UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE ZOOLOGIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA ANIMAL EFEITOS DA PRESENÇA DE PREDADORES SOBRE CERIODAPHNIA CORNUTA (SARS, 1886) (CRUSTACEA, CLADOCERA) EM CONDIÇÕES DE LABORATÓRIO FABIANO RAMIRO SERPE RECIFE 2008
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EFEITOS DA PRESENÇA DE PREDADORES (S , 1886) (CRUSTACEA, CLADOCERA) EM CONDIÇÕES DE ... · 2019. 10. 25. · questões burocráticas. Ao funcionário do departamento José Roberto
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
DEPARTAMENTO DE ZOOLOGIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA ANIMAL
EFEITOS DA PRESENÇA DE PREDADORES SOBRE CERIODAPHNIA CORNUTA (SARS, 1886)
(CRUSTACEA, CLADOCERA) EM CONDIÇÕES DE LABORATÓRIO
FABIANO RAMIRO SERPE
RECIFE 2008
FABIANO RAMIRO SERPE
EFEITOS DA PRESENÇA DE PREDADORES SOBRE CERIODAPHNIA CORNUTA (SARS, 1886)
(CRUSTACEA, CLADOCERA) EM CONDIÇÕES DE LABORATÓRIO
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal da Universidade Federal de Pernambuco como parte dos requisitos finais para a obtenção do título de Mestre em Ciências Biológicas na área de Biologia Animal Orientadora: Dra. Maria Eduarda de Larrazábal
RECIFE 2008
Serpe, Fabiano Ramiro. Efeitos da presença de predadores sobre Ceriodaphnia cornuta (Sars, 1886) (Crustacea, Cladocera) em condições de laboratório / Fabiano Ramiro Serpe. – Recife: O Autor, 2008. 111 folhas. il.,fig., tab.
Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. CCB. Programa de Pós-Graduação em Biolo gia Animal.
Inclui bibliografia.
1. Ceriodaphnia cornuta. 2. Cladocera. 3. Predadores Vertebrados. 4. Predadores Invertebrados. I. Título .
595.324 CDU (2.ed.) UFPE 595.32 CDD (22.ed.) CCB – 2008-68
IV
“A maior recompensa do nosso trabalho
não é o que nos pagam por ele, mas aquilo
em que ele nos transforma”.
(John Ruskin)
“The more I try , the more I feel I’m missing
the more I run, the more I feet keep slipping
the more I think, the more I tend to worry
the more I look, I see my thoughts before me”
(The Strand – Fates Warning)
V
Dedico este trabalho especialmente à
minha esposa Clarisse:
Minha paixão e o grande amor da
minha vida,
Minha amiga, companheira, cúmplice e
confidente em todos os momentos.
VI
Agradeço à
Minha esposa Clarisse Teixeira Adloff Serpe, pelo amor, carinho, confiança,
paciência e pela grande ajuda emocional durante este período de intenso trabalho. E
também por me ajudar em algumas contagens e na identificação dos copépodos.
No sentido de melhor conhecer este processo de interação biótica, este
trabalho propôs realizar experimentos “in vitro”, visando identificar respostas de
Ceriodaphnia cornuta à predação. Este tipo de informação é relevante quando
se pretende conhecer o funcionamento dos ecossistemas aquáticos. Em
ambientes dessa natureza, que sofrem constantes impactos antrópicos, este
tipo de conhecimento ainda é insipiente. Através da compreensão sobre a
dinâmica do ecossistema, pelo menos de parte dele, torna-se possível inferir as
conseqüências de qualquer ação de manejo ou impacto.
Além disso, Ceriodaphnia cornuta pode sofrer importantes modificações
morfológicas, tornando-se difícil a sua identificação. Dessa forma, conhecer
essas ciclomorfoses consiste em uma contribuição importante para o estudo
sistemático destes zooplanctontes.
SERPE, F. R. Efeitos da presença de predadores sobre Ceriodaphnia cornuta (Sars 1886) em condições de laboratório
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2. OBJETIVOS:
2.1. OBJETIVO GERAL:
• Monitorar a indução de alterações morfológicas e populacionais
com a presença do predador sobre Ceriodaphnia cornuta (SARS 1886).
2.2. OBJETIVO ESPECÍFICO
• Testar o efeito da presença de predadores vertebrados e
invertebrados sobre Ceriodaphnia cornuta, em nível de ciclomorfoses, e
dinâmica populacional (Densidades, taxa de fecundidade, taxa de crescimento,
percentual de juvenis, presença ou ausência de machos e efípios).
SERPE, F. R. Efeitos da presença de predadores sobre Ceriodaphnia cornuta (Sars 1886) em condições de laboratório
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3. METODOLOGIA
3.1. CULTURAS ZOOPLANCTÔNICAS
Coleta:
Os espécimes do cladócero Ceriodaphnia cornuta (SARS 1889) foram
coletados em ambientes aquáticos do semi-árido paraibano, através de rede de
plâncton com abertura de malha de 45µm. Posteriormente foram separados da
fauna acompanhante, colocados em frascos e transportados para o Laboratório
de Biologia da Conservação da Universidade Federal de Pernambuco.
Em laboratório, os organismos foram transferidos para frascos de vidro
com capacidade de 1,3 L, e mantidos em ambiente climatizado 24 horas por
dia, com temperatura constante de 20ºC.
Alimentação:
Para a alimentação dos exemplares de Ceriodaphnia cornuta (Figura
3.1) das culturas, foi utilizada água de um lago artificial situado nas
dependências da UFPE, ao lado do Departamento de Turismo. Em laboratório,
esta água foi filtrada com rede de 45 µm e acondicionada em um aquário de 30
litros, iluminado com lâmpada incandescente (Figura 3.2), perfazendo um
fotoperíodo de 10 horas na luz por 14 horas no escuro. Este tempo de
fotoperíodo foi escolhido por motivos de biossegurança. Como ocorre no
ambiente natural, um misto de espécies fitoplanctônicas foi encontrado neste
aquário, principalmente as clorófitas Chlorela sp. e Scenedesmus sp.. Não foi
observado cianobactérias neste aquário em nenhum momento.
SERPE, F. R. Efeitos da presença de predadores sobre Ceriodaphnia cornuta (Sars 1886) em condições de laboratório
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Figura 3.1 – Fêmea adulta de Ceriodaphnia cornuta com um embrião na câmara de
incubação.
A alimentação foi oferecida aos cladóceros da seguinte forma: a cada
três dias, á água dos frascos com os indivíduos de Ceriodaphnia cornuta foi
colocada em um filtro de 45 µm de abertura entre malhas, os cladóceros foram
retidos nesta rede, e colocados em uma Placa de Petri, com água destilada
enquanto a água que estava nos frasco foi descartada. A água do aquário de
alimentação era novamente filtrada com rede de 45µm e colocada nestes
frascos, substituindo totalmente a água que estava anteriormente nos
recipientes. Em seguida, os cladóceros que foram separados foram devolvidos
aos frascos das culturas.
EMBRIÃO Olho do embrião
Fabiano R. Serpe 100 µm
SERPE, F. R. Efeitos da presença de predadores sobre Ceriodaphnia cornuta (Sars 1886) em condições de laboratório
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Figura 3.2 – Aquário com algas (Cultura mista) utilizadas para a alimentação dos
cladóceros.
Anteriormente aos experimentos, foi realizado um experimento piloto
com intuito de adaptações metodológicas, definindo desta maneira o tempo de
cada experimento.
3.2. EXPERIMENTO COM VERTEBRADOS
Para os experimentos com predação foram utilizados seis pequenos
mini-limnocurrais, com diâmetro de 10 cm, e altura de 8 cm cada,
confeccionados em PVC com o fundo composto por rede de plâncton com
abertura entre malhas de 45 µm, facilitando trocas com o ambiente embora
evitando a entrada de organismos (Figura 3.3.A). Foram adaptados flutuadores
de isopor nos limnocurrais (Figura 3.3.B).
Fabiano R. Serpe
SERPE, F. R. Efeitos da presença de predadores sobre Ceriodaphnia cornuta (Sars 1886) em condições de laboratório
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Figura 3.3 - (A) Mini-Limnocurrais com o fundo composto por rede de plâncton de 45 µm de abertura entre malhas; (B) Mini-Limnocurrais com flutuadores adaptados.
Foram utilizados dois aquários de aproximadamente 170 litros de
capacidade, cada um dividido em três partes iguais. Um dos aquários foi
utilizado como controle e outro para o tratamento (Figura 3.4).
Nesses aquários foi inserida água de ambiente natural filtrada em rede
de 45 µm, arejada por dois dias para que as substâncias ali contidas fossem
evaporadas. Nestes aquários foram colocados os mini-limnocurrais, que
receberam no seu interior os espécimes neonatos de Ceriodaphnia cornuta.
Figura 3.4 - Aquários utilizados para o experimento. A, B e C - Aquários com peixes (Tratamento); D, E e F - Aquários sem peixes (Controle).
A B
A B
C
D
E F
Fabiano R. Serpe Fabiano R. Serpe
Fabiano R. Serpe
SERPE, F. R. Efeitos da presença de predadores sobre Ceriodaphnia cornuta (Sars 1886) em condições de laboratório
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Os tratamentos foram definidos da seguinte forma:
1. Controle – aquários que receberam apenas os mini-limnocurrais.
2. Tratamento com vertebrados alimentados com ração –
aquários que além dos mini-limnocurrais, receberam dez peixes da espécie
com ração comercial apropriada para peixes três vezes ao dia. Os peixes foram
adquiridos em casa especializada em aquariofilia.
Figura 3.5 – Fêmea de Poecilia reticulata (Pisces, Poecilliidae, PETERS 1859).
Fonte: www.fishbase.com.
3. Tratamento com vertebrados alimentados com zooplânc ton –
Este experimento foi semelhante ao realizado com os vertebrados alimentados
com ração, exceto pela alimentação dos peixes consistir em Ceriodaphnia
cornuta uma vez ao dia.
4. Tratamento “Água de peixe” – Este foi realizado paralelamente
com o experimento dos peixes alimentados com ração, no intuito de mostrar
apenas a relevância da presença do peixe no ciclo de vida de Ceriodaphnia
cornuta já que a adição de ração nos aquários pode alterar os resultados finais
face ao aumento da eutrofização. Estes alimentos são fabricados com produtos
orgânicos, podendo acarretar na alteração da qualidade e quantidade do
fitoplâncton em relação ao aquário controle. Foi realizado da seguinte forma:
três exemplares de Poecilia reticulata foram separados e colocados em um
1 cm
SERPE, F. R. Efeitos da presença de predadores sobre Ceriodaphnia cornuta (Sars 1886) em condições de laboratório
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frasco de 1,3 L com a mesma água utilizada para a alimentação de
Ceriodaphnia cornuta (Figura 3.6).
Figura 3.6 – Frasco contendo os três espécimes de Poecilia reticulata.
Estes ficaram 48 horas sem o oferecimento de alimentação e logo depois foram
devolvidos aos respectivos aquários. Esta “Água de peixe” foi colocada em três
frascos de 0,30 L cada, e em cada frasco, dez indivíduos neonatos de
Ceriodaphnia cornuta com no máximo 24 horas de vida foram ali colocados
(Figura 3.7).
Fabiano R. Serpe
SERPE, F. R. Efeitos da presença de predadores sobre Ceriodaphnia cornuta (Sars 1886) em condições de laboratório
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Figura 3.7 – Experimento “Água de Peixe”.
Os controles foram feitos da mesma maneira, só que utilizando apenas a água
do aquário de alimentação sem os peixes (Figura 3.8).
Figura 3.8 – Esquema da montagem do tratamento “água de peixe”
Aquário de alimentação
de cladóceros
Controle
3 P. reticulata
48 horas
Tratamento “Água de peixe”
10 C. cornuta em cada frasco
CONTROLE
TRATAMENTO
Fabiano R. Serpe
SERPE, F. R. Efeitos da presença de predadores sobre Ceriodaphnia cornuta (Sars 1886) em condições de laboratório
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Também foram colocados em cada limnocurral dez indivíduos
neonatos de Ceriodaphnia cornuta, com no máximo 24 horas de vida. A cada
dois dias, com exceção do tratamento com ração (onde as observações foram
diárias), 50 indivíduos foram escolhidos aleatoriamente, sendo 25 adultos e 25
juvenis, para a realização das análises das taxas de fecundidade, percentual
de juvenis, presença ou ausência de ciclomorfoses, presença ou ausência de
efípios e comprimento das primíparas com os organismos vivos, e após,
devolvidos aos respectivos limnocurrais. Estes organismos foram medidos com
o auxílio de uma ocular micrométrica, previamente aferida. Posteriormente às
análises, foram adicionadas aos limnocurrais, cerca de 7,0 x 105 cel.ml -1 de
fitoplâncton, retirado do aquário de algas, sendo estas, em sua maioria,
clorófitas Chlorella sp. e Scenedesmus sp, com a finalidade de alimentar os
indivíduos do interior dos limnocurrais. Estas algas foram contadas com o
auxílio de uma câmara de contagem do tipo Fuchs-Rosenthal e quantificadas
através da fórmula:
Número de células por ml = (n 1 + n2) x 103 x d 2
Onde: n1 = Número de células contadas na câmara de contagem superior
n2 = Número de células contadas na câmara de contagem inferior
d = Fator de diluição (Como não houve diluição, então d = 1)
Em cada aquário também foram colocados quatro a cinco ramos
vegetativos de macrófitas aquáticas da espécie Pistia stratiotes L. (Araceae)
para que esta agisse como um filtro natural e também simulando o ambiente
natural.
Todos os experimentos foram realizados em três repetições.
4.3. EXPERIMENTO COM INVERTEBRADOS
Foi realizado da seguinte forma: Cerca de cem exemplares do copépodo
Thermocyclops sp. (Figura 3.9) foram separados e colocados em um frasco de
1,3 L repleto da mesma água utilizada para a alimentação de Ceriodaphnia
cornuta. Estes ficaram 48 horas sem o oferecimento de alimentação e logo
SERPE, F. R. Efeitos da presença de predadores sobre Ceriodaphnia cornuta (Sars 1886) em condições de laboratório
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depois foram devolvidos aos respectivos aquários. Esta água sem copépodos
foi colocada em três frascos de 0,30 L, e em cada frasco, dez indivíduos
neonatos de Ceriodaphnia cornuta com no máximo 24 horas de vida foram ali
Figura 3.9 – Fêmea de Thermocyclops sp.
colocados (Figura 3.10). Os controles foram feitos da mesma maneira, só que
utilizando apenas a água do aquário de alimentação sem os copépodos (Figura
3.11).
Figura 3.10 – Experimento com Invertebrados.
CONTROLE
TRATAMENTO
Fabiano R. Serpe
Clarisse T. Adloff 100 µm
SERPE, F. R. Efeitos da presença de predadores sobre Ceriodaphnia cornuta (Sars 1886) em condições de laboratório
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Figura 3.11 – Esquema da montagem do tratamento com invertebrados
4.3. TRATAMENTO ESTATÍSTICO
Foram calculadas nos quatro tratamentos, as taxas de fecundidade
nas Ceriodaphnia cornuta, utilizando-se a fórmula:
F= nº médio de ovos/embriões X Fêmeas ovíge ras Fêmeas adultas totais
Também foram calculadas as taxas de crescimento instantâneo,
através da fórmula descrita por KREBS (1985):
r = ln N 1 – ln N0 T
Onde: N1 = número de indivíduos na data analisada
N0 = número de indivíduos na data anterior
T = tempo decorrido entre N1 e N0.
Os dados de quantidade de indivíduos, média de comprimento, fecundidade,
taxa de crescimento instantâneo e comprimento das primíparas foram
Aquário de alimentação
de cladóceros
Controle
100 Thermocyclops
sp.
48 horas
Tratamento com Invertebrados
10 C. cornuta em cada frasco
SERPE, F. R. Efeitos da presença de predadores sobre Ceriodaphnia cornuta (Sars 1886) em condições de laboratório
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comparados através de análises de ANOVA, para verificar as diferenças
significativas entre os tratamentos. Alguns valores foram alterados, utilizando
logaritmo neperiano (ln), para que se cumprisse o pré-requisito da
homogeneidade das variâncias.
Os dados de percentuais de juvenis foram comparados através do
teste de Qui-Quadrado (χ2), utilizando uma tabela de contingência,
comparando-se os valores do último dia de observação, utilizando α = 0,05.
SERPE, F. R. Efeitos da presença de predadores sobre Ceriodaphnia cornuta (Sars 1886) em condições de laboratório
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4. RESULTADOS
4.1. Experimento com Vertebrados alimentados com ra ção
Após a realização dos experimentos, com duração de 13 dias e com
análises diárias, foram observados os seguintes resultados:
1. Quantidade de indivíduos
Quanto ao número de indivíduos, nos aquários em que havia os peixes
(Tratamento), houve grande diferença em relação aos aquários sem peixes
(Controle) nas três repetições realizadas.
Na primeira repetição, depois de 13 dias de análise, em uma das
réplicas dos tratamentos foram encontrados 85 indivíduos, enquanto no
controle apenas 14 indivíduos. Na segunda repetição a diferença foi maior,
atingindo 555 indivíduos em uma das réplicas do tratamento, enquanto nos
controles não passou de 62 indivíduos. Entretanto, na terceira repetição a
diferença foi de 652 indivíduos em uma das réplicas do aquário com peixes e
261 indivíduos no controle (Figura 4.1.1).
SERPE, F. R. Efeitos da presença de predadores sobre Ceriodaphnia cornuta (Sars 1886) em condições de laboratório
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Quantidade de individuos(Controle)
0102030405060708090
Dia 1
Dia 2
Dia 3
Dia 4
Dia 5
Dia 6
Dia 7
Dia 8
Dia 9
Dia 10
Dia 11
Dia 12
Dia 13
C1 C2 C3
Quantidade de individuos(Tratamento)
0102030405060708090
Dia 1
Dia 2
Dia 3
Dia 4
Dia 5
Dia 6
Dia 7
Dia 8
Dia 9
Dia 10
Dia 11
Dia 12
Dia 13
T1 T2 T3
Quantidade de individuos(Controle)
0
100
200
300
400
500
600
Dia 1
Dia 2
Dia 3
Dia 4
Dia 5
Dia 6
Dia 7
Dia 8
Dia 9
Dia 10
Dia 11
Dia 12
Dia 13
C1 C2 C3
Quantidade de individuos(Tratamento)
0
100
200
300
400
500
600
Dia 1
Dia 2
Dia 3
Dia 4
Dia 5
Dia 6
Dia 7
Dia 8
Dia 9
Dia 10
Dia 11
Dia 12
Dia 13
T1 T2 T3
Quantidade de individuos(Controle)
0
100
200
300
400
500
600
700
Dia 1
Dia 2
Dia 3
Dia 4
Dia 5
Dia 6
Dia 7
Dia 8
Dia 9
Dia 10
Dia 11
Dia 12
Dia 13
C1 C2 C3
Quantidade de individuos(Tratamento)
0
100
200
300
400
500
600
700
Dia 1
Dia 2
Dia 3
Dia 4
Dia 5
Dia 6
Dia 7
Dia 8
Dia 9
Dia 10
Dia 11
Dia 12
Dia 13
T1 T2 T3
Figura 4.1.1 - Quantidade de indivíduos durante o período de estudo. Os dias em branco são aqueles em que não houve análise, devido à problemas externos
Nas três repetições realizadas a média de indivíduos foi maior nos
aquários onde havia peixes (Figura 4.1.2), apresentando diferença significativa
(p< 0,05) com a utilização do teste ANOVA (Figura 4.1.3; Tabela 4.1).
PRIMEIRA REPETIÇÃO
SEGUNDA REPETIÇÃO
TERCEIRA REPETIÇÃO
SERPE, F. R. Efeitos da presença de predadores sobre Ceriodaphnia cornuta (Sars 1886) em condições de laboratório
- 20 -
6.217.8
47.0
11.6
77.5
92.2
R1 R2 R3Controle Tratamento
Figura 4.1.2 – Média de indivíduos e erro padrão de Ceriodaphnia cornuta por repetição realizada.. R1 = Repetição 1; R2 = Repetição 2 e R3 = Repetição 3.
p<.0050
20
25
30
35
40
45
50
55
60
65
Controle Tratamento
24.67
58.38
Figura 4.1.3 – Diferença das médias de quantidade de indivíduos utilizando o teste de ANOVA.
2. Médias de comprimento
As médias de comprimento foram praticamente iguais, tanto nos
tratamentos quanto nos controles, apesar desta diferença ter sido maior na
repetição 2, assim como a variação destes comprimentos durante o
experimento (Figura 4.1.4).
SERPE, F. R. Efeitos da presença de predadores sobre Ceriodaphnia cornuta (Sars 1886) em condições de laboratório
- 21 -
Média de Comprimento (Controle)
250
300
350
400
450
500
Dia 1
Dia 2
Dia 3
Dia 4
Dia 5
Dia 6
Dia 7
Dia 8
Dia 9
Dia 10
Dia 11
Dia 12
Dia 13
µm
C1 C2 C3
Média de Comprimento (Tratamento)
250
300
350
400
450
500
Dia 1
Dia 2
Dia 3
Dia 4
Dia 5
Dia 6
Dia 7
Dia 8
Dia 9
Dia 10
Dia 11
Dia 12
Dia 13
µm
T1 T2 T3
Média de Comprimento (Controle)
250
300
350
400
450
500
550
Dia 1
Dia 2
Dia 3
Dia 4
Dia 5
Dia 6
Dia 7
Dia 8
Dia 9
Dia 10
Dia 11
Dia 12
Dia 13
µm
C1 C2 C3
Média de Comprimento (Tratamento)
250
300
350
400
450
500
550
Dia 1
Dia 2
Dia 3
Dia 4
Dia 5
Dia 6
Dia 7
Dia 8
Dia 9
Dia 10
Dia 11
Dia 12
Dia 13
µm
T1 T2 T3
Média de Comprimento (Controle)
250
300
350
400
450
500
Dia 1
Dia 2
Dia 3
Dia 4
Dia 5
Dia 6
Dia 7
Dia 8
Dia 9
Dia 10
Dia 11
Dia 12
Dia 13
µm
C1 C2 C3
Média de Comprimento (Tratamento)
250
300
350
400
450
500
Dia 1
Dia 2
Dia 3
Dia 4
Dia 5
Dia 6
Dia 7
Dia 8
Dia 9
Dia 10
Dia 11
Dia 12
Dia 13
µm
T1 T2 T3
Figura 4.1.4 - Médias de tamanho de Ceriodaphnia cornuta durante o período de estudo.
Observando as médias destes resultados é possível observar que
praticamente não houve diferença entre os tratamentos, sendo a média de
comprimento maior nos tratamentos com peixes na segunda e terceira
repetições, enquanto na primeira repetição a média de tamanho foi maior no
controle (Figura 4.1.5).
PRIMEIRA REPETIÇÃO
SEGUNDA REPETIÇÃO
TERCEIRA REPETIÇÃO
SERPE, F. R. Efeitos da presença de predadores sobre Ceriodaphnia cornuta (Sars 1886) em condições de laboratório
- 22 -
377.2
390.6386.1378.0
382.5
354.3
R1 R2 R3
µm
Controle Tratamento
Figura 4.1.5 - Média e erro padrão dos comprimentos de Ceriodaphnia cornuta por
repetição realizada.
A diferença significativa (p< 0,05) de comprimento da população
ocorreu em relação ao tempo de experimento, no qual a média de tamanho da
população cresceu nos três primeiros dias até atingir um pico no quarto dia, e a
partir do quinto dia de observação houve pouca oscilação destes valores,
caracterizando maior estabilidade populacional entre adultos e juvenis neste
período (Figura 4.1.6).
TEMPO
p<.0000
280
300
320
340
360
380
400
420
440
460
Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5 Dia 6 Dia 7 Dia 8 Dia 9 Dia 10 Dia 11 Dia 12 Dia 13
Figura 4.1.6 – Diferenças nas médias de tamanho da população de Ceriodaphnia cornuta, em relação ao tempo de experimento utilizando teste de ANOVA.
SERPE, F. R. Efeitos da presença de predadores sobre Ceriodaphnia cornuta (Sars 1886) em condições de laboratório
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3. Fecundidade
Durante o experimento a fecundidade foi maior nos tratamentos do que
nos controles, atingindo 5,12 ovos/embriões por fêmea adulta na segunda
repetição, enquanto nos controles não passou de 4,5 ovos/embriões por fêmea
adulta, observado na primeira repetição (Figura 4.1.7).
Fecundidade(Controle)
00.5
11.5
22.5
33.5
44.5
5
Dia 1
Dia 2
Dia 3
Dia 4
Dia 5
Dia 6
Dia 7
Dia 8
Dia 9
Dia 10
Dia 11
Dia 12
Dia 13
C1 C2 C3
Fecundidade(Tratamento)
00.5
11.5
22.5
33.5
44.5
5
Dia 1
Dia 2
Dia 3
Dia 4
Dia 5
Dia 6
Dia 7
Dia 8
Dia 9
Dia 10
Dia 11
Dia 12
Dia 13
T1 T2 T3
Fecundidade(Controle)
00.5
11.5
22.5
33.5
44.5
55.5
Dia 1
Dia 2
Dia 3
Dia 4
Dia 5
Dia 6
Dia 7
Dia 8
Dia 9
Dia 10
Dia 11
Dia 12
Dia 13
C1 C2 C3
Fecundidade(Tratamento)
00.5
11.5
22.5
33.5
44.5
55.5
Dia 1
Dia 2
Dia 3
Dia 4
Dia 5
Dia 6
Dia 7
Dia 8
Dia 9
Dia 10
Dia 11
Dia 12
Dia 13
T1 T2 T3
Fecundidade(Controle)
00.5
11.5
22.5
33.5
44.5
5
Dia 1
Dia 2
Dia 3
Dia 4
Dia 5
Dia 6
Dia 7
Dia 8
Dia 9
Dia 10
Dia 11
Dia 12
Dia 13
C1 C2 C3
Fecundidade(Tratamento)
00.5
11.5
22.5
33.5
44.5
5
Dia 1
Dia 2
Dia 3
Dia 4
Dia 5
Dia 6
Dia 7
Dia 8
Dia 9
Dia 10
Dia 11
Dia 12
Dia 13
T1 T2 T3
Figuras 4.1.7 – Fecundidade de Ceriodaphnia cornuta observada durante o período de estudo. Os dias em branco indicam que não houve análise devido a fatores externos
As médias das fecundidades foram maiores nos tratamentos nas três
repetições, variando de 1,52 a 2,29 ovos/embriões por fêmea adulta, enquanto
PRIMEIRA REPETIÇÃO
SEGUNDA REPETIÇÃO
TERCEIRA REPETIÇÃO
SERPE, F. R. Efeitos da presença de predadores sobre Ceriodaphnia cornuta (Sars 1886) em condições de laboratório
- 24 -
nos controles variou de 1,33 a 1,78 ovos/embriões por fêmea adulta (Figura
4.1.8)
1.44
1.78
1.33
2.29
1.97
1.52
R1 R2 R3
Controle Tratamento
Figura 4.1.8 - Médias e erro padrão da fecundidade de Ceriodaphnia cornuta por
repetição realizada.
Utilizando o teste de ANOVA pode-se notar uma diferença significativa
(p< 0,05) entre tratamentos e controles, demonstrando que a fecundidade foi
maior nos cladóceros expostos aos peixes (Figura 4.1.9).
p<.0448
1.60
1.65
1.70
1.75
1.80
1.85
1.90
1.95
2.00
2.05
2.10
Controle Tratamento
1.67
2.05
Figura 4.1.9 – Diferença das médias de fecundidade de Ceriodaphnia cornuta utilizando o teste de ANOVA.
SERPE, F. R. Efeitos da presença de predadores sobre Ceriodaphnia cornuta (Sars 1886) em condições de laboratório
- 25 -
Também houve diferença significativa nas médias das fecundidades de
Ceriodaphnia cornuta ao longo do tempo de experimento, no qual houve
oscilação destes valores, chegando a 3,0 no quinto dia de observação,
decrescendo para 1,25 no nono dia (Figura 4.1.10).
p<,0000
-0,5
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5 Dia 6 Dia 7 Dia 8 Dia 9 Dia 10 Dia 1 1 Dia 12 Dia 13
Figura 4.1.10 – Diferenças nas médias de fecundidade da população de Ceriodaphnia cornuta, em relação ao tempo de experimento utilizando teste de ANOVA.
4. Taxa de Crescimento
Na primeira repetição a taxa de crescimento populacional nos
controles apresentou um intervalo de -0,69 a +0,69, mas nos tratamentos a
variação foi maior (de -1,1 a +0,69). Na segunda repetição os controles
variaram de -1,06 a +0,92 e os tratamentos tiveram uma variação entre -0,56 e
+1,35. Entretanto, na terceira repetição a variação dos controles foi de -0,51 a
+0,83 e nos tratamentos de -0,92 a +1,14 (Figura 4.1.11). Estes valores
negativos ocorreram devido à morte de alguns indivíduos de C. cornuta ao
longo do experimento
SERPE, F. R. Efeitos da presença de predadores sobre Ceriodaphnia cornuta (Sars 1886) em condições de laboratório
- 26 -
Taxa de Crescimento(Controle)
-1.5
-1
-0.5
0
0.5
1
1.5
C1 C2 C3
Taxa de Crescimento(Tratamento)
-1.5
-1
-0.5
0
0.5
1
1.5
T1 T2 T3
Taxa de Crescimento(Controle)
-1.5
-1
-0.5
0
0.5
1
1.5
C1 C2 C3
Taxa de Crescimento(Tratamento)
-1
-0.5
0
0.5
1
1.5
T1 T2 T3
Taxa de Crescimento(Controle)
-1.5
-1
-0.5
0
0.5
1
1.5
C1 C2 C3
Taxa de Crescimento(Tratamento)
-1.5
-1
-0.5
0
0.5
1
1.5
T1 T2 T3
Figuras 4.1.11 – Taxa de crescimento durante o período de estudo. Na terceira repetição os Cladóceros de T1 morreram no primeiro dia
Contudo, na média, os tratamentos tiveram taxa de crescimento maior,
variando de -0,01 a +0,22, e nos controles variaram entre -0,13 a +0,10 (Figura
4.1.12).
PRIMEIRA REPETIÇÃO
SEGUNDA REPETIÇÃO
TERCEIRA REPETIÇÃO
SERPE, F. R. Efeitos da presença de predadores sobre Ceriodaphnia cornuta (Sars 1886) em condições de laboratório
- 27 -
-0.13
0.030.10
-0.01
0.22
0.10
R1 R2 R3
Controle Tratamento
Figura 4.1.12 – Média e erro padrão das taxas de crescimento por repetição realizada.
Os resultados dos testes de ANOVA mostraram diferenças significativas
(p< 0,05) entre os tratamentos e controles em relação às taxas de crescimento
ao longo do tempo de experimento, sendo estas taxas maiores nos primeiros
dias de experimento, tempo no qual a população ainda está se estabelecendo
e há grande número de juvenis (Figura 4.1.13).
p<.0090
-0.2
0.0
0.2
0.4
0.6
0.8
1.0
1.2
1.4
1.6
Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5 Dia 6 Dia 8 Dia 9 Dia 10 Dia 1 1 Dia 12 Dia 13
Figura 4.1.13 – Diferenças nas médias de taxas de crescimento em Ceriodaphnia cornuta, em relação ao tempo de experimento utilizando teste de ANOVA.
SERPE, F. R. Efeitos da presença de predadores sobre Ceriodaphnia cornuta (Sars 1886) em condições de laboratório
- 28 -
Houve também diferença significativa (p< 0,05) em relação à repetição
realizada (Figura 4.1.14), mas isto pode ter ocorrido devido a estas repetições
terem sido realizadas em períodos distintos, em condições climáticas
diferenciadas.
p<,0211
-0,10
-0,05
0,00
0,05
0,10
0,15
0,20
Repetição 1 Repetição 2 Repetição 3
-0,07
0,14
0,11
Figura 4.1.14 – Média das taxas de crescimento de Ceriodaphnia cornuta em relação às repetições realizadas.
5. Comprimento das Primíparas
O comprimento das primíparas foi menor nas três repetições nos
aquários onde havia peixes, atingindo o primeiro estágio reprodutivo com
396µm, enquanto nos controles este valor foi de 407 µm, 418 µm e 429 µm (na
terceira, segunda e primeira repetição, respectivamente), indicando uma
resposta à presença do predador vertebrado (Figura 4.1.15).
SERPE, F. R. Efeitos da presença de predadores sobre Ceriodaphnia cornuta (Sars 1886) em condições de laboratório
- 29 -
Comprimento das Primíparas(Controle)
350
400
450
500
550
Dia 1
Dia 2
Dia 3
Dia 4
Dia 5
Dia 6
Dia 7
Dia 8
Dia 9
Dia 10
Dia 11
Dia 12
Dia 13
µm
C1 C2 C3
Comprimento das Primíparas(Tratamento)
350
400
450
500
550
Dia 1
Dia 2
Dia 3
Dia 4
Dia 5
Dia 6
Dia 7
Dia 8
Dia 9
Dia 10
Dia 11
Dia 12
Dia 13
µm
T1 T2 T3
.
Comprimento das Primíparas(Controle)
350
400
450
500
550
Dia 1
Dia 2
Dia 3
Dia 4
Dia 5
Dia 6
Dia 7
Dia 8
Dia 9
Dia 10
Dia 11
Dia 12
Dia 13
µm
C1 C2 C3
Comprimento das Primíparas(Tratamento)
350
400
450
500
550
Dia 1
Dia 2
Dia 3
Dia 4
Dia 5
Dia 6
Dia 7
Dia 8
Dia 9
Dia 10
Dia 11
Dia 12
Dia 13
µm
T1 T2 T3
Comprimento das Primíparas(Controle)
350
400
450
500
550
Dia 1
Dia 2
Dia 3
Dia 4
Dia 5
Dia 6
Dia 7
Dia 8
Dia 9
Dia 10
Dia 11
Dia 12
Dia 13
µm
C1 C2 C3
Comprimento das Primíparas(Tratamento)
350
400
450
500
550
Dia 1
Dia 2
Dia 3
Dia 4
Dia 5
Dia 6
Dia 7
Dia 8
Dia 9
Dia 10
Dia 11
Dia 12
Dia 13
µm
T1 T2 T3
Figura 4.1.15 – Tamanho das primíparas durante o período de estudo.
A maior diferença entre as Ceriodaphnia cornuta dos controles e dos
tratamentos, foi na média de tamanho das primíparas. Na primeira repetição, a
média do comprimento das primíparas nos tratamentos foi de 438,7 µm,
enquanto nos controles foi de 473,0 µm, na segunda repetição a média foi de
441,5 µm nos tratamentos e 455,6 µm nos controles e, enquanto na terceira
repetição a média foi de 430,7 µm nos tratamentos e 447,1 µm nos controles
(Figura 4.1.16).
PRIMEIRA REPETIÇÃO
SEGUNDA REPETIÇÃO
TERCEIRA REPETIÇÃO
SERPE, F. R. Efeitos da presença de predadores sobre Ceriodaphnia cornuta (Sars 1886) em condições de laboratório
- 30 -
438.7 441.5
430.7
473.0
455.6447.1
R1 R2 R3
µm
Controle Tratamento
Figura 4.1.16 – Média e erro padrão dos comprimentos das primíparas de C. cornuta
por repetição realizada.
Utilizando o teste de ANOVA é possível observar uma diferença
significativa (p< 0,05) entre o comprimento das primíparas nos controles e
tratamentos (Figura 4.1.17).
p<.0001
3.035
3.040
3.045
3.050
3.055
3.060
3.065
Controle Tratamento
Figura 4.1.17 – Diferença das médias de comprimento das primíparas de Ceriodaphnia cornuta, utilizando o teste de ANOVA .
Também houve diferença dos comprimentos das primíparas em relação
ao tempo de experimento, no qual as primíparas apresentaram uma tendência
a aumentar seu tamanho nos primeiros dias de experimento, atingindo seu
SERPE, F. R. Efeitos da presença de predadores sobre Ceriodaphnia cornuta (Sars 1886) em condições de laboratório
- 31 -
maior comprimento no quinto dia e estabilizando-se ao longo do experimento
(Figura 4.1.18).
p<.0003
300
320
340
360
380
400
420
440
460
480
500
Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5 Dia 6 Dia 8 Dia 9 Dia 10 Dia 1 1 Dia 12 Dia 13
Figura 4.1.18 - Diferenças nas médias de comprimento das primíparas em Ceriodaphnia cornuta, em relação ao tempo de experimento utilizando teste de
ANOVA.
6. Comprimento dos indivíduos de Ceriodaphnia cornuta
Apesar das primíparas terem sido menores nos tratamentos, a média de
comprimento dos juvenis foi maior nos controles, 329,25 e 323,78µm
respectivamente. A média de comprimento dos adultos foi maior nos
tratamentos (490,8µm) do que nos controles (486,64µm) (Figura 4.1.19).
SERPE, F. R. Efeitos da presença de predadores sobre Ceriodaphnia cornuta (Sars 1886) em condições de laboratório
- 32 -
486.64
329.25
490.80
323.78
Juvenil AdultoControle Tratamento
Figura 4.1.19 – Média e erro padrão dos comprimentos dos juvenis e adultos de Ceriodaphnia cornuta.
Entretanto, os indivíduos menores foram observados nos tratamentos,
tanto juvenis, que variaram de 220 a 473 µm, quanto adultos que tiveram uma
variação de 396 a 660 µm, enquanto os controles variaram de 242 a 462 µm,
nos juvenis, e de 418 a 649 µm nos adultos (Figura 4.1.20).
649
418462
242 220
473396
660
Menores Maiores Menores Maiores
Juvenil Adulto
Controle Tratamento
Figura 4.1.20 – Variação dos comprimentos e erro padrão de adultos e juvenis de Ceriodaphnia cornuta. Menores = Indivíduos de menor tamanho entre juvenis e
adultos; Maiores = Indivíduos de maior tamanho entre juvenis e adultos
SERPE, F. R. Efeitos da presença de predadores sobre Ceriodaphnia cornuta (Sars 1886) em condições de laboratório
- 33 -
7. Porcentagem de juvenis na população de Ceriodaphnia cornuta
Em relação à porcentagem dos juvenis na população (Tabela 4.1),
apenas na segunda repetição houve diferença, apresentando um valor de Qui-
Quadrado (χ2) de 25,47, muito superior ao χ2 crítico de 3,84, indicando
diferença significativa entre a quantidade de juvenis e adultos na população
(Figura 4.1.21). Entretanto, todo o experimento deve ser considerado como
uma alteração das condições experimentais, pois o oferecimento de ração para
a alimentação dos peixes pode ter modificado substancialmente a qualidade e
quantidade do fitoplâncton nos aquários em que havia peixes, alterando, desta
forma, toda a dinâmica populacional dos cladóceros envolvidos.
Tabela 4.1.1 - Porcentagens entre Juvenis e adultos durante no último dia de análise.
C = Controle ; T = Tratamento. Os espaços em branco indicam que não houve análise devido às mortes de C. cornuta.
SERPE, F. R. Efeitos da presença de predadores sobre Ceriodaphnia cornuta (Sars 1886) em condições de laboratório
- 36 -
5.2. Experimento “Água de Peixe”
Após a realização dos experimentos, com duração de 10 dias, foram
observados os seguintes resultados:
1. Quantidade de indivíduos
Quanto ao número de indivíduos neste experimento, não houve diferença
entre os tratamentos e os controles, nas três repetições realizadas. Na primeira
repetição, depois de cinco observações em dez dias de análise, em uma das
réplicas dos tratamentos foram encontrados 129 indivíduos, enquanto no
controle 122 indivíduos. Na segunda repetição foram evidenciados 250
indivíduos em uma das réplicas do tratamento, enquanto no controle foi de 213
indivíduos, enquanto na terceira repetição a diferença foi de 152 indivíduos em
uma das réplicas do aquário com peixes e 160 indivíduos em uma das réplicas
do controle. Foi igualmente observado que nas três repetições, todas as
réplicas dos tratamentos tiveram o mesmo padrão de crescimento populacional
(Figura 4.2.1).
SERPE, F. R. Efeitos da presença de predadores sobre Ceriodaphnia cornuta (Sars 1886) em condições de laboratório
- 37 -
Quantidade de individuos(Controle)
0
20
40
60
80
100
120
140
Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5
C1 C2 C3
Quantidade de individuos(Tratamento)
0
20
40
60
80
100
120
140
Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5
T1 T2 T3
Quantidade de individuos(Controle)
0
50
100
150
200
250
300
Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5
C1 C2 C3
Quantidade de individuos(Tratamento)
0
50
100
150
200
250
300
Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5
T1 T2 T3
Quantidade de individuos(Controle)
0
20
40
60
80
100
120
140
160
Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5C1 C2 C3
Quantidade de individuos(Tratamento)
020406080
100120140160
Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5
T1 T2 T3
Figura 4.2.1 - Quantidade de indivíduos durante o período de estudo. Análises realizadas a cada dois dias.
As médias do número de indivíduos também foram maiores nos
tratamentos nas três repetições realizadas, exceto na primeira repetição, onde
os controles tiveram média de 45,4 indivíduos, enquanto que nos tratamentos
foi de 33,9. Na segunda repetição os tratamentos tiveram média maior (86,4 X
81,9 nos controles), assim como na terceira repetição, onde os controles
apresentaram média de 42,07 indivíduos e os tratamentos de 51,2 (Figura
4.2.2).
PRIMEIRA REPETIÇÃO
SEGUNDA REPETIÇÃO
TERCEIRA REPETIÇÃO
SERPE, F. R. Efeitos da presença de predadores sobre Ceriodaphnia cornuta (Sars 1886) em condições de laboratório
- 38 -
45.40
81.9
42.0733.9
86.4
51.20
R1 R2 R3
Controle Tratamento
Figura 4.2.2 – Média de indivíduos e erro padrão de Ceriodaphnia cornuta por repetição realizada.
Apesar dos tratamentos apresentarem médias maiores (com exceção da
Repetição 1) foi possível observar que não houve diferença significativa
quanto ao número de indivíduos entre os experimentos (Controles e
Tratamentos) (Figura 4.2.3; Tabela 4.2).
Houve diferença significativa (p< 0,05) entre o número de indivíduos em
relação ao tempo de estudo decorrido, em que a população cresceu ao longo
do tempo, tanto nos controles quanto nos tratamentos, observando-se um
aumento no último dia de observação (Figura 4.2.4).
SERPE, F. R. Efeitos da presença de predadores sobre Ceriodaphnia cornuta (Sars 1886) em condições de laboratório
- 39 -
p<,8483
65
66
67
68
69
70
71
72
73
74
75
Controle Tratamento
68,08
68,94
Figura 4.2.3 – Diferença das médias de quantidade de indivíduos utilizando o teste de ANOVA.
p<.0094
-20
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5
Controle
Tratamento
Figura 4.2.4 – Variação da quantidade de indivíduos ao longo do tempo, utilizando teste de ANOVA.
Também houve diferença significativa (p< 0,05) quanto ao número de
indivíduos, comparando repetições realizadas ao longo do tempo. Na segunda
repetição o aumento populacional foi maior em relação às demais. Esta
SERPE, F. R. Efeitos da presença de predadores sobre Ceriodaphnia cornuta (Sars 1886) em condições de laboratório
- 40 -
diferença pode ter sido em decorrência às repetições realizadas em períodos
distintos, onde as condições climáticas (os experimentos não foram realizados
em sala climatizada) e experimentais encontravam-se diferentes (Figura 4.2.5).
p<.0000
0
50
100
150
200
250
Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5
Repetição 1 Repetição 2Repetição 3
Figura 4.2.5 – Variação das quantidades de indivíduos por repetição realizada ao longo do tempo.
2. Médias de comprimento
As médias de comprimento da população de Ceriodaphnia cornuta
foram menores nos tratamentos nas três repetições. Na primeira repetição,
este valor atingiu 477,4 µm nos controles, enquanto nos tratamentos não
passou de 409,8 µm. Na segunda repetição os controles tiveram média de
comprimento de 501,9 µm e os tratamentos 490,6 µm. Na terceira repetição os
tratamentos tiveram média de 441,2 µm enquanto nos controles foi 456,5 µm
(Figura 4.2.6).
SERPE, F. R. Efeitos da presença de predadores sobre Ceriodaphnia cornuta (Sars 1886) em condições de laboratório
- 41 -
Média de Comprimento (Controle)
250
300
350
400
450
500
Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5
µm
C1 C2 C3
Média de Comprimento (Tratamento)
250
300
350
400
450
500
Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5
µm
T1 T2 T3
Média de Comprimento (Controle)
250
300
350
400
450
500
Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5
µm
C1 C2 C3
Média de Comprimento (Tratamento)
250
300
350
400
450
500
Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5
µm
T1 T2 T3
Média de Comprimento (Controle)
250
300
350
400
450
500
Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5
µm
C1 C2 C3
Média de Comprimento (Tratamento)
250
300
350
400
450
500
Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5
µm
T1 T2 T3
Figuras 4.2.6 - Médias de tamanho de Ceriodaphnia cornuta durante o período de estudo.
As médias de tamanho por repetição realizada também se mostraram
menores nos tratamentos em todas as três repetições. O menor valor foi na
primeira repetição (365,3 µm) e o maior, na segunda (385,5 µm). Na terceira
repetição a média foi igual a 378,8µm, valor este, muito próximo dos 382,0 µm
encontrados nos controles nesta mesma repetição. As outras médias nos
controles foram de 390,6 e 394,8 µm, na primeira e segunda repetição,
respectivamente (Figura 4.2.7).
PRIMEIRA REPETIÇÃO
SEGUNDA REPETIÇÃO
TERCEIRA REPETIÇÃO
SERPE, F. R. Efeitos da presença de predadores sobre Ceriodaphnia cornuta (Sars 1886) em condições de laboratório
- 42 -
390.6
382.0
394.8
365.3
378.8385.5
R1 R2 R3
Controle Tratamento
Figura 4.2.7 – Média e erro padrão dos comprimentos de Ceriodaphnia cornuta por repetição realizada.
Utilizando-se o teste de ANOVA foi possível observar que houve
diferença significativa (p< 0,05) entre as médias de comprimento, sendo esta,
menor nos tratamentos (Figura 4.2.8). Esta diferença demonstra que houve
uma resposta das Ceriodaphnia cornuta à presença do predador vertebrado.
p<.0032
374
376
378
380
382
384
386
388
390
392
Controle Tratamento
389.13
376.55
Figura 4.2.8 – Diferenças nas médias de tamanho da população de Ceriodaphnia
cornuta, em relação ao tempo de experimento utilizando teste de ANOVA.
SERPE, F. R. Efeitos da presença de predadores sobre Ceriodaphnia cornuta (Sars 1886) em condições de laboratório
- 43 -
Também houve diferença das médias de comprimento ao longo do
tempo, onde no segundo dia ocorreu um pico nos dois experimentos, embora
tenha sido evidente que nos tratamentos esta média foi menor durante
praticamente todos os dias (Figura 4.2.9).
p<.0008
280
300
320
340
360
380
400
420
440
460
480
500
Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5
ControleTratamento
Figura 5.2.9 – Variação nas médias de tamanho de Ceriodaphnia cornuta ao longo do
tempo de estudo.
3. Fecundidade
Durante o experimento a fecundidade nos controles atingiu 6,0
ovos/embriões por indivíduo na terceira repetição, enquanto nos tratamentos
não ultrapassou 5,12 ovos/embriões por indivíduo, valor este, observado na
primeira repetição. Em todas as repetições nos dois experimentos houve um
pico de fecundidade no terceiro dia de observação, exceto na primeira
repetição do tratamento em que este pico ocorreu no quarto dia (Figura 4.2.10).
SERPE, F. R. Efeitos da presença de predadores sobre Ceriodaphnia cornuta (Sars 1886) em condições de laboratório
- 44 -
Fecundidade(Controle)
0
1
2
3
4
5
6
Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5
C1 C2 C3
Fecundidade(Tratamento)
0
1
2
3
4
5
6
Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5
T1 T2 T3
Fecundidade(Controle)
0
1
2
3
4
5
6
Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5
C1 C2 C3
Fecundidade(Tratamento)
0
1
2
3
4
5
6
Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5
T1 T2 T3
Fecundidade(Controle)
0
1
2
3
4
5
6
Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5
C1 C2 C3
Fecundidade(Tratamento)
0
1
2
3
4
5
6
Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5
T1 T2 T3
Figura 4.2.10 – Fecundidade de Ceriodaphnia cornuta observada durante o período de estudo.
Com exceção da segunda repetição onde as médias de fecundidade
tiveram diferença maior nos controles (3,15 ovos/embriões por indivíduo X 2,67
nos tratamentos), os tratamentos e controles tiveram médias de fecundidade
praticamente iguais (primeira repetição 1,84 X 1,76 nos controles e na terceira
3,07 X 2,97 também nos controles) (Figura 4.2.11).
PRIMEIRA REPETIÇÃO
TERCEIRA REPETIÇÃO
SEGUNDA REPETIÇÃO
SERPE, F. R. Efeitos da presença de predadores sobre Ceriodaphnia cornuta (Sars 1886) em condições de laboratório
- 45 -
2.973.15
1.76
3.07
2.67
1.84
R1 R2 R3
Controle Tratamento
Figura 4.2.11 - Média da fecundidade e erro padrão de Ceriodaphnia cornuta por repetição realizada.
Os resultados das médias mostraram que as fecundidades foram
praticamente iguais entre os tratamentos e os controles, desta forma, com a
utilização do teste de ANOVA não houve diferença significativa entre os
experimentos, mostrando que a fecundidade foi maior nos controles (Figura
4.2.12).
p<,5180
2,0
2,2
2,4
2,6
2,8
3,0
Controle Tratamento
2,77
2,68
Figura 4.2.12 – Diferença das médias de fecundidade de Ceriodaphnia cornuta
utilizando o teste de ANOVA.
SERPE, F. R. Efeitos da presença de predadores sobre Ceriodaphnia cornuta (Sars 1886) em condições de laboratório
- 46 -
Ao longo do estudo houve diferença significativa (p< 0,05) nos dois
experimentos, embora no controle tenha ocorrido um pico de fecundidade no
terceiro dia de observação, enquanto que no controle este pico ocorreu no
quarto dia, mas em ambos os experimentos estes valores tenderam a diminuir
no último dia de análise (Figura 4.2.13).
p<.0001
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
4.0
4.5
5.0
Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5
ControleTratamento
Figura 4.2.13 – Diferenças nas médias de fecundidade da população de Ceriodaphnia cornuta, em relação ao tempo de experimento utilizando teste de ANOVA.
4. Taxa de Crescimento
As taxas de crescimento instantâneo da população tiveram variação
entre -0,5 e +0,6 na primeira repetição nos controles, e de -0,11 a +0,69 nos
tratamentos. Na segunda repetição esta variação foi semelhante nos dois
experimentos (de -0,11 a +1,00 nos controles e de -0,05 a +0,97 nos
tratamentos), assim como na terceira repetição, onde esta variação foi de -0,18
a +0,69 nos controles e de -0,11 a +0,60 nos tratamentos (Figura 4.2.14).
SERPE, F. R. Efeitos da presença de predadores sobre Ceriodaphnia cornuta (Sars 1886) em condições de laboratório
- 47 -
Taxa de Crescimento(Controle)
-0.6
-0.4
-0.2
0
0.2
0.4
0.6
0.8
C1 C2 C3
Taxa de Crescimento(Tratamento)
-0.6
-0.4
-0.2
0
0.2
0.4
0.6
0.8
T1 T2 T3
Taxa de Crescimento(Controle)
-0.6
-0.4
-0.2
0
0.2
0.4
0.6
0.8
1
1.2
C1 C2 C3
Taxa de Crescimento(Tratamento)
-0.6
-0.4
-0.20
0.2
0.4
0.60.8
1
1.2
T1 T2 T3
Taxa de Crescimento(Controle)
-0.6
-0.4
-0.2
0
0.2
0.4
0.6
0.8
C1 C2 C3
Taxa de Crescimento(Tratamento)
-0.6
-0.4
-0.2
0
0.2
0.4
0.6
0.8
T1 T2 T3
Figuras 4.2.14 – Taxa de crescimento durante o período de estudo.
As médias das taxas de crescimento foram maiores nos tratamentos nas
três repetições realizadas, variando entre +0,28 e +0,52, enquanto nos
controles esta variação foi entre +0,23 e +0,49 (Figura 4.2.15). Entretanto,
mesmo com as médias sendo maiores nos tratamentos, esta diferença não foi
significativa com teste de ANOVA (Figura 4.2.16).
PRIMEIRA REPETIÇÃO
SEGUNDA REPETIÇÃO
TERCEIRA REPETIÇÃO
SERPE, F. R. Efeitos da presença de predadores sobre Ceriodaphnia cornuta (Sars 1886) em condições de laboratório
- 48 -
0.23
0.49
0.41
0.28
0.52
0.44
R1 R2 R3
Controle Tratamento
Figura 4.2.15 – Média e erro padrão das taxas de crescimento por repetição realizada.
p<.2279
0.29
0.30
0.31
0.32
0.33
0.34
Controle Tratamento
0.301
0.333
Figura 4.2.16 – Diferenças nas médias de taxas de crescimento em Ceriodaphnia
cornuta, utilizando teste de ANOVA.
Em relação ao tempo de estudo as taxas foram maiores nos controles
durante todo o experimento, com exceção do último dia em que nos
tratamentos houve uma menor queda, o que provavelmente fez com que os
valores finais fossem maiores nos tratamentos (Figura 4.2.17)
SERPE, F. R. Efeitos da presença de predadores sobre Ceriodaphnia cornuta (Sars 1886) em condições de laboratório
- 49 -
p<.0000
-0.2
-0.1
0.0
0.1
0.2
0.3
0.4
0.5
0.6
0.7
0.8
Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5
ControleTratamento
Figura 4.2.17 – Média das taxas de crescimento de Ceriodaphnia cornuta em relação
ao tempo de estudo.
5. Comprimento das Primíparas
O comprimento das primíparas foi menor nas três repetições nos
tratamentos, atingindo o primeiro estágio reprodutivo com 396 µm, na primeira
repetição e 418 µm na segunda e terceira repetições, enquanto nos controles
este valor foi de 418 µm, 429 µm e 440 µm (na primeira, segunda e terceira
repetição, respectivamente), indicando uma forte resposta à presença do
predador vertebrado (Figura 4.2.18).
SERPE, F. R. Efeitos da presença de predadores sobre Ceriodaphnia cornuta (Sars 1886) em condições de laboratório
- 50 -
Comprimento das Primíparas(Controle)
350
375
400
425
450
475
500
525
550
Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5
µm
C1 C2 C3
Comprimento das Primíparas(Tratamento)
350
375
400
425
450
475
500
525
550
Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5
µm
T1 T2 T3
Comprimento das Primíparas(Controle)
400
425
450
475
500
Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5
µm
C1 C2 C3
Comprimento das Primíparas(Tratamento)
400
425
450
475
500
Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5
µm
T1 T2 T3
Comprimento das Primíparas(Controle)
400
425
450
475
500
525
550
Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5
µm
C1 C2 C3
Comprimento das Primíparas(Tratamento)
400
425
450
475
500
525
550
Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5
µm
T1 T2 T3
Figura 4.2.18 – Tamanho das primíparas durante o período de estudo.
As médias dos comprimentos das primíparas também foram menores
nos tratamentos em todas as repetições, sendo a maior diferença na primeira
repetição, no qual nos tratamentos foi de 430,8 µm, enquanto nos controles foi
de 467,5 µm (Figura 4.2.19).
PRIMEIRA REPETIÇÃO
TERCEIRA REPETIÇÃO
SEGUNDA REPETIÇÃO
SERPE, F. R. Efeitos da presença de predadores sobre Ceriodaphnia cornuta (Sars 1886) em condições de laboratório
- 51 -
430.8
444.6451.0
467.5 462.9
483.1
R1 R2 R3
Controle Tratamento
Figura 4.2.19 – Média e erro padrão dos comprimentos e erro padrão das primíparas por repetição realizada.
Com a utilização do teste de ANOVA, foi possível perceber que nos
tratamentos, em relação ao comprimento das primíparas, a diferença entre os
controles foi significativamente menor (p< 0,05) (Figura 4.2.20).
p<.0000
435
440
445
450
455
460
465
470
475
Controle Tratamento
471.17
442.14
Figura 4.2.20 – Diferença das médias de comprimento das primíparas de Ceriodaphnia cornuta utilizando o teste de ANOVA.
SERPE, F. R. Efeitos da presença de predadores sobre Ceriodaphnia cornuta (Sars 1886) em condições de laboratório
- 52 -
Quanto ao tempo de estudo, também houve diferença significativa,
percebendo-se que as primíparas foram menores em todo o experimento.
Apesar disso, os dois experimentos apresentaram o maior comprimento das
primíparas no terceiro dia, período em que os organismos ainda estão se
adaptando às condições experimentais (Figura 4.2.21). Comparando-se as
repetições realizadas, as primíparas também tiveram comprimento menor nos
tratamentos (Figura 4.2.22)
p<.0019
420
430
440
450
460
470
480
490
500
510
520
Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5
ControleTratamento
Figura 4.2.21 - Diferenças nas médias de comprimento das primíparas em Ceriodaphnia cornuta, em relação ao tempo de experimento utilizando teste de
ANOVA.
SERPE, F. R. Efeitos da presença de predadores sobre Ceriodaphnia cornuta (Sars 1886) em condições de laboratório
- 53 -
p<.0356
Controle
400
420
440
460
480
500
520
540
Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5
Tratamento
Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5
Repetição 1Repetição 2Repetição 3
Figura 4.2.22 – Variação das médias dos comprimentos das primíparas em
Ceriodaphnia cornuta em relação ao tempo de estudo e às repetições realizadas.
6. Comprimento dos indivíduos de Ceriodaphnia cornuta
Assim como as primíparas foram menores nos tratamentos, a média de
comprimento dos juvenis também foi menor nos tratamentos em relação aos
controles (321,88µm e 330,82µm, respectivamente). A média de comprimento
dos adultos foi maior nos controles (528,07µm) do que nos tratamentos
(505,00µm) (Figura 4.2.23).
330.82
528.07
321.88
505.00
Juvenis Adultos
Controle Tratamento
Figura 4.2.23 – Média e erro padrão dos comprimentos dos juvenis e adultos de Ceriodaphnia cornuta.
SERPE, F. R. Efeitos da presença de predadores sobre Ceriodaphnia cornuta (Sars 1886) em condições de laboratório
- 54 -
Indivíduos menores também foram observados nos tratamentos, tanto
entre os juvenis (que variaram de 242 a 429µm), quanto adultos que tiveram
uma variação de 396 a 660µm, enquanto os controles variaram de 242 a
462µm, nos juvenis, e de 418 a 682µm nos adultos (Figura 4.2.24).
242
462418
682660
396429
242
Menores Maiores Menores Maiores
Juvenis Adultos
Controle Tratamento
Figura 4.2.24 – Variação dos comprimentos e erro padrão de adultos e juvenis de Ceriodaphnia cornuta.
7. Porcentagem de juvenis na população de Ceriodaphnia cornuta
Em relação à porcentagem dos juvenis na população (Tabela 4.2.1),
apenas na terceira repetição houve diferença, apresentando um valor de Qui-
Quadrado (χ2) de 19,94, muito superior ao χ2 crítico de 3,84, indicando
diferença significativa entre a quantidade de juvenis e adultos na população
(Figura 4.2.25). Entretanto, não foi possível afirmar que houve diferença
percentual entre adultos e juvenis, uma vez que esta diferença ocorreu apenas
em uma repetição. Deve-se considerar que vários fatores podem ter
influenciado tal mudança, visto que estas repetições foram realizadas em
períodos distintos.
SERPE, F. R. Efeitos da presença de predadores sobre Ceriodaphnia cornuta (Sars 1886) em condições de laboratório
- 55 -
Tabela 4.2.1 – Porcentagens entre juvenis e adultos no último dia de análise. . C = Controle; T = Tratamento.
SERPE, F. R. Efeitos da presença de predadores sobre Ceriodaphnia cornuta (Sars 1886) em condições de laboratório
- 74 -
Figura 4.3.23 – Diferença entre as porcentagens de juvenis e adultos, utilizando teste de Qui-Quadrado (χ2). H0 = Hipótese nula (Não houve diferença entre a quantidade de
juvenis e adultos).
PRIMEIRA REPETIÇÃO SEGUNDA REPETIÇÃO
TERCEIRA REPETIÇÃO
χ2 = 0,53
H0
3,84
χ2 = 0,47
3,84
H0
H0
3,84
χ2 = 0,30
SERPE, F. R. Efeitos da presença de predadores sobre Ceriodaphnia cornuta (Sars 1886) em condições de laboratório
- 75 -
Tabela 4.3.2 – Resultados significativos do experimento de peixes alimentados com zooplâncton.
Quantidade de indivíduos df Effect MS Effect df Error MS Error F p-level