ELIZABETE MARQUEZI
AGRICULTURA FAMILIAR: O TRABALHO NO CAMPO PARA SUSTENTO DA FAMÍLIA BRASILEIRA
LONDRINA 2011
ELIZABETE MARQUEZI
AGRICULTURA FAMILIAR: O TRABALHO NO CAMPO PARA SUSTENTO DA FAMÍLIA BRASILEIRA
Produção Didático-Pedagógica para o Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE da Secretaria Estadual de Educação do Paraná – SEED. Orientadora: Profª Dra. Adriana Castreghini de Freitas Pereira.
LONDRINA 2011
FICHA CATALOGRÁFICA – PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA.
Título: Agricultura familiar: o trabalho no campo para o sustento da família brasileira
Autor Elizabete Marquezi
Escola de Atuação Colégio Estadual “Nilo Peçanha” – EFM
Município da escola Londrina
Núcleo Regional de Educação Londrina
Orientador Profª Dra. Adriana Castreghini de Freitas Pereira
Instituição de Ensino Superior UEL – Universidade Estadual de Londrina
Disciplina/Área Geografia
Produção Didático-pedagógica Unidade Didática
Relação Interdisciplinar
Público Alvo
Alunos de 6ª série do ensino fundamental, do período vespertino
Localização
Rua Iapó, nº 96 – Vila Nova
Londrina – Paraná
Apresentação:
A agricultura no Brasil tem sido, desde o processo de colonização, uma forte tendência na economia nacional e certamente figura como das fontes de sustentação do mercado nacional e internacional. É importante que os alunos compreendam como as transformações ocorridas na zona rural/campo afetaram tanto a população rural quanto a urbana. O objetivo deste estudo consiste em propor estratégias metodológicas com vistas a analisar a importância da agricultura familiar como estratégia de fixação do homem no campo. Ao propor a análise da agricultura familiar como estratégia de fixação do homem no campo, pretende-se englobar as quatro dimensões estabelecidas pelas DCE (dimensões socioambientais, cultural e demográfica, econômica e política), as quais devem ser concebidas em uma visão ampliada, dada a dinamicidade das mudanças que perpassam o estudo da terra e do homem. O Projeto de Intervenção Pedagógica na escola será realizado com os alunos do 6ª série – turma B, com 39 alunos A metodologia adotada consiste na proposição de uma unidade didática que contempla as mudanças ocorridas no município de Londrina e as transformações do espaço geográfico, especificamente com a agricultura familiar, abordando os conceitos de regiões, lugar e sociedade.
Palavras-chave Geografia; terra; homem; agricultura familiar.
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ....................................................................................................... 5
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS .................................................................... 7
ATIVIDADE 1 ........................................................................................................... 7
ATIVIDADE 2 ........................................................................................................... 9
ATIVIDADE 3 ......................................................................................................... 14
ATIVIDADE 4 ......................................................................................................... 17
ATIVIDADE 5 ......................................................................................................... 18
ATIVIDADE 6 ......................................................................................................... 18
ATIVIDADE 7 ......................................................................................................... 21
ATIVIDADE 8 ......................................................................................................... 23
ATIVIDADE 9 ......................................................................................................... 24
ATIVIDADE 10 ....................................................................................................... 25
ORIENTAÇÕES / RECOMENDAÇÕES DE USO AOS PROFESSORES ................ 27
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 28
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APRESENTAÇÃO
O tema desta produção didática volta-se para as mudanças
socioespaciais e ambientais que ocorreram no espaço rural, sobretudo em relação à
agricultura familiar.
A agricultura no Brasil, a qual tem sido, desde o processo de
colonização, uma forte tendência na economia nacional e certamente figura como
uma das fontes de sustentação do mercado nacional e internacional.
A modernização da agricultura que foi vivenciada pela população
paranaense nas últimas décadas do século XX, é trabalhada na disciplina de
Geografia e carece de maior problematização para que os alunos compreendam
como as transformações ocorridas na zona rural/campo afetaram a população rural,
de agricultores e porcenteiros de café, meeiros, pequenos e médios proprietários.
A proposição deste estudo encontra-se respaldada na proposta das
Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná (DCE), as quais apresentam como
conteúdos estruturantes o ensino das dimensões socioambiental, cultural e
demográfica, econômica e política.
O Projeto de Intervenção Pedagógica na escola será realizado com
os alunos da 6ª série – turma B, com 39 alunos regularmente matriculados, no
Colégio Estadual “Nilo Peçanha” EFM., localizado à Rua Iapó nº 96 – Vila Nova, no
município de Londrina, a uma latitude de 23ºS e longitude 51ºW, composto num total
de 890 alunos matriculados na Educação Básica, Ensino Fundamental e Médio, um
corpo docente de 45 (quarenta e cinco) professores, 8 (oito) Agentes Educacionais.
O objeto de estudo será as mudanças ocorridas na região norte do
Paraná e as transformações do espaço geográfico, enfocando as questões
socioeconômicas do município de Londrina, através da prática da análise das
mudanças ocorridas no cenário da agricultura paranaense, especificamente com a
agricultura familiar, abordando os conceitos de região, lugar e sociedade.
O objetivo geral consiste em propor alternativas metodológicas com
vistas a analisar a importância da agricultura familiar como estratégia de fixação do
homem no campo.
Para atingir este objetivo maior, são propostas atividades, por meio
da estruturação de uma unidade temática, em que serão trabalhados dados
estatísticos que demonstrem a elevada incidência da saída do homem do campo
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nas útimas quatro décadas; buscando reconhecer os problemas que conduziram a
esta retirada maciça dos trabalhadores rurais; ao mesmo tempo em que se busca
estabelecer relações entre os espaços urbano e rural: questões econômicas,
ambientais, políticas e culturais.
Com embasamento teórico na leitura de textos informativos
extraídos de diferentes fontes, pretende-se avaliar a transformação da distribuição
espacial da população como resultado de fatores históricos, naturais e econômicos.
O trabalho de pesquisa documental irá permitir identificar dados acerca da
agricultura familiar no Brasil e na região Norte do Paraná; bem como as principais
culturas da agricultura familiar na região e os seus resultados. Para consolidar a
pesquisa bibliográfica e documental, será estabelecido contato com agricultores
familiares, no intuito de relacionar os problemas e avanços apresentados.
Ao propor a análise da agricultura familiar como estratégia de
fixação do homem no campo, pretende-se englobar essas quatro dimensões
estabelecidas pelas DCE, ao mesmo tempo em que são redimensionados os
conteúdos geográficos dos quais devem ser concebidos em uma visão ampliada,
dada a dinamicidade das mudanças que perpassam o estudo da terra e do homem.
O ensino de Geografia é pensado fundamentalmente como uma
tentativa de unir a geografia crítica com o sócio-construtivismo, ou em outras
palavras, como uma coleção de conteúdos geográficos renovados e críticos, cuja
preocupação pedagógica é levar o educando a construir os conceitos, e não recebê-
los prontos. Assim o aluno é incentivado a refletir e discutir, a se motivar com o
estudo da dinâmica da sociedade e da natureza para o homem com o estudo do
espaço produzido pela humanidade.
Os encaminhamentos metodológicos sugeridos encontram-se em
consonância com o pensamento de Cavalcanti (1998), que afirma que o processo de
apropriação e construção de conceitos fundamentais do conhecimento geográfico se
dá a partir da intervenção intencional própria do ato do docente mediante um
planejamento que articule a abordagem dos conteúdos com a avaliação.
No ensino de Geografia previsto por esta proposta, a abordagem
pretendida considera o conhecimento espacial prévio dos alunos para relacioná-lo
ao conhecimento científico no sentido de superar o senso comum.
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PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
ATIVIDADE 1
TEMPO PREVISTO 4 aulas
RECURSOS E TÉCNICAS vídeo, imagem, mapa do Brasil em
tamanho ampliado, ilustrações variadas,
entrevista familiar, relato oral, atlas.
Figura 1: Cartaz do filme Vídeo: Nem que a vaca tussa Título original: (Home on the Range) Lançamento: 2004 (EUA) Direção: Will Finn, John Sanford Atores: G.W. Bailey, Roseanne Barr, Cláudia Rodrigues, Bobby Block. Duração: 76 min Gênero: Animação Status: Arquivado
Sinopse
A fazenda Caminho do Paraíso está em pânico, pois uma ação de despejo ameaça acabar com o local. Temendo ir para o matadouro, os animais da fazenda decidem ajudar a dona a conseguir a quantia necessária para pagar a hipoteca. O alvo escolhido pelo grupo é o perigoso bandido Alameda Slim, que tem uma grande recompensa reservada para quem capturá-lo.
Durante a exibição do filme, relacione, em colunas, os elementos
que integram a zona urbana com a zona rural.
Em grupos, discutam as seguintes questões:
Como é tratada a questão da posse da terra no filme?
O que representa Alameda Slim no enredo do filme?
Você tem conhecimento de situações semelhantes em que pequenos proprietários são obrigados a vender suas terras para os mais poderosos?
Na fazenda Caminho do Paraíso havia a criação de diversas espécies de animais. Você já visitou alguma propriedade desse tipo?
8
VEJA NO MAPA A SEGUIR A SITUAÇÃO DO BRASIL EM TERMOS DE AGROPECUÁRIA Figura 2: Produção Agropecuária no Brasil entre 2008 e 2010
Fonte: Brasil (2011)
I – Observe com atenção a imagem e complete as informações solicitadas:
Produto Produção brasileira Maior estado produtor/quantidade
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II – EM RELAÇÃO À PRODUÇÃO AGRÍCOLA, RELACIONE, EM ORDEM
CRESCENTE DE QUANTIDADE, OS PRODUTOS COM MAIOR ÍNDICE DE
PRODUTIVIDADE:
III – INDIQUE A DIFERENÇA NA QUANTIDADE PRODUZIDA ENTRE:
a) A cana produzida em São Paulo e a soja do Mato Grosso:
b) O milho e a soja na produção brasileira:
c) A cana no Brasil e em São Paulo:
AVALIAÇÃO:
a) EM GRUPO, PESQUISE SOBRE OS PRINCIPAIS PRODUTOS AGRÍCOLAS DE
CADA ESTADO BRASILEIRO:
b) COLETE ILUSTRAÇÕES SOBRE OS PRODUTOS PESQUISADOS:
c) JUNTE-SE AOS DEMAIS GRUPOS E ILUSTRE O MAPA DO BRASIL
AGRÍCOLA, UTILIZANDO EM CADA ESTADO A SIGLA CORRESPONDENTE:
d) CRIE UM TÍTULO E A LEGENDA PARA O MAPA PRODUZIDO:
e) ELABORE UM PEQUENO TEXTO ABRANGENDO OS CONTEÚDOS
ANALISADOS NAS AULAS
f) INDIQUE O ESTADO BRASILEIRO QUE TENHA RELAÇÃO COM A HISTÓRIA
DE VIDA DE SUA FAMÍLIA E FAÇA UM RELATO ORAL:
ATIVIDADE 2
TEMPO PREVISTO 5 aulas
RECURSOS E TÉCNICAS textos informativos, vídeo, linha do tempo, computador com programa Excel
Nesta aula vamos trabalhar com os conceitos de população rural e
urbana.
I – LEIA COM ATENÇÃO AS INFORMAÇÕES DO TEXTO A SEGUIR:
A crescente implantação de técnicas de produção no setor primário, responsável pela
agricultura, pecuária e extrativismo, tem contribuído, desde os anos setenta do século XX,
para a redução dos índices de população rural. Especificamente no Norte do Paraná, não
somente a tecnologia, mas também a falta de diversificação de culturas contribuiu para este
fato, como é notório o binômio soja-trigo (BITTENCOURT E BIANCHINI, 1996).
.
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II – PARA COMPROVAR A DIMINUIÇÃO DOS ÍNDICES DA POPULAÇÃO RURAL (PR), OBSERVE O GRÁFICO A SEGUIR:
Vamos comparar a distribuição da população rural e urbana no
Brasil, por meio da observação do gráfico. A interpretação desse gráfico permitirá
perceber o momento em que houve maior migração rural-urbana.
Os gráficos são importantes ferramentas de informações
quantitativas. Podem ser classificados de acordo com o método empregado,
estabelecendo relação entre os valores quantitativos.
Tabela 1 – Construindo gráfico de distribuição da população rural e urbana.
Fonte: IBGE, Anuário Estatístico do Brasil,2010.
GRÁFICO 1 – Evolução do crescimento da população urbana e o decréscimo da população rural nas ultimas décadas de 1980 a 2010, no Brasil.
Fonte: IBGE: Anuário Estatístico do Brasil, 2010. Elaborado pela autora
Brasil
1980 1991 2000 2010
PR PU PR PU PR PU PR PU
32 68 25 75 19 81 16 84
%
1980 1991 2000 2010
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RETIRE DO GRÁFICO: a) a porcentagem de população urbana (PU) no Brasil em 2000: b) a porcentagem de população rural (PR) em 1980: c) a diferença percentual entre a população urbana de 1980 e 2000: d) a diferença percentual entre a população urbana e rural em 1991:
ANALISANDO A POPULAÇÃO URBANA E RURAL DO MUNICÍPIO DE LONDRINA
Antes da construção do gráfico, leia e analise os dados da tabela 1.
A escala do eixo vertical corresponde à porcentagem de população, onde um
centímetro equivale a 10% da população e no eixo horizontal as datas. Observe a
variação da distribuição nesse período:
Tabela 2 – Distribuição da População rural (PR) e urbana (PU) de Londrina
Londrina
1980 1991 2000 2010
PR PU PR PU PR PU PR PU
28 72 12 88 6 94 3 97
Fonte: IBGE, Anuário Estatístico do Brasil, 2010.
GRÁFICO 2 – Utilizando os dados da tabela, construa o seu próprio gráfico de
distribuição da população rural e urbana.
Fonte: Adaptado pela autora, 2011
0
20
40
60
80
%
1980 1991 2000 2010
12
Usando os dados da tabela, faça o gráfico. A linha vertical corresponde a cada ano, marque os dois pontos (de preferência com lápis de cores diferentes) que correspondem às porcentagens de população urbana e rural nesse ano.
Primeiro trace as linhas com lápis preto,
Unindo os pontos referentes à população urbana em cada ano, trace uma linha de cor; faça o mesmo para população rural, traçando uma linha de outra cor.
Pinte as legendas com as cores que você usou.
AGORA, OBSERVANDO O GRÁFICO, RESPONDA.
a) Observa-se que nas quatro últimas décadas a tendência da migração do campo para a cidade foi muito expressiva. Isso ocorre devido a vários fatores. Discuta no grupo e apontem razões que levaram o homem a deixar o campo:
b) Analisando década por década, como se pode avaliar o percentual correspondente às migrações para a cidade? Explique sua resposta com dados extraídos da tabela:
A SAÍDA DO HOMEM DO CAMPO PARA A CIDADE CONFIGURA O ÊXODO
RURAL. SAIBA MAIS SOBRE ESSE FENÔMENO:
LEITURA E ANÁLISE DE TEXTO JORNALÍSTICO
Mundo vai viver nova onda de êxodo rural
O mundo vai viver uma década de grande êxodo rural e 30 milhões de pessoas deixarão o campo em direção às cidades por ano. O alerta é do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT). As organizações advertem os governos para se prepararem não apenas para acolher essas pessoas com infraestrutura adequada, mas também para que assegurem políticas de criação de empregos se não quiserem ver o aumento da pobreza.
A constatação faz parte de um levantamento feito sobre o futuro do mercado de trabalho. Em dez anos, o mundo terá de gerar 440 milhões de empregos para um exército de novos
ÊXODO RURAL
Êxodo rural é o termo pelo qual se designa o abandono do campo por seus habitantes, que, em busca de melhores condições de vida, se transferem de regiões consideradas de menos condições de sustentabilidade a outras, podendo ocorrer de áreas rurais para áreas rurais, ou de áreas rurais para centros urbanos. Este fenômeno se deu em grandes proporções no Brasil, nos séculos XIX e XX e foi sempre acompanhado pela miséria de milhões de retirantes e sua morte aos milhares, de fome, de sede e de doenças ligadas à subnutrição (MARINUCCI, 2000).
é o deslocamento ou migração de trabalhadores rurais que vão em direção aos centros urbanos. (mundoeducacao.com.br/geografia).
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trabalhadores. "Esses postos terão de ser criados apenas para não agravar ainda mais o nível de desemprego no mundo. Não para resolver a falta de trabalho, que atinge 210 milhões em 2010", alertou Steven Pursie, um dos principais economistas da OIT.
Parte dessa necessidade em gerar novos postos ocorre diante da explosão demográfica que ainda acontece em alguns países emergentes. Mas uma parcela importante ocorre pelo êxodo rural. "O desafio será enorme, tanto para governos como para a sociedade", afirmou Pursie. "Esse talvez seja o maior movimento de seres humanos em direção às cidades em um século."
O fluxo de migrantes do campo para as cidades não é um fenômeno novo. Nos últimos 50 anos, a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) estima que 800 milhões de pessoas teriam deixado terras e trabalho no campo para buscar uma vida melhor nas cidades. Mas o ritmo dessa migração deve dobrar. A falta crônica de acesso à terra, queda de produtividade e de renda, além de problemas ambientais, são os principais fatores que estariam levando milhões para as cidades.
Em 2008, pela primeira vez, mais de 50% da humanidade vivia em cidades. O que o estudo liderado pelo Fundo Monetário Internacional mostra agora é que essa tendência não vai parar de crescer. Em 1900, apenas 13% da população mundial viviam em cidades, cerca de 200 milhões de pessoas. Essa taxa, 50 anos depois, subiu para 29%. Em 2005, 3,2 bilhões de pessoas viviam em centros urbanos, ou 49% da população mundial. Para 2030, a projeção apontada no levantamento é de que 60% da população do planeta esteja fora do campo, quase 5 bilhões de pessoas (O ESTADO DE SÃO PAULO, 12/09/10).
O TEXTO ABORDA A TEMÁTICA DO ÊXODO RURAL EM UMA ESCALA MUNDIAL. REFLITA SOBRE O QUE LEU E RESOLVA AS ATIVIDADES PROPOSTAS: a) Copie o trecho em que o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Organização
Internacional do Trabalho (OIT) orientam os governos no sentido de evitar o aumento a pobreza:
b) Segundo o texto, quais são os três fatores que ocasionam as migrações do campo para a cidade?
c) Elabore uma linha do tempo com as datas de 1900 a 2030, indicando os números e percentuais da população mundial urbana.
d) Agora elabore um gráfico com os dados expressos na linha do tempo:
AS ARTES EM GERAL ABORDAM A QUESTÃO DO ÊXODO RURAL. VEJA OS EXEMPLOS A SEGUIR.
CANDIDO PORTINARI, Retirantes (1944), Óleo s/ tela 190 x 180 cm. Col. Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand São Paulo, Brasil
Asa Branca (1947) (Luiz Gonzaga / Humberto Teixeira)
Inté mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
"Intonce" eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Quando o verde dos teus "óio"
Se "espaiar" na” prantação”
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu vortarei, viu
Meu coração
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A IMAGEM, A LETRA DA MÚSICA E A NARRATIVA DO ROMANCE VIDAS SECAS
REFLETEM AS DIFICULDADES DO HOMEM DO CAMPO.
a) Em grupo, discutam se a realidade atual é a mesma da época em que as obras foram produzidas:
b) Apresentem possíveis causas que ocasionam o êxodo rural:
c) Pesquisem outros textos, imagens ou músicas que retratam a saída do homem do campo:
AVALIAÇÃO: ELABORAR UM PAINEL COM AS IMAGENS E TEXTOS COLETADOS:
ATIVIDADE 3
TEMPO PREVISTO 4 aulas
RECURSOS E TÉCNICAS texto informativo, documento legal, imagens; produtos agrícolas diversos gráficos variados, laboratório de Informática para elaboração de gráficos em Excel
Os sertanejos Fabiano, o pai, Sinhá Vitória, a mãe, os dois meninos, acompanhados pela cachorra Baleia
e o papagaio de estimação atravessavam a Caatinga pernambucana. Desalentados pela seca, pelo sol
forte, pela fome, pela sede, pelo cansaço de existirem seguem arrastando seus mulambos por dentro dos
leitos dos rios esturricados. Procuram lugar, o menino mais novo acaba desmaiando diante das tamanhas
imposições da vida. Fabiano aperta-lhe com a espingarda, com o facão, com as ameaças guturais, mas o
excomungado não se mexe. Fabiano, então se compadece do filho ao ver os urubus fazendo seus giros
entre o sol e o chão esturricado. Carregou-o nas costas, como um pacote; e seguiam. Agora mais
vagarosamente, porém ele tinha que seguir viagem. Era sua perseverança. Ele não sabia para onde ir,
mas tinha de prosseguir. A morte do papagaio, aquela noite, trouxe a todos uma mistura de alegria
trágica e tristeza esperançosa. Afinal, era sempre assim, andavam sempre divididos. Divididos entre a
perda e a necessidade. Num dia de sorte, a cachorra Baleia caçou um preá dos bons. Aquela caça dava o
tom da emoção e da salvação desses viventes. Sinhá Vitória, como se beijasse, lambia o sangue do preá
que escorria pelas ventas da cachorra (RAMOS, 2007, p. 5).
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Ainda sobre a agricultura, no Brasil é muito forte a tendência da
agricultura familiar. Saiba mais a respeito lendo as informações a seguir:
CONTINUANDO A LER GRÁFICOS... Figura 3 - Agricultura familiar e produção de alimentos
Fonte: IBGE (2009).
OBSERVA-SE COM ATENÇÃO A FIGURA ACIMA E COMPLEMENTE AS
INFORMAÇÕES A SEGUIR:
a) Que tipo de atividade é mais expressiva na agropecuária familiar do país?
b) Que atividade é menos expressiva na agricultura familiar? Como se explica este fenômeno?
Propriedade Familiar- o imóvel rural que,
direta e pessoalmente explorado pelo
agricultor e sua família, lhes absorva toda a
força de trabalho, garantindo-lhes a
subsistência e o progresso social e
econômico, com área máxima fixada para
cada região e tipo de exploração, e
eventualmente trabalhado com a ajuda de
terceiros. (ESTATUTO DA TERRA)
Agricultor familiar é todo aquele (a) agricultor (a) que tem na agricultura sua principal fonte de renda (+ 80%) e que a base da força trabalho utilizada no estabelecimento seja desenvolvida por membros da família. É permitido o emprego de terceiros temporariamente, quando a atividade agrícola assim necessitar. Em caso de contratação de força de trabalho permanente externo a família, a mão-de-obra familiar deve ser igual ou superior a 75% do total utilizado no estabelecimento (BITTENCOURT E BIANCHINI, 1996).
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ANALISE AGORA O GRÁFICO A SEGUIR, ELABORADO A PARTIR DAS
INFORMAÇÕES CONTIDAS NA FIGURA 3.
Gráfico 3- Alimentos produzidos pela agricultura familiar no Brasil
Fonte: Adaptado de IBGE (2009).
OBSERVA NO MAPA A LOCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE LONDRINA NO ESTADO DO PARANÁ E NO BRASIL:
Fonte: Londrina, 2009.
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AGRICULTURA FAMILIAR NO MUNICÍPIO DE LONDRINA
O município de Londrina é um dos maiores polos da agricultura
familiar do estado do Paraná. Os agricultores familiares produzem a maioria das
hortaliças e verduras comercializadas em grandes e médios supermercados, feiras
livres e no CEASA, que abastecem não só a cidade como também a região
metropolitana.
TABELA 3 - A TABELA ABAIXO MOSTRA OS PRINCIPAIS PRODUTOS PRODUZIDOS PELA AGRICULTURA FAMILIAR NO MUNICÍPIO DE LONDRINA.
PRODUTOS ÁREAS PLANTADAS (em hectares)
Fruticultura 385
Oleriocultura 1.460
Total 1.849
Fonte: Emater/ Perfil da Realidade Agrícola 12/2010 - Londrina
AVALIAÇÃO: De acordo com a tabela, apresente as informações em forma de
gráfico de barras:
ATIVIDADE 4
TEMPO PREVISTO 4 aulas
RECURSOS E TÉCNICAS lendas impressas, ( vídeo)
LEIA A HISTÓRIA A SEGUIR
Jesus Cristo passava por uma estrada e, sob sol forte, morria de fome e de
sede. De repente, avistou um canavial. Sentou-se numa sombra entre as folhas,
refrescou-se do calor, descansou, chupou uns gomos e matou a fome. Ao sair,
abençoou as canas, prometendo que delas o homem tiraria um alimento bom e
doce. No outro dia, na mesma hora, o diabo saiu do inferno e, galopando pela
estrada, foi dar no mesmo canavial. Mas, desta vez, as canas soltaram pelos e
o caldo estava azedo, queimando a garganta. Furioso, o diabo prometeu que da
cana o homem tiraria uma bebida tão ardente como as caldeiras do inferno. É
por isso que da cana se tira o açúcar, bênção de Nosso Senhor, e a cachaça,
maldição do diabo.( Lenda da cana-de-açúcar,2009 ).
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Trata-se de uma lenda que explica, de maneira bem-humorada, as
origens do açúcar e da cachaça. Lenda é um texto em prosa que relata
acontecimentos geralmente fantasiosos que se passaram em certo tempo e lugar
com pessoas, animais, seres sobrenaturais ou mitos. Parte de um fato concreto ou
não (COLIN, 2011).
VAMOS CONHECER OUTRAS LENDAS, SOBRE VÁRIOS PRODUTOS DA
AGRICULTURA FAMILIAR.
Lenda do açaí
Lenda do arroz
Lenda da batata-doce
Lenda do Café
Lenda da erva-mate
Lenda da mandioca
Lenda do milho
Lenda do pequi
AVALIAÇÃO: Cada grupo deverá escolher uma lenda diferente e representá-la em
forma de dramatização, música, paródia, desenhos, painéis e outras formas de
representação.
ATIVIDADE 5
TEMPO PREVISTO 2 aulas
RECURSOS E TÉCNICAS Palestra com profissinal da EMATER -
PR
AVALIAÇÃO: Após a realização de palestra com profissional sobre a agricultura
familiar, os alunos deverá apresenta-la uma síntese do que foi discutido, podendo
formular questões para aprodundamento da questão.
ATIVIDADE 6
TEMPO PREVISTO 4 aulas
RECURSOS E TÉCNICAS texto da mídia impressa, palavras
cruzadas
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LEIA COM ATENÇÃO A REPORTAGEM A SEGUIR, QUE ILUSTRA UM EXEMPLO CONCRETO DE ÊXODO RURAL
Deixar ou ficar no campo, o dilema de José Aparecido
Com dois filhos adolescentes o produtor José Aparecido da Silva, 43, vive o dilema entre deixar ou permanecer no campo. Ele mora e trabalha na propriedade da família de quatro hectares, localizada no distrito rural de Maravilha, zona sul de Londrina. “Meu sonho sempre foi cursar Direito e estou tentando agora. É um sonho que tenho e pretendo fazer ainda. Gosto muito do trabalho na terra, só quem planta sabe o que é. Mas é uma atividade muito desgastante. Se eu tivesse um emprego fixo na cidade, eu sairia daqui.”
Quando adolescente, Silva diz que trabalhava na terra, ao lado do pai, sabendo que o sustento estava garantido. “Não vou dizer que não ganhe [hoje], mas é muito pouco e se perde bastante. Se chover ou fizer sol demais você perde. Então, não tem uma coisa fixa.” Ele chama a atenção também para a visão “romanceada” do campo e diz que os filhos adolescentes “não querem mais saber” do trabalho no pequeno sítio. “Os jovens hoje veem o campo somente como lazer. Quando você fala que mora na área rural, as pessoas já imaginam uma casa de fazenda, piscina. Elas não pensam que durante a semana tem o trabalho no campo.
Para o produtor faltam incentivos para os pequenos agricultores ficarem no campo. Tarefas simples, como comprar insumos agrícolas ou agrotóxicos, esbarram na burocracia. Ele conta que os vendedores exigem o registro de um engenheiro agrônomo. “Se você não tem, não consegue comprar. Mas como conseguimos pagar um profissional com a nossa renda?”, questiona.
Baixa renda desestimula
Silva declara que o produtor é muito mal remunerado. Como exemplo, ele cita o fato de ter encontrado em um supermercado um pé de alface sendo comercializado a R$ 0,15. Uma caixa de alface, com 18 pés, é vendida pelo agricultor por, no máximo, R$ 1,50. “Esse valor é quanto deveria custar somente um pé de alface. Se o mercado está vendendo a R$ 0,15, imagina quanto ele pagou para o produtor. Isso é muito pouco.”
Apesar da falta de perspectiva no campo, Silva pode ser considerado um agricultor privilegiado. O coordenador do projeto Rede de Referência para a Agricultura Familiar da Emater, Sérgio Luiz Carneiro, diz que das propriedades de Londrina que praticam a agricultura familiar, até 20% vivem em condições miseráveis, com renda de menos de um salário mínimo por mês. “Esse grupo é o mais problemático, que a sociedade precisa ter atenção maior e criar políticas públicas de inclusão”, afirma (COSTA, 2010, p. 4).
DISCUTA EM SEU GRUPO E FORMULE RESPOSTAS PARA AS QUESTÕES A SEGUIR:
a) Retomando o conceito de agricultura familiar, explique por que José Aparecido
pode ser enquadrado nesta categoria:
b) Quais os motivos que o agricultor menciona para sair do campo?
c) Quais as diferenças entre o contexto de vida de José, quando mais jovem, e de
seus filhos adolescentes?
20
MOSTRE QUE ENTENDEU OS CONTEÚDOS E RESOLVA AS PALAVRAS
CRUZADAS A SEGUIR:
1) Produto da cesta básica brasileira, produzido em larga escala no Rio Grande do Sul e em regiões mais frias.
2) Cereal produzido em grande escala no Paraná, também compõe a cesta básica do brasileiro.
3) Produto produzido em grande escala, destina-se à exportação e à manutenção da indústria têxtil.
4) Fruta rica em vitamina C, de várias espécies, produzida principalmente para consumo in natura, mas também para fabricação de sucos..
5) Tubérculo de grande utilização na culinária, está presente na maioria das propriedades rurais.
6) Fruta produzida em regiões frias, destina-se ao consumo in natura e para a produção de sucos e vinhos.
7) Tubérculo de grande uso na culinária, muito consumida por crianças e adolescentes quando frita.
8) Fruta de alto valor nutritivo, utilizada em molhos e saladas.
9) Verdura com alta concentração de nutrientes, consumida em pratos de origem mineira.
10) Legume com alta concentração de Vitamina A, associado como alimento preferido do animal representativo da Páscoa.
11) Primeiro alimento do ser humano, indispensável na manutenção de ossos por ser rico em cálcio.
1 A
2 G
3 R
4 I
5 C
6 U
7 L
8 T
9 U
10 R
11 A
21
AVALIAÇÃO: Em grupos, entrevistem um produtor rural, de preferência que
preencha os requisitos de agricultor familiar, conforme definição da atividade 3,
seguindo um roteiro pré-estabelecido de questões:
a) Tamanho da propriedade:
b) Número de pessoas da família que trabalham na propriedade:
c) Número de pessoas que não são da família que trabalham na propriedade:
d) Número de pessoas da família que trabalham na zona urbana:
e) Quais os produtos produzidos?
f) Forma de comercialização dos produtos.
g) Quais atividades são mais lucrativas?
h) A renda da atividade agrícola é suficiente para a subsistência da família?
i) Quais as maiores dificuldades enfrentadas?
ATIVIDADE 7
TEMPO PREVISTO 4 aulas
RECURSOS E TÉCNICAS Resultados da pesquisa realizada com
agricultores, gráficos, computadores
para realização dos gráficos; mapa
ampliado do município de Londrina;
DINÂMICA DE APRESENTAÇÃO ORAL
a) Apresentação dos dados coletados pelos grupos;
b) Comparação dos resultados obtidos pelos grupos.
ELABORAÇÃO DE TABELAS E GRÁFICOS NO LABORATÓRIO DO COLÉGIO,
COM O TOTAL DAS RESPOSTAS OBTIDAS PELA TURMA TODA.
AVALIAÇÃO:
a) mostra e exposição dos gráficos e tabelas nos murais do colégio.
b) Colete produtos agrícolas do município e ilustre o mapa relacionando a produção essencial de cada região, de acordo com os resulatdos obtidos na pesquisa junto aos agricultores familiares:
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ATIVIDADE 8
TEMPO PREVISTO 5 aulas
RECURSOS E TÉCNICAS Leitura de fábulas; exibição de vídeo; elaboração de história em quadrinhos
LEIA A FÁBULA A SEGUIR E COMPARE COM OS CONTEÚDOS QUE ESTÃO
SENDO ESTUDADOS:
Fábula é uma narrativa que apresenta uma cena, vivida por animais, plantas ou
objetos que falam e agem como se fossem gente. São contadas ou escritas para dar
um conselho, para alertar sobre algo que pode acontecer na vida real ou para
transmitir algum ensinamento. Por isso, muitas vezes, aparece uma frase destacada
ao final, que se chama moral da história.(FERNANDES, 2001).
ASSISTA AGORA A UM PEQUENO FILME QUE RELATA AS AVENTURAS DE UM SIMPÁTICO PERSONAGEM DE MAURÍCIO DE SOUZA: a) Na fábula, o rato da cidade julga-se superior ao do campo. O primo da cidade
também se sente assim em relação ao Chico Bento. Que mudanças acontecem no final da história para modificar o pensamento destes personagens?
b) Relacione os problemas existentes na cidade, na visão do rato do campo:
c) Relacione os problemas existentes na cidade, na visão de Chico Bento:
d) Elabore uma moral para a fábula que você leu:
O rato da cidade e o rato do campo (Adaptado de Esopo) Um dia um rato do campo convidou o rato que morava na cidade ir visitá-lo. O rato da cidade foi, mas não gostou da comida simples que lhe foi oferecida. Chamou então o rato de campo para acompanhá-lo na volta à cidade, prometendo mostra-lhe o que era uma “boa vida”. E lá se foi o rato do campo para a cidade, onde ele lhe foi apresentada uma repleta de iguarias como queijo, mel, cereais, figos e tâmaras. Resolveram começar a comer na mesma hora mas, mal haviam iniciado, a porta da despensa se abriu e alguém entrou.Os dois ratinhos fugiram apavorados, e se esconderam no primeiro buraco apertado que encontraram.Quando acharam que o perigo tinha passado, e iam saindo do esconderijo, mas alguém entrou na despensa, e foi preciso fugir de novo. A essas alturas, o ratinho do campo já estava muito assustado e decidiu voltar para casa, onde podia comer em paz a sua comida simples.
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AVALIAÇÃO: REPRESENTE A FÁBULA DO RATO DO CAMPO E DO RATO DA
CIDADE EM FORMA DE HISTÓRIA EM QUADRINHOS
ATIVIDADE 9
TEMPO PREVISTO 4 aulas
RECURSOS E TÉCNICAS texto musical; videoclipe, produção coletiva e individual de textos, técnica da sementeira
OUÇA E ASSISTA AO VÍDEO “OBRIGADO AO HOMEM DO CAMPO’’ A SEGUIR,
DE DOM E RAVEL, PRODUZIDA NA DÉCADA DA DITADURA MILITAR NO
BRASIL
Obrigado ao homem do campo Pelo leite, o café e o pão Deus abençoe os braços que fazem O suado cultivo do chão Obrigado ao homem do campo Pela carne, o arroz e feijão Os legumes, verduras e frutas E as ervas do nosso sertão Obrigado ao homem do campo Pela madeira da construção Pelo couro e os fios das roupas Que agasalham a nossa nação Pelo couro e os fios das roupas Que agasalham a nossa nação TÉCNICA DA SEMENTEIRA - Coletar ideias da turma sobre os fatos centrais mostrados na letra da música;
- Em seguida, fazer nova listagem, desta vez, individualmente, selecionando as
palavras com as quais cada aluno mais se identificou;
- Produzir um texto utilizando as ideias associadas às palavras selecionadas,
relacionando à agricultura familiar.
AVALIAÇÃO: PRODUÇÃO DE TEXTO OPINATIVO SOBRE A AGRICULTURA
FAMILIAR.
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ATIVIDADE 10
TEMPO PREVISTO 4 aulas
RECURSOS E TÉCNICAS Texto informativo; texto poético; slides; representação visual; apresentação em forma de cordel
A literatura de cordel é um tipo de poesia popular, originalmente oral, e depois
impressa em folhetos rústicos expostos para venda pendurados em cordas ou
cordéis, o que deu origem ao nome. São escritos em forma rimada e alguns poemas
são ilustrados com xilogravuras, o mesmo estilo de gravura usado nas capas. As
estrofes mais comuns são as de dez, oito e seis versos. Os autores, ou cordelistas,
recitam esses versos de forma melodiosa e cadenciada.( Diniz,2011)
LEIA OS FRAGMENTOS DE UM TEXTO DA LITERATURA DE CORDEL
Desertificação Quero nesse instante Com a santa proteção Falar de um absurdo Chamado devastaçao Coisa sem cabimento O famoso desmatamento A tal desertificação. É triste ver tudo isso Nosso mundo devastado As espécies extintas O meio ambiente arrasado E tudo pela ganância Por capricho e ignorância Do homem estabanado. O homem só pensa em progresso E na industrialização Extrai a matéria-prima E não vê a poluição Diz que tem experiências, Porém não mede as conseqüências Da grande destruição. E como se não bastasse
Foice, machado e trator Vem também a moto-serra E o fogo abrasador Numa queimada infeliz Queimando pela raiz Tudo o que ainda restou. Aí só se vê as cinzas Depois do fogo passado É de cortar o coração Ver tudo carbonizado Onça, passarinho e tatu Bichos de Norte a Sul Tudo no chão queimado. O solo perde suas forças E logo sua morte vem E as águas estão dizendo: - Nossa morte virá também É só ver a prepotência Parece que a consciência Só existe no além.
“Ninguém” está dando à mínima Só se fala em progresso Em acordos financeiros Em fama e no sucesso É o famoso mercado O mundo globalizado Ganancioso e perverso. Está aí a devastação Mas a ganância persiste É o homem desumano É o desamor que existe É a terra empobrecida É a decadência da vida Meu Deus que coisa mais triste! A terra se torna feia A beleza da vida some Aí é só ódio e desgraça A guerra, a peste e a fome Que o mundo terá por certo Porque o maior deserto É o coração do homem. Chico Barbosa
EM GRUPO, SELECIONE UMA ESTROFE, TRANSFIRA PARA PAPEL KRAFT E
NO VERSO APRESENTE A SITUAÇÃO EXPRESSA NOS VERSOS POR MEIO DE
ILUSTRAÇÕES OU MONTAGEM COM FIGURAS:
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OS PROBLEMAS AMBIENTAIS RURAIS
OBSERVE AGORA ALGUNS SLIDES QUE ABORDAM OUTROS PROBLEMAS EM GRUPOS, DISCUTA AS IDEIAS CENTRAIS APRESENTADAS NO TEXTO E
NOS SLIDES, ESCOLHA UM DELES E APONTE SUGESTÕES PARA A SOLUÇÃO
DO PROBLEMA:
PARA PENSAR: Figura 4 - Cartaz da Campanha Permanente contra os agrotóxicos e pela vida Observe o cartaz e faça uma reflexão. Um (1) cartaz da Campanha Permanente contra os agrotóxicos e pela vida, extraído da página <http://www.epsjv.fiocruz.br/uoload/d/cartaz_campanha A3.pdf/>Acesso em jun. de 2011
[...] A agricultura mecanizada necessita do preparo da terra para o plantio. Isso significa aração ou o tombamento para revolver a terra e a gradeação para deixá-la nivelada para o plantio. Esse procedimento técnico é praticado na paisagem do período seco para a estação chuvosa. No Brasil, com a chegada das primeiras chuvas de verão, que geralmente são muito intensas, o impacto é muito acentuado, causando normalmente forte erosão. Pesquisa do Instituto Agronômico de Campinas (SP) indica erosão do solo [...] em função do tipo de cultivo: café – 0,9 t/ha/ano; pastagem – 0,4 t/ha/ano; algodão - 26,6 t/ha/ano; mata - 0,04 t/ha/ano [...] Esses exemplos são excelentes indicadores do quanto as monoculturas extensivas deggradam o ambiente, pois, além da erosão dos solos, contribuem para o assoreamento dos cursos de águas e deterioram a qualidade das águas dos rios e córregos com os detritos sólidos do solo e com o veneno usado no controle das pragas (ROSS, 2005).
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ORIENTAÇÕES / RECOMENDAÇÕES DE USO AOS PROFESSORES
Os problemas oriundos da alta concentração humana nos grandes
centros urbanos têm sido tema de constantes debates nas diversas áreas do
conhecimento.
Na seara dos saberes geográficos, esta problemática mostra-se
pertinente, sobretudo porque engloba as quatro dimensões propostas pelos
conteúdos estruturantes previstos nas DCE (PARANÁ, 2008). Na organização dos
conteúdos estruturantes previstos pelas DCE para a 6ª série do Ensino
Fundamental, tem-se o conteúdo O espaço rural e a modernização da agricultura,
cuja abordagem teórico-metodológica sugere que se deve considerar, sempre que
possível, as realidades local e paranaense.
Nas DCE (PARANÁ, 2008) a concepção predominante volta-se para
a intencionalidade dos sujeitos que conduz as escolhas das localizações; os
determinantes históricos, políticos, sociais, culturais e econômicos de tais ações; as
relações que tais ordenamentos espaciais pressupõem nas diferentes escalas
geográficas e as contradições socioespaciais que o resultado desses ordenamentos
produz.
Ler a Geografia com base em outras linguagens, é desenvolver um
trabalho interdisciplinar buscando resgatar diversos e diferentes gêneros textuais.É
trabalhar com a identidade local, despertando nos alunos a valorização e o resgate
da cultura dos nossos hábitos e costumes.
A organização das atividades e o tempo previsto de duração podem
ser alterados a critério de cada professor e da necessidade de cada turma.
Ao final de cada atividade, encontram-se sugestões para a avaliação
de modo a atender aos objetivos previstos nas diretrizes.
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REFERÊNCIAS
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FERNANDES, Mônica Teresinha Ottoboni Sucar. Fábula. São Paulo, 2001: FTD. (Coleção Trabalhando com os gêneros do discurso).
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NEM QUE a vaca tussa. Sinopse Título Original (Home on the Range.Disponível em <http://www.cinemanu.com.br/>Acesso em jun. de 2011.
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SECRETARIA OPERATIVA NACIONAL. Material de campanha permanente contra os agrotóxicos e pela vida. Disponível em:<http://www.epsjv.fiocruz.br/upload/d/ cartaz_campanha_A3.pdf/>. Acesso em: jun. 2011.
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