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ELETROQUÍMICA Prof a. Dr a. Carla Dalmolin
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ELETROQUÍMICA - joinville.udesc.br · É a oposição que um circuito elétrico faz à passagem de corrente quando é submetido a uma tensão. Pode ser definida como a razão entre

Feb 08, 2019

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ELETROQUÍMICA

Profa. Dra. Carla Dalmolin

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MÉTODOS DE IMPEDÂNCIA

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Espectroscopia de Impedância Eletroquímica

Aplicada à caracterização de processos de

eletrodo e de interfaces complexas

Deve ser utilizada em conjunto com outros

métodos para elucidar os processos interfaciais

Investiga a resposta de um sistema à aplicação

de um sinal ac periódico de pequena amplitude

Caracterizada pela utilização de circuitos

elétricos equivalentes (CEE) para modelagem

dos sistemas eletroquímicos

𝐼0 + ∆𝐼 sin 𝜔𝑡 + 𝜃𝐼

𝐸0 + Δ𝐸 sin 𝜔𝑡 + 𝜃𝐸

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Potencial a.c.

|E|

T

|𝐸|: Amplitude

𝜔: Velocidade angular 𝜔 =2𝜋

𝑇= 2𝜋𝑓

𝜃𝐸: Ângulo de fase

𝐸 𝑡 = |𝐸| sin(𝜔𝑡 + 𝜃𝐸)

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Ex.: Resposta Defasada em 90o

𝑰 ou 𝑬

𝜃𝐼 = 𝜃𝐸 +𝜋

2

𝐸 𝑡 = |𝐸| sin(𝜔𝑡 + 𝜃𝐸)

𝐼 𝑡 = 𝐼 sin 𝜔𝑡 + 𝜃𝐸 +𝜋

2

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Impedância

É a oposição que um circuito elétrico faz à passagem de corrente quando é submetidoa uma tensão.

Pode ser definida como a razão entre a diferença de potencial entre dois pontos do circuito em consideração, e o valor da corrente elétrica resultante

Lei de Ohm: 𝑬 ∝ 𝑰

Teoria d.c. (𝑓 = 0): 𝐸𝑑𝑐 = 𝑅. 𝐼𝑑𝑐

Teoria a.c. (𝑓 ≠ 0): 𝐸𝑎𝑐 = 𝑍. 𝐼𝑎𝑐

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Impedância

Teoria a.c. (𝑓 ≠ 0): 𝐸 = 𝑍. 𝐼

𝑍 =𝐸(𝑡)

𝐼(𝑡)=

|𝐸| sin 𝜔𝑡

|𝐼| sin 𝜔𝑡 + 𝜙= |Z|

cos𝜔𝑡 + sin𝜔𝑡

cos𝜔𝑡 + sin𝜔𝑡 − (cos 𝜙 + sin𝜙)

∗ 𝜃𝐸 − 𝜃𝐼 = 𝜙Ângulo de fase

𝑍 = 𝑍𝑒𝑗𝜔𝑡

𝑒𝑗𝜔𝑡 − 𝑒𝑗𝜙= |𝑍|𝑒𝑗𝜙

𝑍 = 𝑍 cos𝜙 + 𝑗 sin𝜙 = 𝑍′ + 𝑗𝑍"

tan𝜙 =𝑍"

𝑍′𝑍 = 𝑍′2 + 𝑍"2

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Plano Complexo

Gráfico de Nyquist

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Gráficos de Impedância

|𝑍| vs. Frequência

Ângulo de fase vs. FrequênciaGráficos de Bode

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Impedância de um Resistor

Conduz eletricidade – ocorre a passagem de espécies carregadas: elétrons, lacunas (buracos – holes), íons

Resiste à passagem de corrente; adicione-se R a um circuito com corrente fluindo e a voltagem aumentará e/ou a corrente diminuirá (resistência – R)

Resposta instantânea (tipo degrau) ao estímulo

Independente da frequência

Sinal da corrente em fase com o do potencial

ou

𝑍 = 𝑅 + 𝑗0

𝑅 = 𝜌ℓ

𝐴

𝜌: resistividade (intrínseco ao material)

ℓ: comprimento do resistor

𝐴: área de contato

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Impedância de um Resistor

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Medidas de Resistividade

Método dos Eletrodos Bloqueantes

Pt Pt

condutor condutor

amostra

A

𝑍 = 𝑅 = 𝜌ℓ

𝐴

700 oC

padrão1500 oC2000 oC

Efeito do tratamento térmico em eletrodos de carbono vítreo

Ed.c. = 0 (potencial de circuito aberto)

Ea.c. = 10 mV (rms)

f: 10.000 Hz – 10 Hz

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Medidas de Resistividade

Variação da condutividade iônica de eletrólitos de baterias de íon-lítio com a temperatura

Ed.c. = 0 (potencial de circuito aberto)

Ea.c. = 10 mV (rms)

f: 10.000 Hz – 10 Hz

𝜎 =1

𝜌

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Impedância de um Capacitor

Componente que armazena cargas elétricas

A propriedade que estes dispositivos têm de armazenar energia elétrica sob a forma de um campo eletrostático é chamada de capacitância ou capacidade (C)

A Capacitância é medida pelo quociente da quantidade de carga (Q) armazenada pela diferença de potencial ou tensão (V) que existe entre as placas

Resposta progressiva (tipo degrau crescente) a estímulo

A 𝐼𝑎𝑐 responde com atraso de 90º em relação a 𝐸𝑎𝑐 A impedância de um capacitor diminui linearmente com o aumento da frequência

𝑍 = 0 −𝑗

𝜔𝐶= −

𝑗

𝐶. 2𝜋𝑓

𝜀𝑟 = 𝐶ℓ

𝜀0𝐴

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Impedância de um Capacitor

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Elemento de Fase Constante (CPE ou Q)

Desvios do comportamento ideal de um capacitor puro: Rugosidades na superfície

Presença da camada difusa

Adsorção de íons na superfície do eletrodo

0,7 < n < 1

n = 1𝑍𝐶 = −1

𝐶(𝑗𝜔)1

𝑍𝐶𝑃𝐸 = −1

𝑄(𝑗𝜔)𝑛

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Impedância do CPE

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Elemento de Fase Constante (CPE ou Q)

Explicações para o surgimento de Q:

rugosidade microscópica causada por riscos, buracos etc., sempre presente em superfícies sólidas, que causa acoplamento da resistência da solução com a capacitância da superfície

presença de camada difusa no lado da solução associada a baixas concentrações de eletrólito

dispersão da capacitância de origem interfacial, relacionada a adsorção lenta de íons e heterogeneidade química da superfície (velocidades de reação heterogêneas)

composição ou espessura variável de um filme superficial

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Circuitos Elétricos

Normalmente, os sistemas eletroquímicos podem ser modelados como uma combinação de diferentes elementos de circuito

Elementos em série:

Elementos em paralelo:

𝑍 = 𝑍1 + 𝑍2 + 𝑍3…

𝑍 =1

𝑍1+

1

𝑍2+

1

𝑍3…

+

+

+

+

-

-

-

--

++

+

+

+

+

+

+---

- -

e-

Eletrodo idealmente polarizável Processo faradaico

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Eletrodo Idealmente Polarizável

Circuito RC

+

+

+

+

-

-

-

--

++

+

+

𝑍 = 𝑅 −𝑗

𝜔𝐶

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Circuito RC

Gráficos de Bode:

R = 100 Ω

C = 20 mF

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Circuito de Randles

Circuito mais simples para modelagem de uma semi-reação envolvendo transferênciade elétrons

+

+

+

+-

-

-

- -

e-

𝑅𝑠 – resistência da solução

𝑅𝑐𝑡– resistência a transferência de carga

𝐶𝑑𝑙– capacitância da dupla camada

𝑍𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑍𝑠 +1

𝑍𝐶+

1

𝑍𝑅

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Circuito de Randles

Baixas f

RctRsolCdl ZZZZ

Altas f

RsolCdlRsolCdl ZZZZZ 0

Altas f

dl

CdlC

Z

1

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Filmes Passivadores

Li / eletrólito em gel

• 𝑅1: resistência do eletrólito

• 𝑅2 − 𝑅1 : resistência do filme passivante

• Aumenta com o tempo

• (𝑅3 − 𝑅2): resistência à transferência de carga

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Impedância de Warburg

Componente, dependente da freqüência, que decorre da difusão de reagentes para o eletrodo e/ou de produtos do eletrodo para a solução

Difusão linear semi-infinita

𝜎 – coeficiente de Warburg

𝑛 - nº de elétrons trocado pela espécie que se difunde

𝑐 - concentracão da espécie limitante do transporte de massa

𝐴 - área efetiva do eletrodo

𝐷 - coeficiente de difusão da espécie limitante do transporte de massa

𝑍𝑊 =𝜎

(𝑗𝜔)0,5; onde 𝜎 =

𝑅𝑇

𝑛2𝐹2𝑐𝐴(2𝐷)0,5Caso especial de um

CPE com 𝒏 = 𝟎, 𝟓

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Impedância de Warburg

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Impedância de Warburg

Difusão linear semi-infinita:

Rs = 10 Ω,

Rct = 100 Ω,

Cdl = 20 µF,

s = 10 Ω s-1/2

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Polímeros Condutores

Polipirrol (polarizado a 0,8 V (vs. SCE)

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Difusão Linear Finita

Camada de difusão que termina abruptamente a uma distância pequena do eletrodo (ℓ)

Dois casos:

(b) Fronteira condutora ou transmissiva

a transferência de espécies eletroativas em 𝑥 = ℓ é possível, e 𝑐 ℓ = 0 mas 𝑑𝑐(ℓ)

𝑑𝑥≠ 0

(c) Fronteira refletora

a transferência de espécies eletroativas em 𝑥 = ℓ não é possível

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Fronteira Transmissiva

Redução de O2 em eletrodos porosos condutores de oxigênio

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Fronteira Refletora

Polianilina

E = -0,1 V (vs. SCE) E = 0,8 V (vs. SCE)