Economia Cafeeira Café: base econômica do Segundo Reinado.
Economia Cafeeira
Café: base econômica do Segundo Reinado.
Uma Planta Africana Na África, o café chegou à
Europa no século XVII e de lá passou para a América. O café foi trazido para o Brasil em 1727, por Francisco de Melo Palheta, que trouxe sementes e mudas de café da Guiana Francesa e as plantou no Belém do Pará.
Francisco de Melo Palheta
No início, era utilizado apenas no consumo doméstico, e acredita-se que, por volta de 1760, já existissem pequenos cultivos no Rio de Janeiro.
A importância econômica do café refletiu-se na sua expansão geográfica. No início, espalhou-se pelo Vale do Paraíba, Sul de Minas e Espírito Santo.
O Café no Vale da Paraíba
No início do Segundo Reinado, o café já era nosso principal item de exportação e o Brasil o maior exportador mundial do produto.
Essa expansão provocou, além do enriquecimento dos cafeicultores e da região do vale do Paraíba, um elevado aumento na arrecadação do governo central. Com o enriquecimento, muitos fazendeiros do vale do Paraíba foram absolvidos com títulos de nobreza pelo imperador, para indicar barões do café.
Embora que a presença masculina gerenciando essas fazendas fosse influente, algumas mulheres também as comandavam. Esse foi o caso de Maria Joaquina, que após a morte do marido, passou a dirigir a Fazenda Boa Vista, em Bananal, responsável por uma das maiores produções de café no período: 700 mil cafeeiros.
Maria Joaquina Sampaio
Fazenda Boa Vista
(Depois)
Fazenda Boa Vista
(Antes)
Mão de Obra Escrava
A região do Vale do Paraíba era bastante apropriada para a cafeicultura, pois era abundante em terras virgens e tinha um clima favorável. A implantação das fazendas se deu pela tradicional forma de plantation, ou seja, grandes propriedades, cultivo para exportação e uso de mão de obra escrava.
A riqueza extraída dos cafezais era produzida pela mão de obra escrava. Os cativos eram responsáveis por todo o trabalho do campo: preparavam o terreno, plantavam e colhiam.
Na época da colheita, eles deviam entregar ao administrador da fazenda uma quantidade específica de grãos. Se não alcançassem, corriam o risco de receber castigos físicos; caso a ultrapassassem, podiam receber uma pequena gratificação em dinheiro, que muitos guardavam na esperança de um dia poder comprar a alforria.
No começo, os escravos também tinham por obrigação conduzir carros de bois com sacas de café até os portos do Rio de janeiro, de onde elas eram embarcadas para o exterior.
Rumo ao Oeste Paulista
Os fazendeiros do vale do Paraíba empregavam técnicas agrícolas rudimentares, como a queimada para limpar o terreno. Além disso, não utilizavam cultivos nem adubos fertilizantes. Com o tempo, o solo da região empobreceu e, por volta de 1870, à produção declinou. Cafeicultores faliram, fazendas foram abandonadas e as cidades que viviam do café ficaram à diminuição.
Em busca de novas terras, os fazendeiros expandiram as plantações de café em direção ao oeste paulista na segunda metade do século XIX. Expulsaram os Índios, derrubaram matas e ocuparam terras produtivas da região de Campinas, Jundiaí e São Carlos, para o cultivo da planta.
Com os lucros das exportações de café, os cafeicultores melhoraram as técnicas agrícolas. Alguns começaram a diferençar seus investimentos, cultivando parte do capital em atividades industriais e comercias.
Nesses lugares surgiu um novo tipo de cafeicultor, mais moderna e empresarial do que a dos fazendeiros do vale do Paraíba. Embora utilizassem mão de obra escrava, os novos fazendeiros do café passaram também a empregar o trabalho assalariado de trabalhadores livres de origem europeia.
Desse modo, em 1872, ano em que foi realizado o primeiro censo no Brasil, 80% das pessoas em atividades no país se dedicavam ao setor agrícola, 13% ao de serviços e apenas 7% à indústria.
Escola: Moysés Barbosa
• Alunos:Luan Ismar Louise Sharon Cícera Thamara Renata Moura
Thamyres Baia
3º A
• Professora: Luanna