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0
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – UFRN
CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO SERIDÓ - CERES
CURSO DE TURISMO BACHARELADO
Edna Neylma da Silva Araújo
ATUAÇÃO DO SEBRAE NO TURISMO: UM ESTUDO SOBRE
PROJETOS TURÍSTICOS NO POLO SERIDÓ
CURRAIS NOVOS-RN
2016
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1
Edna Neylma da Silva Araújo
ATUAÇÃO DO SEBRAE NO TURISMO: UM ESTUDO SOBRE PROJETOS
TURÍSTICOS NO POLO SERIDÒ
Trabalho de Conclusão de Curso,
apresentado à Universidade Federal do Rio
Grande do Norte – UFRN, campus Currais
Novos, para obtenção do grau de bacharel
em turismo.
Orientador: Prof. Rodrigo Cardoso da Silva
CURRAIS NOVOS-RN
2016
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2
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Sistema de Bibliotecas - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial
do Centro de Ensino Superior
do Seridó - CERES Currais Novos
Araújo, Edna Neylma da Silva.
Atuação do SEBRAE no turismo: um estudo sobre os projetos
turísticos no Polo Seridó / Edna Neylma da Silva Araújo. -
Currais Novos, 2016.
61f.: il. color.
Orientador: Prof. Me. Rodrigo Cardoso da Silva.
Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de
Ensino
Superior do Seridó. Departamento de Ciências Sociais e
Humanas.
Curso de Turismo.
1. Turismo - Monografia. 2. Projetos turísticos - Polo
Seridó
- Monografia. 3. SEBRAE - Projetos turísticos - Monografia.
I.
Silva, Rodrigo Cardoso da. II. Título.
RN/UF/BSCN CDU 338.48
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3
ATUAÇÃO DO SEBRAE NO TURISMO: UM ESTUDO SOBRE PROJETOS
TURÍSTICOS NO POLO SERIDÓ
O trabalho apresentado foi julgado e aprovado para a obtenção do
grau de bacharel em
turismo, no curso de graduação em turismo bacharelado da
Universidade Federal do Rio
Grande do Norte-UFRN.
Currais Novos-RN, 23, Novembro, 2016.
______________________________
Prof. Carolina Todesco Coordenador do Curso de Turismo
BANCA EXAMINADORA
___________________________________________________
Prof. Rodrigo Cardo da Silva
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Orientador
___________________________________________________
Prof. Marcelo da Silva Taveira Universidade Federal do Rio
Grande do Norte - UFRN
Examinador
___________________________________________________
Prof. Carolina Todesco
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Examinador
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4
TERMO DE ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE
Declaro, para todos os fins de Direito e que se fizerem
necessários, que assumo total
responsabilidade pelo material aqui apresentado, isentando a
Universidade Federal do Rio
Grande do Norte - UFRN, à Coordenação do Curso, a Banca
Examinadora e o Orientador
de toda e qualquer responsabilidade acerca do aporte ideológico
empregado ao mesmo.
Conforme estabelece o Código Penal Brasileiro, concernente aos
crimes contra a
propriedade intelectual o artigo n.º 184 – afirma que: Violar
direito autoral: Pena – detenção,
de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. E os seus parágrafos
1º e 2º, consignam,
respectivamente:
§1º Se a violação consistir em reprodução, por qualquer meio, no
todo ou em parte, sem
autorização expressa do autor ou de quem o represente, (...):
Pena – reclusão, de 1 (um) a
4 (quatro) anos, e multa, (...).
§ 2º Na mesma pena do parágrafo anterior incorre quem vende,
expõe à venda, aluga,
introduz no País, adquire, oculta, empresta, troca ou tem em
depósito, com intuito de lucro,
original ou cópia de obra intelectual, (...), produzidos ou
reproduzidos com violação de direito
autoral.
Diante do que apresenta o artigo n.º 184 do Código Penal
Brasileiro, estou ciente que
poderei responder civil, criminalmente e/ou administrativamente,
caso seja comprovado
plágio integral ou parcial do trabalho,
Currais Novos-RN, ___ de ____________ de ____.
________________________________
Edna Neylma da Silva Araújo
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5
A minha família: Edilma (mãe), Neilton (pai),
Helder (irmão) e Michell (namorado).
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6
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a Deus, pelas oportunidades colocadas no
meu
caminho, por me dar ânimo quando pensei que tudo ia dar errado,
por colocar paz e
tranquilidade no meu coração fazendo com que eu toma-se as
melhores decisões
nesses quatro anos de curso.
Aos meus países, Francisca Edilma e Neilton Alves e meu irmão
Helder, que
sempre me deram muito amor e apoio pra enfrentar as dificuldades
que aparecem
durante nossa vida, e que me ensinaram a nunca desistir perante
as dificuldades.
Ao meu namorado Jackson Michell, por nunca me deixar desistir e
sempre me
dar apoio e compreensão suportando todo meu estresse e
ansiedade,
continuamente oferecendo palavras de incentivo, amor e
carinho.
Á minha família, pelo apoio, amizade e compreensão das minhas
ausências
do convívio.
Á todos meus amigos, em especial á Aline Marinho, Isabela
Morais, Manuela
Marília, Lucrécia Fernandes, Lidiane Santos, Marinelma Feitoza,
Ludimila Lopes e
principalmente Wilma de Souza que esteve comigo até o fim do
curso e me ajudou
durante momentos de dificuldade.
Á Universidade Federal do Rio Grande do Norte, por meio de todos
os
professores que contribuíram para minha formação acadêmica,
ampliando meus
conhecimentos e auxiliando nos momentos necessários.
Ao meu orientador, Rodrigo Cardoso, pela competência,
profissionalismo,
paciência, dedicação e por compartilhar seus conhecimentos.
Ao SEBRAE que contribuiu com toda material necessário para
realização
desse trabalho.
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7
A persistência é o caminho do êxito.
(Charles Chaplin)
http://pensador.uol.com.br/autor/charles_chaplin/
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8
RESUMO
O turismo é uma atividade que movimenta a economia,
impulsionando o desenvolvimento local e permitindo a geração de
emprego e renda. Diante disso, o presente trabalho tem como foco
discorrer sobre o desenvolvimento do turismo e o SEBRAE: um estudo
sobre a implementação de projetos turísticos no Polo Seridó. O qual
tem como objetivo central: Avaliar como os projetos do SEBRAE
contribuem para desenvolvimento do turismo no Polo Seridó, tendo
como objetivos específicos: levantar os projetos de desenvolvimento
do turismo no Seridó feitos pelo SEBRAE; avaliar como está sendo
implementado os projetos; sugerir melhoria de desenvolvimento do
turismo no Seridó com base nos projetos do SEBRAE. Quanto à
metodologia usada nesse estudo, a pesquisa é de natureza básica com
abordagens qualitativa, exploratório e documental. Utilizando
procedimentos técnicos foi usada a técnica bibliográfica e
documental. A analise dos dados foi pautada nos registros e
documentos, os resultados permitem conhecer a realidade dos
projetos turísticos realizados no Polo Seridó pelo SEBRAE.
Palavras-Chave: Turismo; SEBRAE; Polo Seridó; Projetos
Turísticos.
.
-
9
ABSTRACT
Tourism is an activity that drives the economy, boosting local
development and allowing the generation of jobs and income. In view
of this, the present work focuses on the development of tourism and
SEBRAE: a study on the implementation of tourism projects in Polo
Seridó. Its main objective is to evaluate how the SEBRAE projects
contribute to the development of tourism in Polo Seridó, with the
following specific objectives: to raise SEBRAE's tourism
development projects in Seridó; Evaluate how the projects are being
implemented; Suggest improvement of tourism development in Seridó
based on SEBRAE projects. As for the methodology used in this
study, the research is of a basic nature with qualitative,
exploratory and documentary approaches. Using technical procedures,
the bibliographical and documentary technique was used. The
analysis of the data was based on the records and documents, the
results allow to know the reality of the tourism projects carried
out at Polo Seridó by SEBRAE.
Keywords: Tourism; SEBRAE; Polo Seridó; Tourism Projects.
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10
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Quadro 1: Instituições que fazem parte do Sistema S 19
Quadro 2: Desafios encontrados pelas MPE´s que trabalham com
turismo 23
Quadro 3: Modelo de gestão do PRT. 30
Quadro 4: Módulos operacionais do PRT. 31
Quadro 5: Polo Seridó: Indicadores Populacionais. 34
Quadro 6: Numero de Atrativos turísticos por segmentos do Polo
Seridó 37
Quadro 7: Cursos de capacitação realizados pelo o SEBRAE e
SENAC. 40
Quadro 8: 23 roteiros que compõe o projeto Talentos do Brasil
Rural 47
Quadro 9: Empreendimentos de agricultura familiar. 48
Quadro 10: Ações a serem executadas pelo Cama, Café e Rede.
51
Figura 1: Macro programas do Plano Nacional de Turismo
(2007-2010). 29
Figura 2: Municípios do Roteiro Seridó. 43
Mapa 1: Regiões turísticas do RN (2005-2015). 33
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11
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
ABDE: Associação Brasileira de Instituição Financeira de
Desenvolvimento
BID: Banco Interamericano do Desenvolvimento
BNDE: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
BNB: Banco do Nordeste do Brasil
BNDES: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
CEBRAE: Centro Brasileiro de Apoio ás Pequenas e Médias
Empresas
CDN: Conselho Deliberativo Nacional
CNA: Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil
CNI: Confederação Nacional da Indústria
CNC: Confederação Nacional do Comércio
EMBRATUR: Instituto Brasileiro de Turismo
FINEP: Financiadora de Estudos e Projetos
FIPEME: Programa de Financiamento á Pequena e Média Empresa
GEAMPE: Grupo Executivo de Assistência á Média e Pequena
Empresa
IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
MIC: Ministério da Indústria e Comércio
MPE: Micro e Pequenas Empresas
MTUR: Ministério do Turismo
PRONAGRO: Programa Nacional de Apoio á Empresa Rural
PDITS: Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável
– Polo Seridó
PRODETUR: O Programa de Desenvolvimento do Turismo
PRODETUR-RN: O Programa de Desenvolvimento do Turismo – Rio
Grande do
Norte
PROPEC: Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Pecuária
PNMT: Programa Nacional de Municipalização do Turismo
-
12
PNT: Plano Nacional de Turismo
PRT: Programa de Regionalização do Turismo
RMN: Região Metropolitana de Natal
RN: Rio Grande do Norte
SEBRAE: Serviço Brasileiro de Apoio ás Micro e Pequenas
Empresas
SENAC: Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial
SENAR: Serviço Nacional de Aprendizagem Rural
SENAI: Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
SESC: Serviço Social do Comércio
SESI: Serviço Social da Indústria
SESCOOP: Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo
SEST: Serviço Social do Transporte
SETUR/RN: Secretaria do Estado doTurismo do Rio Grande do
Norte
SUDENE: Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste
UFRN: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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13
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
............................................................................................................................
13
2 A HISTÓRIA DO SEBRAE
........................................................................................................
18
2.1 O PAPEL DO SEBRAE NO TURISMO
...........................................................................
21
3 POLITICAS PÚBLICAS DE TURISMO
...................................................................................
26
4 POLOS TURÍSTICOS DO RN E O POLO SERIDÓ
.............................................................
32
5 OS PROJETOS DO SEBRAE NO POLO SERIDÓ
..............................................................
39
5.1 ROTEIRO SERIDÓ
.............................................................................................................
42
5.2 TALENTOS DO BRASIL RURAL
.........................................................................................
46
5.3 CAMA, CAFÉ E REDE
............................................................................................................
50
CONSIDERAÇÕES FINAIS
..............................................................................................................
55
REFERÊNCIAS
..................................................................................................................................
57
APÊNDICE
..........................................................................................................................................
60
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13
1 INTRODUÇÃO
O turismo cada vez mais, vem assumindo um papel importante
na
economia, por ser uma atividade que se desenvolve em todo o
mundo. Um dos
fatores que ajudaram na evolução do setor foi à globalização que
foi um processo de
expansão capitalista, isso possibilitou aos países uma maior
interação não só
econômica, mas também social, cultural e política. O turismo se
beneficiou com esse
processo que aconteceu em todo o mundo e afetou diretamente as
atividades
voltadas ao setor, por isso, a globalização possibilitou um
enriquecimento maior do
setor como ainda aumentou a competitividade da área, esse efeito
foi observado
com maior ênfase no exterior. No Brasil o setor turístico teve
que aprimorar
estratégias e começar a utilizar técnicas mais elaboradas e
avançadas.
Para Trigo (2005) “quanto mais competitivo, volátil e
globalizado o
mercado, maior a necessidade de planejar estrategicamente os
negócios e praticar o
marketing de forma ética, equilibrada e com base no princípio de
inovação.”
O turismo está sempre inovando, com isso os empreendedores
desse
setor devem sempre estar atualizados, para que se possam
planejar e gerenciar
meios estratégicos no desenvolvimento de qualquer atividade
turística.
O setor turístico desenvolve-se e acompanha a transformação do
mundo,
ele se tornou uma atividade muito respeitada na sociedade, pois
com o mundo
globalizado as pessoas têm suas vidas corridas e procuram uma
forma de
entretenimento como válvula de escape para viverem experiências
diferentes do seu
cotidiano, fazendo com que se sintam motivadas, realizadas,
relaxadas e satisfeitas.
O desenvolvimento de uma atividade turística em uma localidade
se torna
uma ação muito complexa, pois, para que ela possa ser realizada
é necessário que
seja feito um planejamento adequado, para que os serviços
prestados por esse setor
obtenham melhores resultados para os turistas e também para
sociedade.
O Serviço Brasileiro de Apoio ás Micro e Pequenas Empresas
(SEBRAE)
é um serviço social autônomo, sem fins lucrativos, instituído
por escritura publica,
sob a forma de entidade associativa de direito privado. Suas
ações são em conjunto
com iniciativas públicas e privadas, possibilitando uma
ampliação no aumento das
oportunidades econômicas das micro e pequenas empresas.
-
14
Seus projetos têm como norte a consolidação de um modelo de
desenvolvimento nacional baseado na facilitação do acesso a
insumos produtivos, entre os quais conhecimento, crédito,
tecnologia
e capacitação, em favor de micro e pequenos negócios e
empreendimentos emergentes. (SEBRAE, 2014).
Portanto, o SEBRAE está sempre buscando forma de trazer
desenvolvimento para as localidades e promover o aumento de
oportunidades, com
isso, trabalhar com as micros e pequenas empresas, tanto na sua
ampliação,
desenvolvimento econômico e capacitação profissional.
O Seridó norte-rio-grandense, segundo o Plano de
Desenvolvimento
Sustentável do Seridó PDSS (2000), é composto pelos municípios:
Acari, Caíco,
Currais Novos, Jardim de Piranhas, Jardim do Seridó, Parelhas,
São João do
Sabugi, Serra Negra, Cruzeta, Carnaúbas dos Dantas, Ouro Branco,
São Vicente,
Florânia, Ipueira, Jucurutu, Lagoa Nova, Santana do Seridó, São
Fernando, São
José do Seridó e Timbaúba dos Batistas. Como a região tem um
potencial turístico
que aos poucos vem sendo explorado, é uma terra repleta de
patrimônios naturais,
culturais, gastronômicos e com peculiaridades.
Possui um clima semiárido e tem como bioma a caatinga,
encontrada
apenas no Nordeste brasileiro, condições naturais bastante
homogêneas, uma
região que apresenta uma média de pluviométrica de 500 mm/ano,
com clima
quente e seco. Visionando essas potencialidades o SEBRAE
promoveu projeto para
valorizar os elementos intrínsecos da região.
O SEBRAE um instituto que trabalha com as MPE’s, vendo que o
turismo
é um setor com potencial de desenvolvimento no Seridó, busca
idealizar e apoiar
projetos e ações que visam melhorar o aumento da atividade
turística. E através
disso, os pequenos negócios posam atuar de maneira produtiva
gerando um
desenvolvimento social, cultural, econômico na região.
Essa entidade tem projetos que estão ligadas a expansão
turística e
tendem a melhorar a economia local, tais como os que serão
apresentados neste
trabalho como: Roteiro Seridó são roteiros que buscam promover
uma
regionalização e uma relação do homem com a natureza fazendo com
que gere uma
maior sustentabilidade ambiental, econômica, cultural social e
política; Talentos do
Brasil Rural aborda atividades turísticas desenvolvidas no meio
rural, com intuito de
-
15
promover a agricultura familiar e colocar os serviços dos
agricultores do setor
turístico e Cama, Café e Rede é um modelo de hospedagem que
buscar receber os
turistas em casa residencial, assim torna possível o maior
contato da população com
o turismo, bem como minimizar o déficit de meios de
hospedagem.
Com base nessas informações, tem-se como questionamentos do
estudo:
Qual a relevância do SEBRAE nos últimos 10 anos no
desenvolvimento do turismo
na região do Seridó? Quais os principais projetos implementados
na região que
beneficiaram o turismo? Quantas empresas ou pessoas foram
capacitadas?
Desta forma, este trabalho tem como objetivo geral: avaliar como
os
projetos do SEBRAE contribuem para desenvolvimento do turismo no
Polo Seridó; e
específicos levantar os projetos feitos pelo SEBRAE que
contribuem para
desenvolvimento do turismo no Polo Seridó; apresentar as
principais ações
derivadas dos projetos, descrevendo de forma clara e objetivas
as contribuições da
instituição; levantar as oficinas, cursos e capacitações feitas
pela instituição no setor
de turismo.
A metodologia usada nesse estudo tem um caráter de pesquisa
bibliográfica, pois, tem como finalidade gerar conhecimentos
para o aproveitamento
de materiais e apontar soluções de problemas característicos. A
pesquisa é de
natureza básica, com abordagem tanto qualitativa buscando
considera que há uma
semelhança dinâmica entre o mundo real e o sujeito, com isso
sendo descritivo com
alvo, considerar as informações indutivamente.
Gil (1996) defende que a pesquisa qualitativa possui um
vínculo
indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do
sujeito, que não pode ser
traduzido em números. A interpretação dos fenômenos e a
atribuição de significados
são fatores básicos no processo de pesquisa qualitativa, que não
requer o uso de
métodos e técnicas estatísticas.
Quanto de natureza exploratório que, Cervo (2007), afirma que
os
estudos exploratórios têm por objetivo familiarizar-se com o
fenômeno ou obter uma
nova percepção dele e descobrir novas ideias. Realiza descrições
precisas da
situação e quer descobrir relações existentes entre seus
elementos componentes.
Requer planejamento flexível para possibilitar a consideração
dos mais diversos
aspectos e de um problema ou de uma situação. Recomendada quando
há pouco
conhecimento sobre o trabalho estudado.
-
16
Também foi usada a técnica bibliográfica que é eficaz para que
a
pesquisa consiga alcançar um conhecimento através informações
procedentes de
matérias que já forram publicadas. E documental que é elaborada
através de
materiais que ainda não receberam tratamento analítico Gil
(2009). Sendo assim, é
importante ressaltar que a escolha do tema se deu através do
potencial turístico do
polo Seridó, buscando analisar os projetos desenvolvidos pelo
SEBRAE a região. O
qual busca identifica esses projetos e como se deu o
desenvolvimento deles quais
benefícios eles apresentaram para região.
Projeta-se como um valor pessoal colocar em prática todos os
conhecimentos adquiridos durante o curso e que este trabalho
possa ser avaliado.
Sob a ótica acadêmico-científica tem uma temática muito
importante devido os
projetos turísticos serem assuntos de suma importância pra o
desenvolvimento do
setor nas regiões, e trará contribuições para estudos na área de
planejamento
turístico, utilizando os projetos do SEBRAE/RN. Proporcionando
para que seus
residentes possam analisar os benefícios para localidade que
vislumbra o turismo
como uma oportunidade de emprego e renda.
A iniciativa deste trabalho se deu pela da carência de estudos
que
abordam os projetos que foram implementados no polo Seridó, por
meio do
SEBRAE, que é uma entidade que promove vários projetos no setor
turístico.
Esse trabalho está dividido em cinco capítulos que abordaram o
tema
exposto. O primeiro capítulo aborda os percursos históricos da
entidade, sua criação
como CEBRAE no ano de 1972 (Centro Brasileiro de Apoio ás
Pequenas e Médias
Empresas) até sua formação atual SEBRAE (Serviço de Apoio ás
Micro e Pequenas
Empresas) que auxilia a micros e pequenas empresas no seu
desenvolvimento
empresarial, fazendo que seus serviços sejam prestado com
excelência, abordando
também a ligação do SEBRAE e o setor turístico.
No segundo capítulo da enfatizamos as políticas públicas do
turismo
como se deu seu desenvolvimento na região do Rio Grande do
Norte, os programas
e projetos que influenciaram no aumento da atividade turística
dessa região, dando
ênfase no Plano Nacional de Municipalização do Turismo (PNMT),
Plano Nacional
de Turismo (PNT) e o Programa de Regionalização do Turismo
(PRT).
No capítulo terceiro discorremos os polos de turísticos do
RN
contextualizando-os e dando um maior enfoque no Polo Seridó. No
quarto capítulo
reflete sobre os projetos implementados pelo SEBRAE no polo
Seridó, como eles
-
17
foram idealizados e que trouceram de benefícios para o
desenvolvimento da
atividade turística e para a sociedade local. No quinto capítulo
são exposto os
resultados da pesquisa com uma análise sobre a atuação dos
projetos do SEBRAE
realizados no Polo Seridó.
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18
2 A HISTÓRIA DO SEBRAE
A procedência do SEBRAE tem início muito antes do nascimento
dessa
instituição que conhecemos hoje, a história dela está ligada
diretamente com a
preocupação de apoiar as empresas de pequeno porte, devido a sua
capacidade de
gerar emprego e renda para a população.
A partir do ano de 1960, iniciam um esforço articulado voltado
para o
segmento de pequenas empresas com a criação do Grupo Executivo
de Assistência
a Média e Pequena Empresa – Geampe, que tinham como objetivo
melhorar a
produtividade e fortalecer a estrutura econômica e financeira
das empresas
indústrias.
Segundo Baião (2003), Em 1964, o então Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico (BNDE), hoje BNDES, cria o Programa
de
Financiamento á Pequena e Média Empresa (FIPEME), que começou a
operar em
1965. O FIPEME oferecia aos empresários de pequenos e médios
empreendimentos, assistência em aspecto financeiro e
administrativo, para melhorar
o desenvolvimento dos seus negócios.
Em 1972, foi identificado problemas na gestão das pequenas e
médias
empresas, com isso, foi criado um sistema de apoio gerenciado á
este tipo de
negócio que tinha como foco auxiliar os empreendimentos, visto
que, uma pesquisa
realizada mostrou que essas empresas estavam com dificuldades
econômicas e
financeiras, que só aumentavam por causa da má
administração.
Com isso, por uma ação do BNDE e Ministério do Planejamento,
foi
criado o CEBRAE (Centro Brasileiro de Apoio ás Pequenas e Médias
Empresas),
fundado no Brasil em 1972, constituía em uma estrutura da
administração pública.
Foi a primeira entidade governamental de apoio ás pequenas e
médias empresas,
com objetivo de orientação ao crédito. O CEBRAE assumiu a forma
de uma
sociedade civil, sem fins lucrativos, operando a fundo perdido e
teve seu conselho
deliberativo formado pela Financiadora de Estudos e Projetos
(FINEP), pela
Associação Brasileira dos Bancos de Desenvolvimento (ABDE) e
pelo próprio
(BNDE).
O Estatuto do CEBRAE estabelecia como finalidades do órgão:
A assistência às pequenas e médias empresas, em aspectos
tecnológicos, econômicos, financeiros e administrativos, em
-
19
treinamento de dirigentes e pessoal técnico-administrativo e na
realização de pesquisas, bem como a implantação de um sistema
brasileiro de assistência à pequena e média empresa. (BAIÃO, 2003,
p. 2).
Portanto, para a entidade era relevante disponibilizar, ás
pequenas e
médias empresas, assistência que protegesse as mesmas, a
progredir com os
avanços tecnológicos, econômicos, financeiros e
administrativos.
Nesse período a instituição passou por uma etapa de
concretização do
sistema, deu início ao processo de criação dos programas
específicos para obter o
desenvolvimento das pequenas e médias empresas.
A partir do ano de 1979 começa uma fase importante, pois, foi
quando
surgiram programas voltados para cada setor, como o Programa
Nacional de Apoio
á Empresa Rural (Pronagro) e o Programa de Apoio ao
Desenvolvimento da
Pecuária (Propec), esses programas favoreciam ao empresariado,
trazendo mais
conhecimento sobre diferentes áreas.
Nos anos de 1982, o CEBRAE passa a operar com a política da
micro,
pequenas e médias empresas, além disso nessa mesma época teve o
surgimento
de programas de desenvolvimento regional.
Em 9 de outubro de 1990, não mais vinculada á administração
pública
transformado em um serviço social autônomo, passando a fazer
parte do chamado
“Sistema S” que prepara as pessoas para entrarem no mercado de
trabalho,
apoiando as empresas com soluções tecnológicas e estimulando
o
empreendedorismo, junto com outras entidades que fazem parte
desse sistema. O
quadro 1 mostra as instituições que fazem parte desse sistema S
e as áreas que
atuam.
Quadro 1. Instituições que fazem parte do Sistema S
INSTITUIÇÃO ATUAÇÃO
Serviço Social do Comércio (SESC) COMÉRCIO
Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC)
COMÉRCIO
Serviço Social da Indústria (SESI) INDÚTRIA
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI)
INDÚTRIA
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR)
AGRICULTURA
Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (SESCOOP)
COOPERATIVISMO
-
20
Serviço Social do Transporte (SEST) TRASPORTE
Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (SENAT)
TRASPORTE
Serviço de Apoio ás Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE)
EMPREENDEDORISMO
Fonte: adaptado de SEBRAE, 2014.
Essas instituições do quadro 01 estão espalhadas por todo o país
e estão
sempre em busca de inovar e melhorar a qualidade dos serviços
prestados, e
também visam à responsabilidade social e ambiental.
Quando passou para a designação SEBRAE (Serviço de Apoio ás
Micro e
Pequenas Empresas) pelo Decreto n° 99.570, que complementa a Lei
n° 8029, de
12 de abril. Com unidades operacionais estaduais que são dotadas
de
personalidade jurídica própria sempre obedecendo à mesma
composição
organizacional de SEBRAE Nacional.
O Decreto n°. 99.370 de 09 de outubro de 1990 determina a forma
de
custeio e a composição do Conselho Deliberativo e Diretorias do
SEBRAE. Os
recursos do SEBRAE advêm de uma alíquota de 0,3% sobre o total
das
remunerações pagas pelas empresas contribuintes como SESI,
SENAI, SESC e
SENAC aos seus funcionários. Ao que se refere á distribuição dos
recursos, fica
estipulado que: 45% se destinam ao custeio de despesas dos
estados e DF, sendo
metade proporcional ao Imposto sobre Operações relativas à
Circulação de
Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual
e Intermunicipal e
de Comunicação (ICMS) e o restante proporcional ao numero de
habitantes; 45¨%
se destinam ás políticas e diretrizes do Conselho Deliberativo;
5% ás despesas de
custeio do SEBRAE Nacional, e 5% ás despesas de custeio dos
SEBRAEs
estaduais. Esses recursos são essenciais para o desenvolvimento
das atividades e
ações promovidas pela entidade. Pela Medida Provisória n° 241 de
09 de outubro de
1990 ficou instituído um recurso exclusivamente para a
manutenção do SEBRAE.
(MELO, 2008, p.33)
No estatuto dessa entidade fica explicito a definição dos
objetivos:
Art. 5° - O SEBRAE tem por objetivo fomentar o desenvolvimento
sustentável, a competitividade e o aperfeiçoamento técnico das
microempresas e das empresas de pequeno porte industriais,
comerciais, agrícolas e de serviços, notadamente nos campos da
economia, administração, finanças e legislação; da facilitação do
acesso ao crédito; da capitalização e fortalecimento do mercado
secundaria de títulos de capitalização daquelas empresas; da
-
21
ciência, tecnologia e meio ambiente; da capacitação gerencial e
da assistência social, em consonância com as políticas nacionais de
desenvolvimento (Estatuto ano 2003).
Pelos objetivos da instituição nota-se que preza pelo bom
desenvolvimento empresarial, fazendo com que seus serviços sejam
diferenciados e
prestados com excelência e qualidade. Assim, nota-se que é uma
instituição que
busca o desenvolvimento.
O setor turístico entra nesse objetivo com área de serviços
que
movimenta a economia da região e gerando oportunidades para que
os pequenos e
microempreendedores possam trabalhar no ramo turístico.
Segundo SEBRAE (2010), o turismo também é umas das prioridades
do
Sistema SEBRAE, cogitada pelas quantidades de projetos e
recursos investidos no
setor. Isso não se fez por uma eventualidade, pois, o turismo
está entre os setores
que obteve um grande crescimento em todo o mundo e alcançou um
impacto
econômico em torno de 50% (Fonte: OMT, 2014) na ultima década.
Através desse
crescimento cerca de 90% de micro e pequenas empresas acolheram
os serviços
produtivos do setor.
Portanto, a instituição tem iniciativas que buscam contribuir
na
participação das Micro e Pequenas Empresas (MPEs) no turismo,
visando obter
melhor evolução empresarial e também dar apoio para a sociedade
das localidades
que são contempladas por seus projetos e ações, contribuindo
para a geração de
condições adequadas que valorizam a população, gerando
competitividade entre as
empresas e produtos.
Para concluir, o SEBRAE identifica o turismo como uma
ferramenta
importante para continuar promovendo o desenvolvimento das
localidades, vendo
que a atividade turística provoca uma oferta diferenciada e
proporciona a
dinamização dos produtos e da cultura local.
2.1 O PAPEL DO SEBRAE NO TURISMO
O turismo é uma atividade do terceiro setor e cada vez mais se
desenvolve no
Brasil. Ele vem assumindo um papel relevante na economia
nacional com o
crescimento da atividade turística que da origem a competição do
mercado, fazendo
que os empreendimentos turísticos para se manterem vivos no
mercado tenham que
-
22
ser mais competitivos, buscando aprimorar cada vez mais os
serviços oferecidos
com intuito de satisfazer e encantar os clientes.
A indústria do turismo pode ser importante alternativa, não
apenas para elevar o nível de emprego, mas também a renda média do
trabalho no Brasil. Considerando-se que o custo de geração de um
emprego no turismo é relativamente baixo, especialmente quando
comparado á indústria manufatureira, pode-se inferir que políticas
públicas visam geração de emprego e renda teriam, no turismo, opção
de postos de trabalho a baixo custo e com geração de renda
relativamente elevada. (ARBACHE, 2001, p. 67)
As pessoas utilizam cada dia mais as viagens como uma forma
de
desopila, sair da rotina do dia-a-dia, procurando uma melhor
qualidade de vida. Isso
faz supor que a atividade turística é bem aceita pela população
mundial, isso
contribuir para geração de emprego e renda pra sociedade.
No período da globalização o turismo teve um crescimento de
escala
mundial, devido a esse processo ter impulsionado o mercado
mundial.
Portanto, o turismo é uma atividade que permitir uma relação
social entres
os povos de diferentes culturas, isso o torna uma atividade
rica, possibilitando as
pessoas a terem experiências sociais, culturais e econômicas das
mais diversas
formas.
Uma vez que o turismo é um setor que sempre está atrelado a
várias
mudanças que podem acontecer no mundo, se faz necessário que
esse mercado
esteja sempre atento aos avanços tecnológicos e inovações, com
objetivo de
fortalecer o vinculo com o turista que está á procura de
novidades.
A Organização Mundial do Turismo (OMT), vendo que o turismo é
um
forte gerador de renda em 2004, começou a utilizar o slogan
“turismo é riqueza”.
Essa campanha prioriza destacar os benefícios do turismo.
Discorrendo que:
O turismo internacional é o primeiro setor de exportação do
mundo e um fator importante na balança de pagamentos de muitos
países. É uma atividade que constitui-se num importante gerador de
empregos, que dá trabalho a milhões de pessoas em todo mundo. Os
postos de trabalho e as empresas de turismo são criados normalmente
nas regiões menos desenvolvidas, o que ajuda a equipar as
oportunidades econômicas na extensão do país ao longo do tempo e
incentiva os habitantes a permanecer na zonas rurais, em lugar de
migrar para as cidades causando superpopulação. As viagens e o
turismo promovem enormes investimentos em novas infraestruturas,
cuja maioria ajuda a melhorar as condições de vida dos residentes
locais, ao mesmo tempo em que favorece os turistas. A atividade
turística proporciona aos governos muitos milhões de dólares
através de impostos (OMT, 2004).
-
23
Como foi visto, o turismo tem vários fatores positivos que
beneficiam as
regiões, mas se forem mal planejados e executados poderá trazer
vários fatores
negativos.
Com isso, o turismo também pode vir a auxiliar as empresas
locais, pois
esse setor abre oportunidades aos empreendedores. Como o SEBRAE
é uma
instituição que tem como foco principal dar assistência ás
MPE’s, visualizou na
atividade turística uma oportunidade de desenvolver regiões,
dando maior enfoque a
esses empreendimentos.
Deve-se dar máxima atenção ás microempresas, pequenas e médias
empresas que, de um modo geral, apresentam um vinculo maior com a
comunidade local. São pequenos hotéis, pousadas, restaurantes,
lanchonetes, microempresas de população local de artesanato,
prestação de serviços etc. que se desenvolvem com o crescimento do
fluxo turístico. (PIMENTA; DIAS 2005, p. 26)
Observando que o turismo está tão expressivo mundialmente e
encontra-
se em destaque por ser uma atividade promissora, passar a ser
vista como forma de
progresso para o desenvolvimento regional e também para
empreendimentos que
trabalham ou querem trabalhar com o setor.
Segundo SEBRAE (2010, p.18), as micro e pequenas empresas
que
trabalham com a atividade turística enfrentam desafios para
ingressarem e se
manterem no mercado.
O quadro 2 mostra, os desafios que ás micro e pequena
empresas
enfrentam diariamente no mercado na área de turismo.
Quadro 2: Desafios encontrados pelas MPE´s que trabalham com
turismo
01 Grande sensibilidade às variações no poder de compra da
população e da economia.
02 Atendimento deficitário às MPEs nas negociações com grandes
parceiros do trade turístico.
03 Dificuldade na definição dos indicadores de gestão para
mensuração dos resultados alcançados pela empresa.
04 Dificuldade em analisar e focar nas necessidades do
turista-alvo.
05 Dificuldade de acesso à tecnologia da informação e
comunicação (TIC).
06 Não reconhecimento das MPEs como elo da cadeia produtiva do
turismo.
07 Baixo grau de maturidade na capacidade empresarial, no
desenvolvimento de negócios e na identificação de
oportunidades.
08 Aplicação do capital inicial em infraestrutura necessária,
sobrando pouco ou quase nada para o capital de giro.
09 Falta de conhecimento da estrutura de acesso aos serviços
financeiros e microcrédito.
10 Dificuldade de propiciar capacitação continuada aos
colaboradores, como ocorre nas
-
24
empresas de maior porte.
11 Rotatividade dos colaboradores em função de formas
inadequadas de contratação e deficiência de políticas de pessoal
nas MPEs.
12 Isolamento das MPEs e falta de cooperação e de
associativismo.
13 Baixo índice de formalização das empresas.
Fonte: SEBRAE (2010).
Essas dificuldades encontradas pelas pequenas empresas são
geradas
por diversos motivos tanto internos e externos dos
empreendimentos. São muitos
impactos para as MPE’s brasileiras que atuam no setor turístico,
mas existe o lado
positivo que são a oportunidade gerada por esses
empreendimentos, entre elas o
aumento de emprego.
A instituição está sempre atenta a todas as ações que contribuem
com
técnicas ligadas à assistência e preservação dos interesses das
empresas em todos
os processos.
O SEBRAE incorpora em suas intervenções além das diversas
parcerias,
a integração com a comunidade, as manifestações do artesanato,
agronegócios,
possibilitando a viabilização das economias locais,
associativismo e outros,
resgatando e aflorando as várias formas das culturas e dos seus
importantes valores
intangíveis, além de estimular a participação efetiva das
comunidades, contribuindo
para a elevação da autoestima. Tudo isso emoldurado com a cara
Brasileira,
importante projeto desenvolvido pelo SEBRAE. Identifica o
turismo com importante
instrumento para o incremento regional, social, cultural e
econômico, para que isso
possa acontecer se faz necessária a participação coletiva dos
atores envolvidos
direta e indiretamente na construção da atividade.
“Essa atividade por si só não pode ser vista como solução para
os
problemas sociais que existem nos lugares, mas sim como uma
contribuição para
diminuição de tais efeitos” (SETUR, 2006, p.5).
O desempenho do SEBRAE parte do princípio de que o turismo,
acima de
tudo é um negócio, com uma particularidade por ser um negócio
coletivo, pois os
negócios gerados pela atividade turística não podem ser
entendidos individualmente,
já que buscam trabalhar com vários empreendimentos de diferentes
finalidades e
juntos procuram atrair os clientes, constituindo a oferta
turística de um determinado
território, devido os serviços necessitarem um dos outros,
tornando-se uma ciclo
produtivo onde todos são beneficiados. Cabe destacar que o
sucesso da atuação do
SEBRAE dependerá em grande medida de futuras parcerias entre os
empresários e
-
25
as entidades empresariais e governamentais que prestam apoio às
empresas desse
setor (SEBRAE, 2010, p. 17).
A união do SEBRAE e o Turismo não aborda só a promoção da
competitividade das MPE’s, mas também busca obter uma harmonia
onde
planejamento e a organizações dos espaços turísticos possam agir
em conjunto com
o desenvolvimento cultural, fazendo com que o destino tenha uma
base segura para
a ampliação dos negócios assim melhorando a qualidade de vida da
população.
Após as discussões e reflexões acima, percebe-se que o SEBRAE
está
agindo em conjunto com o turismo para ampliar seus objetivos,
prestando serviços a
empreendimento do setor e amparando a sociedade.
-
26
3 POLITICAS PÚBLICAS DE TURISMO
Com o crescente aumento da atividade turística, as políticas
públicas de
turismo se fazem necessárias para o melhor planejamento
estratégico para o
desenvolvimento da atividade. Com isso, o planejamento turístico
adequado operar
de maneira a diminuir os resultados negativos que existem na
atividade e
potencializa os resultados positivos. Para podemos ter uma
melhor compreensão,
Beni (2001, p.177) assegura que:
A política de turismo é a espinha dorsal do “formular”
(planejamento), do “pensar” (plano), do “fazer” (projetos,
programas), do “executar” (preservação, conservação, utilização e
ressignificação dos patrimônios natural e cultural e sua
sustentabilidade), do “reprogramar” (estratégia) e do “fomentar”
(investimentos e vendas) o desenvolvimento turístico de um país ou
de uma região e seus produtos finais.
Dessa maneira, pode-se observar que a política pública tem
intervenção
do Estado, permitindo um melhor desenvolvimento da atividade
turística. O turismo
instiga o desenvolvimento de vários campos da economia e da
administração
pública, está particularmente ligado aos setores do meio
ambiente, educação,
saúde, saneamento básico, transporte, segurança entre outra,
sendo uma atividade
de suma importância que ocasiona um maior desdobramento social
em uma região.
A política de turismo deve ser entendida em sua complexa
totalidade, agregando todos os seus componentes, afinal a atividade
apresenta uma grande diversidade de atuação e as políticas, vale
ressaltar, apresentam-se intersetorizadas, cabendo ao Estado a
obrigatoriedade de ações de proteção do meio ambiente, preservação
do patrimônio e do bem estar social. (VIEIRA, 2011, p.21).
Apesar de que devemos destacar que é reponsabilidade do
Estado
disponibilizar uma infraestrutura urbana e de acesso adequada,
quando isso é feito,
facilita que os setores privados invistam no turismo.
Assim, a política de turismo corresponde a um conjunto de
fatores
condicionantes e de diretrizes básicas que propagam a direção
que deve seguir para
atingir seus objetivos globais para o turismo no país (BENI,
2001, p. 178).
Conforme Hall (2004), para que as políticas públicas de turismo
se
desenvolvam de maneira aceitável é indispensável monitorar suas
ações no setor. A
avaliação e monitoramento são elementos básicos na medida em
que:
-
27
1. Avaliam o grau de necessidade políticas e intervenções do
governo;
2. Possibilitam o teste de hipóteses referentes ao funcionamento
do processo, a
natureza de resultados e a eficiência dos programas;
3. Especificam sobre resultados e impactos da política;
4. Medem a eficiência e relação custo-benefício das políticas e
planos de
turismo em termos dos recursos financeiros, humanos e de
capital.
As políticas públicas de turismo se tornam muito complexas, isso
faz com
que acabe ocorrendo uma demora na aplicação delas no país, se
tratando ainda de
um país como o Brasil com uma grande dimensão geográfica.
Na década de 90 aconteceu a melhora da politica pública de
turismo,
nesse período obteve-se a composição de um novo Plano Nacional
de Turismo
(Plantur) que tinha apenas objetivos e diretrizes, sem ter sido
formulado de forma
completa, pois, foi criada antes mesmo da política de turismo de
acordo com Cruz
(2001). Demostrando uma falha operacional, já que a política tem
que acontecer no
plano.
Em 1994, surgiu um importante programa, Programa Nacional de
Municipalização do Turismo (PNMT), esse programa foi o primeiro
que pensou na
descentralização do planejamento turístico ressaltando a função
dos municípios na
gestão da atividade. Desse modo, o PNMT tinha como objetivo
geral:
Fomenta o desenvolvimento turístico dos municípios, com base na
sustentabilidade econômica, social, ambiental ,cultural e política
enquanto os específicos permeiam a operacionalização dos princípios
de descentralização, Sustentabilidade, Parcerias, Mobilização e
Capacitação. (EMBRATUR, 2002)
Com o apoio da Organização Mundial de Turismo (OMT), o PNMT foi
o
programa que deu um alicerce para o turismo se desenvolver,
trabalhando com
importantes parceiros como: SEBRAE, Banco do Brasil, Caixa
Econômica Federal,
Comunidade Solidária, entre outros que visam o crescimento da
atividade como uma
fonte de desenvolvimento econômico e social.
Segundo EMBRATUR (2002), Os princípios que nortearam o PNMT
foram:
A descentralização que possibilita ao poder público municipal
assumir a responsabilidade, em parceria com a iniciativa privada e
os representantes comunitários, da definição e da gestão das
políticas,
-
28
programas e ações relacionados ao planejamento do turismo
sustentável; A sustentabilidade permite que a comunidade possa
antever ações que mantenham equilibrados os aspectos econômicos,
sociais, ambientais, culturais e políticos do município; As
parcerias identificar meios técnicos, econômicos e financeiros, em
organizações públicas ou privadas, que possibilitem o fomento e o
desenvolvimento das atividades turísticas do município; A
mobilização sensibilizar a comunidade a participar e estabelecer os
objetivos comuns, que expressem a visão de futuro da comunidade, e
desta forma delinear as diretrizes que orientam a elaboração de
projetos de turismo sustentável e a capacitação - qualificar as
pessoas envolvidas com a atividade turística no município,
objetivando elevar os níveis de qualidade e eficiência na prestação
de serviços, e também para planejar e executar ações direcionadas
para o desenvolvimento do setor.
A estrutura do Programa Nacional de Municipalização do Turismo
(PNMT)
foi constituída por coordenação de várias entidades nacionais
parceiras. Mais sua
coordenação geral foi dada pela EMBRATUR que era responsável
pelo
planejamento, a execução, acompanhamento e avaliação do
programa.
No Rio grande do Norte o programa (PNMT) trabalhou com a
mobilização
e conscientização dos locais que apresentavam um potencial
turístico.
Desse modo, também na mesma década foi criado, o Programa de
Desenvolvimento do Turismo no Nordeste (PRODETUR-NE), que de
início foi
idealizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDS),
pois, solicitou a recomendação de atividades econômicas que
poderiam crescer de
maneira competitiva no Nordeste, visando o turismo como
atividade viável.
Em 2003, com a mudança de presidente foi reestruturado o
Plano
Nacional de Turismo, no mesmo ano foi criado o Ministério do
Turismo (MTur) que é
composto por Secretaria de Programas de Desenvolvimento e o
Instituto Brasileiro
de Turismo (EMBRATUR).
O Plano Nacional de Turismo (PNT 2007-2010) Uma Viagem de
Inclusão,
um instrumento de planejamento e gestão que coloca o turismo
como indutor de
desenvolvimento e da geração de emprego e renda no país. Possui
a base de
política descentralizada e participativa.
Os objetivos gerais do Programa são: Desenvolver o produto
turístico
brasileiro com qualidade; Promover o turismo como um fator de
inclusão social;
Fomentar a competitividade do produto turístico brasileiro nos
mercados nacional e
internacional (PNT, 2007, p.16). .
Com a ampliação do setor turístico, essa atividade deve ser
desenvolvida
-
29
com base em um planejamento estratégico que busque beneficiar o
destino e a
sociedade local por diversas maneiras sendo elas econômicas e
sociais.
O PNT 2007-2010 possuía nove macros programas, a seguir a
estrutura e
distribuição desses macros programas (figura 01).
Figura 1: Macro programas do Plano Nacional de Turismo
(2007-2010).
Fonte: MTUR, (2007)
Esses macros programas são divisões temáticas agregados,
escolhidas
pelo seu potencial de contribuição para atingir os compromissos
estabelecidos nas
metas.
Em 2003, o governo federal por meio do Ministério do Turismo
criou a
principal politica pública de turismo da atualidade, o Programa
de Regionalização do
Turismo (PRT) que foi visto como uma ampliação das ações do
(PNMT), mais atual
e completa.
A regionalização do turismo é importante para compor a
atratividade regional, pois uma região pode ofertar um número mais
ampliado de atrativos do que um município sozinho. Isto serve para
motivar a demanda turística, insaciável por novidades, a retornar
para conhecer melhor a região e suas peculiaridades (SALINI,
2006).
-
30
Regionalização oferece uma maior oportunidade de uma região
se
sobressair na atividade turística, pois, gerar uma conexão entre
localidades com
objetivo de agir em conjunto com o setor turístico promovendo
seu desenvolvimento.
Um dos objetivos gerais do programa de regionalização é aumentar
o
turismo no interior, fazendo com que a atividade não seja apenas
concentrada no
litoral, com isso, a atividade e seus benefícios podem ser
distribuídos no geral.
O Programa de Regionalização do Turismo fundamenta-se:
Num modelo de gestão política descentralizada, coordenada e
integrada, e para facilitar o desenvolvimento desse Programa, foram
criados os polos de turismo, que são um conjunto de municípios que
possuem atratividade turística e se localizam relativamente perto,
formando um polo específico para o desenvolvimento do turismo
naqueles municípios que o compõe. (VIRGINIO, 2011, p. 67).
Portanto, o programa tem ambições de tornar possível o
surgimento das
diversidades dos territórios, tornando eles atrativos e fonte
econômica para a
sociedade local, desenvolvendo a atividade turística.
O PRT definiu um modelo de gestão que está fixado numa
gestão
compartilhada, que estrutura-se nos seguintes níveis de atuação:
em âmbito
nacional e em âmbito estadual, regional e municipal.
No quadro 3, pode-se observar os modelos de gestão e os seus
âmbitos.
Quadro 3: Modelo de gestão do PRT.
ÂMBITO INSTITUIÇÃO COLEGIADO EXECUTIVO
NACIONAL Ministério do Turismo Conselho Nacional Comitê
Executivo
ESTADUAL Órgão oficial de turismo da UF
Conselho/ Fórum Estadual
Interlocutor Estadual
REGIONAL Instância de Governança Regional Interlocutor
Regional
MUNICIPAL Órgão Oficial de Turismo do Município
Conselho/ Fórum Municipal
Interlocutor Municipal
Fonte: Diretrizes Programa de Regionalização do turismo
(2013)
No quadro podemos observar que, em todos os âmbitos o PRT
são
apoiados por interlocutores que tem como missão acompanhar o
ciclo de gestão do
PRT e articular com o âmbito nacional para que o programa possa
desenvolver com
inovação, intercâmbio, criatividade e diversidade cultural.
Em 2007, o programa obtém o status de macro programas que
seguem
alguns passos para que consiga se consolidar nos destinos ou nas
regiões turísticas
de todo o Brasil.
-
31
No quadro 4, observa-se os módulos operacionais as estratégias
que o
PRT segue para obter maior desenvolvimento no programa.
Quadro 4: Módulos operacionais do PRT.
MÓDULOS OPERACONAIS
Sensibilização
Mobilização
Institucionalização da Instância de governança.
Elaboração do PDT
Implementação do PDT
Sistema de Informações tur. do programa
Roteirização Turística
Promoção e apoio á comercialização
Sistema de monitoria e avaliação do programa
Fonte: Adaptado de Ministério do Turismo (2004).
Os módulos (diretrizes) operacionais são princípios norteadores
das
estratégias de gestão utilizada no programa. Segundo o
Ministério de Turismo
(2009) essas diretrizes foram divididas em nove módulos que tem
a como objetivo
orientar as ações que devem ser implementadas nas regiões.
Para concluir, o PRT possibilitou a formação de diversas
parcerias com
foco no turismo, aumentou a visibilidades dos destinos,
contribuiu também para o
alargamento da oferta turística, aumentou a visibilidade do
desenvolvimento das
regiões e com o projeto alcançou impacto na economia local.
-
32
4 POLOS TURÍSTICOS DO RN E O POLO SERIDÓ
Podemos observar que o turismo está com grande inserção no
Rio
Grande do Norte (RN), o setor tem como um objetivo desenvolver o
território
nordestino que sempre foi visto como uma região problemática,
devido a
dificuldades hídricas e pelo seu subdesenvolvimento. Com isso, o
turismo é uma
atividade econômica e uma prática social que atrair
investimentos que expandem
esse setor.
Foram delimitadas cincos regiões turísticas no território
potiguar: Polo Costa das Dunas (CD), Polo Costa Branca (CB), Polo
Serrano (SR), Polo Agreste/Trairi (AT) e Polo Seridó (SE). Alguns
esforços têm sido desenvolvidos no sentido de interiorizar a
atividade turística, que se concentra na faixa litorânea oriental
(Polo CD, baseado no turismo de sol e praia). Muitos gestores
municipais e estaduais alegam a importância desta atividade se
desenvolver nos municípios interioranos dinamizando a economia
local. No entanto, após cerca de dez anos de implementação desta
política verifica-se muitas dificuldades para alcançar os objetivos
traçados pela política no âmbito do Rio Grande do Norte. (SILVA,
Rodrigo, 2014, p.19)
Segundo MTur (2016), o estado reduziu de 75 para 65 o número
de
municípios participantes de suas cinco regiões turísticas: Polo
Agreste Trairi (11
cidades); Polo Costa Branca (10); Costa das Dunas (17); Polo
Seridó (9); e o novo
Polo Serrano (18). Mas no trabalho irá discorrer sobre a antiga
formação dos polos.
A formação 2016 de municípios que compõe o Polo Seridó: Acari,
Caicó,
Carnaúba dos Dantas, Cerro Corá, Florânia, Lagoa Nova, Parelhas
e Santana do
Mato. Essa formação, mas enxuta podendo ter um foco mais
destinado nos
resultados de ações.
A seguir no Mapa 01 – as regiões ou polo turísticos
desenvolvidos no RN.
Vale salientar que essa configuração de polos e de municípios
foi modificada no
início de 2016, porém esse mapeamento é de 2005 a 2015.
-
33
Mapa 1: Regiões turísticas do Rio Grande do Norte.
Fonte: SILVA, Rodrigo, 2015.
Podemos identificar que, apesar do estado estar dividido em
cinco polos
turísticos, o desenvolvimento do setor não ocorre de forma
igualitária entre eles.
Criado oficialmente no ano de 2005, o Polo Seridó era formado
por 17
municípios e na sua formação, pode-se localizar em algumas
cidades a atividade
turística em desenvolvimento, nas quais se encontrar as ações
que objetivam
favorecer sistematicamente o seu desenvolvimento
sustentável.
O polo Seridó, de onde se originou o Roteiro Seridó, abrange uma
região situada no centro-sul do estado do Rio Grande do Norte,
composta de 24 municípios que são distribuídos em três Zonas
Homogêneas (Serras Centrais, Currais Novos e Caicó). Ocupa uma área
de 12.965 km², apresentando uma população de aproximadamente 300
mil habitantes equivalentes a 11% de toda a população do estado
potiguar (ROTEIRO SERIDÓ, 2005).
Para tanto, apresenta-se o quadro 05, as cidades que fazem parte
do polo
Seridó e os indicadores populacionais, a quantidade da população
em 2010 e uma
estimativa de 2015.
-
34
Quadro 5: Polo Seridó: Indicadores Populacionais.
Município População 2010 População estimada 2015
Acari 11.035 11.344
Caicó 62.709 67.709
Carnaúba dos Dantas 7.429 8.045
Cerro Corá 10.916 11.318
Currais Novos 42.652 44.887
Equador 5.822 6.087
Florânia 8.959 9.254
Jardim do Seridó 12.113 12.553
Jucurutu 17.692 18.450
Lagoa Nova 13.983 15.274
Ouro Branco 4.699 4.871
Parelhas 20.354 21.483
Santana do Seridó 2.526 2.675
São João do Sabugi 5.922 6.218
Serra Negra do Norte 7.770 8130
Tenente Laurentino Cruz 5. 406 5.757
Timbaúba dos Batistas 2.295 2.418
Fonte: Adaptado do Censo IBGE (2015)
Observa-se no quadro 05, que os municípios que tem o maior
número de
habitantes são; Caíco e Currais Novos. Que são considerados
importantes
potenciais turísticos do polo.
O Polo Seridó é uma região conhecida por ter grandes atrativos,
diversos
segmentos de turismo podem ser encontrados nessa região como:
turismo rural,
agroturismo, turismo de aventura, arqueológico, cultural. Uma
região que sofre com
problemas hídricos, isso é um fato prejudicial a atividade
turística. Mas também pode
ser vista como atrativo, pois, muitos turistas acham a caatinga
como um bioma
extremamente interessante.
O turismo no Polo Seridó foi favorecido com as políticas
públicas de
turismo. Logo em seguida foi criado o Programa Nacional de
Municipalização do
Turismo – PMNT que visava uma maior participação dos municípios
e dos
habitantes no setor turístico.
Com isso, os municípios começaram a querer participar do
programa, a
partir deste contexto visualizaram esforços por parte do Governo
para o processo de
-
35
interiorização do turismo no RN, 86 municípios
norte-rio-grandense aderiram ao
PMNT, entre eles estavam: Caíco, Currais Novos, Acari, Parelhas,
Carnaúbas dos
Dantas, Ouro Branco, Santana do Seridó, Jardim do Seridó, Cerro
Corá, Lagoa
Nova, Florânia e Timbaúba dos Batistas , mas nenhum conseguiu
concluir todo o
processo de municipalização do turismo, pois, tinham implantar
dois instrumentos: O
Conselho de Turismo e o Plano, poucos conseguiram criar um
conselho, os que
conseguiram foram: Acari, Caicó, Carnaúbas dos Dantas, Cerro
Corá, Currais
Novos, Jardim do Seridó, Lagoa Nova e Parelhas. Mas nenhum
consegui elaborar
um plano (PDTIS, 2011).
O PMNT foi de grande importância para o Polo Seridó, pois foi
através
dele que a região teve uma base no turismo, assim podendo
identificar estratégias
no planejamento da atividade turística para envolver a
comunidade, turistas, poder
privado entres outros.
O Programa de Regionalização do Turismo surge consagrando a
base
que o PMNT tinha proporcionado, com esse novo programa os
municípios começam
a agir de maneira conjunta para articular e coordenar a
atividade turística, obtendo
uma maior eficácia de ação, tornando-se mais competitivos e
abonando maiores
resultados. Alguns dos objetivos que o PRT definiu foi a
interiorização das ações
do turismo, participação das comunidades; qualificação do
produto turístico;
envolvimento da base local e da população como protagonista do
processo
decisório; aumento da taxa de permanência e gasto médio do
turista (PDTIS, 2011,
p. 122).
Com a regionalização surge no RN os roteiros turísticos
temáticos
começam a implementar o turismo, valorizando a diversidade
local, criando produtos
turísticos que têm as características de cada região e
município.
Na região era notável a necessidade de um plano para o setor
turístico
desenvolver da melhor forma possível com o incentivo do poder
público. Com isso,
foi elaborado o PDITS (Plano de Desenvolvimento Integrado do
Turismo Sustentável
– Polo Seridó), sua preparação foi um pré-requisito para os
investimentos, em
regiões turísticas. Teve seu processo de elaboração
relativamente extenso, sua
primeira apresentação foi em 2009, sendo aprovado apenas em
2011. O PDITS tem
como objetivo geral:
Desenvolver o turismo no Polo Seridó a partir de pequenas
escalas de operação e baixos efeitos impactantes dos investimentos
locais
-
36
em infraestrutura turística, especialmente relacionado às
atividades do turismo cultural-arqueológico, de modo a favorecer a
conservação do meio ambiente e da rusticidade local, num processo
de valorização dos elementos naturais da paisagem e dos traços
culturais das populações nativas, como fundamento da atratividade
turística. (PDITS, 2011, p. 121).
Portanto, o PDITS procura promover o turismo no Polo Seridó,
buscando
implementar ações que auxiliem no desenvolvimento da região
favorecendo suas
características socioculturais.
Demonstrando estudo da dinâmica socioeconômica da região,
aspectos
ambientais, institucionais, infraestrutura, oferta turística,
demanda, atrações e
produtos turísticos, emprego, setor privado, gasto turístico,
investimentos do setor
privado, pontos fortes, pontos fracos, riscos e as
oportunidades. Com todos os
dados fornecidos o PDTIS possibilitou uma visão real da situação
do polo no
turismo, apresentando informações e principais indicadores
turísticos, foram
expostos os dados turísticos, econômicos, sociais, ambientais,
comunitários e de
gestão.
Segundo o PDITIS (20011, p.125), os segmentos encontrados no
Polo
Seridó são: Naturais que compreendem os elementos da natureza
que são
utilizados para fins turísticos; Histórico-culturais são
elementos da cultura que, ao
serem utilizados para fins turísticos, passam a atrair fluxos
turísticos; Manifestações
e usos tradicionais e populares são criações culturais de
natureza imaterial que,
ao serem apropriadas pelo turismo, passam a serem chamados
atrativos, como
festas, celebrações, rituais, folguedos, jogos, saberes e
fazeres e seus produtos,
músicas, danças, práticas culturais coletivas concentradas em
determinados
espaços, fundadas na tradição e manifestadas por indivíduos ou
grupos de
indivíduos, como expressão de sua identidade cultural e social;
Realizações
técnicas e científicas contemporâneas são os elementos da
natureza ou da
cultura que, ao serem utilizados para fins turísticos, passam a
atrair fluxos turísticos.
Esta categoria engloba exploração de minério, exploração
agrícola pastoril,
exploração industrial, obras de arte, centros científicos e
técnicos, etc;
Acontecimentos programados são eventos realizados na localidade
e que fazem
parte do calendário da cidade há pelo menos três edições. Como
podemos ver no
quadro a seguir a distribuição desses segmentos pelos municípios
do polo.
-
37
No quadro 06 podemos observar os atrativos acima citado,
descrevendo
em quantidades cada segmento.
Quadro 6: Numero de Atrativos turísticos por segmentos do Polo
Seridó
Município
Naturais
Histórico-culturais
Manifestações e Usos Tradicionais Populares
Realizações Técnico-Científicas e Contemporâneas
Acontecimentos Programados
Total
Acari 03 06 15 01 07 32
Caicó 02 11 11 01 06 31
Carnaúba dos Dantas
00 12 04 00 02 18
Cerro Corá 02 04 10 00 03 19
Currais Novos 03 04 07 01 06 21
Equador 01 00 03 00 00 04
Florânia 07 03 00 00 00 10
Jardim do Seridó
02 07 05 01 01 16
Jucurutu 05 01 10 01 04 21
Lagoa Nova 03 03 05 00 01 12
Ouro Branco 01 01 03 01 00 06
Parelhas 02 05 07 01 02 17
Santana do Seridó
02 04 04 00 00 10
São João do Sabugi
01 01 04 01 00 07
Serra Negra do Norte
03 04 05 01 01 14
Ten. Laurentino Cruz
03 07 07 00 02 19
Timbaúba dos Batistas
01 02 02 00 01 06
Total 41 75 102 09 36 263
Fonte: Adaptado de PDITS (2011)
Esses atrativos acima citados são os que compõem a oferta
turística do
Polo Seridó, ou seja, são os elementos naturais e culturais que
atraem os visitantes
para as localidades. Portanto ainda pode-se se identificar que
os atrativos que os
acontecimentos programados tem um boa porção de atratividade e
as realizações
técnico-científicas e contemporâneas tem a menor atratividade da
região.
As manifestações e usos tradicionais populares são uma
ferramenta
fundamental na atividade turística seridoense, pois, são elas
que atraem visitantes
anualmente, esses visitantes vem dos municípios vizinhos e da
capital. As
-
38
manifestações populares proporcionam o reencontro de parentes e
amigos que
geralmente escolhem o período de manifestações culturais para
visitar a região.
Podemos observar, os municípios que tem mais atrativos diversos
são;
Acari, Caíco, Currais Novos e Jucurutu eles possuir um potencial
de segmentos
turísticos maiores que os demais.
-
39
5 OS PROJETOS DO SEBRAE NO POLO SERIDÓ
A atuação do SEBRAE com a atividade turística é acima de tudo
um
negócio coletivo, pois os negócios turísticos agem de maneira em
cadeia com outros
negócios, isso vai fazer a demanda de um a região aumentar e
assim beneficiar o
conjunto de empreendimentos.
Ademais, o Rio Grande do Norte tem diversas potencialidades
turísticas
que envolvem vários segmentos que podem ser utilizados para
desenvolver a
economia regional. Foi identificado que a região do litoral do
RN possui um maior
desenvolvimento do turismo, fundamentado no segmento de sol e
praia. Porém, nos
últimos anos a partir de algumas políticas se desenvolveram
programas e projetos
com a finalidade de expandir a atividade turística para regiões
distantes do litoral,
tais como o PNMT, e o Programa Regionalização do Turismo, com o
foco na
interiorização da atividade.
Com isso, podemos perceber que a participação do SEBRAE na
atividade
turística não está ligada apenas na promoção das micro e
pequenas empresas, mas
a entidade assume um papel de indutor do desenvolvimento
regional procurando
investir nas regiões que tem carência empresarial e possui um
potencial turístico.
Para isso, criou uma relação próxima com o planejamento e a
organização de projetos em espaços turísticos que estejam
aliados ao
desenvolvimento sociocultural, construindo assim uma base segura
para o aumento
de empreendimentos no setor turístico que alavancam na economia
local.
O SEBRAE tem uma integração com o setor turístico e desenvolve
a
produção associada ao turismo, que segundo a instituição:
A Produção Associada ao Turismo deve servir como estratégia de
desenvolvimento local e/ou territorial, visando, por meio da oferta
de produtos associados, o fortalecimento e incentivo à atividade
turística, com a criação de novos postos de trabalho, valorização
dos aspectos culturais e geração de renda para as regiões
envolvidas, promovendo o desenvolvimento sustentável dos destinos
turísticos e o estímulo à inclusão de iniciativas empreendedoras
(SEBRAE, 2010, p.35).
Portanto, podemos identificar que no Polo Seridó foram
realizados e
apoiados pelo SEBRAE projetos com objetivo de desenvolver não só
o turismo como
ás MPE’s da região seridoense. Três projetos grandes projetos
foram analisados
-
40
dentre eles: Roteiro Seridó, Talentos do Brasil Rural e Cama,
Café e Rede. Todos
com a participação do SEBRAE na elaboração e execução.
Com a idealização desses projetos surgiram alguns benefícios
para a
população local entre eles cursos de capacitação, que auxiliaram
os residentes a se
profissionalizarem em atividades do setor turístico. Como
podemos observar no
quadro a seguir:
Quadro 7: Cursos de capacitação realizados pelo o SEBRAE e
SENAC.
CURSO PERFIL DO CONCLUINTE
Garçom/ Garçonete PEC Ser capaz de atuar em estabelecimentos de
Bares e Restaurante na recepção e acolhimento ao cliente do serviço
de alimentos e bebidas e dos cuidados com a arrumação e higiene do
ponto de venda e/ou serviço, colaborando para criação de ambientes
de trabalho que favoreçam a qualidade de vida, baseando suas
atitudes em princípios éticos.
Aperfeiçoamento para garçom o participante será capaz de
aprimorar técnicas de atendimento , etiqueta , higiene pessoal e do
ambiente e serviços de alimentos e bebidas, visando a melhoria da
qualidade dos serviços
Gestão de pequenos meios de hospedagem o participante deverá ser
capaz de planejar e implantar uma pousada, gerenciar equipes,
identificar as melhores formas de divulgação de seu estabelecimento
de acordo com o mercado vigente além de desenvolver métodos e
técnicas de serviços que garantam a otimização do
estabelecimento.
Recepcionista PEC será capaz gerar conhecimento autônomo,
mantendo o espírito de cooperação a partir da compreensão do
direito individual e do dever para o coletivo, com atitudes
favoráveis à preservação do meio ambientes.
Manipulação segura de alimentos Ao concluir o curso, o
participante será capaz de receber, armazenar, preparar, manter e
distribuir alimentos com segurança, tendo por base a legislação
vigente do Ministério da Saúde.
Guia de turismo regional O participante ao concluir o curso de
Guia de Turismo Regional deverá, conforme Lei n.º 8.623 de 28/01/93
e Deliberações Normativas da Embratur n.ºs 325/94 e 377/97 ,
acompanhar grupos de turistas em suas viagens pelo Estado do Rio
Grande do Norte, dando assistência e permanentes informações sobre
os roteiros e atrativos turísticos existentes entre as diferentes
localidades, exercitando as habilidades necessárias ao desempenho
da função valorizando a ética e a cidadania.
Aprendizagem em serviços de hotelaria Ao concluir o curso
Aprendizagem em Serviços de Hotelaria,
Cozinheiro profissional O Cozinheiro Profissional ocupa-se da
execução de receitas compreendendo o preparo de molhos básicos e
derivados, assados e frituras,
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41
elaboração de menus e cardápios, preparos frios, além de
coordenar os trabalhos dos auxiliares, compreendendo os processos
de elaboração, preparação, montagem e apresentação de saladas,
pratos quentes e frios, guarnições, fundos , molhos e sobremesas.
Quando decorrido 320h desse curso, existe a certificação de
Cozinheiro Auxiliar.
Fonte: Dados fornecidos por entrevistado.
O SEBRAE está sempre apoiando às micros e pequenas empresas,
com
isso, os cursos de capacitação servem para melhorar a qualidade
dos futuros
funcionários dessas empresas. Segundo o entrevistado:
O SEBRAE disponibiliza uma série de soluções para o
desenvolvimento dos pequenos negócios, desde capacitações
gerenciais a consultorias em diversas áreas. Ações de mercado como
apoio e acesso a feiras, rodadas de negócios, famtours,
fampess, produção de material promocional dos destinos, etc.
Essas soluções são atrativas tanto para os empresários com
para
pessoas que buscam se qualificar.
De acordo com o entrevistado, a atividade turística para o
SEBRAE,
possui grande relevância pela potencialidade que o segmento tem
de agregar
diversas atividades econômicas que envolvem. Um reflexo disto,
são os diversos
projetos e atividades que o SEBRAE desenvolve não só no RN, mas
em todo o
Brasil no setor de turismo.
Com intuito, de analisar os projetos realizados pelo SEBRAE no
Polo
Seridó, foi utilizada uma analise de material referente aos
projetos e um formulário
respondido por Yves Guerra Carvalho, Analista Técnico da Unidade
de Comércio e
Serviços. Os resultados dessa análise serão discutidos no
decorrer dos próximos
tópicos.
No decorrer da pesquisa algumas dificuldades foram identificada
na fase
de coleta de materiais sobre os projetos realizados pelo SEBRAE
no Polo Seridó,
pois, houve certa resistência da filial de Currais Novos, que
não disponibilizaram os
materiais referentes ao tema, também foi observado que todos os
dados desses
projetos, estão concentrados em um responsável, Yves Carvalho
que participou da
formulação dos projetos e teve um papel fundamental para
obtenção dos dados
desta pesquisa.
No início se pensou em fazer uma entrevista como não foi
possível,
devido isso, foi elaborado um formulário, dados formais
retirados do site do SEBRAE
-
42
e materiais disponibilizados pela entidade. Diante disso, teve
como documentos
norteadores:
1° Materiais disponibilizados pelo SEBRAE;
2° Formulário realizado com o Analista Técnico da Unidade de
Comércio
e Serviços do SEBRAE de Natal.
O formulário foi respondido por Yves Guerra Carvalho no dia 29
de Maio
de 2016, via e-mail. E houve também contatos telefônicos, com os
responsáveis
pela pasta. A seguir será feito um levantamento e analise dos
três principais
projetos desenvolvidos pelo o SEBRAE no Polo Seridó nos últimos
10 anos.
5.1 ROTEIRO SERIDÓ
Os roteiros são para os turistas a possibilidade de poder
conhecer melhor
uma destinação, são elaborados com a intenção de apresentar suas
melhores
atrações sejam elas culturais, arquitetônicas, pedagógicas e
naturais entre outras.
Através desse raciocínio pode-se concluir que os roteiros são
percursos de visitação
onde obtêm informações detalhadas desse percurso e se faz
necessário um
planejamento do que o roteiro vai abordar.
Portando, para obter um melhor desenvolvimento do roteiro,
esses
objetivos são essenciais: oferecer ao consumidor a maior gama de
informações de
forma objetiva; mostrar o local que será visitado e seus
principais diferenciais,
aguçando no turista seu interesse para conhecer cada atrativo;
organizar as
visitações da melhor forma possível, de acordo com as
possibilidades técnicas,
levando em consideração os interesses do turista ou grupo de
turista (SILVA,
NOVO, 2010, p.39).
Segundo CREATO (2005), a principal finalidade do roteiro é se
tornar um
instrumento que facilite a promoção e a venda do destino. Sua
estrutura se
caracteriza por combinar atividades histórico-culturais e
naturais, que devem ser
conduzidas por guias especializados, utilizando transporte
apropriado e associando
uma gastronomia regional. Essas ações, somadas à valorização do
artesanato e da
cultura local, buscam a construção de uma imagem própria para o
incentivo à
permanência no destino.
Com isso, o roteiro é uma ferramenta necessária para o turismo,
pois,
-
43
com ele pode-se promover a região e trazer mais visibilidade
para o setor,
aumentando o fluxo de visitante que se sentem atraídos a
conhecer a localidade.
No Rio Grande do Norte, mais precisamente no Polo Seridó foi
criado em
2005, o Projeto Roteiro Seridó que se deu por meio de uma
proposta de roteirização
da região e tem como finalidade promover a visitação e o contado
com a natureza e
com a cultura local. O Projeto encontra-se encerrado.
Em 2003, comprova os ideais de gestão descentralizada e
participativa, inaugurando um novo Programa de Regionalização
Roteiros do Brasil, pautado nas orientações contidas no Plano
Nacional de Turismo (2003-2007), com o propósito de criar uma
oferta de produtos e serviços diversificados, qualificados e
exigidos pelo mercado nacional e internacional. Investindo nesse
aspecto de orientar o desenvolvimento regional do turismo,
refletido nas diretrizes do Programa de Regionalização do Turismo
Roteiros do Brasil, o SEBRAE em parceria com a SETUR reforçou os
argumentos da promoção e da estruturação e diversificação da oferta
turística proposto no programa anterior, de 2001, e criou em 2005 o
projeto Roteiros do Seridó. (PDITS, 2011, p. 123).
O Roteiro Seridó veio como forma de alavancar o turismo
seridoense, já
que não se tinha projetos de grande porte com o intuito de
desenvolver o turismo.
A figura 2, mostrar a cidades que fazem parte do Roteiro
Seridó.
Figura 2. Municípios do Roteiro Seridó.
Fonte: SEBRAE, 2005.
-
44
Segundo o SEBRAE (2005), a região do Seridó tem 24 municípios, e
17
deles possui um potencial turístico, mas somente oito integraram
o Roteiro Seridó.
No seu começo os municípios que faziam parte do Roteiro eram
apenas: Acari,
Caíco, Carnaúbas dos Dantas, Cerro Corá, Currais Novos, Jardim
do Seridó e
Parelhas. Em 2008, Lagoa Nova começa a fazer parte do
Roteiro.
Tomando como princípios os quatro grandes encantos do Seridó
a
caatinga e a arqueologia; a religiosidade e a fé; a cultura e o
artesanato; e, a
gastronomia.
As principais metas a serem cumpridas era captação de fluxo
turístico
para cinco roteiros: ecocultural, de aventura, pedagógico, da
melhor idade e
arqueológico. São roteiros que tem uma vinculação que permite
uma extensa
temática.
Os municípios acoplados nesse roteiro possuem características
parecidas
por serem cidades que cultivam a hospitalidade do povo
seridoense, e que tem
tradições únicas que sobrevivem no meio a caatinga bioma único
no mundo que se
caracterizar com clima semiárido ou Polígono das secas e
vegetação baixa.
O Roteiro Seridó tinha como objetivo geral:
Criar um novo produto turístico, diferenciado e inovador, em
roteiros que promovam a regionalização e a integração do homem com
a natureza, dentro de limites que garantam a sustentabilidade
ambiental, econômica, cultural, social e política, gerando novos
empregos e melhorando a renda da população seridoense, com respeito
à cultura e ao meio-ambiente. Roteiro Seridó (2005).
Através desse objetivo, o projeto tem como compromisso
desenvolver a
atividade turística, por meio de roteiros praticados nos
municípios que auxiliavam a
comunidade num processo de incremento regional, tanto econômico,
social, cultural,
ambiental e político.
O SEBRAE vem atuando em consonância com a Política Nacional
de
Regionalização do Turismo, fortalecendo a governança regional
através do
Conselho de Turismo do Polo Seridó.
Um das principais ferramentas de divulgação do roteiro foi
através do site
www.roteiroserido.com.br que oferecia sugestões de roteiros
compostos com os
atrativos regionais, e apresentava diferentes modalidades de
roteiros para cada tipo
de público.
-
45
Os cincos roteiros criado pelo CREATO (2005) em parceria com
o
SEBRAE são:
O Roteiro Ecocultural possui a característica de ser mais
eclético. Um roteiro capaz de agradar a públicos diversificados e
pessoas interessadas em viagens com atividades temáticas, que não
exigem esforços físicos intensos. Este roteiro envolve caminhadas
na natureza, visita a comunidades, atrativos religiosos, refeições
típicas, além de oficinas, artesanato e compras. Idealizado para
ser realizado em 10 dias/09noites. O Roteiro de Aventura possui
característica mais arrojada. Inclui passeios que podem chegar a
quase um dia inteiro, com caminhadas e outras atividades de
natureza e aventura. Este roteiro é direcionado a pessoas com
disposição física e interesse pelo convívio respeitoso com a
natureza. Por estes motivos atrai um público mais específico. As
Atividades Opcionais podem oferecer práticas verticais e outras
opções de atividades ao ar livre. Idealizado para ser realizado em
07 dias/ 06 noites. O Roteiro Pedagógico é focado no público
estudantil dos ensinos pré-escolar, fundamental, médio e superior.
Oferece programações variadas de acordo com os assuntos trabalhados
em sala de aula pelos professores. Normalmente as atividades de
campo, ou as vivências fora de sala de aula, são ligadas a um tema
específico. Durante a viagem é comum existirem momentos de lazer e
descontração. Idealizado para se realizado em 03 dias/02 noites. O
Roteiro para a Melhor Idade atende a diversos interesses,
oferecendo atividades de lazer cultural para as pessoas que
procuram em suas viagens uma boa gastronomia, espaços para
entretenimento e atividades manuais voltadas para os saberes e
ofícios locais. O aspecto religioso é também muito valorizado.
Idealizado para ser realizado em 05 dias/04noites.
Os roteiros criados pelos CREATO visualizou toda potencialidade
turística
da região, tendo em vista diferentes públicos de diversas
idades.
O Roteiro Seridó obteve como resultados, a divulgação dos
roteiros
criados no seu desenvolvimento, até hoje os roteiros são
apreciados por diversos
turistas são eles:
O Roteiro Arqueológico, que é uma viagem ao passado por meio de
trilhas a procura de pinturas rupestre; Roteiro Eco-cultural,
passeios pelas serras, açudes, Trekking, museus e castelos; Roteiro
Pedagógico, conhecimento dos aspectos naturais e culturais da
região destacando o principal recurso natural: a água; Roteiro
Melhor Idade, mistura de artesanato, apresentações culturais e
religiosidade e por último não menos importante o Roteiro de
Aventura, passeios feitos com remo ou pedalando conhecendo a
história dos principais ancestrais (SEBRAE, 2004).
Portando, este Projeto foi muito importante para a região do
Polo Seridó,
pois, o Seridó ganhou visibilidade no senario do turismo
nacional, desfazendo a
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46
imagem que os turístas tiham dessa região que por muito tempo
foi vista com pobre,
seca e improdutiva.
De acordo com entrevistado, o Roteiro Seridó seguiu todo um
processo
de planejamento e desenvolvimento de ações de consultorias para
o
desenvolvimento de roteiros, aliada às ações de capacitação,
acesso a mercados,
produção de material promocional. As informações coletadas pelo
entrevistado
2016, afirmam que teve cursos de capacitação, mas o entrevistado
nem a SEBRAE
informou a quantidade de pessoas capacitadas e nem as empresas e
regiões
beneficiadas, a informações coletadas pelo entrevistado 2016,
afirmam que teve
cursos de capacitação.
5.2 TALENTOS DO BRASIL RURAL
Observando que o Brasil é um país que disponibiliza vários
segmentos
turísticos, e entre eles o turismo rural que tem um caráter de
integração, procurando
valorizar o meio ambiente, as atividades agropecuárias e a
cultura de uma região,
auxiliando também na diminuição do êxodo rural. O turismo rural
tem como principal
característica utilizar rudimentos e condições de uma paisagem
rural e tem a
ruralidade como fundamental atrativo.
Turismo rural é um conjunto de atividade turísticas
desenvolvidas no meio rural, comprometido com a produção
agropecuária, agregando valor a produtos e serviços, resgatando e
promovendo o patrimônio cultural e natural da comunidade. (MTUR,
2010, p.18).
O projeto Talentos do Brasil rural foi elaborado com intuito de
promover a
agricultura familiar e aprimorar a oferta turística do Brasil,
buscando colocar os
produtos e serviços dos agricultores no mercado do turismo. O
projeto foi uma
parceria realizada pelo Ministério do Turismo, Ministério do
Desenvolvimento
Agrário, Ministério do Meio Ambiente, SEBRAE e Agência de
Cooperação Alemã -
GTZ.
Com isso os objetivos do projeto foram:
Inserir produtos e serviços da agricultura familiar no mercado
turístico, agregando valor à oferta turística brasileira. Conhecer
e alinhar oferta e a demanda do mercado turístico de produtos e
serviços da agricultura Familiar. Qualificar e agregar valor
aos