Eram Os Deuses Seres Humanos?

7/23/2019 Eram Os Deuses Seres Humanos?

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Salomo Rovedo

Eram os deuses seres humanos?

Discos voadores vistos na Era Medieval

Acredito que Eram os deuses seres humanos?, com que foiintitulado o artigo que recuperei da publicao original do ornal!pinio " e que agora mando ao mundo " foi um desses nomesca#dos do c$u, em que a intencionalidade $ dispens%vel&

Est%vamos em plena travessia '()*+'(), sob o taco do-overno M$dici, auge da represso e tortura que corria desde'(./& !s por0es, os subterr1neos de delegacias, casas escusas e

pres#dios invis#veis, que nem sempre afloram nessas ocasi0es,ganharam o aval do Estado&

2arlos 3amarca e 2arlos Marighella ca#ram& A -uerrilhado Araguaia resistia a po e palmito& A represso e censura aos4rgos de imprensa impossibilitavam qualquer tentativa deden5ncia& !s ve#culos de comunicao neutros estavam sendo

usados para transformar essa merda numa viso positiva desseestado de coisas para a sociedade e o mundo&


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Debai6o dessa situao, surge na Europa p4s '(./, o7ealismo 8ant%stico, liderado pelos escritores franceses 3ouis

9a:ells ;'(*, que al$m domais era espio& A dupla, atrav$s do livro ! Despertar dosM%gicos ;dormitando desde '(., passou a liderar a divulgaodo paranormal e das teorias pseudocient#ficas que sustentaram o7ealismo 8ant%stico& Mas, a partir de ento, o movimentocresceu e foi amplamente divulgado pela 7evista 9laneta, degrande aceitao mundial&

Em '(./ o empregado de hotel su#o Erich von Dani@en setransformou em escritor famoso com o livro Eram os deusesAstronautas?, o que veio botar mais lenha na fogueira dorealismo fant%stico& A coisa ferveu por aqui, como quem procuratamb$m escapar para um lugar nas estrelas& 9ara fugir danquisio e da fogueira, vale tudo, amigo& Desse livro surgiu acontra=ideiaB Eram os deuses seres humanos?

Coltando a ! Despertar dos M%gicos, subintituladontroduo ao 7ealismo 8ant%stico, v=se que caminha pornarrativas lend%rias, fatos especulativos, se dedicando Fs %reasmal e6ploradas, muitas de cunho espiritual, que medram entre acincia, o esoterismo, as tradi0es e lendas dos povos&

! discurso de 9al:ells, ergier e van Dani@en, abrangetemas diversosB alquimia, sociedades secretas, civiliGa0esantigas, religi0es, ocultismo, esoterismo e procurava se basearem evidncias hist4ricas rec$m=descobertas, como os 9apirosdo Mar Morto&

Hudo se baseia no fato de que grande quantidade de

conhecimento cient#fico e t$cnico tem origem em civiliGaoe6traterrestre e que $ mantido em segredo pelas potncias


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mundiais, Iamais chegando F populao& ! Despertar dosM%gicos $ dividido em trs partesB

'> ! 8uturo Anterior*> J% alguns anos, em outro lugar absoluto> ! homem, esse infinito

Ke algu$m duvida se a obra $ especulativa ou no, basta lera declarao de 3ouis 9a:ells numa entrevistaB

"H provavelmente um monte de besteiras em nosso

livro, repetimos, mas isso pouco importa, se este livro fizer

despertar algumas vocaes e, em certa medida, provocar

voos mais amplos ! pesuisa"#

Lo tendo para onde fugir, embarcamos na nave dorealismo fant%stico e dos deuses astronautas, cuIa e6tensocontinua nos dias de hoIe com Jarr 9otter, Hol@ien e

adIacncias&

7io de aneiro, 2achambi, novembro de *


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Em busca do desconhecido

9or muito tempo que se calcule o poder alcanado pelo

ramo filos4fico iniciado e propagado como 7ealismo 8ant%stico,muito pouco h% de se obter, em termos de influncia de massa aponto de modificar ou interferir no sistema estabelecido&

A fraca alegao de que o movimento lana subIetivamenteideias neonaGistas ao tentar esclarecer alguns obscuros fatos que

" queiram ou no cientistas s%bios " tem permanecido s$culos e

s$culos em perene ostracismo ;Fs veGes opcional, muitas veGescompuls4rio>, $ vaga e imprecisa au6iliando a ocultar overdadeiro e nocivo neofascismo que, amparado por t#tulos einstitui0es pol#ticas ditas modernas, veio F tona lastreado delegalidades&

Esse sim $ atirado como imposio ao povo, mascarado com

fantasias progressistas e ;ainda> revolucion%rias ou tamb$mpseudoreligiosas& Est% latente, positivo, atuante, o naGismo quenossa passiva inatividade no consegue deter e desativar& K4sabemos reagir superficialmente&

Kem nos ater aos interesses secretos dos fundadores da ideia;pois estes no podemos descobrir mesmo>, seIam eles naGistas,racistas, ou tudo isso Iunto, ou nada disso, h% de se notar o ladopositivo da ;v% l%> filosofia que conseguiu liberar o pensamentodos dogmas tidos como 5nica verdade, religiosos e cient#ficos,que tm detido naGisticamente todas as liberdades e e6press0es,utiliGando para isso as mais fant%sticas alega0es&

La realidade, ap4s o lanamento da ideia, seguido de umapoderosa massa de publica0es semelhantes ;como se todos

tivessem guardando temerosos segredos>, desapareceu do homem


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o receio de bulir com o desconhecido, com o e6traordin%rio, como fant%stico&

Dentro de cada um de n4s e6iste uma viva condenaoautom%tica ao despotismo e Fs ditaduras " f#sicas e mentais " querelegam os seres a um plano cheio de limita0es, como a contidana -rande Loite da dade M$dia, como a do hitlerismo, comotodas as nquisi0es poss#veis erigidas por governos quequeimam livros, abusando da opresso social e religiosa em nomedo progresso e de falsas liberdades, apenas para mencionar asempresas que do mais na vista, agindo Fs claras&

Mesmo assim, faGer um paralelo entre, por e6emplo, CanDenni@en e a dupla 9a:ells e ergier $ tentar misturar 4leo e%gua&

2onquanto e6ista uma conotao em seus trabalhos ;aamplitude de ao $ natural no 7ealismo 8ant%stico e comporta

obras to diversificadas como as de J& -& Oells, ules Cerne,Kerge Jutin, 7oger acon e milhares de outros autores>, notam=se perfeitamente caminhos diversos na busca de suas realiGa0es,considerando=se que o obIetivo $ um s4& Kendo que CanDenni@en se especialiGou em desvendar os segredos dos deuses eastronautas da antiguidadeP ao passo que os franceses 9a:ells eergier abriram propositadamente todas as portas de sua

imaginao e percepo a todos os caminhos que permitampenetrar o pensamento humano, em toda e qualquer situao queresista a uma an%lise mental, seIa quais forem as probabilidadesBdif#ceis, remotas ou imposs#veis&

Abertas as vias rumo ao passado e em direo ao futuro, I%se pode, em outras palavras, discutir livremente sobre a

falibilidade das cincias, das religi0es, dos deuses e das forasocultas, sem se importar muito com a fogueira& ;&&&>


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Hamb$m I% se pode criticar friamente as d5bias palavras ete6tos dos livros b#blicos, as mensagens dos religiosos

considerados pilares da filosofia ;uda, 3ao Hs$, 2onf5cio, esus>&

% se pode correr vista pelos sagrados papiros e penetrarnos antigos e seculares segredos das Kociedades Kecretas, dasmagias ranca e Legra, da alquimia, das religi0es profanas, comofaGer conIeturas e lanar novas luGes sobre todas as coisassuperiores, utiliGando para seu deciframentos modernos recursosda tecnologia e da compreenso&

Dissemos que tudo isso $ poss#vel livremente, mas o ser%tamb$m impunemente?

Hamb$m algumas predi0es t$cnico=cient#ficas imaginadashabilidosamente por Lostradamus, ohn Dee, padre KinistrariDQAmenoP mais recentemente por J& -& Oells e -eorge !r:ell,

at$ chegar aos nossos Arthur 2& 2lar@, 9eter Rolosimo, saacAsimov e Ernesto ono, nunca $ demais repetirB Iamais devempassar despercebidas, sempre devemos dar cr$dito a essesesforos de descobrir o incognosc#vel&&&

A verdade $ que o homem foi mergulhado criminosamentenum mar de incerteGas, atendendo a Iogadas pol#ticas,

dogm%ticas, religiosas e cientificas, ou tudo Iunto ;&&&>&

!utro forte motivo para hoIe investigarmos todas aspossibilidades, mesmo que no tenham o m#nimo de cr$ditonecess%rio, $ o fato de estarmos todos ainda completamente nulose ignorantes da nossa origem e destino& Kem d5vida, apesar dosmilh0es de anos percorridos no decorrer de suada e6istncia, a

caminho de uma formao biol4gica que muitos consideram aperfeio, o homem continua presa do passado, sem descobrir a


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realidade a respeito da transformao da vida aqu%tica para arasteira, a quadrupede para a b#pede terrena&

2ontinua retido na busca permanente de um elo perdido,que seria a mutao da vida irracional para a l4gica e para araGo& 9or$m a realidade ainda no se apro6imou e continuamosparalisados no Jomem de Leandertal com suas diversas fac0es,como precursor e matriG do homem moderno&

9ois da mesma forma que os arque4logos escavam antigasterras e penetram em profundas cavernas, na verdadeira almageol4gica da Herra, em busca de um fragmento de verdade arespeito das origens das esp$cies, do mesmo modo o homemmoderno tem procurado penetrar na mente e em todos osmist$rios da e6istncia, humana e sobre=humana, em busca daverdade sobre seu interior, seus superpoderes, sua vida e suaalma ;&&&>&

Escavar todos &

S uma misso monstro a ser empreendida pelo homem, nopelo macaco ou pelos deusesB por um macaco e deus chamadohomem civiliGado, somente&

S poss#vel, portanto, que o 7ealismo 8ant%stico tenhaformado escola, mas $ imposs#vel que esta escola tenha nascidode uma s4 ideia e que essa ideia tenha sido formulada por um s4homem com prop4sitos escol%sticos&

A simples verificao de que a ideia fornece condi0esilimitadas para o pensamento humano, sem peias nem r$deas,

constata a afirmativa acima&


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Ademais, $ pr4prio de v%rias religi0es propagar a aceitaodo estabelecido com alegria, amor e paG, I% que para modificartudo ter#amos de sacrificar civiliGa0es e ceifar milhares de vidas

;como $ poss#vel I% ter ocorrido em algum tempo>&

Em seu trabalho !s livros malditos, acques ergieresclarece porque no permitiu que o movimento nascido com !despertar dos m%gicos e 9lanTte fosse transformado emreligioB num estado de ignor1ncia total da din1mica dos gruposhumanos, pareceu=me e6tremamente perigoso lanar novosmovimentos p%ra=religiosos&

9or$m, no s4 religio, como tamb$m sociedadesbeneficentes secretas ou semi=secretas cuidam de promover umcomodismo, discut#vel em sua ao, mas que, de um modo ou deoutro, evita a repetio de cat%strofes provocadas pelo choquedestruidor das camadas divergentes&

2omo no h% limita0es, $ sempre poss#vel que asideologias pol#ticas busquem o mesmo modo de ao, procurandoatrair para suas fileiras o maior n5mero de adeptos, como faG o7ealismo 8ant%stico&

S inevit%vel que isso ocorra&

A respeito os tecnocratas observam que o Uen=udismoser% o ramo religioso de maior aceitao no futuro, Iustamentepor ter certa identidade com o sentimento que o homem modernocriou para se dirigir rumo a um incerto Mundo, prenunciado comalarmantes previs0es de superpopulao, mis$ria e fome, edoenas desconhecidas&

9ara isso deve estar o homem preparado a enfrentar eaceitar&


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9ois aceitar pacifica e alegremente a pobreGa, a opresso, amania de consumo e todo o resto, no quer diGer que tudo isso se

transforme numa impassividade ou numa pacificao ociosa, cheiade espaos vaGios&

Algu$m Iamais falou da alegria agressiva e destruidora?

J% necessidade de inteirarmos dos motivos e raG0es pelasquais, de tempos em tempos, surge um homem possu#do dosfant%sticos dons e poderes de liderana e organiGao, capaGes deconstruir um Mundo, organiGar um 7eino, erigir um 9ovo eencaminh%=lo a um destino glorioso e sagrado&

2urar doentes, revolucionar pol#ticas e ressuscitar mortos&

Kaber o porqu da e6istncia de certos homens que,contrariamente, possuem um instinto altamente destrutivo e

nocivo, que sublima essa imagem atrav$s do estigma daconquista pela fora e da busca do Eldorado ou de uma raasuperior altamente purificada, em busca da religio perfeita&

Ento teremos encontrado algo que se assemelhe Fe6plicao da e6istncia entre n4s, simples mortais, de demVniosdo em e do Mal&

Alguma coisa a respeito da destruio das v%riassuperciviliGa0es, cuIo grau de inteligncia e progresso deve terameaado de qualquer modo o poder indestrut#vel desses seressuper=homens& 2om base nas informa0es hist4ricas curricularesque chegam at$ n4s Iamais poderemos analisar tal poderio&

Ke os deuses foram ;e continuam sendo> feitos F nossaimagem e semelhana " mesma carne e mesmo osso " ento os


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e6traordin%rios poderes de que so possuidores nos faGem verque a mente humana $ capaG de dar saltos grandios#ssimos rumoao futuro desconhecido e F superinteligncia, em determinados

lapsos de tempo, o que permite literalmente salvar a humanidadede novas cat%strofes semelhantes F que destruiu a primeirae6istncia da nossa raa&

Assim se e6plicaria a presena entre n4s de homens comoMois$s, esus, uda, Maom$&

9ara no dei6ar em branco a possibilidade reversa, idnticopulo " para tr%s " Iustificaria a e6istncia de foras negativas edestruidoras representadas por momentos hist4ricos como adade M$dia, por Jitler e pelas numerosas Kociedades Kecretas,possuidores de fora mental ultrapoderosa a ponto de formarin5meras manchas negras da vida da Herra&

9ode ser que a espera de um novo super=homem vindo do

espao interestelar ou at$ de uma paup$rrima aldeia nordestinaou africana, encaminhe as op0es progressistas do homem a ummin5sculo plano&

Mas a formao de uma ideia positiva que busque antes detudo a verdade por todos os m$todos, percorrendo todos oscaminhos para admitir que tal fato tenha acontecido realmenteB

que os fenVmenos tm amplas possibilidades de se repetirindefinidamente com a e6istncia dos super=deuses, certamenteau6iliar% a dirimir a pobreGa, a repelir a opresso e aclarar amentalidade de que at$ hoIe estamos possu#dos, adaptando=a Fscondi0es passageiras de consumidores pertencentes a umasociedade escravagista " no m#nimo " com sua tecnologiatempor%ria, cuIa vigncia no impedir% de modo algum a sobre

e6istncia de uma alegria de viver e um amor pelo Ker possuidor


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de e6istncia que preenche todos os requisitos milagrosospr4prios dos que so deusesB o Jomem&==Publicado originalmente no Jornal Opiniao (RJ) n 8, de 25 de dezembro de 192 a1 de !aneiro de 19"#==$ota%&1 ' O %mbolo (###) %igni*ica a %upre%%ao de parte do te+to, pela redaao-2 ' $ao *iz re.i%ao, nem ree%cre.i o te+to e%tacomo %aiu com toda% a% imper/eioe%originai%# Portanto, h provavelmente um monte de besteiras-" ' $e%%a epoca o guru da 0ontracultura no pa% era uiz 0arlo% aciel, tambemredator do !ornal Opiniao e tera %ido ' ac3o ' o pro.a.el 4padrin3o de%tapublicaao-

6 ' Para culminar& ao *inal da pagina em 7ue e%te artigo %aiu, logo abai+o do meunome, aparece a nota Re.i%ao pre.ia, 7ue diz& Na sexta-feira da semanapassada, recebemos uma comunicao do Major Braga, do SICA, !rgo da

o"#cia $edera", de %ue nosso jorna", a partir do pr!ximo n&mero, passar' a

receber o %ue o Major c(amou de )re*iso pr+*ia# :;ou nao eo proprio Reali%mo


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