UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE AGRONOMIA, MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA CURSO DE ZOOTECNIA DONALDO ANTONIO NUNES JUNIOR FONTES ALTERNATIVAS DE PIGMENTANTES PARA A COLORAÇÃO DE OVOS DE GALINHAS CUIABA 2016
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE AGRONOMIA, MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOT ECNIA
CURSO DE ZOOTECNIA
DONALDO ANTONIO NUNES JUNIOR
FONTES ALTERNATIVAS DE PIGMENTANTES PARA A COLORAÇÃ O DE OVOS DE GALINHAS
CUIABA 2016
DONALDO ANTONIO NUNES JUNIOR
FONTES ALTERNATIVAS DE PIGMENTANTES PARA A COLORAÇÃ O DE OVOS DE GALINHAS
Trabalho de Conclusão do Curso de Gradação em Zootecnia da Universidade Federal de Mato Grosso, apresentado como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Zootecnia. Orientador: Prof. Dr. Heder José D’Avila Lima
CUIABA 2016
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CUIABA 2016
Como não poderia deixar de ser,
dedico este trabalho a Deus, o mestre
dos mestres, que ilumina meus
caminhos e que sempre me dá força
nas horas mais difíceis, apontando o
caminho a seguir
A minha família, em especial Meus pais
e irmã, por terem me dado total apoio e
suporte ao longo desta jornada, só
assim podendo chegar ao final deste
ciclo.
A minha esposa Ramilla Thuany Souza
Amaral, por estar ao meu lado nos
momentos fáceis e difíceis sempre me
apoiando e me impulsionando para a
linha de chegada.
A todos os meus amigos.
Enfim, a todos meus professores, que
me lapidaram para esse momento, para
que eu pudesse seguir brilhando pelo
caminho que tracei; e aos grandes
mestres pelas palavras de conforto,
pelo carinho e incentivo nos momentos
de fraqueza
Dedico a todos vocês que fazem parte
da minha vida, da minha história,
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agradecendo pela atenção, respeito e
confiança que depositaram em mim.
As palavras nunca serão suficientes
para expressar a gratidão e o respeito
que tenho para com aqueles que
tiveram vital importância para a
conclusão de mais esta etapa da minha
vida. Assim, a expressão “obrigado” é
insuficiente para demonstrar a minha
gratidão a todos que me ajudaram a
tornar realidade o meu sonho.
Agradeço, primeiramente, a Deus, pelo
dom da vida, saúde e pela
oportunidade de evoluir com
sabedoria, pois sem o seu conforto e
amparo não conseguiríamos chegar a
lugar algum.
À Universidade Federal De Mato
Grosso, em especial o departamento
de Zootécnica e Medicina Veterinária a
FAMEVZ, por todo suporte para
formação acadêmica e realização deste
trabalho.
Ao meu orientador, Prof. Dr. Heder
José D´Avila, pelo apoio neste
trabalho, pela amizade sincera e pelos
conselhos, e acima de tudo a confiança
depositada em meu trabalho ao longo
do curso e da realização deste
trabalho, me impulsionando a
descobrir novos horizontes dentro
desta magnifica profissão.
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A banca, professores Dra. Janessa
Sampaio de Abreu, Dr. Marcio Aquio
Hoshiba e Dr. Heder José D´Avila.
Aos professores doutores, em especial
a Carlos Eduardo Avelino Cabral,
Joadil Gonçalves de Abreu, Ferdinando
Filletto, Felipe, Janessa Sampaio de
Abreu ,Marcio Aquio Hoshiba, André
Soares de Oliveira, Eduardo Kling,
Douglas dos Santos Pina, Nelsindo F.
de Paula, Felipe Gomes da Silva e aos
demais professores, que me
orientaram, apoiaram e tiveram a
gentileza de compartilhar comigo seus
conhecimentos, mas acima de tudo,
pelo companheirismo.
Aos meus Companheiros de Setor, em
especial aos Mestrandos Laura Aline
Zanelatto de Souza e Mauricio Silva
Rosa, e as alunas Nayara Mattos e Ana
Carolina Silva Martins, e a todos que de
alguma forma me contribuíram para
realização deste trabalho.
Aos meus amigos, Julian Stefano, Luiz
Henrique Orlandi, Juliana Matos, Atã
Loureiro Taigoara, Douglas Rosseto,
Carlos Eduardo Bortolassi, Joel
Bortolassi Junior, Diego Vieira Canova,
Landivalter Santana Lima, Juliano
Moraes, Rodrigo Moraes, Marcos
Camargo, Lucas Oliveira, Soraia
D´llagnol, Angela Maria Bagatini, Daniel
Pruinelli, Ruiter Carneiro, André Luiz
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Péres, Thiago Hermam, Kiron Cabral,
Calixto Neto, Marcos Camargo, Michel
Prates, Leonardo Fernandes, Rafael
Camachio, Ronyatta Weich, Hariani
Ferreira, Daniel Monge, Flavio Andrade,
Tatiana Lima, Mayran Petrenko, Fausto
Rodrigues Martines Jobson Tacada,
Matheus Demicheli, Marcos Demicheli,
Dionizio Neto, Gerson Pimentel e todos
os outros não citados, porém não
menos importantes.
A Fazenda experimental da
Universidade Federal de Mato Grosso,
representada pela pessoa do Professor
Dr. Emilio Azevedo por ter dado todo
suporte, orientação e não ter medido
esforços em me auxiliar na realização
deste trabalho.
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“Sonhos determinam o que você quer. Ação determina o que você conquista .’
Aldo Novak
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Composição centesimal do ovo de galinha ................................................. 4 Tabela 2. Composição centesimal dos alimentos ....................................................... 9 Tabela 3. Composição percentual e calculada das rações experimentais, na base da
matéria natural.......................................................................................... 12 Tabela 4. Média dos parametros analisados ............................................................. 15
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 1 2. OBJETIVO ....................................... ...................................................................... 3 3. REVISÂO ............................................................................................................... 4
3.1. Composição do ovo de galinha ................. ................................................. 4
3.2 Pigmentantes Naturais ......................... ........................................................... 6
3.2.1 Urucum ...................................... ............................................................. 6
3.2.2 Cenoura ..................................... ............................................................. 7
3.2.3 Milho ....................................... ................................................................ 7
3.2.4 Sorgo ................................ ...................................................................... 8
4 MATERIAS E MÉTODOS .............................. ...................................................... 10 4.1 Local ......................................... ....................................................................... 10
4.2 Instalações, Manejo e Tratamentos Experimentais .................................... 10
RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................ .................................................... 15 5 CONCLUSÃO ....................................... ............................................................... 20 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................ ..................................................... 21 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 22
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RESUMO
O uso de aditivos nas rações tem contribuído para uma maior qualidade e
pigmentação em ovos de galinha. Com isso, os pigmentantes naturais tem
apresentado um grande potencial de uso nas dietas de galinhas, devido a sua
grande eficiência, além da pressão sofrida pela indústria avícola para o não uso de
aditivos sintéticos que poderiam deixar resíduos nos ovos. O experimento foi
realizado no Setor de Avicultura da Fazenda Experimental da Universidade Federal
de Mato Grosso. Foram utilizadas 180 galinhas de linhagem comercial Hisex Brow.
Objetivou-se avaliar o desempenho zootécnico de produção e qualidade dos ovos,
através da formulação de dietas com diferente fontes energéticas e adição de
pigmentantes, Dieta 1(Milho), Dieta 2 (Milho + Urucum), Dieta 3 (milho + cenoura),
Dieta 4 ( Sorgo + Urucum), Dieta 5 (Sorgo + Cenoura). Não foi encontrada diferença
significativa, para consumo de ração (g) e gravidade especifica (g/cm³). Observou-se
diferença significativa para produção de ovos, peso do ovo (g), peso da gema (g),
peso da casca (g), peso do albumem (g) e coloração da gema (tons).
Palavras-Chave : Milho, Sorgo, Urucum.
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1. INTRODUÇÃO
A cadeia produtiva brasileira de ovos possui alta tecnologia, conquistada
pelo conhecimento e avanço da genética com a utilização de linhagens altamente
produtivas, nutrição, sanidade, ambiência e manejo. A utilização de granjas
automatizadas em sistemas de baterias de gaiolas, levaram a criação das aves a
níveis industriais, gerando empregos à população e contribuindo para a excelência
comercial do país, garantindo assim, o status de grande produtor e exportador, tanto
de carne quanto de ovos, em todo o mundo. Assim, a qualidade da produção é um
dos principais pontos de interesse dos produtores e consumidores de ovos. No
Brasil, os ovos são classificados em grupos, classes e tipos, segundo a coloração da
casca, qualidade e peso (Trindade et al., 2007).
A produção de ovos de galinha alcançou 725,72 milhões de dúzias no 2º
trimestre de 2015. Essa quantidade foi 2,7% maior que a registrada no trimestre
anterior de 2015 e 3,9% maior que a apurada no 2º trimestre de 2014. Mostra um
recorde da evolução da produção de ovos, alcançando, no 2º trimestre de 2015, o
nível mais alto da série desde 1987. A produção de ovos de galinha encontra-se, em
grande parte, concentrada no Sudeste do país (47,8%), sendo São Paulo o maior
estado produtor nacional (29,3%), seguido por Minas Gerais (9,9%) e pelo Espírito
Santo (8,4%). O Sul foi responsável por 22,9% da produção, principalmente pela
participação do Paraná (9,8%) e do Rio Grande do Sul (8,4%) e no Centro-Oeste o
aumento foi de 0,5%, mantendo-se o mesmo comparativo. Goiás aumentou sua
produção em 6,3%, assim como o Mato Grosso do Sul (0,9%), enquanto que o Mato
Grosso e o Distrito Federal reduziram em respectivamente 3,0% e 14,9% (IBGE,
2015).
Pesquisas têm sido realizadas com o intuito de aumentar a produção e
diminuir os custos, mantendo as características do produto tão desejáveis pelo
consumidor, dentre estas características destaca-se a aparência similar ao ovo
caipira, sendo que, a mais expressiva é a forte coloração da gema em comparação
aos ovos de galinha de linhagem comercial. A pigmentação acentuada da gema de
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ovos caipira ocorre devido aos pigmentantes presentes nos alimentos consumidos
na natureza pelas aves.
Composto carotenóides são abundantemente encontrados na natureza,
sendo pigmentos naturais responsáveis pelas cores de amarelo a laranja ou
vermelho de muitas frutas, hortaliças, gema de ovo, crustáceos e alguns peixes. São
classificados em carotenos e xantofilas. Os carotenos, formados exclusivamente por
hidrocarbonetos, são precursores de vitamina A. As xantofilas são substâncias
derivadas dos carotenos. Dos mais de 600 carotenoides existentes na natureza,
apenas de 30 a 40 deles estão presentes na alimentação. Os carotenóides são
compostos notáveis por possuírem estruturas químicas diversas e funções variadas.
Embora sejam micronutrientes presentes em níveis muito baixos (microgramas por
grama), os carotenóides estão entre os constituintes alimentícios mais importantes,
(Horst et al., 2009).
Assim, objetiva-se a busca por pigmentantes naturais alternativos
possibilitando sua inclusão na dieta das aves, tornando-a uma tecnologia acessível
às pequenas e médias produções.
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2. OBJETIVO
Avaliar a pigmentação da gema de ovos de galinhas da linhagem Hisex,
Brown, através da adição de pigmentantes naturais nas dietas das aves.
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3. REVISÂO
3.1. Composição do ovo de galinha
O ovo é um dos alimentos nutricionalmente mais completo (Tabela 1). É
composto de protoplasma, vesículas germinativas e envoltórios e nutrientes. As três
partes principais do ovo são a casca, a gema e o albúmen. A casca representa 10%
do peso do ovo, enquanto que a gema representa 30% do peso total do ovo e o
albúmen, representa 60% do peso do ovo (Souza-Soares et al., 2005).
Tabela 1- Composição centesimal do ovo de galinha. Nutriente Unidade Quantidade
Umidade % 75,6
Energia Kcal 143
Proteína (g) 13
Lipídeos (g) 8.9
Colesterol (mg) 356
Idrato (g) 1,6
Cinzas (g) 0,8
Cálcio (mg) 42
Magnésio (mg) 13
Manganês (mg) Tr
Fósforo (mg) 164
Ferro (mg) 1,6
Sódio (mg) 168
Potássio (mg) 150
Cobre (mg) 0,06
Zinco (mg) 1,1
Retinol (ug) 79
Tiamina (mg) 0,07
Riboflavina (mg) 0,58
Piridoxina (mg) Tr
Niacina (mg) 0,75
Fonte: Tabela brasileira de composição de alimentos, 2011.
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A casca é constituída por uma armação de substâncias orgânicas
(escleroproteína e colágeno) e minerais (carbonato de cálcio e de magnésio). A
casca do ovo possui pequenos poros para a troca dos gases. Estes poros estão
cobertos por uma cutícula composta de cera que protege o ovo contra a perda de
água e impede a penetração de microrganismos. A membrana interna e a casca
externa, formadas por queratina, agem como camadas protetoras contra
rompimentos e invasões microbianas (Ornelas, 2001).
O albúmen é uma solução de várias proteínas com três camadas
constituintes: uma fina camada externa (23%), uma camada grossa (57%) e a uma
fina camada interna (20%). Contém de 85 a 90% de água, sendo a proteína o outro
componente principal. Porém, também existem pequenas quantidades de
glicoproteínas e glicose (menos de 1%) e sais minerais, sendo pobre em gorduras
(apenas 0,1 a 0,2%), o que resulta em baixo valor calórico. Ele é formado em
poucas horas e é rico em proteínas, ovalbumina, conalbumina, ovomucoide,
ovomucina e lisozima (Ramos, 2008).
A gema é composta de água (52%), um terço de proteínas (16%), dois
terços de lipídios (34%), vitaminas solúveis em lipídios A, D, E e K, glicose, lecitina e
sais minerais. É na gema que se encontra a gordura do ovo, incluindo o colesterol. A
coloração amarelo-alaranjada da gema é devida principalmente à presença de
pigmentantes carotenóides (Closa, 1999). Estruturas estas representadas pela
(Figura1).
Figura 1 - constituição do ovo de galinha.
Fonte: Arquivo pessoal
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3.2 Pigmentantes Naturais
Pigmentantes naturais, os carotenoides, são provavelmente os compostos
de maior ocorrência nos alimentos podendo ser oriundo de várias fontes, sendo elas
microbianas, vegetal e insetos. São pigmentos altamente coloridos, insaturados e
lipofílicos, com uma grande variedade de cores que vão desde o amarelo ao
vermelho. Pode-se utilizar alimentos que contenham grande quantidade de
Betacaroteno, Xantofila, Bixina, luteína, zeaxantina, que são os compostos
encontrados em maior quantidade em vegetais utilizados como pigmentante.
Exemplares vegetais possuem em grandes quantidades esses compostos
carotenóides como a beterraba, cenoura, pimentão, couve, urucum dentre outros
(Cardoso, 1996).
3.2.1 Urucum
O Urucum também conhecido comercialmente com coloral é o fruto do
urucuzeiro (Bixa orellana). É uma árvore nativa da América tropical, família das
bixáceas, de porte arbóreo, podendo chegar a medir até 6 metros de altura, suas
flores tem como característica marcante a coloração rosa. Seus frutos apresentam
cápsulas envoltas por espinhos maleáveis que se tornam vermelhas quando
maduras, no qual se encontra de 10 a 50 sementes (Figura 2). A coloração vermelha
da semente é devido a alta concentração de bixina, que é o carotenóide em maior
quantidade em sua composição (Souza, 2011).
Figura 2 - Fruto do Urucum.
Fonte: Arquivo pessoal
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3.2.2 Cenoura
A cenoura (Daucus carota) é considerada uma hortaliça altamente nutritiva
pelos elevados teores de pró-vitamina A ou caroteno. É uma planta da família das
apiáceas e são grandes fontes de fibra dietética, antioxidantes, minerais e
carotenos. O acúmulo máximo de caroteno ocorre quando a planta atinge de 90 a
120 dias de idade e por isto raízes ainda jovens têm coloração mais clara (Figura 3).
Os pigmentos carotenóides em cenoura de coloração laranja são compostos pela
mistura de β-caroteno, α-caroteno e γ-caroteno (EMBRAPA, 2011).
Figura 3 - Raízes da Cenoura.
Fonte: Arquivo pessoal
3.2.3 Milho
O milho (zea mays), pertence à família Poaceae e é um dos cereais mais
nutritivos e produzidos no mundo. Cerca de 5% do milho produzido no país é
destinado para o consumo humano e os 95% restantes que se dividem entre a
exportação e nutrição animal. O grão do milho é constituído de carboidratos,
proteínas, vitaminas (A e Complexo B), sais minerais (ferro, fósforo, potássio, cálcio),
óleo e grandes quantidades de açucares, gorduras, celulose e calorias (Figura 4).
Nas últimas décadas houveram avanços significativos no entendimento da
composição dos cereais, tendo sido o milho vastamente estudado e melhorado
geneticamente para entender ou otimizar os seus diversos usos finais, pela indústria
de alimentos, as moageiras, quanto produtos das indústrias de alta tecnologia, como
as indústrias farmacêuticas, de pneus, papéis, adesivos, filmes e embalagens
biodegradáveis (EMBRAPA, 2006).
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Figura 4 – Grão de milho.
Fonte: Arquivo pessoal 3.2.4 Sorgo
O sorgo (Sorghum bicolor) é uma espécie pertencente à família Poaceae. O
sorgo é o quinto cereal mais produzido no mundo, antecedido pelo trigo, o arroz,
o milho e a cevada. Não é de origem brasileira por isso teve uma grande dificuldade
de ser aceito como cultura comercial e por ser apresentado como uma cultura
rústica, com sua origem em regiões semiáridas e áridas, seria resistente à seca e foi
introduzido no Nordeste como o produto que salvaria a produção agropecuária
daquela região. No entanto, o sorgo é um pouco mais resistente ao estresse hídrico
do que o milho, mas não é resistente à seca (EMBRAPA, 2013).
Basicamente, existem quatro tipos de cultivar de Sorgo, dentre elas a mais
utilizada na nutrição animal é o Sorgo granífero um tipo de sorgo de porte baixo,
altura de planta até 170cm, que produz na extremidade superior uma panícula
(cacho) compacta de grãos (Figura 5). Nesse tipo de sorgo o produto principal é o
grão. Todavia, após a colheita, como o resto da planta ainda se encontra verde,
pode ser usada também como feno ou pastejo (EMBRAPA, 2013).
Figura 5 – Panícula de Sorgo.
Fonte: Arquivo pessoal.
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Os alimentos citados foram utilizados como fonte de pigmentantes naturais e
energia nas dietas para as aves. A composição centesimal dos alimentos está
representada na (Tabela 2).
Tabela 2 - Composição centesimal dos alimentos Alimento Umidade
(%) EM.
(Kcal) PB (g)
Lipídeos (g)
Carboidratos (g)
FB (g)
Cinzas (g)
Urucum 5,32 3484 10,87 17,09 60,40 3,57 2,75 Cenoura 90,1 34 1,3 0,2 7,7 3,2 0,9
Milho 11,5 3925 7,2 1,9 78,9 4,7 0,6 Sorgo 10,2 3928 11,7 3,47 61,2 11,4 1,53
Fonte-Tabela Brasileira de composição de alimentos (2011)
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4 MATERIAS E MÉTODOS 4.1 Local
O experimento foi realizado no Setor de Avicultura da Fazenda Experimental
da Universidade Federal de Mato Grosso, localizada no município de Santo Antônio
de Leverger – MT, no período de julho a setembro de 2015.
4.2 Instalações, Manejo e Tratamentos Experimentais
O galpão experimental de alvenaria, com altura de pé direito de 3,5m,
telhado em telha de cerâmica, piso lateral e central concretado, paredes laterais com
proteção externa de tela de aço e equipado com ventiladores e lâmpadas (Figura 6).
Figura 6 – Galpão experimental.
Fonte: Arquivo pessoal.
Foram utilizadas 180 poedeiras semipesadas da linhagem Hisex Brown ,
com 45 semanas de idade, peso inicial dos animais 1,777 (Kg) ± 0,270 (Kg) e taxa
de produção de 78% ± 5%. As aves foram pesadas e debicadas no início do
experimento e distribuídas em delineamento experimental inteiramente casualizado,
constituído por cinco rações e seis repetições, com 6 aves por unidade experimental.
Como programa de iluminação foi adotado um fotoperíodo natural mais artificial
totalizando 16 horas de luz dia.
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As gaiolas de arame galvanizado disposta em escada, equipadas com
comedouro tipo calha e bebedouro nipple, na disposição de um bebedouro para
duas aves. Com dimensões de 100cm x 40cm, contendo 3 repartições de 33,3cm x
40cm, alojando duas aves por repartição, fornecendo uma área de 666cm²/ave
(Figura 7).
Figura 7 – Gaiola experimental.
Fonte: Arquivo pessoal.
Foram formuladas cinco rações experimentais (Tabela 3), isocalóricas e
isoanitrogênicas, à base de milho, sorgo e farelo de soja com níveis de inclusão de
pigmentantes iguais, mas de fontes diferentes (urucum e farinha de cenoura), 0,5%
nível de inclusão na dieta. As exigências nutricionais utilizadas para a formulação
das rações das aves e a composição química e os valores nutricionais dos
ingredientes utilizados para a formulação das rações foram descritos por Rostagno
et al. (2011).
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Tabela 3 - Composição percentual e calculada das rações experimentais na base da matéria natural.
Energia metabolizável (EM), Metionina + cistina digestivel (Met + Cis Dig). Niveis de garantia por Kg de núcleo, Cálcio(max) 210g, Cálcio (min) 170g, Fósforo (min) 45g, Metionina (min) 10g. Vitamina A (min) 140.000 U.I.,Vitamina D3 (min) 35.000 U.I.,Vitamina E (min) 140 U.I., Tiamina (B1) (min) 10 mg, Riboflavina (B2) (min) 75 mg, Piridoxina (B6) (min) 20 mg, Vitamina B12 (min) 120 mcg, Vitamina K3 (mini) 30 mg, Ácido Fólico (min) 6 Mg, Niacina (mini) 300 mg, Pantotenato de Cálcio (min) 120 mg, Colina (min) 5000 mg, Sódio (min) 30g, Manganês (min) 1600 mg, Zinco (min) 1300 mg, Cobre (min) 160 mg, Ferro (min) 630 mg, Iodo (min) 20 mg, Selênio (min) 6 mg, Fitase (min) 10.000 FTU e Bactericida de Zinco 500 mg.
A temperatura e umidade relativa do ar eram registradas duas vezes ao dia
(09h e 15h). As rações e a água foram fornecidas à vontade, sendo o arraçoamento
feito duas vezes ao dia (09h e 15h) durante todo o período experimental, com
duração de 63 dias.
As Analises foram realizadas no Laboratório de Tecnologia de Produtos de
Origem Animal, da Faculdade de Agronomia, Medicina Veterinária e Zootecnia da
Universidade Federal de Mato Grosso, campus Cuiabá. Foram avaliados os
Ingredientes (%) Dieta1- Milho
Dieta 2 Milho
+ Urucum
Dieta 3 Milho
+ Cenoura
Dieta 4 Sorgo
+ Urucum
Dieta 5 Sorgo
+ Cenoura
Milho moído 62,0 61,5 61,5 - -
Sorgo - - - 61,5 61,5
Farelo de Soja 25,0 25,0 25,0 25,0 25,0
Núcleo 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5
Fosfato bicálcio 8,1 8,1 8,1 8,1 8,1
Calcário cálcitico 1,1 1,1 1,1 1,1 1,1
Sal 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5
Óleo 1,8 1,8 1,8 1,8 1,8
Farinha de cenoura - - 0,5 - 0,5
Urucum 0,0 0,5 - 0,5 - Composição Nutricional Calculada
EM.(Kcal/Kg) 2900 2900 2900 2900 2900
Proteína bruta 16,02 16,02 16,02 16,02 16,02
Cálcio 3,90 3,90 3,90 3,90 3,90
Fósforo disponível 0,291 0,291 0,291 0,291 0,291
Sódio 0,218 0,218 0,218 0,218 0,218
Lisina Digestível 0,777 0,777 0,777 0,777 0,777
Metionina Digestível 0,389 0,389 0,389 0,389 0,389
Met + Cis Dig 0,707 0,707 0,707 0,707 0,707
Treonina Digestível 0,591 0,591 0,591 0,591 0,591
Triptofano Digestível 0,179 0,179 0,179 0,179 0,179
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seguintes parâmetros: consumo de ração (g/ave/dia), conversão alimentar (Kg de
ração/dúzia de ovos), produção de ovos no período (%), componentes do ovo
(casca(g), gema(g), albúmen(g)), variação de peso corporal(g), pigmentação da
gema e gravidade especifica(g/cm³) .
A cada 21 dias foi calculado o consumo da dieta pela diferença entre a
quantidade fornecida e as sobras, corrigindo-se eventuais mortalidades nas
parcelas. Os ovos foram coletados diariamente no período da tarde e a produção
média de ovos foi obtida computando o número de ovos produzidos, incluindo
quebrados, trincados e os anormais, e foi expressa em porcentagem, sobre a média
de aves do período (ovo/ave/dia).
Todos os ovos íntegros produzidos durante o 19º, 20º, 21º, 40º, 41º, 42º,
60º, 61º, 63º dias experimentais, em cada repetição foram pesados em balança de
precisão de 0,01g e o peso total obtidos foi dividido pelo número de ovos utilizados
na pesagem, obtendo-se o peso médio dos ovos.
Para avaliação dos componentes dos ovos foram analisados os pesos da
gema, da casca e do albúmen em relação ao peso do ovo e coloração da gema.
Para isso, em cada período de analises foram utilizados aleatoriamente 3 ovos de
cada unidade experimental. Os ovos foram pesados individualmente em balança
com precisão de 0,01g. A gema de cada ovo foi pesada e registrada através do
método de fotografia digital e leque colorimétrico DSM 14 tons (Figura 8), que varia
entre o amarelo opaco ao alaranjado intenso, quanto maior o valor obtido no leque,
maior o grau de pigmentação da gema. Suas respectivas cascas foram lavadas e
secas ao ar durante dois dias, para obtenção do peso da casca. O peso do Albúmen
foi obtido subtraindo-se do peso do ovo, o peso da gema e o da casca.
Figura 8 – Leque colorimétrico DSM 14 tons.
Fonte: Arquivo pessoal.
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Foram avaliadas as conversões alimentares por dúzia de ovos, expressa
pelo consumo total de ração em quilogramas dividido pelas dúzias de ovos
produzidos (Kg/dz). Todas as aves foram pesadas ao início e termino do
experimento, para determinação da variação de peso corporal.
A gravidade especifica foi determinada pelo método de flutuação salina,
conforme a metodologia descrita por Hamilton (1982). Foi avaliada a gravidade
especifica de todos os ovos íntegros coletados. Os ovos foram imersos em solução
de NaCl com densidade variando de 1,070 a 1,1000g/cm³, com intervalos de
0,005g/cm³ entre elas. A densidade das soluções foi medida com o auxílio de um
densímetro modelo INCOTERM-OM-5565.
Para as variáveis paramétricas foi aplicado a ANOVA seguida pelo teste de
Tukey ao nível de 5% de significância. Para variáveis não paramétricas (Viabilidade
dos animais e variação de peso corporal), foram utilizados métodos indiretos, no
qual a viabilidade das aves foi feita pela diferença do número de animais que
iniciarão o experimento e os que terminarão e para variação de peso corporal os
animais foram pesados no inicio e final do experimento, obtendo a diferença entre as
duas pesagens.
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5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Na fase adulta a faixa de conforto térmico ou zona termoneutra das aves
está compreendida entre 20 e 28°C e, a umidade relativa do ar, está entre 40 e 80%
(Lourençoni, 2013). A temperatura média do ar no período experimental foi de 33,4 ±
3,28°c e a umidade relativa do ar foi de 50 ± 13,8%. Dessa forma conforme os
valores registrados para temperatura média do ar e umidade relativa do ar observou-
se que durante o experimento, as aves ficaram submetidas a períodos de estresse
por calor.
Não foi observado efeito significativo no consumo de ração das aves em
função das dietas (tabela 4).
Tabela 4 - Média dos parâmetros de desempenho das aves e qualitativos dos ovos durante o período experimental.
Parâmetros Dieta 1 Milho
Dieta 2 Milho
+ Urucum
Dieta 3 Milho
+ Cenoura
Dieta 4 Sorgo
+ Urucum
Dieta 5 Sorgo
+ Cenoura
C.V. (%)
Consumo de ração (g/ave/dia) 91a 90a 86a 93a 95a 8,6
Produção de ovos por tratamento (%)
74,813b 78,015a 78,813a 84,433a 83,001a 18,7
Peso dos ovos (g) 53,495c 56,380b 54,230c 57,613ab 58,535a 8,5
Gravidade especifica (g/cm³) 1,092a 1,092a 1,0975a 1,092a 1,091a 2,4
Peso da gema (g) 13,311b 13,797b 13,380b 14,506a 14,680a 11,4
Peso da casca (g) 5,610d 5,860abc 5,700cd 5,959ab 6,020a 12,1
Peso do albúmen (g) 34,537d 36,718bc 35,403cd 37,183ab 37,831a 12,4
Pigmentação da gema 4,792b 5,216a 4,821b 1,031c 1,067c 19,6
Viabilidade das aves (%) 100 100 100 100 100 -
Variação de peso corporal (g) -237 -267 -267 -161 -160 -
Medias seguidas de mesma letra na linha não diferem entre si ao nível de 5% de significância pelo teste de tukey (p<0,05)
Garcia et al., (2009) trabalharam com urucum em dietas a base de sorgo e
farelo de soja, também não verificaram efeitos sobre o consumo das aves da
linhagem Hisex Brown. Por outro, lado Queiroz et al. (2010) observaram diferença
no consumo de ração quando a quantidade de inclusão do pigmentante ultrapassou
os 6 % na dieta a base de sorgo. Ainda que não tenha sido observada a diferença
para o consumo de ração em função das dietas experimentais, em valores absolutos
as aves alimentadas com as dietas sorgo com adição de urucum ou cenoura
16
apresentaram consumo de ração até 9,5 % superior às aves submetidas as outras
dietas.
Analisando os dados para produção de ovos foi observada diferença
significativa nas dietas 4 (sorgo + urucum) e 5 (Sorgo + cenoura) em relação aos
demais tratamentos, sendo que os valores de produtividade indicaram uma maior
produção com as dietas contendo sorgo em substituição ao milho. Moreno et al.
(2007), avaliando a substituição parcial e total de milho por sorgo em dietas de
galinhas poedeiras, observaram que a substituição ocasionou diminuição na
produção, o que difere do resultado encontrado no presente trabalho.
O peso do ovo diferiu estatisticamente, sendo este parâmetro nas Dietas 4
(sorgo + urucum) e 5 (Sorgo + cenoura) superior às demais dietas. Possivelmente o
consumo de ração (cerca de 9% superior com as dietas contendo sorgo)
proporcionou maior aporte nutricional para a formação dos ovos, resultando em
maior peso destes. Moreno et al. (2007) encontraram diferença significativa com
nível de substituição 100% de milho por sorgo nas dietas de galinhas poedeiras.
Analisando os dados de gravidade especifica não se observou diferença
significativa. Harder et al. (2008) não observaram diferença significativa para
densidade especifica de ovos de galinha utilizando a inclusão de aditivo pigmentante
Bixa orellana. Devido à gravidade especifica dos ovos de galinha estar relacionada
com a composição da casca, e as dietas terem o mesmo nível de cálcio, a alteração
na fonte do pigmentante não influenciou no resultado desta variável.
Em relação ao peso da gema observou-se diferença significativa nas dietas
4 (sorgo + urucum) e 5 (Sorgo + cenoura) em relação às demais. Oque pode estar
correlacionado ao peso do ovo, que também foi maior nestes mesmo tratamentos.
Moreno et al. (2007), encontraram diferença significativa para peso da gema,
quando a substituição da fonte energética milho e sorgo foram 100%.
Resultados para peso da casca e peso do albúmen, diferiram
estatisticamente, sendo os maiores valores encontrados na dieta 5 (Sorgo +
Cenoura) o que pode estar relacionado com os valores encontrados para
produtividade e peso do ovo. Estes Resultados diferem do encontrado por Garcia et
al. (2009), que ao substituírem totalmente milho pelo sorgo e utilizarem de diferentes
níveis do pigmentante urucum, não obtiveram diferença significativa para os
parâmetros analisados. Logo observa-se que as diferenças nos parâmetros não são
17
devidas a adição dos pigmentantes, e sim pela substituição do ingrediente
energético base das dietas.
Quanto a Viabilidade das aves o resultado foi igual a 100%, pois todos os
animais que iniciaram o período experimental o finalizaram, assim contribuindo para
o grau de confiabilidade dos dados apresentados.
A Variação de peso corporal foi avaliada de forma descritiva. Observou-se
resultados negativos para variação de peso corporal em todas as dietas
experimentais. Possivelmente a perda de peso está relacionada ao consumo das
dietas estarem abaixo do esperado para galinha Hisex Brown que é em torno de
120g/ave/dia. A queda no consumo está relacionada ao estresse térmico sofrido
pelas aves, aonde a temperatura média do ar foi de 33,4 ± 3,28°c e a umidade
relativa do ar foi de 50 ± 13,8%, sendo superior ao recomendado para o conforto
térmico das aves.
Quando se avaliou a coloração da gema, observou-se diferença significativa,
sendo que a dieta 2 (Milho + Urucum), proporcionou pigmentação maior que os
demais, conforme observação através do leque colorimétrico, maior discrepância foi
verificada entre as dietas 1 (milho)(Figura 9), 2 (Milho + Urucum)(Figura 10), 3 (Milho
+ Cenoura)(Figura 9) quando comparados com as dietas 4 (Sorgo + Urucum) e 5
(Sorgo + Cenoura)(Figura 11), devido a substituição total do milho pelo sorgo. Estes
corroboram com Braz et al. (2007), que encontraram diferença significativa quando
houve a substituição total do milho por sorgo, e relatam que para se obter
semelhança na coloração era necessário incluir aproximadamente 3,77% de urucum
em uma dieta contendo sorgo como principal fonte de energia.
Figura 9 – Média das gemas do ovos de galinha das dietas 1 e 3.
Fonte: Arquivo pessoal.
18
Figura 10 – Média das gemas de ovos de galinha da dieta 3.
Fonte: Arquivo Pessoal.
Figura 11 – Média das gemas de ovos de galinha das dietas 4 e 5.
Fonte: Arquivo Pessoal. A dieta 2 (Milho + Urucum), obteve médias para peso e componentes do
ovo, foram inferiores nas dietas a base de sorgo. Contudo a produtividade não foi
inferior quando comparado às demais dietas. Contudo, em relação a pigmentação
das gemas dos ovos, foco deste trabalho foi a dieta que proporcionou a maior
pigmentação.
Dietas 4, 5, aonde a fonte energética diferia das demais dietas observou
maiores índices de produção dos ovos: peso dos ovos e peso (casca, gema e
albúmen). O sorgo obteve efeito produtivo superior ao milho, melhorando as
características externas e internas dos ovos, na indústria estas características são
utilizadas para classificação e comercialização dos ovos. Para a coloração da gema
19
que é uma característica comercial importante o resultado encontrado na
substituição do milho por sorgo e adição de 0,5% de pigmentante não foi satisfatório
uma vez que a pigmentação foi ineficiente.
20
6 CONCLUSÃO
A utilização do urucum como pigmentante natural, em uma dieta a base de
milho e farelo de soja promove maior pigmentação das gemas de ovos de poedeiras
Hisex Brown. Aonde a substituição da fonte energética da dieta milho por sorgo,
obteve maiores resultados para os demais parâmetros avaliados.
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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho utilizando a inclusão de pigmentantes naturais em
rações para galinhas poedeiras, objetivou verificar o desempenho desses aditivos na
produção dos animais. Com isso, foi possível o desenvolvimento de um trabalho
ainda não realizado no Setor de Avicultura da Fazenda Experimental da
Universidade Federal de Mato Grosso até o momento.
Com o presente trabalho foi possível verificar as lacunas de conhecimento
que necessitam ser exploradas, sugerindo novos experimentos a serem realizados
no setor, além de agregar conhecimento prático ao teórico desenvolvido durante o
curso de graduação em Zootecnia.
A realização do experimento possibilitou não apenas crescimento
profissional, mas também crescimento pessoal ao liderar a equipe executora do
projeto. Além disso, possibilitou contribuir para o crescimento do setor avícola
nacional, uma vez que este trabalho teve como objetivo avaliar uma das
características de maior interesse comercial coloração da gema, característica essa
tão importante quanto (se não mais) tamanho do ovo para os consumidores.
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REFERÊNCIAS
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