Agricultura de precisão O desenho da máquina O desenho ou design é um dos fatores que diferencia as máquinas agrícolas e aumenta a competitividade das empresas. Pensar no design de um produto é aliar funcionalidade e estética. Portanto, um designer envolve-se com todas as áreas da empresa na criação de uma nova máquina. Sim, é preciso desenvolver um produto bonito, que seja agradável aos olhos, mas é imprescindível que este seja confortável e seguro, atendendo aos quesitos da ergonomia. O design mostra-se hoje um grande nicho a ser explorado e estudado, pois, além das questões fundamentais como características técnicas e benefícios do produto, é um dos fatores decisivos no momento da compra. As regiões Norte e Nordeste do Rio Grande do Sul destacam-se no cenário nacional pela força de sua agricultura e presença de indústrias do setor metal-mecânico, nicho conhecido como um grande propulsor da economia brasileira. Pensando na modernização e no consequente aumento de produtividade desse setor, a Universidade Luterana do Brasil (ULBRA), campus Carazinho, apresenta o primeiro curso de pós-graduação em Design Agroindustrial Mecânico do Brasil. O coordenador do curso, professor Carlos Davi Matiuzzi da Silva, explica que o objetivo da especialização é formar profissionais que atendam ao desafio de romper com o atual modelo do setor metal-mecânico agrícola, alargando os horizontes da competitividade brasileira no mercado globalizado. “Queremos abordar assuntos inovadores. Projetos como o ANTS da Valtra, por exemplo, serão o foco desse curso”. A especialização terá uma carga horária de 390 horas, e a primeira turma inicia ainda este ano. Informações e inscrições estão disponíveis no site www.ulbracarazinho.edu.br. A Valtra Jovem abre, a partir desta edição, um espaço para aqueles que serão responsáveis pelo futuro do agronegócio. Estudantes do ensino técnico e superior têm aqui a chance de demonstrar seu conhecimento por meio da publicação de um artigo. Envie o seu para [email protected]. A agricultura de precisão, também intitulada de AP, é uma técnica que envolve a coleta de informações precisas e o seu processamento em todas as etapas de produção, auxiliando no gerenciamento e na tomada de decisão. A lavoura deixa de ser considerada como uma só área, em que os dados são trabalhados em função da média geral, passando a ser vista como um conjunto de áreas. Tal filosofia se baseia na variabilidade do solo, tanto física quanto química, sendo este hoje o principal enfoque. Portanto, faz-se necessário saber a respeito de suas características e realizar um acompanhamento ao longo de sucessivos cultivos. A solução apresentada é a confecção de um mapa de fertilidade através de uma coleta georreferenciada, possibilitada pela amostragem direta no campo, podendo esta ser direta ou dirigida. A primeira engloba a divisão em grids (áreas iguais) ou células (áreas desiguais) sendo que as amostras são coletadas ao redor de um ponto definido e georreferenciado. A segunda baseia-se em um histórico da área gerado a partir de sucessivos cultivos com o emprego da agricultura de precisão possibilitando a divisão da área por variabilidade. Tendo-se um mapa de fertilidade é possível a aplicação de fertilizantes à taxa variável, capacitada pelo emprego de equipamentos, em linha ou a lanço, que alteram a dose deste em função da necessidade do solo indicado pelo mapa para um determinado local. Essa oscilação possibilita o uso apenas dos recursos necessários e otimizados, pois são utilizados no momento e no local correto. Posteriormente à correção, tem-se ainda a possibilidade de se realizar o plantio à taxa variável baseado no mapa de fertilidade, em que se gera um mapa de plantio, variando-se a densidade de sementes por linha. A operação de pulverização, consecutiva ao plantio, é a que se apresenta menos desenvolvida, não em função dos equipamentos, mas sim pela complexidade de geração dos mapas de aplicação. Atualmente a sua confecção é baseada em dois métodos: o primeiro é através do uso de sensores no pulverizador em que varia a aplicação de agroquímicos conforme a necessidade apresentada em um determinado local; e o segundo, no uso de imagens capturadas de aviões ou satélites. O resultado é obtido na colheita: com o uso de monitores de colheita, elaboram-se os mapas de produtividade. Estes são de extrema importância, pois possibilitam a visualização da variabilidade espacial da lavoura e a heterogeneidade de um campo. A AP contribui com uma série de benefícios às diferentes etapas de produção, indispensáveis ao sucesso do processo. VALTRA JOVEM Nasce o primeiro curso de especialização em design de máquinas agrícolas Tiago Rodrigo Francetto, Ravel Feron Dagiosx* Acadêmicos de Engenharia Agrícola na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) *Tiago Rodrigo Francetto tem 22 anos e mora na cidade de Venâncio Aires (RS). E-mail para contato: [email protected] *Ravel Feron Dagios tem 21 anos e mora na cidade de Segredo (RS). E-mail para contato: [email protected] NOVIDADES ESPAÇO DO ESTUDANTE ARQUIVO PESSOAL ARQUIVO PESSOAL