UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA E FISIOTERAPIA - FAEFI CURSO DE GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA Laura Cristina Jorge Cardoso EFEITOS DE SEIS SEMANAS DE TREINAMENTO DOS MÚSCULOS DO ASSOALHO PÉLVICO NA INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO EM MULHERES Orientadora: Profª. Drª. Ana Paula Magalhães Resende UBERLÂNDIA 2018
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EFEITOS DE SEIS SEMANAS DE TREINAMENTO DOS MÚSCULOS … · âmbito físico, psicológico, social e econômico; leva a baixa autoestima, isolamento social, depressão4, estresse,
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA E FISIOTERAPIA -
FAEFI CURSO DE GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA
Laura Cristina Jorge Cardoso
EFEITOS DE SEIS SEMANAS DE TREINAMENTO DOS MÚSCULOS DO ASSOALHO PÉLVICO NA INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO EM
MULHERES
Orientadora: Profª. Drª. Ana Paula Magalhães Resende
UBERLÂNDIA
2018
LAURA CRISTINA JORGE CARDOSO
EFEITOS DE SEIS SEMANAS DE TREINAMENTO DOS MÚSCULOS DO ASSOALHO PÉLVICO NA INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO EM
MULHERES
Trabalho de Conclusão de Curso
de graduação, apresentado à disciplina
de Trabalho de Conclusão de Curso III,
do Curso de Graduação em Fisioterapia
da Universidade Federal de Uberlândia –
UFU, como requisito para obtenção do
grau em Bacharel em Fisioterapia.
Orientadora: Prof. Drª Ana Paula
Magalhães Resende
UBERLÂNDIA
2018
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Apresentação
De acordo com o artigo 14º do Capítulo VI do Regulamento Interno de
apresentação e avaliação dos Trabalhos de Conclusão do Curso de graduação
em Fisioterapia da UFU, o discente poderá apresentar o TCC no formato de
monografia ou artigo científico e, quando a apresentação for em formato de
artigo, a formatação deverá atender as normas da revista, que deverá ser
indicada na Folha de Rosto.
Este TCC está apresentado em formato de artigo científico, e por essa
razão, está em acordo com as instruções aos autores da Revista Brasileira e
Fisioterapia.
Essa pesquisa foi desenvolvida no Laboratório de Desempenho
Cinesiofuncional Pélvico e Saúde da Mulher (LADEP) FAEFI-UFU, com
colaboração do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Fisioterapia na Saúde da
Mulher da UFU.
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EFEITOS DE SEIS SEMANAS DE TREINAMENTO DOS MÚSCULOS DO ASSOALHO PÉLVICO NA INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO EM
MULHERES
EFFECTS OF SIX WEEKS OF PELLIC FLOOR MUSCLE TRAINING IN URINARY INCONTINENCE OF EFFORT IN WOMEN
Laura Cristina Jorge Cardoso1, Ana Paula Magalhães Resende2
1 – Graduanda em Fisioterapia pela Universidade Federal de Uberlândia
2 – Fisioterapeuta, Docente do curso de Graduação em Fisioterapia da
OBJETIVOS: avaliar o efeito de seis semanas de TMAP na função muscular e na percepção da qualidade de vida e na força do assoalho pélvico em mulheres incontinentes. MÉTODOS: Estudo clínico com intervenção única, amostra de 20 mulheres. Critérios de inclusão: ser alfabetizada, IUE comprovada por estudo urodinâmico, habilidade em contrair os MAP. Critérios de exclusão: presença de doenças degenerativas, hipertensão descompensada, diabetes e presença de disfunções musculoesqueléticas. As participantes foram avaliadas antes e após a intervenção em relação a função dos MAP pela palpação vaginal (Escala de Oxford Modificada), e pela pressão de contração (manometria). A percepção da qualidade de vida relacionada a perda urinária foi avaliada por meio dos questionários International Consultation on Incontinence Questionnaire – Short Form (ICIQ-SF) e Questionário de Desconforto no Assoalho Pélvico (PFDI-20). A intervenção consistiu em 12 sessões divididas em 6 semanas, com duas sessões semanais, sendo dividida em 3 fases com progressão em cada fase de TMAP. RESULTADOS: As mulheres incluídas apresentaram idade média de 50,8±14,6 anos, índice de massa corporal de 27,8±4,6 Kg/m², 5 (25%) mulheres com partos vaginais, 9 (43%) mulheres com partos cesarianos, 4 (19%) mulheres com partos vaginais e cesarianos e 3 (14%) mulheres com nenhum parto. Observou-se melhora na percepção da qualidade de vida relacionada a perda urinária pré e pós intervenção de acordo com os questionários ICIQ-SF 13,9 (±4,1) para 10 (±4,4), p <0,001* e PFDI-20 em todos os domínios. Com a relação a função muscular houve aumento tanto pela escala de Oxford, de 1,8(±0,6) para 2,8(±0,5), p=0,001 quanto pela manometria, de 25,8(±20) para 33,9(±16), p=0,002. CONCLUSÃO: Baseado nos resultados encontrados, seis semanas (doze sessões) de TMAP foram suficientes para melhorar a função muscular e a percepção da qualidade de vida em mulheres incontinentes.
Palavras-Chave: incontinência urinária de esforço, assoalho pélvico, fisioterapia.
Abstract
OBJECTIVES: to evaluate the effect of six weeks of TMAP on muscle function and perception of quality of life and pelvic floor strength in incontinent women. METHODS: Clinical study with a single intervention, sample of 20 women. Inclusion criteria: to be literate, proven SUI by urodynamic study, ability to contract MAPs. Exclusion criteria: presence of degenerative diseases, decompensated hypertension, diabetes and the presence of musculoskeletal disorders. Participants were assessed before and after the intervention in relation to MAP function by vaginal palpation (Modified Oxford Scale), and by contraction pressure (manometry). The perception of quality of life related to urinary loss was evaluated through the International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form (ICIQ-SF) and Pelvic Floor Disability Questionnaire (PFDI-20). The intervention consisted of 12 sessions divided into
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6 weeks, with two weekly sessions, divided into 3 phases with progression in each phase of TMAP. RESULTS: Women included mean age of 50.8 ± 14.6 years, body mass index of 27.8 ± 4.6 kg / m², 5 (25%) women with vaginal deliveries, 9 (43%) women with cesarean deliveries, 4 (19%) women with vaginal deliveries and cesarean deliveries, and 3 (14%) women with no delivery. There was an improvement in the perception of quality of life related to pre and post-intervention urinary loss according to ICIQ-SF questionnaires 13.9 (± 4.1) for 10 (± 4.4), p <0.001 * and PFDI -20 in all domains. With regard to muscle function, there was an increase in both the Oxford scale, from 1.8 (± 0.6) to 2.8 (± 0.5), p = 0.001 and by manometry, from 25.8 (± 20) to 33.9 (± 16), p = 0.002. CONCLUSION: Based on the results found, six weeks (twelve sessions) of TMAP were sufficient to improve muscle function and perception of quality of life in incontinent women.
Questionário de Desconforto no Assoalho Pélvico (PFDI-20)
Questionário de Desconforto no Assoalho Pélvico- PFDI-SF- 20. Favor responder a todas as perguntas da seguinte pesquisa. Estas questões lhe perguntarão se você tem certos sintomas no intestino, bexiga ou pelve e, em caso positivo, o quanto esses sintomas a incomodam. Responda cada pergunta marcando um “X” no espaço ou espaços apropriados. Se você tiver dúvida sobre como responder, responda o melhor que puder. Ao responder, favor considerar seus sintomas nos últimos três meses.
Questões
Sim Não Se "sim", quanto a incomoda?
Nada Um pouco Moderadamente Bastante
1- Você geralmente sente pressão na parte baixa do
abdômen/ barriga?
2- Você geralmente sente peso ou
endurecimento/frouxidão na parte baixa do
abdome/barriga?
3-Você geralmente tem uma "bola", ou algo saindo para
fora que você pode ver ou sentir na área da vagina?
4- Você geralmente tem que empurrar algo na vagina
ou arredor do ânus para de evacuações/defecações
completas?
5- Você geralmente experimenta uma impressão de
esvaziamento incompleto da bexiga?
6- Você alguma vez teve que empurrar algo para cima
com os dedos na área vaginal para começar ou
completar a ação de urinar?
7-Você sente que precisa fazer muita força para
evacuar/defecar?
8-Você sente que não esvaziou completamente seu
intestino ao final da evacuação/defecação?
9-Você perde involuntariamente (além do seu controle)
fezes bem sólidas?
10-Você perde involuntariamente (além do seu
controle) fezes líquidas?
11- Você as vezes elimina flatos/gases intestinais
involuntariamente?
12- Você as vezes sente dor durante a
evacuação/defecação?
13- Você já teve uma forte sensação de urgência que a
fez correr ao banheiro para poder evacuar?
14- Alguma vez você já sentiu uma "bola" ou um
abaulamento na região genital durante ou depois do ato
de evacuar/defecar?
15-Você tem aumento da frequência urinária?
16- Você geralmente apresenta perda de urina durante
sensação de urgência, que significa uma forte sensação
de necessidade de ir ao banheiro?
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17- Você geralmente perde urina durante risadas,
tosses ou espirros?
18- Você geralmente perde urina em pequena
quantidade (em gotas)?
19- Você geralmente sente dificuldade em esvaziar a
bexiga?
20-Você geralmente sente dor ou desconforto na parte
baixa do abdome/barriga ou região genital?
(ANEXO 4)
EXERCÍCIOS 1ª FASE TMAP
Figura 1: Postura em decúbito dorsal com joelhos flexionados e pés apoiados no chão.
Figura 2: Postura em 4 apoios.
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Figura 3: Postura sentada em índio
EXERCÍCIOS 2ª FASE TMAP
Figura 4: Deitada alternando as pernas
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Figura 5: sentada com as pernas a frente Figura 6: Em pé encostada na parede
EXERCÍCIOS 3ª FASE TMAP
Figura 7: Ajoelhada
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Figura 8: Em pé sem apoio Figura 9: Em pé com apoio nos joelhos