretaria de Educação de Chapecó desenvolve, em parceria

com o Governo Federal, o Programa Brasil Alfabetizado a partir de 2006,

atendendo a uma das grandes metas estabelecidas pela Secretaria Municipal de

Educação que é reduzir, significativamente, o índice de analfabetos do Município.

O Programa conta com a colaboração das comunidades, que colocam à

disposição o espaço físico para a efetivação das aulas, sejam pavilhões

comunitários, igrejas, casa do alfabetizador ou mesmo em escolas.

O Programa Brasil Alfabetizado, do MEC - Ministério da Educação tem por

objetivo elevar a escolaridade dos jovens com 15 anos ou mais, adultos e idosos

Page 61: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

62

que não frequentaram ou não tiveram acesso à escola, na idade adequada.

6.1.4 EDUCAÇÃO ESPECIAL

Na Secretaria Municipal de Educação as discussões sobre Educação

Especial iniciaram em meados de 2004 e 2005, com palestras para educadores da

rede e de outras instituições.

No ano de 2006 ocorreu implantação da equipe multiprofissional denominada

CREESP (Centro de Referência em Educação Especial) composta por: 01

Neuropediatra, 01 Fonoaudiólogo, 01 Psicóloga, 02 Psicopedagogas e 01

Coordenadora, atuando nas dependências da Secretária Municipal de Educação e

nas escolas, conforme a necessidade.

O projeto do CREESP tinha como objetivo contribuir para a efetivação do

processo de inclusão dos educandos com deficiência nas unidades escolares, bem

como, detectar através de hipóteses diagnósticas as dificuldades de aprendizagem

existentes nas escolas da rede regular de ensino municipal.

No ano de 2006, em parceria com o MEC, implantou-se a primeira Sala de

Recursos Multifuncional, na EBM Rui Barbosa, iniciando-se o atendimento

educacional especializado. Dando continuidade aos atendimentos inaugura-se em

2007 a segunda Sala de Recursos Multifuncionais na EBM Vila Páscoa, atual EPC

Cyro Sosnosky.

No ano de 2008 o Município é contemplado com mais duas Salas de

Recursos Multifuncionais, implantadas na EBM Padre José Anchieta e na EBM

Victor Meirelles. Neste mesmo ano inicia-se em parceria com o CEFET, atual IFSC

(Instituto Federal de Santa Catarina) o curso de Libras, oferecido para professores

que atuam na rede municipal.

No decorrer do ano de 2009, houve uma reestruturação da equipe a qual deu

continuidade ao projeto contando com uma gerente, uma psicopedagoga e duas

pedagogas.

No ano de 2009 o município foi contemplado com mais duas Salas de

Recursos Multifuncionais, na E.B.M. Maria Bordignon Destri e na E.B.M. Jardim Do

Lago, totalizando então seis salas, com objetivo de promover atendimento

educacional especializado aos educandos com deficiência, transtornos globais de

desenvolvimento e altas habilidades/superdotação.

Page 62: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

63

Em parceria com a saúde, no ano de 2010, foi criado o projeto SASE (Serviço

de Atenção à Saúde do Escolar) visando atender os alunos encaminhados pelo

setor de Educação Especial do município que necessitam de avaliação e

atendimento especializado, que será feito por uma equipe formada por: Psicólogos,

Fonoaudiólogos, Psicopedagogos e Médico.

Em 2010 foram implantadas mais catorze Salas de Recursos Multifuncionais,

distribuídas em polos conforme as necessidades, totalizando vinte salas em nosso

município.

Em 2013 estão sendo implantadas 30 Salas de Recursos Multifuncionais em

doze escolas básicas e dezoito centros de educação infantil do município, sendo

assim, iremos totalizar cinquenta Salas de Recursos Multifuncionais.

A Educação Especial tem como um de seus princípios, fornecer os subsídios

necessários aos educandos com deficiências e demais transtornos, matriculados na

rede municipal de ensino, possibilitando o melhor desenvolvimento de suas

potencialidades e promovendo sua inclusão. Todas as ações e metas propostas

estão embasadas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº

9.394/96, no artigo 59, a qual preconiza que os sistemas de ensino devem assegurar

aos alunos currículo, métodos, recursos e organização específicos para atender às

suas necessidades; assegura a Terminalidade Específica àqueles que não atingiram

o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas

deficiências e a aceleração de estudos aos superdotados para a conclusão do

programa escolar. Também define, dentre as normas para a organização da

Educação Básica, a “possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante

verificação do aprendizado” (art. 24, inciso V) e “[...] oportunidades educacionais

apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições

de vida e de trabalho, mediante cursos e exames” (art. 37).

A Resolução Nº 4, de 2 de outubro de 2009, institui Diretrizes Operacionais

para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade de

Educação Especial, determina em seu Art. 1º que “os sistemas de ensino devem

matricular os alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas

habilidades/superdotação nas classes comuns do ensino regular e no AEE, ofertado

em salas de recursos multifuncionais ou em centros de Atendimento Educacional

Especializado da rede pública ou de instituições comunitárias, confessionais ou

filantrópicas sem fins lucrativos.”

Page 63: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

64

A Educação Especial atende a Educação Infantil, séries iniciais e finais do

Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos, garantindo o

encaminhamento dos educandos com deficiência, transtornos globais de

desenvolvimento, transtornos funcionais específicos e altas

habilidades/superdotação às Salas de Recursos Multifuncionais ou demais serviços.

Na perspectiva de inclusão na Educação Básica, o currículo e os objetivos gerais

são os mesmos para os alunos com deficiência, não requerendo um currículo

especial, mas sim, adaptações curriculares com objetivos específicos, conteúdos,

procedimentos didáticos e metodológicos que propiciem o avanço no processo de

aprendizagem desses alunos.

Uma sociedade inclusiva considera as diferenças sociais, culturais e individuais

como requisito para enriquecer as interações e a aprendizagem entre os seres

humanos. Para as pessoas com deficiência, promover a compreensão da

diversidade é a forma mais coerente de favorecer a inclusão social e a

aprendizagem dessas pessoas.

A Instituição Educativa inclusiva é aquela que se fundamentam no

reconhecimento das diferenças humanas e na aprendizagem centrada nas

potencialidades dos educandos, nesse sentido, todos devem aprender juntos,

sempre que possível independente de qualquer dificuldade ou diferença que possam

ter. As escolas precisam atender às necessidades diversas de seus educandos,

garantindo o direito de pleno acesso e participação nos espaços comuns de

aprendizagem.

Dentro desta perspectiva Vygotsky (1999) nos ajuda a entender o ser humano

não mais como simplesmente biológico e orgânico centrado no individuo, mas como

uma construção histórica e social onde a mediação educativa é fundamental para

que a inclusão realmente se efetive. O autor afirma que a interação entre educandos

com ritmos diferentes de aprendizagem, propicia um ambiente favorável à

apropriação de conhecimentos, já que, os educandos mais experientes exercem

uma influência positiva nos menos experientes.

A Resolução Nº 4, de 2 de outubro de 2009, institui Diretrizes Operacionais

para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade de

Educação Especial, determina em seu Art. 1º que “os sistemas de ensino devem

matricular os educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e

altas habilidades/superdotação nas classes comuns do ensino regular e no

Page 64: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

65

Atendimento Educacional Especializado (AEE), ofertado em salas de recursos

multifuncionais ou em centros de Atendimento Educacional Especializado da rede

pública ou de instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins

lucrativos.".

O setor de Educação Especial atende a Educação Infantil, anos iniciais e

finais do Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos, garantindo o

encaminhamento dos educandos com deficiência, transtornos globais de

desenvolvimento, transtornos funcionais específicos e altas

habilidades/superdotação às Salas de Recursos Multifuncionais ou demais serviços.

Na perspectiva de inclusão na Educação Básica, o currículo e os objetivos

gerais são os mesmos para os educandos com deficiência, não requerendo um

currículo especial, mas sim, adaptações curriculares com objetivos específicos,

conteúdos procedimentos didáticos e metodológicos que propiciem o avanço no

processo de aprendizagem desses educandos.

Setor Competências/atribuições

Gerente

1. Gerenciar o Setor de Educação Especial nos aspectos administrativos e

pedagógicos, a fim de promover a melhoria do atendimento aos educandos,

pais e professores.

2. Assegurar a coordenação das atividades no que diz respeito ao cumprimento

de objetivos programados pela Secretaria de Educação e Departamento de

Educação Especial.

1. Assegurar a gestão das instalações e equipamentos específicos;

2. Viabilizar a organização e estruturação das Salas de Recursos

Multifuncionais da rede municipal;

3. Viabilizar formação continuada aos profissionais da educação.

4. Organizar as atividades de planejamento, execução e avaliação do ensino e

aprendizagem no AEE, juntamente com os professores;

5. Planejar e ministrar a formação continuada dos profissionais da educação

especial;

6. Acompanhar e orientar as atividades dos professores das Salas de

Recursos, através de visitas regulares;

7. Subsidiar as EBMs e CEIMs através de materiais bibliográficos para estudos

e orientações específicas de acordo com as necessidades;

8. Desenvolver trabalho cooperativo e colaborativo com articuladores da

Educação Infantil, Séries Iniciais, Series Finais e EJA nas unidades

Page 65: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

66

Equipe de Educação Especial - A Secretaria Municipal de Educação possui uma

equipe de Educação Especial composta por gerente, coordenadora e articuladoras

pedagógicas. que possuem as seguintes atribuições e competências.

6.1.5 EDUCAÇÃO INSTITUCIONAL INDÍGENA

A Educação Indígena deve ter como ponto de partida a defesa da Educação

que primeiramente ocorre dentro das famílias, comunidades, aldeias, entre seus

membros, considerando a essência dos saberes passado de geração em geração

sobre a concepção de vida, ética, conhecimentos adquiridos, valores, padrões de

relacionamento social, ou seja, desta maneira que o conhecimento da comunidade

se perpetua, pois a mesma se torna responsável por essa educação para que as

crianças se tornem membros sociais em sua plenitude.

Associada a esta e tão importante quanto, pois uma é complementar a outra,

temos nas comunidades a educação institucionalizada, que se denomina Educação

Escolar Indígena, sendo neste documento denominada Educação Institucional

Educativa Indígena. Neste sentido, vale destacar a importância da Educação

Indígena, pois ela antecede e fortalece a Educação Institucional, e conforme o

RCNE/Indígena-Referencial Curricular Nacional para as Escolas Indígenas, a

primeira,

educacionais sob perspectiva de educação inclusiva;

9. Realizar triagem dos pareceres avaliativos encaminhados pelas escolas ao

Setor de Educação Especial;

10. Após realizar triagem dos pareceres avaliativos, realizar os

encaminhamentos para o SASE (Serviço de Atenção à Saúde do Escolar), a

ADEVOSC (Associação dos Deficientes Visuais do Oeste de Santa

Catarina), o CAPP (Centro de Atividades Psicofísicas Patrick), a APAE, Sala

de Recursos Multifuncionais, bem como, solicitação de 2º professor,

intérprete de Libras, entre outros atendimentos ou serviços que se fizerem

necessários no momento;

11. Realizar assessoria e orientações nas escolas;

12. Articular e acompanhar junto ao SASE e Unidades Educacionais os

atendimentos dos alunos encaminhados a esse serviço;

13. Intermediar o retorno das avaliações realizadas pelo SASE para as Unidades

Educacionais.

Page 66: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

67

[...] possui sua sabedoria para ser comunicada, transmitida e distribuída por seus membros; são valores e mecanismos da educação tradicional dos povos indígenas (...) que podem e devem contribuir na formação de uma política e práticas educacionais adequadas, (BRASIL. MEC, p. 2005).

Sendo que essa política educacional foi resignificada a partir dos anos de

1980, quando a Constituição Federal trouxe em seus artigos 210 e 215 a garantia de

assegurar as comunidades indígenas o direito de uso de suas línguas maternas e

seus próprios processos de aprendizagem e cabendo ao Estado proteger as

manifestações das culturas.

Posteriormente o MEC - Ministério da Educação, por meio do Decreto Nº

26/91, passou então a coordenar todas as ações dessa modalidade de ensino e a

partir disso em 1993, formulou as Diretrizes para a Educação Escolar Indígena, as

quais vieram para definir as ações referentes à Educação Escolar Indígena.

O atendimento educacional aos povos indígenas requer respeito às

especificidades das condições de vida e da cultura dessas comunidades,

observando a legislação, que estabelece esse direito, citando as Diretrizes

Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica, que articulada ao Parecer

CNE/CEB Nº 7/2010 e a Resolução Nº 4/2010 que definem como se dá a

organização da Educação Básica no país.

A Educação Institucional Indígena deve ocorrer sempre que possível em

instituições educativas inseridas em suas comunidades, aldeias, tribos,levando em

conta características próprias desta modalidade de ensino: específica e diferenciada,

bilíngue, intercultural e comunitária.

Vale ressaltar que a cultura, as memórias coletivas, as crenças e tradições,

reforçam a identidade dos povos indígenas, por isso destaca-se a importância da

participação ativa de toda a comunidade.

Portanto, na estrutura e funcionamento das instituições Educacionais, deve

ser reconhecida sua condição de possuidores de normas próprias e da necessidade

de ser uma educação diferenciada, porém sem desconsiderar sua especificidade e

finalidade com uma prática pedagógica coerente, precisa, clara, e que possa garantir

a todos os educandos o acesso e permanência nestas instituições e sucesso no

processo ensino-aprendizagem.

Neste sentido, a SEDUC mantém dois Centros de Educação Iinfantil

Municipal - CEIM, nas duas comunidades indígenas: CEIM Toldo Chimbangue-

Page 67: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

68

Aldeia Toldo Chimbangue, atendendo educandos desta comunidade e da

comunidade Guarani, os quais residem na mesma terra indígena e aguardam uma

solução do governo federal para serem alocados em terra própria. Já no CEIM

SÃPE TY KO SI - Aldeia Condá, são atendidos educandos apenas desta

comunidade.

De responsabilidade também da SEDUC acompanhar e orientar a elaboração

do calendário, o qual precisa ser flexibilizado, levando em consideração as

diferenças relativas às atividades econômicas e culturais, mantendo o total de dias

letivos/horas anuais regulamentados pela LDB.

De acordo com a resolução nº 03/1999, da Câmara de Educação Básica

subsidiada pelo Conselho Nacional de Educação, estabelece em seu art. 3º que:

organização da Educação Institucional Educativa Indígena deve ser permeada pela

participação da comunidade, visando a melhor organização, bem como deve

considerar:

I - suas estruturas sociais;

II - suas práticas socioculturais e religiosas;

III - suas formas de produção de conhecimento, processos próprios e métodos de

ensino-aprendizagem;

IV - suas atividades econômicas;

V - edificação de Instituições Educativas que atendam aos interesses das

comunidades indígenas;

VI - uso de materiais didático-pedagógicos produzidos de acordo com o contexto

sociocultural de cada povo indígena.

6.1.6 A EDUCAÇÃO DO CAMPO

A Educação do Campo tratada como educação rural na legislação brasileira

incorpora os espaços da floresta, da pecuária, das minas e da agricultura e se

estende, também, aos espaços pesqueiros, caiçaras, ribeirinhos e extrativistas,

conforme as Diretrizes para a Educação Básica do Campo (Parecer CNE/CEB nº

36/2001 e Resolução CNE/CEB nº 1/2002; Parecer CNE/CEB nº 3/2008 e

Resolução CNE/CEB nº 2/2008).

O atendimento escolar às populações do campo requer respeito às

peculiares condições de vida e à utilização de pedagogias condizentes com as suas

Page 68: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

69

formas próprias de produzir conhecimentos, observadas as Diretrizes Curriculares

Nacionais Gerais para a Educação Básica (Parecer CNE/CEB nº 7/2010 e

Resolução CNE/CEB nº 4/2010).

A identidade da escola do campo é definida pela vinculação com as questões

inerentes à sua realidade, com propostas pedagógicas que contemplam sua

diversidade em todos os aspectos, tais como sociais, culturais, políticos,

econômicos, de gênero, geração e etnia.

As escolas do campo, a partir do currículo, do plano anual por turma/série e

seus projetos de trabalho precisam:

Reconhecer seus modos próprios de vida, suas culturas, tradições e

memórias coletivas, como fundamentais para a constituição da identidade

das crianças, adolescentes e adultos;

Valorizar os saberes e o papel dessas populações na produção de

conhecimentos sobre o mundo, seu ambiente natural e cultural, assim

como as práticas ambientalmente sustentáveis que utilizam;

Flexibilizar, se necessário, o calendário escolar, as rotinas e atividades,

levando em conta as diferenças relativas às atividades econômicas e

culturais, mantido o total de horas anuais obrigatórias no currículo;

Superar as desigualdades sociais e escolares, tendo por garantia o direito

à educação.

As escolas que atendem a essa demanda são providas de materiais didáticos

e educacionais que subsidiam o trabalho com a diversidade, bem como de recursos

que assegurem aos alunos o acesso a outros bens culturais e lhes permitam

estreitar o contato com outros modos de vida e outras formas de conhecimento.

6.1.7 EDUCAÇÃO INTEGRAL

A Escola de Tempo Integral busca universalizar a qualidade da educação,

oferecendo oportunidade para que a criança aprenda e se desenvolva enquanto

cidadão participativo. A interação entre a escola e a comunidade, o reconhecimento

à cultura local, o favorecimento à participação das famílias nos espaços educativos,

contribuem para a redução dos índices de violência e para a construção de uma vida

mais digna.

Page 69: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

70

As Escolas Parques Cidadãs desenvolvem uma proposta pedagógica de

Tempo Integral em que a permanência do educando na escola é de,

aproximadamente, 9 horas diárias, recebendo de 4 a 5 refeições.

Nas EPCs de Tempo Integral são trabalhados os conteúdos da base nacional

comum, em salas de referência, e os da parte diversificada nos Espaços de Vivência

– informática, capoeira, canto, dança, recreação, teatro, jornal, laboratórios de

ciências, alfabetização e letramento, laboratório o de matemática, ateliê de

artesanato Educação Financeira e Sustentabilidade. A organização da matriz

curricular é feita de acordo com a realidade local.

O desenvolvimento da proposta pedagógica ocorre em ambiente educacional

diferenciado, com jornada ampliada e uma completa estrutura educacional voltada

para a promoção da cidadania e da auto estima dos estudantes, é a proposta central

das EPCs, pois a Educação de Tempo Integral representa, além do aumento da

permanência na escola, a ampliação de oportunidades e situações que

proporcionem aprendizagens significativas.

6.1.8 PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO

O Programa Mais Educação foi instituído pela Portaria Interministerial nº

17/2007 e integra as ações do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), como

uma estratégia do governo federal para induzir a ampliação da jornada escolar e a

organização curricular, na perspectiva da Educação Integral.

O Mais Educação, regulamentado pelo decreto 7.083/10 do governo federal

traz em seu artigo 3º os seguintes objetivos:

I - Formular política nacional de educação básica em tempo integral: II – promover diálogo entre os conteúdos escolares e os saberes locais; III – favorecer a convivência entre professores, alunos e suas comunidades: IV – disseminar as experiências das escolas que desenvolvem atividades de educação integral; V – convergir políticas e programas de saúde, cultura, esporte, direitos humanos, educação ambiental, divulgação científica, enfrentamento da violência contra crianças e adolescentes, integração entre escola e comunidade, para o desenvolvimento do projeto político – pedagógico de educação integral (BRASIL, 2010, p 1).

Trata-se da construção de uma ação intersetorial entre as políticas públicas

educacionais e sociais, contribuindo, desse modo, tanto para a diminuição das

Page 70: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

71

desigualdades educacionais, quanto para a valorização da diversidade cultural

brasileira.

Essa estratégia promove a ampliação de tempos, espaços, oportunidades

educativas e o compartilhamento da tarefa de educar entre os profissionais da

educação e de outras áreas, as famílias e diferentes atores sociais, sob a

coordenação da Instituição educativa e dos educadores.

A Educação Integral traduz a compreensão do direito de aprender como

inerente ao direito à vida, à saúde, à liberdade, ao respeito, à dignidade e à

convivência familiar e comunitária e como condição para o desenvolvimento de uma

sociedade mais democrática.

Por meio da Educação Integral, reconhecem-se as múltiplas dimensões do

ser humano e as peculiaridades do desenvolvimento de crianças, adolescentes e

jovens. Considera-se o objetivo de diminuir as desigualdades educacionais a partir

da ampliação da jornada escolar.

6.1.9 INSTITUIÇÃO CHAPECÓ CRIANÇA – CIDADANIA EM AÇÃO

Surgiu em 2008 como um projeto e hoje é reconhecida como Instituição

Pública, sendo um recurso didático-pedagógico permanente, o qual relaciona

temáticas transversais com os conteúdos curriculares mediados nas escolas –

Parâmetros Curriculares Nacionais. Representa as instalações de uma cidade em

escala menor, a qual é constituída por órgãos públicos, bens de serviços e

instituições educacionais que possibilitam às crianças interagirem de forma teórica e

prática nas atividades vivenciadas em uma cidade real.

É composta por quatro pólos e respectivas oficinas: Pólo Educacional

(Educação para o Trânsito-Transitolândia, Educação Ambiental-Planisfério,

Laboratório Interativo de Aprendizagem e Segurança Pública); Pólo Político(Fórum,

Prefeitura e Câmara de Vereadores); Pólo de Serviços (Mercado, Posto de Saúde,

Banco); e Pólo Cultural (Cine Teatro e Biblioteca).

As oficinas têm professores orientadores que utilizam temáticas adequadas à

proposta pedagógica curricular da rede municipal de ensino e Planos Curriculares

Nacionais. Em cada turno, recebe grupos de 100 educandos simultaneamente

atendidos em forma de rodízio, garantindo-se acesso e permanência de pessoas

Page 71: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

72

com deficiência. Atende educandos das esferas municipal, estadual e particular do

município e região.

O principal objetivo é contribuir com os primeiros passos para a construção e

ampliação dos princípios de cidadania por meio de vivências que ocorrem no

cotidiano urbano, sensibilizando os educandos sobre suas ações com o meio

educacional, político, tecnológico, cultural, geográfico e social, esclarecendo seus

direitos e deveres como cidadãos.

6.1.10 PROJETO: ESTÂNCIA AMBIENTAL

O Projeto Estância Ambiental – Campo em Ação é um local para

surpreender e sensibilizar os educandos quanto à preservação ambiental, à

valorização do homem no campo, ao resgate cultural e ao lazer educacional, através

de atividades e vivências desenvolvidas na Estância. É um recurso didático-

pedagógico permanente das Instituições Educativas municipais, estaduais e

particulares e atende mediante agendamento, com acesso e permanência de

pessoas com deficiência. Está estruturada em quatro núcleos:

Núcleo Educação Ambiental – Constitui-se em uma forma abrangente de

ensino que propõe envolver os cidadãos, através de um processo pedagógico

participativo permanente que passa aos educandos uma visão crítica sobre a

problemática ambiental, enfatizando as regularidades e buscando manter o respeito

pelos diferentes ecossistemas e culturas. Com as atividades desenvolvidas na

Estância Ambiental, os educandos têm a oportunidade de aprender de forma lúdica,

interagindo com os agentes educativos, com os colegas e com o meio ambiente.

Núcleo Lazer Educacional – No campo da Educação, podem-se identificar

as atividades de lazer como ações integradoras, em que se aprendem lições de

convivência. Neste núcleo da Estância Ambiental os educandos podem brincar e

desenvolver suas habilidades motoras, cognitivas, sócio-afetivas e sensitivas,

através das atividades planejadas para cada idade.

Núcleo Campo em Ação - O objetivo do Campo em Ação é valorizar as

atividades desenvolvidas na agricultura, bem como resgatar alguns costumes das

pessoas que vivem no campo. Através das simulações e atividades proporcionadas

na estância, os educandos compreendem a importância desse trabalho para a

sobrevivência da vida urbana.

Page 72: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

73

Núcleo Resgate Cultural – Este núcleo proporciona uma viagem no tempo

para conhecer as culturas colonizadoras do município de Chapecó-SC e região.

Com a observação de objetos e instrumentos de épocas, conhecem a história, os

costumes e tradição de seu povo.

6.1.11 UAB - UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIl

A Universidade Aberta do Brasil é um sistema integrado por universidades

públicas que oferece cursos de nível superior para camadas da população que têm

dificuldade de acesso à formação universitária, por meio do uso da metodologia da

educação à distância. O público em geral é atendido, mas os professores que atuam

na educação básica têm prioridade de formação, seguidos dos dirigentes, gestores e

trabalhadores em educação básica dos estados, municípios e do Distrito Federal.

O Sistema UAB foi instituído pelo Decreto 5.800, de 8 de junho de 2006, para

"o desenvolvimento da modalidade de educação à distância, com a finalidade de

expandir e interiorizar a oferta de cursos e programas de educação superior no

País". Fomenta a modalidade de educação à distância nas instituições públicas de

ensino superior, bem como apoia pesquisas em metodologias inovadoras de ensino

superior respaldadas em tecnologias de informação e comunicação. Além disso,

incentiva a colaboração entre a União e os entes federativos e estimula a criação de

centros de formação permanentes por meio dos polos de apoio presencial em

localidades estratégicas.

Assim, o Sistema UAB propicia a articulação, a interação e a efetivação de

iniciativas que estimulam a parceria dos três níveis governamentais (federal,

estadual e municipal) com as universidades públicas e demais organizações

interessadas, enquanto viabiliza mecanismos alternativos para o fomento, a

implantação e a execução de cursos de graduação e pós-graduação de forma

consorciada. Desse modo, funciona como um eficaz instrumento para a

universalização do acesso ao ensino superior e para a requalificação do professor

em outras disciplinas, fortalecendo a escola no interior do Brasil, minimizando a

concentração de oferta de cursos de graduação nos grandes centros urbanos e

evitando o fluxo migratório para as grandes cidades.

Page 73: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

74

O Sistema UAB funciona como articulador entre as instituições de ensino

superior e os governos estaduais e municipais, com vistas a atender às demandas

locais por educação superior.

Essa articulação estabelece qual instituição de ensino deve ser responsável

por ministrar determinado curso em certo município ou certa microrregião por meio

dos polos de apoio presencial.

Os Municípios e Estado, de forma individual ou em consórcio, são os

responsáveis por estruturar, organizar e manter os polos de apoio presencial de

acordo com as orientações do Sistema UAB.

O mantenedor do polo de apoio presencial deverá proporcionar uma

infraestrutura física e tecnológica adequada para o pleno desenvolvimento das

atividades referentes aos cursos ofertados.

O mantenedor é responsável, ainda, pela contratação de pessoal com vistas à

execução das metas e atividades propostas

em Chapecó, a prefeitura é mantenedora do pólo UAB, onde articula curso de

Licenciatura em Pedagogia na UDESC, Administração Pública e Letras Português

na UFSC.

Page 74: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

75

7 PROPOSTA PEDAGÓGICA

7.1 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

A proposta norteia a construção do currículo até os critérios que orientam a

organização do trabalho educacional em sua multidimensionalidade, privilegia

trocas, acolhimento e aconchego, para garantir o bem-estar educandos em todos os

níveis e modalidades, no relacionamento entre todas as pessoas.

Na Educação Básica, o currículo é constituído pelas experiências

educacionais em torno dos conhecimentos, das relações sociais, buscando

aproximar essas vivencias e saberes dos educandos com os conhecimentos

historicamente produzidos pela humanidade.

Os conhecimentos educacionais são organizados a partir das orientações das

Diretrizes Curriculares Nacionais, também da Secretaria de Educação, da própria

Instituição educativa e dos educadores, que os selecionam e os transformam a fim

de que possam ser internalizados sendo, ao mesmo tempo, elementos para a

formação da cidadania.

O currículo de acordo com Saviani (2005) tem papel decisivo na organização

das ações educacionais, fazendo-se presente em todos os momentos, desde a

rotina até a construção dos conhecimentos e aprendizagens, envolvendo

educadores, educandos e comunidade educacional.

7.1.1. Educação Infantil

Na Educação Infantil, a organização curricular precisa integrar ações de

cuidar e educar, compreendendo-as como funções indispensáveis e indissociáveis e

estar organizada de forma que garanta o desenvolvimento integral da criança em

seus aspectos físico, intelectual e social, complementando a ação da família e da

comunidade.

O currículo se estrutura levando em conta o Conhecimento de Mundo e a

Formação Pessoal e Social da criança de 0 a 6 anos, exigindo posturas pedagógicas

que não limitem nas crianças oportunidades de descobertas, proporcionando-lhes

Page 75: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

76

experiências exitosas de vida. Nessa perspectiva, implica em ações que envolvem

proteção e segurança, construção da autonomia, acesso a ambientes educativos

organizados, aconchegantes e desafiadores, atendendo as especificidades e

possibilidades do brincar como forma de aprender e expressar conhecimentos sobre

si, sobre a cultura e o mundo onde vive.

A construção de saberes culturais que promovem o desenvolvimento das

crianças refere-se aos conteúdos educativos trabalhados de forma contextualizada e

significativa. Em relação ao Conhecimento de Mundo, a ação pedagógica da

Secretaria Municipal está pautada no trabalho com Projetos, a partir das Linguagem

do Movimento, Linguagem Oral e Escrita, Linguagem Artística, Linguagem da

Natureza e Sociedade, Linguagem Matemática. No âmbito da Formação Pessoal e

Social, desenvolvem-se os eixos identidade e autonomia.

Para a efetiva implementação de um currículo, trabalha-se por uma Educação

Infantil de qualidade, entendidos como espaços que reconheçam a criança como ser

que possui saberes, como alguém que tem necessidade de interagir com o mundo

para melhor compreendê-lo e que a partir da troca de experiências possibilite

aprendizagens significativas que viabilizem as relações pautadas por princípios

éticos de respeito pelas múltiplas formas de ser e estar no mundo.

Tabela 13: Matriz Curricular da Educação Infantil

Instituição:SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CHAPECÓ

Etapa: Educação Infantil

Regime: Anual Turno: Diurno

EIXOS CURRICULARES NÍVEIS

Crianças de 04 meses a

03 anos

Crianças 4 e 5 anos

BERÇÁRIO MATERNAL PRÉ-ESCOLAR

Linguagem Oral e

Escrita

X X X

Linguagem

Artística

X X X

Linguagem da

Natureza e

X X X

Page 76: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

77

Sociedade

Linguagem

Matemática

X X X

Linguagem do

Movimento

X X X

DIAS LETIVOS ANUAIS: No mínimo 200

DINÂMICA CURRICULAR

1 Horários:

1.1 Horários de Funcionamento

Berçário e Maternal: Período Integral: Das 07 horas às 18 horas.

Período Matutino: Das 07 horas às 12 horas

ou das 07 às 13 horas.

Período Vespertino: Das 13 horas às 18 horas.

Pré - escolar: Período Matutino: Das 08 horas às 12 horas.

Período Vespertino: Das 13 horas às 17 horas.

1.2 Horários de Atendimento

Berçário e Maternal: Período Integral: Atendimento de 11 horas relógio.

Período Parcial: Atendimento de 05 a 06 horas relógio.

Pré-escolar: Atendimento de 04 horas relógio.

2. Diferenciais de Qualidade

Aulas de Educação Física: 03 aulas semanais de 45min.

Aulas de Musicalização / Recreação: 6 aulas semanais de 45min para

turmas parciais e 15 aulas semanais de 45min para turmas integrais;

Informática: Turmas de Maternal e pré-escolar, onde há disponível centro

de informática.

7.1.3 ENSINO FUNDAMENTAL

O currículo tem o educando como sujeito da aprendizagem e apoiado no

educador como mediador do processo de ensino aprendizagem, buscando integrar o

Page 77: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

78

currículo num todo. Este está representado por uma espiral ascendente fazendo a

integração entre as séries e áreas, possibilitando o trabalho interdisciplinar.

O currículo está organizado em conhecimentos científicos que servem de

elementos para a formação cultural, ética, estética e política do educando,

desenvolvendo habilidades intelectuais e criando atitudes e comportamentos

necessários para a vida em sociedade.

As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental, Parecer

CED/CNB nº 07/2010, instituídas pela Resolução nº 4/2010, determinam que o

currículo do ensino fundamental seja organizado em uma base nacional comum e

uma parte diversificada, que integradas têm por objetivo a formação integral dos

educandos, garantindo-lhes um maior exercício da cidadania.

As disciplinas que integram a base nacional comum são: a Língua

Portuguesa, a Matemática, o conhecimento do mundo físico, natural, da realidade

social e política, incluindo o estudo da História e das Culturas Afro-Brasileira e

Indígena, a Arte, em suas diferentes formas de expressão, incluindo a Música, a

Educação Física, o Ensino Religioso.

De acordo ainda com as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino

Fundamental, a parte diversificada inclui, segundo a LDB, o estudo de uma língua

estrangeira, sendo na Rede Municipal de Ensino a Língua Inglesa, aprovada pelo

COMED, para 1ª a 9ª série.

Na parte diversificada, em 2012, foram incluídas três novas disciplinas com o

objetivo de trabalhar com as necessidades das comunidades educacionais e da

sociedade. As disciplinas são: Educação e Diversidade, Educação e Direitos

Humanos e Educação Financeira e Sustentabilidade, que abordam questões

importantes trabalhadas como temas transversais.

A criação das disciplinas permitem aos estudantes melhor formação ética,

social e política, o que os capacitará para o correto entendimento dos principais

problemas sociais do nosso país e do mundo.

Tanto a base comum como a base diversificada não podem se constituir em

blocos separados, com disciplinas específicas para cada uma, mas devem ser

planejadas e executadas de tal modo que as tecnologias de informação e

comunicação perpassem pela proposta curricular, apontando direção aos Projetos

Político - Pedagógico.

Page 78: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

79

A interdisciplinaridade e a contextualização devem assegurar a

transversalidade do conhecimento de diferentes disciplinas e eixos temáticos,

perpassando todo o currículo e propiciando a interlocução entre os saberes e os

diferentes campos do conhecimento.

Tabela 14 Matriz Curricular Do Ensino Fundamental

DISCIPLINAS

(AULAS

SEMANAIS)

ANOS INICIAIS ANOS FINAIS

1ª 2ª 3ª 4ª 5ª

Total

Aulas

Mês

Total

Aulas

Ano 6ª 7ª 8ª 9ª

Total

Aulas

Mês

Total

Aulas

Ano

Língua

Portuguesa X X X X X -- -- 4 4 4 4 16 160

Matemática X X X X X -- -- 4 4 4 4 16 160

Ciências X X X X X -- -- 2 2 2 2 8 80

História X X X X X -- -- 2 2 2 2 8 80

Geografia X X X X X -- -- 2 2 2 2 8 80

Educação Física 3 3 3 3 3 12 120 3 3 3 3 12 120

Arte

2 2 2 2 2 8 80 2 2 2 2 8 80

Ensino

Religioso 1 1 1 1 1 4 40 1 1 1 1 4 40

Língua

estrangeira

(Inglês) 2 2 2 2 2 8 80 2 2 2 2 8 80

Educação

financeira e

sustentabilidade 1 1 1 1 1 4 40 1 1 1 1 4 40

Educação e

Direitos

Humanos 1 1 1 1 4 40

Educação e

Diversidade 1 1 1 1 4 40

TOTAL SEMANAL 25 25 25 25 25 -- -- 25 25 25 25 -- --

Número mínimo de dias de efetivo trabalho escolar: 200

Número mínimo de semanas: 40

Número de dias semanais de efetivo trabalho: 5 dias

Duração hora/aula: 45 minutos – 5 aulas diárias (4 horas)

Page 79: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

80

Carga horária anual para os alunos: 800 horas

Na Matriz Curricular do Ensino Fundamental de 9 anos, de 1ª a 5ª séries

(Séries Iniciais), não consta divisão de carga horária, pois o educador desenvolve

atividades com o conceito das disciplinas da Base Comum. As disciplinas de

Educação Física, Ensino Religioso e Arte são ministradas por professores das

disciplinas citadas, com carga horária semanal de 03 (três) aulas de Educação

Física, 01 (uma) Ensino Religioso e 02 (duas) de Arte. Na parte diversificada, será

oferecida da 1ª à 5ª série a disciplina de Língua Estrangeira (Inglês), com 2 aulas e

Educação Financeira e Sustentabilidade com 1 aula.

A duração da hora/aula é de 45 minutos e mais 15 minutos de recreio

monitorado, sob a responsabilidade direta do corpo docente.

Tabela 15: Matriz Curricular Escola Parque Cidadã Educação Integral

MATRIZ CURRICULAR ESCOLA PARQUE EM TEMPO INTEGRAL

ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS (1º À 5º SÉRIE)

COMPONENTES CURRICULARES Séries/Aulas

1ª 2ª 3ª 4ª 5ª

CURRÍCULO

BÁSICO

BASE

NACIONAL

COMUM

Língua Portuguesa X X X X X

Arte 2 2 2 2 2

Educação Física 3 3 3 3 3

História X X X X X

Geografia X X X X X

Matemática X X X X X

Ciências X X X X X

Ensino Religioso X X X X X

PARTE

DIVERSIFICADA

Língua Estrangeira

Moderna

2 2 2 2 2

Educação Financeira e

Sustentabilidade

1 1 1 1 1

TOTAL SEMANAL BASE NACIONAL COMUM E PARTE

DIVERSIFICADA OBRIGATÓRIA DO ENSINO FUNDAMENTAL

25

25

25

25

25

Número de dias de efetivo trabalho escolar: 200

Número mínimo de semanas: 40

Número de dias semanais de efetivo trabalho: 5

Page 80: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

81

Duração hora/aula: 45 minutos – 5 aulas diárias referentes ao Currículo Básico

Tabela 16: Matriz Curricular dos Espaços De Vivências

MATRIZ CURRICULAR DOS ESPAÇOS DE VIVÊNCIAS

LINGUAGENS

ESPAÇOS

DE

VIVÊNCIA

Oral, Escrita e Matemática.

COMUNICAÇÃO

Literatório

Rádio

Jornal

Informática

Espanhol

Alfabetização e Letramento Português *

Matemática *

Movimento

Dança

Esportes

Iniciação Desportiva

Jogos

Lutas

Artes

Música Canto

Instrumentos

Teatro

Desenho e pintura

Natureza e Sociedade

Empreendedorismo Social

Artesanato

Mini Marcenaria

Alimentação, Higiene, e formação de hábitos.

Lazer e Recreação

Oficina de brinquedos

Laboratório de Ciências

Horta

TOTAL 25 horas

7.1.4 EDUCAÇÃO ESPECIAL

Os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs consideram que as instituições

escolares devem flexibilizar seus currículos para atender à diversidade dos

educandos, garantindo a qualidade no processo de ensino e aprendizagem. Eles

propõem o mesmo currículo para todos, porém esse currículo deve ser adequado às

necessidades, capacidades e diferenças individuais. A adequação curricular é

concebida como um elemento dinâmico da educação para todos e tem por objetivo

proporcionar o progresso dos educandos em função de suas necessidades

educacionais especiais. Esses parâmetros orientam as adaptações curriculares,

Page 81: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

82

quando necessárias, como meio de atuar frente às dificuldades de aprendizagem

dos educandos.

De acordo com a Resolução do COMED Nº 001 de 15 de dezembro de 2009,

em seu parágrafo 1º “As adequações curriculares envolvem a utilização de recursos

especializados, flexibilização das metodologias de ensino, dos planejamentos, da

organização didática para atender a diversidade de todos os educandos.”

As adaptações curriculares realizam os ajustes necessários no currículo,

reconhecendo as características e necessidades do educando, para que ele não

seja excluído do direito de aprender e participar, mas tenha igualdade de

oportunidades para apropriação e construção de conhecimentos.

O planejamento das atividades educacionais deve levar em conta a

singularidade dos educandos, porém é preciso ter cuidado para que a utilização de

adaptações curriculares não seja fonte de discriminações.

Dessa forma, faz-se necessário compreender que nem todos os educandos

atingirão o mesmo grau de abstração ou de conhecimento, num tempo determinado,

pois cada um aprende de uma forma, em um determinado ritmo, mas é preciso ter

claro que todos, sem exceções, podem aprender.

São definidas como alterações ou recursos espaciais, materiais ou de

comunicação que venham a facilitar os alunos com necessidades educacionais

especiais a desenvolver o currículo escolar. (BRASIL, 1999, p. 44).

São exemplos de adaptações de acesso ao currículo:

Recursos materiais: lupas, reglete, punção, sorobã, tipos ampliados,

recursos instrucionais em relevo, Braille para educandos cegos ou com visão

reduzida, língua de sinais, próteses auditivas, material de comunicação impressa

para educandos surdos, etc.;

Recursos ambientais: adaptações às instalações físicas do prédio, como o

tamanho das portas, colocação de barras de sustentação em sanitários, sinalizações

no chão, mobiliário especial ou adaptado, rampas para acessibilidade dos que têm

dificuldade locomotora, dentre outros;

Equipamentos para mobilidade: Os recursos de acesso ao currículo são

organizados segundo a natureza da problemática do educando e tem como objetivo

que ele participe das mesmas atividades desenvolvidas por seus colegas,

permitindo-lhe acesso à aprendizagem.

Page 82: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

83

Adaptações curriculares não significativas: A maior parte das adaptações

curriculares realizadas na Instituição Educativa é considerada não significativa,

porque constituem modificações facilmente realizadas pelo educador no

planejamento normal das atividades docentes, constituindo-se em pequenos ajustes

dentro do contexto normal da sala de aula.

São exemplos de adaptações curriculares não significativas:

Organização do espaço físico da sala;

Realização de trabalhos em grupo, pesquisa;

Uso de recursos didáticos diversificados;

Planejamento de diversas atividades para trabalhar um mesmo conteúdo;

Adequação da linguagem em nível de compreensão do educando;

Priorização de áreas ou unidades de conteúdos que garantam funcionalidade

e que sejam essenciais e instrumentais para as aprendizagens posteriores;

Eliminação de conteúdos menos relevantes, secundários para dar enfoque

mais intensivo e prolongado a conteúdos considerados básicos e essenciais

no currículo;

Alteração do nível de complexidade das atividades por meio de recursos do

tipo: eliminar partes de seus componentes (simplificar um problema

matemático, excluindo a necessidade de alguns cálculos, é um exemplo); ou

explicitar os passos que devem seguidos para orientar a solução da tarefa, ou

seja, oferecer apoio, especificando passo a passo a sua realização;

Alterações do nível de abstração de uma atividade oferecendo recursos de

apoio sejam visuais, auditivos, gráficos, materiais manipulativos etc.;

Estimular a participação, a redescoberta e a construção do conhecimento;

Utilizar instrumentos de avaliação diversificados e adequados às

características dos alunos.

Adaptações curriculares significativas: As adaptações significativas são

também chamadas de adaptações de grande porte e consistem em realizar ajustes

nos objetivos, conteúdos, metodologia, avaliação e temporalidade. É importante que

sejam decididas após inúmeras observações do educando e várias discussões em

equipe, envolvendo os educadores e a família dos educandos.

Seguem alguns exemplos:

Page 83: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

84

Eliminação (ainda que temporariamente) de objetivos considerados básicos,

devido às dificuldades do educando, introduzindo objetivos específicos não

previstos para o grupo referência;

Utilização de métodos alternativos ou complementares;

A organização, os elementos espaciais, temporais e avaliativos serão

alterados conforme os objetivos e conteúdos estabelecidos e mediante as

necessidades apresentadas;

Introdução de novos assuntos em substituição a outros e a eliminação

(temporariamente ou não) de alguns conteúdos, considerados além das

possibilidades de aprendizagem de determinados educandos;

Adaptações na avaliação, sendo relacionadas com os objetivos e conteúdos

estabelecidos;

Adaptações no tempo destinado às atividades, preocupando-se com a

aprendizagem dos educandos e não simplesmente com o desenvolvimento

integral do currículo.

7.1.5 EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS – EJA

A Proposta Pedagógica para a Educação de Jovens e Adultos, tem como

principio o respeito aos saberes dos educandos, cria situações de aprendizagem

que possibilita a elaboração e reelaboração conceitual permanente dos saberes já

elaborados, através da reflexão e da ação criativa tornando a aprendizagem

significativa.

Tendo em vista a realidade dos alunos da EJA, onde a maioria chegam a

escola desmotivados, cansados, com pouco tempo para a dedicação ao estudo, se

faz necessário que o Professor seja um motivador, trabalhe de forma

contextualizada, articulando nas diferentes áreas do conhecimento os saberes

prévios dos alunos, reconhecendo-os como portadores de culturas e saberes,

fazendo da sala de aula um ambiente agradável, prazeroso, de respeito e de

crescimento e de qualidade para que estes sujeitos se sintam valorizados e

inseridos no processo ensino aprendizagem.

O referencial andragógico não se constitui numa teoria a ser seguida, mas

auxilia na escolha dos caminhos para a operacionalização da ação pedagógica a ser

desenvolvida com os educados da EJA andragogia: “[...] significa inicialmente,

Page 84: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

85

considerar os princípios que regem essa educação, entendendo os motivos da

aprendizagem nesta etapa da vida e consequentemente, utilizar uma metodologia

que privilegie o aprender a pensar, a refletir, a criar, a construir com significado o

seu percurso pela vida” (ROSA, 2000, p. 24).

Portanto, a proposta pedagógica da Educação de Jovens e Adultos tem que

respeitar os saberes do educando, criando situações de aprendizagem que

possibilitem a reelaboração conceitual permanente dos saberes já elaborados,

através da reflexão e da ação criativa que tornem a aprendizagem cada vez mais

significativa.

Para que aconteça a aprendizagem no processo pedagógico,os conteúdos

curriculares precisam ser significativos aos educandos, pois eles se interessam

muito mais por aquilo que faz parte de suas vidas.

Neste sentido, a Secretaria de Educação acredita numa educação de

qualidade que respeite a cultura do outro, defendendo a função social da escola na

seleção de conhecimentos relevantes, organizando a construção dos conhecimentos

escolares que possibilitem a efetivação do processo de ensino e aprendizagem,

incentivando mudanças individuais e sociais.

A Secretaria de Educação construiu seus currículos com a participação dos

professores que atuam na rede municipal. A forma de organização ocorreu por

níveis, séries e áreas, buscando uma sequência dos conhecimentos de forma espiral

ascendente. Este currículo foi construído em função das peculiaridades do meio e

das características, interesses e necessidades dos estudantes, incluindo não só os

componentes curriculares centrais obrigatórios, previstos na legislação, mas

também, aberto e contextualizado de modo a ser flexível e variável, conforme cada

projeto escolar.

Tabela 17: Ensino Fundamental – Séries Iniciais – EJA – Fases I e II

REGIME ANUAL

BASE

NACIONAL

COMUM

ÁREAS DO

CONHECIMENTO

Carga Horária Semanal Carga Horária Anual

FASE I FASE II FASE I FASE II

Língua Portuguesa X X X X

Matemática X X X X

História X X X X

Geografia X X X X

Page 85: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

86

Ciências X X X X

Arte 2 2 80 80

Educação Física 2 2 80 80

PARTE

DIVERSI-

FICADA

Educação Financeira e

Sustentabilidade

2 2 80 80

Educação e Direitos

Humanos

1 1 40 40

Educação e Diversidade 1 1 40 40

CARGA HORÁRIA

TOTAL

20 20 800 800

Total de 200 dias letivos = 800 horas

Tabela 18:Ensino Fundamental – Séries Finais – EJA – Fases III, IV, V e VI

REGIME SEMESTRAL

BASE

NACIONAL

COMUM

Disciplinas Carga Horária Semanal Carga Horária

Semestral FASE

III

FASE

IV

FASE

V

FASE

VI

Língua Portuguesa 2 2 2 2 40

Matemática 2 2 2 2 40

História 2 2 2 2 40

Geografia 2 2 2 2 40

Ciências 2 2 2 2 40

Arte 2 2 2 2 40

Educação Física 2 2 2 2 40

Parte

Diversificada

LE - Espanhol 2 2 2 2 40

Educação Financeira e

Sustentabilidade

2 2 2 2 40

Educação e Diversidade 1 1 1 1 20

Educação e Direitos

Humanos

1 1 1 1 20

CARGA HORÁRIA TOTAL 20 20 20 20 400

Total 100 dias letivos = 400 horas

Page 86: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

87

Tabela 19:Matriz Curricular para Educação a Distância – EJA - Ensino Fundamental - Séries Finais

(5ª a 8ª Série)

Disciplina Carga Horária Presencial

(horas)

Tempo de Duração

Língua Portuguesa 48 04 meses

Matemática 48 04 meses

História 48 04 meses

Geografia 48 04 meses

Arte 48 04 meses

Ciências 48 04 meses

Educação Física 48 04 meses

Observar a Lei 7692/88 que regulamenta a dispensa da prática da Educação Física.

Língua Estrangeira Moderna (Inglês/Espanhol)

48 04 meses

Educação Financeira e Sustentabilidade

12 01 mês

Educação e Direitos Humanos

12 01 mês

Educação e Diversidade 12 01 mês

Total carga horária presencial

420 horas 36 meses = 3 anos

Carga horária total e das dimensões curriculares do projovem urbano:

A carga horária do Projovem Urbano é de 2.000 horas (1.440 presenciais e

560 não presenciais), a serem cumpridas ao longo de 18 meses letivos (72

semanas).

Considerando a necessária integração entre os componentes curriculares e a

importância de desenvolver a Formação Básica de modo a apoiar a Qualificação

Profissional e a Participação Cidadã, a distribuição da carga horária do curso pelas

três dimensões do currículo se faz de acordo com o seguinte quadro:

Page 87: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

88

Tabela 20: Matriz curricular Projovem Urbano

Carga horária das três disciplinas curriculares

Carga horária Formação

Básica

Qualificação

Profissional

Participação

Cidadã

Total

Horas presenciais 1.008 360 72 1.440

Horas não presenciais 560 560

Total 2.000

Fonte: Manual do Educador - Orientações Gerais

Os tempos do estudante

Cada semana de curso compreende 20 horas presenciais teórico-práticas

distribuídas conforme se vê no quadro a seguir:

Tabela 21: Carga Horária presencial semanal dos estudantes

Carga Horária presencial semanal dos estudantes

Dimensão

Unidade

informativa

1º ciclo

2º ciclo

3º ciclo

UF 1 UF 2 UF 3 UF 4 UF 5 UF 6

Ensino fundamental 10 10 10 10 10 10

Trabalho

Interdisciplinar/integração

3 3 3 3 3 3

Informática 1 1 1 1 1 1

Total Formação Básica 14 14 14 14 14 14

Formação Técnica Geral 5 5 5

Formação Técnica Especifica 5 5 5

Total Qualificação

Profissional

5 5 5 5 5 5

Participação Cidadã 1 1 1 1 1 1

Total Geral 20 20 20 20 20 20

Fonte: Manual do Educador - Orientações Gerais

As seis unidades formativas do Projovem Urbano estão agrupadas em três

ciclos. Não se trata de ciclos de desenvolvimento ou ciclos de aprendizagem,mas

sim de uma forma de organização que dá suporte ao desenvolvimento das oficinas

Page 88: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

89

de Estudos Complementares, como será visto adiante.As horas presenciais

compreendem, além das atividades em sala de aula, visitas, pesquisas de campo,

participação em palestras, práticas relacionadas ao campo de Qualificação

Profissional e à Participação Cidadã,sob a supervisão de um educador.

Além dessas 20 horas presenciais, estão previstas, semanalmente, cerca de

8 horas de atividades não presenciais, distribuídas pelos componentes curriculares

segundo os requerimentos das atividades presenciais,incluindo as sínteses

interdisciplinares, o POP e o PLA. As horas não presenciais são subsidiadas pelos

Guias de Estudo e devem ser dedicadas às leituras e atividades das unidades

formativas e à elaboração de planos e registros – individualmente ou em pequenos

grupos – nos espaços e tempos mais convenientes aos estudantes. Assim, o tempo

de dedicação dos jovens ao curso será de aproximadamente 28 horas semanais.

O desenvolvimento de cada unidade formativa deve completar-se em12

semanas.

7.2 TEMAS TRANSVERSAIS

A instituição educativa tem como função a mediação dos conhecimentos

socialmente acumulados pela humanidade. Porém, há outros temas diretamente

relacionados com o exercício da cidadania, há questões urgentes que devem

necessariamente ser tratadas, como a violência, a saúde, o uso dos recursos

naturais, os preconceitos, que não têm sido diretamente contemplados por essas

áreas. Esses temas devem ser tratados pela instituição educativa, ocupando o

mesmo lugar de importância das áreas do conhecimento, criando um espaço de

aprendizagem sem fragmentação.

Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997), o compromisso com

a construção da cidadania pede necessariamente uma prática educacional voltada

para a compreensão da realidade social e dos direitos e responsabilidades em

relação à vida pessoal, coletiva e ambiental. Nessa perspectiva é que foram

incorporadas como Temas Transversais as questões da Ética, dos direitos e

deveres, da Pluralidade Cultural, do Meio Ambiente, da Saúde e da Orientação

Sexual.

Os objetivos e conteúdos dos Temas Transversais devem ser incorporados

nas áreas já existentes e no trabalho na instituição educativa. O currículo ganha em

Page 89: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

90

flexibilidade e abertura, uma vez que os temas podem ser priorizados e

contextualizados de acordo com as diferentes realidades locais e regionais e outros

temas podem ser incluídos.

7.3 PRÁTICA PEDAGÓGICA

O ser humano é o único capaz de idealizar e planejar uma ação futura, ele

também é capaz de construir uma sequência de ações, para esse projeto acontecer.

O planejamento é um processo contínuo que permite vislumbrar, prever e antecipar

ações para atingir os objetivos, tendo em vista a situação presente e possibilidades

futuras, para que o desenvolvimento da educação atenda tanto as necessidades do

desenvolvimento da sociedade, quanto às do indivíduo incluindo as definições de

prioridades.

Segundo Vasconcellos (2000, p.79), "planejar é antecipar mentalmente uma

ação ou um conjunto de ações a serem realizadas e agir de acordo com o previsto.

Planejar não é, pois, apenas algo que se faz antes de agir, mas é também agir em

função daquilo que se pensa".

Entende-se que o papel do educador é o de provocar desequilíbrio, mudança,

também nessa ação, o planejamento se torna um passo principal, possibilitando

caminhos ao conhecimento, às mudanças e à transformação, que são os objetivos

da educação. No entanto, o planejamento tem como função precípua na práxis do

educador a finalidade de dar direcionamento às ações pré-determinadas.

O planejamento então, deve estar de acordo com o nível dos educandos,

relacionando os conteúdos estabelecidos no currículo com os conhecimentos

próprios e a realidade social e cultural de forma a criar novos conhecimentos que

auxiliem na vida cotidiana do educando.

Na Rede Municipal de Ensino, o planejamento é desenvolvido por meio de

projetos propostos pela Didática para a Pedagogia Histórico-Crítica, de Gasparin e

contribuições de Saviani, fundamentais para o desenvolvimento da metodologia

dialética.

Conforme Gasparin, (2005) no processo de ensino aprendizagem, a primeira

tarefa do educador é de definir o limiar inferior da aprendizagem - o nível atual de

conhecimento que os educandos já possuem sobre o tema a ser estudado -

Page 90: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

91

conceitos cotidianos. O seguinte passo consiste em especificar o limiar superior da

mesma aprendizagem - o que se espera e deseja que os educandos alcancem -

conceitos científicos. Entre esses dois extremos situam-se os demais níveis e todas

as ações didáticas do educador, sua mediação necessária.

Para trabalhar o conhecimento científico, a organização do planejamento, a

partir de projetos de trabalho, surge como possibilidade para contemplar as

diferentes áreas do conhecimento, tendo como diretriz o currículo. A função do

projeto é favorecer a criação de estratégias, levantar algumas hipóteses referentes

ao tema estudado, pesquisar sobre um assunto/conteúdo, enfim, subsidiar os

educandos a buscar o que lhe é significativo.

O projeto auxilia os educandos a serem conscientes de seu processo de

aprendizagem e exige do educados uma postura flexível, de pesquisador, cujos

desafios e conflitos o estimulem e não o paralisem.

Um projeto tem duração finita, com objetivos claramente definidos, em relação

aos conteúdos, oportunidades, necessidades, desafios ou interesses de um sistema

educacional, do educador ou de um grupo de educadores, que organizam os

conhecimentos educacionais.

Os projetos precisam ser significativos para educandos e educadores,

favoráveis ao conhecimento científico, ter previsão como ponto de partida e

chegada, sentido de funcionalidade e avaliação no processo.

Trabalhar com projetos implica ensinar de forma diferente, levando em

consideração como os educandos aprendem e pensam, partindo do que já sabem

sobre o tema e pesquisando suas concepções espontâneas, ou seja, suas ideias a

respeito dos acontecimentos e fenômenos em geral.

Essa forma de estruturar o ensino leva em conta possibilidades,

necessidades e características dos educandos favorecendo um trabalho

interdisciplinar. Entender que o conhecimento não é algo fragmentado e que não

aprendemos a partir de um único enfoque de um tema ou assunto é fundamental no

trabalho com projetos. O ponto de partida do trabalho é dialogo com os educandos,

no sentido de detectar o que já sabem sobre a temática a ser estudada.

São dois os aportes importantes no trabalho com projetos: a necessidade de

o professor estudar e se aprofundar na temática a ser enfocada e a exploração dos

conhecimentos que as crianças possuem sobre o tema a ser trabalhado. Cabe ao

professor estudar atentamente o tema do projeto, o que lhe permitirá adequar

Page 91: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

92

estratégias interessantes e desafiadoras para os educandos, selecionar informações

necessárias ao andamento do projeto, bem como as alternativas de materiais e

recursos mais adequados.

Cabe salientar que todo projeto de trabalho é processo criativo, que permite

ricas relações entre ensino e aprendizagem. Isso ocorre quando há um amplo

processo interativo com o grupo, e o papel de mediador do educador se faz

presente, não no espontaneísmo que as situações educacionais podem pressupor,

mas dentro de uma real planificação e de uma imensa capacidade de "ler" a

realidade na qual ele está inserido com seus educandos.

Durante a execução do projeto, devem ser realizadas avaliações contínuas

referentes ao planejamento e suas etapas, execução, envolvimento,

responsabilidades e ações significativas. Essa avaliação pode ser feita através de

registros gráficos, relatórios, reflexões orais, painéis.

Os registros realizados no decorrer do projeto servem como um importante

referencial do que está sendo desenvolvido no momento e para divulgar o trabalho

na instituição educativa. O projeto é aberto e o envolvimento de mais pessoas, com

certeza, possibilitará muitas trocas e descobertas significativas.

A organização dos projetos trabalhados na rede municipal de ensino ocorre a

partir do processo didático-pedagógico, cujo fundamento é o materialismo histórico,

trata da apreensão do conhecimento científico-cultural, na instituição educativa,

através das três fases do método dialético de elaboração do conhecimento que se

expressam no processo: prática-teoria-prática. Esses três momentos do método

fundamentam a teoria histórico-cultural de Vygotsky: a) O nível de desenvolvimento

atual do educando, isto é, o que ele realiza sozinho, independentemente do

educador; b) a zona de desenvolvimento imediato consiste no trabalho de

aprendizagem que o educando somente consegue desenvolver com o auxílio do

educador ou de alguém mais experiente; c) é o retorno ao nível de desenvolvimento

atual em estágio mais elevado e concreto que passa a ser a nova função da ação do

educando, sem a presença do educador.

Essas três fases da ação docente-discente expressam-se na proposta da

pedagogia histórico-crítica de Saviani que se traduz em cinco passos fundamentais:

Prática Social Inicial, Problematização, Instrumentalização, Catarse e Prática Social

Final.

Page 92: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

93

A proposta de ação docente-discente traduz, para a didática os pressupostos

do método dialético de elaboração do conhecimento, a teoria histórico-cultural e a

Pedagogia Histórico-Crítica.

A metodologia dialética de ação docente-discente parte da prática social, vai à

teoria e retorna à prática social. A prática social que o educando leva à sala de aula

é a aprendizagem que realizou fora da instituição educativa, sem ajuda do educador,

ou em anos anteriores de escolaridade. É tudo que já sabe. O segundo momento, a

teoria, é um salto para frente, realizado com a ajuda do educador, passa do

empírico, do cotidiano para a dimensão científica do conteúdo, o que possibilita uma

visão mais elevada, teoricamente do saber. Neste processo de passar do que sabia

para o que ainda não conhecia, dá-se, intelectualmente, um novo salto que é a

aprendizagem, onde se unem o cotidiano e o científico em uma nova dimensão.

A primeira fase desse processo pedagógico é a prática social inicial. A

segunda fase é a teoria: zona de desenvolvimento imediato do educando (ZDP) que

estrutura-se em três passos: problematização, instrumentalização e catarse. A

terceira fase do método é a nova prática social final, que é o novo nível de

desenvolvimento atual do educando.

Diante disso, a organização da proposta pedagógica é materializada seguindo

os passos abaixo:

- Tema: É o título do projeto. Surge dos conteúdos que precisam ser

trabalhados de acordo com nível, série, área, modalidade.

- Identificação: consta turma, série, fase, disciplina, educador/a, agentes

educativos, período de realização.

- Justificativa: é a forma de convencer, argumentar sobre a importância do

tema. Surge de uma necessidade ou interesse da turma, a partir disto são colocadas

às razões, o porquê de se trabalhar e os motivos que levam a acreditar que o

trabalho a ser desenvolvido é de fato relevante.

- Objetivos

- Objetivo geral: Definição concreta de forma abrangente do que se quer

avançar. É a razão pela qual se deseja alcançar um resultado: é o quê e para quê.

- Objetivos específicos: Definição das etapas que serão desenvolvidas no

decorrer do trabalho para alcançar o objetivo geral.

- Conteúdos: Conhecimentos a serem trabalhados, conforme o currículo do

nível de educação básica, etapas, série, modalidade,linguagens,disciplina, fase.

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94

- Prática social inicial: É o nível de desenvolvimento atual do educando – se

expressa pela prática social inicial do conteúdo. Tem seu ponto de partida no

conhecimento prévio do educador e dos educandos. É o que o educador e educando

já sabem sobre o conteúdo, no ponto de partida, em níveis diferenciados.

- Problematização: consiste na explicitação dos principais problemas postos

pela Prática Social, relacionados ao conteúdo que será tratado. Este passo

desenvolve-se na realização de uma breve discussão sobre esses problemas em

sua relação com o conteúdo científico do programa, buscando as razões pelas quais

o conteúdo educacional merece ou precisa ser aprendido; em seguida, transforma-

se esse conhecimento em questões, em perguntas problematizadoras levando em

conta as dimensões científicas, conceitual, cultural, histórica, social, política, ética,

econômica, religiosa, etc., conforme os aspectos sob os quais se deseja abordar o

tema, considerando sob múltiplos olhares. Essas dimensões não serão trabalhadas

nessa fase, mas sim na próxima, a instrumentalização.

- Instrumentalização: se expressa no trabalho do educador e dos educandos

para a aprendizagem. Para isso, o educador apresenta aos educandos, através de

ações docentes adequadas o conhecimento científico, formal, abstrato, conforme as

dimensões escolhidas na fase anterior; os educandos por sua vez, por meio de

ações específicas para apropriação do conteúdo, estabelecerão uma comparação

mental com a vivência cotidiana que possuem desse mesmo conhecimento, a fim de

se apropriar do novo conteúdo; neste processo, usa-se de todos os recursos

necessários e disponíveis para o exercício da mediação pedagógica.

- Avaliação: é a expressão elaborada da nova forma de entender a teoria e a

prática social. Ela se realiza por meio da nova síntese mental a que o educando

chegou; manifesta-se através da nova postura mental, unindo o cotidiano ao

científico em uma nova totalidade concreta no pensamento, segundo as dimensões

do conteúdo estudadas. Esta síntese se expressa através de uma avaliação oral ou

escrita, formal ou informal, na qual o educando traduz tudo o que aprendeu até

aquele momento, levando em consideração as dimensões sob as quais o conteúdo

foi tratado.

- Prática social final: consiste em assumir uma nova proposta de ação a

partir do que foi aprendido. Este passo se manifesta pela nova postura prática, pelas

novas atitudes, novas disposições que se expressam nas intenções de como o

educando levará a prática fora da sala de aula, os novos conhecimentos científicos e

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95

pelo compromisso e ações que o educando se dispõem a executar em seu

cotidiano.

7. 4 PROCESSO DE AVALIAÇÃO

7.4.1 AVALIAÇÃO DA AÇÃO EDUCATIVA

A avaliação é um elemento indissociável do processo educativo, que

possibilita ao educador definir critérios para (re) planejar as atividades e criar

situações que geram avanços na aprendizagem.

Os educandos aprendem de formas variadas, em tempos diferentes, têm

vivências anteriores e pessoais, por isso se faz necessário entender que o papel da

Instituição Educativa é de incluir, promover crescimento, desenvolver possibilidades

para que todos aprendam em todos os contextos, socializando experiências,

construindo cultura.

A avaliação dos educandos é parte integrante das atividades curriculares da

Instituição Educativa, sendo redimensionadora da ação pedagógica, assumindo

assim um caráter processual, formativo, participativo, contínuo, cumulativo e

diagnóstico.

A avaliação é uma das atividades decorrentes do processo pedagógico, seu

papel não deve ser de classificar e selecionar, mas de auxiliar educadores e

educandos na compreensão da organização de seus processos de aprendizagem.

Essa perspectiva propõe uma prática avaliativa que não poderá ser desvinculada do

processo de aprendizagem.

A avaliação deve identificar potencialidades e dificuldades de aprendizagens

e detectar problemas de ensino. Também permitir a identificação do ritmo de

evolução dos educandos em seu processo de formação, criando condições de

intervir de modo imediato e em longo prazo para sanar dificuldades, propiciando

informações que permitem replanejar as atividades pedagógicas. Cabe ainda

ressaltar o direito da família em discutir os resultados da avaliação, bem como

participar do processo educativo.

A Secretaria de Educação concebe a avaliação, na educação infantil, Fe forma

descritiva, com respaldo Resolução Nº 4, de 13 de julho de 2010, que define

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96

Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica ena Resolução

COMED nº 002 de 15 de dezembro de 2009, que estabelece diretrizes para a

avaliação do processo de ensino e aprendizagem nas Instituições de Educação

Básica do Sistema Municipal de Ensino.

Art. 31 Na Educação Infantil, a avaliação não tem caráter de promoção, inclusive para o ingresso na 1ª (primeira) série do Ensino Fundamental e visa diagnosticar e acompanhar o desenvolvimento da criança nos aspectos físico, psicológico, intelectual e social. Parágrafo único.O registro da avaliação na Educação Infantil será semestral, por meio de parecer descritivo em formulário próprio.

Dessa maneira, a avaliação tem como objetivo fornecer informações sobre as

ações e avanços da aprendizagem e, portanto, deve ser realizada ao longo de todo

processo pedagógico, não somente no final, para não correr o risco de perder seu

propósito.

A avaliação da aprendizagem no Ensino Fundamental é de caráter formativo,

numérico, bimestral e adota uma estratégia de progresso individual e contínuo,

tendo o educando que obter média 7 para aprovação como descreve o art. 4º da

Resolução COMED nº 002 de 15 de dezembro de 2009:

A verificação do rendimento escolar basear-se-á em avaliação contínua e cumulativa, a ser expressa de forma numérica, descritiva ou conceitual, conforme o disposto nesta Resolução, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e os resultados obtidos durante o ano letivo preponderarão sobre os de exames finais. I. Os alunos que alcançarem os níveis de apropriação de conhecimento em

conformidade com o art. 4º, § 3º desta Resolução, que no seu registro em notas, não seja inferior a 70% (setenta por cento) dos conteúdos efetivamente trabalhados por disciplina;

II. Os alunos com rendimento igual ou superior a nota 3,0 (30 % - trinta por cento - de aproveitamento) na média anual dos bimestres, e inferior ao previsto no inciso anterior e que, após submetidos a exame final, na forma estabelecida pela Instituição de Ensino, alcançarem 14 (catorze) pontos em cada disciplina ou componente curricular, obedecendo-se, para o cálculo da pontuação final, aos termos do art. 4º, § 3ºA preponderância dos resultados obtidos durante o ano letivo sobre os de exames finais, quando houver, se dará pela conversão da média anual dos bimestres, multiplicada por 1,7 em pontos, cujo resultado, somado ao resultado da multiplicação da nota do Exame final, multiplicada por 1,3, igualmente convertida em pontos, conforme fórmula a seguir: (Média anual dos bimestres x 1,7) + (Nota do exame final x 1,3) > 14 pontos. (MA. 1,7) + (NE. 1,3) > 14 pontos.

Na educação de Jovens e Adultos,de acordo com a Resolução do COMED nº

002 de 15 de dezembro de 2009, a aprendizagem acontece através de módulos, o

Page 96: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

97

educando necessita ter frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento) do

total de horas de efetivo trabalho escola, além de ser avaliado e obter em cada

módulos, "no mínimo as menções Excelente, Proficiente, Suficiente, nas avaliações

realizadas durante o processo de aprendizagem", além da avaliação descrita no Art.

39, que traz especificações sobre a mesa "ter caráter analítico e propositivo a fim de

que o aluno tenha clareza de seus limites e avanços, tornando o processo de

construção do conhecimento um ato reflexivo".

Já o art. 40 destaca:

Observado o disposto no art. 4º, §1º, inc. I, a avaliação será conceitual, expressa em menções: I. Excelente (E) - capaz de desempenhar com destaque todas as competências exigidas pelo perfil profissional de conclusão; II. Proficiente (P) - capaz de desempenhar com habilidade todas as competências exigidas pelo perfil profissional de conclusão; III. Suficiente (S) - capaz de desempenhar a contento as competências exigidas pelo perfil profissional de conclusão; IV. Insuficiente (I) - não capaz de desempenhar as competências essenciais exigidas pelo perfil profissional de conclusão.

Diante das considerações apontadas, precisa-se compreender que avaliar é

praticar o processo de ensino e aprendizagem e isso exige mudanças internas do

educador e do sistema de ensino. O processo de avaliação deve ser vivenciado por

educadores e educandos de modo cooperativo, por meio do diálogo e de uma

interação respeitosa visando à formação integral dos educandos, garantindo-lhes um

maior exercício da cidadania.

7.4.2 POSSIBILIDADES PEDAGÓGICAS DE AVALIAÇÃO: RECUPERAÇÃO PARALELA

NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

O grupo de coordenadores pedagógicos, em encontro de formação,

apresentou a necessidade de estudar e organizar um documento que subsidiasse as

práticas educacionais no que se refere à recuperação paralela no processo de

ensino e aprendizagem. Para isso, os coordenadores pedagógicos das EBMS

realizaram na Instituição Educativa, juntamente com os educadores da rede

municipal, um estudo sobre o tema, em que foram elencadas possibilidades

pedagógicas, embasadas na Proposta Municipal de Educação e respaldada pela

Resolução nº4 de 13 de julho de 2010, que define Diretrizes Curriculares Nacionais

gerais para a Educação Básica. Após a realização desse estudo em todas as

Page 97: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

98

Instituições Educativas e a partir de suas contribuições, foi organizada a seguinte

redação:

Aprovar ou reprovar os educandos não deve ser o foco central das

discussões relativas ao Ensino Fundamental. Apenas aprovar o educando sem dar a

possibilidades de aprender é um ato tão excludente quanto à reprovação.

Partindo do princípio que a avaliação da aprendizagem precisa ser entendida

como processual, diagnóstica, participativa, formativa e redimensionadora da ação

pedagógica, a recuperação paralela é uma forma de acompanhamento do processo

de ensino e aprendizagem, pois permite aos educandos superarem as dificuldades

pontuais no decorrer do ano letivo, e ao educador, de avaliar suas práticas,

refletindo e redimensionando seu trabalho pedagógico.

As possibilidades pedagógicas, visando à recuperação paralela no processo

de ensino e aprendizagem, começam quando o educador inicia as aulas procurando

instigar os educandos em relação ao conhecimento (problematização), partindo da

realidade do mesmo (prática social inicial), para depois desenvolver o conhecimento

científico.

Após constatar as dificuldades dos educandos, repensam-se as estratégias e

revisa-se o conteúdo para posteriormente o educando ser novamente avaliado.

A retomada do conteúdo com diferentes estratégias, considerando o nível de

conhecimento real do educando, dando-lhe autonomia e considerando a evolução

que teve, é imprescindível, bem como a reconstrução dos trabalhos e a interação

com seus pares.

É indispensável o educador planejar os conteúdos como uma sequência, de

acordo com o plano anual, direcionando seu projeto a ser desenvolvido com a

realidade social dos educandos. Sendo assim, cabe ao educador:

Planejar a partir da necessidade e desenvolvimento da turma elaborando

atividades pertinentes ao conteúdo, como também oportunizar ao educando

atendimento individualizado com objetivo de superar as dificuldades.

Organizar atividades interdisciplinares proporcionando aos educandos diversas

possibilidades de aprendizagens, através de diferentes estratégias.

Utilizar as TICs como recurso, pois fazem parte da geração dos educandos e

devem ser implementadas no processo ensino e aprendizagem dos mesmos,

com o uso do CEMUT como ferramenta pedagógica, para pesquisa,

oportunizando a recuperação e ampliação dos conhecimentos.

Page 98: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

99

Otimizar o tempo do educando em sala para a realização das atividades

propostas, e quando a atividade for tema de casa, que sejam atividades de

conteúdos anteriormente trabalhados em sala, possíveis de realizar sem

auxílio.

A recuperação paralela é realizada sempre que os educandos não

conseguem atingir os objetivos elencados pelos educadores partir dos conteúdos

desenvolvidos, ela é realizada por meio de trabalhos diferenciados, retomada de

conteúdo, pesquisas individuais e em grupo, leitura, interpretação e aplicação de um

novo instrumento avaliativo. Dependendo do caso, pode ser realizado no contra

turno com atendimento individualizado e atendimento por grupos de dificuldades,

pela coordenação pedagógica.

O processo avaliativo deve ir além da prova, considerando a participação do

educando, o interesse, a criatividade, a organização e o comprometimento do

mesmo na construção do conhecimento.

O educador precisa ter a sensibilidade e percepção quanto ao

desenvolvimento do educando observando sua apropriação ou não dos conteúdos

aplicados, para que possa desenvolver o planejamento pedagógico com o objetivo

de recuperar, ou seja, construir o conhecimento científico com uma abordagem

diferenciada e de qualidade.

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100

8 PROJETOS DESENVOLVIDOS PELA REDE MUNICIPAL DE ENSINO

A Seduc, desenvolve os seguintes projetos a fim de subsidiare atender as

especificidades do processo de ensino e aprendizagem.

8.1 PROJETO: CONSCIÊNCIA COMUNITÁRIA ESCOLAR - CCE

O objetivo do Projeto Consciência Comunitária Escolar é aproximar e

fortalecer a parceria entre a Unidade Escolar e a família por meio de orientações

com pais, educandos, coordenadores pedagógicos e gestores. Fundamenta-se na

LDB, na Constituição Federal e nos Pilares do Conhecimento segundo o MEC,

priorizando o " Aprender a conhecer (aquisição de saberes), Aprender a fazer

(prática dos saberes), Aprender a conviver (viver junto) e Aprender a ser (juízo

próprio de valor)".

As atividades são organizadas e desenvolvidas por duas articulações, cada

uma com sua especificidade: Articulação Psicossocial - Atende, acompanha e

encaminha casos conforma a situação diagnosticada. Conta com Assistentes

Sociais e Psicólogas em sua equipe. Articulação Preventiva Educacional –

Realiza orientações e palestras de cunho preventivo, sobre diferentes temáticas,

apontadas em diagnóstico. Conta com Assistente Social, Pedagogas e Profissional

de Artes Cênicas em sua equipe.

8.2 INSTITUIÇÃO CHAPECÓ CRIANÇA – CIDADANIA EM AÇÃO

OBJETIVO

Contribuir com os primeiros passos para a construção e ampliação dos

princípios de cidadania por meio de vivências que ocorrem no cotidiano urbano,

sensibilizando os alunos sobre suas ações com o meio educacional, político,

tecnológico, cultural, geográfico e social, esclarecendo seus direitos e deveres como

cidadãos.

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101

Público Alvo:

Educação Infantil (maternal e pré-escola) e Ensino Fundamental das Escolas

Municipais,

Educandos das redes Estadual e Particular do Município de Chapecó,

Escolas Municipais, Estaduais e Particulares de outros municípios.

Acadêmicos

Grupos de pessoas interessadas em conhecer a Instituição

O atendimento é realizado conforme agendamento prévio.

8.3 PROJETO: BANDAS ESCOLARES

O Projeto Bandas Escolares surgiu para trazer a música, não apenas como

método cultural, mas também como uma proposta pedagógica que trabalha com

alunos da rede municipal na intenção de desenvolver atividades artísticas e musicais

na escola e fora dela, contribuindo assim para a formação social e cultural do

educando.

O Projeto visa proporcionar aos educandos das Instituições Educativas

municipais de Chapecó, um ambiente de disciplina e solidariedade, que favoreça o

inter-relacionamento pessoal e o convívio social, resgatando valores cívicos, amor à

Pátria, formação moral, ensino da linguagem musical, habilidades psicomotoras e

artísticas, realizando a inclusão social no seu verdadeiro sentido. É desenvolvido

nas escolas:

Escola Básica Municipal André Marafon - 40 educandos

Escola Básica Municipal Jardim do Lago - 65 educandos

Escola Básica Municipal Severiano Rolim de Moura – 64 educandos

Escola Básica Municipal Rui Barbosa – 37 educandos

Escola Básica Municipal Vila Real – 45 educandos

8.4 PROJETO: FORMAÇÃO CONTINUADA

O projeto de formação continuada é uma das possibilidades para a melhoria

da qualidade de ensino e é aperfeiçoado por meio de palestras, seminários, eventos

e oficinas de práticas pedagógicas em todas as áreas do conhecimento.

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102

Anualmente, professores, gestores, coordenadores pedagógicos, secretários

e agentes educativos são capacitados visando à melhoria contínua da qualidade de

ensino e a construção de uma prática pedagógica comprometida com o

desenvolvimento integral do educando.

8.5 PROJETO: NÚCLEO DE TECNOLOGIA MUNICIPAL

Este projeto objetiva a inserção da Tecnologia de Informação e Comunicação

- TIC nas Instituições Educativas da rede municipal, no uso do computador e das

mídias no processo de ensino-aprendizagem. O uso das tecnologias contribui com o

trabalho do educador e educando, agregando ao processo de ensino e

aprendizagem.

Os Núcleos de Tecnologia Municipal - NTM oferecem espaço informatizado

com recursos tecnológicos, visando à formação e inclusão digital, com cursos

específicos aos educadores da Rede Municipal e à Comunidade Educacional.

8.6 PROJETO: ESTÂNCIA AMBIENTAL

Núcleo Educação Ambiental:

Objetivo: Conscientizar sobre a importância da preservação ambiental, para

a formação de agentes sociais críticos, responsáveis e atuantes em favor de práticas

ecologicamente sustentáveis;

Público Alvo: Educandos de todos os níveis de ensino, graduandos,

educadores, gestores, melhor idade, portadores de necessidades especiais,

profissionais liberais e grupos mistos da comunidade em geral.

Núcleo Resgate Cultural

Objetivo:Identificar as formação do conhecimento científico, historicamente

acumulado através de atividades práticas e sua aplicabilidade;

Público Alvo:Educandos de todos os níveis de ensino, graduandos,

educadores, gestores, melhor idade, portadores de necessidades especiais,

profissionais liberais e grupos mistos da comunidade em geral.

Núcleo Lazer Educacional

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103

Objetivo: Estimular o contato com atividades físicas através dos esportes

e/ou lazer como fonte de conhecimento dos limites individuais e de superação;

Público Alvo: Educandos de todos os níveis de ensino, graduandos,

educadores, gestores, melhor idade, portadores de necessidades especiais,

profissionais liberais e grupos mistos da comunidade em geral.

Núcleo Campo em Ação

Objetivo: Evidenciar as atividades exercidas pelo homem do campo e sua

relação com a sustentabilidade do Planeta.

Público Alvo: Educandos de todos os níveis de ensino, graduandos,

educadores, gestores, melhor idade, portadores de necessidades especiais,

profissionais liberais e grupos mistos da comunidade em geral.

8.7 PROJETO: NOSSO PLANETA, NOSSA CASA – JUNIOR ACHIEVEMENT

Objetivo: Conscientizar os jovens sobre a importância do desenvolvimento

sustentável e do consumo consciente. Através de atividades aplicadas pelo

voluntário ou educador, em sala de aula, os educandos aprendem sobre a

importância da preservação do meio ambiente e o seu compromisso com a

responsabilidade social. Estudam cartilha sobre preservação e reciclagem,

respondem diagnóstico ambiental sobre a sua realidade local a partir do três Rs e

recebem certificação.

Todas as Instituições Educativas municipais participam com educandos

de 4ª série.

8.8 PROJETO: PROTETOR AMBIENTAL

Objetivo: proporcionar condições de aprendizagem aos Protetores

Ambientais, através de atividades teóricas voltadas à preservação do meio ambiente

e integração social.

Trata-se de uma parceria entre a Secretaria de Educação e a Polícia Militar

Ambiental e envolve os educandos das séries finais das escolas EBM em

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104

Agropecuária Demétrio Baldissareli e Padre José de Anchieta. A vinte e oito aulas

ocorrem na EBM em Agropecuária entre os meses de março e outubro de 2013.

8.9 PROJETO: SEMANA DO MEIO AMBIENTE - GINCANA

Objetivo: mobilizar Instituições Educativas públicas e privadas para a

conscientização do meio ambiente através de gincana ecológica, palestras, oficinas

e outras atividades que envolvem a Semana do meio ambiente e o dia mundial da

árvore.

A gincana e demais atividades iniciaram em junho e finalizam em setembro,

com apresentação do que as Instituições Educativas participantes conseguiram

desenvolver no seu ambiente, parodia e premiação.

O dia da árvore, 21 de setembro contará com movimentação na praça central

da cidade.

8.10 PROJETO: CONCURSO DE REDAÇÃO E DESENHO – CDL

Objetivo: promover entre os estudantes do ensino fundamental, regularmente

matriculados nas Instituições Educativas públicas municipais de Santa Catarina, a

conscientização sobre o papel dos seres humanos na preservação e conservação

do meio ambiente.

Os educandos de 1º ao 5º ano desenvolvem um desenho sobre o tema e os

de 6º ao 9º ano uma redação. Cada Instituição Educativa encaminha um desenho e

uma redação (premiação: livros) para a Secretaria de Educação que julgará,

juntamente com o CDL, dentre as Instituições Educativas, qual desenho e redação

concorrerá à etapa estadual, cuja premiação comporá kit escolar e notebook.

8.11 PROJETO: ORATÓRIA NAS ESCOLAS

Objetivo: Oferecer aos educandos de 7ª e 8ª séries de todas as Instituições

Educativas municipais de Chapecó a oportunidade da prática da oratória e a reflexão

sobre assuntos relacionados ao meio em que vivem.

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105

O tema proposto para 2013 é: O que você tem a ver com a corrupção?

8.12 PROJETO: 9ª OLIMPÍADA BRASILEIRA DE MATEMÁTICA DAS ESCOLAS

PÚBLICAS – OBMEP 2013

Objetivo: estimular e promover o estudo da matemática entre educandos das

Instituições Educativas públicas.

Algumas Instituições Educativas de Chapecó fizeram adesão ao projeto,

participando de capacitação e prova. Em setembro de 2013, os educandos

aprovados na primeira fase realizam a segunda prova.

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9 PROGRAMAS DESENVOLVIDOS PELA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

9.1 PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO

O Programa Mais Educação em Chapecó,possui vinculada ao Programa e

desenvolvem atividades em macrocampos nas séries iniciais e finais do Ensino

Fundamental, 16 escolas da rede municipal de ensino atendendo aproximadamente

2.000 educandos.Macrocampos referem-se a: Acompanhamento Pedagógico, Meio

Ambiente, Esporte e Lazer, Direitos Humanos em Educação, Cultura e Artes,

Inclusão Digital, Prevenção e Promoção da Saúde, Educomunicação, Educação

Científica, Educação Econômica e Cidadania.

As seguintes Instituições Educativas municipais estão incluídas neste

Programa: EBM André Antonio Marafon, EBM Herbert de Souza, EBM Dilso

Cecchin EBM Cruz e Souza, EBM Clara Urmann Rosa, EBM Florestan Fernandes ,

EBM Jardim do Lago, EBM Maria Bordignon Destri, EBM Mirian Elena Meyer, EBM

Olimpio Correa Figueiró, EBM Victor Meirelles, EBM Vila Rica, EBM Waldemar

Kleinubing, EBM Profª Zélia Roque de Lima, EPC Cyro Sosnoski e EPC Leonel de

Moura Brisola.

As atividades são desempenhadas por monitores, que se disponibilizam em

orientar os educandos nas oficinas. Trata-se de um Programa que visa à

descentralização de recursos dando autonomia às Instituições educativas para

aquisição de materiais didáticos a fim de, desenvolver nas oficinas não reproduzirem

o que é um trabalho mais lúdico, significativo e prazeroso para os educandos,

visando à qualificação do processo de ensino e aprendizagem no ensino

fundamental.

Sendo assim, é um programa que prevê a implantação da educação integral

pública em todo o país. Também prevê o diálogo com as experiências que já vêm

sendo desenvolvidas, no que se refere aos conteúdos, à convivência entre os

sujeitos da comunidade Educacional, bem como ressignificar os espaços de

aprendizagem contemplando a comunidade onde a escola está inserida, espaços

institucionalizados, públicos e privados.

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9.2 ACESSIBILIDADE

Este programa tem como objetivo promover a acessibilidade e inclusão de

estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas

habilidades/superdotação matriculados em classes comuns do ensino regular,

garantido-lhes o direito de dividir os espaços comuns de aprendizagem, através da

acessibilidade ao ambiente físico, aos recursos pedagógicos e as comunicações e

informações.

Todos os estabelecimentos de ensino independente de qualquer nível, etapa

ou modalidade, público ou privado, devem proporcionar condições de acesso e

utilização de todos os espaços, para pessoa de deficiência ou mobilidade reduzida,

incluindo salas de aula, bibliotecas, auditórios, ginásios e instalações desportivas

entre outros.

As seguintes Unidades Escolares foram contempladas com este programa

neste ano letivo: EBM Água Amarela, EBM Dilso Cecchin, EBM Guido Mantelli,

EBM Serraria Reatto, EBM Vila Rica, EBM Waldemar Kleinubing, EBM Diogo Alves,

EBM Anita Garibaldi, EBM Alípio José da Rosa, EBM Fedelino Machado dos Santos,

CEIM Criança Feliz, CEIM PETECA CEIM Ciranda da Criança, CEIM Eldorado,

CEIM do Comércio, CEIM Cristo Rei, CEIM Leãozinho.

Algumas já concluíram seu Plano de Atendimento e já fizeram suas

prestações de contas. Outras estão em fase de compras, algumas aguardam a

aprovação do MEC e cinco escolas não concluíram os Planos de Atendimentos.

9.3 PROGRAMA DE FORMAÇÃO ESPORTIVA ESCOLAR - ESPORTE NA

ESCOLA/ATLETA NA ESCOLA:

A partir deste ano, o Programa Segundo Tempo no Programa Mais Educação

passa a ser denominado Programa Esporte na Escola e que,além de receber o kit

esportivo padrão do Ministério do Esporte, também receberá recurso financeiro do

Ministério da Educação para aquisição de material esportivo destinado à modalidade

atletismo que terá como foco provas de velocidade, resistência e salto em distância

com participação de estudantes de 12 a 17 anos das escolas do município, além de

trabalhar as modalidades esportivas já oferecidas nos anos anteriores,

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108

Este programa surge com o objetivo de incentivar a prática esportiva nas

escolas entre os estudantes de educação básica, e estimular a formação do atleta

escolar e identificar e orientar jovens talentos.

O governo Federal em parceria com os Estados, Distrito Federal e

Municípios, lança o Programa composto de duas ações: Jogos Escolares e Núcleo

de Esporte Escolar. Sendo que os Jogos Escolares são compostos de quatro fases

consecutivas: Fase Escolar com adesão da Secretaria de Educação: Vinte e uma

escolas municipais participam deste programa sendo elas: EBM André Antonio

Marafon, , EBM Herbert de Souza, EBM de Ed de jovens Paulo freire, EBM Diogo

Alves, EBM Clara Urmann Rosa, EBM Fedelino Machado dos Santos, EBM

Florestan Fernandes , EBM Jardim do Lago, EBM Maria Bordignon Destri, EBM

Mirian Elena Meyer, EBM Olimpio Correa Figueiró, EBM Victor Meirelles, EBM, EBM

Profª Zélia Roque de Lima, EBM Água Amarela, EBM Alípio Jose da Rosa, EBM Pe

Jose Anchieta, EBM Rui Barbosa, EBM Sereno Soprana, EBM Severiano Rolim de

Moura, EBM Agropecuária Baldissareli e EBM Vila Real.

Na Fase Municipal/Regional para os municípios com mais de 100 mil

habitantes, Chapecó estará sediando estas competições; .Fase Estadual: será

realizada pelo Governo estadual, no dia 03 de novembro em nossa cidade e Fase

Nacional: realizada pelo Comitê Olímpico Brasileiro.

9.4 PROGRAMA PNAIC – PACTO NACIONAL PARA A ALFABETIZAÇÃO NA IDADE

CERTA

O PNAIC tem como objetivo maior a plena alfabetização dos educandos até

os oito anos de idade, ou seja, até o final do ciclo de alfabetização, que compreende

o 1º, o 2º e o 3º ano do Ensino Fundamental. Para tanto, o MEC em parceria com

Estados e Municípios, proporciona formação aos educadores destas turmas que, no

município, é desenvolvida por orientadores de estudo, que recebem formação da

Universidade Federal de Santa Catarina. Em Chapecó são, aproximadamente, 130

educadores alfabetizadores divididos em cinco turmas.

Nos encontros são discutidos temas relevantes ao processo de alfabetização

e letramento, como: os gêneros do discurso, a ludicidade, a heterogeneidade e a

organização geral do trabalho em sala de aula.

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109

9.5 PROGRAMAS GOVERNO FEDERAL: PROGRAMA DINHEIRO DIRETO NA

ESCOLA - PDDE

O PDDE consiste na assistência financeira as escolas públicas de educação

básica. O objetivo deste recurso é a melhoria da infraestrutura física e pedagógica, o

reforço da autogestão escolar e a elevação dos índices de desempenho da

educação básica. Os recursos do programa são transferidos de acordo com o

número de educandos, de acordo com o senso escolar do ano anterior ao do

repasse.

Os beneficiários são os Municípios, EBM’S, CEIM’S e educandos. Repasse

feito pelo número de educandos informados pelo senso do ano anterior.

9.6 PROGRAMA DINHEIRO DIRETO NA ESCOLA – PDDE CAMPO

Os beneficiários são o Município, EBM’S, CEIM’S e educandos. Destinados

às escolas do campo com mais de 50 educandos, cujo repasse é feito pelo número

de educandos informados pelo senso do ano anterior. Verba destinada a melhorias

de estrutura física e manutenção das unidades escolares do campo.

PDDE 50% - destinados às escolas que atingiram o índice do IDEB – bonificação.

9.7 CONVÊNIOS DE ESTAGIÁRIOS (AS)

A Secretaria de Educação mantém convênios com Universidades,

Faculdades, Escolas de Educação básica, Escolas Técnicas, Associações e

Cooperativas educacionais onde oferece aos educandos destas instituições estágio

remunerado. Os beneficiários são as Universidades conveniadas, as EBM’S e

CEIM’S, além dos próprios estagiários (as) bolsistas ou curriculares.

9.8 CONVÊNIOS CEDÊNCIA DE FUNCIONÁRIOS

Os beneficiários são as entidades abaixo relacionadas:

Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE;

Centro Associativo de Atividades Psicofísicas Patrick – CAPP;

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110

Associação de Deficientes Visuais do Oeste de Santa Catarina –

ADEVOSC;

2º Batalhão de Polícia Militar;

Universidade Aberta de Santa Catarina – UAB;

9.9 CONVÊNIOS DE REPASSE DE RECURSOS: PROGRAMA ESCOLA FORTE

Os beneficiários são todas as EBM’S e CEIM’S, educandos, professores e

comunidade em geral.

9.10 CONVÊNIOS DE REPASSE DE RECURSOS: ESCOLAS AGRÍCOLAS

Os beneficiários são os educandos filhos de munícipes chapecoenses.

Centro de Educação Profissional Campo-Êre – CEDUP;

Sociedade Porvir Cientifico– La Salle – Xanxerê-SC.

9.11 CONVÊNIOS DE PARCERIAS

Os beneficiários são os educandos, EBM’S e CEIM’S.

Instituto UNIMED Filial Chapecó;

Câmara dos Dirigentes Lojista de Chapecó – CDL;

Sindicato do Comércio Varejista de Chapecó – SICOM;

BRF – Brasil Foods SA;

Cooperativa Central Aurora Alimentos.

9. 12 PROGRAMA PROJOVEM Urbano tem a finalidade de elevar o grau de

escolaridade dos Jovens, entre 18 e 29 anos de idade, por meio da conclusão do

Ensino Fundamental, Qualificação Profissional inicial e o desenvolvimento de

experiências de Participação Cidadã, com duração de 18 meses (2000 horas -

presenciais e não presenciais).

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111

10 ORGANIZAÇÃO DA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

10.1 GESTÃO DAS INSTITUIÇÕES EDUCATIVAS

A gestão das escolas básicas municipais perpassa pela definição do que vem

a ser gestão no país e no mundo.

O termo gestão, incorporado ao vocabulário escolar a partir da década de 90

no Brasil, pressupõe um conjunto de valores implementados na sociedade por meio

do modelo político-econômico e social vigente na sociedade globalizada.

...o termo “gestão” vem de gestio, que por sua vez, vem de gerere (trazer em si, produzir), fica mais claro que a gestão não é só ato de administrar um bem fora-de-si (alheio), mas é algo que traz em si, porque nele está contido. E o conteúdo deste bem é a própria capacidade de participação, sinal maior da democracia. Só que aqui é a gestão de um serviço público, o que (re)duplica o seu caráter público (re/pública) (CURY, 1997, p. 201).

A proposta de ensino da rede municipal é baseada na concepção sócio-

histórica, e tem como objetivo uma educação de qualidade por meio da apropriação

dos conhecimentos, por parte dos educandos, dos conhecimentos científicos

construídos historicamente pela humanidade.

Nesta proposta, a gestão tem como pressupostos a democracia e a

participação dos atores sociais envolvidos na comunidade escolar, como forma de

garantir uma educação de qualidade que sirva de subsidio para a transformação dos

sujeitos.

É preciso e até urgente que a escola vá se tornando em espaço escolar acolhedor e multiplicador de certos gostos democráticos como o de ouvir os outros, não por puro favor, mas por dever, o de respeitá-los, o da tolerância, o do acatamento às decisões tomadas pela maioria a que não falte, contudo o direito de quem diverge de exprimir sua contrariedade.(Paulo Freire. Professora sim, tia não, 1995, p. 91)

A gestão da escola nesta perspectiva envolve os segmentos da comunidade

escolar, além de exigir do gestor competência técnica para o desempenho da

função.

A gestão participativa, além de ser a forma de exercício democrático da gestão e um direito de cidadania, implica deveres e responsabilidades - portanto, a gestão da participação. Ou seja, a gestão democrática, por um

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112

lado é atividade coletiva que implica a participação e objetivos comuns; por outro, depende também de capacidades e responsabilidades individuais e de uma ação coordenada (LIBANEO, 2009, p. 326).

O papel do gestor democrático é o de desempenhar uma liderança que

impulsione a autoconstrução, o compromisso, responsabilidade e qualidade de

forma criativa no processo educacional. Compete a ele a ação de coordenar as

relações entre todos os profissionais, educandos e a comunidade educacional.

O gestor que é o dirigente fundamental, responsável pela Instituição

educativa, tem a visão de conjunto, articula e unifica os vários setores (setor

administrativo, setor pedagógico, secretaria, serviços gerais, relacionamento com a

comunidade etc.). Desta forma, espera-se que o gestor tenha uma visão global e

conhecimentos para gerar e incitar as mudanças dentro da instituição educacional,

tornando-se um agente de transformação, com consciência e responsabilidade na

tomada de decisão.

A gestão escolar foi implantada para substituir à administração escolar o que representa uma mudança radical de postura que originou um novo enfoque de organização, um novo paradigma de encaminhamento das questões escolares, ancorados nos princípios de participação, de autonomia, de autocontrole e de responsabilidade (ANDRADE, 2004).

A autonomia da Instituição Educativa, entre os princípios do modelo

democrático participativo a partir das diretrizes do Sistema Municipal de Ensino de

Chapecó, no que se refere ao desenvolvimento do trabalho pedagógico, proporciona

aos sujeitos envolvidos uma maior flexibilidade para atender as necessidades de

cada IE.

A participação dos atores sociais integrantes da comunidade educacional, o

planejamento da elaboração de planejamento estratégico de gestão, onde se inicia

com diagnostico,se planeja, se executa, monitora e avalia os objetivos e metas

definidos coletivamente, além de também democratizar as informações,

características inerentes ao modelo democrático participativo, em uma visão

sistêmica de gestão.

A autonomia gestão educacional e a democratização, na Instituição

Educativa, trazem como objetivo o desenvolver o espírito em equipe, as decisões

compartilhadas independentemente do nível hierárquico que ocupa dentro da

organização, mobilizar os profissionais, para demonstrar seus talentos, até então

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113

ocultos, para a realização de trabalhos, incentivar para colocar ideias em prática e

assim auxiliar a Instituição Educativa na solução de problemas ou mesmo então, de

inovar com novos projetos que irão atrair uma atenção, tanto por parte dos

educandos, como da comunidade educacional, e em benefício da instituição como

um todo, fazendo com que cada parte do todo seja eficiente dentro de suas

responsabilidade e competências..

Neste modelo, o gestor tem papel preponderante, conforme o Regimento

Escolar Unificado, Art. 9,inciso XVll: “Desenvolver a gestão escolar de forma

democrática, buscando sempre o diálogo com todos os segmentos da comunidade

escolar.”

A construção de um projeto político-pedagógico realizado de forma coletiva e

democrática, a participação do conselho escolar, a utilização de avaliação

institucional como ferramenta para tomada de decisão na escola são outras

características deste modelo de gestão, que preza pelo desenvolvimento de todo o

processo educacional através da tomada de decisão com segurança, sensibilidade e

consciência.

10.2 CONSELHOS ESCOLARES

Conselhos Escolares são órgãos colegiados compostos por representantes

da comunidade escolar local (pais, mães ou responsáveis; profissionais da

educação e servidores públicos da Instituição Educativa), que tem como principal

atribuição deliberar sobre questões político-pedagógicas, administrativas e

financeiras no âmbito escolar, na perspectiva dos princípios da gestão democrática.

São regidos pela Lei Municipal Ordinária nº 3.957 de 04 de janeiro de 1999 e

fomentados pelo Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares.

Nesse sentido, cabe lembrar que o Conselho Escolar deve primar pela

educação de qualidade, do engajamento da comunidade escolar no cumprimento

das finalidades da Instituição Educativa, seja orientar, opinar e decidir sobre tudo o

que está relacionado com a qualidade da educação, participar da construção do

PPP, dos planejamentos anuais, avaliar os resultados da administração, ajudar na

análise dos meios para solucionar os problemas administrativo-pedagógicos e ainda,

decidir sobre os investimentos.

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114

O Conselho Escolar deverá se reunir periodicamente, conforme a

necessidade da Instituição Educativa a fim de encaminhar e dar continuidade aos

trabalhos que se propôs.

Quanto aos repasses de verbas, destaca-se que os Conselhos Escolares

enquanto unidades executoras recebem verba Municipal e Federal, conforme o

número de alunos, oficializados pelo CENSO escolar do ano anterior.

Em relação à verba municipal, a mesma baseia-se na Lei nº 4089/99 e

alterações. Assim, o Município repassa aos Conselhos Escolares por meio do

Programa “Escola Forte – Excelência em Educação”, determinado valor de cada

Instituição Educativa, divididos em até quatro parcelas, tendo como parâmetro os

dados da matrícula oficial, sendo que: para alunos atendidos em período integral, o

repasse anual é de vinte e quatro Unidades Fiscais Municipais – UFRMs e para

alunos atendidos em meio período o repasse anual é de 12 UFRMs.

O Programa Escola Forte – Excelência em Educação tem como objetivo

principal proporcionar aos Conselhos Escolares uma maior autonomia nas questões

que dizem respeito à aplicação dos recursos recebidos, seja em manutenção,

conservação das instalações e equipamentos, aquisição de material didático

pedagógico, bem como a aquisição de atividades imprescindíveis para o bom

andamento das Instituições Educativas. Destaca-se que esse Programa vem

agregar valores fundamentais para a obtenção de melhores condições para o

trabalho educativo.

Quanto à verba Federal o repasse é realizado por meio do Programa

“Dinheiro Direto na Escola” – PDDE, criado em 1995, onde os Conselhos Escolares

recebem anualmente uma importância destinada à melhoria da infraestrutura (física

e pedagógica), ao reforço da autogestão escolar e a elevação dos índices de

desempenho da educação básica. Até o ano de 2008, o Programa contemplava

apenas as Escolas públicas de ensino fundamental, a partir de 2009, com a edição

da Medida Provisória nº 455 de 28 de janeiro, posteriormente transformada na Lei nº

11.947, de 16 de junho de 2009, foi ampliado para toda a educação básica.

Diante disso, vislumbra-se que uma porcentagem deverá ser gasta em bens

de custeio, e a outra em bens permanentes, conforme a orientação pré-estabelecida,

ou seja, o Plano de Aplicação. Os Conselhos Escolares participam de programas

de Formação Continuada.

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115

Acredita-se que os Conselhos Escolares contribuem significativamente na

promoção da qualidade em educação.

10.3 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

A avaliação institucional contribui com o trabalho de todos os setores da

secretaria de educação municipal, por ser desenvolvido de forma contínua,

sistemática e participativa legitimando o caráter pedagógico, transformador,

formador de valores e princípios institucionais é necessário que haja, antes de tudo,

um comprometimento de todos os profissionais da IE, no sentido de elaborar uma

avaliação contextualizada.

Neste sentido, destacam-se pontos que devem ser considerados de extrema

relevância para a elaboração desta avaliação de acordo com o Plano Estratégico de

Gestão que destaca: Gestão pedagógica, ou da aprendizagem, Gestão

administrativa, financeira e da infraestrutura, relacionamento com a comunidade

educacional, relacionamento interpessoal na IE entre todos os colaboradores,

Gestão dos resultados educacionais; Gestão do relacionamento com a rede de

ensino.

A avaliação institucional envolve três dimensões:

Dimensão física/patrimonial: levantamento da atual realidade física e

patrimonial da instituição.

Dimensão administrativa: levantamento da situação administrativa em

todas as instituições educativas da rede municipal.

Dimensão pedagógica: compreende o levantamento de dados sobre o

processo de ensino e aprendizagem.

A avaliação institucional da rede municipal é um processo de busca contínua

de atualização, de autossuperação e de autorregulação envolvendo a comunidade

educacional, assegurando, assim, sintonia com as mudanças propostas.

Pressupõe ainda, a disposição de cada sujeito envolvido no processo, em

buscar patamares superiores de qualidade e compromisso com o ensino e

aprendizagem na rede municipal, portanto, esse é o caminho mais seguro para a

construção da democracia nas Instituições Educativas.

Com base nos dados do Programa de Avaliação Institucional - PROMAI de

2005, cada instituição educativa deverá elaborar seu projeto de avaliação

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116

institucional que deverá ser aplicado para os pais, educadores e educandos

anualmente, para obter dados que servirão de subsídios na tomada de decisões na

melhoria da qualidade de ensino e aprendizagem.

A SEDUC, em 2013, optou por produzir sua avaliação própria segundo os

preceitos da visão sistêmica (anexo I), onde a instituição educativa e o seu contexto

serão avaliados e replanejados juntamente com toda a comunidade educativa, pois

entende que nenhuma inovação pedagógica pode ignorar o sistema de avaliação ou

esperar contorná-lo, sendo em qualquer estratégia de inovação, levar em conta o

sistema e as práticas de avaliação, integrá-los à reflexão e modificá-los para permitir

a mudança.

Planejar e levantar dados reais das necessidades emergentes das instituições

educativas que servirão de subsídios para propor melhorias de relevância

organizando e qualificando o trabalho pedagógico nestas Instituições Educativas.

Page 116: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

117

11 PAPEL DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

Um dos grandes desafios dos educadores é envolver intelectual e

afetivamente os educandos na elaboração e reelaboração do conhecimento

sistematizado, pois estes somente se interessam por aquilo que de alguma forma

afeta diretamente suas vidas. Assim, cabe ao educador dar vida aos conteúdos,

possibilitando aos educandos relacionar o conhecimento do dia a dia com os

conhecimentos científicos que fazem parte do currículo escolar.

Fazer com que os conceitos cotidianos ascendam aos científicos para que se tornem científicos também, é o trabalho de possibilitar que os conceitos científicos desçam aos cotidianos para que se tornem científicos no cotidiano, através da mediação do professor, este é o processo pedagógico, a didática necessária para a escola atual. (GASPARIN, 2005, p.1)

O Educador é, portanto, um organizador das aprendizagens escolares, e isso

vão além do simples trabalho de ensinar, pois requer conhecimento profissional,

conhecimento científico e pedagógico que são construídos na prática e na reflexão

sobre essa prática.

A importância da participação dos educadores é fundamental na consolidação

de mudanças que tragam efetivamente uma melhoria da qualidade de ensino aos

nossos educandos. Sem seus saberes, seus valores, suas análises na definição de

ensinar, de organizar, de propor mudanças nas formas de ensinar, de definir

projetos educacionais e formas de trabalho pedagógico, quaisquer diretrizes, por

melhores que sejam suas intenções, não se consolidam, não se efetivam. Sem o

aval dos educadores, mudanças não se realizam. Por isso, não é qualquer um que

pode ser educador.

Sabe-se que o educador é um mediador das interações entre o conhecimento

prévio dos educandos e os conteúdos escolares, para tanto, há que considerar, no

processo de ensino e aprendizagem os aspectos afetivos, emocionais, sociais e

cognitivos de cada um, prevendo situações de aprendizagem nas quais novas

experiências podem ser vivenciadas, promovendo novos desafios e curiosidades. É

importante salientar a utilização dos mais variados tipos de linguagem, uma vez que

cada faixa etária constrói diferentes aprendizagens a partir de diversas situações.

Page 117: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

118

Assim, a docência deve possibilitar ao educando, a apropriação dos

conteúdos de maneira contextualizada, próxima do seu dia a dia. No ambiente fora

da Instituição educativa, os educandos vivenciam situações diversas, interagem com

diferentes pessoas de diferentes idades, utilizam as mídias, enfim, participam de

inúmeras atividades que lhes exigem habilidades de linguagem, de lógica, de noção

temporal e espacial e também de observação das transformações da natureza. Uma

vez que toda a construção de conhecimento científico se apoia numa transposição

das observações da vida cotidiana, estes saberes são fundamentais para a sua

aprendizagem educacional.

Portanto justifica-se a necessidade de um novo perfil de educador,

considerando as transformações no mundo, sejam nos avanços tecnológicos, nos

meios da informação e comunicação, as relações exercem uma força brutal na

sociedade, exigindo delas um posicionamento e a busca de um novo perfil frente aos

desafios do que tem se chamado de pós-modernidade.

Para atender aos desafios da atualidade e a complexidade que envolve o

processo educativo, o educador precisa ser um profissional ativo, pesquisador,

participativo, mediador, atualizado e consciente de seu papel no mundo da

informação. Para que isso ocorra com êxito e qualidade, é necessário que ele esteja

em constante formação, a qual o permita fazer da prática docente o fundamento

para a reflexão, que munido de formação teórica competente lhe prepare para ver o

mundo na sua globalidade e não de forma fragmentada.

O educador precisa buscar sua própria formação, não só pela determinação

da lei, mas, também com a finalidade de melhorar sua prática pedagógica, crescer

profissionalmente e se familiarizar com as teorias que dão sustentação às suas

atividades. Assim, terão uma melhor compreensão do espaço que estão inseridos,

da importância de um bom planejamento, de uma boa estratégia de ensino para que

seus objetivos sejam realmente atingidos, e das teorias que embasam a

aprendizagem. A aproximação do educador com todos estes conhecimentos faz com

que ele repense sua prática e seus ensinamentos resultando na formação de

cidadãos críticos e inquietos em sua realidade social.

Portanto, o desafio é grande, existem questões estruturais e conjunturais a

enfrentar. Atualmente, outro grande desafio dos educadores é conhecer e saber

utilizar os recursos midiáticos e tecnológicos, bem como suas influências na

educação, que utilizados de forma correta e em atividades bem planejadas, servem

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119

para diminuir a distância entre os educandos e as novas tecnologias, além de

qualificar o aprendizado de forma prazerosa, contribuindo também para abrir novos

horizontes.

Com estas mudanças, o educador aprender conhecimentos básicos de

informática, tomar conhecimento dos Programas educativos oferecidos pelo MEC,

dos sites educativos existentes na WEB. Para que o educador tenha domínio das

tecnologias disponíveis na escola, precisa interagir pesquisando, manipulando os

diferentes recursos midiáticos e tecnológicos, em seu horário de planejamento. Nas

Instituições Educativas da Rede Municipal, os educadores dispõem de 36% da sua

carga horária para o planejamento, estudo e avaliação educacional e a Secretaria de

Educação oferece 40 horas de formação anual.

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12 PLANO ESTRATÉGICO DE GESTÃO EDUCACIONAL - (ANEXO I)

A Secretaria de Educação de Chapecó instaurou na gestão educacional a

visão sistêmica, como pressuposto teórico do Plano estratégico de Gestão que

enfatiza a organização como o resultado da união de várias pessoas, com um

propósito muito maior que as intenções pessoais de cada um. A visão sistêmica,

enfim, é o olhar que permite enxergar de modo claro o processo educacional. É a

visão do todo, buscando a excelência naquilo que diz respeito à organização, e

qualidade nos resultados contemplando todas as partes interessadas.

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121

13 REGIMENTO ESCOLAR UNIFICADO DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO(ANEXO

II)

As instituições de ensino vinculadas ao Sistema Municipal de Educação,

criadas e mantidas pelo poder público municipal de Chapecó reger-se-ão pelo

Regimento Unificado da Rede Municipal de Ensino de Chapecó, observando a

legislação vigente.

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122

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Page 126: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

127

(Anexo I)

PLANO ESTRATÉGICO

DE GESTÃO DE GESTÃO

EDUCACIONAL

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PLANO ESTRATÉGICO Gestão Educacional

Chapecó-SC 2014

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10

SECRETÁRIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO ASTRIT MARIA SAVARIS TOZZO

DIRETORA DE GESTÃO EDUCACIONAL MARENI DE FÁTIMA ROSA DA SILVA

DIRETORA PEDAGÓGICA SUELI SUTTILI

DIRETORA ADMINISTRATIVA VÂNIA CRISTINA COELHO PICCOLI

GERENTE DE RECURSOS HUMANOS DANIELA REGINA MORATELLI CUNHA

GERENTE DE ENSINO FUNDAMENTAL DENISE SIMONE DALMASS

GERENTE DE SUPRIMENTOS IVANETE APARECIDA MACHADO BERTOTTI

GERENTE DE EJA IVETE ZANELA

GERENTE DA EDUCAÇÃO INFANTIL JOVANO ANTONIO BASSANI

GERENTE DE APOIO ADMINISTRATIVO LUÍZA BROCCO MARAFON

GERENTE DE GESTÃO EDUCACIONAL MARCIA INES BERNARDT WURZIUS

GERENTE DE ARTICULAÇÃO EDUCACIONAL MARGARIDA KNIEST DORNELLES PICCOLI

GERENTE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL SARAJANE VOOS

COLABORADORA MARILUCI MANTELLI GUIMARAES

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SUMÁRIO

LISTA DE TABELAS ..................................................................................... 4

Tabela 1População do Município de Chapecó ......................................... 12

Fonte: PNUD- Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento2013, (Com

dados dos Censos 1991, 2000 e 2010). ........................................................... 13

7.1 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR ................................................................... 75

1 ORGANOGRAMA - SECRETARIA DE EDUCAÇÃO (SEDUC) ....... 135

6 GESTÃO EDUCACIONAL ................................................................ 140

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................. 148

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“A qualidade da Educação associa a ética pessoal e social ao

conhecimento e ao saber, visando a promoção da inclusão, a

superação das desigualdades, considerando a diversidade

cultural, a preservação do meio ambiente e a promoção do

desenvolvimento local”.

JOSÉ CLÁUDIO CARAMORI Prefeito Municipal de Chapecó

“Devemos conclamar a todos a participação, uma vez que o

princípio da gestão democrática estabelece a responsabilidade

pela qualidade da Educação. É nesse sentido que a escola

torna-se um espaço apropriado e privilegiado para o

desenvolvimento de ações que concretizarão a Excelência na

Educação”.

ASTRIT MARIA SAVARIS TOZZO

Secretária Municipal de Educação

APRESENTAÇÃO

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133

Pensar um novo caminho para a educação no Município de Chapecó é

avançar na proposta que a Secretaria de Educação desenvolve desde 2005, período

este, de muitas conquistas e desafios educacionais.

Planejar a gestão 2013/2016 é defender uma educação crítica, democrática e

de qualidade, formadora de cidadãos, sujeitos políticos, protagonistas, ativos e

organizados, que garanta a formação científico-tecnológica. Portanto, a escola deve

“ser um lugar de trabalho, de ensino, de aprendizagem. Um lugar em que a

convivência permita estar continuamente se superando, porque a escola é o espaço

privilegiado para pensar” (FREIRE; ILLCH, 1975, p. 30). O papel da escola é

“promover aos educandos a apropriação da cultura e da ciência acumuladas

historicamente, como condição para seu desenvolvimento cognitivo, afetivo e moral

e torná-los aptos à reorganização crítica de tal cultura.” (LIBÂNEO, 2007, p. 26).

Definiu-se como princípios norteadores da gestão educacional:

Ética,Conhecimento Técnico-científico, Valores Humanos, Compromisso

Social e Desenvolvimento Sustentável. Estes são os pressupostos teóricos para a

educação que se pretende construir na gestão educacional da Rede Municipal de

Ensino, instrumentalizando os profissionais através de formação continuada, visando

a formação integral dos educandos. Para isso, apropriamo-nos das palavras de

Freire e Illich, “a escola é um espaço de trabalho, de ensino, de aprendizagem”. Um

lugar em que a convivência permite estar continuamente se superando, porque a

escola é o espaço privilegiado para pensar.

A gestão educacional do município exige conhecimento, responsabilidade,

colaboração, participação, qualidade, organização e compromisso de todos os

envolvidos no dia a dia, para a concretização dos objetivos almejados.

Para promover as mudanças e enfrentar os novos desafios, a gestão

educacional tem como pressuposto a VISÃO SISTÊMICA, com base na gestão

estratégica de resultados, articulando a missão, o propósito, os princípios, as metas,

as ações e as estratégias como elementos importantes para todas as ações da

proposta educacional, visando qualidade e excelência na educação.

Ao propor um Plano Estratégico de Gestão Educacional, o desafio maior é

organizar, sistematizar, planejar e executar novos patamares, enquanto instituição

que busca a democracia, a inovação e a excelência educacional.

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134

Sabe-se que os resultados não são imediatos. O aprimoramento da educação

exige um conjunto amplo de iniciativas e ações interconectadas e um sistema

colaborativo (cooperativo) de toda a sociedade chapecoense, especialmente do

poder público e da comunidade educacional.

Educação democrática, crítica e de qualidade são palavras chave no

processo de gestão, que certamente contribuirão nos resultados almejados no Plano

Estratégico de Gestão.

Vencer os desafios da educação contemporânea é um processo que exige a

participação efetiva de muitos protagonistas: prefeito, secretários, gerentes,

gestores, professores, alunos, pais, associações de pais, comunidades escolares,

sindicatos, enfim, toda a sociedade civil organizada do município, com foco,

comprometimento e amor.

Astrit Maria SavarisTozzo

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1 ORGANOGRAMA - SECRETARIA DE EDUCAÇÃO (SEDUC)

SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO

DIRETORIA ADMINISTRATIVA DIRETORIA PEDAGÓGICA DIRETORIA DE GESTÃO

EDUCACIONAL

GERÊNCIA DE APOIO ADMINISTRATIVO

GERÊNCIA DE RECURSOS HUMANOS

GERÊNCIA DE SUPRIMENTOS

GERÊNCIA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

GERÊNCIA DE EDUCAÇÃO INFANTIL

GERÊNCIA DE ENSINO FUNDAMENTAL

GERÊNCIA DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

GERÊNCIA DE ARTICULAÇÃO EDUCACIOANL

GESTÃO ESCOLAR

GERÊNCIA DE GESTÃO EDUCACIONAL

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136

2 ABRANGÊNCIA DA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

Fonte: https://maps.google.com.br/

Legenda:

Escolas Básicas Municipais Programas/Projetos

Escolas do Campo Centros de Educação Infantil

Comunitários

Centros de Educação Infantil Instituições conveniadas

Escolas Parque Cidadãs

Escolas Básicas Municipais – Urbanas

EBM André Antônio Marafon

EBM Anita Garibaldi

EBM Clara Urmann Rosa

EBM Cruz e Sousa

EBM DilsoCecchin

EBM Diogo Alves da Silva

EBM Fedelino Machado dos Santos

EBM Florestan Fernandes

EBM Guido Mantelli

EBM Herbert de Souza

EBM Olímpio Corrêa Figueiró

EBM Paulo Freire

EBM Padre José Anchieta

EBM Realeza

EBM Rui Barbosa

EBM São Cristovão

EBM Sereno Soprana

EBM Severiano Rolin de Moura

EBM Victor Meirelles

EBM Vila Real

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EBM Jardim do Lago

EBM Maria BordignonDestri

EBM Mirian Elena Meyer

EBM Vila Rica

EBM Waldemar Kleinubing

EBM Zélia Roque de Lima Munzi

TOTAL = 26

Escolas Básicas Municipais – Rurais

EBM Agropecuária Demétrio

Baldissarelli

EBM Água Amarela

EBM Alípio José da Rosa

EBM Ascendina Brasinha Dias

EBM Goio-ên

EBM Lajeado Liso

EBM Lajeado Veríssimo

EBM Linha Almeida

EBM Linha Batistello

EBM Nova Aurora

EBM Rodeio Bonito

EBM São José do Capinzal

EBM Thereza Gaboardi

Baldissera

TOTAL = 14

Escolas Parque Cidadã de Tempo Integral

EPC Cyro Sonosky

EPC Leonel de Moura Brizola

TOTAL = 02

Programas/Projetos

Serviço de Atenção à Saúde do

Escolar - SASE

Cursos Básicos de Qualificação

Núcleo Tecnológico Municipal -

NTM

Projeto Farroupilha

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Profissional

Brasil Alfabetizado

Bandas Escolares

Consciência Comunitária Escolar -

CCE

Projovem Urbano

Atleta na Escola

Programa Escola Forte

Programa Escola Tranquila

Projeto Oratória nas Escolas

Protetor Ambiental

Agentes Mirins

Programa Mais Educação

Sala de Recursos Multifuncionais

Programa Escola Ativa

Centro de Referência do Aluno–

CERA

Programa Um Computador por

Aluno - PROUCA

Programa Nacional de

Alfabetização na Idade Certa -

PNAIC

TOTAL = 20

Instituições Educativas

Universidade Aberta do Brasil

Chapecó Criança – Cidadania em

Ação

Estância Ambiental – Campo em

Ação

TOTAL = 3

Instituições Conveniadas

CAPP

ADEVOSC

APAE

UDESC

OMEP

Conservatório de Artes Musicais

TOTAL = 6

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3 MISSÃO

Assegurar um ensino de qualidade; garantir o acesso, a permanência e o

sucesso dos educandos na escola; contribuir na formação de cidadãos críticos,

capazes de respeitar a diversidade e agir na transformação da sociedade.

4 PROPÓSITO

Ser uma educação de excelência, comprometida com o desenvolvimento

integral do sujeito, visando a sua realização como ser social.

5 METAS PARA O PERÍODO 2013/2016

1. Garantir o aperfeiçoamento do processo educacional nos diferentes níveis e

modalidades de ensino, VISANDO a excelência na educação;

2. Gestar, orientar, planejar, executar, monitorar, avaliar e socializar os projetos

educacionais da SEDUC, no âmbito pedagógico e administrativo;

3. Assegurar o processo do conhecimento científico, valorizando a diversidade e

o compromisso social;

4. Aumentar o índice de participação da família no processo educativo em

defesa de um educando mais autônomo, conhecedor, responsável e com

compromisso social;

5. Preservar e solidificar as parcerias, contribuindo cada vez mais com a

excelência na educação.

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6 GESTÃO EDUCACIONAL

A gestão educacional pauta-se em avanços significativos, especialmente no

que se refere à aprendizagem e ao ensino, desenvolvendo a formação integral nos

educandos e investindo na formação continuada dos profissionais da educação.

A escola é uma das mais importantes instâncias de democratização e de

promoção da inclusão social, desde que atenda a sua tarefa básica: a atividade de

aprendizagem dos alunos. Conforme Libâneo (2007, p. 26):

A escola deve proporcionar a todas as crianças e jovens, em condições iguais, o acesso aos conhecimentos das ciências, da cultura e da arte, bem como desenvolvimento de suas capacidades intelectuais e a formação da cidadania. [...] compreende-se que não há justiça social sem conhecimento, não há cidadania se os alunos não aprenderem. Todas as crianças e jovens necessitam de uma base comum de conhecimentos. É claro que a escola pode, por um imperativo social e ético, cumprir algumas missões sociais e essenciais (a escola convive com a pobreza, maus tratos, consumo de drogas, violência, etc.), mas isso, não pode ser visto como sua tarefa e sua função primordial, mesmo porque a sociedade também precisa fazer sua parte nessas missões sociais e assistenciais.

Ao defender os pressupostos norteadores, confirma-se assim a necessidade

de uma equipe de profissionais comprometida com a transformação social, com a

educação municipal de ensino, com a formação integral dos educandos, com a

qualidade do processo de ensino e aprendizagem. A gestão educacional deve

garantir as condições necessárias para que todos os educadores avancem cada vez

mais no processo educativo e no fazer pedagógico, bem como propor projetos

inovadores e captar recursos em prol da sociedade chapecoense.

De acordo com Libâneo (2007, p. 88-89), é necessário implementar o

Programa de Formação Continuada, para os profissionais de

educação,contemplando concepções atuais sobre o processo de ensino e de

aprendizagem:

levar em conta os novos paradigmas da produção e do conhecimento, subordinando-os a uma concepção emancipatória de qualidade de ensino; - defender a concepção de formação do professor crítico-reflexivo, dentro do entendimento de que a prática é a referência da teoria, a teoria o nutriente de uma prática de melhor qualidade; - utilizar a investigação-ação como uma das abordagens metodológicas orientadoras da pesquisa; - adotar a perspectiva sociointeracionista do processo de ensino e aprendizagem; - compreender competência e habilidades profissionais em novas condições

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141

e modalidades de trabalho, indo além de suas responsabilidades de sala de aula, como membro de uma equipe que trabalha continuamente, discutindo no grupo suas concepções, práticas e experiências, tendo como elemento norteador o projeto político pedagógico Libâneo (2007, p. 88-89).

Para garantir que um profissional internalize a concepção emancipatória de

qualidade de ensino e acredite que através da educação será possível transformar,

criar, recriar, interferir no processo educativo de cada criança, jovem e adulto em

prol de sua formação cidadã, definiu-se como princípios norteadores dessa gestão:

Ética, Conhecimento Técnico-científico,Valores Humanos,Compromisso Social

e Desenvolvimento Sustentável.

Ética

A ética é considerada um dos princípios básicos do ser humano.

Fundamenta-se na forma como o ser age diante da vida; como procede perante

seus direitos e deveres como cidadão nas relações interpessoais, no modo como

valoriza e respeita a diversidade, e como mantém o sigilo das ações diretas e

indiretas no processo educacional.

Conhecimento Técnico-científico

Através do conhecimento técnico-científico, a escola possibilita aos

educandos o desenvolvimento de habilidades e competências para garantir

conhecimentos nas áreas (Ciências Humanas e suas Tecnologias, Ciências Naturais

e suas Tecnologias, Códigos e Linguagens e suas Tecnologias, Matemática e suas

Tecnologias), de forma que os sujeitos possam interferir na sociedade e de dar

prosseguimento aos estudos.

Valores Humanos

Ao defender a formação integral dos sujeitos no processo educativo, a escola

deve preocupar-se com os valores humanos. O fazer pedagógico, além da

construção do conhecimento, deve contemplar a construção de valores tais como:

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142

respeito às diferenças e ao meio ambiente, solidariedade, coletividade,

responsabilidade e cooperação, visando uma educação humanizada.

Compromisso Social

Educar pressupõe não somente a aquisição de conhecimentos, mas também

a construção de valores, de modo que o sujeito possa interferir em diferentes

situações no convívio social, de forma humanizada e comprometida.

Desenvolvimento Sustentável

Viver requer participar do mundo como um sujeito comprometido com as

questões ambientais.A escola, através de suas interferências, deve priorizar

conhecimentos sobre o desenvolvimento sustentável.

7. PROPOSTA PEDAGÓGICA

A Proposta Pedagógicada Rede Municipal de Ensino (CHAPECÓ, 2012),

fundamenta a construção do currículo e orienta na definição de critérios para a

organização do trabalho escolar em sua multidimensionalidade. Possibilita trocas e

acolhimento para garantir o bem-estar das crianças, adolescentes, jovens e adultos.

A ação docente-discente traduz, para a didática, os pressupostos do método

dialético de elaboração do conhecimento; a teoria histórico-cultural e a pedagogia

histórico-crítica.

A metodologia dialética de ação docente-discente parte da prática social, vai

à teoria e retorna à prática social.

A Matriz Curricular segue as orientações estabelecidas na LDB – Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei N° 9.394/96), nas Diretrizes

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143

Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica (Parecer CNE/CEB N°

7/2010 e Resolução Nº 4, de 13 de julho de 2010), Diretrizes Curriculares Nacionais

para o Ensino Fundamental de 9 anos (Parecer CNE/CEB Nº11/2010, Resolução Nº

7, de 14 de dezembro de 2010) e demais legislações educacionais.

O currículo é formado por uma Base Nacional Comum e de uma Parte

Diversificada, ambas integradas, não podendo ser consideradas como dois blocos

distintos. A articulação que envolve os conteúdos da Base Comum e da parte

diversificada possibilita a sintonia dos interesses mais amplos da formação básica

do cidadão com a realidade local. As necessidades dos educandos, as

características regionais da sociedade, da cultura e da economia, perpassa todo o

currículo (CHAPECÓ, 2012).

A base nacional comum do currículo é formada pelas disciplinas de Língua

Portuguesa, Matemática, História, Geografia, Ciências, Arte, Ensino Religioso e

Educação Física. A parte diversificada, é formada pelas disciplinas de Língua

Estrangeira (Inglês/Espanhol), Educação e Direitos Humanos, Educação e

Diversidade, Educação Financeira e Sustentabilidade, as quais compõem os

fundamentos básicos na construção de conhecimentos que contribuem para o

exercício da cidadania plena.

Tanto a Base Comum como a Parte Diversificada (CHAPECÓ, 2012) devem

contemplar de modo integrado e contextualizado temas como: saúde, sexualidade,

gênero, vida familiar e social, assim como os direitos das crianças e adolescentes,

de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90),

preservação do meio ambiente, nos termos da política nacional de educação

ambiental (Lei nº 9.795/99), educação para o consumo, educação fiscal, trabalho,

ciência e tecnologia, diversidade cultural, devem permear o desenvolvimento dos

conteúdos da Base Nacional Comum e da Parte Diversificada.

Visão Sistêmica

A Gestão Educacional tem como pressuposto a Visão Sistêmica que é

dinâmica, contempla a coletividade e a quebra de paradigmas, exigindo uma prática

social contextual, processual, contínua, complexa, altamente organizada, que

implica em movimento e conhecimento dos espaços de atuação. Não é temporária,

podendo passar por reestruturação e reformulação dos processos, assim como, na

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144

interação com o todo. A percepção, a gestão de resultados, a teoria e a prática,

também são características da visão sistêmica. Ela parte do princípio de que os

resultados são determinados pela forma como seu capital humano é conduzido; na

compreensão de que seus interesses são alinhados com a missão, propósito,

princípios, metas, estratégias e ações.

A visão sistêmica da educação [...] aparece como corolário da autonomia do indivíduo. Só ela garante a todos a cada um o direito a novos passos e itinerários formativos. Tal concepção implica, adicionalmente, não apenas compreender o ciclo educacional de modo integral, mas, sobretudo, promover a articulação entre as políticas especificamente orientadas a cada nível, etapa ou modalidade e também a coordenação entre os instrumentos, das políticas disponíveis, Visão sistêmica, implica, portanto, reconhecer as conexões intrínsecas entre educação básica, educação superior, educação tecnológica e alfabetização e, a partir dessas conexões, potencializar as políticas de educação de forma que se reforcem reciprocamente. (BRASIL, 2007, p.12-13)

Nenhuma atividade deve ser pensada, planejada e executada sem antes

passar pela concepção da visão sistêmica e plano estratégico de resultados

(missão, propósito, princípios, metas, estratégias e ações). Como pensar em

prioridades, sem em primeiro lugar, pensar em pessoas? Como falar de estratégias,

sem citar as tomadas de decisões? Não existe sustentabilidade sem consciência,

desenvolvimento e mudanças, pautadas na melhoria contínua.

A visão sistêmica, como pressuposto teórico na gestão da educação

municipal, enfatiza a organização como o resultado da união de vários atores, com

um propósito muito maior que as intenções pessoais de cada um.

A própria concepção de gestão educacional como um processo de mobilização do talento e da energia humana, necessários para a realização dos objetivos de promover nas instituições educacionais experiências positivas e promissoras de formação de seus alunos, demanda a realização de trabalho conjunto e integrado (LÜCK, 2011, p. 96-97).

É imprescindível (CAPRA, 1996) estudar e entender os subsistemas que

compõem o todo e os impactos destes, no todo, considerando que as pequenas

estruturas da organização fazem parte de algo muito maior, resultante da união de

vários subsistemas.

É necessário desenvolver a competência da visão sistêmica, assim como se

desenvolve a liderança e o trabalho em equipe para planejar melhor as ações,

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145

sensibilizar quanto a maneira de olhar, incentivando a auto-observação como forma

de desenvolvimento de crítica apurada sobre o cenário em que cada um está

inserido.

Uma das precondições para a efetivação plena do plano estratégico é a

incorporação da dimensão participativa. Como o planejamento estratégico

corresponde ao processo pelo qual o grupo estabelece uma opção e um

compromisso por transformar uma realidade, tornando-a mais significativa

socialmente, pela adoção de novas formas de agir e o de largo alcance, sua

efetivação não pode deixar de se assentar na metodologia participativa.

Para garantir a aplicabilidade a partir de uma organização articulada em

etapas, criou-se um roteiro de planejamento da Gestão Educacional que orienta as

etapas conceituais.

Roteiro de planejamento da gestão educacional

Mapa Conceitual

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146

Conhecer a realidade e as necessidades de todos os segmentos da comunidade

escolar levando em consideração o conhecimento, o compromisso social e a

diversidade.

Definir propósitos, elaborar e direcionar metas e ações envolvendo toda

comunidade escolar, observando a legislação vigente, visando a excelência na

educação.

Aplicar os planos de trabalho que deverão estar em consonância com os

objetos propostos.

Sensibilizar e acompanhar a aplicação do planejamento, possibilitando

possíveis mudanças no decorrer do processo.

Utilizar instrumentos de avaliação que garantam resultados que validem as

ações desenvolvidas.

Publicar os resultados obtidos e suas contribuições, cumprindo com a

responsabilidade social.

O Planejamento da Gestão Educacional será efetivado de forma articulada e

participativa, na perspectiva da visão sistêmica, envolvendo todos os protagonistas

do processo educacional. Nesse sentido, o trabalho será desenvolvido através de

núcleos.

A partir disso, cada Instituição Educativa construirá o seu planejamento

estratégico com base em diagnóstico que contemple dados quantitativos e

qualitativos alicerçados em sete dimensões: Ambiente Educativo;Prática

Pedagógica; Avaliação; Gestão Escolar; Formação e condições de trabalho dos

profissionais da Escola; Ambiente físico e escolar; Acesso, permanência e sucesso

na Escola.

Diagnosticar

Planejar

Executar

Monitorar

Avaliar

Socializar

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NÚCLEOS EDUCACIONAIS

EBM Padre José Anchieta; EBM Mirian Elena Meyer; EBM Severiano Rolin de Moura; EBMDilsoCecchin; CEIM Brincar e Aprender I e II; CEIM Leãozinho; CEIM Pequeno Pensador; CEIM BB Criança; CEIM Ciranda do Saber; EBM Agropecuária Demétrio Baldissarelli; EBM Água Amarela; EBM Linha Almeida; EBMAscendina Brasinha Dias; CEIM SA PE TI KO SI

CEIM Nova Era; CEIM do Comércio; CEIM Esplanada; CEIM PE-TE-CA; EBM. André Antônio Marafon; EBM. Realeza; EBM Victor Meirelles; EPC Leonel de Moura Brizola; EBM Anita Garibaldi; EBM Waldemar Kleinubing; CEIM São Pedro; CEIM Pequeno Príncipe; CEIM Brincar e Crescer; EBM Paulo Freire; EBM Thereza GaboardiBaldissera; EBM Lajeado Liso; EBM Rodeio Bonito; EBM Lajeado Verissimo; EBM São José do Capinzal; EBM Linha Batistello; CEIM Toldo Chimbangue; CEIM Sede Figueira

EBM Vila Real; CEIM Proteção; EBM Florestan Fernandes; EBM Cruz e Souza; CEIM Projeto Minha Gente; CEIM Aquarela; CEIM Cristo Rei; CEIM Eldorado; EBM Maria BordignonDestri; CEIM Universo da Criança; EBM Zélia Roque de Lima Munzi; CEIM Carmem Antônia BalbinotPelizza; EBM Olímpio Corrêa Figueiró; EBM Vila Rica; CEIM Cantinho da Imaginação; Chapecó Criança

CEIM Criança Feliz; EBMFedelino Machado dos Santos; CEIM Pequenos Heróis; EBM Jardim do Lago; EBM Herbert de Souza; EPC Cyro Sosnosky; EBM Diogo Alves da Silva; CEIM Ciranda da Criança I e II; EBM Sereno Soprana; CEIM Colina do Sol; CEIM Alegria do Saber; EBM. Guido Mantelli

EBM Alípio José da Rosa; EBM Clara Urmann; CEIM Parque das Palmeiras; CEIM Nossos Sonhos; CEIM Iris Abello; EBM Rui Barbosa; CEIM Mundo Encantado; EBM Nova Aurora;EBM Goio-Ên; CEIM Alto da Serra; CEIM Maria da Luz Borges; CEIM Nova Vida; CEIM Criança é Esperança; EBM São Cristóvão

NÚCLEO 1

NÚCLEO 2

NÚCLEO 3

NÚCLEO 4

NÚCLEO 5

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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O processo educacional só se transforma e se torna mais competente na medida em que seus participantes tenham consciência de que são corresponsáveis pelo seu desenvolvimento e seus resultados (LÜCK, 2011, p.76).

Nos dias atuais, a preocupação em transformar o mundo mais fraterno, mais

solidário e menos injusto é uma constante, por isso, a necessidade de repensar,

reconstruir um novo propósito para educação municipal. Essa forma de gestão

educacional, de evoluir, buscando a excelência, com base na visão sistêmica, nos

fundamentos científicos que regem a educação atual, é de grande responsabilidade,

exigindo incessante e incansável busca de resultados positivos.

As mudanças precisam ocorrer de forma organizada; acompanhando o

desenvolvimento tecnológico; ouvindo a comunidade; observando as legislações

vigentes; com foco no sucesso dos educandos, cidadãos, atores da sociedade

chapecoense.

A concretização das metas almejadas não é uma tarefa fácil, porém

compensadora, e, para que isso ocorra, é necessário que o trabalho realmente

atenda às reais necessidades da comunidade escolar.Diagnosticar,

planejar,executar, monitorar, avaliar e socializar são ações efetivas para conquistar

a excelência na educação.

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149

REFERÊNCIAS

BRASIL. Política Nacional de Educação Ambiental: Lei n. 9.795, de 27 de abril de 1999. Disponível

em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795.htm. Acesso em 10 mai. 2013.

______. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica.

Resolução CNE/CEB Nº. 4/2010, de 13 de julho de 2010. Disponível em

http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=5

916&Itemid=. Acesso em 08 mai. 2013.

______.Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica.

Parecer CNE/CEB Nº. 7/2010, de 07 de abril de 2010. Disponível em

http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=5

367&Itemid=. Acesso em 08 mai. 2013.

______. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9

(nove) anos. Parecer CNE/CEB Nº. 11/2010, de 07 de julho de 2010. Disponível em

http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=6

324&Itemid=. Acesso em 09 mai. 2013.

______. Estatuto da Criança e do Adolescente: lei n. 8.069, de 13 de setembro de

1990. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm>. Acesso

em 07 mai. 2013.

______. Fixa Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos. Resolução CNE/CEB Nº. 7/2010, de 14 de dezembro de 2010. Disponível em http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=7246&Itemid=. Acesso em 09 mai. 2013. ______. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em 06 mai. 2013. ______.O plano de Desenvolvimento de Educação: razões, princípios e programas. Brasília: MEC, 2007. CAPRA, Fritjof. A teia da vida: Uma nova Compreensão Cientifica dos Sistemas Vivos. São Paulo: Ed Cultrix, 1996.

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150

CHAPECÓ, Secretaria de Educação. Projeto Politico Pedagógico da Educação Básica da Rede Municipal de Ensino de Chapecó, Chapecó, 2012. FREIRE, P.& ILLICH, Ivan. Diálogo. In: Seminário Invitación A Concientizar y Desescolarizar: Conversaciónpermamente, Genebra, 1974. Atas. Buenos Aires, BúsquedaCeladec. 1975, 109 p. LIBÂNEO, José Carlos. Adeus professor, adeus professora?:novas exigências educacionais e profissão docente. 10.ed.v. 67, São Paulo: Cortez, 2007. LIBÂNEO, José Carlos. O dualismo perverso da escola pública brasileira: escola do conhecimento para os ricos, escola do acolhimento social para os pobres. In: Revista Educação e Pesquisa.v. 38, n.1, São Paulo, 2012. LÜCK, Heloísa. Liderança em Gestão EscolarEducação. 7. ed. São Paulo: Vozes 2011.

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151

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152

ETAPAS DA ELABORAÇÃO DO PLANO ESTRATÉGICO DE GESTÃO

Roteiro para as instituições educativas desenvolver juntamente com seu

grupo de trabalho.

1ª etapa:

Reunir o Conselho Escolar para estudo do documento

Definir nº de participantes para fazer parte da Comissão de Sistematização

Definir a metodologia para desenvolver o trabalho no grande grupo 2ª etapa

Apresentar o documento para a equipe da Instituição Educativa

Levantar os dados quantitativos e qualitativos

Elaborar o Plano Estratégico

3ª etapa

Entregar o Plano Estratégico até o dia 30 de novembro de 2013, na Secretaria de

Educação, para Diretoria de Gestão Educacional.

IDENTIFICAÇÃO

Instituição Educativa Código Inep

Endereço Bairro

Telefone Email

Gestor (a)

Vice Gestor(a)

Coordenador(a)

Secretário(a)

Professor(a) Turma/Disciplina/Função Efetivo/ACT

Estagiário(a) Turma/Função

Vigia Efetivo(a)/Contratado(a)

Auxiliar de Serviços Internos/Externos Efetivo(a)/Contratado(a)

Período de Gestão do Conselho Escolar: ___/___/___ a ___/___/___

Nome dos Membros do Conselho Escolar Segmento que representa

Page 152: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

153

DIAGNÓSTICO/ QUANTITATIVO/ IDEB

SÉRIES INICIAIS 2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021

IDEB Observado

Metas Projetadas pela

Instituição Educativa

Metas Projetadas pelo

FNDE

ATENDIMENTO EDUCACIONAL

2012 2013 2014 2015 2016

Turmas

Alunos

turmas

Alunos

turmas

alunos

turmas

alunos

turmas

alunos

Berçário Integral

Berçário Parcial

Berçário Misto

Maternal Integral

Maternal Parcial

Pré-escola

SUBTOTAL

1ª série

2ª série

3ª série

4ª série

5ª série

6ª série

7ª série

8ª série

9ª série

SUBTOTAL

Fase I-II

Fase III-IV-

V-VI

Page 153: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

154

EAD

SUBTOTAL

Apoio

Pedagógico

Sala de

Recursos

Multifunc.

Mais

Educação

Brasil

Alfabetizado

Bandas

Escolares

Curso Básico

Inglês

Curso Básico

Espanhol

Curso Básico

Informática

SUBTOTAL

Educandos com Deficiência

Nº educandos Turma Descrição *

Cegueira/ Baixa Visão/ Surdez/ Deficiência auditiva/ Surdocegueira/

Deficiência Física/ Deficiência Intelectual/ Deficiência Múltipla/ Autismo

Infantil/ Síndrome de Asperger/ Transtorno Desintegrativo de Infância/

Altas Habilidade/Superdotação

Page 154: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

155

APROVEITAMENTO DOS EDUCANDOS

2012 2013 2014 2015 2016

%

Aprovação

%

Evasão

%

Aprovação

%

Evasão

%

Aprovação

%

Evasão

%

Aprovação

%

Evasão

%

Aprovação

%

Evasão

Pré-

Escola

____ _____ _____ _____ _____

1ª série

2ª série

3ª série

4ª série

5ª série

6ª série

7ª série

8ª série

9ª série

EJA

TOTAL

TAXA DE REPROVAÇÃO POR DISCIPLINA E SÉRIE: ANO 2012 E PROJEÇÃO

PARA 2013/2014/2015/2016

EXEMPLO DE TABELA: ANO 2012

Série

Série

Série

Série

Série

Série

Série

Série

Série

EJA

Matemática

Língua Portuguesa

Ciências

Geografia

História

Artes

Ensino Religioso

Educação e Diversidade

Educação Financeira e Sustentabilidade

Educação e Direitos Humanos

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156

Educação Física

Inglês

Espanhol

ESTRUTURA FÍSICA

Área Construída: Área Total:

Dependências Qtde Observação

Sala da Gestão Escolar

Secretaria

Sala de Professores

Coord. Pedagógica

Biblioteca

Sala Multiuso

Sala de informática

Auditório

Almoxarifado

Depósito de limpeza

Refeitório

Área Coberta

Cozinha

Área de Serviço

Sanitários funcionários

Sanitários educandos

Salas de Aula

Sala de Recursos Multifuncionais

Quadra de Esportes

Ginásio de Esportes

Sanitários Adaptados

Câmeras Eletrônicas

Alarme

Parque infantil

Solário

Lactário

Page 156: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

157

QUALITATIVO - DIMENSÕES <->AMBIENTE EDUCATIVO

DESCRIÇÃO RU RE B MB O

Relação educadores< --- >educandos

Relação educadores< --- >educadores

Relação educadores< --- >servidores

Relação educadores< --- >família

Relação gestão< --- >educadores

Relação gestão < --- >servidores

Relação gestão < --- >educandos

Relação gestão < --- >família

Relação gestão < --- >conselho escolar

Relação gestão< --- > SEDUC

Relação educandos< --- > educandos

Relação educandos< --- >servidores

Relação servidores < --- >servidores

Relação estagiários < --- >educadores

Relação estagiários < --- >estagiários

Relação estagiários< --- >gestão

Relação estagiários< --- >servidores

Relação estagiários< --- >família

Relação estagiários< --- >educandos

Observações

PRÁTICA PEDAGÓGICA

DESCRIÇÃO RU RE B MB O

Proposta pedagógica

Planejamento das atividades

Contextualização dos conteúdos em sala de aula

Variedade de estratégias e recursos no processo

ensino-aprendizagem

Incentivo à autonomia e ao trabalho em grupo

Prática pedagógica inclusiva

Page 157: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

158

Recuperação paralela

Aplicabilidade do currículo

Atividades de Apoio Pedagógico

Observações

AVALIAÇÃO

DESCRIÇÃO RU RE B MB O

Monitoramento do processo de aprendizagem dos

educandos

Mecanismos de avaliação dos educandos

Participação dos educandos na avaliação de sua

aprendizagem

Avaliação do trabalho dos profissionais da Instituição

Educativa.

Acesso, compreensão e uso dos indicadores oficiais de

avaliação da Instituição Educativa.

Conselho de Classe

Conselho de Classe Participativo

Observações

GESTÃO ESCOLAR

DESCRIÇÃO RU RE B MB O

Atuação do Conselho Escolar

Participação efetiva de alunos, família e comunidade em

geral.

Parcerias locais e relação escola <-> comunidade

Mediação e encaminhamento dos conflitos que ocorrem no

dia-a-dia

Aplicação dos recursos financeiros

Transparência na aplicabilidade dos Recursos Financeiros

Atuação da Gestão Escolar

Observações

Page 158: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

159

FORMAÇÃO E CONDIÇÕES DE TRABALHO DOS PROFISSIONAIS DA ESCOLA

DESCRIÇÃO RU RE B MB O

Formação continuada na Instituição Educativa

Assiduidade

Acesso às Tecnologias da Informação e Comunicação

Compromisso dos profissionais com sua formação

Compromisso com o processo ensino aprendizagem

Aproveitamento dos horários de planejamento e estudo

Assessoria Pedagógica pela equipe gestora

Observações

AMBIENTE FÍSICO E ESCOLAR

DESCRIÇÃO RU RE B MB O

Material escolar

Equipamentos

Mobiliário

Ambientes de convivência

Alimentação Escolar

Tratamento do lixo

Embelezamento

Transporte Escolar

Limpeza e higiene

Observações

Page 159: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

160

ACESSO, PERMANÊNCIA E SUCESSO NA INSTITUIÇÃO EDUCATIVA.

DESCRIÇÃO RU RE B MB O

Divulgação de matrícula

Acompanhamento da frequência dos educandos

Estratégias/ações de combate à evasão escolar

Atendimento aos alunos com defasagem de aprendizagem

Encaminhamentos ao APOIA

Encaminhamentos ao SASE

Observações

RU - Ruim RE Regular B – Bom MB – Muito Bom O – Ótimo

PLANO ESTRATÉGICO DE GESTÃO

MISSÃO

É uma declaração sobre o que a escola é sua identidade, sua razão de ser e o serviço

que presta. A missão define o que é a Instituição educativa hoje e como pretende

atuar no dia-a-dia.

PROPÓSITO

Define o que a Instituição educativa pretende ser no futuro. Incorpora as ambições e

descreve o quadro futuro que se quer atingir. Dá, assim, forma de direção ao futuro da

mesma.

PRINCÍPIOS NORTEADORES

São as ideias fundamentais em torno das quais se constrói a Instituição Educativa.

Representam as convicções, as crenças básicas, aquilo em que a maioria das

pessoas da escola acredita. Os princípios permeiam todas as atividades e relações

existentes na escola e da escola com os alunos, com as famílias e com a comunidade,

ou seja, como a escola pretende atuar no cotidiano enquanto busca realizar seu

propósito.

Page 160: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

161

METAS E ESTRATÉGIAS

As metas definem os resultados que devem ser atingidos, focalizando exatamente o

que se espera alcançar. As estratégias são as ações a serem desenvolvidas para

atingir as metas propostas.

Exemplo de tabela para preencher conforme necessidade e interesses da instituição

educativa.

Meta 1

Estratégias/ações

Período de realização Responsável

2013 2014 2015 2016 Instituição

Educativa

SEDUC

1.

2.

3.

4.

5.

6.

7.

8.

Chapecó, ___, de ________________de 2013.

Nome e Assinatura da Comissão de Sistematização:

Page 161: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

162

(Anexo II)

Regimento Escolar

Unificado Da Rede

Municipal De Ensino

Page 162: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

163

ESTADO DE SANTA CATARINA

MUNICÍPIO DE CHAPECÓ

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

JOÃO RODRIGUES

PREFEITO MUNICIPAL

ELIO FRANCISCO CELLA

VICE-PREFEITO MUNICIPAL

ASTRIT MARIA SAVARIS TOZZO

SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO

ANA MARIA LUNARDI VEDANA

GERENTE ADMINISTRATIVA

LÍGIA PAULA FIGUEIRÓ DE FARIAS

GERENTE DE ENSINO FUNDAMENTAL

SIMONE VERGÍNIA LORENZET

GERENTE DE CRECHES E PRÉ-ESCOLA

SUELI SUTILLI

GERENTE DE ENSINO PROFISSIONALIZANTE

E COOPERATIVISMO

Page 163: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

164

CAPÍTULO I

DA CRIAÇÃO, CONSTITUIÇÃO E MANUTENÇÃO.

Art. 1º As Instituições de Ensino vinculadas ao Sistema Municipal de Educação,

criadas e mantidas pelo Poder Público Municipal de Chapecó reger-se-ão por este

Regimento, observando a legislação vigente.

CAPÍTULO II

DOS OBJETIVOS E NÍVEIS DE ENSINO

Art. 2º As Instituições de Ensino, em consonância com a Lei Nº. 9.394/96 - Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional e Lei Complementar Nº. 48/97 - Sistema

Municipal de Ensino de Chapecó e suas alterações posteriores, têm por objetivo

promover condições para o desenvolvimento integral do educando, construindo

uma Instituição que garanta o conhecimento e o respeito à diversidade, para o

exercício da cidadania.

Art. 3º As Instituições de Ensino oferecerão atendimento educacional gratuito

nos seguintes níveis:

I. Educação Infantil de 0 (zero) a 6 (seis) anos nas modalidades de

berçário, maternal e pré-escola;

II. Ensino Fundamental oferecido em nove anos, organizado em séries,

compreendendo 1ª a 5ª série (anos iniciais) e de 6ª a 9ª série (anos finais);

III. Ensino Fundamental na modalidade de Educação de Jovens e Adultos,

para jovens e adultos maiores de 15 anos, organizado em fases presenciais, e a

educação a distância oferecida por disciplina.

CAPÍTULO III

DOS PRINCÍPIOS E FINS

Art. 4º A educação oferecida nas Instituições de Ensino está embasada nos

seguintes princípios e fins:

I. A construção da cidadania plena com autonomia dos sujeitos;

II. A construção da liberdade, da solidariedade humana, do bem estar

social e da democracia;

III. Igualdade de condições para o acesso, permanência nas Instituições

de Ensino e conclusão dos estudos;

IV. Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o

pensamento, a arte e o saber;

V. Direito à liberdade, fundamentada nos princípios do Projeto Político

Pedagógico da Rede Municipal de Ensino;

VI. Garantia de qualidade dos espaços físicos, dos equipamentos

escolares, do número de educandos por turma, da habilitação e formação continuada

dos educadores e demais funcionários da educação;

VII. Respeito à dignidade e aos direitos das crianças, adolescentes e

jovens;

VIII. Garantia de acesso ao brinquedo como expressão do pensamento e

como forma de comunicação;

Page 164: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

165

IX. Direito à aprendizagem, valorizando a experiência extra-escolar,

incentivando a pesquisa e a produção do conhecimento;

X. Compreensão do papel da ciência e o domínio dos recursos científicos

e tecnológicos que lhes permitam superar as dificuldades;

XI. Resgate e construção dos valores culturais, artísticos, nacionais e

regionais;

XII. Construção de relações de solidariedade, respeito, autonomia,

dignidade e interação no processo educacional;

XIII. Participação efetiva da família no processo educacional.

CAPÍTULO IV

DO CONSELHO ESCOLAR

Art. 5º As Instituições de Ensino contarão com Conselho Escolar, constituído pela

gestão escolar e por representantes dos segmentos da comunidade escolar.

Parágrafo único. Os representantes serão eleitos de acordo com a Legislação

Municipal que rege sobre o assunto e o estatuto do referido Conselho Escolar.

Art. 6º O Conselho Escolar terá as atribuições contidas na Legislação Municipal que

rege o assunto e as definidas no Estatuto do Conselho Escolar.

CAPÍTULO V

DA GESTÃO ESCOLAR

SEÇÃO I

DO GESTOR

Art. 7º A coordenação da Instituição de Ensino, será exercida por um gestor.

§ 1º O gestor será nomeado pelo chefe do Poder Executivo Municipal.

§ 2º As Instituições de Ensino que devido as suas características, não tiverem

gestor, a coordenação será exercida por um professor responsável pela Instituição

de Ensino, com acompanhamento dos profissionais em exercício na Secretaria de

Educação.

Art. 8º O gestor deverá ser educador graduado na área da educação, do quadro

efetivo da Rede Municipal, com capacidade de:

I. Garantir os encaminhamentos da Secretaria de Educação junto aos

educadores, servidores, pais, educandos, Conselho Escolar e comunidade;

II. Coordenar o trabalho pedagógico e administrativo da Instituição de

Ensino;

III. Propor encaminhamentos, acompanhar, auxiliar e avaliar o processo de

ensino-aprendizagem.

Parágrafo único. O gestor do Centro de Educação Infantil Municipal deverá possuir

habilitação na área de Educação Infantil.

Art. 9º Compete ao gestor:

Page 165: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

166

I. Cumprir e fazer cumprir as disposições deste Regimento;

II. Coordenar a Instituição de Ensino observando este Regimento e a

legislação vigente;

III. Orientar, coordenar, avaliar e presidir as atividades administrativas e

pedagógicas;

IV. Representar a Instituição de Ensino;

V. Convocar com aviso prévio os profissionais da educação e educandos

para reuniões, seminários, grupos de estudo e outras atividades do planejamento e/ou

necessidades da Instituição de Ensino;

VI. Elaborar em conjunto com todos os segmentos, no que compete à

Instituição de Ensino, o Calendário Escolar;

VII. Coordenar o processo de elaboração e execução do Projeto Político

Pedagógico da Instituição de Ensino, em consonância com o Projeto Político

Pedagógico da Secretaria de Educação;

VIII. Providenciar de acordo com o plano de ação construído com o

Conselho Escolar, o material indispensável ao trabalho escolar, aplicando os recursos

recebidos pelo Poder Público;

IX. Aplicar penalidades disciplinares aos professores e funcionários de

acordo com a legislação em vigor e as disposições deste Regimento;

X. Advertir os professores sempre que atuarem de forma contrária aos

princípios do Art. 4º deste Regimento e de acordo com o Estatuto dos Servidores

Públicos Municipais;

XI. Garantir a construção de um relacionamento ético, profissional e

humano entre a Instituição de Ensino, a Comunidade e a Secretaria de Educação;

XII. Administrar o financeiro da Instituição de Ensino juntamente com o

presidente e/ou tesoureiro do Conselho Escolar;

XIII. Delegar poderes e designar tarefas exigindo compromisso e

responsabilidade de cada um;

XIV. Rubricar os livros de escrituração da Instituição de Ensino;

XV. Garantir a participação dos profissionais da educação, da família e dos

educandos no processo de avaliação;

XVI. Garantir, com qualidade e organização, os momentos de estudo e

planejamento dos profissionais da Instituição de Ensino;

XVII. Desenvolver a gestão escolar de forma democrática, buscando sempre

o diálogo com todos os segmentos da comunidade escolar;

XVIII. Implementar e consolidar os Conselhos Escolares como instrumentos

de participação e democratização das relações entre escola e comunidade;

XIX. Garantir condições para que os profissionais desenvolvam atividades

diversificadas, levando em consideração os diferentes ritmos de aprendizagem e as

dificuldades dos educandos;

XX. Elaborar a programação da Instituição de Ensino considerando a

disponibilidade de tempo dos pais, a fim de garantir a participação dos mesmos;

XXI. Proporcionar momentos de avaliação entre os diferentes segmentos;

XXII. Assinar toda a documentação e correspondência emitida oficialmente

em nome da Instituição;

Page 166: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

167

XXIII. Tomar as providências necessárias para o combate à evasão escolar

e a repetência, bem como, os afastamentos das crianças, no caso dos Centros de

Educação Infantis Municipais;

XXIV. Exercer as demais atribuições que lhe couberem nos termos deste

Regimento e quaisquer outras que decorrem à própria natureza do cargo que exerce.

SEÇÃO II

DO VICE- GESTOR

Art. 10 A Instituição de Ensino contará com vice-gestor, observada as orientações

da Secretaria de Educação que define parâmetros para a estrutura organizacional

das Instituições de Ensino.

Parágrafo único. O vice-gestor deverá ser educador habilitado na área da educação

e efetivo do quadro do Magistério Público Municipal, com capacidade de:

I. Garantir os encaminhamentos, juntamente com o gestor, a toda

comunidade escolar;

II. Coordenar o trabalho pedagógico e administrativo da Instituição de

Ensino, juntamente com o gestor e o coordenador pedagógico;

III. Propor encaminhamentos, acompanhar, auxiliar e avaliar o processo de

ensino-aprendizagem.

Art. 11 – Compete ao vice-gestor:

I. Cumprir e fazer cumprir as disposições deste Regimento;

II. Exercer as funções e responsabilidades acordadas com o gestor da

Instituição de Ensino, ressalvadas aquelas de competência exclusiva do gestor;

III. Responsabilizar-se pela função do gestor na ausência do mesmo.

CAPÍTULO VI

DA SECRETARIA

Art. 12 As Instituições de Ensino manterão secretaria em sua sede.

§1º Compete à secretaria, responsabilizar-se por todo o serviço de escrituração e

arquivo ativo e inativo dos documentos e correspondências da Instituição de

Ensino, dos seus educandos e dos profissionais da educação, zelando pela

organização e segurança dos mesmos.

§2º Nas Instituições de Ensino em que devido a sua característica, não possuem

secretário, o trabalho será desenvolvido pelo próprio gestor e/ou professor.

§3º - O atendimento da secretaria será nos horários e turnos de funcionamento da

Instituição de Ensino.

Art. 13 A função de secretário deverá ser exercida por profissional efetivo do quadro

do magistério público municipal, conforme previsto no Estatuto dos Servidores

Públicos Municipais.

Art. 14 O secretário responderá pelas seguintes funções:

Page 167: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

168

I. Organizar os serviços da secretaria de modo a concentrarem-se nela

todos os documentos escolares;

II. Organizar o arquivo, assegurando a preservação dos documentos

escolares, para atender com agilidade e precisão qualquer pedido de informação ou

esclarecimento;

III. Encaminhar os despachos e determinações da gestão;

IV. Expedir a documentação escolar e a correspondência oficial da

Instituição de Ensino;

V. Elaborar os relatórios oficiais, encaminhando-os aos órgãos

competentes;

VI. Lavrar e subscrever as atas, relatórios e termos referentes aos

resultados escolares;

VII. Organizar os arquivos com leis, regulamentos, instruções, despachos,

portarias e outros documentos da legislação educacional;

VIII. Escriturar livros, fichas e demais documentos da Instituição de Ensino e

da vida escolar dos educandos;

IX. Garantir com habilidade, a implementação do Sistema Escolar e

informar o censo escolar com dados fidedignos;

X. Efetivar em tempo hábil, todas as ações solicitadas pela Secretaria de

Educação;

XI. Adotar todas as medidas legais necessárias visando combater a evasão

escolar.

CAPÍTULO VII

DO CORPO DOCENTE

Art. 15 O corpo docente é constituído de professores devidamente habilitados na

forma da legislação vigente.

Art. 16 Os professores serão admitidos de acordo com a Legislação Municipal

própria aplicável, cuja vinculação à Instituição de Ensino, implica na aceitação deste

Regimento.

Art. 17 Compete aos membros do corpo docente:

I. Cumprir e fazer cumprir as disposições deste Regimento;

II. Cumprir e fazer cumprir os princípios e objetivos do Projeto Político

Pedagógico;

III. Cumprir as atribuições do professor constantes do anexo VIII da Lei

Complementar Nº. 132/2001 de 05 de dezembro de 2001.

CAPÍTULO VIII

DOS ESPECIALISTAS EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS

Art.18 Os especialistas em assuntos educacionais devem possuir habilitação na

forma da legislação vigente, para as funções de administrador escolar, supervisor

escolar e/ou orientador educacional.

Art. 19 São atribuições dos especialistas em assuntos educacionais:

Page 168: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

169

I. Cumprir e fazer cumprir as disposições deste Regimento;

II. Coordenar, juntamente com a gestão escolar, a execução do Projeto

Político Pedagógico da Instituição de Ensino;

III. Promover, juntamente com a gestão escolar, encontros com pais,

professores e educandos;

IV. Desempenhar as funções de acordo com o anexo IV da Lei

Complementar Nº. 132/2001;

V. Desempenhar outras atividades que se façam necessárias no conjunto da

Instituição de Ensino, respeitada a função característica de educador.

CAPÍTULO IX

DOS COORDENADORES PEDAGÓGICOS

Art. 20 Caberá ao coordenador pedagógico:

I. Participar com o gestor na coordenação da construção e efetivação do

Projeto Político Pedagógico da Instituição de Ensino;

II. Participar dos encontros de formação e garantir a socialização na

Instituição de Ensino;

III. Organizar, juntamente com o gestor, os encontros de planejamento dos

professores e momentos de estudo;

IV. Participar da construção dos projetos da Instituição de Ensino e

acompanhar o seu desenvolvimento, fazendo intervenções sempre que necessário;

V. Auxiliar na construção, descrição e análise do diagnóstico das turmas

para encaminhamentos posteriores.

VI. Acompanhar a avaliação das turmas;

VII. Acompanhar e auxiliar na organização das reuniões de pais e Conselho

Escolar;

VIII. Incentivar os docentes no desenvolvimento do trabalho em equipe,

coerente e articulado com o Projeto Político Pedagógico da Secretaria de Educação e

da Instituição de Ensino;

IX. Auxiliar os docentes na elaboração dos projetos de ensino, subsidiando-

os com materiais de pesquisa e estudo, bem como, com leituras que possam auxiliá-

los na prática pedagógica em sala de aula;

X. Acompanhar o desenvolvimento dos projetos planejados pelos

professores, realizando intervenções sempre que necessário, respeitando o Projeto

Político Pedagógico da Secretaria de Educação e da Instituição de Ensino;

XI. Participar e interagir efetivamente no processo de aprendizagem em

sala de aula, juntamente com o professor titular;

XII. Participar de todos os eventos e capacitações promovidas pela

Secretaria de Educação;

XIII. Responsabilizar-se pela utilização dos Centros de Informática, fazendo

com que estes, juntamente com o responsável pelo Centro e com o professor, sejam

de fato utilizados para os fins pedagógicos a que se destinam.

XIV. Elaborar juntamente com a gestão da instituição cronograma de

horários para atendimento a todas as turmas, bem como, solicitar ao responsável pelo

Centro Municipal de Tecnologia - CEMUT, a realização de pesquisa em sites

Page 169: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

170

educativos, com temáticas que venham atender os projetos e planejamentos

trabalhados;

XV. Priorizar: o que, como e para que ensinar;

XVI. Discutir com a comunidade escolar, o desempenho dos educandos e os

pontos que concentram dificuldades de aprendizagem;

XVII. Realizar reuniões periódicas com pais e professores dialogando sobre

questões pedagógicas.

CAPITULO X

DO AGENTE EDUCATIVO

Art. 21 As Instituições de Ensino que atenderem turmas de berçário e maternal

contarão com agentes educativos:

I. Para sua contratação, o agente educativo deverá atender aos requisitos de

Resolução específica da Educação Infantil.

Art. 22 É de responsabilidade do agente educativo:

I. Atender as solicitações e orientações da Secretaria de Educação;

II. Cumprir integralmente o horário de trabalho;

III. Participar das atividades planejadas pela Instituição de Ensino;

IV. Participar das atividades planejadas pela Secretaria de Educação e

previstas no calendário;

V. Construir relações de respeito com todas as pessoas envolvidas na

Instituição de Ensino: professores, funcionários, educandos, famílias e comunidade;

VI. Primar pela conservação, limpeza e organização dos bens móveis e

imóveis, bem como dos materiais e demais equipamentos;

VII. Cumprir e fazer cumprir as disposições deste Regimento;

VIII. Atender as solicitações e orientações da gestão;

IX. Demonstrar iniciativa na execução de suas atribuições;

X. Auxiliar o professor nas atividades pedagógicas desenvolvidas.

CAPÍTULO XI

DOS AUXILIARES DE SERVIÇOS INTERNOS

Art. 23 A Instituição de Ensino contará com pessoal para realização de serviços

internos como limpeza, manutenção e outros.

Art. 24 Compete aos servidores dos serviços internos:

I. Cumprir e fazer cumprir as disposições deste Regimento;

II. Exercer as atribuições do cargo conforme as especificações do anexo V

da Lei Complementar Nº. 132/2001.

CAPÍTULO XII

DO CORPO DISCENTE

Page 170: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

171

SEÇÃO I

DA CONSTITUIÇÃO E COMPETÊNCIA

Art. 25 O corpo discente é constituído por todos os educandos regularmente

matriculados na Instituição de Ensino.

Parágrafo único. Os educandos possuem direitos e deveres, especialmente aqueles

definidos neste Regimento.

SEÇÃO II

DOS DIREITOS DOS EDUCANDOS

Art. 26 Constituem direitos dos educandos:

I. Dialogar com os professores sobre as dificuldades encontradas no

processo ensino-aprendizagem, buscando ajuda e orientação;

II. Expressar-se com liberdade, respeitando e sendo respeitado pelos

colegas, professores, servidores e gestores;

III. Organizar-se em agremiações sociais, culturais, esportivas, artísticas e

cívicas, assumindo suas tarefas com responsabilidade;

IV. Expor suas idéias e opiniões em sala de aula;

V. Apresentar sugestões relativas a melhorias na vida escolar, aos

professores, a gestão, servidores e colegas;

VI. Levar ao conhecimento dos professores e/ou aos gestores os

problemas e as dificuldades enfrentadas seja em relação aos conteúdos ou em

relação a questões pessoais e sobre eles dialogar, visando solucioná-los;

VII. Utilizar-se das instalações e dependências da Instituição de Ensino, na

forma e horário pré-estabelecido;

VIII. Ser atuante no processo de ensino-aprendizagem e de avaliação, e

solicitar esclarecimentos, quando necessário;

IX. Participar das atividades da Instituição de Ensino e eleger

representantes, quando for o caso;

X. Conhecer o presente Regimento, solicitando sempre que necessárias

informações sobre o mesmo;

XI. Exercer os direitos estabelecidos no Estatuto da Criança e do

Adolescente.

SEÇÃO III

DOS DEVERES DOS EDUCANDOS

Art. 27 São deveres dos educandos:

I. Cumprir as determinações deste Regimento;

II. Respeitar os gestores, professores, servidores e colegas;

III. Ser assíduo e pontual nas entradas, saídas e intervalos;

IV. Conhecer, respeitar e cumprir as normas da Instituição de Ensino,

assumindo-as com consciência e responsabilidade;

V. Participar das aulas e demais atividades planejadas e previstas pela

gestão, professores e educandos;

Page 171: ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE CHAPECÓ ...

172

VI. Permanecer no estabelecimento escolar durante todo o período de aula;

VII. Colaborar na organização, manutenção, conservação e limpeza do

prédio, do mobiliário e das instalações, indenizando a Instituição de Ensino quando

ocasionar estrago, se comprovada sua responsabilidade;

VIII. Participar e colaborar na organização de campanhas educativas

visando à melhoria da Instituição;

IX. Justificar as faltas e chegadas tardias, solicitar quando necessária

licença para retirar-se da Instituição de Ensino antes do término das aulas, mediante

motivos comprovados e justos que deverão ser avaliados pela gestão escolar;

X. Comprometer-se com a sua aprendizagem.

SEÇÃO IV

DAS PROIBIÇÕES AOS EDUCANDOS

Art. 28 Ao educando é expressamente proibido:

I. Perambular pelas dependências da Instituição de Ensino durante as

aulas, ou fora de seu horário escolar;

II. Ocupar-se, durante as aulas, com trabalhos estranhos às mesmas;

III. Promover atividades sem cunho educativo na Instituição de Ensino;

IV. Usar sem a devida autorização o nome da Instituição de Ensino para

qualquer tipo de promoção, campanha ou propaganda;

V. Rasurar histórico escolar ou qualquer documento referente à sua vida

escolar;

VI. Participar de jogos de azar nas dependências da Instituição de Ensino;

VII. Portar arma, ou objetos perigosos à vida;

VIII. Usar aparelhos eletrônicos e/ou sonoros durante as aulas.

Parágrafo único. Para resolver as situações de educandos que não respeitarem as

normas estabelecidas nas proibições, serão desenvolvidas conversas, avaliações e

registros com os mesmos e/ou seus pais. Sendo que, as situações não resolvidas

serão encaminhadas ao Conselho Escolar e posteriormente a outras instâncias

legais, caso seja necessário.

CAPÍTULO XIII

DAS NORMAS DE CONVIVÊNCIA

Art. 29 A convivência na Instituição de Ensino observará as seguintes normas:

I. O cumprimento e o respeito das atribuições definidas neste Regimento

por todos os envolvidos, observando-se o segmento que faz parte;

II. A construção de relações de solidariedade, companheirismo, respeito,

autonomia e interação com as pessoas;

III. Garantia de diálogo e de participação das pessoas envolvidas na solução

de situações conflituosas;

IV. Possibilidade de advertência e aplicação de penalidades previstas neste

Regimento.

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173

CAPÍTULO XIV

DA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR

Art. 30 As Instituições de Ensino manterão serviço de alimentação para a Educação

Infantil e o Ensino Fundamental.

Parágrafo único. O serviço de alimentação escolar será organizado a partir das

normas, diretrizes e financiamento do Programa Nacional de Alimentação Escolar –

PNAE e da Prefeitura Municipal, acompanhado pela atuação e deliberações do

Conselho Municipal de Alimentação Escolar – CAE.

Art. 31 A preparação das refeições obedecerá às normas sanitárias e nutricionais

necessárias para a promoção da saúde.

Parágrafo único. Deverão ser observadas as normas do PNAE - Programa Nacional

de Alimentação Escolar, as orientações do Conselho Municipal de Alimentação

Escolar - CAE, da Vigilância Sanitária, do Setor de Alimentação Escolar da

Secretaria de Educação através de sua nutricionista, e de outros órgãos afins.

Art. 32 Compete ao profissional que atua na cozinha:

I. Preparar e servir diariamente as refeições para os educandos, em hora e

forma planejadas com a gestão da Instituição de Ensino;

II. No preparo da refeição, observar os cardápios sugeridos e aprovados

pela nutricionista da Secretaria de Educação;

III. Manter organizada e higienizada a cozinha, os equipamentos e utensílios.

CAPÍTULO XV

DA UTILIZAÇÃO DAS INSTALAÇÕES FÍSICAS E EQUIPAMENTOS DA

INSTITUIÇÃO DE ENSINO

Art. 33 As instalações físicas e os equipamentos da Instituição de Ensino poderão

ser utilizados pela comunidade, observadas as seguintes condições:

I. Obter autorização da gestão e, se necessário, do Conselho Escolar;

II. As dependências não poderão ser utilizadas pela comunidade para fins

lucrativos;

III. O uso das instalações físicas e dos equipamentos da Instituição de

Ensino será disciplinado através de regulamento elaborado pela gestão juntamente

com o Conselho Escolar.

Art. 34 Nas instalações físicas, o mobiliário e os equipamentos para atendimento da

Educação Infantil, deverão ser observadas as normas técnicas e a legislação

vigente e deverão ser adequadas ao Projeto Político Pedagógico.

CAPÍTULO XVI

DA ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

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SEÇÃO I

DO CURRÍCULO ESCOLAR

Art. 35 O currículo escolar terá como base os Projetos Políticos Pedagógicos dos

diferentes níveis de ensino, da Secretaria de Educação, aprovados pelo Conselho

Municipal de Educação e serão implementado conforme necessidade da

comunidade escolar.

SEÇÃO II

DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Art. 36 A organização de turmas na Educação Infantil observará a idade e o

desenvolvimento das crianças, a partir dos seguintes parâmetros:

I. Berçário: 04 (quatro) meses até 02(dois) anos de idade;

II. Maternal: 02(dois) anos até 03(três) anos de idade;

III. Pré-escola: 04(quatro) a 05(cinco) anos de idade.

§ 1º Nas turmas de maternal poderão ser admitidas crianças que ainda não

possuam a idade para matrícula na pré-escola.

§ 2º Admitir-se-á a matrícula e o atendimento na pré-escola, crianças que

completarem 04 (quatro) anos e idade até 1º (primeiro) de março no respectivo ano

da matrícula.

Art. 37 O calendário anual da Educação Infantil oferecerá atendimento mínimo de:

I. Oito horas diárias ininterruptas nas turmas de creche (de zero a três

anos), permitida a redução para a carga horária mínima de quatro horas;

II. Quatro horas diárias nas turmas de pré-escola de 04 (quatro) a 05 (cinco)

anos de idade;

III. Mediante aprovação da comunidade escolar, planejamento e decisão do

Conselho Escolar, nas turmas de berçário e maternal, poderão ser organizados

horários alternativos de atendimento para crianças cujos pais não necessitam e/ou não

solicitam 08 (oito) horas diárias, bem como, organizar atendimentos eventuais ou de

pequenos horários de necessidade da família, sendo que no atendimento normal, os

familiares ou responsáveis deverão justificar as faltas das crianças e solicitar

permissão para retirá-las antes do horário de término das aulas;

IV. Após 5 (cinco) faltas alternadas ou 3 (três) consecutivas, sem justificativa

legal, o educando perderá o direito a vaga.

Art. 38 – Parâmetros do número de crianças por turma na Educação Infantil:

I. Na pré-escola: 25 (vinte e cinco) crianças para cada docente com carga

horária de 20(vinte) horas semanais;

II. No berçário: 15 (quinze) crianças para cada docente com carga horária

de 40 (quarenta) horas semanais;

III. No maternal: 20 (vinte) crianças para cada docente com carga horária de

40(quarenta) horas semanais.

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175

§ 1º Nos casos de atendimento em período de 04 (quatro) horas, a relação

estabelecida no artigo 37, incisos I e II será para cada docente com carga horária

de 20 (vinte) horas semanais.

§ 2º No atendimento de berçário e maternal, além da carga horária docente, os

agentes educativos deverão auxiliar no trabalho para garantir condições adequadas

no atendimento.

§ 3º Nos casos de berçário, o número de crianças poderá chegar a 21 (vinte e um)

para cada docente, sendo necessário dois agentes educativos.

SEÇÃO III

DO CURSO DE ENSINO FUNDAMENTAL ORGANIZADO EM SÉRIES

Art. 39 O curso de Ensino Fundamental Regular oferecido em nove anos e

organizado em séries anuais, seguirá as orientações estabelecidas e a grade

curricular do Projeto Político Pedagógico do Ensino Fundamental, da Secretaria de

Educação, aprovado pelo Conselho Municipal de Educação.

Art. 40 A organização das turmas no Ensino Fundamental, terá como parâmetro o

que segue:

I. 1ª e 2ª série: 27(vinte e sete) educandos (as) por turma;

II. 3ª a 5ª série: 30 (trinta) educandos (as) por turma;

III. 6ª a 9ª série: 35(trinta e cinco) educandos (as) por turma.

Parágrafo único. Para o desdobramento de turmas levar-se-á em consideração, a

disponibilidade de espaço físico na Instituição de Ensino e a análise do perfil da

turma, feita pela Secretaria de Educação juntamente com a gestão da Instituição de

Ensino.

Art. 41 O Ensino Fundamental terá um mínimo de 200 (duzentos) dias de efetivo

trabalho escolar, excluído o tempo destinado aos exames finais.

Art. 42 A carga horária anual será de 800 (oitocentas) horas e a freqüência mínima

exigida será de 75%(setenta e cinco por cento) do total de horas do ano letivo.

§ 1º A Instituição de Ensino deverá manter registros da situação e dos

encaminhamentos dados no caso dos educandos com infreqüência.

§ 2º A Instituição de Ensino, através da gestão e dos professores com trabalho

articulado com as famílias, empreenderá esforços visando garantir a freqüência

mínima constantes no caput deste artigo.

§ 3º Os casos de educandos com freqüência inferior a esse mínimo de 75%

(setenta e cinco por cento), serão comunicados aos órgãos competentes para

tomada de providências, a fim de garantir a freqüência e evitar a evasão escolar.

SEÇÃO IV

DA ESCOLA PARQUE CIDADÃ DE TEMPO INTEGRAL

Art. 43 A Escola Parque Cidadã de Tempo Integral segue as orientações do Projeto

Político Pedagógico da Escola Parque Cidadã de Tempo Integral da Rede

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Municipal de Ensino, aprovado pelo Conselho Municipal de Educação, bem como o

que estabelece a Resolução Comed Nº. 001 de 8 de outubro de 2007.

Art. 44 A Escola Parque Cidadã de Tempo Integral está baseada nos

princípios da Educação Integral e funcionará no período diurno sendo que a carga

horária semanal e a jornada diária serão aquelas constantes no Projeto Político

Pedagógico da Escola Parque Cidadã de Tempo Integral.

Art. 45 A organização curricular garante pressupostos curriculares que

enfatizam o desenvolvimento da ação educativa através de dois eixos integradores: a

formação pessoal e social e o conhecimento de mundo, mediados pelas linguagens e

materializados pela ação do sujeito.

Art. 46 As linguagens contidas na Matriz Curricular: Oral e Escrita, Artes,

Movimento, Natureza e Sociedade e Matemática contemplam a Base Curricular

Nacional e são desenvolvidas nas Salas Referências e nos Espaços de Vivência,

sendo eles: laboratório de matemática, planetário, cozinha experimental, laboratório de

ciências, brinquedoteca, atelier de arte, laboratório de informática, rádio escola, sala

de dança, biblioteca e literatório e circo.

Parágrafo único. Os Espaços de Vivência poderão ser ampliados ou

substituídos.

Art. 47 Os Espaços de Vivência têm o objetivo de auxiliar no processo de

aprendizagem das crianças da Educação Infantil e do Ensino Fundamental,

proporcionando momentos diferenciados e atraentes para a elaboração do

conhecimento.

Art. 48 A Matriz Curricular da Educação Infantil e do Ensino Fundamental

(Séries Iniciais) apresenta 4 (quatro) itens básicos: Eixos Integradores, Linguagens,

Carga Horária e Espaços de Vivência, totalizando 50 (cinqüenta) horas aula semanais.

Contempla a Base Curricular Nacional e a parte diversificada, garantindo as

especificidades da infância e a qualidade da ação educativa no desenvolvimento do

educando.

Art. 49 A Escola Parque Cidadã de Tempo Integral cumprirá um mínimo de

200 (duzentos) dias letivos anuais, com até 1.600 (mil e seiscentas) horas. Cada

Escola Parque Cidadã de Tempo Integral elaborará seu calendário anual, com base

nas diretrizes e orientações da Secretaria de Educação, atendendo as especificidades

da realidade local.

Art. 50 As matrículas serão efetuadas conforme parâmetros definidos em

Edital de Matrícula, publicado anualmente pela Secretaria de Educação.

Art. 51 No período destinado ao recesso escolar, a Escola Parque Cidadã de

Tempo Integral funcionará na modalidade de “Escola de Férias”, quando serão

desenvolvidas atividades monitoradas e será oferecida alimentação. Terão preferência

ao atendimento neste período, os educandos matriculados na Instituição e que se

encontram em situação de risco social.

SEÇÃO V

DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Art. 52 O Curso de Ensino Fundamental, modalidade de Educação de Jovens e

Adultos, para jovens e adultos maiores de 15 anos, segue as orientações do Projeto

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Político Pedagógico da Educação de Jovens e Adultos, da Secretaria de Educação,

aprovado pelo Conselho Municipal de Educação.

Art. 53 O parâmetro de organização das turmas é de 15 (quinze) a 25 (vinte e

cinco) educandos nas fases - Ensino Presencial e de 08 (oito) a 15 (quinze)

educandos na Educação a Distância.

Art. 54 A grade curricular do Ensino Presencial e da Educação a Distância, será

aquela constante no Projeto Político Pedagógico da Secretaria de Educação

aprovado pelo Conselho Municipal de Educação.

Art. 55 Quanto à carga horária, os dias letivos e a duração da hora/aula da

Educação a Distância e do Ensino Presencial, deverá ser seguido o que prevê o

Projeto Político Pedagógico da Educação de Jovens e Adultos da Secretaria de

Educação, aprovado pelo Conselho Municipal de Educação.

CAPÍTULO XVII

DO REGIMENTO, ESCRITURAÇÃO E ARQUIVOS ESCOLARES

Art. 56 Todos os atos escolares serão registrados em livros e fichas próprias,

observando em sua escrituração, as formalidades previstas em lei.

Art. 57 A autenticidade de toda a documentação escolar será formalizada pelas

assinaturas do gestor e do secretário da Instituição de Ensino .

Art. 58 A instituição manterá livros e outros instrumentos de registro das suas

atividades, especialmente:

I. Matrícula de cada ano letivo, constando nomes, etapas, curso e turno;

II. Resultados finais de aproveitamento escolar, constando resultado e

freqüência;

III. Atas do Conselho Escolar, constando decisões adotadas nas reuniões;

IV. Atas das reuniões e assembléias constando os assuntos tratados.

Art. 59 Para fins de registro da vida escolar dos educandos serão adotados os

seguintes documentos escolares:

I. Registro das avaliações;

II. Boletim Escolar;

III. Histórico Escolar;

IV. Certificado de conclusão do curso;

V. Diários de classe, para o registro da freqüência e do aproveitamento

escolar.

Art. 60 Haverá uma pasta individual para cada educando, composta por sua

documentação escolar, contendo identificação completa, com documentos relativos

ao seu histórico escolar.

Art. 61 Ao gestor e ao secretário caberá a responsabilidade por toda a escrituração

e expedição de documentos escolares, bem como dar-lhe autenticidade através de

suas assinaturas.

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Parágrafo único. Todos os funcionários serão responsáveis, nas áreas de sua

competência, pela guarda e inviolabilidade dos arquivos, documentos e

escrituração escolar.

CAPÍTULO XVIII

DO REGIME DISCIPLINAR DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO E

DEMAIS SERVIDORES

Art. 62 O regime disciplinar aplicável aos profissionais da educação e demais

servidores vinculados a Rede Municipal de Ensino, será o constante na legislação

municipal vigente.

Art. 63 Compete ao gestor da Instituição de Ensino efetuar registros nos casos de

infração disciplinar e pedagógica, encaminhando-os à Secretaria de Educação para

as devidas providências, com observância da legislação específica aplicável.

CAPÍTULO XIX

DA MATRÍCULA E DAS TRANSFERÊNCIAS

SEÇÃO I

DA MATRÍCULA

Art. 64 A campanha anual de matricula será realizada na época determinada pela

Secretaria de Educação e regulamentada por edital.

§ 1º A matrícula será aceita em qualquer época do ano, mediante transferência;

§ 2º Mediante avaliação o educando matriculado poderá ser classificado e

reclassificado, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional;

§ 3º Será igual para todos os matriculados o tratamento da Instituição de Ensino,

sendo proibido qualquer preconceito de ordem filosófica, política, religiosa, de etnia,

gênero e classe social.

Art. 65 A matrícula na Instituição de Ensino, por livre escolha do candidato ou de

seu responsável, implica na aceitação deste Regimento do qual tomará

conhecimento.

Art. 66 Far-se-á a matrícula mediante a apresentação dos seguintes documentos:

I. Certidão de nascimento ou carteira de identidade (fotocópia);

II. Documento escolar que comprove a escolaridade anterior, exceto para a

1ª série do Ensino Fundamental;

III. Comprovante de residência;

IV. Demais documentos exigidos pelo edital de Matrícula.

Parágrafo único. Na falta de documento escolar, a classificação do educando dar-

se-á através de avaliação feita pela Instituição, conforme artigo 64, § 2º deste

Regimento.

SEÇÃO II

DAS TRANSFERÊNCIAS

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Art. 67 Será aceita a transferência de educandos, provenientes do curso de Ensino

Fundamental, de qualquer organização prevista em Lei, exceto para aqueles que se

encontram em dependência, ressalvada a opção por cursar novamente a referida

série.

Art. 68 Em qualquer época o educando poderá transferir-se da Instituição de

Ensino, desde que não tenha qualquer pendência a cumprir, no tocante as

obrigações escolares de entrega de documentos ou outros, observadas as

exigências e formalidades legais.

Art. 69 A aceitação da transferência de estudantes estrangeiros, estará na

dependência do cumprimento dos requisitos legais que regulam a matéria.

Art. 70 A aceitação da transferência estará condicionada a existência da vaga,

salvo nas exceções previstas em lei.

SEÇÃO III

DA TRANSFERÊNCIA DE TURNO

Art. 71 A transferência de turno ocorrerá quando existir vaga e por motivo justo,

autorizada pela gestão e observada a legislação vigente.

CAPÍTULO XX

DO ORÇAMENTO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO

Art. 72 A Instituição de Ensino elaborará o Orçamento Anual, com a participação e

aprovação do Conselho Escolar, até 31 de dezembro do ano anterior ao da

vigência.

§ 1º O orçamento anual deverá prever as receitas e despesas.

§ 2º As prioridades serão definidas pela gestão, juntamente com o Conselho

Escolar, onde se encontram representados todos os segmentos da comunidade

escolar.

§ 3º A execução e o controle do orçamento é de responsabilidade da gestão da

Instituição de Ensino juntamente com o Conselho Escolar.

Art. 73 Até o final de março de cada ano, o Conselho Escolar fará prestação de

contas à comunidade escolar, do balanço anual do exercício do ano anterior e

enviará cópia à Secretaria de Educação.

CAPÍTULO XXI

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 74 Fica expressamente proibido o uso de drogas, inclusive cigarro e bebidas

alcoólicas, nas dependências da Instituição de Ensino, para todas as pessoas.

Parágrafo único. Compreende-se por dependências da Instituição de Ensino, todo o

espaço construído, o pátio interno, as áreas de lazer existentes, o pátio externo e

as proximidades das cercas e muros.

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Art. 75 Fica expressamente proibido o uso de roupas transparentes e/ou

provocantes na Instituição de Ensino, por parte de educandos, profissionais da

educação, funcionários e demais pessoas que freqüentam a instituição, bem como

o namoro com atitudes abusivas e obscenas.

Art. 76 Os profissionais da educação e demais servidores da Instituição de Ensino,

devem primar pela ética, moral e bons costumes em todas as relações de trabalho.

Art. 77 Incorporar-se-ão a este Regimento, automaticamente, as disposições da

Legislação vigente e instruções ou normas, emanadas de órgãos ou poderes

competentes.

Art. 78 Os casos omissos neste Regimento serão resolvidos pelo Conselho Escolar,

observada a legislação educacional vigente, recorrendo aos órgãos municipais de

educação, quando necessário.