Edificações – CEF/2013 Teoria e Questões Prof. Diego Carvalho Sousa – Aula 9 Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 116 AULA 9: INSTALAÇÕES SUMÁRIO PÁGINA CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES 2 1. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 3 2. INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS 21 3. COMBATE À INCÊNDIO 65 4. VENTILAÇÃO, EXAUSTÃO E CONDICIONAMENTO DE AR 81 5. QUESTÕES APRESENTADAS NESTA AULA 91 6. GABARITO 116
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AULA 9: INSTALAÇÕES
SUMÁRIO PÁGINA
CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES 2
1. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 3
2. INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS 21
3. COMBATE À INCÊNDIO 65
4. VENTILAÇÃO, EXAUSTÃO E
CONDICIONAMENTO DE AR 81
5. QUESTÕES APRESENTADAS NESTA AULA 91
6. GABARITO 116
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Olá pessoal, chegamos à aula de Instalações. O objetivo é
cobrir o conteúdo dos itens: 5. Instalações Elétricas; 6. Instalações
Hidro-sanitárias;. 7. Prevenção de incêndios; e um pouco do item 8
conforto ambiental do Edital 01/2013 da Caixa Econômica Federal –
CEF.
Para esta aula de Instalações eu convidei o professor Diego
Carvalho Sousa, também auditor do TCU, na área de obras. Chamei
ele porque a parte de instalações é o seu forte. Ele trabalhou com
importantes obras nessa área antes de entrar no TCU, a exemplo da
Transposição do Rio São Francisco.
Nesta aula, as questões estão comentadas juntamente com a
teoria, de forma a complementá-la.
A proposta deste curso é comentar as questões da FCC.
Contudo, algumas questões de outras bancas apresentaram-se bem
didáticas no contexto da teoria. Por isso, nesta aula,
excepcionalmente, há questões de outras bancas.
E como sempre, após a teoria, há a lista das questões
apresentadas na aula para que vocês possam treinar com mais
facilidade.
Bons estudos !
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INSTALAÇÕES
1 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
As instalações elétricas para fins de prova são as de baixa
tensão que são regulamentadas pela NBR 5410/97 possuem a
seguintes características: tensão até 1000 Volts para corrente
alternada (residências) e de 1500 V para corrente contínua. No Brasil,
por decreto governamental determinou-se que a frequência de
geração, transmissão e distribuição é de 60 Hertz, ou 60 ciclos/s,
logo corrente alternada.
Para que a energia chegue em nossas residências são três
passos: Geração (Brasil maior parte hidroeletricidade), Transmissão
(Brasil existe o SIN= Sistema Interligado Nacional, atualmente só
algumas partes no norte do país não fazem parte do sistema
integrado, esse sistema permite que o operador nacional consiga
maximizar o atendimento da demanda, administrando os níveis das
principais usinas brasileiras) e, por fim a distribuição.
A Geração é feita a 13,8 KV, isso é transformado para as
tensões de 69 KV, 138 KV, 230 KV, 400 KV, 500 KV, a linha de Itaipu
– São Paulo atinge, impressionantes, 765 KV em corrente contínua,
pois após 500 KV a transmissão em corrente contínua começa a
viabilizar-se, em virtude da corrente contínua não gerar o efeito
Corona (ionização do ar em volta da rede aumentando perdas). Nas
cidades começa a distribuição e a voltagem é transformada para 11
KV, 13,2 KV, 15 KV, 34,5 KV(nesse último caso chamam-se linhas de
subtransmissão). Ao final a tensão de 220 V ou 110 V que recebemos
em casa chega a esse patamar nos transformadores abaixadores
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(alguns ficam em postes, nos prédios maiores com carga mais
elevada, etc)
Seguem algumas definições
Corrente elétrica I= Q(cargas)/t, unidade A (ampére):
deslocamento de cargas em um condutor quando existe
diferença de potencial elétrico (ddp, dada em Volts) entre suas
extremidades, assim ocorre um fluxo de carga na seção reta de
um condutor, na unidade de tempo.
Potência elétrica é o produto da tensão pela corrente,
dada em Watts, fisicamente é a energia necessária para
produzir movimento, calor, luz, radiação, etc.
Resistência elétrica é a oposição interna dos materiais à
circulação de cargas. Bons condutores baixa resistência, maus
condutores elevada resistência. Resistência elétrica é medida
por Ω ohms: U (ddp) = R x I (corrente). De maneira
simplificada chama-se impedância a resistência em circuitos de
corrente alternada.
Circuito: conjunto de pontos de consumo, alimentados
pelos mesmos condutores e ligados ao mesmo dispositivo de
proteção (chave ou disjuntor).
Fio: condutor rígido de um diâmetro nominal definido.
Cabo: condutor formado pela composição de vários
filamentos de diâmetros menores que no conjunto possuem um
diâmetro nominal do cabo.
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O projeto de instalações elétricas deve ser elaborado com
observância da norma, entre as exigências temos:
banheiro: uma tomada perto do lavatório;
cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço,e locais
análogos, deve ser previsto no mínimo um ponto de tomada
para cada 3,5 m, ou fração, de perímetro, sendo que acima da
bancada da pia devem ser previstas no mínimo duas tomadas
de corrente, no mesmo ponto ou em pontos distintos;
varandas ao menos um ponto de tomada;
salas e dormitórios devem ser previstos pelo menos um ponto
de tomada para cada 5 m, ou fração, de perímetro, devendo
esses pontos ser espaçados tão uniformemente quanto
possível;
Para os demais cômodos segue as regra
a) Uma tomada para cômodos de área inferior a 2,25 m²;
b) um ponto de tomada, se a área do cômodo ou
dependência for superior a 2,25 m² e igual ou inferior
a 6 m²;
c) um ponto de tomada para cada 5 m, ou fração, de
perímetro, se a área do cômodo ou dependência for
superior a 6 m², devendo esses pontos ser espaçados
tão uniformemente quanto possível;
Em relação à divisão dos circuitos a regra básica é:
Para residências: 1 circuito a cada 60 m²;
Para lojas e escritórios: 1 circuito a cada 50 m²;
Cores dos condutores:
Fases: preto, branco, vermelho, cinza;
Neutro: azul-claro;
Terra: Verde
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Os condutores em geral devem ser de cobre para instalações
elétricas, porém em casos específicos (citei nas questões) pode-se
utilizar alumínio que é pior condutor, porém mais barato.
É Importante tratar dos sistemas de aterramento, a terra é o
caminho natural de escoamento das cargas indesejadas, como raios.
Quase todos os sistemas de distribuição possuem um fio neutro em
ligação com a terra para proteção individual. A ddp estabelecida nos
circuitos elétricos ocorre devido a essa ligação do neutro, a fase tem
um potencial elevado e o neutro o potencial zero, pois está ligado à
terra. Os esquemas de aterramento estão detalhados na questão
sobre o assunto.
Dispositivos de Controle de Circuito. Os interruptores são
dispositivos que interrompem, necessariamente, o condutor fase,
nunca deve ser o neutro, dessa forma evita-se riscos de choque
elétrico ao substituir lâmpadas. O condutor fase chega ao interruptor
e a partir de onde parte o condutor de retorno em direção a lâmpada.
Nela deve ser ligado um condutor neutro e o retorno que vem do
interruptor. Assim, ao trocar a lâmpada basta deixar o interruptor
aberto (sem passagem de corrente) impossibilitando o risco de
choque elétrico, em situação normal na instalação elétrica o neutro
não dá choque, pois tem o mesmo potencial da terra, ou seja, nulo,
neutro.
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Figura 1 – Esquema de Ligação interruptor Simples
Note, nessa figura, o esquema de ligação paralelo, há um
condutor neutro e um condutor fase, para cada ponto de utilização,
seja lâmpada ou tomada, deve-se fazer um contato com o condutor
neutro e um contato com o condutor fase. Dessa forma, para cada
ponto de utilização a diferença de potencial entre a fase e neutro será
mantida.
Figura 2 – Esquema de ligação interruptor Three way
(paralelo)
Na figura o X representa uma lâmpada, o par de condutores
pretos que ligam um interruptor ao outro (paralelos) são retornos,
vermelho (R) é fase, e azul N é neutro. PE é o condutor de proteção
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―fio terra‖, que para lâmpadas não costuma ser utilizado, porém nas
tomadas é recomendado o uso em todas.
De teoria é isso, vamos ao que mais nos interessa que são as
questões. Lembrando para passar não é necessário aprender a
matéria, e sim aprender a resolver as questões, acho que há uma
diferença entre isso.
Nas provas, eu tenho por hábito caçar onde a banca implantou o erro
nas afirmativas, assim logo que vejo um erro eu faço um tachado no
erro e sigo para o próximo item. Assim, ganho tempo por saber qual
palavra ou expressão está errada em cada item e sigo para os outros
itens com mais segurança e velocidade.
Seguindo esse raciocínio, eu não vou tachar o texto para não
dificultar a leitura, mas vou procurar sublinhar os erros das itens,
onde for legal fazer isso.
1) (15 – TCE-RN/2000 – ESAF) A NBR 5410/1997, tratando de
cargas de tomadas, preconiza que às tomadas de uso específico deve
ser atribuída uma potência:
a) igual à potência nominal do equipamento a ser alimentado. Certo,
para as tomadas de uso específico deve ser atribuída uma potência
igual à potência nominal do equipamento a ser alimentado;
b) de, no mínimo, 1500 VA e no máximo 2200 VA, para tensão de
220 volts. Errado, quando não for conhecida a potência nominal do
equipamento a ser alimentado, deve-se atribuir à tomada de corrente
uma potência igual à potência nominal do equipamento mais potente
com possibilidade de ser ligado, ou a potência determinada a partir
da corrente nominal da tomada e da tensão do respectivo circuito;
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c) igual a 1,25 vezes a potência nominal do equipamento a ser
alimentado. Errado, conforme item a.
d) de, no mínimo, 600 VA por tomada, até duas tomadas, e 100 VA,
por tomada, para as excedentes. Errado, isso é o que a norma
prescreve para áreas de serviços, banheiros, cozinhas e copas. Porém
esse caso é de tomadas de uso geral.
e) de, no mínimo, 600 VA por tomada, até três tomadas, e 100 VA,
por tomada, para as excedentes. Errado, conforme item d.
Atenção, as tomadas de uso específico devem ser instaladas, no
máximo, a 1,5 m do local previsto para o equipamento a ser
alimentado. Além disso, para as tomadas de uso geral, a potencia
normal é de 100 VA, para banheiro e cozinha, área de serviço e
similares devem haver tomadas com potência de 600 VA e na casa de
máquinas, bombas de recalque as tomadas devem ser de 1000 VA.
Gabarito: A
2) (34 – SEAD/PA – 2005) Em instalações elétricas em escadas ou
dependências, cujas luzes, pela extensão ou por comodidade, se
deseje apagar ou acender de pontos diferentes, faz-se uso de um
dispositivo de controle de circuitos denominado
A interruptor three-way ou paralelo. Errado, esse é o interruptor
utilizado quando se deseja acender a luz de determinado cômodo de
dois pontos diferentes, o interruptor é conhecido também como
paralelo, pois são conectados em cada par dois condutores de
retorno.
B interruptor de várias seções. Certo, o interruptor de várias seções
(o que o possui dois ou mais botões) permite o controle de um
mesmo ponto de mais de um ponto de luz.
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C minuteria. Errado, tipo de interruptor que determinado tempo
(programável) após ser acionado ele apaga automaticamente,
utilização em garagens, escadas, corredores. É comum a utilização
em conjunto com sensores de presença, o sensor fecha o circuito (a
corrente flui) e após um determinado tempo a minuteria abre o
circuito.
D chave magnética. Errado, a chave magnética: dispositivo de
comando e proteção de motores elétricos trifásicos, podendo ser
utilizado para motores monofásicos. Nela existem dois circuitos
básicos o de força e o de comando. O circuito de comando opera com
corrente suficiente apenas para operar uma bobina que fecha o
circuito de força. Esse circuito de comando pode ser operado
remotamente, ou por um interruptor instalado, por exemplo, em uma
sala de comando de motores.
E dimmer. Errado, o Dimmer é um dispositivo com potenciômetro que
permite variar a intensidade de corrente que vai para determinada
lâmpada, variando assim a intensidade de luz.
Gabarito: B
3) (179 – TCU/2005) Em instalações elétricas, o dispositivo de
proteção deve ser dimensionado para defesa contra sobrecargas e
contra curtos-circuitos.
Resposta: Certo Segundo item 5.3 da NBR 5410/2004, os dispositivos
devem ser dimensionados para defesa contra sobrcargas e contra
curtos circuitos, além disso, afirma-se, na norma, que há dispositivos
que atuam simultaneamente na proteção contra correntes de
sobrecargas e correntes de curto-circuitos, há dispositivos que atuam
apenas na proteção contra correntes de sobrecarga e há dispositivos
que atuam apenas na proteção de correntes de curto-circuito, nesses
dois últimos casos podem haver associações com outros dispositivos.
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Gabarito: Correta
4) (17 – CGU/2008 – ESAF) Nos projetos de instalação elétrica e
de telefonia, é fundamental a importância do conhecimento da
terminologia para a especificação técnica dos seus diversos
componentes. É correto afirmar que:
a) plugue é um dispositivo elétrico sem contatos, ligado
provisoriamente em condutores. Errado, o plugue é o conector do
cabo elétrico dos aparelhos às tomadas.
b) invólucro é o elemento que impede o acesso às partes vivas a
partir de todas as direções. Certo, conforme a NBR 6146, as barreiras
ou invólucros são destinados a impedir todo contato com as partes
vivas da instalação elétrica.
c) fio de aço cobre é um fio constituído por núcleo central de cobre
com capeamento de aço. Errado segundo a NBR 5471: o fio de aço-
cobre possui núcleo central de aço com capeamento de cobre.
O fio de aço-alumínio possui núcleo central de aço com capeamento
de alumínio. O núcleo de aço é para dar resistência a tração, função
estrutural nos cabos.
d) cordoalha é um condutor formado por fios metálicos não tecidos.
Errado, segundo a NBR 5471: cordoalha é um condutor formado por
um tecido de fios metálicos.
e) clites são invólucros externos não metálicos, sem função de
vedação. Errado, clites são suportes para cabos ou eletrodutos.
Gabarito: B
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5) (143 – TCU/2009) Em instalações industriais, podem ser
utilizados condutores de alumínio, desde que a seção nominal destes
seja maior ou igual a 16 mm2, e a potência instalada, de, pelo
menos, 50 kW.
Resposta: Pessoal segundo a NBR 5410/2004, a utilização de cabos
de alumínio em estabelecimentos comerciais só é permitida para
seções maiores que 50 mm², desde que seja uma instalação
comercial com baixa densidade de ocupação e altura inferior a 28 m,
ou seja, permita condições normais de fuga das pessoas em
emergências, e a instalação e manutenção sejam realizadas por
pessoas qualificadas. Portanto, fora dessas condições que devem ser
atendidas simultaneamente deve-se utilizar condutores de cobre.
Já para as instalações industriais, é permitido o uso de condutores de
alumínio com seção nominal superior a 16 mm², desde que a
instalação seja alimentada diretamente por subestação de
transformação ou transformador, a partir de uma rede de alta tensão,
ou possua fonte própria e a instalação e manutenção sejam
realizadas por pessoas qualificadas. A norma não trata de potências
máximas ou mínimas no caso da utilização de condutores de
alumínio.
Gabarito: Correta
6) (52 – SEGER-ES/2011) No esquema da figura abaixo, que
representa parte de um projeto elétrico, há um interruptor duplo,
duas tomadas baixas e apenas quatro condutores fase.
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Resposta: A norma que prescreve os símbolos gráficos para
instalações elétricas prediais é a NBR 5444/89. Os símbolos mais
usuais estão descritos no quadro abaixo.
Condutor fase
Condutor neutro
Condutor de Retorno
Condutor Terra
Interruptor Simples
Interruptor Duplo
Interruptor Triplo
Interruptor Three Way ou
paralelo
Interruptor Four Way
Tomada Baixa (30 cm do piso
acabado)
Tomada Média (1,3 m do piso
acabado)
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Tomada de Piso
Tomada Alta (2,0 m do piso
acabado)
Ponto de Luz no Teto
Ponto de Luz na Parede
(Arandela)
Tabela 1 – Simbologia instalações elétricas
OBSERVAÇÃO é usual utilizar a representação de interruptores pela
letra S, S1 (interruptor Simples), S2 (interruptor duas seções), S3W
(interruptor three way), S4W four way.
Assim, estão representados no circuito da questão:5 condutores fase,
4 condutores neutros, 3 condutores terra, 1 condutor de retorno, um
ponto de luz no teto, duas tomadas baixas e um interruptor Three
Way (o padrão é a 1,3 m do piso).
Gabarito: Errada
(SEGER-ES/2011) Sabendo que as instalações elétricas de baixa
tensão, para garantir o funcionamento adequado das instalações, a
segurança de pessoas e animais e a conservação dos bens, devem
estar em conformidade com as condições fixadas em norma técnica,
julgue os itens que se seguem, referentes às instalações elétricas
prediais.
7) 91 Na figura abaixo, o esquema representa uma linha elétrica
do tipo condutores isolados ou cabos unipolares em eletrocalha ou
perfilado suspensa(o).
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Resposta:
Figura 4 – Eletrocalhas ou perfilado, fonte NBR 5410
A figura foi retirada da NBR 5410/2004 no item que trata dos tipos de
linhas elétricas, a pegadinha do examinador foi utilizar o desenho da
linha elétrica do tipo cabo multipolar e na questão ele cita condutor
isolado ou cabo unipolar. No desenho a única diferença é a
circunferência cinza no cabo multipolar.
Gabarito: Errada
8) 92 Uma corrente elétrica de curto-circuito consiste em uma
sobrecorrente resultante, por exemplo, de uma falta direta entre
condutores energizados, que apresentam uma diferença de potencial
em funcionamento normal.
Resposta: Bom, vamos lá! O que dificulta a questão é saber o que é
falta direta entre condutores. Falta elétrica:contato ou arco acidental
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entre partes de um circuito elétrico com potenciais diferentes,
normalmente ocasionada por falha no isolamento. A falta direta
ocorre quando a impedância de isolamento é baixa ou desprezível. E
a falta para a terra ocorre quando uma das partes envolvidas e a
terra, por exemplo, uma fase que entre em contato com a terra
utilizando-se do corpo humano. Com essa definição a questão está
correta.
Gabarito: Correta
9) 93 No esquema TT de aterramento, um ponto de alimentação,
em geral o neutro, é diretamente aterrado, e as massas dos
equipamentos elétricos são ligadas a esse ponto por um condutor
metálico.
Resposta: A NBR 5410 considera os esquemas de aterramento TN, TT
e IT. Para melhor esclarecimento, seguir pelas figuras abaixo.
Esquema de Aterramento TT. T ligação direta do Neutro à terra de
serviço (no poste do transformador de média tensão para baixa
tensão); T Massas ligadas diretamente à terra de Proteção (na
unidade receptora: residências).
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Figura 5 – Esquema TT de aterramento
Esquema de aterramento TN. T ligação direta do neutro à terra de
serviço; N massas ligadas diretamente ao neutro. O TN pode ser TN-
C, quando o terra de proteção e o neutro são um condutor comum;
TN-S, quando neutro e proteção são em condutores separados,
porém chegam ao mesmo ponto de aterramento, o de serviço.
Figura 6 – Esquema de aterramento TN
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Esquema de aterramento IT. I – Neutro isolado da Terra ou ligado à
terra por impedância de valor elevado. T – massas ligadas
diretamente à terra de proteção.
Figura 7 – Esquema de Aterramento IT
No caso, o erro da questão é que as massas dos equipamentos
elétricos estão ligadas diretamente à terra de proteção, ou seja, um
aterramento distinto do aterramento de alimentação, o Neutro.
Gabarito: Errada
10) (49 – Analista Legislativo SP/2010 – FCC) Nas instalações
elétricas de baixa tensão, se em um circuito monofásico a seção do
condutor fase de cobre é 35 mm2, a seção do condutor neutro de
mesmo material é, em mm2,
(A) 6
(B) 10
(C) 16
(D) 25
(E) 35
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Veja o que a NBR 5410 prescreve para o assunto:
6.2.6.2.1 O condutor neutro não pode ser comum a mais de um
circuito.
6.2.6.2.2 O condutor neutro de um circuito monofásico deve ter a
mesma seção do condutor de fase.
Portanto, o gabarito é letra E.
Gabarito: E
11) (54 – Copergás/2011 – FCC) Considere a figura a seguir:
No projeto de instalações elétricas de uma residência são utilizados
símbolos gráficos que representam os diversos componentes da
instalação. Os símbolos I e II representam, respectivamente,
(A) interruptor paralelo e campainha. Errado. o interruptor paralelo
(three Way) é indicado por um S3W (Switch three way) ou um circulo
preto, mas atenção só a circunferência significa um interruptor
simples. (Vide NBR 5444/89 – Símbolos gráficos para instalações
elétricas prediais)
(B) tomada simples e interruptor paralelo. Errado, as tomadas são
representadas por triângulos.
(C) interruptor paralelo e tomada de uso específico. Errado, as
tomadas de uso específico bipolares ou tripolares são representadas
por um circulo cortado por dois ou três traços respectivamente.
(D) interruptor simples e tomada de uso geral. Errado, já comentado
acima.
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(E) interruptor simples e interruptor paralelo. Errado, o segundo
símbolo representa uma campainha.
Selecionei essa questão para mostrar pra vocês qual raciocínio utilizar
quando a banca faz uma questão em que todas as alternativas estão
erradas, isso não é raro acontecer com bancas como FCC e ESAF,
cujas questões são de múltipla escolha. Como é necessário marcar
uma, deve-se optar pelo item menos errado. Dessa forma as
alternativas B e C estão completamente erradas, pois a nomenclatura
dos dois símbolos estão errados. As alternativas D e E o símbolo I
está correto é um interruptor simples, porém o símbolo II (mais
característico de campainha) está incorreto. Assim a alternativa A o
símbolo II mais característico da campainha está correto e o I é
incorreto, porém o símbolo de interruptor simples e paralelo são
muito similares, logo foi preferível marcar a alternativa pelo símbolo
que é mais específico, ou seja o da campainha.
Gabarito: A
12) (80 – TCE-AM/2012 – FCC) Considere a instalação elétrica do
cômodo da figura a seguir.
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Na instalação elétrica predial de baixa tensão apresentada na figura,
os condutores que estão instalados entre os pontos a e b são,
respectivamente,
(A) terra, neutro, de fase, retorno e neutro.
(B) neutro, de fase, terra, retorno e de fase.
(C) de fase, retorno, terra, de fase e retorno.
(D) retorno, neutro, de fase, terra e neutro.
(E) terra, de fase, neutro, retorno e de fase.
Bom selecionei essa questão só para vocês verem como as bancas
costumam cobrar os símbolos nas provas, além do terra que é um T
representado acima da linha do condutor; do Neutro que é um L
invertido cortando o traço; e da fase que é um barra vertical cortando
o traço de indicação do condutor; os outros símbolos mais comuns
são o das tomadas representados por triângulos e os interruptores
representados por círculos (ponto b da figura) ou pela letra S (S de
switch, interruptor em inglês). Para interruptores os números
subscritos junto ao símbolo representam a quantidade de seções,
simples, duplo, triplo, etc.
Gabarito: E
2 - INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
Para começar essa parte da matéria segue um glossário de termos
técnicos, considero importante, pois as bancas gostam de utilizar
alguns termos pouco conhecidos para ―pegar‖ candidatos. Alguns
foram retirados direto da norma NBR 5626/98 – Instalações
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Hidráulicas Prediais, outras foram retiradas do livro do Hélio Creder e
outras achei por bem comentar.
Alimentador predial: Tubulação que liga a fonte de abastecimento a
um reservatório de água de uso doméstico.
Automático de Boia: Dispositivo instalado no interior de um
reservatório que permite o funcionamento automático da instalação
elevatória entre seus níveis operacionais extremos. Ou seja, aciona e
desliga automaticamente a bomba de recalque.
Barrilete: Tubulação que se origina no reservatório e da qual derivam
as colunas de distribuição, quando o tipo de abastecimento é indireto
(Com reservatório). No caso de tipo de abastecimento direto, pode
ser considerado como a tubulação diretamente ligada ao ramal
predial ou diretamente ligada à fonte de abastecimento pública.
Cavalete: Tubulação imediatamente anterior e posterior a
hidrômetro, normalmente, a disposição dos tubos acaba com um
formato mesmo de cavalete.
Coluna de distribuição: Tubulação derivada do barrilete e destinada a
alimentar ramais.
Caixa quebra de pressão: caixa destinada a reduzir as pressões nas
colunas de distribuição. Alternativamente, pode-se utilizar válvulas
redutoras de pressão.
Conexão cruzada: Qualquer ligação física através de peça, dispositivo
ou outro arranjo que conecte duas tubulações das quais uma conduz
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água potável e a outra água de qualidade desconhecida ou não
potável.
Conjunto elevatório: Sistema para elevação de água. Conjunto
motor-bomba, tubulações e válvulas.
Dispositivo de prevenção ao refluxo: Componente, ou disposição
construtiva, destinado a impedir o refluxo de água em uma instalação
predial de água fria, ou desta para a fonte de abastecimento.
Duto: Espaço fechado projetado para acomodar tubulações de água e
componentes em geral, construído de tal forma que o acesso ao seu
interior possa ser tanto ao longo de seu comprimento como em
pontos específicos, através da remoção de uma ou mais coberturas,
sem ocasionar a destruição delas a não ser no caso de coberturas de
baixo custo. Inclui também o shaft que usualmente é entendido como
um duto vertical.
Fonte de abastecimento: Sistema destinado a fornecer água para a
instalação predial de água fria. Pode ser a rede pública da
concessionária ou qualquer sistema particular de fornecimento de
água. No caso da rede pública, considera-se que a fonte de
abastecimento é a extremidade a jusante do ramal predial.
Galeria de serviços: Espaço fechado, semelhante a um duto, mas de
dimensões tais que permitam o acesso de pessoas ao seu interior
através de portas ou aberturas de visita. Nele são instalados
tubulações, componentes em geral e outros tipos de instalações.
Instalação elevatória: Sistema destinado a elevar a pressão da água
em uma instalação predial de água fria, quando a pressão disponível
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na fonte de abastecimento for insuficiente, para abastecimento do
tipo direto, ou para suprimento do reservatório elevado no caso de
abastecimento do tipo indireto. Inclui também o caso onde um
equipamento é usado para elevar a pressão em pontos de utilização
localizados.
Instalação predial de água fria: Sistema composto por tubos,
reservatórios, peças de utilização, equipamentos e outros
componentes, destinado a conduzir água fria da fonte de
abastecimento aos pontos de utilização.
Ligação hidráulica: Arranjo pelo qual se conecta a tubulação ao
reservatório domiciliar.
Metal sanitário: Expressão usualmente empregada para designar
peças de utilização e outros componentes utilizados em banheiros,
cozinhas, áreas de serviço e outros ambientes do gênero, fabricados
em liga de cobre. Exemplos: torneiras, registros de pressão e gaveta,
misturadores, válvulas de descarga, chuveiros e duchas, bicas de
banheira.
Nível de transbordamento: Nível do plano horizontal que passa pela
borda do reservatório, aparelho sanitário ou outro componente. No
caso de haver extravasor associado ao componente, o nível é aquele
do plano horizontal que passa pelo nível inferior do extravasor.
Peça de utilização: Componente na posição a jusante do sub-ramal
que, através de sua operação (abrir e fechar), permite a utilização da
água e, em certos casos, permite também o ajuste da sua vazão.
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Ponto de suprimento: Extremidade a jusante de tubulação
diretamente ligada à fonte de abastecimento que alimenta um
reservatório de água para uso doméstico.
Ponto de utilização (da água): Extremidade a jusante do sub-ramal a
partir de onde a água fria passa a ser considerada água servida.
Qualquer parte da instalação predial de água fria, a montante desta
extremidade, deve preservar as características da água para o uso a
que se destina.
Ramal: Tubulação derivada da coluna de distribuição e destinada a
alimentar os sub-ramais.
Ramal predial: Tubulação compreendida entre a rede pública de
abastecimento de água e a extremidade a montante do alimentador
predial ou de rede predial de distribuição. O ponto onde termina o
ramal predial deve ser definido pela concessionária.
Rede predial de distribuição: Conjunto de tubulações constituído de
barriletes, colunas de distribuição, ramais e sub-ramais, ou de alguns
destes elementos, destinado a levar água aos pontos de utilização.
Refluxo de água: Escoamento de água ou outros líquidos e
substâncias, proveniente de qualquer outra fonte, que não a fonte de
abastecimento prevista, para o interior da tubulação destinada a
conduzir água desta fonte. Incluem-se, neste caso, a
retrossifonagem, bem como outros tipos de refluxo como, por
exemplo, aquele que se estabelece através do mecanismo de vasos
comunicantes.
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Registro de fechamento: Componente instalado na tubulação e
destinado a interromper a passagem da água. Deve ser usado
totalmente fechado ou totalmente aberto. Geralmente, empregam-se
registros de gaveta ou registros de esfera. Em ambos os casos, o
registro deve apresentar seção de passagem da água com área igual
à da seção interna da tubulação onde está instalado.
Registro de utilização: Componente instalado na tubulação e
destinado a controlar a vazão da água utilizada. Geralmente
empregam-se registros de pressão ou válvula-globo em sub-ramais.
Retrossifonagem: Refluxo de água usada, proveniente de um
reservatório, aparelho sanitário ou de qualquer outro recipiente, para
o interior de uma tubulação, devido à sua pressão ser inferior à
atmosférica.
Separação atmosférica: Separação física (cujo meio é preenchido por
ar) entre o ponto de utilização ou ponto de suprimento e o nível de
transbordamento do reservatório, aparelho sanitário ou outro
componente associado ao ponto de utilização.
Sub-ramal: Tubulação que liga o ramal ao ponto de utilização.
Tubulação de Recalque: Tubulação compreendida entre o orifício de
saída da bomba e o ponto de descarga no reservatório superior (de
distribuição);
Tubo Ventilador: Tubulação destinada à entrada de ar em tubulações
para evitar subpressões nesses condutos.
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Com esse glossário de termos referentes a instalações hidráulicas
prediais vamos pincelar alguns pontos importantes da matéria.
Começando pelos sistemas de distribuição, que podem ser:
a) Direto, a tubulação que vem da rede pública alimenta
diretamente todos os pontos de utilização. Desvantagem:
quando o abastecimento é interrompido ou a pressão abaixa,
a residência ou os pontos de utilização em níveis superiores
podem ficar sem água. Não há reservatório.
b) Indireto sem bombeamento, utilizado na maioria das casas,
a um reservatório superior de água alimentado pela rede
pública e a partir dele é feita a distribuição para os pontos de
utilização. Desvantagem: Maior custo para instalar o
reservatório.
c) Indireto com bombeamento, utilizado em prédios, onde há
um reservatório inferior alimentado pela rede pública e com
volume maior de reserva (3/5 do volume de dois dias de
consumo diário da edificação) e um reservatório superior de
volume mais reduzido (2/5 do volume de dois dias de
consumo diário da edificação) de onde é feita a distribuição
para os pontos de utilização. A elevação da água do
reservatório inferior para o reservatório superior (processo
chamado de recalque da água) é realizado por conjunto
motor-bomba no próprio prédio (instalação elevatória). Obs.:
além do volume de dois dias de consumo diário, os
reservatórios devem possuir um acréscimo de volume de
15% a 20% para reserva técnica de incêndio.
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d) Sistema hidropneumático de distribuição: esse sistema
dispensa reservatório superior, é um tanque vedado que fica
submetido à pressão suficiente para atender todos os pontos
de utilização da edificação a partir desse tanque
hidropneumático, situado no subsolo ou térreo. Pouco
utilizado devido aos custos de operação e manutenção,
porém quando há limitações estruturais para instalação de
um reservatório superior é a saída mais indicada.
A NBR 5626 limita a pressão estática máxima em 40 mca
(metros de coluna de água), ou seja, 400 KPa = 4 Kg/cm²=0,4 MPa.
Sendo que a pressão dinâmica máxima admitida devido à
sobrepressão é de 20 mca superior a pressão estática no ponto.
Uma das principais causas da sobrepressão é o golpe de aríete.
O golpe de aríete ocorre com o fechamento brusco de válvulas de
descarga, interrompendo bruscamente o fluxo ocorrendo ondas de
sobrepreção na tubulação.
Uma questão importante a ser mencionada é o fecho hidráulico,
ou, comumente falando, sifonamento de aparelhos sanitários, ralos,
etc. Esse fecho hidráulico impede o escape de gases do sistema
predial de esgoto sanitário para os locais de utilização dos aparelhos.
Para o correto funcionamento do sifonamento é necessária a
instalação dos tubos ventiladores na instalação de esgoto,
favorecendo a manutenção da pressão atmosférica na tubulação de
esgotos. Isso impede, por exemplo, quando uma descarga no
pavimento superior da edificação for acionada ao ser esgotada
descendo pela coluna, ocorra a subpressão na coluna de esgoto e
essa subpressão sugue a água do fecho hidráulico nos aparelhos
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sanitários conectados a essa coluna. O sifão é denominado
desconector hidráulico.
Seguem as questões comentadas. Inclui água fria, água quente,
esgotos sanitários.
13) (52 – Sabesp Geotecnia/2012 – FCC) No projeto de instalação
predial de água fria, o sistema de abastecimento de água em que a
rede de distribuição é alimentada pelo abastecimento público que
assegure a continuidade no fornecimento da água é:
(A) direto. Certo, os ramais são alimentados direto pela rede pública
de abastecimento.
(B) indireto. Errado, nesse sistema a rede pública abastece os
reservatórios do prédio ou residência e a partir do reservatório
elevado, superior, a água fria é distribuída nos ramais das peças de
utilização.
(C) misto. Errado, não exige maiores explicações parte dos ramais
são abastecidos diretamente pela rede pública, mas existe o
reservatório de água para garantir os momentos de interrupção de
abastecimento.
(D) hidropneumático. Errado, o abastecimento público abastece um
reservatório inferior pressurizado e a partir desse reservatório os
ramais são abastecidos.
(E) pneumático. Errado, o termo técnico é hidropneumático.
Gabarito: A
14) (56 – TRF2/2012 – FCC) Tendo em vista a função a que se
destina, a tubulação de uma instalação predial de abastecimento de
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água fria recebe nomes distintos ao longo do trajeto da água:
subramais, ramais, barriletes e colunas de distribuição.Barrilete é
(A) a ligação entre a coluna de distribuição e os ramais.
(B) a ligação final com a peça de utilização.
(C) o distribuidor para os ramais.
(D) a tubulação que se origina nos reservatórios. Certa, por definição
isso é o Barrilete, não há o que comentar.
(E) o coletor final do sistema.
Gabarito: D
15) (25 – SEAD/PA – 2005) A figura acima mostra um esquema
típico de entrada de água em edifícios. Com relação aos componentes
do sistema mostrado, indicados pelas letras de V a Z, assinale a
opção incorreta.
A V é um pescoço de ganso. Certo, sugestivo né!
B W é um registro de passeio. Certo
C X é um registro de bóia. Certo, repare no nível de água, tá igual ao
da boia!
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D Y é uma válvula de retenção. Errado, logo como a banca que o item
incorreto, esse é o gaba. Y indica uma válvula de pé. Essa é a única
válvula que se localiza no fundo do reservatório inferior, a função
dela é permitir a sucção da água pela bomba de recalque, ou seja,
elevação d‘ água do reservatório inferior do edifício para o
reservatório superior. Essa válvula, segundo a norma NBR 5626/98
deve ser com crivo (espécie de coador, grade metálica de ferro
batido, cobre ou latão). O crivo impede a sucção de partículas sólidas
que danificam a bomba.
E Z é um extravasor. Certo, usando da imaginação, o extravassor fica
no topo do reservatório elevado, é famoso ―ladrão‖.
Gabarito: D
Figura 8 – Válvula de pé com crivo
Definições relevantes:
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Escorvamento da bomba: as bombas ao iniciar a operação
precisam de ter a tubulação de sucção preenchida com o líquido
a ser bombeado, diz-se que a bomba está escorvada quando a
coluna de sucção está cheia, essa escorva pode ser realizada
manualmente, ou em alguns casos, as bombas são auto-
escorvantes.
Montante (em hidráulica): quer dizer local de onde a água
vem, inicia seu trajeto, por isso lembra montanha (rios
nascendo em montanhas...)
Jusante: quer dizer rio abaixo, para onde a água vai.
Válvula de pé: Instalados na extremidade inicial de
montante da sucção de modo a garantir o escorvamento da
bomba durante algum tempo em que a mesma não estiver
funcionando, ou seja, são instalados na entrada das tubulações
de sucção das bombas com a finalidade de impedir o retrocesso
da água quando o bombeamento é desligado, independente do
motivo. Para o seu melhor funcionamento faz-se necessário que
a tubulação de sucção, pelo menos seu trecho inicial, esteja na
vertical. Em instalações com bombas afogadas ou submersas
não há necessidade da válvula de pé, pois as bombas
permanecem automaticamente escorvadas, mas normalmente o
crivo não pode ser dispensado.
Válvula de retenção localiza-se onde a letra Z indica na
figura da questão, quando a bomba de recalque para de
funcionar, a válvula de retenção fecha o circuito hidráulico
automaticamente impedindo que a água da tubulação retorne
para o reservatório inferior. Como se vê a válvula de pé e de
retenção tem funções de impedir o retorno da água, porém a
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válvula de pé tem um formato similar e só pode ser instalada
na tubulação de sucção. Já a válvula de retenção sempre deve
estar no meio de uma tubulação, e a atuação de impedir o
retorno de água é só em um sentido.
A figura abaixo apresenta de forma mais clara as demais
componentes do esquema típico de entrada de água em edifícios.
Figura 9 - Esquema de entrada típica em edifícios -Fonte: Hélio
Creder: Instalações Hidráulicas e Sanitárias
16) (26 – SEAD/PA – 2005) No que se refere aos componentes de
uma estação elevatória de água com bomba centrífuga, assinale a
opção incorreta.
A As válvulas de retenção são peças conectadas na extremidade de
tubulações de sucção em instalações de bombas não afogadas.
Fabio
Realce
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B No salão das máquinas, são instalados os conjuntos elevatórios e,
na maioria dos casos, os equipamentos elétricos pertinentes.
C O poço de sucção é o compartimento, de dimensões limitadas, de
onde parte a tubulação que conduz a água para a bomba.
D As tubulações das casas de bombas podem ser de ferro fundido
com juntas de flange.
E O manômetro deve ser conectado na saída da bomba.
Resposta: Essa questão traz o mesmo erro da questão anterior, a
definição apresentada pela banca de válvula de retenção aplica-se
para válvula de pé. A banca trocou uma pela outra.