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Colégio Pólis Sistema Anglo de Ensino Terceirão Aula 31: Brasil Colônia – A economia mineradora (século XVIII)
31

Economia mineradora século XVIII

Dec 19, 2014

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Lú Carvalho

 
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Page 1: Economia mineradora século XVIII

Colégio PólisSistema Anglo de Ensino

Terceirão

Aula 31: Brasil Colônia – A economia mineradora

(século XVIII)

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Objetivo da aula:

1) Compreender a dinâmica da atividade mineradora no Brasil Colônia durante o século XVIII;

2) Compreender o desenvolvimento sócio-econômico da região aurífera;

3) Compreender as diferenças entre as lavras e faiscações;

4) Compreender as reformas pombalinas.

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As características técnicas da mineração brasileira – séc. XVIII

OURO DE ALUVIÃO: encontrado nas areias e barrancos de rio.

1º) Necessidade apenas de técnicas rudimentares para extração; poucos equipamentos e ferramentas (pratos de madeira/estanho e peneiras);2º) Necessidade de baixo capital para a extração ;3º) Não havia necessidade de mão-de-obra numerosa.

O que importa não é o que se produz, mas como se produz!!!

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Produção do açúcar Produção do ouro

Grandes investimentos

Poucos se dedicavam à atividade (muito cara)

Concentração de renda

Sociedade aristocratizada

Rigidamente dividida

Baixos investimentos

Muitos se dedicavam à atividade

Distribuição de renda

Maior “democratização”

Classes intermediárias

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• Quase

todas as pessoas se dedicaram a mineração, abandonando outras atividades.

• Falta de mercadorias nas minas. Os produtos tinham de ser adquiridos de outras regiões.

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A ATIVIDADE MINERADORA ...

Expandiu o mercado consumidor

Desenvolveu a Colônia

Exigiu estradas e meios de transportes (distância do litoral)

Promoveu um surto de crescimento demográfico(Cidades e vilas)

Promoveu em outras regiões a especialização da criação de gado

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LAVRAS E FAISCAÇÕES: duas formas de exploração de ouro

LAVRAS

Grandes unidades produtoras, possuíam equipamento especializado, e mão-de-obra às vezes superior a 100 escravos.

FAISCAÇÕES

Pequenas unidades produtoras, cuja mão-de-obra era bastante pequena (às vezes apenas 1 minerador).

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A exploração de diamantes

1- Livre

Qualquer um podia exercê-la, desde que pagasse os impostos à Coroa.

2- Por concessão

Concedida a algumas pessoas, mediante pagamento de taxa fixa anual.

3- Monopólio real

Coroa passou a fazer diretamente a exploração dos diamantes.

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A administração da região mineradora

A Intendência de Minas (1702)Orgão responsável pela execução do Regimento dos Superintendentes, cobrança de impostos e fiscalização de todo serviço de mineração. Era um orgão com poderes administrativos, judiciários, fiscais e policiais. Prestava contas apenas e diretamente à Coroa. OS IMPOSTOS:

1) QUINTO;2) FINTA – SUBSTITUIDA

PELAS CASAS DE FUNDIÇÃO (1725);

3) CAPITAÇÃO;4) DERRAMA

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Barras de Ouro

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Você conhece a expressão“Santo do pau oco”??

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Como surgiu a expressão “santo do pau oco”?

Foi provavelmente no Brasil Colonial do século XVIII, auge da mineração no país. Acredita-se que as imagens de santos esculpidas em madeira oca eram recheadas de ouro e pedras preciosas para passar pelos postos de fiscalização da Coroa Portuguesa. Assim, evitava-se o pagamento de impostos altíssimos. Como não foi encontrado nenhum registro preciso de um caso como esse, as estatuetas com aberturas nas costas, típicas dessa época, são a única pista de que a prática tenha realmente existido além, é claro, da tradição oral, afirma o historiador Luciano Figueiredo, da Universidade Federal Fluminense (UFF). A expressão ainda hoje muito usada para se referir a pessoas hipócritas ou mentirosas aparece, porém, com uma origem ligeiramente diferente no Dicionário do Folclore Brasileiro (1954), de Câmara Cascudo, o mais importante folclorista do país, onde está escrito que as imagens de santos vinham de Portugal cheias de dinheiro falso.

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SURTO DEMOGRÁFICO (População interna e externa – 300 mil hab/1700; 3,3 milhões/1800)

CONSEQUÊNCIAS DA MINERAÇÃO

MODIFICAÇÕES NA ESTRUTURA DE TRBALHOCRESCIMENTO DO TRABALHO LIVRE (aumento

do preço do escravo no mercado internacional; trabalhos nos quais os negros não eram utilizados)

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CONSEQUÊNCIAS DA MINERAÇÃO

Formação do mercado consumidor interno e crescimento do comércio interno.

(aumento da renda; especialização da economia em outras regiões; grande fluxo de comerciantes, mascates, vendedores para a região mineradora; articulação da região mineradora com as demais regiões gerando CIRCULAÇÃO DE RIQUEZAS NA COLÔNIA

OCORRÊNCIA DA MOBILIDADE SOCIAL (menor concentração de renda); aparecimento de uma camada média (mercadores, mestres de ofício, boticários, taberneiros, advogados, médicos, padres, professores etc)

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AS REFORMAS POMBALINAS

Marques de Pombal: 1º Ministro do Rei D. José entre 1750 a 1777

Marquês de Pombal:a) Através do progresso econômico e eficiência

administrativa, aumentou as rendas da Coroa, além de fortalecer o Estado absolutista lusitano; centralização administrativa

b) Criou Cias de Comércio cuja intenção era promover o desenvolvimento das regiões Norte/Nordeste.

c) Combate ao contrabando do ouro e diamantes; maior arrecadação de impostos (Derrama)

d) Estabelecimento do monopólio da Coroa sobre a exploração de diamantes;

e) 1759 – Expulsão dos jesuítas;f) 1759 – Retomada de quase todas as capitanias

hereditárias;g) 1757 - Proibição da escravidão indígena h) 1763 - Transferência da Capital de Salvador para

o Rio de Janeiro;i) Ocupação militar e povoamento de grandes

áreas do Norte/Nordeste e sul do Brasil.

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As consequências da Mineração

• Nos primeiro 70 anos do século XVIII o Brasil produziu mais ouro que toda a América espanhola em 357 anos. A quantidade de ouro extraído do Brasil correspondeu a 50% de toda a produção mundial entre os séculos XV e XVIII.

• Mudança do centro econômico: transferência da capital do estado do Brasil da cidade de Salvador para o Rio de Janeiro.

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EFEITOS EXTERNOS DA MINERAÇÃO – quase dobrou a circulação de ouro no mundo.

CONSEQUÊNCIAS DA MINERAÇÃO

AUMENTO DA RIQUEZA INGLESA (permitiu à Inglaterra montar um “parque industrial” – promovendo assim a Revolução Industrial.)

DESENVOLVIMENTO CULTURAL - Escola Mineira (arquitetura e artes); desenvolvimento do Barroco mineiro

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Enquanto escravos eram torturados e decapitados por roubo de farelos de ouro das minas; enquanto as vozes do Iluminismo europeu à época eram abafadas por sermões inquisitoriais, erguiam-se verdadeiros monumentos da técnica e da arte humanas, em pleno sertão agreste de uma colônia imperial, de uma longínqua metrópole europeia, já periférica na política das potências do século XVIII.

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Contradições do sistema colonial provocaram tensões

• “ Não é possível explorar a colônia sem desenvolvê-la; isto significa ampliar a área ocupada, aumentar o povoamento, fazer crescer a produção. (...) o simples crescimento extensivo já complica o esquema; a ampliação das tarefas administrativas vai promovendo o aparecimento de novas camadas sociais, dando lugar aos núcleos urbanos. Assim aos poucos vão se revelando oposições de interesses entre colônia e Metrópole.” Fernando Novais

• Medidas adotada como forma de impedir o desenvolvimento da Colônia:

- 1751 - proibição do oficio de ourives na região de Minas Gerais.

- 1785 - proibição de todas as manufaturas têxteis com exceção daquelas que produziam panos grosseiros.

- 1795 - proibição de industrias de ferro

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Contradições do sistema colonial provocaram tensões

• No final do século XVIII, o esgotamento das jazidas provocou o rápido declínio da mineração.

• Apesar disso, não houve uma crise generalizada, pois a economia foi voltada para o mercado interno com a agricultura.

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DECLÍNIO DA ATIVIDADE MINERADORA A PARTIR DE 1760 (crise econômica na metrópole; maior exigência de arrecadação); INCONFIDÊNCIA MINEIRA (1789)

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