PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE GISLAINE CRISTINA DA MOTTA Efeitos da RPPI sobre os volumes pulmonares em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca RIBEIRÃO PRETO – SP 2016
PROGRAMA DE APRIMORAMENTO
PROFISSIONAL SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE
GISLAINE CRISTINA DA MOTTA
Efeitos da RPPI sobre os volumes pulmonares em
pacientes submetidos à cirurgia cardíaca
RIBEIRÃO PRETO – SP
2016
PROGRAMA DE APRIMORAMENTO
PROFISSIONAL SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE
GISLAINE CRISTINA DA MOTTA
Efeitos da RPPI sobre os volumes pulmonares em
pacientes submetidos à cirurgia cardíaca
Monografia apresentada ao Programa de
Aprimoramento Profissional/CRH/SES-SP,
elaborada no Hospital das Clínicas da
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da
Universidade de São Paulo – USP/
Departamento de Cirurgia e Anatomia.
Área: Fisioterapia Cardiorrespiratória
Orientador(a): Márcia Arruda Fajardo e
Evelyn Enes Henrique
RIBEIRÃO PRETO – SP
2016
Resumo
Introdução: As doenças cardiovasculares ocupam, atualmente, o primeiro lugar
dentre as principais causas de morte no mundo. No Brasil, representam um terço de
todos os óbitos e quase 30% do total de mortes na faixa etária de 20 a 59 anos de
idade. A realização de cirurgia cardíaca contribui para a diminuição dos sintomas
associados à essas doenças, além de promover melhora na qualidade de vida e
aumento da sobrevida dos indivíduos cardiopatas. No entanto, pacientes submetidos
a esse tipo de cirurgia estão sujeitos a desenvolver complicações pulmonares no pós-
operatório As complicações respiratórias no pós operatório de cirurgias cardíacas
podem ser tratadas com uso de modalidades de recursos de pressão positiva. A
ventilação com pressão positiva intermitente (RPPI) é um método eficiente de suporte
ventilatório passivo utilizado com o objetivo de restabelecer a função pulmonar do
paciente submetido à cirurgia cardíaca. Objetivos: Avaliar os efeitos imediatos da
RPPI e sua duração sobre o volume minuto (VM), volume corrente (VC) e capacidade
vital (CV) no pós-operatório de pacientes submetidos à cirurgia cardíaca e comparar
os volumes pulmonares no pré e pós-operatório de cirurgia cardíaca. Materiais e
Métodos: Participaram deste estudo 17 pacientes, de ambos os sexos e maiores de
18 anos, submetidos à cirurgia cardíaca via esternotomia com circulação
extracorpórea e que aceitaram participar da pesquisa de forma livre e esclarecida. No
pós-operatório da cirurgia cardíaca, os pacientes que aceitaram participar do estudo,
foram novamente submetidos à ventilometria a fim de obter os volumes pulmonares
pós-intervenção cirúrgica. Em seguida a ventilometria, os pacientes realizaram os
exercícios com RPPI e, imediatamente após a aplicação da técnica, foram submetidos
a nova ventilometria, assim como após 4 horas do término da terapia. Resultados:
Foram avaliados 22 pacientes no pré-operatório de cirurgia cardíaca para possível
participação no estudo. Observou-se diminuição no pós-operatório de todas as
variáveis estudadas, sendo 25% na CV, 1% no VE e 10% no VC. Com relação à
duração dos efeitos da RPPI sobre os volumes pulmonares, constatou-se redução da
CV, VE e VC quatro horas após a aplicação do RPPI no primeiro e segundo pós-
operatório. Após o terceiro dia de PO, houve manutenção ou aumento dos volumes
pulmonares. Conclusão: Concluiu-se que após a cirurgia cardíaca, a diminuição dos
volumes pulmonares acarreta em disfunções pulmonares, sendo que a terapia com
RPPI no pós-operatório auxilia na reversão deste quadro. É importante ressaltar a
realização da terapia com RPPI pelos menos duas vezes ao dia até o terceiro pós-
operatório.
Palavras-chave: cirurgia cardíaca, RPPI, volumes pulmonares.
Abstract
Introduction: Cardiovascular diseases are currently the number one cause of death
in the world. In Brazil, they account for a third of all deaths and almost 30% of all deaths
in the age group of 20 to 59 years of age. The performance of cardiac surgery
contributes to the reduction of the symptoms associated with these diseases, as well
as to improve the quality of life and increase the survival of the patients with heart
disease. However, patients submitted to this type of surgery are subject to develop
postoperative pulmonary complications. Post-operative respiratory complications of
cardiac surgeries can be treated using modalities of positive pressure resources.
Intermittent positive pressure ventilation (IPPV) is an efficient method of passive
ventilatory support used to restore pulmonary function in patients undergoing cardiac
surgery. Objectives: To evaluate the immediate effects of IPPV and its duration on
the minute volume (MV), tidal volume (VT) and vital capacity (VC) in the postoperative
period of patients submitted to cardiac surgery and to compare lung volumes in pre-
and post- cardiac surgery. Materials and Methods: Seventeen patients, both sexes
and over 18 years of age, underwent cardiac surgery via sternotomy with
extracorporeal circulation and who accepted to participate in the study in a free and
informed manner. In the postoperative period of cardiac surgery, patients who
accepted to participate in the study were again submitted to ventilometry in order to
obtain pulmonary volumes after surgical intervention. After ventilatorry, the patients
performed the exercises with RPPI and, immediately after the application of the
technique, were submitted to new ventilometry, as well as after 4 hours of the end of
the therapy. Results: Twenty-two patients were evaluated in preoperative cardiac
surgery for possible participation in the study. There was a decrease in the
postoperative period of all variables studied, with 25% in VC, 1% in MV and 10% in
VT. Regarding the duration of the effects of RPPI on lung volumes, there was a
reduction of VC, MV and VT four hours after the application of the RPPI in the first and
second postoperative periods. After the third postoperative day, pulmonary volumes
were maintained or increased. Conclusion: It was concluded that after cardiac
surgery, the decrease in pulmonary volumes leads to pulmonary dysfunctions, and
postoperative IPPV therapy helps in reversing this condition. It is important to
emphasize the performance of IPPV therapy at least twice a day until the third
postoperative period.
Key words: cardiac surgery, IPPV, pulmonary volumes.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Fluxograma 1 – Fluxograma de participação dos pacientes no estudo.......................18
Gráfico 1 – Capacidade vital durante a intervenção....................................................20
Gráfico 2 – Volume minuto durante a intervenção......................................................21
Gráfico 3 – Volume corrente durante a intervenção....................................................22
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Gênero, características antropométricas e clínicas dos pacientes
avaliados....................................................................................................................19
Tabela 2 - Análise dos volumes pulmonares pré e pós cirurgia cardíaca..................20
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
BIPAP Pressão Positiva Contínua em Dois Níveis Pressóricos nas Vias Aéreas
CC Cirurgia Cardíaca
CPT Capacidade Pulmonar Total
CPAP Pressão Positiva Contínua
CRF Capacidade Residual Funcional
CV Capacidade Vital
EPAP Pressão Positiva Expiratória (EPAP)
FR Frequência Respiratória
HC-FMRP Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
IR Incentivador Respiratório
PO Pós-operatório
RPPI Respiração com Pressão Positiva Intermitente
SpO2 Saturação Periférica de Oxigênio
V/Q Ventilação-perfusão
VEF1 Volume Expiratório Forçado no 1º segundo
VM Volume Minuto
VR Volume Residual
Sumário 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 10
2. OBJETIVOS .................................................................................................... 13
2.1 Objetivos Primários ....................................................................................... 13
2.2 Objetivos Secundários .................................................................................. 13
3. MATÉRIAIS E MÉTODOS .............................................................................. 14
3.1 Participantes .................................................................................................... 14
3.2 Critérios de Inclusão e Exclusão ...................................................................... 14
3.3 Aspectos Éticos ................................................................................................ 14
3.4 Equipamentos .................................................................................................. 14
3.5 Procedimento Experimental ............................................................................. 15
3.6 Ventilometria .................................................................................................... 15
3.7 Exercícios com Respiração com Pressão Positiva Intermitente (RPPI) ........... 15
3.8 Programa de Exercícios com Respiração com Pressão Positiva Intermitente
(RPPI) .................................................................................................................... 16
4. ANÁLISE ESTATÍSTICA ................................................................................ 17
5. RESULTADOS ................................................................................................ 18
5.1 Participantes do estudo .................................................................................... 18
5.2 Características dos participantes do estudo .................................................... 18
5.3 Análise dos volumes pulmonares ..................................................................... 19
6. DISCUSSÃO ................................................................................................... 23
7. CONCLUSÃO ................................................................................................. 25
REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 26
10
1. INTRODUÇÃO
As doenças cardiovasculares ocupam, atualmente, o primeiro lugar dentre as
principais causas de morte no mundo. Segundo a World Health Organization, 17,5
milhões de pessoas morrem a cada ano por consequência de doenças
cardiovasculares, com uma estimativa de 31% de todas as mortes no mundo. No
Brasil, representam um terço de todos os óbitos e quase 30% do total de mortes na
faixa etária de 20 a 59 anos de idade, atingindo a população adulta em plena fase
produtiva (ARQUIVOS BRASILEIROS DE CARDIOLOGIA, 2013; WORLD HEALTH
ORGANIZATION, 2016).
A realização de cirurgia cardíaca (CC) contribui para a diminuição dos sintomas
associados à essas doenças, além de promover melhora na qualidade de vida e
aumento da sobrevida dos indivíduos cardiopatas. No entanto, pacientes submetidos
a esse tipo de cirurgia estão sujeitos a desenvolver complicações pulmonares no pós-
operatório (PO), com alterações fisiológicas significativas, podendo prolongar sua
permanência no hospital, além de aumentar os custos para o sistema de saúde
(MENDES et al., 2005; BORGHI-SILVA; MENDES, 2006; ROMANINI et al., 2007).
Dentre as principais complicações respiratórias no PO de CC destacam-se
aquelas associadas à incisão e à presença de drenos pleurais que, por sua vez,
provocarão redução importante dos volumes e capacidades pulmonares, como a
diminuição do volume residual (VR), da capacidade pulmonar total (CPT), da
capacidade vital (CV) e da capacidade residual funcional (CRF), levando a alteração
da relação ventilação-perfusão (V/Q), aumento das áreas de shunt e alterações nas
trocas gasosas, resultando em hipoxemia e diminuição na capacidade de difusão
(BORGHI-SILVA; BORGHI-SILVA et al., 2004; MENDES et al., 2005; MENDES, 2006;
ARCÊNCIO et al., 2008; CAVENAGHI et al., 2011; LIMA et al., 2011).
Além disso, há modificação do padrão ventilatório, com diminuição da
mobilidade de caixa torácica superior, diminuição da complacência pulmonar,
alteração da mecânica ventilatória devido à redução da força muscular respiratória,
depressão do sistema respiratório, levando à hipoventilação alveolar e aparecimento
de atelectasias decorrentes do procedimento anestésico e cirúrgico (BORGHI-SILVA;
11
BORGHI-SILVA et al., 2004; MENDES et al., 2005; MENDES, 2006; ARCÊNCIO et
al., 2008; CAVENAGHI et al., 2011; LIMA et al., 2011).
As complicações respiratórias no PO de CC podem ser tratadas com uso de
modalidades de recursos de pressão positiva, tais como: pressão positiva contínua
(CPAP), pressão positiva contínua em dois níveis pressóricos nas vias aéreas
(BIPAP), pressão positiva expiratória (EPAP) e a respiração com pressão positiva
intermitente (RPPI). Esses recursos são seguros e de fácil aplicação em pacientes em
pós-operatório de CC (SOUZA, DUARTE, s/d; MENDES et al., 2005; ROMANINI et
al., 2007; SILVEIRA et al., 2011).
A ventilação com pressão positiva intermitente (RPPI) é um método eficiente
de suporte ventilatório passivo utilizado com o objetivo de restabelecer a função
pulmonar do paciente submetido à CC. O uso do RPPI previne fadiga da musculatura
respiratória, uma vez que diminui o trabalho ventilatório e o índice de dispneia,
melhora as trocas gasosas pelo recrutamento de alvéolos hipoventilado, melhora os
volumes e capacidades pulmonares, assim como aumenta a saturação periférica de
oxigênio (SpO2) (BORGHI-SILVA; MENDES, 2006; ROMANI et al., 2007).
Dentre as possíveis complicações e riscos da RPPI, temos o barotrauma,
pneumotórax, hemoptise, distensão gástrica, infecção nosocomial, hiperóxia,
diminuição do retorno venoso, alcalose respiratória, auto-PEEP e hiperinsuflação.
Porém, os riscos citados podem ser evitados se as contraindicações do seu uso forem
seguidas com atenção, tais como pneumotórax hipertensivo ou não drenado,
instabilidade hemodinâmica, cirurgia recente de crânio, face ou oral, fístula
traqueoesofágica, hemoptise ativa, cirurgia esofágica recente, náuseas e pressão
intracraniana elevada (>15mmhg). O risco dessas complicações é mínimo,
mostrando-se uma técnica segura (AARC GUIDELINE: INTERMITTENT POSITIVE
PRESSURE BREATHING, 2003).
Romani et al. (2007) avaliaram 40 pacientes que realizaram cirurgia de
revascularização do miocárdio e submeteram 20 pacientes da amostra à aplicação de
RPPI e 20 à aplicação de incentivador respiratório (IR) a volume. Os autores
demonstraram que a RPPI mostrou-se mais eficiente em reverter precocemente a
hipoxemia enquanto que o IR foi mais efetivo para melhorar a força dos músculos
respiratórios.
12
Em estudo de Mendes e Borghi-Silva (2006), foi avaliada a eficácia de dois
protocolos distintos, sendo um deles utilizava a RPPI e o outro a intervenção
fisioterapêutica convencional, em pacientes submetidos à CC. Os autores observaram
que, apesar da RPPI ter possibilitado aumentos nos volumes pulmonares e força
muscular respiratória, não houve superioridade de um protocolo em relação ao outro.
Em relação a intervenção fisioterapêutica convencional, observou-se aumento apenas
da força muscular expiratória.
No estudo de Müller et al. (2006), com 40 pacientes no pós-operatório de
revascularização do miocárdio, compararam o efeito da aplicação de RPPI e CPAP e
observaram que ambos os recursos foram capazes de manter os valores de PO2,
PCO2 e SpO2 dentro da normalidade. Em contrapartida a RPPI mostrou-se mais
efetiva na reexpansão pulmonar com menor carga de trabalho imposta, apresentando
menor índice de dispneia, frequência respiratória e uso da musculatura acessória
(SILVEIRA et al., 2011).
Embora os estudos demonstrem os benefícios do uso de RPPI em pós-
operatório de CC, há poucos relatos na literatura que avaliem os efeitos imediatos da
aplicação do RPPI nos volumes pulmonares e a duração destes efeitos após a
intervenção. O presente estudo tem por objetivo avaliar os benefícios do RPPI e sua
duração desses benefícios nos volumes pulmonares. Contribuindo dessa forma, para
embasar essa terapia de reexpansão pulmonar que é utilizada cotidianamente nos
hospitais e centros de reabilitação.
13
2. OBJETIVOS
2.1 Objetivos Primários
Avaliar os efeitos imediatos da RPPI e sua duração sobre o volume
minuto (VM), volume corrente (VC) e capacidade vital (CV) no pós-operatório de
pacientes submetidos à cirurgia cardíaca.
2.2 Objetivos Secundários
Comparar os volumes pulmonares no pré e pós-operatório de cirurgia
cardíaca.
14
3. MATÉRIAIS E MÉTODOS
3.1 Participantes
Participaram deste estudo 17 pacientes, de ambos os sexos e maiores de 18
anos, submetidos à cirurgia cardíaca via esternotomia com circulação extracorpórea
e que aceitaram participar da pesquisa de acordo com consentimento livre e
esclarecido.
A coleta de dados foi realizada nas enfermarias do 9° e 10º onde são alocados
os pacientes de pré e pós-operatório de CC do Hospital das Clínicas da Faculdade de
Medicina de Ribeirão Preto (HC-FMRP).
3.2 Critérios de Inclusão e Exclusão
Foram incluídos neste estudo todos pacientes, de ambos os sexos e com idade
maior ou igual a 18 anos, em pós-operatório de cirúrgica cardíaca por meio de
esternotomia.
Foi adotado como critérios de exclusão, pacientes com instabilidade
hemodinâmica, sequelas neurológicas ou dificuldade de compreensão e/ou de
aderência aos procedimentos realizados neste estudo, além daqueles que possuíam
contraindicação ao uso da RPPI.
3.3 Aspectos Éticos
Todos os pacientes foram orientados e esclarecidos sobre o experimento e
assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido, de acordo com a resolução
466 de 2012 do Conselho Nacional de Saúde (CNS) (APÊNDICE A). O estudo foi
aprovado pelo Comitê de Ética do HC/FMRP/USP, parecer
CAAE: 60761716.5.0000.5440.
3.4 Equipamentos
01 ventilador mecânico Bird Mark-7®
01 ventilômetro Wright Respirometer Analógico Mark8 35 mm – Ferraris
01 oxímetro de pulso DX 2405 Dixtal
01 cronômetro Casio
15
3.5 Procedimento Experimental
Antes da coleta dos dados, no pré-operatório, todos os pacientes foram
informados quanto aos procedimentos de avaliação e tratamento a que foram
submetidos.
Os pacientes que aceitaram participar do estudo foram submetidos a uma
avaliação fisioterapêutica inicial durante o pré-operatório da CC, na qual foi realizada
anamnese e exame físico e foram registrados dados pessoais, história da moléstia
atual, presença de doenças associadas, uso de medicamentos, história de tabagismo,
obtenção de peso e altura, avaliação do padrão respiratório, frequência cardíaca e
respiratória de repouso, além dos valores de volume corrente, volume minuto e
capacidade vital, obtidos através da ventilometria (APÊNDICE B).
3.6 Ventilometria
Para iniciar a coleta, o paciente foi acomodado em uma cadeira confortável,
com a cabeça em posição neutra, membros superiores relaxados e inferiores
flexionados apoiados no chão. Foram instruídos a selar e manter os lábios no bocal,
a fim de não haver fuga aérea, sendo que a escala volumétrica do ventilômetro foi
zerada a cada aferição. Os pacientes foram informados de que não poderiam
conversar, tossir ou sorrir enquanto o procedimento estivesse sendo realizado, para
evitar interferências nas medidas (ALCÂNTARA; SILVA, 2013).
Foi solicitada respiração normal e tranquila por um minuto, para o registro do
volume minuto e da frequência respiratória (FR), verificada através da observação
direta dos movimentos torácicos e acompanhada por um cronômetro. Para o cálculo
do volume corrente foi utilizada a equação: VC = VM/FR. Para a mensuração da
Capacidade Vital (CV), foi pedido ao paciente que realizasse uma inspiração máxima
e, em seguida, expirasse lentamente através do ventilômetro, sem fazer esforço, até
a capacidade residual (ALCÂNTARA; SILVA, 2013).
3.7 Exercícios com Respiração com Pressão Positiva Intermitente (RPPI)
Os pacientes foram instruídos a inspirar e expirar, realizando 20 repetições
divididas em cinco séries de exercícios respiratórios, por meio de um bucal ou
16
máscara conectado ao respirador, ciclado por pressão, Bird Mark-7®. A pressão
inspiratória instituída variou entre 10 a 30 cmH2O, de acordo com a expansibilidade
torácica de cada paciente.
3.8 Programa de Exercícios com Respiração com Pressão Positiva Intermitente
(RPPI)
No pós-operatório da cirurgia cardíaca, os pacientes que aceitaram participar
do estudo, foram novamente submetidos à ventilometria a fim de obter os volumes
pulmonares pós-intervenção cirúrgica. Em seguida à ventilometria, os pacientes
realizaram os exercícios com RPPI e, imediatamente após a aplicação da técnica,
foram submetidos a nova ventilometria, assim como após 4 horas do término da
terapia.
A coleta dos volumes pulmonares foi realizada do primeiro dia de internação na
enfermaria até o terceiro dia de PO.
17
4. ANÁLISE ESTATÍSTICA
A análise estatística dos resultados obtidos foi feita mediante a aplicação do
teste paramétrico t de Student para os dados pareados. As diferenças entre os valores
pré e pós-operatório foram consideradas estatisticamente significantes quando a
probabilidade de significância (p) foi menor que 0,05.
Os resultados foram descritos utilizando a média e desvio-padrão.
18
5. RESULTADOS
5.1 Participantes do estudo
Vinte e dois pacientes no pré-operatório de cirurgia cardíaca foram avaliados
para possível participação no estudo. Cinco pacientes foram excluídos, sendo quatro
por necessitarem de ventilação não invasiva no pós-operatório e um por ter evoluído
para óbito. Dezoito pacientes foram incluídos no estudo. O fluxograma dos
participantes do estudo é descrito na figura 1.
Figura 1: Fluxograma de participação dos pacientes no estudo.
5.2 Características dos participantes do estudo
A tabela 1 caracteriza a amostra segundo o gênero, características
antropométricas e clínicas dos pacientes avaliados. Sete pacientes realizaram
cirurgia de revascularização do miocárdio, seis realizaram troca de valva aórtica e
quatro trocas de valva mitral.
Excluídos (n=5) - VNI (n=4)
- Óbito (n=1)
22 pacientes elegíveis
Avaliados (n=16)
19
Tabela 1. Gênero, características antropométricas e clínicas dos pacientes avaliados.
Variáveis Participantes (17)
Gênero
Homens 10 (58,83%)
Mulheres 7 (41,17%)
Antropométricas
Idade (anos) 56,1 ± 12,6
Massa corporal (kg) 81,8 ± 15,4
Estatura (m) 1,68 ± 0,10
IMC (Kg/m2) 28,4 ± 5,33
Clínicas
Valvopatas 10 (58,83%)
Coronariopatas 7 (41,17%)
Dados expressos em média (± desvio padrão) e valor absoluto (porcentagem).
Legenda: IMC = índice de massa corporal.
5.3 Análise dos volumes pulmonares
Dados referentes às variáveis capacidade vital (CV), volume minuto (VE) e
volume corrente (VC) pré e pós operatório estão dispostos na tabela 2. Observou-se
diminuição no pós-operatório de todas as variáveis estudadas, sendo 25% na CV, 1%
no VE e 10% no VC. A diferença entre o pré e pós-operatório pelo teste t de Student
mostrou-se estatisticamente significativa apenas para a variável CV, com p = 0,0166.
20
Tabela 2. Análise dos volumes pulmonares pré e pós cirurgia cardíaca.
Variável Pré-cirurgia Pós-cirurgia Δ (pré-pós cirurgia)
Capacidade vital (mL)
3442,3 ± 1023,0
2554,7 ± 1007,2
887,6
Volume minuto (mL) 12791,4 ± 5253,4 12610,2 ± 3676,6 181,1
Volume corrente (mL) 682,2 ± 221,8 608,1 ±191,9 74,1
Dados expressos em média (± desvio padrão).
No gráfico 1 estão descritos os valores de CV durante a intervenção
terapêutica. É possível observar que no primeiro pós-operatório (1ºPO), quatro horas
após a intervenção houve um aumento da CV, enquanto que no segundo PO houve
diminuição e no terceiro PO, quatro horas após o procedimento, o aumento foi maior
comparado ao primeiro dia.
Gráfico 1. Capacidade vital durante a intervenção.
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
Capacidade vital - Intervenção
CV_1ºPO_I CV_1ºPO_4hs
CV_2ºPO_I CV_2ºPO_4hs
CV_3ºPO_I CV_3ºPO_4 hs
21
O gráfico 2 representa os resultados referente ao VE durante a intervenção
proposta. É possível observar que o VE durante o primeiro e segundo PO, apresentou
diminuição quatro horas após a terapia e manteve-se ou aumentou após o tratamento
apenas no terceiro PO.
Gráfico 2. Volume minuto durante a intervenção.
No gráfico 3 encontra-se descrito o volume corrente durante a intervenção.
Houve redução do VC quatro horas após a terapia durante o primeiro e segundo PO
e semelhante ao VE, manteve-se ou aumentou apenas no terceiro PO.
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
16000
18000
Volume Minuto - Intervenção
VE_1ºPO_I VE_1ºPO_4hs
VE_2ºPO_I VE_2ºPO_4hs
VE_3ºPO_I VE_3ºPO_4hs
22
Gráfico 3. Volume corrente durante a intervenção.
600
620
640
660
680
700
720
740
760
Volume Corrente - Intervenção
VC_1ºPO_I VC_1ºPO_4hs
VC_2ºPO_I VC_2ºPO_4hs
VC_3ºPO_I VC_3ºPO_4hs
23
6. DISCUSSÃO
No presente estudo avaliaram-se os efeitos imediatos da RPPI e sua duração
sobre o volume minuto (VM), volume corrente (VC) e capacidade vital (CV) no pós-
operatório de pacientes submetidos à cirurgia cardíaca, assim como comparou-se os
volumes pulmonares no pré e pós-operatório de cirurgia cardíaca. Observou-se
diminuição dos volumes pulmonares no pós-operatório.
O movimento limitado do tórax devido à dor, alteração da biomecânica dos
músculos respiratórios e o estresse da cirurgia no pós-operatório levam a um efeito
adverso sobre a função pulmonar, causando atelectasias, pneumonia bacteriana e
exacerbação doença pulmonar obstrutiva ou doença pulmonar respiratória aguda
(SILVA et al., 2011; LUDWIG et al., 2011). A diminuição da capacidade vital e da
capacidade residual funcional assim como um reflexo de tosse precário gera retenção
de secreções, compromete a ventilação e leva a prejuízos na função pulmonar de
grandes repercussões (SILVA et al., 2011). Neste sentido, a intervenção com RPPI é
uma técnica de reexpansão pulmonar que produz seus efeitos através da introdução
de ar pressurizado nas vias aéreas (ROMANINI et al., 2007).
A intervenção com RPPI atua na prevenção e tratamento de atelectasia
pulmonar, comprometimento da oxigenação, dificuldade em eliminar secreções,
melhorando os volumes pulmonares e diminuindo o trabalho respiratório (POLASTRI
et al., 2016). Mendes e Borghi e Silva (2006) avaliaram a eficácia de dois protocolos
distintos em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca e concluíram que aqueles
pacientes que receberam intervenção fisioterapêutica associada a RPPI possibilitou
aumentos nos volumes pulmonares, tais como, capacidade vital e volume expiratório
forçado no 1º segundo (VEF1), enquanto que a intervenção fisioterapêutica isolada
aumento apenas a força muscular expiratória.
No presente estudo também foi avaliado a duração dos efeitos da RPPI sobre
os volumes pulmonares e observou-se redução da CV, VE e VC quatro horas após o
procedimento durante o primeiro e segundo pós-operatório. Apenas no terceiro PO é
que o efeito da RPPI sobre os volumes pulmonares manteve-se e/ou aumentou após
a intervenção.
24
Ferreira et al. (2012) em uma revisão de literatura sobre RPPI, concluíram que
a RPPI foi mais eficiente em reverter hipoxemia quando comparado a incentivador
espirométrico e foi mais efetivo que a pressão positiva contínua na via aérea para
obter expansão pulmonar com menor carga de trabalho imposta. Resultado
semelhante foi encontrado em recente revisão de literatura realizada por Polastri et al.
(2016), na qual concluíram que as principais vantagens do tratamento com RPPI
foram reverter a hipoxemia e reduzir a carga de trabalho.
Avaliando os estudos que utilizaram RPPI, observa-se que a literatura não
dispõe de estudos que avaliem de forma mais específica os efeitos da RPPI
diretamente sobre os volumes pulmonares. O presente trabalho traz indícios de que
os efeitos da RPPI sobre os volumes pulmonares não se mantêm após quatro horas
de sua aplicação, dados que foram observados do primeiro até o terceiro pós-
operatório. Sendo assim, pacientes com indicação de RPPI, necessitam de
pressurização no mínimo duas vezes ao dia, pelo menos até o terceiro pós-operatório.
Neste estudo não foi possível selecionar um grupo controle de pacientes, que
não seriam submetidos a exercícios com RPPI, uma vez que a complexidade do
quadro clínico apresentado pelos pacientes atendidos na instituição tem indicação do
uso de pressão positiva em sua maior parte.
25
7. CONCLUSÃO
Concluiu-se que após a cirurgia cardíaca, há uma diminuição dos volumes
pulmonares levando a prejuízos da função pulmonar e que a terapia com RPPI no
pós-operatório auxilia na reversão deste quadro. É importante ressaltar a realização
de RPPI pelos menos duas vezes ao dia até o terceiro pós-operatório (3ºPO), pois de
acordo com o presente trabalho, os efeitos da RPPI sobre os volumes pulmonares,
não se mantiveram por mais de quatro horas antes do 3ºPO.
26
REFERÊNCIAS
AARC GUIDELINE: INTERMITTENT POSITIVE PRESSURE BREATHING.
Respiratory Care, v.48, n.5, p.540-546, 2003.
ALCÂNTARA, E. C.; SILVA, J. D. O. Adaptador bocal: um velho conhecido e tão pouco
explorado nas medidas de função pulmonar. ASSOBRAFIR Ciência, v.3, n.3, p.43-
54, 2012.
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Uma revisão bibliográfica. s/d.
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28
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3 maio 2016.
29
APÊNDICES
APÊNDICE A
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
Pesquisa: Efeitos da RPPI sobre os volumes pulmonares em pacientes submetidos
a cirurgia cardíaca.
Aluna: Gislaine Cristina da Motta Orientadoras: Márcia Arruda Fajardo/
Evelyn Enes Henrique
1. Natureza da pesquisa: Você é convidado(a) a participar desta pesquisa, que tem
como finalidade avaliar os efeitos imediatos da terapia de reexpansão pulmonar e sua
duração sobre os volumes pulmonares no pós-operatório de pacientes submetidos à
cirurgia cardíaca. Primeiramente, será realizada uma avaliação pré-operatória através
da ventilometria, que consta num teste de respiração, onde serão coletados a
frequência respiratória, volume exalado pelos pulmões durante um minuto e o volume
exalado pelos pulmões após uma inspiração máxima. O procedimento será realizado
novamente no pós-operatório assim que você retornar da Unidade de Terapia
Intensiva Pós-Operatória (UTIPO), bem como após a realização de exercício de
reexpansão pulmonar, durante 5 dias. Vale lembrar que não será realizado nenhum
procedimento invasivo. No exercício de reexpansão pulmonar, você irá respirar com
um bucal na boca, ligado a um aparelho que irá mandar mais ar para seu pulmão.
2. Envolvimento na pesquisa: Ao participar deste estudo, um membro deste projeto
irá entrevistá-lo e avaliá-lo enquanto estiver internado no pré-operatório, e realizará a
coleta dos dados após você realizar a cirurgia e retornar a enfermaria. É garantido a
você esclarecimentos sobre a pesquisa em qualquer momento de sua execução.
Todos os procedimentos serão realizadas no Hospital da Clínicas de Ribeirão Preto –
FMRP/USP.
30
3. Riscos e desconforto: Os procedimentos utilizados nesta pesquisa obedecem aos
Critérios da Ética na Pesquisa com Seres Humanos conforme a Resolução n.466 de
2012 do Conselho Nacional de Saúde, de forma que nenhum teste utilizado nesta
pesquisa ofereça riscos a você, uma vez que a realização de exercícios de
reexpansão pulmonar não é um procedimento invasivo. Um possível desconforto ao
realizar o procedimento é a sensação de “boca seca”.
6. Confidencialidade: Todas as informações coletadas neste estudo são estritamente
confidenciais. Os relatos da pesquisa serão identificados com um código, e não com
o seu nome. Apenas os membros da pesquisa terão conhecimento dos dados.
7. Benefícios: Ao participar desta pesquisa você não deverá ter nenhum beneficio
direto. No entanto, no futuro, essas informações poderão ser usadas em beneficio de
outros pacientes.
8. Pagamento: Você não terá nenhum tipo de despesa por participar desta pesquisa,
bem como nada será pago por sua participação.
9. Liberdade de Participação: Sua participação neste estudo é voluntária e é seu
direito interromper sua participação a qualquer momento sem que isso incorra em
qualquer penalidade ou prejuízo a sua pessoa. Você também tem o direito de se
excluir deste experimento no caso de abandono dos procedimentos ou condutas
inadequadas durante o período de coleta. Em caso de dúvida quanto a pesquisa ou
os seus direitos, durante ou após a sua participação neste estudo, você ou seu familiar
poderá entrar em contato pessoalmente com as Fisioterapeutas Márcia Arruda
Fajardo, Evelyn Enes Henrique e Gislaine Cristina da Motta na Divisão de Cirurgia
Torácica e Cardiovascular do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto – FMRP/USP,
no Campus da USP ou, através do telefone: (16) 3602-2497. O Comitê de Ética em
Pesquisa (CEP) do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto pode ser contado pelo
telefone (16) 3602- 2228, em caso de questões éticas relacionadas à pesquisa.
Após estes esclarecimentos, solicitamos o seu consentimento de forma livre
para participar desta pesquisa.
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Nome do participante: _____________________ Assinatura: _________ Data: ____
Nome do pesquisador: _____________________Assinatura: _________ Data: ____
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APÊNDICE B
Ficha de Avaliação
Paciente:_________________________________________________________________
Registro: ____________ Sexo: ( ) fem ( ) masc
Idade: _____ Peso:______ IMC: _________kg/m2
Diagnóstico Clínico/Cirúrgico: ______________________________________________
HMA: ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Antecedentes Pessoais:
( ) HAS
( ) Dislipidemia
( ) Sedentarismo
( ) Infarto prévio ano: ______
( ) Doença Arterial Periférica
( ) Doença Reumática
( ) Tabagista*
( ) Ex-tabagista
( ) Diabetes
( ) HF+ para doença cardiovascular
( ) AVC ano: _____
( ) Angioplastia ano: ____
( ) Doença Venosa Periférica
( ) Etilismo
( ) Eplepsia
( ) ICC
( ) DPOC
( ) Asma
( ) outros:
Exame físico:
Sinais Vitais:
PA: _____________ mmHg FC: ______ bpm FR: _____ ipm
Ausculta Pulmonar:
Murmúrio vesicular ( ) presente ( ) abolido / ( ) diminuído
Ruídos adiventícios: ( ) Ausente ( ) presente:_________________________________ Local:__________________________________________________________________
Tipo respiratório:
( ) costal ( ) diafragmático ( ) misto ( ) Paradoxal
Ritmo respiratório:
( ) eupneico ( ) taquipneico ( ) bradipineico ( ) Cheyne-Stokes ( ) Biot ( )Kusmall
Tipo de tórax:
( ) normolíneo ( ) brevilíneo ( ) longilíneo
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Forma de tórax:
( )normal ( )tonel ( )pectus carinatum ( ) cifótico ( ) escoliótico ( )pectus escavatum
Ventilometria:
CV: __________ VC:__________ FR:__________ VE: _________
Motivo da não realização: ____________________________________________________
Medicações em uso: _______________________________________________________
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