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Volta às aulas Alagamentos Depois dos graves alagamentos ocorridos na última semana no bairro Guajuviras, a administra- ção municipal prometeu soluções. Mas promessa similar foi feita no final de 2013, e não cumprida. Com escolas sucateadas e sem valorização dos pro- fessores, escolas retomam atividades na próxima se- mana. O presidente do Sinprocan relata os problemas e aponta promessas descumpridas pela Prefeitura. Canoas, 21 a 27 de fevereiro de 2014 Edição n° 2588 Fundado em 29.07.66 R$ 1,50 Página 7. Página 6. Área central ganha subprefeitura para manter cargos VILA DE PASSAGEM Semana de muita confusão TRENZINHO DA ALEGRIA Pág.7 Greve dos Correios A paralisação parcial dos Correios tem causado transtornos aos canoenses, mas a maior agência da cidade funciona com 100% do efetivo. Em contrapar- tida, Central de Distribuição tem alta adesão à greve. 8 Mudanças de famílias da Vila de Passagem chegaram a ser levadas na semana passada para moradias definitivas, mas bombeiros não liberaram as novas residências e tudo voltou para a Vila Pág. Pág. Última página.
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Edição 2588

Mar 22, 2016

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O Timoneiro

 
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Page 1: Edição 2588

Volta às aulas AlagamentosDepois dos graves alagamentos ocorridos na última semana no bairro Guajuviras, a administra-ção municipal prometeu soluções. Mas promessa similar foi feita no final de 2013, e não cumprida.

Com escolas sucateadas e sem valorização dos pro-fessores, escolas retomam atividades na próxima se-mana. O presidente do Sinprocan relata os problemas e aponta promessas descumpridas pela Prefeitura.

Canoas, 21 a 27 de fevereiro de 2014

Edição n° 2588Fundado em 29.07.66

R$ 1,50

Página 7.Página 6.

Área central ganha subprefeitura para manter cargos

47anos

VILA DE PASSAGEM

Semana de muita confusão

TRENZINHO DA ALEGRIA

Pág.7

Greve dos CorreiosA paralisação parcial dos Correios tem causado transtornos aos canoenses, mas a maior agência da cidade funciona com 100% do efetivo. Em contrapar-tida, Central de Distribuição tem alta adesão à greve.

8

Mudanças de famílias da Vila de Passagem chegaram a ser levadas na semana passada para moradias definitivas, mas bombeiros não liberaram as novas residências e tudo voltou para a Vila Pág. 9

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Última página.

Page 2: Edição 2588

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Page 3: Edição 2588

CANOAS, 21 A 27 DE FEVEREIRO DE 2014 I POLÍTICA I O TIMONEIRO I 3

[email protected]

“A página em branco é a manhãsem nuvens: é a esperança...”

Eça de Queirós

Excepcionalmente, nestaedição o CFC não será

publicado.

TARTARUGAO governo Jairo Jorge atua como uma tartaruga em

relação à economia de recursos públicos. No entanto, comportasse como um coelho quando o assunto é gastá-los.

Agora, depois de gastar milhares de reais com uma secretaria quase inútil, que foi a Secretaria da Copa, criada apenas para o processo de toma lá, da cá de apoio político eleitoral, decidiu extinguir a secretaria.

De toda a conversa fiada e promessa de que a Secretaria da Copa iria trazer delegações estrangeiras para Canoas NADA SE CONFIRMOU. Mas as despesas com cargos de secretário, sub-secretários, vários CC’s, telefones, carros oficiais, passagens aéreas, recepções, isto tudo aconteceu durante anos. Parece mentira, mas é verdade que o governo sempre encontra uma maneira de jogar o dinheiro público fora.

Enquanto isso, educação, saúde e segurança, não têm dinheiro.

FESTAS E PROPAGANDASTomei conhecimento nos sites CONJUR e GLOBO,

que dizem:“A prefeitura de João Pessoa está proibida de fazer todo

e qualquer pagamento de despesas relativas à propaganda e publicidade oficial do município, bem como a formali-zação de qualquer contrato de propaganda ou publicidade. A 4ª Vara da Fazenda Pública da capital da Paraíba assim decidiu porque, até o momento, a prefeitura não cumpriu a determinação judicial de caráter liminar para aquisição de medicamentos para portadores de câncer.

O caso ocorreu na Ação Civil movida pelo Ministério Público contra o Estado e o Município de João Pessoa. Na decisão, o juiz Antônio Carneiro de Paiva Júnior de-terminou, ainda, a imediata suspensão de todo e qualquer pagamento relativo a eventos festivos até nova deliberação do Juízo.”

Lembrei que aqui em Canoas as despesas da Prefeitura com festas e propaganda são imensas, e me dei conta que a saúde é um caos, que faltam vagas em creches, que os precatórios não são pagos e tantas outras coisas que pode-riam ser realizadas e/ou melhoradas se fossem reduzidos os gastos em festas e propaganda que só servem para promoção pessoal do atual Prefeito.

AIRTONEm seu pronunciamento na

sessão do dia 13, o vereador Airton Souza (PP) defendeu a importância de o transporte coletivo passar por melhorias em Canoas. Uma das principais reivindicações diz respeito à instalação de equipamentos de ar-condicionado nos veículos, uma antiga bandeira levantada pelo parlamentar.

NOVOS CAMINHOSAs lideranças do PT local ligadas ao prefeito Jairo

Jorge já trabalham com a hipótese do mesmo afastar-se da prefeitura no dia 04 de abril, para concorrer na eleição de outubro.

TRANSPORTE PÚBLICOO meu amigo Barbosa, advogado e juiz aposentado,

quando foi prefeito de Sapucaia do Sul, conseguiu combater brilhantemente o monopólio do transporte, e me enviou a sua receita do sucesso, a qual poderá ser usado pelos atuais prefeitos para acabar com a vergo-nha que é esse setor, pois o principal está esquecido hoje, que é a concorrência, que faz baratear os serviços e melhorá-los. Vale a pena ler.

“Prezado:Tenho lido e buscado me informar a respeito da

questão da licitação para transporte público, por ônibus, em Porto Alegre.

Sei que, efetivamente, o certame tarda mais de 25 anos.

Independente das causas pelo excepcional retarda-mento, calha lembrar modelo trabalhista implantado na matéria por ocasião do governo do PTB, em Sapu-caia do Sul, por mim liderado entre 1993/96.

Havia uma situação de recentíssima renovação, por 20 anos, com empresa de ônibus que já antes detinha a concessão e prestava reiteradamente mau serviço.

As multas pelo descaso eram insignificantes e a Câmara se recusava a reajustá-las.

Enquanto isso, mulheres saiam grávidas e operá-rios pungados de seus envelopes salariais naqueles ônibus, que não atendiam a horário nem eram refor-çados nos momentos de maior demanda.

Identificou-se que na Região Metropolitana em-presas do ramo se combinavam para somente aquela que já detinha a concessão, apresentasse proposta na nova licitação, renovando-se o ciclo monopolista do mau serviço e, assim, caríssimo.

A questão tinha sido previamente estudada e ava-liada no Plano de Governo e campanha, constando como prioritário o seu enfrentamento.

A diretriz era democratizar, melhorar e razoavel-mente, baratear o serviço indispensável.

Havia uma lei antiga que autorizava lançar lota-ções, nunca posta em execução.

Foi por ali.Aposta na concorrência e desconcentração.O edital, esmeradamente trabalhado, criava novas

linhas, várias delas embora mais amplas, coincidentes com as de ônibus.

Estimativas prévias davam conta de que o inves-timento se pagaria em menos de três anos, dos cinco da concessão.

Garantidas as cláusulas gerais, dentre elas, a exi-gência de veículos novos, segundo registro no Detran, no momento da proposta, para evitar o lotação-papel.

Prazo da concessão: cinco (5) anos, não renovável, visando a constante atualização da frota.

Intransferibilidade dos direitos concedidos, no período, pena de perda, com vista à defesa contra a cartelização.

Uniformidade da pintura (vermelho Beira-Rio), com prazo razoável para a adaptação, pós concessão.

E licitadas linha a linha, fixação de critérios de desempate na avaliação das propostas, em favor daquele que:

a) apresentasse o veículo mais novo (e com me-lhor equipamento, como ar condicionado);

b) o veículo fosse registrado em Sapucaia do Sul;c) o proponente não fosse detentor de outra con-

cessão ou permissão em qualquer modal de transporte público, como ônibus, taxi, com vista à democratização e incentivo a novos investidores;

d) maior desconto no valor da tarifa por todo o período concedido.

Previsivelmente, o edital e as próprias fases do procedimento licitatório foram alvo de várias impug-nações judiciais.

Nenhuma se vitoriou, graças à legalidade do pro-cedimento e alta sensibilidade de juízes e tribunais em tema de tão expressivo interesse público.

O resultado foi, dada a concorrência, maior oferta, menor preço, maior conforto e o apoderamento pela população da alternativa, como sensível melhoria do antigo transporte por ônibus.

E desconcentração, pois ao final ninguém tinha duas linhas, que não poderiam ser vendidas no perí-odo, pena de perda da concessão.

Note-se: isso não é um projeto, uma doutrina, experiência ou estudo.

Isso é, sim, uma realização com marca trabalhista, que aí está até hoje.

Quem sabe isso possa ser útil e lembrado na for-matação do esperado edital portoalegrense e, quiçá, se espalhar pelo País.

O patrão, como se sabe, é o usuário.E isso num tipo de serviço indispensável que é

pago antecipadamente e em dinheiro.Claro, se Porto Alegre tiver um pouco mais de

tempo para formatação do seu edital, o que seria razoável conceder.

Afinal, 25 anos depois, não é demasia dar-lhe mais 90 dias, não?

Abraço,Luiz Francisco Corrêa Barbosa, ex-prefeito de

Sapucaia do Sul (PTB)”

ELEIÇÃOO grande problema enfocado pelos marqueteiros,

se Jairo Jorge decidir concorrer a deputado estadual, será seu enfrentamento com a candidatura da advogada Gisele Uequed, também para deputada estadual, ela que foi a segunda mais votada nas eleições para prefeito.

Assim Jairo teria que carregar o peso da candidata Dilma para presidente, enquanto Gisele trabalharia com o apoio de Marina Silva.

Um marqueteiro pergunta:QUAL DOS DOIS SERÁ MAIS VOTADO EM

CANOAS?

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O tamanho da ganância e da irresponsabilidade dos atuais gestores da Administração Municipal parece ilimitado. É enorme a quantidade de cargos de confian-ça e de estágios criados pelo prefeito Jairo Jorge para poder empregar com dinheiro público seus milhares de correligionários. Outros milhares estão ainda na mão do Prefeito a partir das empresas terceirizadas, que fazem serviços de limpeza, zeladoria, serviços de saúde como

enfermagem e outros tipos de prestações, pois estas coopera-tivas e empre-sas empregam quem o gestor manda, em um grande esquema para burlar as leis trabalhistas e de responsabi-lidade fiscal. O maior exemplo desta irrespon-sabilidade é a

Secretaria Especial da Copa, criada supostamente para promover a cidade e atrair seleções que participarão da Copa do Mundo e turistas. Após anos, onde milhões de reais escoaram pelo ralo, a única coisa que a Secretaria da Copa vai deixar de ‘legado’ é um aplicativo para computadores e celulares, que a três meses da Copa ainda não está pronto. Diante do fiasco, a Secretaria foi extinta, mas, para não ter que se desfazer dos cargos criados, o Prefeito teve a brilhante ideia de transformá-la na Subprefeitura do Centro. Parece até piada. Se as subprefeituras dos quadrantes Norte, Sul, Leste e Oeste já servem apenas para empilhar correligionários políti-cos, para que mais servirá uma que fica justamente na área central, onde a sede da Prefeitura está?

4 I O TIMONEIRO I OPINIÃO I CANOAS, 21 A 27 DE FEVEREIRO DE 2014

EditorialTrenzinhos da alegria

Diretor: Feres Jorge UequedRedator: Émerson VasconcelosDiagramação: Sinara DutraCirculação: Celço Andreotti Redação: Av. Victor Barreto, 3056/3º andarSala 314 - Centro - Canoas - RS - Cep 92010-000Circulação SemanalFechamento comercial: Quintas-feiras, às 14 horasIMPRESSO: Gazeta do Sul S/A - Rua Ramiro Barcelos, 1.206Santa Cruz do Sul-RS.Filiado a ADJORI/RS

Os textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores, não traduzindo obrigatoriamente a opinião do jornal.

Editado por: CEDRO - Editora e Empresa de Comunicação Ltda. CGC/MF 02.347.932/0001-30

Fone/fax: 3032.3022 - 3472.3022 e-mail: [email protected]

site: www.otimoneiro.com.brEscritório comErcial Porto alEgrE

AV. CARLOS GOMES, 126/207 - HIGIENÓPOLIS - F.:8415.3142

Desde 1966 relatandoa história de Canoas

“O maior exemplo desta rresponsabilidade é a Secretaria Especial da Copa”

Essa pretendida melhoria do transporte coletivo, no eixo norte da Região Metropolitana, não alcançará o ponto ideal. A Agência Estadual de Regulação dos Ser-viços Públicos Delegados (Agergs) aprovou a proposta de simplificação para o aludido sistema. A notícia saiu nos jornais e nas rádios do dia 12.

Os municípios a serem beneficiados, Canoas, Esteio, São Leopoldo, Sapucaia do Sul, e Novo Ham-burgo, concretamente um só. Interligados em linha reta, sem acidentes geográficos que dificultem sua ligação, somente política e administrativamente são separa-dos. Mas, para que a melhoria chegue ao ponto ideal, também aqui devem se unir, para que os usuários não sofram nas paradas porque as empresas são donas de linhas, enquanto eles passageiros só têm o “direito” de pagar. Todos os ônibus daquelas cidades, cada qual em seu horário, deveriam nos transportar a Porto Alegre. A receita, em caixa único, seria partilhada a cada dia.

  ÁguaAs seguidas falta de água potável, em famílias e

famílias, enquanto pessoas insensatas a usam para lavar automóveis, calçadas etc, trazem de volta a sugestão da obrigatoriedade de cisternas ou reservatórios aéreos, que recolhessem as águas das chuvas para aqueles usos não essenciais:

Bagagem“Mesa principal é como vitrina. Uma bobagem,

que deve ser abolida, é essa da mesa principal em ban-quetes e solenidades e encontros de bico seco. Além de expor os que nela sentam à curiosidade geral, como se fossem objetos de vitrina, a mesa principal desiguala os participantes de qualquer reunião”. (O Timoneiro, 16.10.1987).

Diversas para todos

*Escritor, jornalista, editor dos Cadernos Canoenses, mantenedor da Fundação Cultural de Canoas, membro da

Associação Canoense de Escritores, da Associação Canoense de Comunicação Social e da Casa do Poeta

Canabarro Tróis filho*

Hoje ao vermos espetáculos da tradição que encan-tam plateias com sua beleza coreográfica, como as danças tradicionais gaúchas – mais de setenta danças - muitos se perguntarão: Mas de onde vieram, e quem descobriu ou pesquisou estas maravilhas que a todos encantam? São milhares de Centros de Tradições Gaúchas pelo Rio Grande e pelo Brasil, onde existe um CTG, as danças tradicionais gaúchas são o principal pano de amostra da cultura gaúcha.

Ao vermos palcos de danças como o do Rodeio Crioulo de Vacaria e do Enart , só para citar os dois de maior expressão, locais que movimentam milhares de dançarinos e expectadores admiradores da tradição gaúcha, outra per-gunta surge: Com quem a tradição conheceu e aprendeu a dançar? Pela importância sob o aspecto cultural e pela complexidade que envolve o aprendizado coreográfico das danças tradicionais gaúchas, a resposta pode ser considera-da simples. Tudo começou há aproximadamente 60 anos, quando em 1956 foi publicado o Manual de danças gaúchas, fruto das peregrinações de Paixão Côrtes e Barbosa Lessa pelo interior gaúcho, especialmente entre 1950 e 1952.

Como conta Paixão Côrtes em entrevista ao jornal ZH, em 2012, foi através do colega da Faculdade de Agronomia, Nei Azevedo que, numa conversa, informou que no litoral eles dançavam o pezinho. Palavras do Paixâo. “Em março de 1950, pegamos um ônibus do CTG 35 e fomos a Palmares do Sul, eles dançaram e nós registramos”. Assim, seria o pezinho a primeira dança pesquisada pela dupla.

Muitas vezes já me perguntei, não houvesse o interesse da dupla Paixão e Lessa em pesquisar a origem das danças tradicionais gaúchas, nós teríamos a oportunidade de, todos os dias, assistir espetáculos da tradição, nos CTGs, rodeios e festivais de danças gaúchas.

*Tradicionalista

Em setembro do ano que passou, escrevi sobre a absol-vição pela Câmara, do deputado Natan Donadon, em texto intitulado “Indiferentes ao Recado das Ruas”.

Hoje volto ao tema, depois da decisão por 467 votos a favor da cassação, nenhum contra e apenas uma abstenção, contra 233 pela cassação e 131 pela absolvição, em agosto do ano passado, quando eram necessários em ambos os casos, 257 votos, no mínimo, para que o deputado fosse cassado.

No último dia 12 de fevereiro, diante da “nova chance” de julgar o colega, vários deputados foram à tribuna defender a cassação, tentando com esta atitude, recuperar a imagem do Parlamento, depois da vergonhosa decisão de agosto do ano passado, quando absolveram um de seus pares, já condenado pela justiça à pena de 13 anos de reclusão. A absolvição causou desconforto à Câmara que tinha sido alvo de recente protesto, em que manifestantes ocuparam o teto do Congresso.

A virada no placar se deu por uma mudança nas regras da Casa. Uma semana após livrar Donadon, diante da grande repercussão do fato nas redes sociais, na mídia e na socie-dade brasileira em geral, a Câmara dos Deputados aprovou, por unanimidade, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que estabeleceu o fim do voto secreto, proposta esta que estava tramitando na Câmara, desde o ano de 2001.

Com o fim deste instrumento, o parlamentar deixa de contar com a proteção do anonimato, que lhe proporcionava o voto secreto e tem que se expor diante da opinião pública, especialmente diante de seus eleitores, que devem julgar sua postura, num momento crucial para a imagem do Congresso e, especialmente, num ano eleitoral.

Este foi o primeiro teste de transparência imposto pela votação aberta e se constitui numa mudança histórica na conduta do Congresso, em relação à atitude de seus compo-nentes, no momento em que cassa um membro da Casa, que aspirava manter a representação legislativa, mesmo depois de julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por formação de quadrilha e desvio de dinheiro da Assembleia Legislativa de Rondônia. O fato beneficia o próprio Legislativo, que passa por um desgaste muito grande e precisa recuperar o crédito perdido e fortalece o processo democrático.

Depois da instituição do voto aberto, os parlamentares tem consciência de que estão sendo acompanhados por seus eleitores, aos quais devem prestar contas de suas atitudes, sob pena de não voltarem a se eleger.

A vigilância permanente da sociedade brasileira sobre seus representantes é que vai aperfeiçoar nossa política e tornar nossas instituições mais democráticas e transparentes.

*Professora

Com quem a tradição aprendeu a dançar

A eficácia do voto aberto

Olegar Lopes*

Marina Lima Leal*

Como as artimanhas dos poderes se sobrepõem aos in-teresses sociais, na greve da Trensurb, no programa da Rádio Pampa, comandado pela Beatriz e sua equipe, os quais, como de hábito, falaram coisas que se complementavam citando o surgimento dos planos de saúde, que a Trensurb insistia e os empregados não aceitavam por ser muito oneroso à categoria. Entre várias outras indagações e complementações, a Beatriz Fagundes chegaria no outro dia em Porto Alegre onde, segun-do ela, alertaria a Presidenta, que o Ministro dos Transportes não poderia deixar que uma empresa estatal ignorasse, tendo o País um sistema de assistência, o nosso SUS. Qual a razão da insistência da Trensurb querer fazer o seu plano de saúde aos seus funcionários, precisaria no mínimo uma investiga-ção. Agora na greve do transporte coletivo de Porto Alegre, novamente, por mais de uma vez, se falou em um plano de saúde, que estaria também acrescentando valores ao que re-cém os rodoviários. Agora vou repetir o que disse a Beatriz, no caso da Trensurb: “Quem quiser fazer planos de saúde e se assim for o seu interesse, no coletivo ou no individual, onde as pessoas são livres, em um País democrático o façam”. Isso para mim são artimanhas do poder, esvaziando parcei-ros na fiscalização do Controle Social, indo pedir benesses dos empresários dos transportes. Nesses dois exemplos que poderemos ampliar sem limites de atividades empresariais, inclusive na área de saúde. Precisamos de vocês, com toda a dignidade não comprometida para com altivez dar suporte ao Sistema SUS. Abaixo as tentativas anti-SUS. (Final).

*Comunitarista

Sindicatos, planos desaúde e SUS - II

Odil Gonçalves Gomes*

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CANOAS, 21 A 27 DE FEVEREIRO DE 2014 I GERAL I O TIMONEIRO I 5

18 ANOS

Moradores reclamam de problemas na mudança

VILA DE PASSAGEM

Redistribuição de quem fica na vila para área tomada por esgoto está revoltando famílias

Na quinta-feira, 20, o Unila-salle Canoas recebeu a Con-tec Brasil 2014, com o tema O futuro da aprendizagem interativa.A terceira edição do evento promovido pela Feira do Livro de Frankfurt, realizado em parceria com a institu-ição, conta com a presença de palestrantes nacionais e internacionais, discutindo sobre educação, tecno-logia, conteúdo e mundo editorial. A programação geral apre-sentada pela Contec Brasil 2014 trouxe apresenta-ções e debates sobre novas tecnologias, abordagens inovadoras e divertidas para o aprendizado, jogos, plata-formas on-line, aplicativos, ferramentas interativas de aprendizagem e livros avan-çados que agitam os papéis tradicionais e remodelam a experiência de apren-dizagem nas escolas, nas universidades, em casa e no lazer. A proposta da direção da Feira do Livro de Frankfurt é reunir na Contec Brasil edi-tores, educadores, adminis-tradores da área educacio-nal, experts em tecnologia, educação e profissionais de empresas crossmedia.

No dia 13 uma legítima trapalhada da Prefeitura in-dignou moradores da Vila de Passagem. Caminhões levaram as mudanças de várias famílias para os apartamentos defini-tivos e logo depois trouxeram os pertences de volta à Vila de Passagem, pois a obra não estava liberada para que hou-vesse a mudança, devido a um problema na rede elétrica. No dia seguinte, uma comitiva de moradores protestou em frente à Secretaria de Habitação e, depois disso, a mudança só começou a ser feita na quarta-feira, 19, e deve seguir até esta sexta-feira, 21.

Segundo a Prefeitura, o que levou ao adiamento da mudança foi uma falha da construtora, mas não foi explicado, na nota oficial, o motivo dos caminhões terem levado os pertences das pessoas se os apartamentos não estavam ainda vistoriados. A nota dizia: “No dia de hoje ocorreu atraso pois ao a AESUL ligar a energia verificou-se que a construtora cometeu erro em executar projeto elétrico, neces-sitando de correção. Diante dis-so, os bombeiros não puderam fazer a vistoria e as unidades não podem ser entregues. Isso ocorre porque é necessário pre-zar pela segurança dos mora-dores e legalidade na entrega”.

Unilasalle recebe Contec Brasil 2014

Edital de Citação de Interessados, Ausentes, Incertos e Desconhecidos – Usucapião1ª Vara Cível – Comarca de Canoas Prazo de: trinta (30) dias. Natureza: Usucapião Processo: 008/1.13.0002466-1 (CNJ:. 0004945-93.2013.8.21.0008). Autor: Daniel Queiroz Sitjá. Réu: Espólio de Luiz Lousart Bento.Objetivo: Citação de demais Interessados, Ausentes, Incertos e Desconhecidos, dos termos da presente Ação de Usucapião, por meio da qual os autores acima nominados postulam a declaração de domínio sobre o imóvel usucapiendo a saber: “Uma casa de alvenaria com 94,54m², uma garagem de alvenaria com 42,43m² e o respectivo terreno que possui área de 320,59m² situado na Rua Boa Saúde, 155, Rio Branco, Canoas/RS, localizado no quarteirão formado pelas ruas Boa Saúde, Cairú, Boa Esperança e Avenida Guilherme Schell, e que assim se descreve e confronta: de quem olha da rua para o terreno, o mesmo mede 8,76m de frente ao Sul, a entestar com a referida rua; 8,88m de fundos, ao Norte, confrontando com o imóvel de Walmor Garcia Ávila; 30,05m do lado direito, a Leste, confrontan-do com o imóvel de José de Souza Ferreira e 36,69m do lado esquerdo, a Oeste, confrontando com o imóvel de Adriana Perett. Imóvel de transcrição nº 12.137 do Livro 4-J do Registro de Imóveis de Canoas”; para, que-rendo, ofertarem contestação no PRAZO de QUINZE (15) DIAS, sob pena de presunção de veracidade dos fatos narrados pelos autores na petição inicial. O prazo fluirá a partir do trigésimo primeiro dia da publicação deste edital.Canoas, 12 de fevereiro de 2014.Escrivão: Paulo Sérgio R. Boeira.JUIZ: Rodrigo de Souza Allem.

EDITAL DE CONVOCAÇÃOASSEMBLÉIA GERAL

EXTRAORDINÁRIAO Presidente executivo da Associação dos Servidores Municipais de Canoas, no uso de suas atribuições estatu-tárias, Art. 37º , letra “D”, do estatuto social, CONVOCA os integrantes da Comissão Deliberativa, Comissão Fiscal, Di-retoria Executiva e Associados em geral, para a Assembléia Geral Extraordinária, a ser realizada no dia 10 de março de 2014, nas dependências do salão social Júlio Pereira de Souza, situado na rua Nerci Pereira de Flores nº 179, bairro Centro, Canoas/RS, com a 1a. Chamada, Artigo 50º, parágrafo 3º, às 19h e 2ª. e última Chamada, com qualquer número de associados, às 20h, com a seguinte

ORDEM DO DIAA – Deliberar sobre o ofício nº 007 de 2014 da SMF/GS.B – Deliberar sobre o Artigo 28º, letra “B” do Estatuto Social.C – Deliberar sobre a implantação de PPCI na sede social.D – Deliberar sobre alienação de bens imóveis da ASMC. E – Assuntos Gerais.

Canoas, 21 de fevereiro de 2014.

FIRMO FARIAS DOS SANTOSPresidente

EDITAL DE CONVOCAÇÃOASSEMBLÉIA GERAL

EXTRAORDINÁRIAO Presidente executivo da Associação dos Servidores Municipais de Canoas, no uso de suas atribuições es-tatutárias, Art. 51º e 37º, letra “D” do estatuto social, CONVOCA os associados da Associação dos Servidores Municipais de Canoas, com direito a voto, para a As-sembléia Geral Extraordinária, a realizar-se no dia 24 de Março de 2014, nas dependências do Salão Social Júlio Pereira de Souza, sito à rua Nerci Pereira Flores nº 179, bairro Centro, Município de Canoas, com a 1a. Chamada às 19hs, com maioria absoluta dos associados, Art. 50º, parágrafo 1º e 2a. Chamada às 20hs, com no mínimo de 1/3 dos associados, com direito a voto.

ORDEM DO DIA

A – Aprovar o Novo Regimento EleitoralB – Assuntos Gerais

Canoas, 21 de fevereiro de 2014.

FIRMO FARIAS DOS SANTOSPresidente

Mais problemasMacir Rodrigues de Azeve-

do mora na Vila de Passagem desde 2012 e conta que durante todo o tempo que vive lá, com sua esposa e com seu enteado, que tem Síndrome de Down, foi prometido a ele que iria ser transferido para uma casa, mas a promessa foi quebrada. “Meu en-teado tem 11 anos e o médico já disse que ele não tem condições de se adaptar em um apartamen-

Famílias não querem ir para área mais precária da vila

to. Estávamos tranquilos, mas agora estão nos levando para um apartamento. O que vai ser do menino?”, contestou o morador.

Outra polêmica que se criou depois desta etapa de transferên-cias é em relação à redistribuição de moradores dentro da Vila de Passagem. Uma parte da vila, à direita de quem entra pelo por-tão principal, está em melhores condições de saneamento, mas os moradores que vivem lá agora terão que se transferir, por ordem da Prefeitura, para o outro lado da vila, onde o esgoto já tomou conta das vias e invade as casas. A transferência, pelo que explicam

os moradores, já foi comunicada a eles e deve ocorrer porque parte da Vila será desmontada nos pró-ximos dias.

Mais promessasA previsão é de que até esta

sexta-feira 48 famílias saiam da Vila de Passagem. A transferên-cia, assim como o cadastramento das famílias, é responsabilidade da Prefeitura que afirma que a meta é concluir ainda neste ano o reassentamento das demais famílias da Vila de Passagem e de outras que ainda vivem na Vila Dique.

Page 6: Edição 2588

Ano letivo começa com escolas sucateadasSindicato ressalta que professores não viram promessas serem cumpridas

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As aulas começam na segunda-fei-ra, 24, nas escolas públicas e a situação nunca foi tão ruim para professores e alunos da rede municipal, segundo a avaliação do presidente do Sindicato dos Professores Municipais de Canoas (Sinprocan), Jari Rosa de Oliveira. “O ano está começando pior do que os anteriores, em questão de estrutura das escolas, e isso prejudica educadores e estudantes”, avalia.

Jari ressalta que a Prefeitura reti-rou as salas de PVC e não as substituiu nas escolas municipais. “As salas de plástico que já eram ruins, mas sem elas piora a situação, pois os alunos ficam sem sala ne-nhuma. As escolas Castelo Branco, Jacobi Longoni e Tancredo Neves vão come-çar com três turnos. Já na Sete de Setembro, recebe-mos a informação de que as salas foram desmanchadas e muitos professores pediram remanejo. O Sindicato não recebeu informações do que acontecerá com os alunos desta escola”, revelou.

O presidente do Sin-procan também não está confiante em relação à fina-lização das obras das salas das escolas que tiveram as salas de PVC retiradas. “Se passou todo o tempo de férias e não concluíram obra nenhuma é im-possível terminarem até o início de março. No Jacobi a obra está parada há muito tempo. Além disso, várias escolas apresentam problemas de estrutura elétrica”, ressaltou.

PromessasOs anúncios de melhorias para os

professores, feito pelo Prefeito no final

6 I O TIMONEIRO I GERAL I CANOAS, 21 A 27 DE FEVEREIRO DE 2014

VOLTA ÀS AULAS

de 2013, até agora não se concretizaram. “Não temos nada de novidade concreta. Tudo que foi prometido no final do ano ficou mesmo só na promessa. A história de quem tivesse na época de se aposentar poderia continuar trabalhando e recebendo uma gratifica-ção de permanência por

enquanto não deu em nada. O setor de RH não sabe de nada e a regra não foi regulamentada pelo Prefeito. Além disso, o contrato emergencial de pro-fessores virou como na rede estadual, ficou permanente. E o concurso do magistério foi prometido para janeiro de 2013, depois para início de 2014 e até agora nada”, lembrou.

Outra promessa até hoje não cum-prida foi a de que os professores re-ceberiam notebooks. Além disso, Jari lembra que em março fazem dois anos

que o Prefeito não paga licença-prêmio de nenhum funcionário. “Antes de começar este atraso ele fez um decreto retroativo que prejudicou muitos fun-cionários públicos em relação á licença e o número de faltas. A valorização do professor é só nas palavras, na sala de aula não vemos nenhuma valoriza-ção”, desabafou.

Paralisação nacionalPara os dias 17, 18 e 19 de março,

a Confederação Nacional dos Traba-lhadores da Educação (CNTE) está organizando uma greve, que deve ser composta por um dia de paralisação para o ensino municipal, um dia para o estadual e também um dia para o fe-deral. “Vamos fazer uma reunião com os representantes do Sindicato nas escolas para definir com a categoria a posição do Sinprocan. Vamos seguir a orientação da CNTE e a tendência é que tenhamos um dia de paralisação entre os dias 17 e 19”.

Jari ressaltou promossesas não cumpridas

Escola Tancredo Neves teve salas demolidas e que não foram repostas

Ulbra realiza aula introdutória para Ensino à Distância

Alunos matriculados nas disciplinas universais EAD (Cultura Religiosa, Comunicação e Expressão, Instrumentalização Cientifica e Sociedade e Contem-poraneidade) na Ulbra Canoas participarão de uma aula introdutória no sábado, 22, às 9 horas, no auditório 119 do prédio 6. Durante o encontro, os estudantes terão contato com os docentes e serão informados sobre o planejamento do semestre.

LIVROS

[email protected] Uequed Pitol

Oswald Spengler em 2014

1848, segundo Tocqueville

Quando “A Decadência do Ocidente” foi pu-blicado pela primeira vez, em julho de 1918, poucos poderiam imaginar – e decerto não o seu autor, Oswald Spengler - que, em menos de quatro anos, o primeiro tomo da monumental obra ven-deria nada menos do que 53 mil exemplares, cifra que viria a repetir-se com a publicação do segundo tomo. Um verdadeiro best--seller, portanto. Mas um best-seller improvável, devido sobretudo a dois obstáculos nada despre-zíveis. O primeiro era a crise econômica vivida na Alemanha no pós-guerra, que limitava as compras da maioria da popula-ção ao básico indispensável. O segundo era o próprio livro: em suas mais de mil páginas de texto denso e erudito, Spengler opinava que as culturas desenvolviam-se como organismos que nasciam, cresciam e, por fim, desapareciam. Mais: a mais recente das culturas humanas, a Ocidental, encontrava-se justamente no seu estágio final de existência. Um livro, em tese, para poucos ini-ciados. Pois “A Decadencia do Ocidente” passou por cima dos dois obstáculos, o que é prova da urgência da reflexão que propunha.

Não é de se crer que a Forense Universitária , responsável por esta nova publicação da obra (na tradução feita por Herbert Caro, um dos maiores divulgadores das letras germânicas no Brasil) vá esperar sucesso semelhante no Brasil, mesmo sendo esta a edição condenada pelo professor Helmut Werner, que reduziu a gigantesca obra original a menos da metade. Afinal, o Brasil, enquanto Brasil, não vê nada parecido com os anos de decisão – titulo, aliás, de outro livro de Spengler – vividos na Alemanha pós-1918. Mas o Brasil enquanto Ocidente vê, sim, a necessidade das reflexões de Spengler para uma cultura que se vê sem rumo, acuada pelo medo de si e dos outros e incapaz de impor-se e de fazer-se ouvir num mundo complexo. Nossos anos são, de certa maneira, também “anos de decisão”. Por isso, a leitura – atualizada e crítica - de Spengler se impõe também a nós, ocidentais do novo milênio.

A revolução de 1848 em Paris foi um dos maiores acontecimentos políticos do século XIX. Durante quatro dias, a população da cidade insurgiu-se contra o governo monárquico e acabou por forçar a abdica-ção do rei. Embora tenha durado pouco seus efeitos se fizeram sentir por muito mais tempo, passando para a história como a primeira experiência socialista e chamando a atenção de todos aqueles que a assis-tiram ou dela tomaram parte. Alexis de Tocqueville foi um destes e o resultado de sua experiência está em “Lembranças de 1848” (Companhia das Letras, 386 páginas, tradução de Modesto Florenzano).

Em seu prefácio a “Lem-branças de 1848”, o historia-dor francês nos orienta a ler a obra como se não existissem (ou não tivéssemos lido) as obras mais famosas do au-tor, “O Antigo Regime e a Revolução”e “A Democracia na América”. Assim, evitare-mos perder neste livro aquilo que, mais do que tudo, ele nos pode dar: o registro pulsante de alguém comprometido

social e politicamente – Tocqueville era conservador e, portanto, em posição oposta à dos revolucioná-rios - com os acontecimentos daquele momento. Publicado pela primeira vez em 1991, este é um belo relançamento da coleção Penguin Companhia.

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EDITAL DE CONVOCAÇÃOASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA

O presidente da Comissão Eleitoral do DTG Mora-da de Guapos da ASMC, no uso de suas atribuições, estabelecida pela Assembléia Geral do dia 18 de fevereiro de 2014, convoca os Associados em geral, com direito a voto, Conselho de Vaqueanos Efetivo e Nato, e a Patronagem do DTG, para a Assembléia Geral Ordinária, a ser realizada nas dependências da Sede de Esportes da ASMC, no dia 25 de março de 2014, com 1ª. Chamada às 19h e a 2ª. e Última Chamada às 20h, para a seguinte:

ORDEM DO DIAA– Abertura dos envelopes com as Chapas ins-

critas.B–Se houver mais de uma Chapa inscrita, haverá

votação secreta com escrutínio dos votos.C–Horário da votação, com início às 20h15min e

encerramento às 22h15min.D–Caso houver a inscrição de somente uma Chapa

e a Comissão Eleitoral aprovar os nomes, a mesma será aclamada pela maioria dos eleitores presentes.

E–Após a Chapa ser eleita, por voto secreto ou por aclamação, a mesma será empossada nos cargos eleitos.

F–Assuntos Gerais.Por deliberação da Assembléia Geral Extraordiná-

ria, realizada no dia 18 de fevereiro de 2014, que foi convocada por convocação pessoal, por escrito e por e-mail e divulgação nos murais da ASMC e do DTG, foi confirmado os seguintes nomes para comporem a Comissão Eleitoral: Carlos Augusto Farias dos Santos, José Francisco Farias dos Santos e Fernanda Lopes dos Santos. De comum acordo ficou estabelecido o nome de Carlos Augusto Farias dos Santos, como presidente da Comissão.

Foi aprovada pela maioria dos presentes, as datas de 10 a 20 de março de 2014 para a entrega dos enve-lopes contendo o nome, o cargo e a assinatura de cada membro da Patronagem e do Conselho de Vaqueanos Efetivos que serão eleitos em uma única Chapa.

Ficou estabelecido que os membros da Patrona-gem, deverão ser associados efetivos da ASMC, os demais cargos eleitos, deverão estar participando de no mínimo um departamento do DTG, com um máximo de 55% (cinqüenta e cinco por cento) de associados ou dependentes ou funcionários da ASMC, e até 45% (quarenta e cinco por cento) de pessoas estranhas ao quadro social da ASMC que serão nomeadas como cargo de confiança do presidente executivo da ASMC.

Local de entrega dos envelopes das Chapas, de 2ª. a 6a. feira, das 8h30min às 11h e das 13h30min às 17h, sala 36 do Edificio Damaso Rocha, à rua Fioravante Milanez nº 85, centro de Canoas.

As Chapas receberão os números a partir de 01, de acordo com a ordem de entrega e concorrerão sob os números que constarem grifados por fora dos envelopes. O Conselho de Vaqueanos Nato, formado por ex-patrões terá o direito de indicar o presidente dos Conselhos Efetivo e Nato. O Conselho de Vaqueanos Efetivo indicará o vice-presidente dos Conselhos de Vaqueanos Efetivo e Nato.

O patrão que fizer parte da Patronagem, não fará parte do Conselho de Vaqueanos no exercício atual. O Conselho de Vaqueanos Efetivo terá o mesmo número (quantidade) de membros do Conselho de Vaqueanos Nato. O patrão que foi eleito mais de uma vez, como patrão do DTG Morada de Guapos, será considerado apenas uma vaga no Conselho Efetivo.

Canoas, 21.02.14.

Carlos Augusto Farias dos SantosPresidente da Comissão Eleitoral

ASMC 51 ANOS COM VOCÊ!

Firmo Farias dos SantosPresidente

INFORMATIVO ASMCNº. 447 - Ano III

Associação dos Servidores Municipais de Canoas Fundada em 12/06/62

e-mail: [email protected] site: www.asmc.com.brFone: (51) 3472-1866Centro terá

subprefeitura

Novas promessas contra alagamentos

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Extinção da Secopa obrigou Prefeitura a realocar apadrinhados políticos

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CLUBE CULTURAL CANOENSE EDITAL DE CONVOCAÇÃO

REUNIÃO ORDINÁRIA DO CONSELHO DELIBERATIVO

Pelo presente, informamos aos Sócios e Conselheiros do Clu-be Cultural Canoense que no dia 20 de Março de 2014, às 20horas em primeira chamada e às 20h30min em segunda chamada, será realizada no Clube Cultural Canoense, sito à Rua Dr. Barcelos, 1271, nesta cidade, a eleição para Presidente, 1º Vice Presidente e 2º Vice Presidente para o período 2014/2016 de acordo com os artigos 44 e seguintes do Estatuto do Clube Cultural Canoense. Os Registros de chapas serão recebidos até as 19horas do dia 19 de Março de 2014 na secretaria do Clube.

Canoas 18 de Fevereiro de 2014.

Presidente do Conselho DeliberativoGilson Finkler

CANOAS, 21 A 27 DE FEVEREIRO DE 2014 I GERAL I O TIMONEIRO I 7

Depois de quatro anos de Secopa servindo para abrigar um “Trenzinho da Alegria”, formado por um batalhão de CCs, a Prefei-tura terá que extinguir a polêmica secretaria, que sequer conseguiu o objeti-vo de captar uma seleção para se hospedar na cidade durante a Copa. E agora? Como acomodar o contin-gente de apadrinhados po-líticos e cabos eleitorais? A solução encontrada pela administração municipal foi criar uma quinta Sub-

prefeitura, destinada à área central da cidade.

Enquanto a Secopa era um cabide de cargos jus-tificado por um evento que sequer vai passar por Canoas, a fragilidade da justificativa da nova Sub-prefeitura é ainda maior. Se as subprefeituras ser-vem para levar o Execu-tivo para locais de difícil acesso para a Prefeitura, é difícil entender a criação de uma nas proximidades da sede da administração municipal.

Dança das cadeiras no Centro

A partir do dia 2 de março, a Secretaria da Copa será extinta e sua estrutura aproveitada para a criação da Subprefeitura da região Central. O atual secretário da pasta, Marcos Vinícius Machado (o Qui-nho), será o subprefeito.

A Coordenadoria do Centro, assim como o Es-critório de Captação de Re-

cursos foram extintos. Pau-lo Carvalho, coordenador do Centro, será secretário adjunto de Projetos Espe-ciais e Inovação e Paulo Acinelly, coordenador de Captação de Recursos, trabalhará na assessoria do Gabinete do Prefei-to. Terá uma fusão entre a secretaria de Projetos Especiais e Inovação e o Escritório de Captação de recursos, ficando este tema como responsabilidade de um segundo adjunto da Secretaria.

Os alagamentos em decorrência da chuva que caiu sobre Canoas no dia 13 de fevereiro foram tema da reportagem de capa da edição anterior de O Timoneiro e repercutiram na imprensa de todo o Es-tado. Depois das imagens, nada boas para as intenções eleitorais do prefeito Jairo Jorge, virem a público, a Prefeitura anunciou mais um pacote de medidas para solucionar o problema. Só que há poucos meses Ca-

noas enfrentou a pior cheia em 50 anos e muitas medi-das já haviam sido anun-ciadas, mas efetivamente nada mudou e os canoenses continuam sofrendo com alagamentos.

Segundo a Prefeitura, em uma reunião o Prefeito solicitou informações aos gestores a respeito dos motivos das ocorrências. Só que os motivos dos alagamentos na cidade são conhecidos há muito tempo e denunciados constante-

Guajuviras foi o bairro mais afetado

mente por O Timoneiro. O problema passa por obras de canalisação atrasadas,

bombas que não são liga-das no momento necessário e muitos bueiros entupidos.

Page 8: Edição 2588

Canoas, 21 a 27 de fevereiro de 2014

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Se na última greve dos Correios os canoenses só foram afetados pelo cancelamento temporário dos serviços de Sedex, desta vez a situação é muito diferente. A parali-sação abrange um número muito grande de funcionários em todo o Estado e esta realidade se reflete em Canoas, já que muitos dos funcionários do Centro de Distribuição, da rua Santos Ferreira, aderiram à greve. Nesta quinta-feira, 20, quem passava pela rua 15 de Janeiro via um grande piquete montado em frente à agência do Centro, divul-gando os motivos da greve.De acordo com a empresa, a adesão no estado é de pouco mais de 11%. Paralelamente, o sindicato divulga que pelo menos 60% dos funcionários tenham parado.

Em assembleia realizada em Porto Alegre no dia 18, os funcionários decidiram por manter a greve no Estado, seguindo a orientação da Federação Nacional dos Traba-lhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similare (Fentect). A greve se iniciou há três semanas e abrange praticamente todo o Rio Grande do Sul, exceto a região de Santa Maria. Segundo os Correios, a paralisação conta com 15 sindicatos em 13 estados.

Uma das principais causas da paralisação é a notícia de que os funcionários teriam que arcar com 10% de seus

Greve dos Correios de agrava em Canoas

Na quinta-feira, 20, piquete foi montado na agência da 15 de Janeiro

Agência do Centro mantém funcionamento

Depois de três anos...

Prefeitura começa a identificar táxis piratas

Desde 2011 o jornal O Timoneiro denuncia a existência de uma grande frota de táxis piratas em Canoas, envolvendo até mesmo empresas de transporte que atuam irregularmente. Em três anos a administração não tomou nenhuma medida efetiva para inibir a atuação dos clandestinos. Os chamados “piratas” chegam a utilizar carros adesivados e a pegar pas-sageiros nos arredores da própria Prefeitura.

No dia 14 de janeiro, depois de mais de três anos do problema ter vindo a público, a Prefeitura finalmente deci-diu fazer alguma coisa em relação à clandestinidade.Uma operação envolvendo as secretarias municipais de Segurança Pública e Cidadania, Transporte e Mobilidade e Desenvol-vimento Econômico atuou em nove pontos e “confirmou” a irregularidade que já era conhecida por todos há muito tempo.

Segundo divulgado pela Prefeitura, na ´praça Bagé, no bairro Niterói, um carro de cor prata estava em serviço com a situação totalmente irregular para transportar passageiros. Embora o condutor estivesse cadastrado para auxiliar outro condutor, o carro em que ele trabalhava não possuía taxímetro. Vale ressaltar que os taxistas devidamente registrados pedem há anos por uma ação como essa e só agora, em ano eleitoral, o poder público resolveu agir.

Ainda de acordo com a Prefeitura, o motorista do táxi irre-gular foi autuado e perderá pontos na carteira de habilitação e terá que pagar multas. Outro motorista foi autuado por dirigir um táxi sem estar cadastrado para o exercício da profissão. Além desses, foi encontrado também um veículo batido, e que não poderia estar circulando, e tabelas com indícios de cobranças adicionais dos passageiros.

Padronização de corA Prefeitura afirma que pretende enviar um projeto de lei

(PL) ao Legislativo Municipal, nos próximos dias, propondo a padronização da cor dos táxis, para facilitar a identificação dos veículos.

Riscos ao embarcar em um “pirata”Quem embarca em um táxi pirata está sujeito a assaltos,

acidentes e cobranças indevidas. Além dos demais documen-tos necessários, os taxistas regularizados precisam apresentar a folha corrida judicial do motorista para efetuar seu registro, coisa que não acontece com os clandestinos.

JOAPI

salários para pagarem um plano de saúde privado. Atualmente, eles precisam apenas de uma guia médica dos Correios para conseguir atendimento. A determina-ção de Federação é que a greve seja mantida até que se tenha um acordo com a empresa. A Justiça proibiu os Correios de efetuarem descontos salariais e em benefícios dos grevistas.

Na última semana, um mutirão de funcionários de diversos setores dos Cor-reios garantiu a entrega de 1,3 milhão no Rio Grande do Sul. Mesmo assim, o

impacto do atraso das correspondências e encomendas tem sido muito grande na vida dos gaúchos. Quem acompanha o trajeto da correspondência pelo site dos Correios per-cebe que um mesmo pacote tem ficado por mais de uma semana parado no mesmo depósito. Serviços de entrega alternativos, através de ônibus ou até mesmo por moto-boys tem sido casa vez mais procurados pelos gaúchos nas últimas semanas.