Montes Claros perdeu recentemente dois de seus filhos mais ilustres Os jornalistas Eduardo Lima e Reginauro Silva. Um de coração e outro de adoção. Eduardo Lima nha uma das maiores vozes do rádio brasileiro. Tinha 60 anos, 13 filhos, nascido em Montes Claros. Apresentou o “Viva a Tarde”, na Rádio Itaaia, e sua marca era o bordão: “quem é inteligente está ouvindo a gente”. O radialista trabalhou em várias emissoras de rádio e TV, parcipou como cantor em diversos CD’s, fez teatro e, no cinema, foi roteirista, diretor e ator. Foi compositor, cronista e escritor. Começou sua carreira na ZYD7. Ele colaborou em parcerias musicais com vários arstas mineiros. Nos úlmos anos parcipava do TV VERDADE, da Alterosa. Reginauro Silva nasceu em Almenara/MG, mas foi em Montes Claros que escreveu sua carreira profissional pautada pela criavidade, irreverência e paixão pelo Jornalismo. Foi repórter do O Jornal de Montes Claros e do Diário de Montes Claros, repórter e editor-chefe do Jornal do Norte, correspondente de O Globo na região, redator da Rádio Educadora de Montes Claros, repórter do Diário de Minas, editor-adjunto de polícia do Jornal Hoje em Dia, free-lancer da Revista Veja, O Indicador Rural, Agência Efe, Gazeta Mercanl, Revista IstoÉ. Editou do Jornal O Norte de Minas. Foi fundador do Jornal do Povo e A Província. Tinha 62 anos, 4 filhos e era advogado. Foi autor de peças de teatro e agitador cultural, inventor da conhecida frase: “Montes Claros, Cidade da Arte e da Cultura”. Como teatrólogo, Reginauro Silva ajudou a divulgar a arte de representar e brindou Montes Claros com várias peças, entre elas: 'Montes Claros, a Formiga que queria ser Cidade e virou Princesa'. ZYD7 ir verência re dupla
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Montes Claros perdeu recentemente dois de seus filhos mais ilustres Os jornalistas Eduardo Lima e Reginauro Silva. Um de coração e outro de adoção. Eduardo Lima �nha uma das maiores vozes do rádio brasileiro. Tinha 60 anos, 13 filhos, nascido em Montes Claros.
Apresentou o “Viva a Tarde”, na Rádio Ita�aia, e sua marca era o bordão: “quem é inteligente está ouvindo a gente”. O
radialista trabalhou em várias emissoras de rádio e TV, par�cipou como cantor em diversos CD’s, fez teatro e, no cinema,
foi roteirista, diretor e ator. Foi compositor, cronista e escritor. Começou sua carreira na ZYD7. Ele colaborou em parcerias
musicais com vários ar�stas mineiros. Nos úl�mos anos par�cipava do TV VERDADE, da Alterosa. Reginauro Silva nasceu em Almenara/MG, mas foi em Montes Claros que escreveu sua carreira profissional pautada pela
cria�vidade, irreverência e paixão pelo Jornalismo. Foi repórter do O Jornal de Montes Claros e do Diário de Montes
Claros, repórter e editor-chefe do Jornal do Norte, correspondente de O Globo na região, redator da Rádio Educadora de
Montes Claros, repórter do Diário de Minas, editor-adjunto de polícia do Jornal Hoje em Dia, free-lancer da Revista Veja,
O Indicador Rural, Agência Efe, Gazeta Mercan�l, Revista IstoÉ. Editou do Jornal O Norte de Minas. Foi fundador do Jornal
do Povo e A Província. Tinha 62 anos, 4 filhos e era advogado. Foi autor de peças de teatro e agitador cultural, inventor da
conhecida frase: “Montes Claros, Cidade da Arte e da Cultura”. Como teatrólogo, Reginauro Silva ajudou a divulgar a arte
de representar e brindou Montes Claros com várias peças, entre elas: 'Montes Claros, a Formiga que queria ser Cidade e
virou Princesa'.
ZYD7
ir verênciare
dupla
Esses seus dezesseis anos só me causaram um ocre no sabor da boca, porque me calou no fundo um medo de
amar você e me entornar.
Certamente você lerá minha carta com cuidado e choro e sem se preocupar em me esquecer, se, pois, quando eu
mal cuidei de aparecer em sua vida, você me sorriu e me convidou para umas caipiras de vodka e beijos de hall`s
na boca, que eu mais me embeveci de encantamento e desesperos.
Não deixe que nossos amigos leiam da carta o momento em que digo que eu não vi os seus seios e nem os deixe
desconfiar que a beijei toda, nem me segurei nos seus quadris para afogar-me em você.
E nem os deixe saber que seu corpo não ficou cheio de umas gotinhas de água de cachoeira, suas coxas não me
lixaram ou se esfregaram em mim, e que eu não respirei fundo nem revirei os olhos fortemente em você.
Conte, contudo, que se lê num trecho da carta, meu desejo de ficarmos apertados e colocando apelidos em
todos os pedaços dos nossos corpos, num encantamento que enleva e nos faz derrapar para o instante mais
calado do amor.
Leia-se num trecho, que numa bela noite, nós saímos de mãos dadas e descalços e, que você quando mais nova
sujou o alpendre da minha casa com pés e pedaços de pão, querendo me ferir ou achando que desse escândalo eu
viesse, a saber, do seu amor.
Magali, se amar é esse estonteante querer mais uma caipira de vodka, o amor se mais que é lindo dá um gosto de
umbu na boca e uma vontade louca de escrever.
Você ,certamente, chegará aos termos da carta, onde eu digo que suas mãos são lindas, quase o que seus olhos e
seus cabelos muito lindos, invejam seu colo que não beijei.
Magali, os meus angustiantes vinte oito anos serão diluídas nas suas saudades e suas lágrimas muito grossas e
salgadas recomporão nossos momentos de amor.
Eu serei um pedaço de papel, apenas, numa gaveta ou num romance póstumo, detalhe para documentar o amor
que não pudemos viver como pediam seus dezesseis anos.
Dê um beijo no céu e que Deus nos acolha.
Eu amei também o seu jeito de amar e de falar das coisas. Eu amei o medo que eu senti ao falar com você das
coisas do passado.
Magali, eu amo você.
uma História de amor em quadrinhos
O policial encarregado da perícia apanhou o papel e no seu rosto não se viu uma expressão sequer de espanto, não havia um choro, sequer um suspiro, nem uma mosca voando, só um ruído de mexer em papel dobrado e uma tênue luz de um abajur vermelho.Havia poemas enumerados e dedicados a muitas mulheres, algumas fotos molhadas de vodka, um disco de Geraldo Azevedo, um par de botas, cartazes de show passado, o telefone de uma pros�tuta, uma apólice de seguro, outro disco de Barbra Straisend, uma foto da esposa, umas impressões digitais, coleção de tampinha de coca-cola, um troféu, um livro de Millor Fernandes, dois de Pablo Neruda, EUA estante, uma radiola, um maço de cigarros, trezentos e vinte três cruzeiros, uns textos de teatro, um cheque, umas garrafas vazias e um pincel atômico que escreveu MAGALI com letras de forma na porta do banheiro.O policial encarregado da perícia apanhou um papel e no seu rosto não se viu uma expressão sequer de espanto.; com uma caneta escreveu a causa mor�s, embrulhou o corpo e fumou um cigarro desesperadamente, olhando um pôster .De Bruna Lombardi.
Magali,
Você certamente lerá minha carta e encherá os olhos com o calor de muitas lágrimas e
se lembrará dos poemas que não lhe fiz, ouvindo musicas de Geraldo Azevedo. E certamente,
Magali, nossos amigos se lembrarão que nós começamos a amar sem mais nem menos, numa
perdida mesa de bar, onde nos achamos para confidências e planos, eu que, nos meus pesados
vinte oito anos, bebi sua impetuosidade com a sede dos perdidos.
Magali, dê lembranças a Mônica e conte para o Cebolinha que eu guardo seu segredo com velada doçura,
porque não fui eu quem o soube amar nem malandrear seus primeiros quintais subindo goiabeiras, em
torpor de menino.
TUIA HOMENAGEM
No início, não entendi nada do que ela falava. Talvez devido a essa mania atávica que tenho de querer desentender a mulher desde aquela história da costela de Adão. Ou seria da costela de Eva? Ou da costela de ambos? Ou seria coisa do GLST? Havia GLST no paraíso ou isso é invenção dos freqüentadores da Avenida Sanitária? Porque é só abrir um barzinho e logo o ambiente é dominado por esse movimento de todos os quadris. Que entende de tudo, menos de mulher. Mas que dá palpite, disso não tenha dúvidas!
Não importa, deixa essa cambada pra lá. O fato é que eu não entendia ou não queria entender por que os dois namorados criaram um can�nho do amor numa república 100% feminina... Já aí prenunciava-se uma discussão sem fim, pois houve uma época em Teresina, lá no Piauí, em que o então amante dela – da tal mulher - fora flagrado no conhecidíssimo Castelo do amor. Que funcionava da seguinte forma: todas as mulheres bonitas e elegantes do bafon de Teresina eram convidadas a freqüentar o Castelo do amor. Que, naturalmente, pertencia a ele.
Rolava de tudo, menos drogas. Aliás, já naquela época usar drogas era careta! Imagine hoje... Tem nada a ver você sair por aí se envenenando, fazendo do livre arbítrio sua bíblia desventurada e, depois, mais feio do que um tropicão no alto da serra de Itacambira, ficar à mercê da ajuda alheia, sem forças nem para fazer xixi.
Era exatamente aí que estava o fio da meada, mas ela insis�a em querer explicar que aquele beijo no can�nho do amor confundira seu senso comum. Senso que ela sempre confunde com razão, quando quer inverter a ordem das coisas. E não existe contravenção mais popular neste país do que o jogo do bicho. Em pra�camente todas as esquinas você encontra alguém apontando milhares, centenas, passes e ternos, fora a milhar-centena da data obrigatória, mas cotada pela metade. Houvesse uma confraria dessa magnitude para defender o meio ambiente e, certamente, o Grean peace seria desse tamaninho. Nem mesmo o galo lá de casa, que cismou de cantar sem parar a par�r da meia noite, mereceria tamanha atenção.
Nesse ponto da conversa, ela se vira para mim toda cheia de si e lasca um:
- Pois eu sei muito bem em que você está pensando!
Como não há resposta, lasca outro:
- Em quê não, eu sei mui�ssimo bem em quem você está pensando!
É claro que con�nuei não entendendo bulhufas, o que não era nenhuma novidade. Novidade, mesmo, foi uma menina tão meiga, tão linda, tão dengosa e compenetrada (e põe compenetrada nisso!) aparecer grávida aos 15 anos incompletos. Logo nos dias de hoje, em que há tantos métodos an�concep�vos! Sinceramente, não sei como a população con�nua crescendo nesta cidade, pois evita-se tudo, sobretudo, filhos. E quando chega o período de matrícula escolar, aí é que dá uma vontade danada de con�nuar evitando...
Evitar, bem que eu tentei, mas a conversa já descambara para a qualidade do biscoito fofão e, aí, tenha paciência, quem é que agüenta? Preferi virar de lado...
(olhos)
- ...todas as mulheres bonitas e elegantes do bafon de Teresinha eram convidadas a freqüentar o Castelo do amor.
- Nem mesmo o galo lá de casa, que cismou de cantar sem parar a par�r da meia noite, mereceria tamanha atenção.strengo.Ai!!!