EDUCAÇÃO INFANTIL A volta ao mundo em 200 dias levos com os Livros Integrados da Educação Infanl Sinopse: O objevo desse programa é trabalhar com as sequências didácas presentes nas unidades de trabalho do Livro Integrado, evidenciando que, na Educação Infanl, as experiências devem possibilitar às crianças o contato com conhecimentos sobre o mundo, sobre ela mesma e sobre os outros, na perspecva da formação social e pessoal. Fabiana Patrzyk [email protected]Michelle Taborda [email protected]Silvia Pandini [email protected]17 0800 725 3536
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EDUCAÇÃO INFANTIL
A volta ao mundo em 200 dias le�vos com os Livros Integrados da Educação Infan�l
Sinopse: O obje�vo desse programa é trabalhar com as sequências didá�cas presentes nas unidades de trabalho do Livro Integrado, evidenciando que, na Educação Infan�l, as experiências devem possibilitar às crianças o contato com conhecimentos sobre o mundo, sobre ela mesma e sobre os outros, na perspec�va da formação social e pessoal.
Fabiana Patrzykfabianap@posi�vo.com.br
Michelle Tabordamtaborda@posi�vo.com.br
Silvia Pandinispandini@posi�vo.com.br
170800 725 3536
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EXPEDIENTE
Esse texto compõe o Material do Programa de Cursos Positivo 2016. Esse Programa destina
se às Escolas Conveniadas ao Sistema Positivo de Ensino (SPE). O texto apresenta
aprofundamento didático da Proposta Pedagógica dos Livros Didáticos Integrados Positivo e
do Portal Positivo. A seguir, conheça a equipe de assessoria do Primeiro Ano do Ensino
Fundamental:
Coordenação da área de Educação Infantil e Primeiro Ano Simone Stival
A volta ao mundo em 200 dias letivos com os Livros Integrados da Educação Infantil
O calendário escolar é composto por 200 dias letivos. À medida que os dias passam,
passam por eles alunos e professores com ideias, fazeres, saberes e vivências. Nesse encontro,
é feito um convite aos professores para que olhem as experiências possíveis de serem vividas
nesse ano letivo com base na Coleção de Livros da Educação Infantil e do Portal do Sistema
Positivo de Ensino e reconheçam a si e a seus alunos como protagonistas na descoberta de
um, dois, duzentos mundos. Cada mundo descoberto, diga-se, por essa interlocução entre
professores e alunos, é mediado pelos objetos da cultura. Por isso, aprender é aprender com
cultura, tornando professor e aluno aptos a dialogar com os conhecimentos historicamente
produzidos e agir sobre os dados da cultura, reinventando-a.
Essa é uma premissa e um compromisso do Sistema Positivo de Ensino e, portanto, de
seus produtos: livros, obras literárias, portal educacional. Assim, com olhos voltados para o
futuro, aposta-se também em propostas que fomentem pensamentos em prol de boas
práticas em sala de aula, desenvolvidas a partir das proposições da Coleção de Livros da
Educação Infantil dos Grupos 1 ao 5 da Editora Positivo, com vistas em um aluno autônomo,
capaz de reconhecer sua autoria em diferentes produções.
O trânsito por diferentes temas e linguagens é o que move uma aprendizagem rumo à
formação de um ser integral. Aprender com cultura é, portanto, tornar-se capaz de se
expressar por meio de diferentes linguagens.
Por isso, no artigo 3º das DCNEI/2013, entende-se que
O currículo da Educação infantil é concebido como um conjunto de práticas que buscam articular as experiências e os saberes das crianças com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico, ambiental, científico e tecnológico, de modo a promover o desenvolvimento integral de crianças de 0 a 5 anos. (DCNEI, 2013)
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil também apontam para a
atuação da escola em função de campos de experiências. A função da escola de educação
infantil, portanto, é ampliar o conhecimento de mundo dos alunos e promover a
aprendizagem de diferentes linguagens, pois é com elas que a criança poderá operar com o
universo a sua volta e manifestar sua opinião sobre o mundo e sobre as coisas.
Os Livros Integrados de Educação Infantil do Sistema Positivo de Ensino, em
consonância com esses pressupostos emanados das DCNEI, configuraram-se como um
importante instrumento de aprendizagem e pesquisa para alunos e professores.
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Os Livros do Professor, da Coleção dos Grupos 3 ao 5, e o Livro de Referência para
Atuação Docente, da Coleção dos Grupos 1 e 2, contemplam muitas páginas de Orientações
Metodológicas, sugestões de atividades e de importantes reflexões teóricas que auxiliam o
professor na execução de um bom planejamento a ser desenvolvido com suas crianças do
berçário ao Grupo 5, ajudando-o a compreender que para promover aprendizagens
significativas é preciso promover a reflexão por meio de estímulos variados.
É importante considerar, nesse contexto, algumas condições necessárias para que haja o desenvolvimento, como a qualidade de atividades que devem ser estimuladoras, significativas, interativas e produtivas, para que a criança, por meio delas, relacione-se com o mundo e o compreenda. Além das atividades e das ações, os diálogos devem provocar o pensamento, proporcionando à criança: reflexão, estímulo e desafio. (Livro do Professor, Volume I da Coleção G3 ao G5, documento introdutório, p.6)
Os Livros Integrados para a Educação Infantil, do Sistema Positivo de Ensino,
asseveram
a construção de uma proposta pedagógica que tenha como base a mediação entre a relação da realidade sociocultural das crianças e a realidade social mais ampla, trazendo novos conceitos, valores e o conhecimento de mundo. Segundo a concepção adotada, é preciso respeitar as necessidades e os conflitos do meio próximo à criança, refletindo sobre os problemas do cotidiano, usando práticas educativas que incentivem a pesquisa, a troca, a comunicação e a representação das expressões pessoais. (Livro do Professor, Volume I da Coleção G3 ao G5, documento introdutório, p.5-6)
Em diálogo com as DCNEB, que afirmam caber “primordialmente à instituição escolar
a socialização do conhecimento e a recriação da cultura” (DCNEB, 2013, p.112), os Livros
Integrados “tem como finalidade oferecer novas oportunidades de aprendizagem por meio
de atividades, ações educativas amplas e integradas que visem desenvolver as capacidades
das crianças, no que diz respeito aos aspectos cognitivos, afetivos, motores, sociais e
linguísticos”. (Livro do Professor, Volume I da Coleção G3 ao G5, documento introdutório, p.
6-7)
O protagonismo infantil, mencionado nas DCNEI e explicitado como central no
processo de aprendizagem e vida da pequena infância pode ser percebido nas unidades de
trabalho, cujos pressupostos são:
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Reconhecer que o conhecimento das crianças evolui gradativamente no
sentido de uma compreensão cada vez mais ampla da realidade.
Privilegiar o que a criança, por si só, puder descobrir.
Respeitar as respostas construídas pelas crianças, encaminhando
questionamentos para que, gradualmente, elas possam tomar consciência das
contradições.
Garantir o interesse pelas atividades oferecidas em sala e fora dela.
(Livro do Professor, Volume I da Coleção G3 ao G5, documento introdutório, p.
9-10)
Conforme se lê no documento introdutório do Livro do Professor do G3 ao G5 e na
unidade 10 do Livro de Referência para Atuação Docente dos Grupos 1 e 2, o trabalho
pedagógico na Educação Infantil articula-se aos Eixos que condensam os conteúdos a serem
priorizados. A articulação entre esses eixos Identidade e Autonomia, Movimento, Música,
Artes Visuais, Natureza e Sociedade, Matemática e Linguagem Oral e Escrita reforça o
pressuposto do Livro Integrado de que:
(...) a apropriação de conhecimentos pela criança é possível desde o início de seu desenvolvimento, acontecendo nas e pelas interações sociais nas quais ela se insere. O MDP reconhece a capacidade de elaboração, acerca de si e do conhecimento de mundo, por parte das crianças e dispõe de propostas e conhecimentos que visam contribuir para sua inserção social e educacional mais ampla. (Livro do Professor, Volume I da Coleção G3 ao G5, documento introdutório, p.5)
Tal articulação também fomenta importantes intervenções pedagógicas, convidando
os professores a servirem-se das produções culturais como forma de aproximar os alunos do
repertório de conhecimentos, mas também como forma de convidá-los a refletir, opinar,
argumentar, manifestar preferências, por meio de temas instigantes e oriundos do cotidiano.
Assim, valorizamos a inteligência das crianças e validamos a ideia do trabalho em linguagens
e saberes distintos. Afinal,
para a criança pequena, quanto menos compartimentado o conhecimento, tanto melhor, pois essa divisão pormenorizada não faz sentido para ela. O aprendizado na Educação Infantil não pode se limitar ao conhecimento científico, devendo incluir assuntos relativos ao conhecimento pessoal, social e cultural. (Livro do Professor, Volume I da Coleção G3 ao G5, documento introdutório, p.5-6)
O Livro Integrado considera a necessidade das crianças de ampliarem seu repertório
cultural e de leitura do mundo e viverem experiências junto aos colegas. Nessa perspectiva, o
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documento introdutório constante no Volume I do Livro do professor dialoga com o que
preconizam as Diretrizes Curriculares Nacionais, acerca da diversidade de experiências a
serem asseguradas:
As propostas curriculares da Educação Infantil devem garantir que as crianças tenham experiências variadas com as diversas linguagens, reconhecendo que o mundo no qual estão inseridas, por força da própria cultura, é amplamente marcado por imagens, sons, falas e escritas. Nesse processo, é preciso valorizar o lúdico, as brincadeiras e as culturas infantis. (DCNEI, 2013, p.95)
Acolhendo essa recomendação das DCNEI, o Livro de Artes, que compõe o Sistema
Positivo de Ensino, também orienta a ação do professor em benefício da multiplicidade de
práticas. Esse material foi desenvolvido para ser usado em paralelo ao Livro Integrado,
ampliando seus temas e proposições e instigando os alunos, pois entende que
Cabe ao professor diversificar as propostas artísticas no sentido de oportunizar às crianças o contato com diferentes formas de representação artísticas e da cultura visual. Assim como estimulá-las a buscarem formas próprias de representação. (Livro do Professor, Documento introdutório do Livro de Artes, vol I, p.16)
O Livro de Artes, que acompanha o Livro Integrado do Sistema Positivo de Ensino,
contribui para a ampliação cultural dos alunos e promove o alcance dos princípios estéticos,
conforme determinam as DCNEI, 2013. O Livro do Professor, em seu documento introdutório,
esclarece:
Considerando o processo de desenvolvimento e de construção de conhecimentos específicos das crianças de três, quatro e cinco anos e a concepção de ensino de Arte que busca, por meio da experiência estética, a educação dos sentidos e ampliação cultural, o MDP foi organizado seguindo dois eixos que se complementam: fazer artístico e apreciação. Tais eixos devem ser compreendidos como complementares e simultâneos. O exercício de práticas artísticas, seja pela exploração de determinados materiais plásticos, instrumentos musicais, atividades corporais e outras possibilidades seja pela criação com base em obras de arte, deve ser nutrido pela reflexão. Assim como a apreciação de obras e produções das próprias crianças, deve possibilitar a compreensão do processo de feitura. (Livro do Professor, Documento introdutório do Livro de Artes, vol I da Coleção do G3 ao G5, p.16)
Em diálogo com as temáticas propostas nas unidades de trabalho do Livro Integrado,
o Livro de Artes e o Portal Positivo contribuem para a ampliação do repertório imagético e
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aproximam os alunos das diferentes linguagens da arte, ou seja, o teatro, a dança, as artes
visuais e a música.
Na Educação Infantil, a criança precisa encontrar condições e possibilidades para se
apropriar da herança cultural de sua sociedade. A cultura está no seu entorno, muita coisa a
criança aprende por meio da interação com seus diferentes ambientes de vivência, outras
precisa que a ela sejam oferecidas oportunidades. Nesse sentido, é função e responsabilidade
da Educação Infantil a ampliação do repertório cultural e do conhecimento de mundo da
criança.
As ações do professor, no uso dos Livros de Vivência dos Grupos 1 e 2, dos Livros
Integrados dos Grupos 3 ao 5 e do Portal Positivo, devem estar voltadas à diversidade de
sujeitos e de formas de aprender, de modo a garantir o direito à aprendizagem com cultura e
não a mera repetição de comandos, de atividades estereotipadas e que restringem a
criatividade e a iniciativa do aluno. A diversidade de recursos trazidos pelo Sistema Positivo
de Ensino oportuniza ao professor qualificar suas ações e melhor exercer seu papel de
mediador do processo de aprendizagem para as crianças.
Mediar a aprendizagem é significá-la; tarefa de responsabilidade da comunidade
educativa, a saber: escola, família, Sistema Positivo de Ensino. Essas instituições, em aliança e
guiadas pela comunhão das intenções, culturas e investimentos emocional, financeiro e social,
diante dos conhecimentos a serem construídos, planejam e elaboram as estratégias de
diálogo entre os habitantes desta comunidade, selecionam e organizam o mundo de estímulos
presentes no ambiente, ou seja, têm em suas práxis o hábito de refletir cuidadosa e
criteriosamente no que e em como deve intervir para que a aprendizagem aconteça de modo
significativo.
É o educador que instrui as aprendizagens e alimenta o repertório cultural dos alunos.
Para tanto, qual é a postura esperada de um professor que deseja ensinar com cultura e
aproximar os alunos do imenso patrimônio cultural? Espera-se dele:
Compreender que todas as crianças trazem em si a sabedoria de seus antepassados, da sua comunidade e da sua família; escutar com o coração; ter abertura para a participação das crianças; ter olhos atentos ao mundo e às crianças (em especial quando brincam); ser humilde para valorizar diferentes saberes e culturas (não há saberes mais e menos importantes), jamais colocando seu saber acima do saber das crianças; ser criativo para fazer de cada dia um novo dia, do mesmo espaço um novo espaço. (SILVA, 2014, p.122-3)
Há um forte paralelismo entre as ações de aprender e a produção de metáforas sobre
as coisas do mundo. Para pensar sobre os conhecimentos, as diferentes linguagens e seus
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produtos culturais (dança, música, poesia, teatro, cinema) são fundamentais na construção de
saberes. Para o sociólogo William Corsaro, a cultura infantil manifesta-se nas brincadeiras,
esse primoroso
conjunto estável de atividades ou rotinas, artefatos, valores ou preocupações que crianças produzem e compartilham em interação com pares”. As culturas infantis são formas que as crianças constroem de se expressar em diferentes linguagens, muito próprias, sendo uma delas o brincar. Essas formas muito peculiares no mundo infantil são constantemente impactadas e influenciadas pelas culturas adultas, moldadas de acordo com os padrões sociais impostos pelos valores de uma sociedade, por exemplo, a cultura do consumo. Logo, uma das evidências desse impacto é o encurtamento do tempo da infância, pois as crianças, também por influência dos meios midiáticos, estão cada vez mais “adultizadas”, reproduzindo modos de ser dos adultos. (CORSARO, 2008).
Considerando esses elementos é que a Coleção de Educação Infantil do Sistema
Positivo de Ensino, incluem a ludicidade em suas páginas e proposições de atividades,
promovendo a articulação com eixos de conhecimentos.
Dessa maneira, a organização do trabalho pedagógico mobiliza a investigação de
práticas de nosso folclore, de modos de vida brasileiros e de outros países e constituem-se em
um convite ao conhecimento da diversidade cultural humana.
O trabalho com as heranças culturais de cada região permite à criança aprender a
resguardar a memória da comunidade, sentir-se parte integrante dela e, especialmente,
produzir e retroalimentar essa cultura. Apropriar-se da cultura historicamente produzida e
sentir-se capaz de contribuir com a comunidade é, portanto, um de nossos objetivos. E mais
do que isso, as experiências culturais são também nossas aliadas nos momentos de ensino-
aprendizagem, pois nos apontam caminhos para que os fazeres e a experiência transcendam
os muros escolares e aproximem os alunos de novos universos e saberes.
Ademais, cada área do conhecimento traduz um campo científico e cultural com laços
no social. Por isso, no contato com diferentes áreas do conhecimento os alunos também se
aproximam de modos próprios de pensar e organizar conhecimentos historicamente
construídos. E quando falamos em aprender com cultura, estamos também nos referindo a
esse repertório que os alunos têm direito de acessar para elaborar seu próprio processo de
pensar e produzir conhecimento.
Bem-vindo a mais esse encontro com a cultura!
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Básica: Diretrizes
Curriculares Nacionais para Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, DCNEI, 2013.
CORSARO, W. Sociologia da Infância. Porto Alegre: Grupo A, 2008.
MÜLLER, F. e CARVALHO, A.M. (Org.). Teoria e prática na pesquisa com crianças – diálogos
com William Corsaro. São Paulo: Cortez, 2009.
OLIVEIRA, Z.M.R. et al. Creches: crianças, faz de conta & cia. Petropólis: Vozes, 2011.
SILVA, A. C. O brincar entre as gerações: o direito à convivência familiar e comunitária. In:
POMILHO, S. & SILVA, V. Brincadiquê? pelo direito de brincar: coletânea de textos para a
formação. Curitiba: Editora Champagnat, 2014. Rede Marista de Solidariedade.