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Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria Departamento de
Pesquisa e Desenvolvimento
Documento traduzido e adaptado por: Juarez B. Tom Jr.
Elizabeth Cristina de O. Ferreira
Escrevendo do Crculo dos Vencedores
Um Guia para Preparar Propostas Competitivas de
Financiamento
Dr. David Stanley
Braslia-DF Julho/2013
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Escrevendo do Crculo dos Vencedores: Um Guia para Preparar
Propostas Competitivas de Financiamento
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SUMRIO
ALGUMAS PALAVRAS DOS TRADUTORES
.....................................................................
3 PREFCIO
..........................................................................................................................
4 PREFCIO DA PRIMEIRA
EDIO....................................................................................
5 Captulo 1
............................................................................................................................
7
Os Dois Lados do Planejamento
......................................................................................
7 Captulo 2
............................................................................................................................
9
Selecionar e Priorizar Projetos
.........................................................................................
9 Priorizando Projetos: um olhar rpido personalizado
..................................................... 10
Captulo 3
..........................................................................................................................
11 Da Ideia ao Produto: Produzir uma Proposta de Financiamento
Competitiva ................ 11
Captulo 4
..........................................................................................................................
16 As Agncias Financiadoras so Caracterizadas por Valores e
Necessidades: as delas no as nossas
................................................................................................................
16 O primeiro pecado mortal: valores desencontrados
....................................................... 16 O
segundo pecado mortal: necessidades desencontradas
............................................ 18 Da perspectiva de
uma agncia, a nica questo : O projeto se relaciona com nossas
necessidades?
...............................................................................................................
18 Ajustar: projetar nossas propostas conforme necessidades das
agncias. ................... 18 O primeiro modo: alinhar as nossas
propostas com as necessidades (exigncias) das agncias.
........................................................................................................................
19
Captulo 5
..........................................................................................................................
26 Redigindo Propostas de Financiamento
.........................................................................
26 Sobre escrever claramente
............................................................................................
26 O terceiro pecado mortal: a seriedade banal
............................................................... 27
Os objetivos so colocados em poucas declaraes claras e precisas?
....................... 29 O desenho experimental faz sentido?
............................................................................
30 H um cronograma razovel para mostrar quando o trabalho ser
executado? ............ 31 A reviso prvia torna a proposta mais
competitiva .......................................................
31
Captulo 6
..........................................................................................................................
33 O Formulrio: Redigindo propostas conforme sero lidas
............................................. 33 O esboo biogrfico
.......................................................................................................
33 Oramentos
....................................................................................................................
35 Pessoal
..........................................................................................................................
35 Custos de Equipamentos (Investimentos)
......................................................................
36 Materiais
.........................................................................................................................
36 Custos operacionais
.......................................................................................................
36 Viagem
...........................................................................................................................
37 Custos com consultoria e terceirizao
..........................................................................
37 Justificativas do Oramento
...........................................................................................
38 Custos indiretos
.............................................................................................................
38 Usar o valor atual
...........................................................................................................
38 OMB Circular UM-21
......................................................................................................
39 Custos diretos: saiba reconhec-los
..............................................................................
39 As Polticas Universitrias
..............................................................................................
39 Criar benefcios para seu programa: projetos que no podemos fazer
.......................... 40
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Crescimento significa lucro
............................................................................................
41 Muitos tipos de lucro
......................................................................................................
41 Resilincia durante tempos difceis
................................................................................
42
Captulo 7
..........................................................................................................................
43 Depois da Queda: Reescrevendo e submetendo Nossa Proposta
................................ 43 No fcil
......................................................................................................................
43 difcil se sentir bem com isso
......................................................................................
43 Sitiando
..........................................................................................................................
44 Primeiras atividades a serem realizadas quando se tem uma
proposta rejeitada .......... 44 Buscar
informaes........................................................................................................
45 Colegas podem ser um recurso muito bom na redao de uma proposta
de financiamento competitiva
..............................................................................................
45
BIBLIOGRAFIA
..................................................................................................................
46 Recursos Selecionados Sobre Redao de Proposta
................................................... 46 Recursos
sobre redao em geral
.................................................................................
46
CHECAGEM DE QUALIDADE DE PROPOSTAS DE FINANCIAMENTO
......................... 48 APNDICE A
.................................................................................................................
48
Planejar para escrever a proposta
..............................................................................
48 Revisar a proposta completa
......................................................................................
48 Conferiu o oramento da proposta?
...........................................................................
48 Considerou os benefcios trabalhistas?
......................................................................
49 Conferiu a efetividade da redao?
............................................................................
49
APNDICE B
.................................................................................................................
50 Plano de
trabalho........................................................................................................
50
APNDICE C
.................................................................................................................
51 Encaminhamento da Proposta
...................................................................................
51 H outros pontos de vista
...........................................................................................
51 A rota da proposta de financiamento
..........................................................................
52 Aspectos
legais...........................................................................................................
53 A via menos transitada
...............................................................................................
54
APNDICE D
.................................................................................................................
55 Lista para conferir:
......................................................................................................
55 Planejar e processar nossa proposta
.........................................................................
55
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ALGUMAS PALAVRAS DOS TRADUTORES
Quando encontramos, na Internet, a verso eletrnica do livreto
Escrevendo do Crculo dos Vencedores Um guia para preparar propostas
competitivas de financiamento, ficamos em dvida se deveramos
divulg-la entre os colegas pesquisadores nas Unidades. Afinal, h
muito tempo j havamos elaborado e divulgado os documentos
orientadores para a Anlise e Melhoria do Processo de Captao de
Recursos via Projetos, que institui procedimentos e atribuies
internas para, como o prprio nome indica, melhorar a capacidade de
captao das Unidades. Alm disso, as observaes do Dr. David Stanley
foram vistas, por alguns colegas, como sendo muito simples,
singelas, bvias e fora de nossa realidade.
De fato, a maior parte dos cuidados recomendados pelo professor
americano, depois de lidos, nos parecem bem simples e bvios. Mas
depois de lidos! Podemos, no entanto, perguntar: sendo assim,
porque no os aplicamos?
A Embrapa implantou, desde 2001, seu sistema interno de gesto da
pesquisa (o SEG), que se baseia em editais competitivos, assim como
so os editais para os quais se destinam as propostas que so alvo
dos cuidados indicados pelo Dr. Stanley. Os gestores do SEG
informam que uma das principais causas de reprovao de propostas
apresentadas pelas Unidades a inadequao ao Edital, ou seja, a
proposta de pesquisa apresentada no atende aos requisitos do
Edital. Alm dessa, outra causa muito comum a
ocorrncia de erros no oramento da proposta. Informaes
semelhantes obtivemos junto a outros rgos de financiamento de
pesquisa, como CNPq e FINEP.
Parece faltar, portanto, por parte das equipes que elaboram as
propostas, um cuidado bsico, bvio, que uma leitura atenta do
edital.
Em todas as profisses podem ser encontrados exemplos de que a
aplicao de cuidados simples podem trazer timos resultados. Na rea
de sade, por exemplo, recomenda-se, para reduzir os riscos de
infeco hospitalar, que os mdicos e enfermeiras lavem as mos entre
um atendimento e outro, um cuidado que deveria, obviamente, fazer
parte da rotina desses profissionais.
Sendo assim, entende-se que mesmo as sugestes simples e
singelas, podem, s vezes, fazer muita diferena e, por isso,
decidimos traduzir o documento, facilitando o acesso de todos os
interessados.
Juarez B. Tom Jr.
DPD / Embrapa
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PREFCIO
Este documento de autoria do Dr. David Stanley, foi publicado
pelo Nebraska-EPSCoR1 em 1996 para ajudar os pesquisadores desse
Estado a elaborarem propostas de financiamento de seus programas de
pesquisa.
O documento foi disponibilizado, tambm, para pesquisadores de
outros estados do EPSCoR. Algumas cpias impressas ainda esto
disponveis, mas por causa do considervel interesse no mesmo e pelo
incentivo do pessoal do EPSCoR na National Science Foundation, est
sendo disponibilizado pela Internet. Nem o autor nem o
Nebraska-EPSCoR desejam obter ganhos monetrios com a publicao e
esperam que suas informaes possam ajudar a qualquer um a
desenvolver uma proposta de financiamento de pesquisas, mas,
proibido cobrar pela reimpresso ou disseminao deste documento.
A verso do documento para a WEB foi projetada e editada por
Karla Roth, Assistente Administrativa do Nebraska-EPSCoR.
Agradecemos a Karla por seu contnuo esforo mantendo nossos
documentos na WEB. Obrigado tambm ao Dr. David Stanley pela
permisso de public-lo. Por favor, leia o prefcio da verso em CD com
histrico e reconhecimentos da "primeira edio".
1 Experimental Program to Stimulate
Competitive Research (EPSCoR) um programa de parceria do
National Science Foundation (NSF) em vrios estados e territrios
americanos. O programa promove o desenvolvimento das instituies de
cincia e tecnologia atravs de parcerias que envolvem universidades
estaduais, indstria e governo. Endereo na internet:
http://www.ehr.nsf.gov/epscor
ROYCE E. BALLINGER, Ph.D. Diretor, Nebraska EPSCoR, Agosto,
1998, Lincoln, Nebraska,
David W. Stanley
David Stanley Professor no Departamento de Entomologia na
Universidade de Nebraska. Ele obteve o PhD (Entomologia; Bioqumica
de Inseto) da Universidade de Califrnia, Berkeley. Depois de um
ps-doutorado de trs anos na UC Berkeley, ele se mudou para Stanford
Instituto de Pesquisa (o SRI, Internacional) em Menlo Park,
Califrnia, onde ocupou o cargo de Fisiologista de Insetos e
Cientista Snior. Dr. Stanley mudou-se para a Universidade de
Nebraska em 1989, onde dirige o Laboratrio de Fisiologia e
Bioqumica de Insetos no Departamento de Entomologia. Dr. Stanley
utilizou fundos externos oriundos de agncias federais, inclusive do
NIH e do USDA, e fundaes privadas, inclusive da Fundao de Nebraska.
Ele tambm tem grande experincia em re-escrever propostas de
financiamento de pesquisas. Dr. Stanley escreveu este material
sobre redao de financiamento em 1994-95, enquanto trabalhava na
Diviso de Pesquisa Agrcola a UNL.
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PREFCIO DA PRIMEIRA EDIO
Este documento trata de como escrever e submeter propostas
competitivas de financiamento (de pesquisa).
dirigido a colegas que podem se beneficiar com o exame do
processo de financiamento da pesquisa.
Esta edio foi sugerida por Royce Ballinger, Diretor do Programa
Experimental para Estimular Pesquisa Competitiva de Nebraska,
normalmente conhecido como programa EPSCoR.
O EPSCoR foi projetado e implementado visando resolver a
distribuio desigual de recursos financeiros federais entre colegas
(pesquisadores) e universidades nos Estados Unidos.
O governo federal um grande apoiador da cincia e da pesquisa nas
faculdades, universidades e outros grupos de investigadores
americanos. Em 1993, por exemplo, o apoio federal chegou a
aproximadamente US$ 11 bilhes para faculdades e universidades.
Porm, a distribuio desigual desses recursos foi uma preocupao real,
por muitos anos, para lderes universitrios e para o Congresso
Federal.
Talvez por razes histricas, ou ento, por sorte para algumas
pessoas, a maior parte do dinheiro federal de pesquisa cientfica e
de engenharia foi investido em instituies da Califrnia,
Massachusetts, Maryland e District of Columbia; Nebraska e muitos
outros estados no receberam nenhuma cota desse dinheiro.
Uma premissa bsica do programa EPSCoR que as faculdades
estaduais tm capacidade de realizar pesquisa avanada e quando
impulsionadas podem fazer grandes realizaes.
A maior parte do dinheiro federal para pesquisa federal
concedida com base em propostas competitivas e o EPSCoR pretende
estimular a pesquisa competitiva.
Os fundos do EPSCoR so destinados a dar suporte aos estados na
melhoria de suas infra-estruturas de pesquisa. A operacionalizao
dessa melhoria provm do suporte financeiro j que a elegibilidade
para os programas EPSCoR dependem do empenho em atender aos fundos
federais do EPSCoR.
Os investimentos em parceria indicam um compromisso para
pesquisar; supe-se que nessas parcerias se melhoram os programas de
investigao de forma que as universidades dos estados que tm EPSCoR
se tornam capazes de competirem por esses fundos federais.
Os esforos para aumentar a base de pesquisa em Nebraska
produziram ganhos significativos. Como um exemplo especfico, a base
de pesquisa na UNL aumentou continuamente desde 1991. Quem sabe por
quanto tempo esta tendncia continuar? No entanto, para atingir a
mdia nacional, em termos per capita, as universidades de Nebraska
tm que continuar aumentando a sua competitividade na captao de
recursos dos fundos federais.
Em nossas discusses para estimular a pesquisa competitiva
induzida, vale a pena se considerar em maiores detalhes o que
significa competitividade em universidades de pesquisa.
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Escrevendo do Crculo dos Vencedores: Um Guia para Preparar
Propostas Competitivas de Financiamento
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Em geral, professores universitrios competem mais por
reconhecimento e prestgio, do que por dinheiro. Esta distino
importante. As universidades competem em uma rea intelectual por
recompensas intelectuais, tais como prestgio, enquanto que a
competio por fundos de pesquisa diz respeito a obter recursos para
alcanar uma meta especifica. Nesse sentido, o objetivo principal do
programa EPSCoR aumentar as habilidades competitivas das
universidades para captar fundos federais de pesquisa. A melhoria,
sob o ponto de vista universitrio, vir por meio de melhores
infra-estrutura de investigao.
Este documento tem o objetivo de complementar os ganhos
atingveis por meio de melhores capacidades de pesquisa. Aqui, a
meta ajudar a aumentar a competitividade de Nebraska por fundos de
pesquisa provendo uma discusso informal sobre como desenvolver
propostas competitivas. O ponto de vista fundamental oferecido o
seguinte: como um princpio geral, pode-se melhorar a postura
competitiva mediante o melhor entendimento da relao entre as
agncias financiadoras e os indivduos (empresas) que recebem os
recursos dessas agncias2. preciso se acostumar ideia de que a
maioria das agncias financiadoras no se preocupa muito conosco.
Eu comecei esse projeto como um interno administrativo na Diviso
de Pesquisa Agrcola do Instituto de Agricultura e Recursos Naturais
da Universidade de Nebraska-Lincoln, durante 1994-95. Darrell
Nelson, reitor e
2 Nota dos tradutores: A experincia da Embrapa
em fundos competitivos, inclusive no seu sistema interno (SEG),
tambm tem mostrado que fundamental se conhecer detalhadamente os
objetivos e termos do edital para o qual a proposta ser
apresentada.
diretor do ARD, apoiou a primeira edio desse livro, intitulado
"Jogando para Ganhar". Agradeo a Darrell pela tima experincia no
ARD.
Um especial agradecimento a Judy Nelson, da rea de Comunicaes
Tecnologia de Informao, por editar e supervisionar a produo desta
edio. um grande prazer trabalhar com Judy. Kristi Snell a qual
combinou desenhos a mo com arte em computador para produzir as
ilustraes de cada captulo.
David W. Stanley
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Captulo 1
Os Dois Lados do Planejamento
Ouvimos, com frequncia, que h dois tipos das pessoas neste
mundo; acredito que h, tambm, dois tipos de propostas de
financiamento. Temos propostas competitivas de financiamento e
temos propostas de financiamento. Externamente, elas so
semelhantes; ambas requerem aproximadamente o mesmo nvel de apoio
financeiro; ambas podem envolver um grande trabalho. Entretanto,
elas diferem em um aspecto importante que fica claro algum tempo
depois de serem avaliadas: as propostas de financiamento
competitivas recebem financiamento ou ficam muito prximo de
receb-lo.
Esse manual trata de como elaborar e submeter propostas de
financiamento competitivas, o que significa considerar um
planejamento mais exigente e entender a relao entre as agncias de
financiamento e aqueles que buscam financiamentos de seus
projetos3.
As informaes nesse livro foram delineadas para ajudar os
professores em incio de carreira ou que tm pouca experincia em
solicitar recursos em fundos competitivos. De qualquer forma,
talvez possa ser til, tambm, para a renovao de conceitos de
profissionais mais experientes.
3 Nota dos Tradutores: Esses dois objetivos
(melhoria da qualidade das propostas e articulao com as fontes
financiadoras) foram colocados como prioritrios para as atribuies
dos NAP (Ncleos de Assessoria a Projetos) em cada uma das Unidades
Descentralizadas da Embrapa.
O manual est composto de trs sees principais e sete captulos. A
primeira seo discute a importncia do planejamento ao elaborar
propostas de financiamento competitivas. A segunda seo contm alguns
princpios bsicos que se aplicam redao das propostas. A terceira seo
apresenta procedimentos administrativos que os professores
universitrios tm que seguir para elaborar e submeter suas propostas
de financiamento.
Para um exemplo especfico, eu falo sobre os procedimentos que se
aplicam ao Institute of Agriculture and Natural Resources at the
University of Nebraska-Lincoln. Claro, as universidades e
faculdades dentro das universidades tm seus prprios procedimentos,
e uma das nossas tarefas acompanhar os sistemas dentro de nossas
prprias unidades.
H dois aspectos sobre planejamento de propostas de financiamento
competitivas a serem destacados:
a) No primeiro, reconhece-se que o objetivo de propostas de
financiamento competitivas persuadir as agncias financiadoras que a
minha instituio tem melhores condies que outras para atender aos
requisitos dos Editais de financiamento.
Portanto, minha proposta faz parte do jogo e a forma como os
projetos so conceitualizados, bem como a formulao de argumentos
deve ser persuasiva e elegante, alm de facilitar o entendimento da
relao entre as agncias e os proponentes.
Dessa forma, necessrio planejar antes de escrever propostas
de
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financiamento elegantes (bem redigidas) e competitivas.
b) Segundo, o processo de elaborao de propostas competitivas
semelhante ao de produo de artefatos em uma linha de montagem:
produzir artefatos acessveis e familiares requer planejamento
sofisticado.
Empresas industriais empregam profissionais especializados em
planejamento cuja tarefa garantir que centenas de itens necessrios
para se fabricar algo estejam no lugar certo e no momento
certo.
Uma das conseqncias de um planejamento inadequado em fbricas a
reduo da velocidade de produo ou a paralisao de linhas de montagem.
A mesma ideia se aplica ao negcio de elaborao de propostas de
financiamento: um planejamento inadequado resulta na no elaborao de
propostas, ou na elaborao de propostas de financiamento de baixa
competitividade.
Pode-se trabalhar para minimizar esses problemas pensando em uma
proposta de financiamento como nada alm de um produto. Planeja-se
para se produzir um produto de alta qualidade e de um modo
oportuno.
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Captulo 2
Selecionar e Priorizar Projetos
O primeiro passo ao preparar uma proposta de financiamento o de
decidir que trabalho ser feito.
A maioria dos pesquisadores tem uma ideia satisfatria do que
necessrio para o avano em seus campos de pesquisa. A maioria dos
profissionais de pesquisa no tm dificuldade em identificar as
fronteiras de suas pesquisas.
Usualmente, os pesquisadores esto interessados mais na seleo e
priorizao de um grande nmero de metas bvias de pesquisa do que em
gerar ideias para o trabalho. No entanto, h momentos em que nos
encontramos a procura de ideias para propostas de financiamento
competitivas.
Podemos estar redirecionando nosso esforo de pesquisa a uma rea
nova ou podemos estar tentando formar um projeto de pesquisa
interdisciplinar. Mas, nossa prpria fonte de ideias pode secar.
Alguns livros sobre redao de financiamento sugerem tcnica como
as de brainstorming para buscar novas ideias. Nessa tcnica, o
processo : agrupar ou fazer um pequeno painel de colegas,
estudantes e companheiros de trabalho, apresentar o problema ao
grupo ou painel e comear um processo de escrever todas as ideias
que surgem.
A chave para sesses de brainstorming com sucesso no discutir ou
no avaliar as ideias assim que as mesmas surjam. Apenas,
anota-las.
O resultado de um processo de trabalho de um grupo pode ser
visto, com frequncia, como um tipo de "gnio coletivo que se
desenvolve pelas interaes de vrias personalidades diferentes.
O sucesso de uma sesso de brainstorming pode ser medido pelo
nmero de modos com que uma ideia modificada, reformada ou
refinada.
No processo brainstorming se deve evitar inibir o fluxo livre de
expresses de ideias. Alguns grupos designam um registrador para ter
certeza que tudo anotado e escolhem um facilitador para ajudar a
manuteno de mudana no processo. Nele, devem-se evitar comentrios e
julgamentos que abafariam o processo.
A meta da sesso de brainstorming gerar uma lista de ideias que,
uma vez alcanada, nos permite passar para a prxima etapa, a de
selecion-las e prioriz-las.
As fases de selecionar e priorizar as ideias requer criatividade
(pensamento). Algumas ideias podero estar associadas aos projetos
que no so financiveis. Projetos no financiveis no tm nada a ver com
quo interessantes possam ser ou quo capaz seja o proponente de
apresentar a sua ideia.
Velhas ideias de pesquisas geralmente no so financiveis.
Pesquisas muito caras podem no ser financiveis. Atividades triviais
raramente atraem fundos.
Se uma agncia j concedeu fundos para outro indivduo ou grupo
para fazer o trabalho de nossa proposta, improvvel que mais
dinheiro, por parte dessa agncia, seja investido naquela rea.
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Trabalhar em um problema fora de nossa regio pode no ser
financiado. Por exemplo, no adianta tentar obter financiamento da
Nebraska Viticulture and Oenology Board ou da Western Iowa Cotton
Board (que poderia caracterizar o slogan cativante: Coma Mais
Algodo!). H razes para que no sejam atendidas.
A capacidade de atrair fundos se relaciona com as necessidades
das agncias. Se os projetos no satisfizerem essas necessidades,
eles no sero financiados.
Retornar-se- ao tema de financiamento sob outras perspectivas
porque este um aspecto fundamental ao planejar propostas de
financiamento competitivas.
H necessidade de selecionar e priorizar os projetos potenciais
com um olhar frio e analtico.
No h nenhum benefcio em planejar, escrever e submeter propostas
de financiamento que no so financiveis porque no tem relao com as
necessidades da agncia.
Priorizando Projetos: um olhar rpido personalizado
Por muitos anos, mantive um caderno de anotaes de metas de
pesquisa. Era um caderno pequeno manuscrito que levava, com
frequncia, para seminrios e sesses em reunies cientficas. Novas
ideias vinham mente que registrava nesse caderno. De vez em quando,
transferia as ideias para um arquivo em meu computador,
re-arranjando-as e reordenando-as, para repensar no processo.
Rejeitei muitas ideias, umas que pareciam no prticas ou, talvez,
por demais desafiadoras, junto com outras ideias que, aps reflexo,
simplesmente no faziam sentido. Este era um processo contnuo e, em
determinado momento tive um menu de projetos de pesquisa que
refletem meus interesses contemporneos.
Alguns dos artigos (ideias) em meu menu de projeto se
transformaram em experincias. Os resultados destas experincias
preliminares fizeram frequentemente clarificar aquelas outras
ideias que deveriam ser apagadas do menu. Algumas dessas ideias
frutificaram.
Algumas, de um modo restrito, permitiram uma publicao ou duas;
outras se tornaram propostas. Uma de minhas ideias daquela lista a
base para uma patente, assim como para a obteno de fundos de fontes
federais e estatais.
Novamente, para a maioria de ns, decidir que trabalho ser feito
mais uma questo de selecionar e priorizar nossos projetos
potenciais. Um modo para fazer isso manter um pequeno menu de
projetos. O menu deve ter muita flexibilidade. Mas, no se pode
perder de vista a ideia principal: h muitos outros modos para se
pensar em metas de pesquisa.
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Propostas Competitivas de Financiamento
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Captulo 3
Da Ideia ao Produto: Produzir uma Proposta de Financiamento
Competitiva
O primeiro aspecto ao escrever uma proposta competitiva de
financiamento planejar para produzir um produto. Quando esta fase
de redao for bem feita, as propostas se associam com produtos
excelentes que terminam na hora certa, com uma certa calma.
Devemos trabalhar a partir da ideia de que o propsito das
propostas encorajar algum a nos financiar, no interferir na
estrutura bsica de nosso trabalho ou vidas privadas.
A maioria das agncias avalia propostas de financiamento e fundos
diversos em ciclos. Dependendo da agncia, pode haver de um a meia
dzia de ciclos de financiamento por ano.
As agncias normalmente estabelecem prazos finais, alm dos quais
no sero aceitas propostas para um ciclo particular.
Est sob nossa responsabilidade estarmos certos que nossas
propostas de financiamento so planejadas, escritas e submetidas
(apresentadas) dentro desses prazos.
Se um ciclo de financiamento anual, um pequeno erro pode atrasar
uma proposta potencialmente competitiva por um ano.
Podemos usar outras formas de planejamento de maneira a
assegurar que nossas propostas so apresentadas na
hora certa. Isto traz de volta a ideia de planejar para produzir
um produto: a proposta. Consideremos uma srie de perguntas
elementares, comeando com a mais importante:
Quem vai escrever a proposta de financiamento?
Na maioria das vezes, voc responsvel por toda a proposta de
financiamento.
Voc decide qual de seus projetos priorizados ser o assunto de
uma proposta. Voc planeja as experincias, projeta o oramento,
trabalha os formulrios e escreve o corpo principal da proposta. Voc
faz toda a datilografia, processamento de textos, clculos e
elaborao final da proposta.
Tudo o que voc precisa fazer estimar quantas horas voc precisar
para executar melhor seu trabalho; multiplique isso por um grande
nmero at chegar a uma estimativa mais realstica do tempo requerido
e, depois, estabelea seu horrio de trabalho global de forma a
dispor do tempo necessrio na elaborao da proposta final.
Calcula-se o tempo necessrio para fazer algo, uma tarefa;
multiplica-se isso por dois e se ajusta isto para o prximo nvel de
tempo. Por exemplo, espero que algo leve duas horas; multiplico por
dois. Resulta em quatro horas. O prximo nvel acima de horas dias,
assim estabeleo quatro dias.
Os cenrios, com frequncia, no so to diretos. H nfase crescente
em trabalho cooperativo. As colaboraes podem ser interdisciplinares
e multidisciplinares.
Muitos sistemas so complexos e, com frequncia, requerem o
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Escrevendo do Crculo dos Vencedores: Um Guia para Preparar
Propostas Competitivas de Financiamento
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conhecimento e habilidades de indivduos de vrias
disciplinas.
Nossa Universidade compreende um grande nmero de equipes
interdisciplinares. Entendendo-se que a colaborao das equipes
elevada, precisamos reconhecer que os benefcios do trabalho de
equipe contm complexidades e oportunidades. Uma das complexidades
est em reunir contribuies de todos os interessados e agrup-las numa
proposta de financiamento que seja mais efetiva. Uma oportunidade
que conseguimos realizar um planejamento mais sofisticado.
H vrias formas de obter e colocar as contribuies numa proposta
de financiamento. Voc poderia escrever o documento inteiro e passar
a proposta aos membros da equipe para receber suas contribuies ou
considerar a proposta em partes especficas, cada uma delas atribuda
a um membro da equipe; depois, eleger uma pessoa com o propsito de
reuni-las ou, ainda, trabalhar em conjunto para montar a proposta
global. H outras formas que o grupo pode utilizar para escrever uma
proposta de financiamento4.
Qualquer que seja a forma, o ponto fundamental : a meta submeter
uma proposta de financiamento competitiva, no apenas uma proposta
de financiamento. Isto significa que cada membro da equipe tem que
contribuir com sua parte no trabalho na hora certa.
Nas situaes mais complexas, a hora certa significa bem antes da
data em que a proposta ser submetida de
4 A proposta, na Embrapa, que cada Unidade
constitua uma equipe (Ncleo de Assessoria em Projetos) para
atuar como aglutinadora desse esforo de equipe.
modo a se ter tempo de sobra para reunir as partes num todo
integrado.
Quem vai digitar os formulrios?
Muitas agncias de financiamento provm conjuntos de formulrios
padronizados que compreendem a maior parte das propostas de
financiamento. Estes incluem, dentre outros, capas, pginas para
sumrios, formulrio de oramento, pginas para descrever o local de
trabalho e outros, formulrios para listar financiamento de ajuda e
uma pgina para uma biografia abreviada.
Agncias menores podem no ter formulrios especficos e esperam que
o proponente providencie este material e fornea as informaes em um
estilo legvel. Penso nestas coisas como "frmas de bolo". Em minha
experincia, um secretrio altamente qualificado (leia-se talentoso)
pode resolver isso em apenas alguns dias5.
Temos que planejar, de modo que o tempo seja suficiente para
adquirir as informaes corretas sobre a frma de bolo e trabalhar com
a pessoa que vai digitar os formulrios finais para assegurar que
haja tempo suficiente para que o trabalho seja feito. Isto
especialmente importante quando vrios pesquisadores na mesma
unidade estiverem elaborando diferentes propostas simultaneamente.
Nesses casos, at mesmo um secretrio talentoso no pode fazer tudo ao
mesmo tempo.
5 Verifica-se, mais uma vez, uma grande aderncia
entre as ideias do Dr. David Stanley e a proposta de
funcionamento dos NAPs nas Unidades, pois uma das atribuies desse
Ncleo a formatao das propostas para sua adequao s normas dos
editais das fontes financiadoras.
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Escrevendo do Crculo dos Vencedores: Um Guia para Preparar
Propostas Competitivas de Financiamento
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Quem vai fazer o oramento?
Escreve-se uma proposta de financiamento de pesquisa para
persuadir o financiador a nos dar dinheiro para fazer algo.
Utilizamos a seo de oramento das propostas para informar agncia
quanto dinheiro queremos e como o dinheiro ser gasto, o que ser
comprado.
O oramento ser revisado depois na seo de recursos. Por agora,
porm, h alguns pontos importantes para considerar nesta seo sobre
como planejar escrever uma proposta.
a) Primeiro, o oramento tem que ser projetado. necessrio decidir
e ter claramente consignado, o destino dos fundos solicitados: para
pessoal, materiais, equipamentos, custos operacionais, custos de
publicao e outros recursos. Se o projeto de vrios anos, ento o
oramento dever ser estendido por toda a vida do projeto.
b) Segundo, importante ter certeza de que o oramento est
correto. Para concesses de pesquisa, o oramento deve passar por uma
auditoria em algum momento. Entenda que essa auditoria no apenas
mais um obstculo burocrtico a ser superado. Na UNL, todas as
propostas de financiamento so examinadas pelo Escritrio de
Contratos e Concesses para Pesquisa (RGCO) antes de serem assinadas
pelo diretor universitrio apropriado e enviadas agncia. H um grande
nmero de potenciais problemas em oramentos e muitos destes podem
ser resolvidos com facilidade quando h uma pr-auditoria do
oramento. Um dos
problemas mais srios acontece quando ocorre um erro em algo que
afeta todo o oramento, como um erro pequeno em clculo de custo
indireto. Algumas pessoas desenvolvem seus oramentos em uma
planilha eletrnica, o que pode ajudar a reduzir esforos e erros em
potencial.
c) Terceiro, como acontece com as outras partes de uma proposta
de financiamento, necessrio assegurar que as pessoas que vo
pr-auditar e digitar o oramento final estejam disponveis para o
ajudar quando for necessrio.
Quem vai produzir o formulrio final da proposta?
Esta seo foi colocada aqui para enfatizar, novamente, a
importncia de planejar a elaborao da proposta.
Imagine por um momento que o pessoal de apoio do departamento se
encontra numa escassez de pessoal inesperada. Um indivduo viaja
para escalar os Alpes ocidentais; outro est tentando construir o
prprio barco; o balconista de contabilidade h pouco foi envolvido
em um projeto muito complexo, respondendo a uma emergncia acadmica.
E voc precisa elaborar sua proposta inteira dentro dos prximos
cinco dias.
Ento voc se recorda de como as coisas andavam lentas no
escritrio durante as duas ltimas semanas, antes que o alpinista
sasse de frias. Ah!, voc murmura, teria sido fcil datilografar
algumas pginas na semana passada. Mas isso no ajuda agora,
ajuda?
Durante a fase de planejamento de preparao da proposta de
financiamento
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Escrevendo do Crculo dos Vencedores: Um Guia para Preparar
Propostas Competitivas de Financiamento
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competitiva assumimos, realmente, o papel do planejador?
Planejamos e priorizamos o trabalho que pretendemos fazer?
Planejamos a produo do documento? Planejamos assegurar que todo o
apoio que necessitvamos estivesse disponvel para nos ajudar quando
precisarmos? Planejamos dar um pequeno intervalo logo aps a
proposta ser submetida?
Uma Nota sobre Organizadores Pessoais (agendas)
Voc provavelmente j notou que a produo de vrios tipos de
"organizadores" pessoais surgem hoje como uma verdadeira
indstria.
H organizadores para o trabalho diurno, trabalho noturno,
organizadores de carga, controladores do tempo, gerentes de
informao pessoal e organizadores na forma de softwares, dentre
outros. Tantos que no podem ser todos relacionados aqui.
Tudo tem como base a ideia de que podemos melhorar o uso efetivo
do tempo planejando modos de controlar o uso de nosso tempo, no
deixando que o tempo nos controle.
O que os faz diferentes de um calendrio comum que eles podem nos
ajudar a planejar de maneira pr-ativa nossas atividades, em lugar
de responder a eventos quando eles surgem. Usados corretamente, os
organizadores podem ser ferramentas teis para algumas pessoas.
Uma amiga minha inventou, muitos anos atrs, seu prprio
organizador, bem antes de os planejadores serem vendidos no
mercado. Era uma agenda, dividida em sees, prpria para uma dona de
casa ativa e efetiva. Havia uma seo de
calendrio, uma seo de metas, uma seo de despesas domsticas e
assim sucessivamente.
Ela tinha o hbito de reservar alguns minutos antes do jantar em
cada noite para dar uma olhadinha em seu organizador, ver o que foi
realizado, fazer anotaes sobre o prximo dia e para o resto da
semana. Assim, ela ps em prtica uma ideia que a ajudou a manter o
controle das coisas.
Ns podemos desenvolver um planejamento semelhante para nos
ajudar a planejar a produzir propostas de financiamento
competitivas.
As empresas que produzem tais agendas tm tambm um conjunto de
formulrios para ajudar as pessoas no planejamento de projetos. Um
planejamento de projeto tem uma srie de espaos (sees). H uma seo de
Planejamento do Projeto com espaos para escrever o ttulo do projeto
e as datas de incio e concluso. Tambm h espaos para coisas que
parecem no se relacionar com a proposta de financiamento.
Os espaos para listar recursos podem ser teis. Podemos escrever
os nomes e nmeros de telefone das pessoas que agiro como
executoras, como o pessoal para conferir nossos oramentos e outras
que, certamente, ajudaro a escrever o documento. Qualquer caderno
de anotaes separadas pode ajudar a formalizar e manter o controle
do progresso em uma proposta de financiamento de projeto.
No formulrio desses organizadores tambm h pginas (espaos) para
anotar as "Tarefas do Projeto"6. Estas podem ser
6 Nota dos tradutores: o projeto a que se refere o
Dr. David, nesse trecho, o de elaborao da
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Escrevendo do Crculo dos Vencedores: Um Guia para Preparar
Propostas Competitivas de Financiamento
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teis porque ajudam a dividir um projeto grande em tarefas
componentes, facilitando a organizao e rastreamento das
tarefas.
Poderamos listar como tarefas de elaborao da proposta de
financiamento a obteno e entendimento dos roteiros ou formulrios da
fonte, a elaborao do oramento, a pr-avaliao do oramento, os
argumentos de histrico e significao da proposta, os dados
preliminares, a seo experimental, as referncias de literatura, os
recebimentos de cartas de confirmao de colaborao (quando a proposta
envolve outras instituies), a pgina de sumrio, os arranjos para
adaptao da proposta aos editais das fontes, etc7. Tais atividades
devem ser organizadas e revisadas como se fossem tarefas
independentes, que compem a tarefa completa de elaborao da
proposta. Poderamos estabelecer datas de incio e concluso,
atribudas para cada tarefa, ordenadas de forma a atender, com
folga, o prazo dos editais.
Planejam-se coisas ao longo destas aes. Uso meu computador para
desenvolver um tipo de formulrio de planejamento e manter o
controle das coisas conforme progrido. Tambm mantenho uma pasta de
papis para cada trabalho envolvido na proposta. H uma
proposta de financiamento, portanto, so tarefas relacionadas com
essa elaborao e no as tarefas que compem a proposta de
financiamento em si, cuja estrutura bem mais complexa e, talvez, no
se adapte aos organizadores pessoais aos quais o autor est se
referindo. Deve-se lembrar que, para ambos os casos (projeto de
elaborao da proposta e o projeto da proposta em si), existem
programas de computador especializados que podem ser muito teis,
como o MS Project. 7 Essas tarefas fazem parte das atribuies
dos
Ncleos de Assessoria em Projetos (NAP), em cada Unidade,
conforme proposio do documento orientador do SIAP (Sistema Embrapa
de Assessoria a Projetos).
para o oramento, outra para a seo de biografia e assim por
diante. medida que as coisas chegam juntas, arranjo (fao a
disposio) os componentes numa pasta maior para a coisa toda. Uso um
sistema semelhante para meus manuscritos de pesquisa, mas isto no
requer tantas pastas.
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Propostas Competitivas de Financiamento
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Captulo 4
As Agncias Financiadoras so Caracterizadas por Valores e
Necessidades: as delas no as nossas
As agncias de financiamento oferecem fundos (recursos) s pessoas
e organizaes que deles precisam. Os professores universitrios ou
pesquisadores escrevem propostas de financiamento para obter
recursos para suas pesquisas. Pode-se olhar para as agncias de
financiamento com um ponto de vista vantajoso: elas tm que conceder
financiamentos.
O primeiro pecado mortal: valores desencontrados8
A raiz do problema uma questo de valores.
Precisamos reconhecer a relao especial entre as agncias e os
proponentes de financiamento. Os valores e necessidades das agncias
entram em alinhamento ntimo com os valores e necessidades dos
clientes de financiamento, uma vez que as agncias precisam fornecer
dinheiro s pessoas e organizaes que, por sua vez, podem conhecer os
valores das agncias e a eles se ajustarem.
8 Verifica-se, nesse tpico e nos seguintes, mais
exemplos do alinhamento do pensamento do Prof. Stanley com a
proposta de funcionamento dos NAPs na Embrapa, pois so atribuies
desse Ncleo prospectar, conhecer e divulgar na Unidade as agncias
financiadoras e promover negociaes/articulao de agendas comuns
entre a Unidade e as agncias.
Vamos enfatizar valores por alguns minutos, porque podemos levar
nossa avaliao dos valores das agncias para o nosso lado.
Entenda-se que as agncias no se preocupam com os professores nem
com a pesquisa, ensino e atividades de extenso, at mesmo quando
fornecem a eles grandes fundos. O que as preocupam que esto
satisfazendo suas prprias necessidades, de certo modo consistentes
com seus prprios valores. Consistncia com os valores de uma
organizao pode ser bastante importante na elaborao de uma proposta
de financiamento.
Alguns exemplos. Uma vez solicitei emprego a Brigham Young
University. Era uma posio atraente e eu estava interessado. Um
pouco depois recebi uma longa carta que esboava alguns dos valores
institucionais que os professores deveriam observar na posio
pretendida.
Como um cientista que viveu apenas um pouco fora do Napa Valey,
a terra do vinho na Califrnia, vi que alguns de nossos valores no
eram compartilhados. Admitindo-me como professor, a Brigham Young
no conseguiria satisfazer suas necessidades de modo consistente com
seus valores. Era apropriado romper as negociaes porque meus
valores no eram compatveis com os da Universidade.
Aqui h outro exemplo. Durante meus dias de estudante de graduao
na UC Berkeley, foi oferecido a uma de minhas colegas, Cathy, uma
posio atraente de ps-doutorado. Porm, ela teve um problema porque a
fonte do apoio de ps- doutorado era um financiamento proveniente do
Exrcito norte-americano.
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Escrevendo do Crculo dos Vencedores: Um Guia para Preparar
Propostas Competitivas de Financiamento
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O Exrcito estava interessado em saber como um certo gs txico
influenciava certas enzimas no sistema nervoso central humano. O
problema de Cathy se relacionava com seus valores que eram
incompatveis com pesquisa em armas qumicas.
Estes so exemplos claros da influncia de valores na relao entre
organizaes e indivduos, mas h exemplos que parecem mais sutis.
Algumas agncias admitem que deveria ser reservado o apoio de ps-
doutorado para cidados americanos. Algumas reservam parte dos
fundos totais para certas categorias de indivduos como as mulheres
e membros de grupos minoritrios. Algumas agncias reservam fundos
para cientistas mais jovens ou cientistas que ainda esto por
completar seu Ph.D.
O que aparentemente seria uma simples lista de interesses e
polticas de determinada agncia so, de fato, uma sinopse de seus
valores. Considerando e alinhando nossos prprios valores e os
valores das agncias nas quais estamos interessados em apresentar
uma proposta de financiamento traz alguns benefcios.
O limite da competitividade: Primeiro, evitamos redigir
propostas que no frutificaro. Segundo, ampliamos o limite
competitivo incluindo declaraes apropriadas que mostram como nossos
valores esto alinhados com os valores da agncia.
Aqui est um exemplo especfico. uma poltica (leia-se valor) dos
Institutos Nacionais de Sade (NIH) que as universidades faam um
compromisso financeiro e humano considervel com os tipos de
pesquisa que os NIH gostam financiar. Podemos incluir declaraes
apropriadas neste ponto em nossas propostas para o NIH. Uma das
seguintes declaraes faria bem:
A Universidade de Nebraska-Lincoln altamente comprometida com
este programa de pesquisa, como mostra a recente compra de novos
equipamentos.
O compromisso da UNL com este trabalho demonstrado pelo fato de
haver dois pesquisadores custeados pela UNL que trabalharo
exclusivamente neste projeto.
UNL contribuir diretamente com o sucesso deste projeto
financiando um tcnico que dedicar tempo integral no mesmo.
Podemos colocar uma linguagem especfica em nossas propostas de
financiamento com o objetivo evidente de mostrar como nossos
programas de pesquisa se ajustam aos valores das agncias.
Resumindo:
1. Valores mantidos por uma agncia influenciam a seleo de
propostas de financiamento que recebero fundos.
2. Nossos valores podem influenciar os tipos de fundos que
estamos dispostos a aceitar.
3. Ateno cuidadosa aos valores pode ser uma ferramenta
competitiva porque podemos indicar como nossos valores e os valores
da agncia so compatveis. Pergunte a si mesmo:
Que valores tm esta agncia?
Como esta proposta apia esses valores?
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Escrevendo do Crculo dos Vencedores: Um Guia para Preparar
Propostas Competitivas de Financiamento
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O segundo pecado mortal: necessidades desencontradas
Agncias financiam indivduos e organizaes que levaro a cabo um
trabalho que satisfaz s necessidades da agncia. Aqui, importante
focalizar a ideia de necessidades.
Precisamos atrelar nossas necessidades s necessidades de uma
agncia pela mesma razo que combinamos cuidadosamente meias ou,
quando desencontradas, as escondemos para no aparecer em pblico o
que pode ser embaraoso e por muito tempo, um fato lembrado.
Ao selecionar as vrias propostas, as agncias tendem a ver com
suspeita palavras como interessante, instigante, estimulante,
excitante, de tirar o flego, formidvel, eletrizante, novo,
importante, significante e pioneiro. Estas palavras at que poderiam
representar nossos projetos com preciso, mas, para as agncias no so
importantes.
Da perspectiva de uma agncia, a nica questo : O projeto se
relaciona com nossas necessidades?
No importa que acreditemos que nosso projeto importante, novo e
instigante. O que acreditamos no importante para uma agncia.
A agncia no se preocupa com o quanto desfrutamos do nosso
trabalho.
Ajustar: projetar nossas propostas conforme
necessidades das agncias.
H casos em que professores ou pesquisadores em algumas
instituies podem eventualmente perder suas posies porque no tm xito
ao tentar atrair fundos de pesquisa. Aconteceu isso com um amigo
meu.
A situao pode ser desesperadora, porque precisamos ter um
financiamento de fundos ou poderemos acabar ensinando lgebra I em
uma faculdade qualquer ou poderemos perder uma posio ou duas ou no
poderemos aceitar um estudante graduado promissor ou teremos que
vender equipamentos de limpeza todo o vero.
No nenhum drama se nossas necessidades no esto includas nas
decises das agncias. um fato que virtualmente pode ocorrer em todos
os campos de financiamento de fundos: agncias dirigem os fundos
para alcanar suas prprias metas de certo modo consistentes com os
seus valores. Reconhecer este ponto pode nos ajudar a projetar
propostas de financiamento competitivas.
No vale a pena instigar a curiosidade intelectual dos revisores
de propostas de financiamento, pois eles podem no ter tempo para
serem curiosos e se preocuparem com os nossos interesses.
Satisfazer as necessidades das agncias: No adianta descrever o
que precisamos; os revisores de proposta no tm o tempo para se
preocupar com as outras pessoas e as necessidades das
organizaes.
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Escrevendo do Crculo dos Vencedores: Um Guia para Preparar
Propostas Competitivas de Financiamento
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Os revisores so encarregados de selecionar propostas que
satisfaam as necessidades da agncia at certo ponto consistente com
seus prprios valores.
H uma lgica inexorvel nisto: O nico modo pelo qual vamos
adquirir fundos para nossas propostas de financiamento assegurar
que o trabalho que propomos satisfaa as necessidades de uma agncia,
repetindo, de modo consistente, os seus valores.
Isto nos obriga, por um lado, a olhar cuidadosamente para o
trabalho que queremos fazer e, por outro lado, olhar cuidadosamente
para as agncias que queremos abordar com as nossas propostas.
Alinhar as nossas propostas com as necessidades das agncias: Se
soubermos o que realmente queremos fazer e as necessidades de uma
ou mais agncias que poderiam financiar o nosso trabalho, ento
podemos trabalhar para alinhar o que queremos com as necessidades
(exigncias) das agncias.
H vrios modos de trabalhar para alcanar o ajuste (a sintonia) de
necessidades e valores que resultam em propostas de
financiamento.
A pessoa ou organizao deve considerar vrias agncias, determinar
o que elas precisam e, ento, selecionar as agncias cujas
necessidades combinam com os interesses dela.
O outro modo desenvolver nossas propostas de forma que fique
claro que o que queremos fazer desde o incio se ajusta
perfeitamente com as necessidades da agncia. Com frequncia, o
primeiro modo de proceder conduz para o segundo.
O primeiro modo: alinhar as nossas propostas com as
necessidades (exigncias) das agncias.
Pensando com relao ao primeiro modo, consideramos as diretrizes
nas propostas de financiamento de todas as agencias como a Fundao
Nacional de Cincia, USDA, os Institutos Nacionais de Sade, o
Departamento de Energia, o Instituto Nacional de Cncer, a Agncia de
Proteo Ambiental, todos os programas de pesquisas militares, o
Departamento de Educao, o Instituto Nacional de Sade Mental, o
Conselho de Pesquisa local, o Centro para Biotecnologia e entidades
regionais e estatais, s para mencionar alguns. Materiais
(exigncias) dessas agncias esto disponveis em bibliotecas ou na
maioria dos escritrios de programas de financiamento.
Eliminar algumas agncias: No leva muito tempo para eliminar
certas agncias porque no h nenhuma possibilidade de alinhar nossos
interesses com as necessidades (exigncias) delas. Por exemplo, o
Escritrio de Pesquisa Naval no investe muito dinheiro em atividades
de extenso agrcola. Por outro lado, algumas propostas de
financiamento de extenso podem se ajustar bem s necessidades das
agncias que se interessam pela educao de adulto.
Neste processo de considerar as diretrizes de agncias, pode-se
levar um pouco mais de tempo e considerao para eliminar algumas
agncias que podem ter ou no necessidades consistentes com as de
nossas reas de interesse.
Frequentemente estou atento aos anncios de propostas e aos
pedidos de propostas que aparecem em jornais e
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Escrevendo do Crculo dos Vencedores: Um Guia para Preparar
Propostas Competitivas de Financiamento
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desejo saber: "meus interesses se ajustam as necessidades dessas
agncias?" Aqui onde uma carta de investigao, descrevendo nosso
interesse, pode ajudar. A resposta nos ajuda a decidir se ns
deveramos acrescentar a agncia a nossa lista de possibilidades ou
elimin-la, evitando-se trabalho adicional desnecessrio.
O segundo modo: fazer nossas propostas coerentes com as
necessidades (exigncias) das agncias.
Com sorte, haver uma ou mais organizaes cujas necessidades vo
potencialmente se ajustar s nossas linhas de trabalho. Agora
tomamos o segundo caminho para criar um bom incio entre as agncias
e as nossas propostas de financiamento.
A ideia geral determinar as necessidades (exigncias) das
agncias, depois desenvolver nossas propostas de tal um modo que
fique claro que nossos interesses esto alinhados, so consistentes,
com as necessidades (exigncias) das agncias. Historicamente, isto
no foi to importante para escrever propostas de financiamento
competitivas como o hoje nos ambientes econmico e poltico.
Antigamente, quando as agncias tinham rios de dinheiro para
distribuir e havia menos membros de faculdade procura de fundos de
financiamento, frequentemente as necessidades de agncias foram
interpretadas em termos mais flexveis.
Em meus dias de ps-doutorado, tive financiamento do Instituto
Nacional de Sade Mental para trabalhar em aspectos bioqumicos do
comportamento reprodutivo em um grilo. Em meados de
1980, os Institutos estavam olhando muito de perto para as suas
prprias misses e foram expressas as necessidades deles em condies
firmemente definidas.
No clima de consolidao de fundos contemporneos, trabalhar em
comportamento comparativo no se ajustaria facilmente declarao de
misso do Instituto Nacional de Sade Mental.
Olhar mais de perto. Vamos olhar mais de perto para as
necessidades das agncias. Todos sabem que as agncias recebem muito
mais propostas com a pretenso de serem contempladas pelo
financiamento do que elas podem atender.
Os avaliadores das agncias se perguntam, "qual destas cinco
impressionantes propostas MELHOR se ajusta s nossas necessidades da
agncia"?
O trabalho dos fundos como um processo de eliminao ou de seleo.
Simplesmente declarar que nosso trabalho se ajustar s necessidades
de uma agncia pode no ser suficiente para se atingir o
convencimento disso. Se a proposta no estiver convencendo neste
ponto relativamente fcil desistir dela. Mas no queremos que
desistam facilmente de nossas propostas.
O que preciso fazer nas propostas? A meta aqui planejar o que
precisamos fazer para lograr que nossa proposta seja bem sucedida
(obtenha o financiamento pretendido), perguntando-nos "O que
precisam essas pessoas das agncias de financiamento?
Vamos considerar algumas das menores concesses disponveis por
vrios canais em UNL. Uma tarde de
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Escrevendo do Crculo dos Vencedores: Um Guia para Preparar
Propostas Competitivas de Financiamento
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segunda-feira voc se acha em um humor particularmente criativo e
busca inconscientemente seu caderno de anotaes de planejamento de
projeto.
Agora, voc pensa que este projeto se ajustaria ao fundo e que
poderia ser realmente interessante e se expressou no idioma certo
(redigido de forma coerente, com os termos certos). O nico problema
que precisa de alguns dados preliminares para converter esta ideia
em uma proposta competitiva; necessrio executar procedimentos para
adquirir os dados preliminares; j se tem um suprimento (recursos)
que funcionaria e tudo que realmente se precisa adquirir so alguns
dados preliminares bem atraentes.
Precisaria aproximadamente $1.500, mais $500 para a compra de
substncias qumicas.
Neste ponto, reconheamos que ns identificamos sua
necessidade.
Necessidade: Seed money Esta necessidade de somente dinheiro.
Normalmente necessrio dinheiro para adquirir alguns dados
preliminares para apoiar uma proposta de financiamento.
O Conselho de Pesquisa da UNL prov pequenas concesses s
faculdades que precisam de um pouco de dinheiro. Poderamos eliminar
uma proposta como a que diz algo: "Eu preciso aproximadamente
$2.000 para comprar uma parte de material de bioqumica (devemos ser
especficos) para me ajudar a adquirir alguns dados
preliminares.
Os dados preliminares me ajudaro com uma proposta de
financiamento. Isto pode ser indicado em pargrafos detalhando, em
teoria e operacionalmente, o que se est
requerendo de equipamento ou materiais e de como os resultados
do equipamento so interpretados (utilizados).
Agora pensemos nas necessidades do Conselho de Pesquisa. Em
primeiro lugar, o Conselho de Pesquisa , em geral, conhecido por
relativamente poucos cientistas e at mesmos por poucos cientistas
que se relacionam com a bioqumica. Em segundo lugar, o Conselho no
precisa conceder apenas dinheiro.
A meta do Conselho encorajar o desenvolvimento de propostas de
financiamento externas, competitivas. O Conselho d dinheiro para
atingir sua meta de pesquisa e outras atividades criativas.
Uma proposta de financiamento para que obtenha dinheiro do
Conselho de Pesquisa precisa ficar mais convincente; isto ocorre
quando contiver o ttulo da proposta maior e detalha precisamente
onde ela ser apresentada; precisa especificar a quantia de dinheiro
que a proposta pedir e alguma informao acerca de como o equipamento
pedido tornar a proposta mais competitiva.
A mesma necessidade de detalhes se aplica a vrias oportunidades
de pequenos financiamentos em nossa Universidade. Elementos
envolvidos no financiamento na Universidade no precisam contemplar
apenas com dinheiro, mas, devem encorajar propostas competitivas a
serem apresentadas em agncias nacionais. Se forem consideradas as
necessidades de pequenos programas de financiamento das
universidades deveramos descrever, com detalhes convincentes, como
os pequenos financiamentos ajudaro a gerar propostas externas
competitivas.
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Escrevendo do Crculo dos Vencedores: Um Guia para Preparar
Propostas Competitivas de Financiamento
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Aplicao do mesmo critrio em outros temas. O tema de identificar
as reais necessidades de uma agncia potencial se aplica a todas as
organizaes. Como exemplo, a agncia designa uma quantia para
professores de uma universidade.
Estas equipes esto compostas de indivduos bastante sofisticados,
abenoados com um foco claro sobre as necessidades de quem eles
representam (produtores).
Precisamos estar bem esclarecidos (informados), da mesma
maneira, de que as necessidades dos produtores mudaram durante a
ltima gerao.
Devido, em grande parte, ao sucesso de universidades e de ns
mesmos, a pesquisa em produtividade e eficincia agrcola menos
importante que a pesquisa em eficincia de comercializao e tcnicas
de processamento de agregao de valores. De maneira concomitante,
menos dinheiro destinado para a pesquisa em produo e mais dedicado
comercializao e a pesquisa em operaes de agregao de valor.
No clima atual, no adianta propor o trabalho de investigao que j
no se encaixa nas necessidades dos rgos de produtos bsicos. As
agncias federais tambm tm necessidades, embora elas sejam
normalmente expressas em termos de poltica de concesso de fundos.
Ns podemos considerar cuidadosamente as necessidades dessas agncias
ao formular uma proposta de financiamento, fazendo um par de
perguntas difceis:
Por que algum (agncia) deveria pagar para esse trabalho ser
feito?
Este outro modo de saber se o trabalho que queremos fazer
satisfaz as necessidades das agncias para as quais planejamos e
queremos enviar nossas propostas. A nica razo para que qualquer
pessoa (agncia) financie qualquer trabalho porque o mesmo satisfaz
as suas prprias necessidades, as necessidades do financiador.
Com frequncia a informao que ns obtemos de agncias maiores como
USDA, NIH, NSF, EPA, entre outras, expresso em linguagem
generalizada. Pode ser difcil entender exatamente o que as equipes
de reviso realmente esto interessadas em financiar em cada ano.
O planejamento, de antemo, pode nos ajudar a aprender bastante
sobre as reais necessidades e objetivos das equipes de reviso
dessas agncias de financiamento.
Posteriormente, retornaremos ao tema, Mas, antes de faz-lo,
sejamos um pouco mais pessoais sobre a redao de proposta.
Por que nos deveriam pagar para fazermos este trabalho? Pense no
quadro federal de financiamento. Cada vez mais pessoas esto
competindo por menos e menos dinheiro. Pois . Mais porcos esto se
apertando num cocho menor.
De nosso ponto de vista como faculdade, a maior presso para
conseguir dinheiro se junta com menor disponibilidade de dinheiro.
H uma competio cada vez maior por cada vez menos
financiamentos.
Pontos importantes que afetam seriamente este assunto. Primeiro,
algumas pessoas esto gerando
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Escrevendo do Crculo dos Vencedores: Um Guia para Preparar
Propostas Competitivas de Financiamento
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propostas de financiamento competitivas. Todos sabem que isto
assim porque todos sabem que algum tem dinheiro para financiamento.
Certamente h menos dinheiro disponvel, mas, mesmo assim, ainda
dinheiro, ainda h dinheiro.
Segundo, at mesmo a mais altamente considerada pesquisa ou
programas pedaggicos experimentam falhas nos seus fluxos de
financiamentos. Eu acredito que temos que ser capazes de competir
com sucesso por parte do dinheiro disponvel, em algum momento.
Se for possvel assumir que articulamos de maneira vigorosa e com
eficincia (elegantemente) o trabalho que estamos interessados em
fazer, j estamos no caminho de uma proposta de financiamento
competitiva.
Nosso prximo passo vigorosa e elegantemente esclarecer porque ns
que deveramos ser os indivduos ou organizaes que devem ser
financiadas para fazer este trabalho importante.
Considere trs elementos principais de propostas de financiamento
competitivas:
Estabelecemos uma ligao entre o que estamos interessados em
fazer e as necessidades e valores da organizao.
Estabelecemos a garantia que somos os indivduos mais apropriados
para fazer o trabalho.
Provemos a garantia que trabalhamos em uma instituio que prov as
melhores instalaes para realizar o trabalho.
Estabelecer credenciais. H trs partes das propostas que nos
permitem claramente estabelecer nossas
credenciais para fazer o trabalho que estamos propondo.
A primeira seo que estabelecemos que somos capazes de conduzir o
trabalho a nos propomos. At certo ponto, quanto antes
estabelecermos isso, melhor.
Qual a chave?
A ideia fundamental assegurar que j temos alguns dados
preliminares relacionados aos principais objetivos de nossas
propostas. Se tudo for favorvel, poderamos at ter dados para
elaborar um manuscrito ou dois (publicaes) que podem ser juntados a
nossas propostas.
Segundo, as propostas de financiamento tambm tm uma seo de
biografia que prov uma oportunidade para mostrar nossas
credenciais. Descrevemos nossa formao educacional, nossa histria de
trabalho e nossas publicaes na seo de biografia.
Muitas pessoas reclamam em altas vozes que como obtiveram ttulos
como o Ph.D. recentemente, no tiveram bastante tempo para gerar
todas as publicaes exigidas para competir com outros mais
experientes. Isso realmente no uma preocupao das agncias.
No esperado que o indivduo ps-doutorado a apenas um ano atrs
tenha a mesma base de publicao que um outro que o tenha feito h
cinco. O que se espera que todos tenhamos a experincia e
habilidades para levar a cabo o trabalho em nossas propostas e que
tenhamos o conhecimento e energia
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Escrevendo do Crculo dos Vencedores: Um Guia para Preparar
Propostas Competitivas de Financiamento
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para publicar os resultados de nosso trabalho.
O terceiro ponto se refere condio de poder estruturar nossos
compromissos, destacando o fato de que somos qualificados para
fazer o trabalho. Se uma parte considervel de nossos compromissos
dirigida a pesquisa um sinal claro que temos a base para um
compromisso de investigao numa instituio de pesquisa.
A mesma lgica se aplica para as atividades de ensino e extenso:
mostramos que em virtude de nossas atividades somos indivduos
competitivos. O que importante que podemos indicar claramente que
nossas atividades so estruturadas de tal modo que temos o tempo e a
estrutura institucional suficientes para fazer o trabalho
explicitado na proposta de financiamento.
Melhorar suas chances. Melhoramos nossa postura competitiva
prestando ateno cuidadosa parte das propostas de financiamento que
se referem aos nossos recursos e ambiente. Por exemplo, os
formulrios para financiamento de pesquisa da NIH tm espaos para
indicar que temos um escritrio, um laboratrio e alguns
computadores. Prximo desses espaos do formulrio h espaos para
listar o equipamento principal em nossos laboratrios como
ultracentrifugas e assim sucessivamente. Abaixo, em geral, um espao
para especificar instalaes especiais.
Lembre-se que nossa meta indicar que somos bem-preparados para
desenvolver e administrar o trabalho que estamos propondo. O fato
de que nos sentamos em um escritrio no
acrescenta muito proposta. Mas, e nossos laboratrios?
Em lugar de s mencionar que temos um laboratrio, ajuda, nesse
processo, a especificao que temos, p. ex., "O laboratrio com 900 ps
quadrados com trs bancadas que facilmente podem acomodar seis
pessoas".
Se trabalharmos em uma unidade que comumente compartilha
equipamento, podemos listar todo o equipamento principal para o
qual temos permisso de usar. No temos que nos limitarmo aos bens
especficos em nossos espaos de trabalho e laboratrio.
Queremos chamar ateno para o ambiente de funcionamento em nossa
Universidade.
Se estivermos propondo usar as ferramentas de biotecnologia em
nosso trabalho, poderamos destacar o Centro de UNL para
Biotecnologia e as instalaes pertinentes disponveis.
Se estivermos propondo fazer trabalho qumico em monitorar
poluentes ambientais, poderamos destacar nosso famoso Centro por
Espectrometria de Massa.
Se estivermos pensando em fazer um programa de educao de adulto,
poderamos incluir o Centro de Nebraska como um de nossas
instalaes.
Na proposta, os recursos importam. O ponto a ser enfatizado que
nossa instituio favorecida com algumas das instalaes mais modernas
disponveis.
Como uma entidade acadmica, temos alta especializao disponvel.
Estes destaques aumentam a probabilidade de podermos
administrar,
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Escrevendo do Crculo dos Vencedores: Um Guia para Preparar
Propostas Competitivas de Financiamento
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de maneira eficiente, o trabalho que estamos propondo.
Queremos chamar a ateno da equipe de reviso de propostas das
agncias para estes recursos, mostrando que facilitariam o trabalho
de nossa proposta.
Por que algum deveria nos pagar para fazer o trabalho que
propomos? Porque nossa proposta a que melhor se adequa s
necessidades de uma agncia de financiamento e porque argumentamos
enfaticamente que somos qualificados para fazer o trabalho em uma
instituio que comprometida com isto.
Retornamos realidade para no perder de vista este ponto:
Os mritos intrnsecos da proposta e a base do investigador so
determinantes principais de consolidao de fundos de
financiamento.
Enfatizo nossas instalaes porque em tempos de intensa competio,
elas podem virar a situao a nosso favor.
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Propostas Competitivas de Financiamento
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Captulo 5
Redigindo Propostas de Financiamento
David Bauer um dos gurus mais prsperos em redao de propostas de
financiamento. Ele faz seminrios, vende o seu livro intitulado "HOW
TO" Grants Manual e tem um caderno para ajudar os participantes dos
seminrios a se tornarem escritores de financiamentos competitivos.
Gosto muito desse material porque oferece um programa que pode ser
til a nossos propsitos se adequadamente adaptado.
O problema que vejo nesse material e em muitos outros recursos
semelhantes que, com frequncia, so muitos gerais. As boas ideias no
so apresentadas ou elas exigem uma boa traduo para serem teis. Eles
tambm me do a impresso que nossas posies so divididas de modos
incomuns: algo como 110% de desenvolvimento nas propostas de
financiamento, 20% ensinando e 80% em pesquisa.
Considero que as propostas de financiamento podem nos ajudar a
atingir algumas de nossas metas pessoais e profissionais. As
propostas no so, por si mesmas, nossas metas principais.
Menciono metas pessoais e profissionais como um editor que
contribui para as metas do Entomologista. Escrevo colunas breves em
disciplinas da cincia. A ideia reconhecer que podemos estabelecer
uma meta pessoal para atingir um sucesso profissional particular.
Mas, no vamos mais divagar.
Queremos utilizar algum tempo pensando nos detalhes de escrever
nossas propostas de financiamento. Uma coisa que gosto de David
Bauer que ele comea reconhecendo que desenvolver uma proposta de
financiamento competitiva pode parecer ser uma tarefa opressiva.
Descreve-a como um rato que tenta levar um pedao gigantesco de
queijo. O rato, exibindo uma extraordinria sabedoria para algum que
nunca defendeu uma dissertao, divide o queijo em partes menores,
cada uma podendo ser levada para fora com calma.
A sugesto: Dividir a tarefa a ser desenvolvida numa proposta de
financiamento competitiva em tarefas menores, em tarefas que sejam
realizveis.
Tenho uma sugesto relacionada com o assunto. J falamos sobre
planejar com nosso pessoal de apoio para obter ajuda com a capa,
com oramento e assim por diante.
Este tipo de planejamento realmente pode ajudar a dividir o
trabalho em partes exequveis. Por exemplo, poderamos fazer nossa
parte de pensar a fundo sobre o significado e importncia do
trabalho proposto, enquanto nosso pessoal de apoio ajuda
diretamente com a elaborao do oramento processando alguns dos
formulrios rotineiros.
Sobre escrever claramente
Dedicamos um tempo razovel tarefa de planejar um processo de
elaborao da proposta. As fases de planejamento podem ser cruciais
para fazer propostas de financiamento competitivas, no sendo
exagerado enfatizar a importncia do planejamento. Agora, vamos
virar um pouco o jogo.
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Propostas Competitivas de Financiamento
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Voc alguma vez ouviu algum dizer, "Bem, eu acho que me sentarei
e produzirei uma proposta de financiamento?" No provvel.
A maioria pensa em que termos do que se faz de fato: escrevemos
propostas de financiamento. Em geral, as propostas de financiamento
bem-escritas so as mais competitivas. Segue que deveramos gastar um
pouco de tempo aqui falando sobre o negcio de escrever.
O terceiro pecado mortal: a seriedade banal
A maioria focaliza em propostas de financiamento, artigos para
publicao, manuscritos, boletins de extenso, relatrios de pesquisa e
notas de aula com a intensidade de um raio laser. Estamos fazendo
nosso trabalho.
Fazendo assim, s vezes perdemos a perspectiva que todo mundo
tambm procura fazer bem seu trabalho. Podemos perder de vista o
fato que os revisores de financiamento simplesmente no se sentam
com uma xcara de caf para desfrutar uma tarde com nossa proposta de
financiamento.
Um revisor de financiamento poder ter apenas uma ou duas, mas
tambm algo como 30 ou 40 propostas de financiamento para ler.
Normalmente pedido ao revisor que escreva as revises (sugestes,
crticas, avaliaes...) das propostas analisadas num espao de tempo
bastante limitado.
Trabalhar como revisor de financiamento um servio para a agncia
e para a comunidade. O revisor acrescenta este servio, sem prejuzo
de outros trabalhos seus ou liberao de seus deveres regulares.
Considerando que muitos revisores de financiamento so, antes de
tudo, pessoas ocupadas, precisamos estar completamente atentos ao
trabalho adicional desses revisores de financiamento.
Podemos usar essa constatao como vantagem competitiva e
desenvolver nossa redao de forma a considerar a carga extra de
trabalho do revisor. Fazemos isso quando escrevemos com clareza e
indicamos nossas observaes de forma explcita, evitando pensamentos
e redaes obscuros, sem requerer do revisor ocupado que gaste mais
tempo tentando entender o que ns tentamos dizer.
Devemos escrever exatamente o que ns queremos que o revisor
saiba sobre nossas propostas.
Aqui est um exemplo exagerado do ponto que ns queremos colocar.
Por favor, registre o tempo que leva para ler e traduzir a orao.
Depois, faa a mesma coisa com a prxima orao grifada.
Um fragmento destacado da litosfera terrestre, seja de origem
gnea, sedimentar ou metamrfica, e que adquiriu sua esfericidade
aproximada atravs da ao hidrulica ou outro atrito, quando mantido
continuamente em movimento em razo da instrumentalidade das foras
gravitacionais constantemente agindo para reduzir seu centro de
gravidade, resultando assim num movimento de rotao em torno do seu
eixo temporrio e com a sua velocidade acelerada por um aumento do
ngulo de inclinao tem, devido ao abrasiva produzida pelo contato
contnuo, mas irregular, entre a sua periferia e o terreno
adjacente, uma forma eficaz de impedimento de
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Propostas Competitivas de Financiamento
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acmulo, na sua superfcie externa, de qualquer mnimo aprecivel da
vegetao criptgama, normalmente propagadas nas mesmas condies timas
e invariveis de sombreamento, umidade atmosfrica e radiao solar dos
agentes erosivos.
Tempo?_____________ Minutos
Pedra que rola no cria limo.
Tempo? _____________ segundos.
Muitos membros de faculdade desfrutam uma certa facilidade com a
lngua. Estamos, com frequncia, plenamente confortveis com palavras
e podemos produzir formulaes interessantes e at mesmo divertidas.
Utilizamos facilmente dispositivos literrios como metfora, insinuao
e analogias para nos expressarmos.
Sem uma pequena autodisciplina, podemos nos deixar seduzir por
linguagem bombstica. Trocamos uma fora de convico concatenada para
algo como um bla-bla-bla.
Em particular, tendo para este tipo de escrita porque ela me
entretm.
A maioria dos revisores de financiamento no tem tempo por aquela
linha de entretenimento. nossa responsabilidade gerar oraes
simples, legveis, declarativas. Devemos evitar ofuscao9.
9 nfase dos tradutores. Os pesquisadores, ao
redigirem uma proposta de financiamento, devem estar atentos
para evitar a mesma linguagem utilizada em um artigo cientfico. Uma
proposta de financiamento no um artigo cientfico, embora
H muitos recursos para escrever e este manual no para ser um
deles. Esta seo s uma lembrana que propostas de financiamento
consideradas competitivas so aquelas que so bem escritas.
So listados alguns recursos de redao na bibliografia para os
indivduos que querem dar uma olhada em um ou dois aspectos.
O recurso que trago sempre a mo meu manuseado livro de capa mole
de Os Elementos de Estilo, escrito por Strunk e White. Utilizo este
ao editar, passando por meus rascunhos de documentos, s vezes at
mesmo ao escrever uma carta ou memorando. Ajuda-me porque minha
memria parece programada para recordar nmeros e padres, mas, no
recordar regras simples sobre como escrever. Como resultado,
constantemente estou observando que e qual o propsito da proposta
para lembrar sobre qual das palavras usar e quando.
Voltando ao ponto: as propostas de financiamento competitivas so
aquelas bem escritas. No precisamos ser escritores particularmente
bons para gerar boa redao, mas precisamos ser satisfatrios.
Apliquemos este pensamento seo narrativa da proposta de
financiamento.
Minha ideia escreva: bang, bang, bang, sem preocupao com
qualquer coisa, exceto colocar no papel exatamente aquilo que
desejamos fazer. Ortografia, gramtica, claridade e lgica, tudo pode
ir com o vento!
A beleza de computadores e processadores de textos que tudo
se
muitas vezes, em sua redao, sejam utilizados dados obtidos por
meio desses artigos.
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Escrevendo do Crculo dos Vencedores: Um Guia para Preparar
Propostas Competitivas de Financiamento
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encontra em disco, (HDs, CDs, etc.) e, uma vez feita nossa
narrativa inicial, podemos utilizar esses recursos computacionais
para trabalhar nela posteriormente.
No cometa nenhum erro: Ns trabalhamos nisto.
H vrias maneiras de fazer nossas propostas bastante claras. Um
modo fazer, para ns mesmos, algumas perguntas. Depois de
respondermos a estas perguntas, tambm podemos nos organizar para
que nossas propostas sejam revisadas antes de submet-las s
agncias.
Aqui esto algumas das perguntas que poderamos fazer:
Os objetivos so colocados com poucas declaraes claras e
precisas?
Por exemplo, queremos:
a.Estabelecer condies de laboratrio adequadas para analisar a
enzima "Tenure Synthetase"; usar estas condies para fazer uma
caracterizao inicial da enzima; ento usar condies otimizadas de
ensaio para a purificao da enzima (colocando passos subsequentes de
precipitao e passagens em vrias colunas de cromatografia), o que
ser usado para estabelecer a importncia desta enzima em disciplinas
acadmicas e no financiamento de fundos; ou
b.caracterizar a " Tenure Synthetase"?
A seo da proposta que estabelece sua importncia e significado
pode ser compreendida facilmente por algum sem um conhecimento
especfico no campo de atuao de quem escreve a proposta?
Podemos usar esta seo de nossas propostas para introduzir o
campo geral de nossa pesquisa, estabelecer o significado desse
campo e de nosso trabalho em particular no mesmo e colocar o
trabalho que queremos fazer nesse contexto. Em forma de esboo,
escrevemos algo assim:
Os objetivos so colocados em poucas declaraes claras e
precisas?
Em condies gerais: Bem, certo que esta uma linha de trabalho
interessante.
Ainda em condies gerais: O trabalho importante porque a sade,
felicidade, satisfao pessoal e plenitude espiritual de todo homem,
mulher e criana em nosso planeta, como tambm todos os seus animais
de estimao e alimentao animal dependem disso.
Especificando: O trabalho particular que queremos fazer concorre
para avanar diretamente a misso de quem, por acaso, esteja lendo
(agncia) esta proposta; aqui nos esforamos para expressar como o
trabalho se ajusta misso.
Tenho um amigo que chega at a usar a mesma linguagem que as
agncias usam para descrever sua misso.
O ponto , em essncia, mostrar explicitamente a concordncia entre
nosso trabalho e as orientaes na misso de agncia.
Especfico: Agora passemos a um sumrio, claro, cristalino, nada
menos do que cristalinamente claro do resumo da literatura
existente. Queremos orientar nossos leitores a um ponto focal que
deixe claro que o prximo e
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Propostas Competitivas de Financiamento
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possivelmente nico avano que vale a pena no campo vir do
trabalho que estamos propondo.
A parte preliminar diz que o trabalho pode ser feito e que
estamos bem-qualificados para faz-lo?
Usamos a seo preliminares para fazer duas observaes:
A primeira, todo o trabalho na proposta pode ser realizado; isto
inclui a nossa habilidade em realiza-lo.
Se nossos experimentos requerem que tenhamos habilidades e
competncias, mos qualificadas, capazes de inserir microssondas em
clulas do crebro; dessa forma, precisamos apresentar alguns dados
preliminares para mostrar que somos competentes para inserir o
microssondas, para adquirir dados das sondas, para analisa-los e
para fazer interpretaes deles. Usamos a seo de dados preliminares
para convencer os revisores que podemos fazer o trabalho e que
temos a possibilidade para faz-lo.
A segunda observao diz respeito base terica necessria. Imagine
uma proposta de financiamento para estudar o comportamento de vo de
lagostas. Nosso revisor pensa, "Emocionante! isto uma srie
realmente clara e elegantemente projetada de experincias". Ento
algum da mesa de revisores pergunta em voz alta, lagostas voam
"?
Parece tolo, mas, muitas propostas de financiamento no so
consideradas porque o proponente no estabeleceu uma base tcnica
robusta para o estudo. Se estivermos interessados em caracterizar
uma enzima particular, muito til mostrar a enzima presente em
nosso sistema. Se quisermos estudar o cultivo de kiwi em
Nebraska, deveramos mostrar que aquele kiwi cresce aqui.
Os dados preliminares enviam duas mensagens importantes: somos
competentes para fazer o trabalho da proposta e o trabalho tem uma
base terica robusta e coerente.
O desenho experimental faz sentido?
Queremos ressaltar trs pontos nesta seo da proposta.
1. Deixamos claro o experimento que planejamos realizar.
2. Justificamos por que planejamos fazer esses experimentos.
3. Informamos aos revisores que ganhos emergiro desses
experimentos.
Tal como acontece com todas as sees de nossas propostas de
financiamento, isto precisa ser bem claro.
Muitas propostas comeam com alguns pequenos pargrafos sobre as
metodologias gerais que apoiaro todo o trabalho. Podemos recorrer a
estes mtodos para experincias individuais ao longo da proposta,
conforme for apropriado.
Tentamos expressar nossos experimentos em redao direta e
simples. Dessa forma, as informaes podem ser arquivadas na mente do
leitor de um modo fcil. Muitas propostas tm um experimento para
cada objetivo principal na proposta; dessa forma, deve-se detalhar
os experimentos correspondentes com os progresso na proposta.
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Propostas Competitivas de Financiamento
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Depois de listar os experimentos podemos dar um pequeno
embasamento da literatura pertinente, para mostrar por que esses
experimentos so importantes.
Queremos criar um tipo de equilbrio aqui: d bastante informao
para dar suporte a essa observao, sem entrar em detalhes que posam
cansar ou fazer perder o ponto de vista por leitor.
Finalmente, podemos escrever uma declarao curta acerca dos
benefcios esperados. Quais so benefcios esperados a partir desses
experimentos?
H um cronograma razovel para mostrar quando o trabalho ser
executado?
Um vez, apenas uma, fui criticado por no incluir um cronograma
em uma proposta de financiamento. Agora incluo um pequeno quadro
para mostrar, em termos bastante gerais, quando cada parte do
trabalho ser executada.
Cronogramas no so contratos ptreos. bem reconhecido que algumas
linhas de trabalho, especialmente em pesquisa, so difceis e no
podemos fixar datas precisas sobre uma tarefa ou experimento
particular. Por outro lado, podemos mostrar que tivemos algum
pensamento cuidadoso sobre o tempo em que as tarefas e experimentos
sero feitos, bem como anteciparmos sobre o progresso que esperamos
alcanar.
A lio destes comentrios que sempre podemos trabalhar em um
rascunho de nossas propostas de financiamento. normalmente fcil
fazer uma histria fluir suavemente. Podemos simplificar as descries
dos mtodos que planejamos usar. Se for dado algum tempo extra,
podemos reescrever e
revisar, tornando as coisas mais claras e o fluxo mais simples,
de forma a melhorar nossa postura competitiva.
Depois de lidar por algum tempo com perguntas e temas como as
indicadas acima, poderamos passar para uma reviso da proposta antes
de ser submetida agncia.
A reviso prvia torna a proposta mais competitiva
Muitos institutos de pesquisa ganham seu suporte de
financiamento a partir de vrias agncias. Eu costumo trabalhar em
apenas um projeto. No surpresa se verificar como essas organizaes
desenvolvem, em todos os nveis, uma cultura de formulao de
propostas bem sucedidas de financiamento. H vrios elementos dessa
cultura.
Primeiro, membros do quadro de pessoal esto normalmente
envolvidos em trabalhos que voc pode esperar que so mais facilmente
financiveis. Segundo, algumas pessoas de apoio so especialistas em
propostas de financiamento. Eles normalmente sabem tudo sobre os
clichs, cronogramas de submisso e coisas desse tipo.
Institutos de pesquisa normalmente insistem em revises prvias de
suas propostas. s vezes contratam pessoas para fazer essas revises.
s vezes essas pessoas so editores anteriores ou professores de
lnguas. A ideia de que eles, no sendo cientistas, certamente no
esto preparados nos aspectos tcnicos de qualquer linha de
pesquisa.
Ao contrrio, eles tm de fora, so leitores inteligentes e peas
cruciais no sucesso de institutos de pesquisa.
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Escrevendo do Crculo dos Vencedores: Um Guia para Preparar
Propostas Competitivas de Financiamento
Pg.32/56
As propostas de financiamento revisadas previamente