. ' 4-12-925 PROCURADORIA _ Consultas gratis sc.bre inquilioato. lovestigação de residencies de no estrangeiro. Todos oa assuntos forenses. RUA DO CARMO, 69, 1. •, E. TELE_ !'· A .. _ ... . ATELIER DE -- D'E SENHORA "" chie.; bom gesto e 'º não . -.;• gam lqxês, só na - .. MANON Rua Jolio Crlsostomo, 115, Lº Telef. N. 5551 A. NEVES PRESIDENCIAL ... __ ___ • ___ .- ___ .. _ .. . _. __ _,,, c+ :+:a ... . .,.. ·- . , uem ira para Delem? 1 'Ds politic os já pe nsaram a serio neste problema ? Se pensaram e dirigiram al g um co nvite, esse conviie é claro que dev e ser aceite" O s r. dr. Bernardino Machado vai d i- zendo para nós, com a sua habit ual ama- bili dade, qu ando o i nterrogámos a pro- [ osito da indicação do seu n ome para a I"residencia da Rep ublica : - Creio que an tes de ma is nada terá de se r cons iderado o problema da Preside n- cia. P roble ma impor ta nt íssimo, p roblema dE cap i tal i mpo r ta n cia. Ess a i mpo rt ancia es tamos todos nós a s er.t i-la n este momento em que se anu n- cia a renuncia do act ual Chefe do Estado. Assentemos, por ta n to, em que ha UI '.l p1 oble ma de pres i de n cia, e como conse- qnencia dele, u ma sér ie de ou tros proble- mas , menos importan tes, é certo, mas que muito pódem afectar tambem a ma r ch a d::i vida publi ca portugues a. o d r. Bernardino l\Iachado acres- cC'nta: -J á pensaram a sér io nesse problema os polít icos? J á o consideraram aq uele8 que têm o deve r , a obrigação imperiosa de zelar os in teresses publicos? Não é descabida a perg un ta . Po rqu e a ind a n ão vi indicação cla ra, cntegor ica de q ue tal se houvesse fei to . E' possivel que isso seja d ev ido a igno- rancia minh a. Não es to u no segredo dos .. deuses dos part id os. Nat ur alme nte ignoro os seus propositos, as suas te ndencias, os seus pontos de vi sta. Nada se i tambem d as suas reuniões e conve rsas. l\í as , se o ass unto ai nda não foi tratad o nos te r- mos em que acab o de expô r--lhe, en te ndo que é de m ax ima conve ni encia que se e n- tt' nd am to dos: em rel ação ao probl emi i, p1 i me i ro; d ep ois, em relação ao homem. St'm isso n ada feito. Co ntinu ar, como até a qui se te m fe ito um pouco, em r eg ime de t irar bola s de um saco, de ixa ndo ao acaso qu e en tr eg ue a felicidade ou a d esg r aça á .coi sa pub li- ca, não póde ser, n ão deve se r. N em é re pub lica no, nem é moral. Vejamos o qu e conveJ:!l e proceda mos de acordo com essa conveni enciau. * * * O jorn al ista a rri scou u ma in te r rogação: - Que devem fa zer os polít icos uma vez p osta a qu estão nesses te rmos? -Ver as co ndições a qu e deve sat isfa- 7,e r o novo P res ide nte da Re public a. Per- de u-se um eq uilíbri o que é necessa rio : e- Cl •pera r. Ta nt o se pe rd eu o equilíbrio po- lit ico que está aí, a s ur gi r, um a c ri se de p resi dencia. Ha, p orta n to, qu e r esta belecer as con- d ições de norml a id ade na vi da pu bli ca e qu e vá qu em es teja i ndi cado pa ra desem- pe nh ar essa fun ção". E foi acresce nt ando: - As ul timas eleições trouxe r am-nos dois gqm des, dois preciosos ens in amentos. Pri meiro: qu e os monarqu icos não têm 1; rmbra de força sequ er por esse país fó- r a. Po r outras pal avras : que a Re pu bli- <·a está en ra i zada na al ma do povo. Re - jub il o com ele. Segundo ensinamento: que se' manif es- to u uma for te cor rente esquerdi s ta , tra- duzida em votos e em numeros que não é possivcl sofis mar, e que essa corr ente não póde cl E> ixar de ser cons iderada corn o um ralor ad e ntro do quadro das fo r ças do regtmc. O norn Presiden te da Republi ca tem Afinal quem vai ocupar o palacio de Belem? ''Não aceitarei esse cargo em nenhuma circunstancia. Sou incapaz de aparecer na chefia do Estado como ó presidente dum parlido" A pergunta anda de bôca em bôca. O pedido de renuncia do sr. Teixeira Gomes está por dias, estará talvez por horas. '· ,_-2., Foi dirigido um convite telegrafico ao dr. Duarte Leite, que se encontra no Rio, lgnora·se ainda, á hora em que escrevemos estas linha!, a resposta do nosso embain· dor no Brasil. Mas os noticiaristas da especialidadr, os que sabem e bem do fino, puzerem já dois nomes, indicando que entre eles se travará de lute, da qual ha·de soir a indicação do novo Chefe do Estado. Esses dois nomes são dos srs. dr. Bernardino Machado e general Correia Barreto. Desnecessario enumerar serviços ou considerar qualidades, que existem nesses re· publicenos. O paiz conheceu·os suficientemente. O cDiario de Lisboa> recolhe hoje as sues opiniões, erquivendo·as como documen• tos de interesse para o estudo e analise do actual momento político. [orreia ... , .. ,__ _________ _ do ser uma pessoa que t .3nha o p restigio e a autoridade bastantes pa ra r estabele- cer o equilíbrio pe rdido, torna ndo possi- vel, de acordo com a Constit ui ção e com a Rep ublica, a vida de todos os agr up a- mentos. R ep i to: já consi deraram tudo os i sto os partidos ?n Depois: - ((Uma vez pos tas as coisas assim em C(l_uação, será considerada a pessoa capaz, idonea, bastante para da r a sol ução ao probl e ma. E depois di rigir- l he um co n- vite em termos honrosos». - Foi dirigido um convite ao s r. dr. Duar te Leite - a\·eu tá mos nós. - (<Li-o nos j ornais. Penso que ni n gue m tem o dir eito de se recu sa r ao cu mp r i- mento do que, nessas condições, se trans- forma num verdade iro dever civico». A conrnrsa mu dou de rumo . P assamoo dos p rin cíp ios para as pessoas: , -0 sr. dr. Be rn ard in o Machado ... '-Te nho receb ido as visi tas, as indi cações aE in fo rma ções de pessoas r ep rese nt atí vas de to das as corr en tes part id a ri as. H a amigos me us que nunca deixam de me visi ta r, que n unca deixam de fa lar comi- go. Pessoal me n te, nun ca so ub e opôr u ma n ogat iva a qualquer convi te para ass u- m ir r esp onsabili dades . Mas t ambe m so u- be sempre exo nera r- me d os ca rgos onde me não se ntia bem, ou on de sen ti a qu e incomod ava os out ros». R eco rdou p assage ns da sua v ida ag i- ta da e prest igiosa . - (( Quem quer que vá pa ra a Pres ide n- cia da Re publ ica tem de ir ga ra ntido por co ndi ções qu e o ha bili te m a resolver a c ri- se políti ca» . E' preciso não ag ra va r; é preciso dar gara ntias a to dos os que merecem gara n- ti as. P a ra qu e nin guem te nh a de sa ír de fo r m ul as esta beleci das e consagradas,en ve- r edan do pelo cami nho d as solu ções r evo- lucionari as e di ta to ri ais, ou manifest and o. se , pelo men os , s ub re r sivame n te . En tre- guemos a c ad a um, a qu ilo que a ca da um pe rtence. -V . E x .ª .. . -J á lhe disse: não recebi qu a lqu er co n v ite, não ti,-e qu a lqu er s ugest ão. .Ag uardo os aco nt eci me nt os . Com a ce rt e- za de qu e te nho se mpre proc urado cum- p1 ir o meu dever. _ A dou t rin a e os pr incipios qu e aca bo de pôr, á sua conscienc ia, á consciencia e á int eligencia de todos os re publ icanos e de to d os os po rtu gueses, não exclu e a minh a pessoa. P orque sou re publi ca no e sou por- tug uês. A seguir : (( Vamos entrar nu m pe ri ocl o qu e bem ].J Óde se r decisivo para a v id a do r eg i me . Se me fôsse p ossirn l dizer aos meus com- pat r iotas qu e atentassem n isso, h av ia ue lh'o dizer. Nu nca recu sei um pos to de combate . N un ca tambem proc ur ei ho nr a- ri as. Nun ca tambem conseg ui van tagens. Ten ho-me l im itado, em todas as c ircu ns- tancias, ás condições inerentes ao me u e á minha int e ligenci a. O tr ibu to do me u d epo ime nto , sincero, n unca o re- cusei tambem. Es tou-l ho pres ta ndo ai n da momento. O general sr. Correia Barreto, ministro da As circunstancias da nossa vida publica não Guerra que foi do governo provisorio, presi· quizersm ainda que tal reper eção lhe fô sse dente que é do Senado, diz, francamente, o dada. Parece-me que é este o momento. que pensa: E' um republicano do tempo em que não -Não aceito. Teoho tanto de re· era, nem util, nem agradavel, nem vantajoso cusar como tem o sr. dr. Leite, como ser republicano. E' um cidadão exemplar. W tem qualquer º""'º Sou ama pes· , uma figura de altissimo relevo meotal, pro· soa que. procura satisfazer sempre os seus fcssor e homem publico, publicista e parla· •. Sou_ tembe_m .uma pessoa que mentar, reunindo todas as condições para o se iulge na de nao 1r onde eo- desempenho de tão alto cargo. tende que nno deve ir. q que s.e diz, o que se Afastado por uma dictadura, quantos peo• fala, o que se escreve, nao me 10teressa. savam já em seriamente renovar o período da -M as v. ex.ª... normalidade, legal e constitucional, em que o -Sei q.ue tenho como candi· dr. Bernardino Machado presidi a aos de sti· dato, e ate como candidato oficial do P. R. P. nos do pa iz ? Os que peosam que isso é verdade, não me Não sei, não posso fazer uma ideia seuura suficientemen:e, era i_?c apaz de sobre a person ali dade que vai ascenderá Pre· 1r para Belem dar ao pais a 1mpressao de que sidenci a da Republica. Mas per e ce -me que vai estava lá. a servir o meu pHt .ido. Se tal fizes · sendo tempo de prestar just iça, inteira e ca• se eu te.na um pess1mo, um b. al, a quem soube, no ponto de. vista patrio- v:el serviço . ºªº so ªº. agrupam;nto que °! 1· t1co e no ponto de vista republicano, secrifi· lito, mas a Republica, mas a propna Patr1a. car·se e sujeitar·se 11 todas as contingencias, Não quero isso. Quero como até aqui ter a A figura do dr. Bernardino Mdchado avulta, cooscienciá tranquila e a certesa de que bem neste momento, aos nossos olho3. E o seu me d.esempenho das missões que me são in· nome constitue uma indicação que ninguem cumb1das. deve pôr de banda. -V._ ex.• já foi consultado? . -· -A posição política de v. ex.•? -;-Nao, seohor. Nem . um convite, uma -Eu devo continuar onde estou. A presi• nem orna sugestao. Junto denci11 do Senado, que venho ocupando o de mim nao pusera?'l a10da o problema. Eu melhor que posso e o melhor que sei, tem tambem, e por que t?dos devem sido para mim fertil em lições. Ali trabalha• reconhecer e respeitar, nao tratei o assunto se. Aqueles que desdenham e têm em me• com qualquer do.s correligionarios, com nos consideração ou apreço o re gime parla• qualquer dos meus amigos. Mas se porveotu· mentar devem pôr os olhos no Sena do da ra me interrogassem, se procurassem sondar- Republica. me, mesmo que, com caracter oficial, se avis· E concluindo: tassem_ comigo para esse ?feito, -Sou general oo Exercito. Desejo ser sim· um cnao> como resposta. D1r·lhes·h1a, redoo· ple<J soldado em política. O momento é gra• damente, não. . ve e as circunstancias dificeis. Compenetrem• E o ireneral sr. Correia. evoca; se disto todos aqu eles que têm a função de :- : Quando na .Cooshtu10te se tratou da 009 dirigir e orientar. Oulá eles saibam es• de um desassombradamen- colher quem mais digno e mais capaz é de te disse o que queria e o que pensava. De· ocupar, nesta hora, o lagar de primeiro ma• sassombredemente votei tambem. gistrado e de primeiro cidadão deste país. cFui dos dez ou onze representantes da nação que, nesse momento, se manifestaram cootra a existencia de u:n Presidente de Re· publica. cAs circunstancias e os acontecimentos, o conselho dos homens e a marcha da vida pu· blica naciooel, ainda não conseguiram site· rar o meu cooceíto então formulado. Penso boje como nessa· altura pensava. Pergunto: com que autoridade iria eu desempenhar uma função que condenei abertamente, oão me tendo ainda arrependido? Referi mo· nos nós, nesta altura da conversa, á situação politica e aos aspeztos que ela está revesti o do: -Outro inconveniente para a minha subida á Presidencia. A situ ação política, quaoto a mim, está embrulhada. Muito embrulhada mesmo. O ode se encontra a solução? - Quem deve governar? -lodicou·o claramente o país: o partido democratico. E eu não vejo_ maneira airosa,- pode ser que outros a eocoritrem-de entr eg.ar como 'talvez fosse até util e conveniente, o governo e um outro agrupamento. As urnas Na verdade deve governar o P. R. P. -Mas V. Ex.• tem ao meoos um candida· dato .•• -s ·m, senhor. O meu candidato é o sr. dr. Bernardino Machado. Todos os republicanos devem votar no seu nome. Por que todos lhe devem e'lsa rep"r"çii g ele 1Hture7.a moral e foi <Zlczi to presidente do Senado o sr. Correia Barreto No foi hoje a mesa que ha·dc dirigir os t ra balhos, tendo sido escolh idos pa ra a prcsi dl' ncia o sr. Cerreis Barreto, para vice-- presid cot c o sr. Dcmiogc; a Frias 6 para 1,o secretario o 1r. Ramoa Pereira, todc..1 dcmocraticcs. Para 2.o secr e tar io foj elrito o caciona· li sta sr. Alfredo Portu gal. O sr. Ccrreia Barreto prooonciou um di scurso agra• deccodo o ter tido d eito para aquele cargo. O sr. dr. Bernardino Machado, em seu nome pesst al 1audou o sr, Cc..rr d a Barreto. · Foram em s êg uida pr oc1amadca seoadcrea ca srs.r Cataoho de Meoesu1. Frand ·co José Pcrtira, Vasco Mar• ques, J ci o Au ir usto Freita!t , Jo sé Varela , Jcão de Azo• vedo Ccutioh o, Ca ldei ra Ou eiro1, A lvaro Mendonça, - Nicol au de Mesquita, Jo1ê Pontes; Jc aquim Cc:art ia de A lmei da Lei Uo, GaspJr de Lemo s, Pert ir a Gil, Brrnar dioo Ma chado, H erculano Gal hardo, V irR"cli no Cbaves, Elisio Pin to de Almei da e Cast ro , Q uerubim Guimar ãe•, Cu :t a Ju ni or, Sil va Ba1rcto, Correia Barrrto. Santc..s Gra• ça, Augusto de Va sconcelos, de Alaiti da, Cuoha Barbosa e Alv es Mo o h: iro. A proxima sessã l é na fd ra. A favor dos hospitais H.: je, 22 horas, realiu · s" no Club Maxim's, r. e Pnça dos Rutauradorc11 , uma brilhante festa de ca ri dade, cujo produto t oh l reverte a tavcr dos Hotpita is Civis de Li sboa. Diga no seu jo rn al, aos re pu blicanos, como eu, aos pat r iotas, como eu, que to-· dos eles devem procede r tambem ass im •. política. · Tema m c.bsCquiosamente pa1 te na referida festa as rl istin tas actrizes O. Maria P ires Ma ri nho, D. Maria de Lo ur de s Cabr al, D. Un a Demoel e O!I actores 11111. Erico Almeida Cruz, Joaquim Almada, Alfredo Ruas, Guilherme Caupers, Alberto Reis, Ca etano Reis.