Top Banner
ENTRE LENDAS… …do meu Portu gal
41

Entre lendas ... de portugal final

Jul 20, 2015

Download

Education

hocribeiro
Welcome message from author
This document is posted to help you gain knowledge. Please leave a comment to let me know what you think about it! Share it to your friends and learn new things together.
Transcript
Page 1: Entre lendas ... de portugal  final

ENTRE

LENDAS…

…do meu

Portugal

Page 2: Entre lendas ... de portugal  final

L e n d a d o M o n t e d a s C o r u j e i r a s… …d e T e r r a s d e S a n t a M a r i a

Page 3: Entre lendas ... de portugal  final

Em tempos que já lá vão…

… das torres altaneiras do Castelo da Feira o alcaide mouro avistava toda a terra em redor. Ali mesmo, no sopé do morro, balançava o seu majestoso barco de velas desfraldadas. Ele sonhava com a bela donzela cristã daquela vila ali ao pé, Gaia.

Page 4: Entre lendas ... de portugal  final

A b e l í s s i m a d o n ze l a e r a a d o r a d a p o r t o d o s o s p o v o s q u e a c o n h e c i a m , d a d o q u e t u d o o q u e p os s u í a e r a p ar a d ar ao s p ob r e z i nh o s

Page 5: Entre lendas ... de portugal  final

O alcaide mouro, roído de curiosidade, disfarçou-se de pobre e foi até Gaia pedir esmola. Quando a viu, ficou tão encantado que resolveu raptá-la.

Page 6: Entre lendas ... de portugal  final

E, pela calada da noite, subornou uns criados do castelo que a apanharam, fingindo um rapto. O mouro, armado em homem bom e defensor da donzela, fingiu que lutou para a libertar dos seus raptores, parecendo, aos olhos desta, como um anjo libertador. Com o intuito de “fugir” aos malfeitores, convenceu-a a entrar num barco e trouxe-a para o Castelo da Feira.

Esta donzela há-de ser minha!

Page 7: Entre lendas ... de portugal  final

Combinado o rapto com os seus criados, o alcaide simulou o resgate. Desse modo, a donzela, agradecida, apaixonar-se-ia por

ele.

Page 8: Entre lendas ... de portugal  final

E durante muitos anos

viveram felizes…

Ele era um mouro apaixonado e ela era uma cristã devota, que ia ensinando àquelas pessoas o Cristianismo.

Page 9: Entre lendas ... de portugal  final

Olhem, levem-na daqui, para esses montes e matem-na lá, matem-na e que eu não a torne a

ver!”.

O alcaide tinha um irmão que morria de inveja . Ele queria ser o senhor do

castelo e não gostava que uma cristã viesse para as suas terras contar as leis

de Cristo.

Um dia, o mau irmão assalta o castelo, mata o alcaide e quando ia matar a donzela, sentiu-se a fraquejar, porque além de ser mulher, havia, secretamente uma paixão pela cunhada .

Page 10: Entre lendas ... de portugal  final

Para não ser reconhecida, rasgou a face com uma pedra afiada …

Ficou medonha e assustadora. Vestiu-se de negro, e andava por ali à noite, como alma penada.

Os soldados abandonaram a donzela no meio das giestas

Page 11: Entre lendas ... de portugal  final

Durante o dia, sempre bondosa, recebia numa barraca de cascas e folhas das árvores e arbustos, as pessoas com maleitas. A todos tratava bem. Curava feridas dos viandantes, e dizia coisas proféticas.

Page 12: Entre lendas ... de portugal  final

Começou a ser conhecida como a bruxa do Monte da Corujeira e tudo o que dizia batia certo.

Então o mau alcaide ouviu falar da Bruxa do Monte e também lá foi ouvi-la numa altura de crise.

Esta noite vais morrer!

Page 13: Entre lendas ... de portugal  final

Mas em terras em Santa Maria, o povo não aceitou a maldade feita aos seus senhores.Uma noite, amarram velas acesas aos seus bois imitando um grande exército para atacarem o Castelo. Com medo, o mau irmão foge, deixando aquelas terras ao mando da boa donzela.

Page 14: Entre lendas ... de portugal  final

E em Terras de Santa Maria repete-se a lenda…

Page 15: Entre lendas ... de portugal  final

Pedro e Inês

Page 16: Entre lendas ... de portugal  final

• Quando o

Quando o príncipe D. Pedro chegou à idade de casar, a

escolhida foi Constança Manuel, que pertencia à família real

Page 17: Entre lendas ... de portugal  final

D. Pedro recebeu D. Constança como sua mulher mas apaixonou-se perdidamente por uma das aias que a acompanhavam

Page 18: Entre lendas ... de portugal  final

O rei e da rainha, furiosos, fecharam Inês no Convento de Santa Clara, em Coimbra. D. Pedro não a podia visitar,

mas continuava a contactar a sua amada .

Page 19: Entre lendas ... de portugal  final

D. Pedro ficou viúvo. Durante alguns anos viveram felizes e despreocupados na

Quinta das Lágrimas, com os seus três filhos.

Page 20: Entre lendas ... de portugal  final

D. Afonso IV e os três fidalgos

decidiram matá-la e nem as suas

súplicas os demoveram .

Page 21: Entre lendas ... de portugal  final

Maria Dulce Murteira Cirino

Diz-se também que D. Pedro, quando foi rei, retirou Inês do túmulo, a sentou no trono e obrigou a corte a beijar-lhe a mão.

Page 22: Entre lendas ... de portugal  final

Lenda dos Tripeiros

Page 23: Entre lendas ... de portugal  final

No ano de 1415, construíam-se nas margens do Douro as naus e os barcos que haveriam de levar os portugueses, nesse ano, à conquista de Ceuta e, mais tarde, à epopeia dos Descobrimentos.

Page 24: Entre lendas ... de portugal  final

O Infante confidenciou ao mestre Vaz, o fiel encarregado da construção, as verdadeiras e secretas razões que estavam na sua origem: a conquista de Ceuta.

Page 25: Entre lendas ... de portugal  final

Esse nome de

"tripeiros" é uma

verdadeira honra para o povo do

Porto.

Faremos o mesmo que fizemos há trinta anos

atrás aquando da guerra com Castela: damos toda a carne da

cidade e comemos apenas as

tripas.

Page 26: Entre lendas ... de portugal  final

Lenda da dama pé-de-cabraThe legend of goat foot

Page 27: Entre lendas ... de portugal  final

Em tempos que já lá vãoQuer acreditem ou nãoO mundo tinha magia.

In ancient timesBelieve it or notThe world was magic

Page 28: Entre lendas ... de portugal  final

The woods and the riversThe lakes , the fogsWere more than it seems

Os bosques e os ribeirosOs lagos, os nevoeirosEram mais do que se via.

Page 29: Entre lendas ... de portugal  final

O que é que isto quer dizer?O que temos de aprenderE que dantes se sabia?

What does it mean? What we need to learnAnd what had you known?

Page 30: Entre lendas ... de portugal  final

Em florestas encantadasEram demónios ou fadasSeduzindo quem lá ia? Demónios o que é que são? Fugimos deles ou não? O que é o desconhecido?

In charmed woods Were demons or fairies? Seducting who went there ? Demons, what are they? Did we run from them or not? What is the unknown one?

Page 31: Entre lendas ... de portugal  final

E cavalos a voarOnde nos podem levar?No voo, o que está escondido?

And flying horses Where can they take us? What is hidden in the flight?

Page 32: Entre lendas ... de portugal  final

Em tempos que já lá vãoQuer acreditem ou nãoPassou-se uma coisa estranha:

In passed times Believe it or not Something strange had hapen:

Page 33: Entre lendas ... de portugal  final

D. Diogo, cavaleiroQue era hábil MonteiroE caçava na montanha Andando um dia a caçarPerseguindo um javaliOuviu uma voz a cantarEm fonte perto dali:

D. Diogo, knight He was an artful rider And he hunts in the mountainsSpending all day huntingChasing a wild boarHeard a voice singing The origin near by that side

Page 34: Entre lendas ... de portugal  final

“Quem vem ao verde tão verdeQuem vem ao verde veráQuem não vem em vão e vedeQue o verde o ajudará.”

“who comes to the green , so greenWho comes to the green will seeWho doesn’t come will not seeThe green on will help him

Page 35: Entre lendas ... de portugal  final

“- Quem sois? Vossa voz me chama!

- Sou de mui alta

linhagem.”

“- Sede minha, linda damaE eu serei vosso pagem.”

“- Irei contigo, porémNunca mais te hás-de benzer.”

“-who are you? Your voice calls for me “- I am from a high birth “- Be mine, pretty lady And I will be your servant“- I will go with you, howeverYou will never get blessed yourself again

Page 36: Entre lendas ... de portugal  final

P´ro seu castelo a levouE com ela partilhouTudo o que tinha de seu.Nada há que não lhe dêNem porta que não lhe abra.Mesmo quando um dia vêQue ela tinha pés de cabra.

To the castle he takes her And with her he left Everything that belongs him He gives her everything that he hasThe door he opens to herEven when a day ??? She has a goat feet

Page 37: Entre lendas ... de portugal  final

Pois mesmo assim a amouE ela um filho lhe deuD. Enheguez lhe chamou.

Depois veio uma meninaBem rosada e pequeninaQue em seus braços embalou.

But in the same way he loves herAnd a son she gives himHis name was D. Enheguez After that a litle girl comesVery pinkish and very litleIn her arms snuggle them

Page 38: Entre lendas ... de portugal  final

And the time was passed D. Diogo keeps on hunting And the lady stays at home

E o tempo foi passandoD. Diogo ia caçandoE a dama em casa ficava

Page 39: Entre lendas ... de portugal  final

Até que um dia ao jantarEstava D. Diogo a darA um dos cães um ossoVeio uma das cadelasPequena e às rosnadelasFilou o cão p’lo pescoço.E matou o seu alão!E o cavaleiro, entãoAo ver isto se benzeu.

So one day at dinner D. Diogo was given A bone to one of his dogs Comes a female dogLitle and growlingBite the dog in neck And kills His alliedso the knightseeing this, blessed himself

Page 40: Entre lendas ... de portugal  final

E a dama, quando isto ouviuQuando viu a benzeduraSolta um uivo, um assobioCom sua filha sumiuPelo ar, a grande altura.E subiu, subiu bem altoPassou além do planaltoSe confundiu com a verdura.

When the lady heard this When the lady saw him getting blessed Gives a howl, a whistle With her daughter she vanishesThrough the air, big highAnd climb, climb very highWent beyond the plateauMixed with the bushes

Page 41: Entre lendas ... de portugal  final

E o tempo passou, passouFoi D. Diogo em cruzadaE contra os mouros lutouMui valente se mostrouMas caiu numa emboscada.

Mesmo lutando sem medoPor fim o bom cavaleiroFoi levado prisioneiroP’ra cidade de Toledo.

And the time passed, passed D. Diogo went in a cruzade And against moors he fought He proved to be very braveBut in an ambush he felt downEven fighting without fearLastly the good knightWas taken as prisioner

To Toledo´s city